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- Pode ser definido como uma arte que envolve a manipulação da realidade e dos
sentimentos.
- Tematizou todo o território nacional e os seus respectivos habitantes típicos.
- O público-alvo inicialmente era constituído de estudantes, moças e funcionários
públicos
- O romance se atém ao indivíduo e a suas ações cotidianas, seguindo a
perspectiva individualista da ideologia burguesa.
- Romantismo é fruto de um complexo movimento de idéias políticas, sociais e
artísticas.
- O público leitor, representado por pessoas da aristocracia rural, encontra na
literatura um meio de entretenimento.
- O objetivo dos primeiros jornais é expandir a cultura entre os leitores médios,
logo há a criação dos romances de folhetim, de crítica literária, de crônicas
passam
- Surgem cronistas importantes, entre eles José de Alencar. Dos seus folhetins, Ao
Correr da Pena (1851-1855) virão os romances urbanos como Senhora, Sonhos
D'ouro, Lucíola, Diva pautados em observações do autor sobre a sociedade do tempo.
- É preciso frisar que a difusão, em livro ou em jornal, de traduções livres,
resumos de romance e narrativas populares da cultura estrangeira contribuiu
bastante para a divulgação e consolidação desse novo gênero literário.
A prosa ficcional
Brasília, DF.
2011
Classificação do Romance Romântico Brasileiro
b) Província:
- Regionalista: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay, Franklin
Távora.
- Histórico: José de Alencar, Visconde de Taunay.
- Indianista: José de Alencar.
Romance urbano
- Ambientado na corte: Crônica de costumes, retratando a vida social da época.
- A pequena burguesia é apresentada sem grande aprofundamento psicológico.
- Descrição com riqueza de detalhes dos espaços públicos: as ruas, as lojas, o
teatro, os saraus, as festas, e também espaços luxuosos das casas burguesas.
- São romances urbanos:
- A Moreninha, O Moço Loiro, A Luneta Mágica, de Joaquim Manuel de
Macedo;
- Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida;
- Diva, Lucíola, Senhora, A Pata da Gazela, Cinco Minutos e A Viuvinha, de
José de Alencar.
Romance regionalista
- O ambiente rústico e/ou rural é focalizado.
- Exploração das paisagens do Nordeste, dos Pampas Gaúchos, do Pantanal Mato-
Grossense, do Sertão de Minas Gerais.
- A atração pelo pitoresco leva à construção de tipos humanos que vivem afastados
do meio citadino. Isso se observa nos livros:
- O Cabeleira, de Franklin Távora;
- O Sertanejo, de José de Alencar;
- O Garimpeiro e A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães;
- Inocência, de Visconde de Taunay.
Romance histórico
Está ligado ao romance de “capa e espada”; revela o gosto pelo suspense e a ênfase
à vingança punitiva. Há uma volta ao passado histórico, medieval. Apesar da
influência estrangeira, pouco a pouco o romancista volta-se para a reconstituição do
clima nacional; procura ser fiel aos hábitos, instituições e modus vivendi.
Romance indianista
- Valorização das origens.
- Há a transformação das personagens em heróis,
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- O “bom selvagem”: valentia, nobreza, brio.
- Esta tendência do romance romântico é encontrada nas obras: O Guarani, Iracema
e Ubirajara, de José de Alencar.
Extras:
- Os romances eram, inicialmente, publicados em folhetins de jornais e revistas
importantes; e, como nas telenovelas atuais, a cada final de capítulo, o autor
deixava um assunto importante pendente para assim garantir a continuidade da
leitura.
- Graças à relativa simplicidade do enredo e à linguagem quase coloquial.
- Em Iracema,há toda a simbologia na união da raça portuguesa (Martim) com a raça índia
(Iracema), que é a fundação do Brasil, a fundação do homem brasileiro.
- O nosso primeiro romancista cronologicamente falando foi Teixeira e Souza autor do livro
“O FILHO DO PESCADOR” publicado em 1843.
