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CANNABIS SATIVA

AUTISMOS & DOENÇAS GRAVES

Associação Brasileira de Estudos de Cannabis Sativa - SBEC


Dra. Eliane L. Guerra Nunes
Psicanalista e Psiquiatra
Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP
Especialista em Psicanálise Infantil Sedes Sapientiae
www.psicanalisepsiquiatria.com
+551132532902 - 11957752907
Medicação antiga?

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK22
4391/figure/mmm00007/?report=objectonly
Histórico:
Canabidiol – CBD. Fitocanabinóide isolado em 1963
9 ∆TetraidroCanabinol – Isolado em 1964 – Mechoulam

Sistema Endocanabinóide - ECS


Receptores canabinóides, Enzimas e Edocanabinóides
CB1: Descoberto em 1987 - Predominantemente SNC
em menor quantidades no corpo
CB2: Descoberto em 2005 - Em menor escala no SNC e
predominantemente no corpo e no sistema
imunológico
ANANDAMIDA: Descoberta em 1992.
Ligante endógeno para CB1. Semelhante ao THC. A deusa egípcia Seshat representada
2- ARACHIDANOYL GLYCEROL – 2AG: Descoberto em com uma folha de marijüana sobre a
cabeça era uma divindade protetora
1995. Atividade nos receptores CB1 e CB2 das bibliotecas, do conhecimento.
Outros endocanabinóides: aminas e amidas para ativar
CB1 e CB2 (PEA,DEA, HEA, OEA)
Os receptores CB1 estão presentes tanto em neurônios inibitórios gabaérgicos quanto excitatórios glutamatérgicos;
O canabidiol age no receptor CB1 inibindo a transmissão sináptica por bloqueio dos canais de cálcio (Ca2+) e
potássio (K+) dependentes de voltagem.
Desta forma, acredita-se que o canabidiol possa inibir as crises convulsivas e a impulsividade.
O GOVERNO AMERICANO CONTROLA A
PATENTE

https://patents.google.com/patent/US6630507
O QUE É A SÍNDROME DA DEFICIÊNCIA
ENDOCANABINÓIDE?
O Dr. Ethan Russo postula que algumas pessoas não têm
endocanabinóides suficientes para manter este equilíbrio
interno.
Esta condição, conhecida como síndrome da deficiência
endocanabinóide, pode levar a uma variedade de diferentes
sintomas ou doenças.
Os canabinóides vegetais podem reverter esses problemas
fornecendo os canabinóides adicionais necessários.
Evolução das publicações sobre Cannabis

FONSECA, B. M. et. al., 2013


Canabinoides promovem a:
Neuromodulação

Neuroproteção

Neurogênese

Efeito antioxidante

Efeito anti-inflamatório sistêmico


com alívio dos sintomas álgicos

Efeito imuno-modulatório

Efeito antipsicótico
COMO OS FITOCANABINÓIDES FUNCIONAM:
Os canabinóides (em especial o CBD), são neuroestabilizadores por
ativação dos canais de cálcio e potássio.

O CDB estabiliza o receptor glutamatérgico, retirando o excesso de


glutamato, produzindo assim um estado gabaérgico no sistema
nervoso.
Inibe ainda a FAAH o que diminui a degradação da Anandamina.

Atuando no Sistema de Neurofeedback fazendo modulação do


impulso nervoso central e periféricos por ativação dos receptores CB1.

Melhora do apetite e restrição alimentar por ativação de receptores


CB1.

Melhora da Inflamação Sistêmica, sobretudo a Neuroinflamação, por


efeito Imunomodulador através dos receptores CB2.
O Efeito Entourage ou
Comitiva Ação conjunta dos
canabinóides
aumentando sua
potencia e
consequentemente
a eficácia, assim
como diminuindo
efeitos colaterais
indesejáveis devido
modulação entre
eles.
Estudos realizados no Brasil
A primeira investigação científica a testar o efeito do CBD para a epilepsia
no Brasil foi feita pelo grupo do Dr. Elisaldo Carlini/UNIFESP.

Estudo clínico duplo-cego em pacientes que sofriam de Epilepsia, embora


estivessem recebendo algum outro anticonvulsivante (fenitoina,
primidone, clonazepam, carbazepina, trimethadiona e /ou etoximida).

