Autor:
1. Gustavo Desouzart - RECI – Piaget Institute, Portugal,
gustavodesouzart@gmail.com
Os maus hábitos alimentares em conjunto com fatores de risco modificáveis, transformam as doenças
cérebro-cardiovasculares a principal causa de mortalidade e morbilidade em Portugal (DGS, 2015;
Nunes, 2018; Richter et al., 2013). Estima-se que 14% das mortes no país estejam associadas à
inatividade física sendo que a média mundial se encontra nos 10% (WHO, 2011).
O plano nacional de Saúde 2020 do Ministério da Saúde Português tem como premissas a melhoria de
esperança de vida com saúde acima dos 65 anos, promovendo o envelhecimento ativo (Nunes, 2018).
Desta forma o objetivo do envelhecimento ativo é desenvolver a capacidade nos idosos de manterem
a autonomia o máximo de tempo possível (Desouzart, Matos, Melo, & Filgueiras, 2016; Taylor et al.,
2004; Tribess & Virtuoso Jr, 2005).
Exercícios específicos são importantes na medida que tendem a melhorar o controle postural e a
função muscular, fator essencial na capacidade de manter o equilíbrio, a transferência de carga,
deslocamento de peso sob qualquer plano e marcha, diminuindo a consequente diminuição de
funcionalidade e independência (Chan, Ng, & Ng, 2015; de Labra, Guimaraes-Pinheiro, Maseda,
Lorenzo, & Millán-Calenti, 2015).
A síndrome de fragilidade é um estágio de vulnerabilidade relacionada com a diminuição e
desregulação de várias reservas fisiológicas que se traduzem na diminuição da capacidade funcional
do idoso (de Labra et al., 2015). A prevalência da fragilidade aumenta com a idade, tendo relação direta
a fatores adversos associados à diminuição funcional na capacidade de manter o equilíbrio que
aumenta o risco de quedas, hospitalização e elevado risco de mortalidade (Fried, Ferrucci, Darer,
Williamson, & Anderson, 2004; Stelmach, Populin, & Müller, 1990).
Assim, parece existir um ciclo vicioso negativo entre a inatividade, a diminuição da capacidade
cognitiva, o fraco equilíbrio, o medo de cair e a maior probabilidade de ocorrência de quedas. A prática
da atividade física regular, aliada à estimulação cognitiva tem sido referida como uma importante e
eficaz estratégia de prevenção de quedas, ao promover o aumento dos níveis de aptidão física e induzir
uma melhoria na memorização, o que leva a um aumento da autoconfiança na realização das tarefas
do dia-a-dia, particularmente nos idosos com maior grau de incapacidade. É neste campo que o
envelhecimento ativo assume importância do ponto de vista pessoal e social, com o objetivo de tornar
o envelhecer mais saudável (Dias & Lima, 2012; Mateus & Alves, 2018).
Para levar a cabo os objetivos de aumentar a qualidade de vida, prevenindo as doenças e diminuindo
o declínio funcional e cognitivo, nunca é tarde demais para que qualquer idoso possa adotar um estilo
de vida saudável. Para isso deve passar a praticar atividade física regularmente, adquirir hábitos
saudáveis na alimentação, abster-se do tabaco e do álcool. Desta forma o envelhecimento ativo irá
atingir o seu principal objetivo, que é desenvolver a capacidade nos idosos de manterem a autonomia
o máximo de tempo possível (Maciel, 2010; P. L. Santos, Foroni, & Chaves, 2009).
Adultos com mais de 65 anos devem realizar pelo menos 150 minutos semanais de atividade
moderada, ou 75 minutos de atividade vigorosa (WHO, 2011). Em casos de condições crónicas e
fragilidade recomenda-se 45 minutos de atividades moderadas, com 20 a 30 minutos de treino
intervalado moderado a vigoroso (Medicine, 2017; Theou et al., 2011).