- Os primeiros romances publicados no país eram basicamente centrados em seus espaços
geográficos: pequenas vilas, bairros elegantes praias e florestas, cerrados, garimpos, sítios,
fazendas, etc.
1. Romances indianistas, que exaltam nossos nativos, passando deles uma imagem
próxima do bom selvagem de Rousseau.
2. Romances regionalistas, afirmando características localizadas e peculiaridades ao
nosso povo, feito também de escravos, sertanejos, soldados.
3. Romances históricos que, numa visão ufanista, revivem momentos importantes e
críticos da nossa formação nacional.
4. Romances urbanos, ligados à vida diária dos nobres ou do povo da cidade, retratando
os costumes da sociedade de então, especialmente da Corte (Rio de Janeiro).
A Prosa Romântica
A prosa romântica inicia-se com a publicação do primeiro romance brasileiro "O filho do
Pescador", de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa em 1843. O primeiro romance brasileiro
em folhetim foi "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo, publicado em 1844. O
romance brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu, conservando
a estrutura folhetinesca européia, com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos
fatos.
O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e Pós-
José de Alencar, pois antes desse importante autor as narrativas eram basicamente urbanas,
ambientadas no Rio de Janeiro, e apresentavam uma visão muito superficial dos hábitos e
comportamentos da sociedade burguesa.
E com José de Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances
regionalistas, históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os
romances brasileiros fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A
estrutura típica do romance europeu, ambientada nos cenários facilmente identificáveis pelo
leitor brasileiro(cafés, teatros, ruas de cidades como o Rio de Janeiro).
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O sucesso também se deve ao fato de que os romances eram feitos para a classe burguesa,
ressaltando o luxo e a pompa da vida social burguesa e ocultando a hipocrisia dos costumes
burgueses. Por isso pode-se dizer que, no geral, o romance brasileiro era urbano, superficial,
folhetinesco e burguês. Dentre os vários romancistas românticos brasileiros, merecem
destaque:
Célebre por dar início à produção prosaica do romantismo brasileiro, Joaquim Manuel de
Macedo ou Dr. Macedinho, como era conhecido pelo povo, escreveu um dos mais populares
romances da literatura romântica do Brasil. O romance "A moreninha" fez um enorme
sucesso dentre a classe burguesa brasileira que se sentia extremamente agradada por um novo
projeto de literatura: A literatura original do Brasil. Uma literatura que continuava a seguir os
padrões das histórias de amor européias tão populares entre a classe burguesa, mas que ao
mesmo tempo inovava ao trazer tais histórias tão clássicas para ambientes legitimamente
brasileiros que faziam os leitores identificarem os ambientes mencionados. Trata-se de um
escritor que estava voltado para as narrativas urbanas e tinha como foco a cidade do Rio de
Janeiro, capital do Império do Brasil, e a alta sociedade carioca em seus saraus e festas
sociais. Seus romances em forma de folhetim, eram como as atuais telenovelas, só que
escritos em episódios num jornal. As obras de Joaquim Manuel de Macedo apresentam uma
visão superficial dos hábitos e comportamentos dos jovens da época, buscando ilustrar a
pompa e o luxo da alta classe capitalista, e com isso, escondendo a hipocrisia e a dissimulação
da burguesia. A grande importância de sua obra é em despertar no público brasileiro, o gosto
pela produção literária nacional, ambientada em cenários facilmente identificáveis. Seus
romances posteriores a "A moreninha" seguem sua mesma "fórmula". Dentre as principais
obras de Joaquim Manuel de Macedo estão:
O Moço Loiro
As vítimas-algozes
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2011
José de Alencar
Romances Urbanos
Senhora - Faz crítica ao casamento por interesse,faz critica aos povos indigenas, à
hipocrisia, à cobiça e à soberba burguesa.
Lucíola - Critica o fato de a burguesia, que financia a prostituição durante a noite, ter
aversão às mesmas durante o dia.
Diva - Ressalta a beleza das jovens e ricas burguesas, o virtuosismo e a pureza e, em
contrapartida, critica o casamento por interesse financeiro.