✓ 8 pacientes receberam entre 200 e 300 mg de CBD, por 4 meses, via


oral, por dia:
✓ 1 não obteve nenhuma melhora;
✓ 4 tiveram as convulsões totalmente abolidas;
✓ 3 tiveram redução significativa na frequência das crises;
✓ Apenas 1 demonstrou melhora com placebo;

Mechoulam R, Carlini EA. Toward drugs derived from cannabis. Die Naturwissenschaften. 1978;65:174–9.

Carlini EA, Cunha JM. Hypnotic and antiepileptic effects of cannabidiol. J Clin Pharmacol. 1981; 21, 417S-427S.

Cunha JM, Carlini EA, Pereira AE, Ramos OL, Pimentel C, Gagliardi R, Sanvito WL, Lander N, and Mechoulam R. Chronic administration
of cannabidiol to healthy volunteers and epileptic patients. Pharmacology. 1980; 21, 175-185.
Estudos realizados no Brasil disponíveis
no CEBRID

Fonte:www.cebrid.com.br
Canabinóides Uso terapêutico
Epilepsia
Esclerose Mútipla
Dor Crônica
Doenças Inflamatórias auto-imune Cannabinoids in health and
Aids disease
Câncer Natalya
Doenças Gastro Intestinais – Chron, Colites M.Kogan,MSc;Raphael
Fibromialgia Mechoulam,PhD
Diabetes
Fonte:
Alzheimer http://www.ncbi.nlm.nih.gov
Parkinson /pmc/articles/PMC3202504/
Ansiedade, Depressão, Psicose

Kogan NM, Mechoulam R. Cannabinoids in health and disease. Dialogues in Clinical Neuroscience. 2007;9(4):413-430.

Porter BE, Jacobson C. Report of a parent survey of cannabidiol-enriched cannabis use in pediatric treatment-resistant epilepsy.
Epilepsy Behav. 2013 Dec; 29(3):574-7.

Devinsky O, Cilio MR et al. Cannabidiol: Pharmacology and potential therapeutic role in epilepsy and other neuropsychiatric
disorders.Epilepsia. 2014 Jun; 55(6): 791–802.
A Cannabis pode ajudar?

Maconha como remédio? A


ciência além da controvérsia.
Mack A, Joy J. Washington (DC): National
Academies Press (EUA) ; 2000.
Doenças graves & Aids

De 1980 a junho de 2017, foram identificados no país 882.810 casos de


aids no Brasil.
O país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos casos
de aids nos últimos cinco anos.

Boletim Epidemiológico - Aids e IST Ano V - nº 1 - 27ª a 53ª -


semanas epidemiológicas - julho a dezembro de 2016 Ano
V - nº 1 - 01ª a 26ª - semanas epidemiológicas - janeiro a
junho de 2017
SINTOMAS  Falta de apetite
QUE
 Náusea e vômito
GERALMENTE
 Infecções oportunistas
SÃO
TRATADOS  Ansiedade

COM  Depressão
MACONHA  Espasmos

 Dor

 Rush cutâneo
 Diarréia
.
://www.ncbi.nlm nih.gov/books/NBK224400/
https
VIVENDO COM HIV / AIDS
Daniel J. Kane, um paciente de AIDS, descreveu a tarefa cansativa e
frustrante de manipular várias drogas.
“A síndrome do desperdício, em combinação com outros sintomas e
condições relacionadas ao HIV, me deixou totalmente incapacitado e
desesperado para obter alívio”.
“Sofri de náusea grave, exaustão crônica e fraqueza física, complicações
neurológicas, ansiedade persistente e perda total de apetite… “
“ fiquei doente demais para ingerir as pílulas que estavam no centro do
meu tratamento. Apesar das minhas tentativas, eu simplesmente não
conseguia engoli-las com regularidade. Quando eu os engoli,
raramente os mantinha para baixo”.
USO MEDICINAL DE CANNABIS
MEDICINAL PARA AIDS

Pacientes que suplementam seu regime com


cannabis têm 3,3 vezes mais chances de
continuar seu tratamento com HAART .
A razão para este aumento significativo é
multifacetada .

Noyes R Jr, Brunk SF, Baram DA, Canter A. 1975a.


