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UNIDADE DE ALTA TENSÃO

UAT-PROJETOS
Rua 2, Nº 505 - Ed. Eletra, 4º andar - bloco B
B. Jardim Goiás – Goiânia - GO

ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS


DIRETORIA DE INFRAESTRUTURA E REDES

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE CONSTRUÇÃO


SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO EM ALTA TENSÃO (SDAT)

GOIÂNIA 25 DE SETEMBRO DE 2018

Revisão 00 – Emissão do documento


Elaboração: Aprovação: Vigência:
Equipe UAT - Projetos UAT - Construção 25/09/2018
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE CONSTRUÇÃO Revisão 00
SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO EM ALTA TENSÃO
3B.ETC
(SDAT)

SUMÁRIO
1. OBJETIVO .................................................................................................................... 5
2. CÓDIGOS E NORMAS APLICÁVEIS ........................................................................... 5
3. ESCOPO ...................................................................................................................... 5
4. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTO DE MATERIAIS E OBRA CIVIL .... 6
4.1. Serviços Preliminares .......................................................................................................... 6
4.1.1. Canteiro de Obra .......................................................................................................................... 8
4.1.2. Locação e acompanhamento ....................................................................................................... 9
4.1.3. Placa da Obra ............................................................................................................................... 9
4.1.4. Desmobilização ............................................................................................................................ 9
4.2. Cargas de Projeto das Fundações ...................................................................................... 9
4.3. Investigação do Solo ......................................................................................................... 10
4.4. Escavação das Fundações das Obras Civis...................................................................... 10
4.5. Regeneração do Solo e Reaterro ...................................................................................... 12
4.6. Reaterro compactado e regeneração com solo compactado ............................................. 12
4.7. Regeneração do solo com cimento reaterro melhorado .................................................... 13
4.8. Terraplenagem e Acabamento do Terreno ........................................................................ 16
4.8.1. Limpeza de Terreno.................................................................................................................... 16
4.8.2. Área de Corte ............................................................................................................................. 16
4.8.3. Área de Aterro ............................................................................................................................ 16
4.8.4. Acabamento ................................................................................................................................ 17
4.8.5. Movimento de Terra.................................................................................................................... 18
4.8.6. Procedimentos de execução ...................................................................................................... 18
4.9. Cravação de Estacas ........................................................................................................ 19
4.10. Armação das Fundações................................................................................................... 21
4.11. Concretagem das Fundações............................................................................................ 22
4.12. Estruturas de Concreto...................................................................................................... 27
4.13. Canaletas e Caixas de Passagem ..................................................................................... 27
4.14. Casa de Controle .............................................................................................................. 28
4.14.1. Alvenaria ..................................................................................................................................... 28
4.14.2. Laje ............................................................................................................................................. 29
4.14.3. Instalações Hidráulicas (Água) ................................................................................................... 29
4.14.4. Instalações Sanitárias (Esgoto) .................................................................................................. 31
4.14.5. Pisos e Revestimentos ............................................................................................................... 31
4.14.6. Instalações Elétricas ................................................................................................................... 33

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4.14.7. Cobertura .................................................................................................................................... 34