Romances Regionalistas
Narrativas que se sucedem em centros afastados da capital imperial, ou seja, histórias que
acontecem em lugares tipicamente brasileiros, mais pitorescos, menos influenciados pela
cultura européia. Apesar de José de Alencar narrar seus romances regionalistas com uma
incrível fluência e suavidade, as histórias narradas são superficiais devido ao fato de que o
autor não viajara para as regiões que descreveu, mas pesquisara a fundo sobre elas.
Basicamente, são romances que procuram ser mais fiéis ao projeto de brasilidade e
propaganda do Brasil independente, o objetivo é fazer propaganda aos próprios brasileiros,
expondo a diversidade do país. São Exemplos de romances regionalistas de José de Alencar:
O Gaúcho
O Sertanejo
O Tronco do Ipê
Romances que revelam a preocupação de José de Alencar em exibir o índio como herói
nacional. Enquanto os autores românticos da europa retratavam o saudosismo através de
menções à época medieval, no Brasil, Alencar procurou buscar na cultura indígena brasileira
o passado fiel da história brasileira. Seus romances trazem uma linguagem mais original, com
vocábulos do tupi, retratam o índio como símbolo de bravura, de pureza e de amor ao
ambiente natural. Pode-se dizer que suas narrativas tendiam ao estilo poético por entrelaçar o
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caráter básico da prosa com o lirismo do gênero poético. Em resumo, suas obras utilizam o
indianismo como forma de revelar um conceito mais original de brasilidade e criar um projeto
de língua brasileira. Dentre as obras mais importantes de José de Alencar nesse ramo do
romantismo, estão:
O Guarani
Ubirajara
As Minas de Prata
Iracema
Bernardo Guimarães
Considerado um dos mais importantes regionalistas românticos brasileiros, opta por seguir um
dos caminhos traçados por José de Alencar ambientando suas tramas nos estados de Minas
Gerais e Goiás. Suas obras conservam o caráter linear romântico, apresentando a estrutura
folhetinesca típica de sua época; prezam pela valorização do pitoresco e do regional,
resgatando os hábitos típicos da sociedade imperial. Caracteriza-se por usar, por vezes, a
linguagem oral em sua obra e fazer críticas sutis aos sistemas patriarcal, clerical e
escravocrata do Brasil Império. Entres suas principais obras, destacam-se:
A Escrava Isaura - Fez grande sucesso enquanto livro, tão notável que foi adaptado
como novela da Rede Globo e da Rede Record. Bernardo Guimarães tentou criticar a
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escravatura no Brasil, patrocinando, através de sua obra, o abolicionismo, no entanto
sua crítica se mostrou um tanto malsucedida pois a personagem principal, Isaura, era
uma escrava branca, e a antagonista, uma mucama negra, o que incitou nos leitores
uma raiva da personagem negra e um sentimento de pena e compaixão da escrava
branca Isaura. Pode-se dizer que não atingiu seu objetivo realista devido a sua crítica
equivocada, mas conquistou enorme admiração e já nos permite identificar traços de
uma literatura brasileira mais realista. Apresenta o caráter sentimentalista romântico
das histórias de amor terminando com seu devido final feliz.
O Seminarista - Não tão notório quanto a obra acima, mas não por isso perdeu seu
valor literário. Critica o sistema patriarcal da época e principalmente o sistema
clerical, mencionando a inadequação do jovem à vida religiosa imposta pela família.
Assim como "A escrava Isaura", é uma história de amor, que permite-nos observar
sentimentos em conflito com uma realidade imposta pela sociedade (o jovem que não
pode amar pois fora forçado a ser padre por sua família). Ao contrário da primeira
obra, apresenta um final trágico no qual o protagonista enlouquece ao saber da morte
de sua amada.