“Analgesic effect of delta-9-tetracannabinol.” Journal of
Clinical Pharmacology 15:139-143.
EFEITOS COLATERAIS DOS
ANTIRETROVIRAIS

Cerca de um terço dos pacientes com HIV / AIDS sente dor intensa
como resultado da terapia antiretroviral, e outras respostas comuns
aos medicamentos para a AIDS incluem náusea, vômito, perda de
apetite e perda de peso.
Os efeitos secundários adversos podem ser tão debilitantes que os
pacientes abandonarão o tratamento e a vitalidade a longo prazo
para alívio.
A MACONHA COMO TERAPIA PARA PESSOAS
VIVENDO COM HIV / AIDS: ASPECTOS SOCIAIS E DE
SAÚDE.
FOGARTY UM 1 , RAWSTORNE P , PRESTAGE L , CRAWFORD J , GRIERSON
J , KIPPAX S .
O uso terapêutico da maconha surgiu como uma questão importante para as pessoas
que vivem com câncer, HIV / AIDS.
Este artigo examina o uso terapêutico da maconha no estudo de coorte Positive Health,
um estudo de coorte longitudinal de homens e mulheres vivendo com HIV / AIDS em
NSW e Victoria, Austrália.
Esses resultados mostram que uma proporção substancial de pessoas vivendo com HIV
/ AIDS (PVHA) usa maconha para fins terapêuticos, apesar de consideráveis barreiras
legais, sugerindo que a maconha representa outra opção em sua gestão de saúde.
Em vez de usar exclusivamente maconha em resposta a doenças, a experiência da
doença pode influenciar o entendimento de uma pessoa sobre seu uso de
maconha, para que eles entendam como terapêutico.
Pesquisas posteriores podem considerar possíveis interações entre os tratamentos com
cannabinoides e anti-retrovirais, o potencial uso de THC oral e as dificuldades
enfrentadas por clínicos e PVHA na discussão sobre a maconha no contexto legal
atual.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17364413
A DENBINOBINA, UMA 1,4-FENANTRENOQUINONA DE
OCORRÊNCIA NATURAL, INIBE A REPLICAÇÃO DO HIV-1
ATRAVÉS DE UMA VIA DEPENDENTE DO NF-KAPAB.

Antraquinonas e compostos estruturalmente relacionados foram


recentemente mostrados para exercer atividades antivirais e,
assim, exibir um potencial terapêutico.
Neste estudo relatamos o isolamento da 1,4-fenantrenoquinona, denbinobina, de uma variedade de
Cannabis sativa. A denbinobina não afeta as etapas de transcrição reversa e integração do ciclo viral,
mas previne a reativação do HIV-1 em células T Jurkat ativadas por TNF alfa, mAbs anti-CD3 / CD28 ou
PMA.
Ela inibe a atividade da HIV-1-LTR no nível de alongamento da transcrição e também a atividade
transcricional da HIV-1-LTR induzida pelo TNF alfa.
Descobriu-se que a denbinobina previne a ligação do NF-kappaB ao DNA e a fosforilação e
degradação da proteína inibidora do NF-kapaB, IkappaBalpha, e inibe a fosforilação da subunidade
NF-kappaB p65 nas células estimuladas pelo TNFalfa.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18840408
CANNABIS E NÁUSEAS
Os canabinoides são mais efetivos que antieméticos
30 randomised comparisons of cannabis
with placebo or antiemetics
(prochlorperazine, metoclopramide,
chlorpromazine, thiethylperazine,
haloperidol, domperidone, or alizaprid)
from which dichotomous data on
efficacy and harm were available (1366
patients). Oral nabilone, oral dronabinol
(tetrahydrocannabinol), and
intramuscular levonantradol were
tested. No cannabis was smoked.

Cannabinoids for control of chemotherapy induced nausea and vomiting: quantitative systematic review
Martin R Tramèr, staff anaesthetist, Dawn Carroll, senior research nurse, [...], and Henry J
McQuay, professor of pain relief. Disponible in : https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC34325/
Uso terapêutico dos Canabinóides
em Psiquiatria

Os efeitos ansiolíticos, antidepressivos,


antiaversivos e antipsicóticos do CBD são bem “A administração de CBD (via oral,
estabelecidos e similares aos antipsicóticos inalatória ou endovenosa) não
atípicos. produziu qualquer efeito adverso
Envolvem a facilitação da transmissão significante.
serotonérgica, ativação de receptores de O CBD mostrou-se um composto
serotonina do tipo 5-HT1a e sua ação inibitória seguro para a administração em
sobre o sistema de recapitação e degradação da seres humanos numa ampla faixa
anandamida (endocanabinóide), fazendo-a de dosagem.
acumular nas sinapses.
Schier ARM, Ribeiro NPO, Silva ACO, Hallak JEC, Crippa JAS, Nardi AE & Zuardi A W. Canabidiol, um componente da Cannabis
sativa, como um ansiolítico. Rev Bras de Psiquiatr. 2012; 34(Suppl. 1): 104-110. Disponível em: http://ref.scielo.org/9tw9gn