4.14.8. Sistema de Águas Pluviais ......................................................................................................... 35
4.14.9. Esquadrias Metálicas.................................................................................................................. 36
4.14.10. Revestimentos e Impermeabilizações ........................................................................................ 37
4.14.11. Vidros .......................................................................................................................................... 38
4.14.12. Pintura ........................................................................................................................................ 38
4.14.13. Sistema de Abastecimento de Água .......................................................................................... 39
4.15. Drenagem de Águas Pluviais ............................................................................................ 41
4.16. Vias Internas, Acesso e Urbanismo ................................................................................... 41
4.17. Sistema de Combate a Incêndio ........................................................................................ 43
4.18. Sistema de Captação e Armazenamento de Óleo ............................................................. 43
4.19. Abrigo para Serviços Auxiliares ......................................................................................... 43
5. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTOS E MONTAGENS
ELETROMECÂNICAS ....................................................................................................... 44
5.1. Equipamentos ................................................................................................................... 44
5.2. Aterramento ...................................................................................................................... 45
5.3. Estruturas do barramento aéreo ........................................................................................ 46
5.3.1. Estruturas metálicas ................................................................................................................... 47
5.3.2. Estruturas de concreto................................................................................................................ 48
5.4. Barramentos...................................................................................................................... 48
5.5. Conectores e Ferragens .................................................................................................... 54
5.6. Blindagem contra Descargas Atmosféricas ....................................................................... 54
5.7. Canaletas, Eletrodutos, Caixas de Passagem e Acessórios .............................................. 55
5.8. Iluminação, Tomadas e Caixas de Fiação EXTERNA ....................................................... 58
5.9. Subestação Móvel ............................................................................................................. 59
5.10. Serviços de Linha Viva ...................................................................................................... 59
6. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTOS E MONTAGENS DO SISTEMA
DE PROTEÇÃO, CONTROLE E SUPERVISÃO (SPCS) .................................................. 60
6.1. DOCUMENTOS DO SPCS ............................................................................................... 60
6.2. COMUNICAÇÃO E PROTOCOLOS DO SPCS ................................................................. 61
6.3. TELEPROTEÇÃO ............................................................................................................. 61
6.4. PAINÉIS TÍPICOS DE SPCS ............................................................................................ 62
6.4.1. Construtivo .................................................................................................................................. 62
6.4.2. Painel de Controle, Supervisão e Comunicação (PCOM).......................................................... 63
6.4.3. Painel de Switch ......................................................................................................................... 64

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6.4.4. Painel de Linha ........................................................................................................................... 64


6.4.5. Painel de Linha e Acoplamento .................................................................................................. 64
6.4.6. Painel de Transformador/Autotransformador ............................................................................. 65
6.4.7. Automação de Transformadores ................................................................................................ 66
6.4.8. Painel de Alimentador................................................................................................................. 66
6.4.9. Painel de Banco de Capacitores ................................................................................................ 67
6.5. SERVIÇOS AUXILIARES .................................................................................................. 67
6.5.1. Painel de Serviços Auxiliares CA (QDCA) E CC (QDCC).......................................................... 67
6.5.2. Painel de Retificadores ............................................................................................................... 67
6.5.3. Estante de Baterias .................................................................................................................... 68
6.6. SERVIÇOS........................................................................................................................ 68
6.6.1. Projetos ....................................................................................................................................... 68
6.6.2. Montagem de Painéis, Lançamento, conectorização de cabos e fibras ópticas ....................... 69
6.6.3. Fusão de Fibras .......................................................................................................................... 69
6.6.4. Treinamento................................................................................................................................ 69
6.6.5. Testes de Aceitação de Fábrica (TAF) ....................................................................................... 70
6.6.6. Testes de Aceitação de Campo (TAC) ....................................................................................... 71
7. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTOS E MONTAGENS DO SISTEMA
DE TELECOMUNICAÇÕES .............................................................................................. 71
8. MEIO AMBIENTE ....................................................................................................... 71
9. COMISSIONAMENTO ................................................................................................ 72
10. TREINAMENTO.......................................................................................................... 73
11. ACEITAÇÃO ............................................................................................................... 75
12. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ............................................................ 75
13. ANEXOS ..................................................................................................................... 75

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1. OBJETIVO

A presente Especificação tem por objeto definir os critérios mínimos para o fornecimento
de projetos executivos e execução de obras de subestações de alta tensão, sejam elas
implantações ou ampliações. Contemplando fornecimentos de materiais e serviços para
as áreas civis, eletromecânicos, elétricos, telecomunicações, ambientais e demais áreas
relacionadas às subestações de alta tensão.

Esta especificação tem ainda por objetivo estabelecer os procedimentos básicos e


controles para garantir que os trabalhos realizados pela CONTRATADA sejam
satisfatórios e atendam aos critérios e expectativas da CONTRATANTE.

A CONTRATADA deverá atender a todos os requisitos descritos nesta especificação


técnica, inclusive seus anexos, salvo quando escopo for declarado excluso no memorial
descritivo de cada obra.