Franklin Távora
Um dos mais importantes escritores do romance regionalista brasileiro, Franklin Távora foi o
primeiro autor romântico a escrever sobre o cangaço nordestino e um dos mais assíduos
críticos do romantismo de José de Alencar pois acreditava num romantismo mais realista,
menos idealizado, tanto que suas obras oscilam entre o romântico e o realista. Sua literatura
era baseada no "Projeto de uma Literatura do Norte", o que ele fez foi explorar as regiões
Norte e Nordeste do Brasil, apoiado em sua teoria de que essas eram as regiões mais
brasileiras por serem as menos exploradas pelos brancos europeus, conservando assim um
caráter mais típico e mais real da cultura do Brasil. Suas obras valorizavam bastante a questão
regional, prezando pelo pitoresco e peculiar das regiões que se preocupou em retratar, assim
ele pode expressar os costumes, as características e a realidade, até então pouco explorados,
da população do interior do Brasil de forma detalhada e realista. Os romances de Franklin
Távora são marcados por sua objetividade, característica do realismo, e por uma análise justa
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do ambiente que procurava descrever, e devido a esses fatores sua produção literária, pode-se
dizer, que oscila entre o romantismo e o realismo. Apesar de um grande envolvimento com a
causa realista, a obra de Franklin Távora é considerada romântica devido ao fato de conservar
o caráter linear e a temática amorosa que marcam a escola romântica brasileira. Dentre seus
principais romances estão:
O Matuto
Visconde de Taunay
Outro importante autor da vertente regionalista do romantismo brasileiro, que tomou por
cenário de suas narrativas a província de Mato Grosso. Sua obra caracteriza-se pela precisão
de detalhes e pela descrição minuciosa da paisagem mato-grossense, abusando de detalhes
sobre a flora, a fauna e o relevo do cerrado central do Brasil. Seus romances apresentam a
habitual estrutura romântica linear e acessórios realistas. Caracterizados por estarem
integrados à vertente sertanista, preocupando-se em retratar de forma rica e real o ambiente
particular da região centro-oeste brasileira. Dentre as principais de obras de Visconde de
Taunay estão:
A Retirada da Laguna
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O que melhor descreve a sua importância no romantismo brasileiro é o seu envolvimento com
o romance de costumes. Sua obra procurou retratar os hábitos, a moda, o folclore e a
religiosidade das classes populares do início do século XIX, desmascarando violentamente a
baixa sociedade brasileira colonial, o que a torna singular dentre as obras românticas que
procuraram tratar dos costume e dos valores da alta sociedade imperial. Seu romance de
costumes ironizava os padrões e normas românticos, criticava a desequilibrada baixa classe
brasileira sarcasticamente e pôs em crise a idealização romântica devido ao fato de seus
personagens serem malandros, cafajestes e praticamente marginais. Um dos principais traços
da obra de Manuel Antônio de Almeida é o predomínio do humor sobre o dramático, suas
personagens eram caricaturizadas, com ênfase aos seu defeitos, os acontecimentos da trama
desmentiam as aparências das personagens (o quebra mais um padrão romântico cujas obras
apresentavam acontecimentos que validavam as aparências das personagens). Seu romance
era Picaresco, relativo a picadeiro, ou seja, eram romances cômicos e tendiam ao patético,
substituindo o dramático habitual do romantismo por um humor crítico e sagaz. Sua produção
apresenta uma ausência da tragédia humana em função de quebrar mais um cacoete
romântico. Caracteriza-se como autor precursor do realismo por sua objetividade e sua
descrença nos valores sociais, destruindo assim, o caráter subjetivo e bajulador do
romantismo. Apesar de toda essa quebra de valores, não só a sua localização temporal, mas
também a presença da linearidade e a proteção dos valores burgueses, encaixam a sua obra
dentro do romantismo brasileiro. Dentre as obras de Manuel Antônio de Almeida destaca-se:
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folhetim, de crítica literária, de crônicas passam, então, a ser cultivados. Surgem
cronistas importantes, entre eles José de Alencar. Dos seus folhetins, Ao Correr
da Pena (1851-1855), sairão mais tarde romances urbanos como Senhora,
Sonhos D'ouro, pautados em observações do autor sobre a sociedade do tempo.