Devido ao descondicionamento associado à inatividade física e fragilidade o início da sua prática deve
ser realizado de forma gradual e progressiva, iniciando a prescrição com exercícios leves progredindo
a uma intervenção moderada, respeitando a tolerância ao esforço individual (Bispo Júnior, 2010; Gault
& Willems, 2013; Gschwind et al., 2013; Medicine, 2017).
Quando o objetivo é planear um programa de exercícios para a terceira idade, tem que se ter em
atenção algumas características, principalmente ao nível da capacidade cardiorrespiratória, força,
flexibilidade, agilidade e coordenação. Uma vez que estas qualidades físicas atuam como preditores da
capacidade funcional, são fundamentais para a realização das atividades da vida diária. Tem também
que se estar atento à condição individual de saúde, ou seja, ter em atenção a medicação, os fatores de
risco, as características comportamentais e quais os exercícios que o grupo prefere fazer (Tribess &
Virtuoso Jr, 2005).
As modalidades devem ser variadas, tendo de implementar ao longo da classe exercícios cognitivos,
importantes no recrutamento da plasticidade neural (Bray, Smart, Jakobi, & Jones, 2016).
A incidência de quedas aumenta com a idade sendo que cerca de 66% acontece em elementos do sexo
feminino, a maior parte das vezes em casa. Como consequência, as quedas podem causas graves
lesões, entre as quais as fraturas que são as mais frequentes. Esta problemática condiciona bastante a
vida do idoso e cerca de 75% nunca chega a recuperar totalmente ficando com redução da capacidade
funcional causando grande dependência na realização das tarefas da vida diária (Bento, Rodacki,
Homann, & Leite, 2010; Moylan & Binder, 2007).
Tendo em conta que mais de um terço das pessoas idosas sofre, pelo menos, uma queda por ano, a
fisioterapia surge como uma área de conhecimento importante deve continuar a debruçar o seu olhar
sobre a saúde do idoso, com o objetivo de melhorar a funcionalidade a fim de manter a autonomia e
a qualidade de vida (L. F. Araújo et al., 2011; Piovesan, Pivetta, & Peixoto, 2011).
Este estudo teve como objetivo intervir na população com mobilidade mais reduzida, onde foram
introduzidos exercícios funcionais nas cinco áreas de atuação: treino aeróbico, treino de equilíbrio,
treino de força, treino de flexibilidade e treino cognitivo; de forma a permitir um trabalho mais eficaz
com esta população.
1. REVISÃO DA LITERATURA
O envelhecimento da população, refere à Organização Mundial de Saúde (WHO, 2005:8), é “um dos
maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios.”
Do ponto de vista científico, definem de modo diferente o que se entende por envelhecimento, mas
em geral atinge todas as pessoas, devido ao avançar da idade, como um processo biopsicossocial,
devido à consequência do desgaste do tempo, com todas as modificações morfofisiológicas e
psicológicas, com repercussões sociais (Barreto, 2017; Cerqueira, 2012; Fechine & Trompieri, 2015).
Fechine & Trompieri (2015) referem que o velho tem sempre mais idade que a maioria que o rodeia e
que, segundo as condições de vida, de trabalho, de longevidade da população média de referência e
os seus costumes, pode ter 30, 40 ou 85 anos.
Segundo Fernandes (2009), a velhice pode ser considerada como a última idade da vida, cujo início
fixamos no sexagésimo ano, mas que pode ser mais ou menos avançada ou retardada, segundo a
constituição individual, o género de vida e uma série de outras circunstâncias.
O envelhecimento da população é uma realidade que pode ser observada um pouco por todo o mundo,
fundamentalmente devido à evolução da tecnologia e da medicina. Através destes avanços, tornou-se
possível diagnosticar, prevenir e curar muitas das doenças que eram fatais. A melhoria da qualidade da
alimentação e das condições sanitárias contribuíram também de forma significativa para o aumento da
esperança média de vida e, consequentemente para a redução da taxa de mortalidade verificada em
grande parte dos países, principalmente, nos mais desenvolvidos (Caldas & Veras, 2017; DGS, 2015).