2. CÓDIGOS E NORMAS APLICÁVEIS

As atividades e fornecimentos constantes do escopo desta especificação deverão estar de


acordo com as normas da ABNT, exceto quando aqui especificado de outra forma,
prevalecendo sempre os termos desta Especificação Técnica.

Para os itens não abrangidos por essas normas e por esta Especificação Técnica,
poderão ser adotadas as seguintes normas, devendo ser indicadas explicitamente no
contrato aquelas que serão utilizadas, sempre nas suas últimas edições:

 IEC – International Electrotechnical Commission;


 ANSI – American National Standard Institute;
 ASTM – American Society for Testing and Materials;
 NEMA – National Electrical Manufacturer Association;
 IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers.

3. ESCOPO

O escopo de cada obra está definido em memorial descritivo específico por


empreendimento.

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4. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTO DE MATERIAIS E OBRA CIVIL

A CONTRATADA deverá elaborar os projetos executivos de acordo com as boas práticas


da engenharia, critérios de elaboração de projetos ENEL, as normas nacionais e
internacionais e os Procedimentos de Rede do ONS.

Os projetos civis a serem fornecidos pela CONTRATADA deverão conter:


 Planta de urbanismo;
 Planta de bases e canaletas;
 Projeto de terraplenagem (incluindo planta, cortes, detalhes e memória de cálculo);
 Projeto de drenagem e da caixa separadora de água e óleo (incluindo planta,
cortes, detalhes e memória de cálculo);
 Projeto de combate a incêndio (incluindo planta, cortes, detalhes e memória de
cálculo);
 Projeto de fundações de todos os postes e/ou equipamentos (incluindo planta,
cortes, detalhes e memória de cálculo);
 Projeto de arquitetura, estrutural e de fundações do abrigo dos transformadores de
serviços auxiliares (incluindo planta, cortes, detalhes e memória de cálculo);
 Projeto da parede corta fogo (incluindo planta, cortes, detalhes e memória de
cálculo);
 Projeto da Estrutura de concreto da caixa separadora de água e óleo;
 Projeto de arquitetura, estrutural, fundação, hidrossanitário, elétrico de iluminação e
tomadas, SPDA, CFTV, alarme e detecção automática de incêndio (SDAI) da casa
de controle (incluindo planta, cortes, detalhes e memória de cálculo);
 Projeto de Monitoramento de Segurança por Câmeras (CFTV) e Alarme de
segurança contra intrusão da SDAT.
 Qualquer projeto necessário para a execução da Subestação em questão.
 Memorial de cálculo do sistema de refrigeração de ar da casa de controle;

A CONTRATADA deverá entregar a Programação de Entrega de Desenhos e Requisões


(PEDER), devidamente preenchida com as informações mínimas tais como: número do
documento, título, revisão inicial e data prevista para entrega. A PEDER deverá ser
validada pelo CONTRATANTE antes do envio de qualquer documento para aprovação.

A CONTRATANTE poderá ainda excluir e incluir documentos na PEDER mesmo após a


aprovação inicial do mesmo.

4.1. Serviços Preliminares

A CONTRATADA deverá incluir todos os serviços relativos ao planejamento, bem como


as providências necessárias para a mobilização da equipe sem interrupção nos prazos
fixados em contrato.

Compreende a programação de veículos (carros, caminhões e etc) para atender a obra


em toda a sua duração, bem como a contratação de deslocamento de pessoal para o

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canteiro de obras, revisão e transporte até o local da obra das máquinas, ferramentas e
equipamentos necessários, sendo inclusive os equipamentos de proteção individual dos
operários (EPI) e os equipamentos de proteção coletiva (EPC).

