Terapia Medicamentosa Aula 8

Assistência de Enfermagem
em nutrição parenteral
Franciely Midori

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Objetivos de aprendizagem

Conhecer e aplicar os cuidados de Enfermagem

Procedimento 1
Cuidados de Enfermagem
relacionados à nutrição parenteral
relacionados a nutrição parenteral.
Conhecer e aplicar as técnicas e procedimentos de
Enfermagem com o objetivo de garantir assistência
de qualidade ao paciente.

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Instruções do procedimento Desenvolvimento da prática

Materiais: SITUAÇÃO PROBLEMA

▪ Bandeja; ▪ O paciente J.F.M, 77 anos, foi internado no
▪ Equipo macrogotas; Centro de Tratamento para Queimados com
▪ Soro fisiológico 0,9% 1000 mL (simular uma queimaduras graves em 40% da superfície
bolsa de nutrição parenteral); corporal após acidente com álcool e fogo. As
principais regiões atingidas foram face, pescoço,
▪ Luvas de procedimento. tórax e abdômen anterior, com
queimaduras de 1° e 2° grau.

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 Desenvolvimento da prática Desenvolvimento da prática

▪ Mesmo recebendo nutrição enteral, há uma O que é Nutrição Parenteral (NP)?

semana, o paciente apresentou perda ponderal ▪ A NP é uma solução intravenosa composta
de 7 quilos. Ao exame físico a enfermeira do por carboidratos, aminoácidos, lipídeos,
setor verificou que seu abdômen estava globoso, vitaminas e minerais em quantidades e
distendido e RHA ausentes. Qual plano nutricional proporções apropriadas para suprir as
seria o mais adequado para esse paciente? necessidades diárias do organismo.
▪ Expliquem quais as indicações
e os benefícios esperados.

Fonte: https://goo.gl/eZcJDE.

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Desenvolvimento da prática Desenvolvimento da prática

• Infusão contínua de nutrientes, em

períodos de 12 a 24 horas • Infusão em períodos de 12 a 18h
• Fluxo constante • Geralmente durante a noite
Administração • Sem interrupção
Administração • Ideal para pacientes domiciliares
contínua de NP • Inicia-se com uma infusão
cíclica de NP • É fundamental controlar a glicemia,
de 30 a 40 mL/h evitando estados de hiper ou
hipoglicemia
• Pacientes hospitalizados

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Desenvolvimento da prática Desenvolvimento da prática

INDICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
• Incapacidade de absorção de
nutrientes pelo Trato Gastrointestinal
devido à causas anatômicas (ressecções
extensas) ou infecciosas (processo Metabólicas
Fonte: https://goo.gl/L6m6PN.
inflamatório da mucosa);
• Doenças que necessitam de diminuição
temporária da função secretora do Fonte: https://goo.gl/QoYNf9. Relacionadas ao
cateter venoso
intestino (fístulas) ou do pâncreas central
(pancreatite aguda);
• Ressecção intestinal extensa
(Síndrome do intestino curto). Gastrointestinais