Segundo a Organização das Nações Unidas, a tendência é que os idosos se tornem cada vez mais
numerosos relativamente às pessoas mais jovens. Prevê-se que em 2050 as pessoas com mais de 65
anos ascenderão a dois mil milhões (20 % população mundial), e que o grupo etário que mais
aumentará será o dos idosos com 80 anos ou mais (WHO, 2002).
Marques ( 2016) no seu livro Descriminação na 3ª Idade, refere que a Europa é a região mais
envelhecida do mundo com índice de envelhecimento de 136,2 e que em 2050 aumentará para 229.
Portugal viu nas últimas décadas uma mudança muito significativa em relação à evolução demográfica,
sendo que atualmente os problemas com os quais se depara e se questiona são em tudo semelhantes
aos restantes países da união europeia. A população continua a aumentar a sua esperança média de
vida a par de uma baixa taxa de natalidade, tendo como resultado cada vez maior envelhecimento da
população.
A baixa taxa de natalidade, o aumento da esperança média de vida e os movimentos migratórios que
“levam” a população ativa, faz com que Portugal, seja considerado um dos países mais envelhecidos
da Europa. Este padrão de envelhecimento tem vindo a observar-se ao longo dos últimos anos e vai
manter-se. De acordo com estimativas feitas pelo Instituto Português de Estatística, nos próximos 25
anos o número de pessoas idosas (mais de 65 anos) poderá duplicar relativamente ao número de
jovens, passando de 114 idosos para 243 por cada 100 jovens (INE, 2014).
O envelhecimento é um processo que abrange o ciclo da vida que vai desde o nascimento até à morte.
É um processo natural, que é lento, progressivo e comum a todos os seres humanos, é caracterizado
por uma hipofuncionalidade somática que atinge todas as estruturas do organismo limitando
progressivamente a capacidade motora, a flexibilidade, a força, a velocidade, etc (Tribess & Virtuoso Jr,
2005).
No entanto, atualmente considera-se que este processo resulta de múltiplos fatores endógenos e
exógenos que vão caracterizar a resposta biológica adaptativa e determinar a resposta de cada um.
Mas quando se fala deste tema, não se pode falar só nos componentes estritamente biológicos, temos
também que considerar este processo como um equilíbrio dinâmico entre fatores físicos, psíquicos e
sociais. Até porque um envelhecimento bem-sucedido pressupõe uma capacidade de resposta
adaptativa aos desafios relacionados com o avanço da idade (Fechine & Trompieri, 2015; Miranda,
Mendes, & Silva, 2016; Tribess & Virtuoso Jr, 2005).
Com o aumento da esperança média de vida, um dos grandes desafios é a compreensão das bases
biológicas do envelhecimento, podendo ser explicadas através de várias teorias (Fries & Pereira, 2011;
Oliveira & Pinto, 2014).
As Teorias Estocásticas (ou teorias baseadas no dano) defendem que o envelhecimento é uma
consequência de lesões aleatórias e sucessivas, que levam ao desgaste e consequente disfunção celular
que são traduzidas pela expressão “desgaste e rutura”. A Teoria da Oxidação/Radicais livre e Teoria da
Lesão/Reparação do ADN, defendem uma exposição contínua a agentes agressores intra e
extracelulares, quer diretamente, quer através da formação de espécies reativas de oxigénio. Estas
conduzem a erros da síntese proteica que não conseguem ser corrigidos pelos mecanismos de
reparação lesando o ADN. Por outro lado, as Teorias Deterministas (teorias baseadas em processos
programados) defendem uma alteração biológica da homeostasia e nas defesas naturais ao longo do
tempo de vida. As Teorias Genética e Telemerase são exemplos de teorias deterministas que
fundamentam o envelhecimento numa base genética (Oliveira & Pinto, 2014).
