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RENÚNCIA
A (morto)

Filho B Filho C Filho D
(renunciante)

 Tem-se que C nunca existiu e herdam B e D na proporção de ½


para cada um – art. 1810 (primeira hipótese)

Pai Mãe

A (morto)

Filho B (renunciante)

 Art. 1810 (segunda hipótese)  Pai e Mãe herdam em partes


iguais.

A (morto)

Filho B (renunciante) Filho C (renunciante)


 
Neto D Neto E Neto F

 Art. 1811  embora ninguém possa suceder, representando


herdeiro renunciante, isso ocorrerá se ele for o único legítimo de
sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem à
herança, pois, nessa hipótese, ele sucederá por direito próprio e
por cabeça. No exemplo, a herança será dividida em 1/3 para cada
neto.
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A (morto)

Filho B (renunciante) Filho C
 
Neto D Neto E Neto F

 Art. 1811  Como B não é o único de sua classe, a herança irá


integralmente para C.

 Segundo José Fernando Simão, José Luiz Gavião de Almeida,


Euclides de Oliveira, Clóvis Beviláqua e Carvalho Santos, a regra
contida no artigo 1810 deve ser lida como “não recebem todos os
da mesma classe, mas os da mesma classe, grau e linha do
renunciante”.
Ex:
A (morto)

Filho B (morreu antes de A) Filho C (morre antes de A)
 
Neto D Neto E (renunciante) Neto F Neto G

 Como B e C são pré-mortos em relação a A e o Neto E


renunciou, o Neto D receberia 50% e o restante seria dividido entre
os Netos F e G, recebendo cada um 25% da herança. Neto D
recebe a parte do Neto E porque pertencem à mesma classe, grau
e linha.
* Neto F = 25%
* Neto G = 25%
* Neto D = 50%
 A outra parte da doutrina entende que a herança seria dividida
em partes iguais entre os Netos D, F e G, pois esses herdariam por
direito próprio e por cabeça. Deve-se entender a regra do ponto
de vista de que o renunciante nunca foi herdeiro, ou seja, para a
linha sucessória ele não existe.
* Neto F = 1/3
* Neto G = 1/3
* Neto D = 1/3
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A
(autor da herança)

B C
(pré-morto a A)
 
C1 C2 (renunciante)

 Vai haver na mesma classe dois tipos de descendentes. A


representação gera uma equiparação com a classe mais próxima.
Assim, C1 receberia a parte de C2.
• B = 50%
• C1 = 50%

SUCESSÃO NA LINHA RETA DESCENDENTE E


REPRESENTAÇÃO

ART. 1833

A (m) A (m)
 
B(50%) C(50%) B(50%) C (pré-morto)

C1 (50%)

ART. 1833 A (m)



B(50%) C (pré-morto)
 
B1 B2 C1(25%) C2(25%)

• B herda por direito próprio e partilha por cabeça


• C1 e C2 herdam por representação e partilham por
estirpe (50% para a estirpe de C)
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Art. 1835 A (M)



(pré-morto) B C (pré-morto)
 
B1(1/3) B2(1/3) C1 (1/3)

• A herança é dividida em partes iguais porque os


netos herdam por direito próprio e a partilha é por
cabeça. Não há representação quando todos os
herdeiros são do mesmo grau.
______________________________________________________

 Na classe dos descendentes, a representação é infinita.

A (M)

B C (pré-morto)
 
D E (pré-morto) F G
 
F1 F2 G1

• B = 50%
• G = 25%
• F1 = 12,5%
• F2 = 12,5%

A (M)

(pré-morto) B C (pré-morto)
 
D E (pré-morto) F G
 
F1 F2 G1

• D = 25%
• E = 25%
• G = 25%
• F1 = 12,5%
• F2 = 12,5%
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SUCESSÃO LEGÍTIMA NA LINHA RETA ASCENDENTE

AvôP AvóP AvôM AvóM


 
Pai (50%) Mãe (50%)

A (morto)

 Não há representação na linha ascendente – 1852

AvôP AvóP AvôM AvóM


 
(pré-morto) Pai Mãe (100%)

A (morto)

(pré-morto) AvôP AvóP AvôM AvóM


 
(pré-morto) Pai Mãe (pré-morto)

A (morto)

• AvóP = 50%
• AvóM = 25%
• AvôM = 25%

 Na classe dos ascendentes, eles herdam por direito próprio, mas
partilham por linha – 1836

SUCESSÃO LEGÍTIMA DOS COLATERAIS

C - A (M) - B
 
C1 C2 B1

• A, B e C são irmãos germanos


• C = 50%
• B = 50%
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ART. 1840  representação na linha colateral

(pré-morto) C - A (M) - B
 
C1 C2 B1

• A, B e C são irmãos germanos


• B = 50%
• C1 = 25%
• C2 = 25%
• C1 e C2 herdam por representação e partilham por
estirpe
• B herda por direito próprio e partilha por cabeça
• Única hipótese de representação na classe dos
colaterais – 1853

(pré-morto) C - A (M) - B (pré-morto)


 
C1(1/3) C2(1/3) B1 (1/3)

(pm) C - A (M) - B - D (pm)


  
C1 C2 B1 D1 (pm)

D2
 A única hipótese de representação na linha colateral ocorre
quando o irmão do morto (parente em segundo grau) concorre com
o sobrinho do morto (parente em terceiro grau) - 1840

• C1 = 25%
• C2 = 25%
• B = 50%
• B1 = NÃO HERDA
• D2 = NÃO HERDA
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(pm) C - A (M) - B (pm) - D (pm)


  
C1(pm) C2(pm) B1 D1 (pm)

D2
 Os colaterais em quarto grau só herdam por direito próprio, ou
seja, quando não há herdeiros de 2º ou 3º graus.
 Na hipótese, B1 herda 100% da herança – 1840.

 Se todos os herdeiros forem de 4º grau, a herança divide-se em


partes iguais.

Avô (pm) - Tio Avô (4º)



Tio (pm) - Pai (pm)
 
Primo (4º) A (m) - Irmão (pm)

Sobrinho (pm)

Sobrinho-neto (4º)

• Primo = 1/3
• Tio-Avô = 1/3
• Sobrinho-neto = 1/3
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Tio - Pai (pm)



A (m) - Irmão (pm)

Sobrinho

 1843
 Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo,
os tios.
 Concorrendo tio do morto e sobrinho do morto, o legislador optou
por deixar a herança integralmente com o sobrinho do morto.
 Sobrinho herda 100%.

______________________________________________________

 1841

(irmão uni) C - A(m) - B (irmão germano)

• C herda 1/3
• B herda 2/3
______________________________________________________

C - A(m) - D - E - F - G
(u) (u) (b) (b) (u)

• C, D, G herdam cada um 1/7


• B e F herdam cada um 2/7

(b)(pm) - (u)(pm)- (u) - A(m) - (b) - (b)


    
Sob1 Sob2 Sob3 Sob4 Sob5 Sob6 Sob7

• Sob1 = 1/8
• Sob2 = 1/8
• Sob3 = 1/8
• Sob4 = Não herda. Quem herda é seu pai = 1/8
• Sob5 e Sob6 = Não herdam. Quem herda é seu pai
(2/8)
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• Sob 7 = Não herdam. Quem herda é seu pai (2/8)


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 Se no exemplo anterior, todos os irmãos fossem falecidos (1843,
§ 2º):

• Sob1 = 2/12
• Sob2 = 2/12
• Sob3 = 1/12
• Sob4 = 1/12
• Sob5 = 2/12
• Sob6 = 2/12
• Sob7 = 2/12

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