Zuardi AW. Cannabidiol: from an inactive cannabinoid to a drug with wide spectrum of action. Rev Bras Psiquiatr. 2008;30:271–80.
Disponível em:
Terapêutica Psiquiátrica Convencional Aplicada

Antipsicóticos
Típicos: (Haloperidol, Clorpromazina, Levomepromazina e Neuleptil)
Efeitos colaterais significativos a curto e longo prazo como acatisia,
distonias, discinesias, tremores e sialorreia entre outros sintomas
extrapiramidais.
Atípicos: (Risperidona, Olanzapina, Quetiapina, Clozapina,
Aripiprazol e Ziprazidona)
Efeitos colaterais importantes como a sedação, ganho de peso e
alterações metabólicas, com menor ocorrência de sintomas
extrapiramidais. Hiperprolactinemia e galactorréia também são
comuns.
Anticonvulsivantes
Carbamazepina, Acido Valpróico, Lamotrigina, Fenobarbital,
Fenitoina, Levotiracetam, etc...
Benzodiazepínicos
Clonazepam, Diazepam, Alprazolam, Clobazam, etc...
Antidepressivos
Tricíclicos (Imipramina, Clomipramina, Nortriptilina, Amitriptilina)
Inibidores da Recaptação de Serotonina (Fluoxetina, Sertralina,
Paroxetina, Escitalopram, etc...)
Antihipertensivos
Agonistas α2-adrenérgico: Clonidina e Guanfacina
A grama poderia
ser mais verde: Interesse para Terceira Idade
Pacientes com
A grande maioria dos estados emitiram programas completos ou parciais de
maconha
maconha medicinal (MMJ), fazendo com que o número de pacientes que buscam
medicinal exibem
certificação para o uso de MMJ aumentasse dramaticamente nos últimos anos.
atividade cerebral
Apesar do aumento do uso de MMJ em todo o país, nenhum estudo até agora
alterada e função
examinou o impacto específico da MMJ na função cognitiva e ativação cerebral
executiva
relacionada.
melhorada após 3
No presente estudo, os pacientes com MMJ que buscavam tratamento para uma
meses de
variedade de condições médicas documentadas foram avaliados antes do início do
tratamento
tratamento com MMJ e após 3 meses de tratamento como parte de um estudo
longitudinal maior.

Após 3 meses de tratamento, os pacientes com MMJ demonstraram um melhor


desempenho das tarefas, acompanhado de mudanças nos padrões de ativação
cerebral dentro do córtex cingulado e nas regiões frontais.

Os pacientes no presente estudo também relataram melhorias em estado clínico e


medidas relacionadas à saúde, bem como diminuições notáveis no uso de
medicamentos prescritos, particularmente opióides e benzodiazepínicos após 3
meses de tratamento. Disponível em : https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fphar.2017.00983/full
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA
TEA OU AUTISMOS?
DSM-V (APA) 2013 -O autismo é uma desordem do
desenvolvimento neurológico, cujos sintomas incluem problemas
de comunicação e habilidades sociais e comportamentos
compulsivos e repetitivos.

A maioria das crianças autistas atualmente são tratadas com


medicamentos antipsicóticos que nem sempre são eficazes e
podem ter efeitos colaterais nocivos.

Comorbidade: Mudança de tríade (comunicação,


Deficiência Intelectual (65 %) linguagem, estereotipias) para a
Epilepsia (30 %) díade (comunicação
Problemas com o sono social/interação social e padrão de
Disbiose comportamento restrito e repetitivo);
INCIDÊNCIA (EUA)
1 EM CADA 68 CRIANÇAS
5 VEZES MAIS EM MENINOS

1 EM 189 MENINAS / 1 EM 48 MENINOS ht t ps ://www.cdc.gov /ncbddd/autism/data.html

Fonte: CDC 2014(EUA)