O envelhecimento demonstrado de um ponto de vista meramente demográfico pode ser explicado por
uma melhoria significativa nas condições de vida com a ajuda do avanço das ciências, sobretudo das
ciências médicas que em muito contribuíram para o aumento significativo da expectativa média de
vida. Contudo, esse aumento é cada vez mais alvo de uma análise, integrando variáveis que estão no
centro de uma boa qualidade de vida do idoso (Camarano & Pasinato, 2004).
As mudanças demográficas que se têm verificado e o facto de os idosos terem cada vez mais idade,
fazem com que a velhice se tenha tornado numa questão social à qual tem que se dar respostas (Neto
& Corte-Real, 2013).
A necessidade de a sociedade ter nova visão do envelhecimento, uma nova atitude, torna-se essencial.
Oliveira & Pinto (2014), afirmam a necessidade que, quer os idosos, quer a sociedade envolvente, os
ajude a envelhecer com criatividade, desmistificando os estereótipos (de improdutividade, de
incapacidade, de degenerescência, de amargura, etc.) e potencializando as suas capacidades de saúde
física e psíquica.
As incapacidades para o desempenho de algumas atividades instrumentais de vida diária no idoso não
significam necessariamente impedimento para a continuidade do funcionamento cognitivo e
emocional. As capacidades funcionais nos idosos podem e devem ser optimizadas, compensando os
prejuízos e mantendo um equilíbrio entre ganhos e perdas (Rabelo & Neri, 2005).
O que é importante neste domínio é dar margem às diferenças individuais, admitindo que são vários
os caminhos que se podem seguir na execução do objetivo da realização pessoal e na conquista da
própria felicidade. É o respeito pelas opções individuais, sem preconceitos ou mitos sobre o
envelhecimento. Todos têm capacidades e condições de realizar as atividades que cada um tem como
objetivo, cabe-nos retirar a essência destas capacidades e aprender com elas (Fechine & Trompieri,
2015; Melo, 2013; Rabelo & Neri, 2005).
Se vamos viver mais tempo, é necessário se preparar para evitar efeitos nefastos dos estados mórbidos,
que tendem a aumentar com o número crescente de pessoas acima dos últimos patamares de idade e
que se agravam com a possibilidade de vivermos uma vida mais longa (Bárrios & Fernandes, 2014).
Para que se vá de encontro à ideia de “evitar efeitos nefastos” do aumento da idade, em 2002 a OMS
lança um novo conceito - Envelhecimento Ativo, que define como “o processo de otimização de
oportunidades para a saúde, participação e segurança, a fim de melhorar a qualidade de vida”. Este
novo paradigma reconhece as pessoas idosas como um grupo heterogéneo, e surge no sentido de
permitir que se envelheça com qualidade de vida e saúde, mantendo a autonomia física, psicológica e
social e permitindo que cada idoso possa continuar a desempenhar um papel na sociedade enquanto
cidadão ativo. O desafio é aproveitar da melhor forma o enorme potencial que cada um conserva até
ao fim da vida (Paúl & Ribeiro, 2012; WHO, 2002).
1.2. Envelhecimento e Qualidade de Vida
Ao longo de todo o século XX uma imagem da velhice foi criada e difundida pelos meios de
comunicação. Ser idoso já significou dependência, saúde frágil, ociosidade. Problemas relacionados
com a reforma e sobrevivência destacaram-se como temas centrais quando o assunto é a velhice.
Annam (WHO, 2002) afirma que a expansão do envelhecer não é um problema. É sim uma das maiores
conquistas da humanidade. É necessário traçarem-se políticas ajustados para envelhecer, tornando os
indivíduos autónomos, ativos e plenamente integrados. A não se fazerem reformas radicais, teremos
em mãos uma bomba relógio a explodir em qualquer altura.
Mas um novo olhar começa a dominar o consciente coletivo neste início de século XXI. Vários
profissionais têm se preocupado em adaptar seu trabalho de forma a atender às especificidades desta
fase da vida, já que o número de idosos aumenta consideravelmente e a quantidade de anos vividos
também está em constante ascensão.
Nesta mesma temática, Ramos & Santiago (2014) consideram um grande desafio, neste século XXI, a
necessidade da melhoria da qualidade de vida durante a velhice.
