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Lucas Mota – Acadêmico de medicina – FAMESC BJI RJ - 001

PCR Aula 1

Prof: Ana Ximenes


Informações extraídas da aula da mesma.

PCR EXTRA-HOSPITALAR

Os principais sistemas afetados são o coração, pulmão e cébro.

.Existem quatro rítmos cardíacos na PCR São eles:

.Fibrilação ventricular
.Taquicardia ventricular sem pulso
.Atividade eletrica sem pulso
.Asisstolia

Sendo que apenas dois deles são chocáveis que seriam a FV e a TV sem pulso.

O principal é a FV, seguido da TV sem pulso em ambiente extra hospitalar.

Causas extra-hospitalares:
Pacientes com mais de 30 anos:
-Doença aguda coronariana (80%)
-Cardiomiopatia (10 – 15%)
-Outas etiologias (5 – 10%)

Pacientes com menos de 30 anos:


-Cardiomiopatia hipertrófica.

O que fazer:

Passos:
.Cena segura
.Testar responsividade
.Chamar ajuda/Pedir o DEA
.Checar pulso e respiração (5-10 seg)
.Iniciar RCP

Técnica correta da RCP:

1.Posicionar-se ao lado do paciente


2.Braços esticados (não dobrar)
3.Massagear com a região hipotenar das mãos, no centro do tórax do paciente
4.Velocidade de 100 a 120x por min
5.Profundidade de 5 a 6cm (retorno completo do tórax)
6. 30 compressões por duas respirações (caso exista a possibilidade de fazer a respiração).

Chegada do DEA:

1.Ligar o DEA
2.Conectar as pás
3.Afastar para análise do rítmo
4. Caso o rítmo seja chocável afasta, choque, se não for chocável retorna RCP.
Lucas Mota – Acadêmico de medicina – FAMESC BJI RJ - 001

NÃO PARA MAIS PRA CHECAR PULSO EM AMBIENTE EXTRA HOSPITALAR, SOMENTE EM
MOMENTO INICIAL, SOMENTE SE O PACIENTE VOLTAR, MEXER, FALAR ETC.

É importante este fato uma vez que o que mais reduz a mortalidade em caso de pcr extra
hospitalar é a pronta desfibrilação e uma RCP BEM FEITA.

PCR INTRA HOSPITALAR:

Passos:

1.Garantir a segurança da cena


2.Testar responsividade
3.Chamar ajuda e carrrino de parada
4.Checar pulso e respiração
5.RCP
6.Chegou o carrinho  Analisar o rítmo

Chegou o carrinho, imediatamente, liga o desfibrilador, passa gel nas pás, afasta do paciente
para análise do rítmo, se é chocável ou não.

~FV e TV sem pulso (1/3 dos casos)

1.Caso o aparelho seja monofásico carga máxima recomendada de 360J


Caso o aparelhos seja bifásico carga máxima recomendada de 200J

SEM SINCRONIZAR.

2. Em sequida NÃO analisa o rítmo do paciente, faz a RCP por pelo menos 2 minútos.

3. Analisa o rítmo.

4. Administrar o SEGUNDO choque

5. A partir disso, caso não volte, iniciar a medicação (adrenalina/ amiodarona).

Esquema de droga:

.Apos 1 choque: NÃO FAZ DROGA


.Após 2 choque: Epinefrina 1 mg em bolus (NÃO DILUI), eleva os membros do paciente por 10
segundos, concomitante aos 2 minutos de RCP.
.Analisa o rítmo de novo do paciente
.Após 3 choque, volta RPC, amiodarona 300mg também em bolus, sem diluir.
.Após 4 choque, epinefrina 1mg
.Após 5 choque, amiodarona 150mg

As drogas tem que ser intercaladas porque tem de ser feitas a cada 3-5 minutos, porém a
amiodarona existe um limite, após os 150mg os cíclos serão intercalados entre epinefrina 1mg
e nada, epinefrina 1mg e nada...
Lucas Mota – Acadêmico de medicina – FAMESC BJI RJ - 001

Rítmos:

Taquicardia de QRS largo com a mesma morfologia de onda ou seja:

TAQUICARDIA VENTRICULAR MONOMÓRFICA:

Este paciente pode ter pulso, se não tiver, choque com carga máxima e RCP, depois medicação
etc...

Taquicardia de QRS largo com morfologia de onda diferente, ou seja:

TAQUICARDIA VENTRICULAR POLIMÓRFICA:

Este paciente pode ter pulso, se não tiver, choque com carga máxima e RCP, depois medicação
etc...

Ritmo caótico, ou seja:

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR:

Este rítmo NÃO CHECA pulso, já entra com choque, RCP, medicação etc...
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PCR Aula 2:

Rítmos NÃO chocáveis:

.AESP (Atividade Elétrica sem pulso)


.Assistolia

A diferençã inicial é que nos rítmos não chocáveis a partir da primeira parada já se começa a
fazer a medicação, adrenalina, 1 mg, em bolus com soro pra empurrar a medicação, com
elevação dos membros do paciente, não se intercala com amiodarona. Como só se faz
adrenalina e é necessário o intervalo de 3-5 minutos, faz-se o intervalo de um ciclo sim e um
ciclo não da droga.