Nas realizações dos Serviços Preliminares da citada Subestações de Distribuição de Alta


Tensão (SDAT), deverão ser executadas as seguintes atividades:

 Reunião de Início de obra;


o Assinatura de AFS;
o o Apresentação da relação dos responsáveis das funções delegadas para
engenheiro Pleno residente, engenheiro Coordenador, com as respectivas
Certidões de Acervo Técnico – CAT’s; e dos encarregado geral e Técnico de
Segurança do Trabalho com documentação compatível com as respectivas
atividades;
o o Apresentação do layout do canteiro de obra, para aprovação da ENEL
DISTRIBUIÇÃO.
 Cadastros:
o Atendimento ao PST 006 - Regulamento de Fornecedores de Serviços e
Materiais, sempre de acordo com a última revisão.
 Registros:
o Abertura do Diário de Obra (Livro de Ordem), para o acompanhamento do
Contrato que será firmado com a ENEL DISTRIBUIÇÃO e que deverá ser
elaborado de forma contínua e simultânea à execução dos serviços, cujo
teor consiste no registro sistemático, objetivo, sintético e diário dos eventos
ocorridos no âmbito do Contrato, bem como observações e comentários
pertinentes;
 O Diário de Obra deverá ser fornecido pela CONTRATADA, mantido
sob a sua guarda e responsabilidade durante todo o período de
execução dos serviços e acessível à área gestora da ENEL
DISTRIBUIÇÃO;
 Deverão constar no Diário de Obra, no mínimo, as seguintes
informações:
 Relação de equipamentos e pessoal (diária);
 Observações referentes aos serviços;
 A assinatura do Responsável Técnico (RT) da Contratada e a
assinatura do fiscal da ENEL DISTRIBUIÇÃO;
 A empresa deverá entregar à área gestora, periodicamente ou
sempre que solicitado, as vias preenchidas do Livro de Ordem
referentes ao período anterior.
o Anotação da Responsabilidade Técnica (ART) dos Responsáveis Técnicos
da Obra:
 Engenheiro Eletricista – Coordenador;
 Engenheiro Eletricista – Residente;
 Engenheiro Civil.

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4.1.1. Canteiro de Obra


O canteiro de obras deverá ser instalado em local de fácil acesso, em terreno firme e
protegido de eventuais desmoronamentos, limpo de mato, atendendo operações de
manobra, carga e descarga de materiais. Prever áreas destinadas ao depósito de
materiais e guarda de equipamentos, visando minimizar as distâncias de transporte,
atendendo também as condições de segurança e menor custo operacional.

As instalações do canteiro de obras deverão prever escritório para a CONTRATADA e


para a CONTRATANTE, almoxarifado, refeitório coberto, alojamento de pessoal, oficina,
depósito, ferramentaria, sanitários e bebedouros compatíveis com a quantidade de
operários na obra. Deverão ser previstos também um sistema de abastecimento d’água e
de energia para o canteiro.

As instalações provisórias deverão ser do tipo “containers”, com estrutura em chapas de


aço, devidamente aterradas.

Em locais não servidos por rede pública de água e esgoto, a CONTRATADA deverá
prever a perfuração de uma cisterna com bomba, fossa séptica e sumidouro para atender
às necessidades da obra e que poderá ficar após a conclusão das obras para o devido
abastecimento da subestação.

Deverá ser prevista a instalação de rede de energia, devidamente dimensionada, para


atender a execução da obra. De preferência, a rede deverá ser ligada a um padrão
trifásico, com medidor específico.

Toda área do canteiro de obras e da região de obra devem ser isoladas com tela tapume
ou cercas, visando garantir a segurança dos profissionais que estejam trabalhando no
local.

O canteiro de obras deverá contar com os seguintes itens:

 Maca prancha;
 Extintor de incêndio ABC;
 Kit de coleta seletiva;
 Kit de contenção ambiental (conforme Especificação Técnica Controle Ambiental
de Obras da UAT);
 Quadro para informações/planejamento/logística da obra;
 Quadro de documentos/identificação dos funcionários;
 Placa com o informativo da obrigatoriedade de estacionar veículos de ré;
 Placas orientativas de Segurança;
 Cones de sinalização;
 Suporte para uniformes e capacetes dos funcionários (Vestiário);
 Kit de primeiros socorros;
 Bebedouro;

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 Estacionamento sinalizado;
 Depósito de produtos químicos;
 Áreas destinadas a armazenamento de resíduos classe I e II (separadas);
 Quadro de tomadas de energia móvel;
 Lava botas.