França Junior – o mais prestigiado cronista da época – publica seus folhetins nos
jornais O Globo Ilustrado, O País, O Correio Mercantil. É preciso frisar que a
difusão, em livro ou em jornal, de traduções livres, resumos de romance e
narrativas populares da cultura estrangeira contribuiu bastante para a divulgação
e consolidação desse novo gênero literário.
A prosa ficcional A ficção (romance, novela e contos) se inclui entre os gêneros
literários preferidos pelo Romantismo. Com o estabelecimento da corte imperial
no Brasil e com o crescente desenvolvimento de alguns núcleos urbanos, o
público jovem começa a tomar um certo interesse pela literatura. É do agrado
desse público leitor o romance que tenha uma história sentimental, com algum
suspense e um desfecho feliz.
O romance romântico no Brasil tem como características marcante o
nacionalismo literário. Entende-se por nacionalismo a tendência em escrever
sobre coisas locais: lugares, cenas, fotos, costumes brasileiros. Essa tendência
contribuiu para a naturalização da literatura portuguesa no Brasil. O romance foi
uma forma verdadeira de pesquisar, descobrir e valorizar um país novo.
Nesse período do Romantismo brasileiro, a imaginação e a observação dos
ficcionistas alargaram o horizonte da terra e do homem brasileiro. Joaquim
Manuel de Macedo, José de Alencar, Visconde de Taunay, Bernardo Guimarães,
Franklin Távora foram os expoentes máximos da ficção romântica no Brasil. A
narrativa, no romance romântico, é feita em terceira pessoa. Tanto na poesia,
como na ficção (exceto no teatro) a linguagem está impregnada de elementos
plásticos e sonoros, de imagens e comparações; a linguagem é descritiva.
O Romantismo no Brasil é considerado um marco importante na história da
literatura brasileira, porque coincide com o momento decisivo de definição da
nacionalidade, que visa a valorizar e reconhecer o passado histórico.
Classificação do romance romântico brasileiro É possível agrupar os romances
românticos do Brasil a partir da temática de cada um deles. Formam-se
inicialmente dois grandes grupos, abordando diferentemente a corte e a
província, a partir dos quais podem ser feitas algumas subdivisões:
a) Corte: urbano. Autores: Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Manuel
Antônio de Almeida.
b) Província: Regionalista – autores: José de Alencar, Bernardo Guimarães,
Visconde de Taunay, Franklin Távora. Histórico – autores: José de Alencar,
Visconde de Taunay. Indianista – autores: José de Alencar.
Romance urbano
Romance regionalista
Romance histórico
Está ligado, pelo assunto, ao romance de “capa e espada”; revela o gosto pelo
suspense e a ênfase à vingança punitiva. Há uma volta ao passado histórico,
medieval. Apesar da influência estrangeira, pouco a pouco o romancista volta-se
para a reconstituição do clima nacional; procura ser fiel aos hábitos, instituições e
modus vivendi.
Romance indianista
Fonte: http://pt.shvoong.com/books/1625692-prosa-rom%C3%A2ntica-
brasil/#ixzz1LbzaygYd
ROMANTISMO
PROSA e TEATRO
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2011
Um dos fatos mais importantes do Romantismo foi a criação de um novo público, uma vez
que a literatura torna-se mais popular, o que não acontecia com os estilos de época de
características clássicas. Surge o romance, forma mais acessível de manifestação literária;
o teatro ganha novo impulso ao assumir feições nacionais e populares. Com a formação dos
primeiros cursos superiores em 1827 e com o liberalismo burguês, dois novos elementos da
sociedade brasileira representam um mercado consumidor a ser atingido: o estudante e a
mulher. Com a vinda da família real, a imprensa passa a existir no Brasil e, com ela, os
folhetins, que desempenharam importante papel no desenvolvimento do romance romântico.