Ex:

1 ciclo de RCP = Medicação (adrenalina) (logo de cara, diferente dos rítmos chocáveis, que se
fazia apenas no segundo cíclo).
2 ciclo de RCP = Medicação nenhuma
3 ciclo de RCP = Medicação (adrenalina)
4 ciclo de RCP = Medicação nenhuma
...

AESP Atividade elética sem pulso:

.Independe do rítmo do monitor, pode ser bradi, taqui, o que vai ditar uma atividade elética
sem pulso é a falta de pulso.

.Protocolo de tratamento:
1.RCP por 2 minutos
2.Epinefrina 1mg (3-5 min) = ciclo sim/ciclo não (sendo que faz no primeiro cíclo)
3.H’s e T’s

OBS: Lembrar sempre de designar os cargos!


Exemplo: Uma pessoa pra pegar acesso, uma pessoa pra massagem, uma pessoa pra conversar
com os familiares, uma pessoa pra ventilar etc...

Lembrando que quando o paciente se apresenta para você em parada, não tem como saber se
estamos diante de um rítmo chocável ou não chocável, portanto temos que seguir o protocolo
padrão até a descoberta do mesmo, ou seja:

1.Segurança da cena
2.Responsividade do paciente
3.Carrinho de parada
4.Checar o rítmo
5.Checar o pulso

A partir disso definir o melhor tratamento.


Lucas Mota – Acadêmico de medicina – FAMESC BJI RJ - 001

Assistolia (Linha reta no monitor):

Protocolo da cagada (kkk):


CA=Cabos (Checar se não soltou nenhum cabo)
GA=Ganho (Dar um zoom no eletro, pois a atividade pode estar muito fininha)
D=Derivação (Trocar a derivação)

FAZER ISSO DE FORMA RÁPIDA

Caso seja confirmada a assistolia, realizar o mesmo protocolo da AESP:

1.RCP 2min
2.Epinefrina 1mg (3-5min) = Ciclo sim/ciclo não
3.H’s e T’s

5 H’s 5 T’s
Hipóxia Trombose coronariana

Hipovolemia Trombose pulmonar


H+ (Acidose) Tamponamento cardíaco

Hipotermia Tensão no tórax


Hipo/Hipercalemia Toxinas

Perguntas:

-É necessário Intubar todo paciente?

R: Não, o paciente só será intubado caso você tenha a habilidade para intubar em até 10
segundos, que é o tempo máximo que se pode interromper a RCP, caso não tenhamos essa
agilidade, não intuba o paciente. A prioridade não é intubação é RCP.

-Como confirmar a posição do tubo?

R: Exame clínico e capnografia. Iremos utilizar o capnógrafo, porém o mesmo não está
disponível no Brasil. É um aparelho utilizando para saber o quanto o paciente está exalando de
CO2 e o normal é de 35 a 45 mmHg.

Exemplo: Se o capnógrafo durante a RCP estiver batendo abaixo de 10 mmHg quer dizer que a
qualidade da RCP é ruim.

Uma outra serventia do capnógrafo é pra análisar o retorno da circulação espontânea, ou seja,
se o paciente estava entre 10-12 mmhg e de repente subiu para 35-45 mmhg, quer dizer que
sua circulação retornou espontaneamente.

Resumo:
Lucas Mota – Acadêmico de medicina – FAMESC BJI RJ - 001

.Capnografia
<10 mmHg: Melhorar RCP
35-40 mmHg: Abruptamente RCE (Retorno circulação espontânea)

Cuidados pós parada

-Manter a via aérea patente (IOT com capnografia) uma vez que a grande maioria dos
pacientes volta comatoso, é necessário continuar ofertando oxigênio para o mesmo.

-Estabilização hemodinâmica do paciente: Checar pulso, pressão e o pulmão do paciente, pois


na maioria das vezes o paciente volta instável.
Exemplo: Voltou com a pressão baixa, faz volume (Soro ringer), se não melhorar, droga
vasoativa, em bomba de infusão. MAS MUITO CUIDADO, SE O PACIENTE ESTIVER HIPOTENSO
MAS COM PULMÃO CONGESTO NÃO FAZ VOLUME, VAI DIRETO PRA DROGA VASOATIVA.
A volta do paciente hipertenso é uma coisa boa, por conta das drogas que foram utilizadas,
controlar isso depois caso haja necessidade.

-Exames: Exame físico, ECG 12 derivações, RX tórax, Exames laboratoriais e hipotermina


terapêutica (32 a 36 graus).

Rítmos:

Neste caso não importa o rítmo, pois os pacientes acima, mesmo que apresentassem algo,
estão sem pulso, então nesse caso estariamos falando de uma AESP, mas não pela forma do
eletro e sim pela falta de pulso.

Aqui temos que fazer o protocolo da cagada (Cabos, Ganho e Derivação), caso os três
estejam realmente corretos, estamos diante de uma assistolia.
Lucas Mota – Acadêmico de medicina – FAMESC BJI RJ - 001

Possível “Assistolia” com ganho aumentado, mostrando na verdade uma taquicardia


ventricular fina, fibrilação ventricular, por isso a importância da cagada.

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