Outros itens relativos ao canteiro de obras poderão ser solicitados durante a reunião de
início da obra.

4.1.2. Locação e acompanhamento


Entende-se por locação, todos os serviços de topografia ou outros com ele relacionado,
necessários à perfeita demarcação das obras a serem construídas na área da
subestação, inclusive o georreferenciamento da mesma.
Para a execução da locação, a CONTRATADA deverá utilizar o equipamento estação
total e utilizar materiais tais como: estacas, piquetes de madeira, varas de bambu ou
madeira, tinta a óleo em cor destacável, pincel pequeno, arame galvanizado, linha de
nylon, pregos com cabeça e sarrafos de madeira.

A CONTRATADA deverá executar na área terraplenada, cavaletes contínuos, tantos


quantos forem necessários, formando retângulos, em torno de uma estrutura ou grupo de
estrutura a serem erigidas, com afastamento mínimo destas de 2,00m e niveladas na cota
de embasamento indicado em projeto.
4.1.3. Placa da Obra
A CONTRATADA deverá fornecer instalar e fazer manutenção de placas exigidas pelo
CREA, na qual deverão constar os nomes e números de registro dos projetistas e
responsáveis técnicos, conforme orientação da CELG.

Deverão também providenciar placas de obra do governo do Estado de Goiás fazendo


menção das características de obras tais como custos, prazos de execução, capacidade e
órgão financiados do empreendimento, etc.
4.1.4. Desmobilização
Ao término das obras, o Canteiro deverá ser completamente removido.

A desmobilização será efetuada após a conclusão da obra com a devolução de todos os


materiais de propriedade da ENEL e a obra limpa para ser recebida pela Fiscalização,
observando-se os critérios técnicos e leis ambientais para a disposição final dos resíduos.

4.2. Cargas de Projeto das Fundações

As estruturas deverão ser projetadas para suportar as combinações mais desfavoráveis


de carregamentos provenientes do peso próprio, vento, curto-circuito, tração dos cabos e
equipamentos, que venham a ocorrer durante a vida útil da subestação.

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De acordo com os tipos estruturais a serem projetados, deverão ser consideradas as


seguintes cargas atuantes, onde aplicáveis:
 Fundações para Suportes para Equipamentos: peso próprio, do equipamento e de
acessórios, carga de vento no equipamento e estrutura, carga dinâmica devida a
curto- circuito, onde aplicável e carga de operação do equipamento, onde aplicável;
 Fundações para Suportes para Barramentos: peso próprio da estrutura, fundação e
cadeias, carga devida à tração dos cabos condutores e para-raios, carga de vento
na estrutura, cadeias e cabos.

As fundações deverão ser projetadas para resistir às solicitações máximas devidas a


qualquer combinação de condições de condutores rompidos, ventos e cargas acidentais.
Não serão aceitas as fundações do tipo solo-cimento.

Todas as estruturas e suportes das subestações deverão ser projetadas considerando


pressão de vento conforme Norma ABNT NBR 6123/1988. Nas estruturas com alturas
superiores a 10 m, os valores de pressão de vento deverão ser efetivamente corrigidos,
segundo recomendações da norma brasileira ABNT NBR 6123.

4.3. Investigação do Solo

Deverão ser feitas sondagens a percussão (SPT) em pontos selecionados, como, bases
de transformadores, torres suportes de barramentos, pórticos de ancoragem de linhas,
disjuntores e vias de transferências. O desenho indicativo do posicionamento dos pontos
a serem investigados será elaborado no início do projeto executivo.

Também devem ser feitos ensaios de amostras de solo determinando as características e


as propriedades dos materiais encontrados (peso específico, teor de umidade, resistência
à compressão, ao cisalhamento, etc) para avaliação do comportamento dos solos quando
submetidos às condições impostas pelas estruturas projetadas.