•Cerca de 1 em 59 crianças foi identificada com o transtorno do espectro do autismo (ASD) de acordo com estimativas da Rede de
Monitoramento de Incapacidades do Autismo e Desenvolvimento de Deficiências (ADDM) do CDC. [ Leia o artigo ]
•A ASD é relatada como ocorrendo em todos os grupos raciais, étnicos e socioeconômicos. [ Leia o artigo ]
•ASD é cerca de 4 vezes mais comum entre meninos do que entre meninas. [ Leia o artigo ]
•Estudos na Ásia, Europa e América do Norte identificaram indivíduos com ASD com uma prevalência média entre 1% e 2%.
[ Tabela de dados]
•Cerca de 1 em cada 6 crianças nos Estados Unidos teve uma deficiência de desenvolvimento em 2006-2008, variando de deficiências
leves, como deficiências de fala e linguagem, até graves deficiências de desenvolvimento, como deficiências intelectuais, paralisia
cerebral e autismo.
AUTISMOS A partir de
descobertas
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL recentes sobre
➢EPIGENÉTICAS os efeitos que
❖ AMBIENTAIS bactérias
intestinais
❖ NUTRICIONAIS podem ter no
❖ PARASITÁRIAS cérebro, e graças
aos esforços dos
❖ VACINAÇÃO pais, ávidos por
respostas sobre
o
comportamento
dos filhos,
pesquisas
científicas
começam a
investigar uma
possível relação
entre essas
bactérias e
https://www.youtube.com/watch?v=E3957gcOTno
o autismo.
SISTEMA ENDOCANABINÓIDE E AUTISMO

Macarrone e outros autores apresentam um artigo de revisão sobre o


desbalanceamento do sistema Endocanabinóide-eCS em modelo animal –
ratos modificados (X Frágil).
A síndrome do X Frágil é a 2ª causa herdada mais comum de atraso
mental e é também a causa conhecida mais comum do autismo.
É uma doença genética causada pela mutação do gene FMR1 no
cromossoma X, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens
e 1 em cada 4000 mulheres.
Outro modelo animal. Mutação NL3 – que também inibe a produção de
endocanabinóides.

Ambos melhoram com o uso de CBD que agindo no eCS, garante a homeostase do SNC,
principalmente o fígado, sistema digestório e o imunológico.

Maccarrone M, Rossi S, Bari M, et al. Abnormal mGlu 5 receptor/endocannabinoid coupling in mice lacking FMRP and BC1
RNA. Neuropsychopharmacology. 2010;35:1500–1509.

Targeted treaments in autismo and Fragile X Syndrome.Gürkan CK, Hagerman RJ .Res Autism Spectr Disord. 2012 Oct 1; 6(4):1311-1320.
Chakrabarti B, Persico A, Batista N, Maccarrone M. Endocannabinoid signaling in Autism.Neurotherapeutics. 2015 Oct;12(4):837- 47.
Em 2017 iniciou-se um estudo clínico com crianças
portadoras de TEA – Autismo, após os pesquisadores
avaliarem crianças tratadas.

Cannabinoids for Behavioral Problems in Children With ASD (CBA)


https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02956226

As crianças melhoram com CBD associado ao THC, mais


que com THC ou CBD sozinhos.
A proporção ideal é 20:1.
Fonte: Even D. Haaretz Newspaper in Israel. Government may cover cost of medicinal marijuana.
Disponível em: http://www.haaretz.com/news/national/government-may-cover-cost-of-medicinal-
marijuana-1.322739.
Entrevista: https://www.haaretz.com/science-and-health/.premium-1.803548
Conclusões
 O tratamento com cannabis parece ser seguro e os efeitos colaterais
relatados pelos pacientes e pais foram moderados e relativamente fácil
de lidar.
 Os efeitos colaterais mais prevalentes relatados em seis meses foram
inquietação, aparecendo em menos de 6,6% dos pacientes.
 Além disso, a adesão ao tratamento foi alta e apenas menos de 5%
pararam o tratamento devido aos efeitos colaterais.
 Acreditamos que o cuidadoso cronograma de titulação especialmente
na população pediátrica comTEA seja importante para manter uma
baixa taxa de efeitos colaterais e aumentar a taxa de sucesso.
 Além disso, acreditamos que uma instrução profissional e sessões
detalhadas de treinamento dos pais são altamente importantes para o
aumento do efeito na razão de eventos adversos.
PESQUISA NO BRASIL
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM
PACIENTES COM EPILEPSIA REFRATÁRIA QUE
UTILIZAM CANABINOIDES (CAAE: 45811015.8.0000.5188)

Efeito Avaliação
anticonvulsivant microbiológica dos
e óleos
Avaliação da
Interação entre
qualidade de vida
canabinóides e
(pacientes e
psicotrópicos
cuidadores)
RESULTADOS
MÉDIA DO NÚMERO DE ANTICONVULSIVANTES
UTILIZADOS MÉDIA DE CRISES CONVULSIVAS
MENSAIS EM 20 PACIENTES
AVALIADOS

