Jacineide TRAVASSOS1
RESUMO: Neste artigo procuramos abordar a evolução da doutrina horaciana da Ut Pictura Poesis, o flerte
entre as artes, privilegiando a relação entre o espaço e o tempo através de uma análise comparativa entre a
poesia e a pintura abstrata. Ressaltamos as virtualidades das palavras e das cores, investigando a relação
imagem-som e imagem-movimento. Concluímos, em nossa análise, que há uma homologia estrutural entre as
artes em questão no tocante à espacialidade e temporalidade, sendo esta também uma categoria da música. Os
instrumentos teóricos, que adotamos para empreender esse comparativismo, são referentes à crítica de orientação
estética, literária e semiótica.
Introdução
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Universo - Universidade Salgado de Oliveira - Pós-graduação em Literatura Brasileira e Arte –Recife – PE -
Brasil - CEP: 51150-001. E-mail: jacineidetravassos@hotmail.com.
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Guavira Letras: O texto poético, comparativismo, fontes primárias e outras semioses.
Organizadores: Éverton Barbosa Correia, Kelcilene Grácia Rodrigues e José Batista de Sales.
Mestrado em Letras, Campus de Três Lagoas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, n. 10,
Ago.-Dez. 2010. (Revista On-Line: www.pgletras.ufms.br/revistaguavira; ISSN: 1980-1858).
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verbais, ou de um sistema de signos para outro, por exemplo, da arte verbal para a música, a
dança, o cinema, a pintura e vice-versa. Diz Dominique Maingueneau que:
Etienne Souriau (1983, p.11-13), em seu livro intitulado A Correspondência das Artes
– Elementos de Estética Comparada, partindo de um aforismo de Victor Hugo: “O vento são
todos os ventos” cria a paráfrase: “A arte são todas as artes”. Porém, Souriau afirma que a
pesquisa, neste domínio, só será interessante se banir e interdisser severamente as metáforas
imprecisas, as analogias confusas que são evocadas ao se transpor arbitrariamente para uma
arte a linguagem de outra. A respeito desta mesma questão, diz-nos Karel Boullart, professor
da Universidade de Gand:
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DIDEROT apud ASSEZAT, J et TOURNEUX, M (1875). Ouvres Complèts de Diderot. Paris, Garnier.
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sincronização dos sentidos e signos poderíamos citar exaustivamente, se é que já não o
fizemos.
Ut pictura poesis
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HORÁCIO (1989). “Arte Poética”. In: Crítica e Teoria Literária na Antiguidade. Rio de Janeiro, Ediouro, p.73,
tradução de David Jardim Júnior: Um poema é como um quadro: quanto mais perto estiverdes dele, mais vos
impressionará, mas deveis ficar a uma boa distância; esse precisa de um canto bastante escuro, mas aquele
necessita de luz plena, e resistirá ao cuidado exame do crítico de arte; esse só vos agradará a primeira vez em
que for visto, mas aquele vos deleitará tantas vezes quanto seja olhado.
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na Escultura (Gedanken Über die Nachahmung der Grie Chischen Werker der Malerei und
Bildhaverkunst, 1755). Podemos inferir, pela sua linha de abordagem, que Winckelmann
também se baseia na Arte Poética de Horácio, assim como no Tratado Sobre o Sublime de
Longino, privilegiando a obra escultórica como base de seus estudos. Porém seus argumentos
revelam frágeis noções e impressionismos sobre a literatura e as artes visuais, sobretudo
quando compara o Laokoon com a Eneida de Virgílio e o Filoctetes, de Sófocles. De modo
contrário porta-se Lessin (1998, p.145) posto que desloca o comparatismo entre a pintura e a
poesia do campo movediço da dicotomia: signos naturais vs. signos artificiais para a questão
do espaço e do tempo.
Lessing possibilitou-nos pensar as artes pictóricas e poéticas a partir do uso
diferenciado de seus meios de expressão: pintura (mímese do visível, dos corpos), poesia
(mímese das ações). Enfim, Lessing estabeleceu a pintura como a arte do espaço, por
excelência, e a poesia arte do tempo. Embora estas noções representassem um avanço para a
época (daí a nossa obrigação de revisitá-las), hoje tornou-se inconcebível tal distinção, seja no
campo da física, como bem nos demonstra Einstein, seja no campo das artes, à luz das
diversas correntes da filosofia, citamos a Poética do Espaço de Gaston Bachelard como
exemplo e, sobretudo sob o prisma da semiótica.
Mukarovsky (1990, p.81) critica Lessing por pensar que as artes são limitadas pelo
caráter de seus materiais e por acreditar que os artistas não devem tentar ultrapassar os limites
impostos por eles. Deste modo, considera que sua idéia base, hoje, encontra-se ultrapassada.
