Você está na página 1de 5

E.E.E.

PPROFESSORA ELSA MARIA PORTO COSTA LIMA

JOAO PEDRO DA SILVA DOS SANTOS E THAYS BARBOSA NUNES

TRABALHO MENSAL DE SOCIOLOGIA

NÚMERO DO ALUNO (A): 22; 37;

CURSO: Administração 2

DISCIPLINA: sociologia

PROFESSOR (A): ANA PAULA

ARACATI-CE

2020
01. DEFINA OS CONCEITOS DE:

 ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL;
 DESIGUALDADE SOCIAL;
 MOBILIDADE SOCIAL;

“ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL”

Estratificação social é um conceito sociológico utilizado para classificar os indivíduos


ou grupos a partir da análise das condições socioeconômicas. A estratificação social
serve também como base para entender a configuração da sociedade em hierarquias e
na formação das desigualdades sociais.

Os sociólogos usam as informações sobre a estratificação social, analisam o status


social de membros dessa sociedade ou grupo social, as condições econômicas e as
práticas culturais. Diante desses dados, o sociólogo tenta compreender porque, dentro
de uma mesma sociedade, existem indivíduos muito ricos e aqueles muito pobres.

Nas primeiras sociedades primitivas, ainda não podia ser aplicado os conceitos de


estratificação social e desigualdades. Somente a partir da divisão social do
trabalho é que as desigualdades e a acentuação das diferenças sociais iniciaram-se.

Características

A estratificação teve algumas de suas características definidas, principalmente, no


decorrer dos séculos XIX e XX, por uma série de sociólogos.

Dentre as principais características, merecem destaque:

 A estratificação é geral e variável;

 Está presente em todas as sociedades;

 Há divisão de recursos materiais e culturais de maneira desigual;

 Ultrapassa as gerações;

 Deve ser encarada como uma particularidade das sociedades;

 Não deve ser encarada como reflexo das diferenças individuais existentes na
sociedade.

“DESIGUALDADE SOCIAL”

A desigualdade social é uma condição que afeta os indivíduos de uma sociedade e


acontece, principalmente, por conta da má distribuição de renda e falta de
investimentos em áreas sociais, especialmente em saúde e educação. A desigualdade
é, portanto, marcada pela diferença econômica existente entre membros de uma
mesma sociedade.
No Brasil, a questão da distribuição desigual dos recursos econômicos acontece desde
o período das capitanias hereditárias, quando os lucros não eram igualmente
divididos entre os habitantes.

Dados do IBGE de 2017 apontam que, no Brasil, os 10% mais ricos da população
concentram 43,3% da renda do país, enquanto os 10% mais pobres detinham apenas
0,7% da renda total.

“MOBILIDADE SOCIAL”

Define-se mobilidade social como o deslocamento de indivíduos entre classes sociais


com posições socioeconômicas diferentes.

Em sociedades onde existe o regime de estamentos ou castas, a mobilidade de


indivíduos entre as diferentes classes sociais é, praticamente, inexistente. 

02. EXPLIQUE AS SOCIEDADADES QUE DIVIDEM-SE EM:

 CASTAS;

 ESTAMENTOS;

 CLASSES SOCIAIS;

“Castas”
É uma forma de estratificação social caracterizada: pela
endogamia; pela transmissão hereditária de um estilo
de vida que, frequentemente, inclui um ofício, status
ritual numa hierarquia e interações sociais
consuetudinárias; e pela exclusão baseada em noções
culturais de pureza e poluição.

“Estamentos”

O estamento constitui uma forma de estratificação social com camadas mais fechadas
do que as classes sociais, e mais abertas do que as castas, ou seja, possui maior
mobilidade social que no sistema de castas, e menor mobilidade social do que no
sistema de classes sociais.

“Classes Sociais”

É um conceito da Sociologia que se refere à divisão socioeconômica do mundo em um


sistema capitalista. Há uma hierarquia de grupos sociais, as classes, que possuem
diferentes importâncias e ocupam diferentes cargos dentro da divisão social do
trabalho.
03. EXPLIQUE OS CONCEITOS DE KARL MARX E MAX WEBER EM RELAÇÃO À
ESTRATIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES.

Para Karl Marx, a sociedade sendo composta por diversos indivíduos com
ideologias diferentes, é organizada pelas classes sociais, que se estruturam e se
mantém através das ideologias defendidas por quem detém os meios de
produção. Numa sociedade organizada por classes, o operário troca sua mão de
obra pelo salario, que só é suficiente para ele e para sua família, ficando o
capitalista como todo o lucro do que foi produzido por este operário, que é o que
vai alimentar o status social do detentor dos meios de produção. 
Mark conceitua ainda a mais-valia, que consiste na teoria da exploração do
trabalho, pois neste sistema o operário produz mais do que aquilo que ele ganha. 

