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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FEIRA DE SANTANA

LAIZA OLIVEIRA MARTINS


LUANA RAÍRA SANTANA DE ARGOLO
SIMONE SILVA SANTOS OLIVEIRA

AÇÕES POSSESSÓRIAS, COM ENFOQUE NA CONCESSÃO DE LIMINAR.

FEIRA DE SANTANA
2020
UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FEIRA DE SANTANA

LAIZA OLIVEIRA MARTINS


LUANA RAÍRA SANTANA DE ARGOLO
SIMONE SILVA SANTOS OLIVEIRA

AÇÕES POSSESSÓRIAS, COM ENFOQUE NA CONCESSÃO DE LIMINAR.

Relatório de pesquisa
apresentado a disciplina
de Direito Processual
Civil- Procedimentos
Especiais, ao Curso de
Direito, da Unidade de
Ensino de Feira de
Santana UNEF, a ser
utilizado como diretriz
para a manufatura do
Trabalho Discente Efetivo.

Docente: Regianne Yukie


Tiba Xavier

FEIRA DE SANTANA
2020
SUMÁRIO

OBJETIVO........................................................................................................................4
OBJETIVO GERAL:.....................................................................................................................4
OBJETIVO ESPECÍFICO:.............................................................................................................4
MÉTODO..........................................................................................................................4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................6
CONCEITO DE POSSE................................................................................................................6
NATUREZA JURÍDICA DA POSSE................................................................................................6
AÇÕES POSSESSÓRIAS..............................................................................................................7
OBJETIVO

OBJETIVO GERAL:

 O seguinte relatório tem objetivo geral verificar as ações possessórias previstas


processo civil

OBJETIVO ESPECÍFICO:

 Analisar a concessão de medida liminar concedidas depois novo Código Cível


de 2002.
 Identificar os requisitos pertinentes para a concessão de medida liminar.
 Verificar casos que não cabe à concessão de medidas liminar.

MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, delineada como


bibliográfica. Pode-se definir a pesquisa bibliográfica como aquela na qual a construção
dos resultados para a pergunta de partida se dá a partir do conhecimento já sedimentado
principalmente em livros e artigos científicos (GIL, 2017).

O caráter exploratório deste trabalho se assenta na abordagem das ações


possessórias, com enfoque maior na concessão de medida liminar. A natureza
qualitativa, foi escolhida por proporcionar a interpretação dos fenômenos colhidos e a
atribuição de significado, que neste caso não são parâmetros que possam ser traduzidos
em números (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Foram seguidas, neste trabalho, as etapas da Pesquisa Bibliográfica descritas


por Gil (2017): a) escolha do tema; b) levantamento bibliográfico preliminar; c)
elaboração do plano provisório de assunto; d) busca das fontes; e) leitura do material; f)
organização lógica do assunto; e g) redação do texto. Como critérios de inclusão dos
trabalhos, foram utilizados os que se seguem: estar no formato de livro, artigo publicado
em periódico revisado por pares, documento oficial ou trabalho monográfico (Trabalho
de Conclusão de Curso, Dissertação ou Tese); ter sido publicado nos últimos 20 anos.
As fontes encontradas passaram por processo de leitura exploratória e posterior leitura
analítica para redação do trabalho.

INTRODUÇÃO

A posse é a exteriorização da propriedade, e o ordenamento jurídico brasileiro


confere proteção à mesma, permitindo que o possuidor a defenda de duas maneiras: pela
autotutela e pela heterotutela (ações possessórias).

A autotutela está discriminada no artigo 1.210, § 1°, do Código Civil brasileiro:


“O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria
força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além
do indispensável à manutenção, ou restituição da posse”. Todavia, esse mecanismo não
será aprofundado nesse trabalho, logo que é feito de modo extrajudicial (sem
instauração de processo). Iremos discorrer sob a heterotutela, procedimento este que se
dá pelas ações possessórias, com enfoque maior na concessão de medida liminar.

As ações possessórias dividem-se em três espécies: ação de reintegração de


posse, ação de manutenção de posse e interditos proibitórios. Contudo, nem sempre é
fácil à distinção entre as diferentes espécies de moléstia a posse, sabendo disso o
legislador processual previu a conversão de uma possessória em outra, permitindo a
fungibilidade entre os interditos possessórios.