A. Gonçalves, ao revisar o Laokoon, credita razão aos argumentos de Mukarovsky. Diz que
“se aproximarmos a câmara às conquistas da pintura e da poesia anteriores ao romantismo,
notaremos que já para aquela época tal idéia não procedia.” (GONÇALVES, 1994, p.32).
Adverte que, da maneira como Lessing conjecturou a respeito da poesia e da pintura, os
signos assumem, em sua teoria, um alto grau de superficialidade; são postos apenas quanto
imitadores de corpos e ações. Sabemos que as artes não seguem este caminho ao correr dos
tempos.
Diz Northop Frye que há um grau de razoabilidade incontestável que fale-se do ritmo
“quando se desenvolve no tempo, e desenho, quando se distribui no espaço” (FRYE, 1993,
p.81). Mas salienta que:
A Ut Pictura Poesis é comum a muitas épocas. Segundo Mario Praz, em seu texto
Literatura e Artes Visuais, “desde os tempos remotos tem havido mútua compreensão e
correspondência entre a pintura e a poesia”. (PRAZ, 1982, p.2) Diz-nos que idéias foram
expressas por meio de pinturas, não só nos hieróglifos egípcios, como através de uma “longa e
assaz copiosa” tradição simbólica, parte da qual foi brilhantemente evocada por Edgar Wind
(1958), em seu livro acerca dos mistérios pagãos da Renascença (Pagan Misteries in the
Renaissance).
No Renascimento, a relação poesia/pintura parecia inevitável, a exemplo do pintor
Botticelli e dos poetas Policiano e Ficino, que compunham influenciando-se mutuamente.
Muitos poetas, como Ariosto e Aretino, valeram-se de técnicas pictóricas para escrever.
Pintores, tais como os simbolistas Gustave Moreau, Rodolph Bresdin, Odilon Redon, o
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expressionista Munch, entre muitos outros, extraíram idéias e imagens dos escritos de poetas e
romancistas. Mas, em se tratando de um estudo intersemiótico, devemos afastar-nos das
metáforas e analogias imprecisas, cientes que as artes dialogam entre si, porém conservam sua
materialidade de linguagem e artística.
Vimos que, dentro do enfoque da teoria de Lessing, com base na teoria clássica da
mímese, o espaço é o lugar ocupado pelos corpos, pelos elementos estruturais da pintura:
ponto, linha, superfície e volume. De acordo com a semiótica, lembramos que o espaço deixa
de ser simplesmente um lugar ocupado pelas coisas e ganha força de linguagem. Devemos
revisitar a importantíssima teoria de Lessing, mas não podemos aceitar, ao modo de
Mukarovsky, Frye e A. Gonçalves, no domínio das artes, a separação rígida das categorias de
espaço e tempo.
Bem sabemos que a poesia, a literatura, é imagem-som. Assim, temos uma só
dimensão espácio-temporal na poesia de Ungaretti:
ROSA EM CHAMAS
sobre um oceano
de campainhas
subitamente
flutua outra manhã
INFÂNCIA
Um gosto de amora
comida com sol. A vida
chamava-se "Agora”
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Texto original. ROSE IN FIAME : Su un oceano/ Dis scampanelli/ Repetina/ Un lattra matina
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Aquele rio
era como um cão sem plumas.
nada sabia da chuva azul,
da fonte cor de rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro
dos peixes de água,
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1915,óleo sobre tela, pode ser visto em Munique no Staatsgalerie moderner Kunts.
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da brisa na água
[...]
Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes
jamais se abre em peixes.
Abre-se em flores
pobres e negras
como negros.
abre-se numa flora
suja e mais mendiga
como são os mendigos negros.
abre-se em mangues
de folhas duras e crespos
como um negro
[...]
Cabral, como assinala Secchin (1985, p.77), vai gradualmente combatendo o caráter
impositivo da metáfora em um processo contínuo de remineralização da palavra, propõe a
imagem do cão como rio, depois atribui ao cão e ao rio o que é próprio de um pano sujo e do
pássaro: “plumas”. A ideia de temporalidade já se manifesta no elemento “rio” que se muta e
simbiotiza-se, por alusão, com os elementos da paisagem por onde passa. A fanopeia é
evidenciada na gradação de cores do poema: azul, cor de rosa e negro. As cores suaves, azul-
rosa, são signos de uma amenidade que o rio Capibaribe não conhece. Domina o grito social
da paisagem de um homem-anfíbio que vive na miséria. A cor que evidencia esse elemento é
o negro, esta assinala a vida de lama do homem na lama. O rio-ser-paisagem instaura o
sublime negativo.