701,1

85,7

ANTES DA CANNABIS ANTES DA CANNABIS DEPOIS DA CANNABIS

DEPOIS DA CANNABIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO FISIOLOGIA E PATOLOGIA
1º ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO, DUPLO-CEGO E
PLACEBO-CONTROLADO
COM ÓLEO ARTESANAL DE CANNABIS NO BRASIL
DA ASSOCIAÇÃO ABRACE ESPERANÇA

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO EXTRATO DE CANNABIS RICO EM


CANABIDIOL, COMO ADJUVANTE TERAPÊUTICO, EM CRIANÇAS
COM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

CAAE: 89392518.4.0000.5188
(Aprovado em 12/06/2018)
CEP/CCS/UFPB
Qual a proposta terapêutica
adequada?

Qual medicamento é mais apropriado ou é


um suplemento natural?

Óleo composto ou simplificado? Sintetizado


ou fitocomplexo?

O que os médicos brasileiros pensam da


sua práxis clínica? O que é ideal para
cada população atendida?
Notícias relacionadas ao
tema Cannabis, proposto
pela Sociedade Brasileira
de Estudos da Cannabis
Sativa
em http://bit.ly/2QhoOmw

Assine o manifesto em prol


da pesquisa
http://bit.ly/2CuH8TZ

Cadastre-se para ser aluno


ou associado em
http://bit.ly/2HE7LtC
BRASIL
 Médicos podem prescrever de forma compassiva
 Apenas algumas especialidades e Epilepsia
(segundo CFM)
 Não existem restrições de indicação (segundo
ANVISA)
 Única opção é importação individual de extratos
CBD/THC
 Não existem exportadores de THC interessados
 ABRACE Esperança pode fornecer extratos para
seus associados
 Alguns pacientes receberam HC “permitindo” o
cultivo
 Mevatyl começa a ser comercializado
MEDICINA PERSONALIZADA OU
DOSE RECOMENDADA?
Crianças :

CBD:
Iniciar com 1 a 3mg e progredir com
aumento gradativo
Chegar até dose de 2,5mg/Kg/dia em 2
a 3 doses
Dose máxima de 10mg/Kg/dia
THC: 1 a 5mg/dia em 2 a 3 doses
THCA: 1 a 5mg/dia em 2 a 3 doses

Adultos (> 45Kg)

CBD:
25 a 50mg/dia em 2 ou 3 doses
Aumento de 50mg a cada 3 a 4 semanas
Dose máxima de 600mg/dia
THC: 5 a 10mg/dia em 2 a 3 doses
THCA: 5 a 10mg/dia em 2 a 3 doses

Fonte: http://www.mayoclic.org/drugs-supplements/marijuana/dosing/hrb-20059701in
TRATAMENTO DO AUTISMO E
DOENÇAS GRAVES
TÍTULAÇÃO DA DOSE
Prescrição: passo a passo
Cada caso é único
O ideal é o produzido de planta inteira
adequado para cada caso CBD: THC.
Dieta sem glúten, leite e açúcar e anti-
oxidante
Desparasitação e o uso do MMS.
Tratamento de disbiose com
prebióticos e probióticos
Suplementação: Metilfolato,
metilcobalamina, vit D, Melatonina,
Pyconogenol
Naltrexona em dose baixa é usada ara
diversas patologias - LDN (4,5 mg / ml).
Agradecimentos

• A todas as pessoas que colaboraram e doaram sua energia, tempo, desejo em pról da
implantação de uma política de Cannabis Medicinal para todos, especialmente a todas que aqui
acreditaram;

• Ao Dr. Carlini, nosso patrono, fundador do CEBRID e autor de tantos artigos que nos inspiram a
ousar, nos dias de hoje e que nos brindou com esse curso, realizando nosso sonho...

• A UNIFESP que mais uma vez ousou e criou mais um curso pioneiro na Zona Leste e nesta
paróquia;

• Ao querido Padre Ticão, por sua generosidade em ceder o salão paroquial e abrir as portas da
igreja para que esta política pública possa ser estudada e implantada nesta quaresma, em prol dos
mais necessitados,
• E no mote onde se almeja a plena implantação na área de saúde mental, aos princípios
norteadores do SUS, hoje aviltados.

• A todos os pacientes, livres ou presos, crianças ou idosos, mais vulneráveis , excluídos ou e


em recuperação
NÃO HÁ CONFLITOS DE INTERESSE

Eliane L.G.Nunes +5511 957752907 32532902


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