O romance romântico passa a responder às exigências do público leitor; para tanto, tinge-se
de “cor local”, gira em torno da descrição dos costumes urbanos, ou de amenidades das
zonas rurais, ou de imponentes selvagens, apresentando personagens idealizados pela
imaginação e ideologia românticas, com os quais o leitor se identificava, vivendo uma
“realidade” que lhe convinha.
Desta forma, pela aceitação obtida junto ao público leitor, por ter moldado o gosto desse
público ou correspondido às suas expectativas, convencionou-se adotar o romance A
Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo, publicado em 1844, como o primeiro romance
brasileiro.
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Junto com Araújo Porto Alegre e Gonçalves Dias, fundou a revista
Guanabara. Foi também professor do colégio D. Pedro II, cargo que ocupou até a morte.
Faleceu em 1882, na cidade do Rio de Janeiro.
Macedo foi, por excelência, o escritor da classe média carioca, que se opunha à aristocracia
rural. Sua pena tinha o “gosto burguês”; seus romances eram povoados de jovens
estudantes idealizados, moçoilinhas casadoiras ingênuas e puras e outros tipos que
perambulavam pela agitada cidade do Rio de Janeiro.
- O seminarista (1872)
- O Garimpeiro (1872)
Menos idealista e mais satírico, adiantou-se a seu tempo. Fez uma obra sem
pretender fazer literatura e conseguiu apreender a realidade do momento, os
aspectos corriqueiros e cômicos da vida diária. Escreveu na língua em que o
povo falava. Conseguiu tudo isso numa típica novela, obra totalmente inovadora
para sua época, pois abandona a visão da burguesia urbana para retratar o povo
em toda a sua simplicidade. Retrata com humor e sátira o período de D. João VI
no Brasil, justamente o momento das maiores transformações, da mudança da
mentalidade colonial para a vida da Corte.
As Memórias ferem a “sensibilidade romântica” a partir de seu herói: comparado com os
modelos românticos, Leonardinho é um anti-horói, aquele que vê a sociedade de baixo para
cima, o que está à margem dessa sociedade, com um outro ângulo de visão.
VISCONDE DE TAUNAY
(1843-1899)
Seu nome completo era Alfredo D’Escragnolle Taunay. Cursou Ciências Físicas
e Matemáticas na Escola Militar.
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Participou da Guerra do Paraguai e de várias outras campanhas militares. Ingressou na vida
política sendo deputado e senador e presidente de províncias. Recebeu o título de
Visconde.
Romântico pelo idealismo sentimental e realista pelas descrições da natureza, às vezes com
observações minuciosas e notas científicas sobre a fauna e a flora, Taunay é um escritor de
transição que se tornou famoso graças a duas obras: Inocência e A retirada de Laguna.
- O encilhamento (1894)
JOSÉ DE ALENCAR
(1829-1877)
Formou-se em Direito em São Paulo, em 1850, e teve uma brilhante carreira de advogado,
jornalista e político.
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Embora não tenha sido propriamente o criador do romance romântico, é a figura mais
importante da prosa romântica.
Alencar tinha consciência clara do papel que cabia ao escritor de sua época. Por isso, o
conjunto de romances que escreveu tornou-se a obra mais representativa na busca das
raízes de nossa nacionalidade.
Seus romances abrangem todos os aspectos da realidade brasileira do seu tempo. Além
disso, o escritor sempre se preocupou em empregar uma língua que se distanciasse do
português utilizado em Portugal.
Romances Urbanos
Romances Históricos
Romances Indianistas
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- O Guarani (1857)
O Romance Histórico pretende trazer à tona figuras históricas ou até figuras lendárias,
situando-as em seu tempo e momento reais.
“Nos grandes focos, especialmente na corte, a sociedade tem a fisionomia indecisa, vaga e
múltipla…
O ROMANCE URBANO procura focalizar a corte, onde se mistura um modo de ser nacional
e as influências estrangeiras. Nesse tipo de romance, Alencar retrata a vida burguesa da
época, utilizando histórias de amor como assunto das narrativas
http://denisemiletto.blog.terra.com.br/2009/06/21/a-prosa-romantica/
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