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 Desenvolvimento da prática
Balanço hídrico diário
Controle glicêmico
CONTROLES ESPECIAIS
Pesagem inicial e semanal
Exame clínico
Avaliação da enfermagem
Prescrição da enfermagem
Exames radiológicos, s/n
Exames de sangue
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Desenvolvimento da prática
• Aporte calórico: 80-90 kcal/kg/dia;
• Vantagens: simplicidade, menor risco de
infecção, economia;
• Desvantagens: não permite uso de
soluções hiperosmolares, necessita de
rodízio de venopunção pelo risco de
esclerose venosa e lesões cutâneas.
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Desenvolvimento da prática
• Indicada por períodos mais longos (superior a
10 dias) porque oferece melhor aporte
energético e proteico;
• Osmolaridade superior a 1000mOsm/L;
• Indicações: pacientes que não possam tolerar
ingestão oral ou enteral (SIC, íleo paralítico,
trombose intestinal).
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Desenvolvimento da prática
ACESSOS VENOSOS PARA INFUSÃO DE NP
▪ Via Cateter Venoso Periférico
• Bom acesso venoso;
• Provável duração menor que 2 semanas;
• Concentração de glicose limitada
preferencialmente a 10%
(podendo atingir 12,5%);
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Desenvolvimento da prática
ACESSOS VENOSOS PARA INFUSÃO DE NP
▪ Via Cateter Venoso Central
• Também conhecido como Nutrição
Parenteral Total (NPT);
• Administrada por meio de uma veia de
grande diâmetro (geralmente subclávia
ou jugular interna
diretamente ao coração);
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Desenvolvimento da prática
RISCO DE INFECÇÃO
▪ Endocardite bacteriana com vegetação em
válvula tricúspide
• Avaliação a cada 2 semanas: ecocardiograma;
• Risco de embolia pulmonar.
▪ Sepse devido à vegetação em cateter
causado por S. epidermidis,
S. Aureaus ou Candida sp.
• Gram negativos devido à
translocação bacteriana.
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 Desenvolvimento da prática
DISPENSAÇÃO DA SOLUÇÃO DE NP
▪ As bolsas de NP ficam acondicionadas em
geladeira a temperatura entre 2°C a 8°C;
▪ A bolsa deverá ser solicitada à farmácia com
antecedência de mais ou menos 2 horas,
considerando o horário de administração
(aclimatização).
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Desenvolvimento da prática
▪ Conferir a permeabilidade e a integralidade do
acesso venoso antes de instalar a NP (antes de
retirá-la da embalagem);
▪ A manipulação da bolsa deverá ser realizada com
técnica asséptica, evitando sua contaminação
(conectar equipo à bolsa);
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RESOLUÇÃO COFEN Nº 0453/2014 – Competências
do Enfermeiro na Nutrição Parenteral
Proceder a punção venosa periférica de cateter
intravenoso de teflon ou poliuretano, ou cateter
periférico central (PICC), desde que habilitado e/ou
capacitado para o procedimento de acordo com a
Resolução COFEN Nº 260/2001.
Participar com a equipe medica do procedimento de
inserção de cateter venoso central.
Assegurar a manutenção e
permeabilidade da via de
administração da
Nutrição Parenteral.
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Desenvolvimento da prática
INSTALAÇÃO DA BOLSA DE NP
▪ A aclimatização da bolsa deverá ser realizada no
posto de enfermagem em temperatura ambiente
e proteção da luz;
▪ A bolsa deverá ser mantida em sua embalagem
plástica até o momento da manipulação;
▪ Conferir integridade da
bolsa e cor/homogeneidade
da solução;
▪ Higienização das mãos;
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Desenvolvimento da prática
▪ O equipo deverá ser trocado
a cada bolsa de NP (24H);
▪ Nas infusões que contenha vitaminas, o equipo
deverá ser preferencialmente o de coloração
âmbar, conferindo fotoproteção à solução.
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Receber a solução parenteral da farmácia e assegurar a
sua conservação até a completa administração.
Proceder à inspeção visual da solução parenteral antes
de sua infusão.
Avaliar e assegurar a instalação da solução parenteral
observando as informações contidas no rótulo,
confrontando-as com a prescrição.
Prescrever os cuidados de enfermagem inerentes a
Terapia de Nutrição Enteral, em nível hospitalar,
ambulatorial e domiciliar.
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 Assegurar que qualquer outra droga, solução ou
nutrientes prescritos, não sejam infundidos na
mesma via de administração da solução parenteral,
sem a autorização formal da equipe
Multiprofissional de Nutrição Parenteral.
Detectar, registrar e comunicar a EMTN ou ao
médico responsável pelo paciente as intercorrências
de qualquer ordem técnica e/ou administrativa.
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Vídeo
Cuidados de Enfermagem em Nutrição Parenteral
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Resolução comentada
A via de acesso venoso da NP deve ser exclusiva
para tal finalidade. Caso o cateter tenha mais de um
lúmen, a via da NP deverá ser identificada.
A NP deverá ser infundida preferencialmente em
CVC devido à sua alta osmolaridade.
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Garantir o registro claro e preciso de informações
relacionadas à administração e a evolução do
paciente, quanto aos dados antropométricos,
peso, sinais vitais, balanço hídrico, glicemia,
tolerância digestiva entre outros.
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Resolução comentada
Na ocorrência de Eventos Adversos relacionados a
TNP, equipe multidisciplinar deverá notificar
imediatamente o ocorrido.
O Enfermeiro é o responsável pela administração da
NP e pela prescrição dos cuidados de Enfermagem
em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar
(Portaria 272/98, parágrafo 5.6.1).
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Resolução comentada
MANIPULAÇÃO DA NP
▪ A NP deverá ser infundida por meio de fluxo
controlado (bomba de infusão) com volume e
vazão determinados pelo médico prescritor;
▪ O sítio de inserção do cateter deverá ser
inspecionado diariamente para detecção
precoce de complicações;
▪ A desinfecção da conexão
equipo-cateter deverá ser
realizada diariamente antes
e após a troca de NP,
utilizando álcool 70%;
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 Resolução comentada
▪ Após a troca do sistema, o local da conexão deverá
ser protegido com gaze estéril, oferecendo barreira
de proteção mecânica local;
▪ Identificar a bolsa de NP com: nome completo e leito
do cliente, volume e vazão da solução, data, hora e
nome do profissional responsável;
▪ Trocar o primeiro curativo do acesso
venoso central a cada 24h.
Os curativos subsequentes
deverão ser trocados conforme
protocolo institucional;
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Resolução comentada
▪ Não adicionar nenhuma substância na bolsa de NP;
▪ Manter a infusão da NP durante procedimento de
cirurgias, exames, transporte do cliente e outros
motivos: suspendê-las, nesses casos, apenas com
ordem médica;
▪ Diante da necessidade de interrupção da NP ou ao
término da infusão da bolsa, manter acesso venoso
com SG 10% até reiniciar a
terapia (verificar com equipe
médica) e não guardar a NPP,
que já foi instalada, na geladeira.
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