A qualidade de vida é um assunto central quando se fala em idosos hoje e, relacionando-se com isso,
novos costumes e hábitos começam a difundir-se. Exercícios físicos, cursos, atividades de lazer, novas
funções dentro da família: temas que não eram preocupações dos velhos são, agora, questões comuns
no seu dia-a-dia.
A atividade e a aptidão física têm sido associadas ao bem-estar, à saúde e à qualidade de vida das
pessoas idosas (M. R. B. Ramos & Santiago, 2014; Silva, Goulart, Lanferdini, Marcon, & Dias, 2012).
O debate nas últimas décadas recai em torno das questões ligadas ao denominado envelhecimento
bem sucedido, que tenta encontrar formas de compatibilizar o envelhecimento com a qualidade de
vida das pessoas idosas nas diversas dimensões do seu “Self”. Cada vez mais, torna-se fundamental
manter a pessoa idosa no seu meio social tendo em vista o seu bem-estar.
Baltes e Smith (2003) citado por Neri (2006), propõem que o envelhecimento bem-sucedido pode ser
alcançado por uma sequência de seleção, optimização e compensação (SOC). A etapa da seleção
consiste no direcionamento eletivo do desenvolvimento, incluindo a escolha das estruturas disponíveis
para a obtenção satisfatória de metas. Essas metas são redefinidas conforme a repercussão das perdas
nas atividades individuais e sociais. A optimização é o processo de potencializar os meios selecionados
para o percurso, envolvendo o uso de recursos internos e externos para que o resultado seja eficiente.
A compensação associa-se à optimização e caracteriza-se pela aquisição ou ativação de novos meios e
aprendizagens para compensar o declínio que coloca em risco a funcionalidade efetiva.
A passagem para uma nova etapa da vida engloba várias mudanças, estas devem ser progressivas e
adaptadas às necessidades e potencialidades de cada indivíduo. Vieira (2008), afirma que se aborda e
interpreta como é que o passado e as diferentes experiências de vida por que passaram alguns idosos
fizeram deles o que hoje são.
Marques, Gerry, Diniz, & Ferreira (2012), afirmam que cada vez mais as instituições tentam oferecer
serviços que promovam um envelhecimento bem sucedido1, que potenciem a conservação do
empenhamento social e do bem-estar subjetivo2.
Nos últimos anos têm vindo a realizarem-se vários estudos no sentido de saber quais os fatores que
mais contribuem para melhorar a qualidade e diversidade das respostas sociais que permitam uma
maior satisfação das necessidades da pessoa idosa.
Segundo Paúl & Ribeiro (2012), a variabilidade inter individual dos idosos é superior à verificada em
outros grupos etários. Com o passar dos anos e o acumular de experiências, os indivíduos acentuam
as suas diferenças de partida, sublinhando competências ou incapacidades que a sua base genética,
em interação com o meio, permite expressarem.
Segundo Maués, Paschoal, Jaluul, França, & Jacob Filho (2010), a qualidade de vida depende em grande
medida do facto dos idosos possuírem autonomia e independência para executar as atividades do dia-
a-dia, manter uma relação familiar ou com pessoas significativas para si, ter recursos económicos
suficientes e desenvolver/participar em atividades lúdicas e recreativas continuamente.
A noção de envelhecimento ativo tem a sua origem na OMS-Organização Mundial de Saúde (WHO,
2002:13) e define-se como “o processo de optimização das oportunidades de saúde, participação e
1 Segundo Fonseca (2010), o conceito de “Envelhecimento Positivo”, “Envelhecimento com sucesso” ou ainda
“Envelhecimento bem-sucedido”, surgiu nos anos 60 e definia então um mecanismo de adaptação às condições específicas
da velhice, à procura de um equilíbrio entre as capacidades do indivíduo e as exigências do ambiente.