O Cão Sem Plumas assinala o caráter impermanente e mutável do tempo, do sentido
das palavras e de todas as coisas, o “rio” não é o solista dessa música das palavras, mas se
funde com o ser, com elementos vegetais, minerais e da cultura, antes aparece como um
substantivo-caleidoscópico que se repete dando ritmo, sonoridade, instaurando um poema-
jazz, onde tudo está em tudo. Essa repetição também assinala o poeta não só como um ser
engajado, mas como trabalhador das palavras. Podemos dizer, ao modo de Haroldo de
Campos, que Cabral é um geômetra engajado. Contemplemos Mondrian:
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Conclusão
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nacional sobre outra. O comparatismo literário mantinha-se, desta forma, sob uma forte base
de valor axiológico e resultava em um dado ecumênico falho. Visto que, como assinalou P.
Brunel (1990, p.2), Pichois e Rosseau, “a reivindicação nacionalista é condenável pois sendo
política, é freqüentemente acompanhada de pretensões a superioridades étnicas.” De início o
comparatista prestou-se a julgar a originalidade de cada literatura.
No século XX, o conceito de originalidade foi intensamente refutado por teóricos
como Tinianov, Mikhail Bakhtin, Julia Kristeva, entre outros, sendo substituído pela noção de
intertextualidade. Sabendo-se, hoje, que a literatura nasce da literatura e que esta trata-se de
um único palimpsesto raspado e reescrito sem cessar ao longo dos tempos, a literatura
comparada ampliou seu método de abordagem e comprova que a obra literária produz-se em
um constante diálogo de textos, por retomadas e trocas. Deste modo, supera a função, a priori,
niveladora e internacionalista, convertendo-se em uma disciplina que põe em relação
diferentes áreas das ciências e das artes, expandindo-se no vasto domínio das relações
intersemióticas. Como chama-nos a atenção Jean Molino, Maingueneau, Boullart, entre outros
teóricos que citamos, temos que alargar o conceito de texto, para além de suas propriedades
puramente linguísticas, sistematizá-lo enquanto fenômeno traslingüístico, se pretendemos
realizar uma exegese eficaz da relação entre as artes.
A interdisciplinaridade, no que se reporta ao comparatismo, não é novidade no campo
das relações interartísticas – se lembrarmos o já citado estudo de G. E. Lessing com o seu
Laokoon, ou os Limites da pintura e da poesia (1766) já tão distante de nós – mas as relações
mútuas entre as artes têm sofrido muitas restrições. Há ainda resistências em admitir-se que a
comparação dá-se, também, no ultrapassar as similaridades, que o comparatismo pode operar-
se pelo confronto de elementos, por vezes mesmo, díspares. Tais questões não estão
suficientemente avançadas no estado atual dos estudos em pauta e inúmeras pesquisas ainda
estão por fazer.
O estudo da literatura comparada alcança, atualmente, o terreno das artes que
constituem, por si, partes de uma totalidade: a Estética. O comparatista sem deixar de ter a
literatura como principal objeto de investigação, deve interrogá-la, entendendo-a não como
um sistema fechado em si mesmo, mas na sua implicação com outros códigos, sejam eles
picturais, musicais, cinematográficos etc.
No estudo da representação literária calcado na abordagem intersemiótica – como o
que empreendemos através das poesias e telas abstratas que estudamos – a pesquisa é
interessante se banir e transcender, como nos disse Souriau, as metáforas imprecisas que são
evocadas ao se transpor arbitrariamente para uma arte a linguagem da outra. É preciso
estarmos atentos ao fato de que pode haver similaridade entre a tradução de uma idéia artística
em literatura, pintura, música, cinema, etc, mas cada linguagem traz consigo recursos
peculiares e trata o assunto de modo específico. As várias artes possuem cada qual seu código
artístico, sua evolução individual, de ritmo diferente. Daí a riqueza da comparação entre elas.
Temos que ser rigorosos metodologicamente, se objetivamos consistência em um campo que,
a princípio, parece ser vago e de difícil acesso.
Com base nas análises que fizemos, inferimos que há uma conjunção retórica entre a
poesia e a pintura abstrata. Ambas se valem da imagem para instaurar a espacialidade.
Afirmamos ainda que o texto poético, através da sequencialidade e da recordação lírica,
dialoga com a categoria temporal. A pintura abstrata instaura o tempo por meio do movimento
das formas e cores. Fica evidente que as artes em questão, ao agenciarem a temporalidade,
assumem um parentesco também com a música. Enfim, poesia é sobretudo imagem-som e
pintura abstrata imagem-movimento, ambas música das cores.
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ABSTRACT: In this article we address the evolution of the Horatian doctrine of Ut Pictura Poesis, the flirtation
between the arts, focusing on the relationship between space and time through a comparative analysis between
poetry and abstract painting. We emphasize the virtues of words and colours, investigating the image-sound and
image-movement relation. In conclusion, in our analysis, there is a structural homology between poetry and
abstract painting in relation to the spatiality and temporality, which is also a category of music. The theoretical
tools we apply to undertake comparative studies are critical guidance regarding aesthetics, literature and
semiotics.
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