A fungibilidade entre as tutelas possessórias vem tratada no artigo 554, caput, do


CPC: “A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o
juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos
pressupostos estejam provados”.

Segundo, Daniel Amorim Assumpção Neves:

“é inegável a dificuldade que se encontra em determinadas


hipóteses para se definir com exatidão Qual espécie de moléstia
está caracterizada no caso concreto. Aquilo que pode parecer um
esbulho e um determinado operador, pode parecer nitidamente uma
turbação aos olhos de outro, e mesmo a ameaça pode ser
confundida com as duas espécies de agressões possessórias. Seria
no mínimo injusto e nitidamente incongruente com a preocupação
do legislador em tutelar posse rejeitar-se a proteção jurisdicional
pela incorreta percepção da espécie de violação ao direito
possessório”.
São dois os tipos de ações possessórias: ação de força nova e ação de força
velha, o que as distinguem é o procedimento.

A ação de força nova é a intentada dentro do prazo de um ano e dia da


turbação ou esbulho, e neste caso o procedimento é especial, segundo o art. 558 do
CPC: “Regem o procedimento de manutenção e reintegração de posse as normas da
Seção II deste Capítulo, quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação
ou do esbulho afirmado na petição inicial”. O parágrafo único acrescenta: “Passado
o prazo referido no ‘caput’, será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o
caráter possessório”. E, a ação de força velha é aquela intentada após esse prazo de
um ano e dia da turbação ou esbulho, sendo que neste caso o procedimento é comum.

O procedimento de manutenção e de reintegração, se intentado dentro de ano e


dia da data da turbação ou do esbulho, caracteriza-se pelo procedimento especial, em
que há a possibilidade de liminar própria, com requisitos específicos. Contudo,
iremos ater-nos sobre os tipos de procedimentos das ações possessórias nessa parte do
trabalho, pois os pormenores do assunto serão discutindo doravante de forma
minuciosa.

INTRODUÇÃO

CONCEITO DE POSSE

Referente ao conceito da posse há duas principais teorias, sendo a Teoria Subjetiva e


Objetiva. Perante a Teoria subjetiva, de Savigny, para haver a caracterização da posse precisa
de dois elementos o corpus, que é o poder físico sobre a coisa, e o animus, que significa ter a
coisa como sua. Já na teoria objetiva, de Ihering, para caracterizar a posse é suficiente à
presença de um elemento, o corpus. Segundo essa teoria, posse é o poder de fato sobre a
coisa. O elemento subjetivo é a vontade de proceder como o dono, independentemente de
querer sê-lo. A teoria objetiva foi adotada pelo Código Civil de 1916 e pelo Código Civil de
2002.

NATUREZA JURÍDICA DA POSSE

Há controvérsia acerca da natureza jurídica da posse, há autores que sustentam


que tratar-se de um fato, existem aqueles que defendem que tratar-se de um direito, e
ainda os que afirmam que se trata de fato e direito. Adotando-se a teoria de Ihering e,
concluindo-se ser a posse um direito, surge uma nova objeção sobre a natureza desse
direito sendo ele real ou pessoal. Porém, o melhor entendimento é aquele no sentido de
que a posse é um direito real, valendo destacar que, além de ter todas as características
de direito real, é prevista no Livro do Código Civil que trata dos rols dos direitos reais.
Os interditos possessórios: São três as ações possessórias ou interditos possessórios
sendo elas:

1. Ação de reintegração de posse


2. Ação de manutenção de posse
3. Ação de interdito proibitório

AÇÕES POSSESSÓRIAS

Na ação de reintegração de posse haverá uma busca pela tutela da posse quando
houver esbulho, ou seja, quando há perda total da posse, tomada de forma injusta por
terceiro.

Já na ação de manutenção de posse, o que se pretende alcançar é a tutela da posse


quando há turbação, ou seja, quando a posse sofre limitações parciais em razão de ato
praticado por terceira pessoa.

E, por fim, a ação de interdito proibitório no qual é utilizada quando houver casos de
ameaça de esbulho ou de turbação, sendo, portanto, preventiva, ou seja, para evitar que a
posse seja molestada, ao contrário das outras ações, ela são usadas quanto a posse ainda não
foi violada, mas há ameaça sobre a posse.

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