Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
De acordo com o projeto de Norma Portuguesa 4263 (1994) podemos definir Análise
Sensorial ou Exame Organolético como o “exame das características organoléticas de
um produto pelos órgãos dos sentidos”, sendo, aí, organolética definida como
“qualifica uma propriedade de um produto percetível pelos órgãos dos sentidos”.
A análise sensorial, de acordo com o United States Food Institute, é uma metodologia
científica apropriada para medir, avaliar e interpretar reações humanas relacionadas
com características de produtos através dos sentidos (tato, olfato, paladar, visão e
audição), tendo como objetivo final elaborar, definir e aplicar o método mais eficiente e
com melhor relação custo/benefício para obter as informações sensoriais necessárias
para otimizar o desenvolvimento de produtos.
Cada tipo de método contém um conjunto de testes associados que devem ser
selecionados para o produto em questão.
Métodos discriminativos:
Comparação pareada;
Triangular;
Duo Trio;
Ordenação;
Comparação múltipla ou diferença de controlo.
Métodos descritivos:
Perfil de sabor;
Perfil de textura;
Análise descritiva quantitativa (ADQ).
Métodos afetivos:
Comparação pareada/preferência;
Ordenação;
Escala Hedónica;
Escala do ideal.
Tema 2
Os locais de prova têm de obedecer a alguns requisitos de modo a não criar
distrações ou ter qualquer tipo de influência sobre os resultados. De modo a reduzir os
efeitos que as condições físicas e fatores psicológicos poderão ter na avaliação
sensorial, nomeadamente a localização, as cabines de prova, o ruído, a iluminação, a
temperatura, a humidade, os cheiros e as cores, estes têm de deter determinadas
características.
As salas
de prova devem
ser de fácil
acesso para os
provadores e não devem estar situados num local de passagem. Assim, é importante
que se encontrem nas proximidades da sala de preparação das amostras, mas sem
terem acesso direto às mesmas (ISO 8589:2007).
No que diz respeito ao som, é desejável que a sala de provas seja isenta de
ruídos externos, logo bem isolado, de modo a que não haja ruídos indesejáveis
durante as provas, minimizando assim qualquer tipo de ruído.
Tema 3
Existe uma variedade de testes discriminativos, sendo que cinco deles são os mais
utilizados na prática:
Teste triangular
Teste duo-trio
Consiste na exposição de uma amostra de referência em primeiro lugar, de
seguida são apresentadas duas amostras, uma das quais igual à referência e a outra
diferente a qual o provador deve identificar.
Esta prova deve usada para verificar se há uma diferença sensorial entre duas
amostras, especialmente quando não é possível usar o teste triangular e o duo-trio ou
quando não for aplicável a apresentação de três ou mais amostras ao mesmo tempo.
Esta prova é usada por exemplo para comparar amostras de sabor intenso ou
prolongado e amostras bastantes complexas e que podem ser mentalmente confusas
para os provadores.
É uma prova de diferença que pode ser usada com amostras que exibam
variações na aparência e é bastante útil quando é impossível obter-se amostras
idênticas. São recomendados cerca de 30 provadores ou 20 provadores habilitados.
Neste teste, é assumido que o provador já esteja acostumado com a amostra “A”,
ao longo do testes (após este já ter aprendido a identificar a amostra do tipo “A”), o
provador não tem mais acesso explicito à amostra “A”. Na série de amostras expostas
ao provador (do tipo “A” e “não A”) todas as amostras do tipo “não A” são parecidas
entre si. A quantidade de amostras “A” e “não A” são desconhecidas para o provador e
estas são exibidas de forma aleatória, um de cada vez e com uma apresentação
diferente para cada provador, sendo que todos têm acesso ao mesmo número de
amostras (porém o número de amostras “A” e “não A” pode não ser o mesmo). De
acordo com as características da amostra em estudo e de forma diminuir os efeitos
devido à adaptação sensorial deve existir um intervalo fixo de tempo entre a
apresentação de amostra sucessivas. De acordo com a finalidade do teste é possível
ter as seguintes variações:
Neste teste, são apresentados aos provadores uma amostra de referência e mais
uma ou mais amostras a testar. É pedido aos provadores que estimem a grandeza da
diferença entre a amostra de referência e a(s) amostra(s) a testar, numa escala
fornecida para esta finalidade.
2. Testes descritivos
A informação obtida nas provas descritivas pode ser utilizada para várias finalidade:
Método Spectrum
Este teste foi concebido para solucionar os problemas resultantes das diferenças
culturais dos provadores que levam ao uso de termos diferentes para manifestar a
mesma perceção sensorial. No FPC, cada provador desenvolve e usa a sua lista de
descritores para a apreciação do produto, tendo apenas de cumprir um protocolo de
avaliação decidido pelo encarregado pelo painel.
O FPC têm certas vantagens tais como o facto do período tempo (muito demorado
por vezes) imprescindível para o desenvolvimento de uma lista de descritores e treino
do painel no uso dessa lista não existir e o facto dos provadores usarem um sistema
que é desenvolvido por eles e por isso sentem-se mais à vontade.
Perfil Flash
Este tipo de método foi desenvolvido a partir do FPC, sendo a principal diferença
entre estes o método de apresentação das amostras que são, neste teste,
apresentadas ao mesmo tempo aos provadores, sendo-lhes pedido que as organizem
segundo uma dada dimensão (descritor). Este é um teste de ordenação que fornece a
posição relativa dos produtos sem quantificação individual e ao contrário dos métodos
de perfil clássicos (onde os produtos são avaliados sequencialmente) neste processo
todos produtos são avaliados ao mesmo tempo para um dado descritor.
Perfil convencional
Temas Extra
Tipos de escalas