2Diener et al. citados por Galinha & Ribeiro (2005:204), “a história do conceito de Bem-Estar Subjetivo é recente. O conceito
terá cerca de 45 anos de vida, se considerarmos a tese de Wilson (1960) como marco do seu nascimento, uma vez que estuda
pela primeira vez o termo de Bem-estar, como o conhecemos hoje.” Segundo Galinha e Pais Ribeiro (2005:210-211), “o Bem-
Estar Subjetivo, decorre que se chegou a um consenso, o conceito é composto por uma dimensão cognitiva, em que existe
um juízo avaliativo, normalmente exposto em termos de Satisfação com a Vida – em termos globais ou específicos – e uma
dimensão emocional, positiva ou negativa – expressa também em termos globais, de Felicidade, ou em termos específicos,
através das emoções.”
segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais
velhas.”
Esta noção pretende incrementar nas pessoas a responsabilidade pelo seu potencial bem-estar físico,
social e mental ao longo da vida e participar na sociedade, ao mesmo tempo em que lhes é acautelada
proteção, segurança e cuidados adequados sempre que necessitem.
Segundo a OMS (WHO, 2005), o conceito de envelhecimento ativo implica a promoção de quatro
aspectos, nomeadamente, a autonomia, que corresponde à capacidade de tomar decisões consoantes
os seus interesses, a independência, que se refere à capacidade do indivíduo desenvolver as atividades
diárias, a qualidade de vida, que corresponde à percepção que o individuo tem da sua vida em nível
do seu bem-estar físico, psicológico, relacional e social no meio em que se insere, sendo o último
aspecto a promover a esperança de vida saudável que está relacionada com o prolongamento do
tempo de vida com saúde3.
Segundo a OMS (WHO, 2005), o envelhecimento ativo é aplicado a indivíduos e grupos populacionais
e permite que as pessoas percebam ao longo do curso da vida o seu potencial para o bem-estar físico,
social e mental, e que essas pessoas participem na sociedade de acordo com suas necessidades,
desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidados adequados, quando
necessários.
Cerqueira (2012) e Ramos (2003) referem que o "Envelhecimento ativo" é mais inclusivo do que
"envelhecimento saudável", já que inclui todos os fatores que afetam os indivíduos e as populações, à
medida que envelhecem, adicionalmente à saúde. As pessoas mais velhas que se reformam e aquelas
que são portadoras de alguma doença ou vivem com alguma necessidade especial podem continuar a
contribuir ativamente para seus familiares, companheiros, comunidades e países.
De acordo com Maués et al. (2010), o objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de
uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as
que são frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados.
Segundo OMS (WHO, 2002), o envelhecimento ocorre dentro de um contexto que envolve outras
pessoas (amigos, colegas de trabalho, vizinhos e membros da família). Esta é a razão pela qual
3 Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), o conceito de saúde refere-se ao bem-estar físico, mental e social.
4 Ibidem OMS (2005), a palavra “ativo” refere-se à participação contínua nas questões sociais, económicas, culturais,
espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente activo ou de fazer parte da força de trabalho.
interdependência e solidariedade entre gerações (uma via de dois sentidos, com indivíduos jovens e
velhos, onde se dá e se recebe) são princípios relevantes para o envelhecimento ativo onde a criança
de ontem é o adulto de hoje e o idoso de amanhã.
Segundo Gusmão ( 2003), cada velhice é consequência de uma história de vida. A qualidade de vida
que as pessoas terão quando idosos depende não só dos riscos e oportunidades que experimentarem
durante a vida, mas também da maneira como as gerações posteriores irão oferecer ajuda e apoio
mútuos, quando necessário.
Segundo Ramos (2003:794), “embora a grande maioria dos idosos seja portadora de, pelo menos, uma
doença crónica, nem todos ficam limitados por essas doenças, e muitos levam vidas perfeitamente
normais, com as suas enfermidades controladas e expressam satisfação na vida”.
O mesmo autor refere que qualquer pessoa que chegue aos oitenta anos seja capaz de gerir sua
própria vida e determinar quando, onde e como se darão suas as atividades de lazer, convívio social e
trabalho (produção em algum nível) certamente será considerada uma pessoa saudável, com boa
manutenção da sua capacidade funcional (Ramos, 2003).