Karl defende ainda que os trabalhadores devem ter consciência de classe, para
que haja uma revolução do proletariado e assim se institucionalize o socialismo.
“Trabalhadores do mundo, uni-vos”(Karl Marx)

Para Max Weber, a sociedade está organizada por um sistema de poder, que
constitui-se da ideia de que o poder não centraliza-se apenas a status social, como
também, as questões da tradicionalidade, carisma e conhecimento técnico-racional.
Ou seja, Max defende de há diversos fatores a serem considerados quando se trata
do “poder”. Por exemplo: O respeito do aluno para com o professor, se dar por meio
da dominação tradicional, pois isso já estava inserido na sociedade antes deste
individuo nascer. O poder carismático, ocorre quando um individuo usa da
persuasão para influencia-los a fazer algo que não querem por meio da admiração,
sem uso da violência.
Exemplo: Lideres de equipes. Já ação racional é todo o processo burocrático
existente em uma sociedade, em decorrência desta, os indivíduos são submetidos a
normas de empresas ou de estado.

04. CITE ALGUNS MOTIVOS QUE LEVAM AO DESEMPREGO E AO SUBEMPREGO NO


CONTEXTO ATUAL.

• Crise econômica: O Brasil passou e ainda passa por uma onda enorme de
desempregos ou subdesempregos, cresce cada vez mais o numero de pessoas
trabalhando na informalidade, em decorrência da crise econômica e da contenção
de gastos que o governo federal vem fazendo desde 2017.

• Necessidade de profissionais mais capacitados: Com a ascensão das


tecnologias, exige-se cada vez mais das pessoas um alto conhecimento sobre as
varias áreas do conhecimento, com isso, há pessoas que ficam paradas no tempo e
acabam sendo substituídas por outras.

• Falta de oportunidades: Mesmo que muitas pessoas considerem o tema como


“mimimi”, precisa-se falar das pessoas marginalizadas excluídas da sociedade e que
sobrevivem com menos de dez reais por dia. Não adianta falar em gerar empregos
se não for disponibilizado nenhum mecanismo a quem precisa.

• Custo de mão de obra: Há empresas que demitem seus funcionários por causa
do “excesso” de direitos que estes tem. E foi exatamente, nesta ideologia neoliberal
que apareceram propostas de reforma trabalhista, previdenciária e afins.

05. ANÁLISE DO FILME: “QUE HORAS ELA VOLTA? ”

Desde os seus primórdios a sociedade sofre com o modo pelo qual os


indivíduos são organizados socialmente, por quem detém o capital. São pirâmides
hierárquicas que perduram até hoje. Um modelo militarista onde, quem está no
topo é a classe mais alta, quando na verdade quem deveria ocupar esse posto era
a classe operaria que é a principal responsável por fazer a economia girar no
Brasil. “Que horas ela volta?” escancarou a realidade de milhares de
brasileiros(as), pois mostrou como a elite debocha das pessoas mais pobres, por
quererem adentrar no ensino superior, o caso é ainda mais grave quando se trata
de filha de empregada nordestina. 

Há uma cena no filme em que Jéssica, filha da Val(empregada doméstica), chega


a casa da Barbara(patroa de Val), e relata que foi a São Paulo para prestar o
vestibular da FAL, e fala sobre o seu desejo de se graduar em arquitetura e
urbanismo. Então os patrões da Val, a olham com sentimento de “pena”, o que
não abala nada a jovem sonhadora. Nessa cena, especificamente nesta, fica
visível o quanto é difícil não fazer parte da classe dominante, principalmente
quando se é nordestino, negro ou pobre. A situação é alarmante, que por um
milésimo de segundo pode se comparar as castas da índia, pois a humilhação a
qual estão submetidos é revoltante. 

Mas toda essa humilhação a qual estão submetidos, os marginalizados, os negros


indígenas, as empregadas domesticas, as mulheres e as mãos de obra como
todo, que são conhecidas socialmente como “piso”, faz parte de um controle social
para restringir o acesso a itens mais básicos possíveis, um plano neoliberal para
elitizar o setor publico e deixar a classe pobre a deriva. Cabe esse comentário,
pois há muitas pessoas que são a favor do plano neoliberal de privatizar a
educação e a saúde. A reflexão que o filme nos propõe é muito clara: ser pobre no
Brasil é assinar o seu próprio atestado de óbito socialmente.

Você também pode gostar