A capacidade funcional é definida como a manutenção da habilidade para realizar atividades da vida
diária (AVD’s), necessárias e suficientes para a manutenção de uma vida independente e autónoma
(Duarte de Queiroz Brito, de Oliveira, & do Carmo Eulálio, 2015).
Existem alguns conselhos que devem estar sempre presentes numa classe de exercícios, como beber
água durante e após a atividade para evitar a desidratação, fazer período de aquecimento e
relaxamento antes e após os exercícios e utilizar sempre equipamento apropriado. Durante a realização
dos exercícios deve-se, sempre, evitar a fadiga e as contrações desnecessárias e deve-se incentivar o
idoso a que tome consciência da sua respiração enquanto realiza os exercícios (Costa et al., 2009).
Tendo todas estas características em atenção, os exercícios devem ser planeados tendo em conta que
o principal objetivo é: melhorar a aptidão física, promover a saúde, reduzir fatores de risco para doença
crónica mas, indo sempre de encontro aos interesses individuais (dos Santos et al., 2014; Tribess &
Virtuoso Jr, 2005).
2. TIPO DE ESTUDO
Apresenta uma abordagem quantitativa experimental do tipo preditivo-casual, que tem como objetivo
avaliar a variável independente (plano de intervenção) sobre a variável dependente (não realizou o
plano de intervenção) (Carmo & Ferreira, 2008; Maroco, 2018).
A população alvo foi a população de idosos da região de Viseu que realizam atividade física regular com
o programa Atividade Sénior da Câmara Municipal de Viseu.
A avaliação do idoso é uma importante ferramenta, na medida que ajuda a verificar componentes
biopsicossociais e classificar o nível de atividade física, funcional e cognitiva. Deste modo, serão
aplicadas escalas, em que avaliamos o estado clínico de fragilidade (Rockwood, 2005), assim como a
escala de Barthel que tem o objetivo de averiguar qual o nível de participação e independência
funcional durante as atividades da vida diária (Araújo, Ribeiro, Oliveira, & Pinto, 2007), como também
o Timed up and Go (TUG) para avaliar a capacidade funcional (Nunciato, Pereira, & Borghi-Silva, 2012).
A escala Falls Efficacy Scale International (FES), avalia o medo de queda (Yardley et al., 2005) e a Tinetti
o equilíbrio na sua globalidade, com uma componente estática e outra dinâmica (Tinetti, Richman, &
Powell, 1990). A Escala Visual Analógica (EVA) é uma das medidas mais utilizadas para avaliar a
perceção da intensidade da dor associada a condições agudas ou crónicas e, o “Mini Mental State
Examination”, foi utilizado com o intuito de avaliar de forma global a função cognitiva dos idosos
(Santana et al., 2016).
Após a avaliação inicial ser feita, no grupo experimental foi introduzida no decorrer das aulas da
“Atividade Sénior” séries de exercícios funcionais com atuação nas áreas de treino aeróbico, equilíbrio,
força, flexibilidade e parte cognitiva. Estas séries de exercícios funcionais foram introduzidas de 15 em
15 dias, com duração total de 12 semanas.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra foi constituída por 39 idosos com idades compreendidas entre 67 e 96 anos (84,47 + 6,57),
sendo 78,9% mulheres e 21,1% homens, na sua maioria viúvos (52,6%) e sem escolaridade básica
(63,2%), sendo distribuídos aleatoriamente em grupo experimental (GE=19) e grupo de controlo
(GC=20). O grupo experimental sofreu uma baixa por ter expressado a sua vontade de não continuar a
fazer parte do estudo implementado.
A evidência demonstra vários estudos sobre intervenções em idosos frágeis, pelo que se mostra um
desafio a correlação entre estudos porque os meios de avaliação da fragilidade são dispersos e cada
investigador implementa mecanismos de avaliação variados (De Labra, et. al., 2015).
A evidência demonstra a relação direta das variáveis: força muscular e capacidade funcional como
preditor de fragilidade, ao qual melhorando a força muscular e equilíbrio para a realização das
atividades da vida diária, diminui-se a fragilidade (De Labra, et. al., 2015).
Na análise do risco de quedas através da escala FES, apesar de ter aumentado a autoconfiança em
relação ao risco de queda, verificou-se que não há diferenças significativas no grupo experimental
(p=0,158) e no grupo de controlo (p=0,853).
A avaliação da funcionalidade através da escala de Barthel, que tem como objetivo avaliar o grau de
intervenção e independência associada às tarefas da vida diária, o grupo experimental inicialmente
apresentou um aumento da sua capacidade funcional com consequente diminuição do grau de
dependência na realização das atividades da vida diária (p=0,041), que representa uma diferença
estatisticamente significativa. O grupo de controlo não apresentou diferenças (p=0,595).
Relativamente a avaliação da capacidade funcional de acordo com o teste Time up and go (TUG), no
grupo experimental, verificamos ligeiras melhorias da funcionalidade, mas o mesmo não apresentou
diferença estatisticamente significativa (p=0,326). O mesmo se verificou no grupo de controlo
(p=0,631).
O teste time up and go, chair stand-test, escala modificada de Romberg e medo de queda, estas avaliam
a força muscular recrutada nas atividades funcionais, associada ao número de quedas dentro da
instituição e a representatividade das mesmas no idoso (Siegrist et al., 2016).
Na população que estudamos 16 (80%) idosos tem algum tipo de dor na coluna vertebral. Com a análise
destes resultados verifica-se que este programa de exercícios traz benefícios no alívio das queixas
álgicas (p=0,022) o que significa que tem um nível de significância, só temos que ter cuidado quando
pensamos em extrapolar para outra população porque esta amostra é muito reduzida, em comparação
a falta de diferença no grupo de controlo (p=0,247).
4. CONCLUSÃO
A longevidade que se ganha com o progresso da ciência e da melhoria da qualidade de vida, promove
a oportunidade de o idoso usufruir de mais tempo livre, comparativamente ao tempo de trabalho e,
estimula o desenvolvimento de métodos e técnicas preventivas no que concerne a manutenção de
uma coluna saudável.
Estes novos conceitos, para os idosos, em geral, ainda não são bem aceites, pois estes parecem não
aceitar o facto de a prevenção ser um aspecto de grande importância na qualidade das suas vidas. Ao
entrar na designada “velhice”, um novo conjunto de papéis sociais e responsabilidades provocam uma
mudança de hábitos no idoso.
Face a esta problemática, o tema abordado neste estudo é de interesse social mas também pessoal.
Tendo em conta a população em estudo, este se torna especial para o investigador, pelo que o
empenho e dedicação ao problema estruturado levam a uma reflexão profunda sobre os utentes que
acompanha na prática clínica. Pensar além da patologia que evidenciam, como perceber todas as
estruturas envolvidas e que possibilitam a continuidade da sua vida pessoal, tornou-se uma realidade.
A implementação de programas de atividade e exercício físico são cada vez mais importantes não só
em idosos, mas na sua globalidade sociodemográfica, na medida que previne algumas patologias
crónicas e ajuda no retrocesso de algumas incapacidades associadas a fragilidade clínica e funcional.
Apesar de inúmeras intervenções terem sido desenvolvidas para melhorar os desfechos de idosos
fragilizados, um grande obstáculo encontrado é a dificuldade de comparação inter estudo, devido às
diferenças no diagnóstico da fragilidade.
O presente estudo comprovou que a aplicação de uma atividade específica, nas componentes
funcionais permitiram, no grupo experimental, melhorias no risco de queda, equilíbrio, capacidade
cognitiva, funcionalidade e dor, sendo estes dois últimos fatores, aquele que demonstrou diferenças
estatisticamente significativas. Fica então o despertar para esta temática.
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