4.4. Escavação das Fundações das Obras Civis

Os serviços a serem realizados sob este item consistem no fornecimento de tudo que seja
necessário para a execução completa das escavações, preparação do terreno,
apiloamento, reaterro, compactação, etc., seguindo na íntegra os projetos.

Onde houver previsão de reaterro usando o mesmo material proveniente da escavação,


antes de se iniciar os trabalhos de abertura da cava, o terreno deverá ser capinado e
limpo, numa área suficiente para que a terra escavada fique isenta de detritos
provenientes da vegetação local.

Deverão ser executadas proteções às escavações, através de tampões e cercas,


fornecidos pela CONTRATADA, para impedir a queda no interior das mesmas.

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As escavações deverão ser protegidas mecanicamente, por dispositivos que garantam a


segurança física dos trabalhadores, durante a execução dos serviços.

Toda escavação deverá ser classificada em uma das seguintes categorias:


 Classe "A": terreno normal - classificam-se nesta categoria os terrenos que
contenham fragmentos de rochas ou pedras roladas e aqueles que apresentem o
mesmo grau de dificuldade de escavação que a argila, silte, areia ou piçarra.
Quando houver sondagem no local da fundação, deverá ser classificado como
pertencente a esta classe o terreno que apresentar índice de resistência à
penetração tipo SPT igual ou menor a 25 golpes/30 cm.
 Classe "B": terreno duro ou rocha - classifica-se como terreno duro e/ou rocha os
terrenos cujas escavações e retirada de materiais sejam feitas manualmente ou
com auxilio de equipamentos, sem o uso de explosivos. Quando houver sondagem
no local da torre deverá ser classificado como pertencente a esta classe o terreno
que apresentar o índice de resistência à penetração acima de 25 golpes/30 cm
(SPT).
 Classe "C": terreno rochoso - classificam-se como terreno rochoso os terrenos
cujas escavações e retirada de materiais sejam feitas com o auxílio de
equipamentos, requerendo o uso de explosivos. (NÃO APLICAVEL EM
SUBESTAÇÕES O USO DE EXPLOSIVOS).
 Classe "E": brejo - classificam-se nesta categoria os terrenos cujas escavações
sejam executadas com a presença de água e cuja resistência do terreno seja
suficientemente baixa para exigir a execução de escoramentos para evitar
desmoronamentos.

A simples presença de água durante a execução da escavação, até a etapa de


concretagem, em terrenos que dispensam o escoramento, não deverá ser razão suficiente
para sua classificação na classe "brejo".

A CONTRATANTE exigirá proteção mecânica com emprego de camisas de concreto,


metálica ou de madeira em todas as escavações e reaterros executados mecanicamente
ou manualmente.

Os serviços relacionados ao uso da proteção mecânica das escavações e reaterros ou da


utilização das camisas deverão estar diluídos nos custos unitários das escavações.
Quando da utilização de proteções mecânicas, os custos com equipamentos (caminhão
munk) para manipulação e transporte dos mesmos e equipes necessárias para este fim,
deverão também estar diluídos nos custos unitários de escavação e reaterro.

A utilização de proteção mecânica não caracteriza o pagamento das escavações como


terreno tipo “E”. A Fiscalização da CONTRATANTE não permitirá o acesso ao interior das
escavações sem a proteção mecânica.

As escavações não devem ser iniciadas antes da conclusão de todos os preparativos para
a rápida execução das fundações, tais como providenciar todos os materiais,

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equipamentos, mão-de-obra, energia elétrica, traços de concreto, etc. As escavações não


devem ficar expostas após a sua conclusão, devendo ser protegidas contra a entrada de
água e umidade excessiva nas suas paredes. Sempre que possível, a concretagem
deverá ocorrer logo após a execução das escavações.

Se necessário, deve-se escorar parcialmente as paredes da escavação, não


caracterizando com isso a classificação desta escavação como classe "E". Após a
conclusão das escavações, deve-se imediatamente executar as etapas de armação,
posicionamento de hastes-âncora, fôrmas, concretagem e reaterro das fundações.

4.5. Regeneração do Solo e Reaterro

A regeneração do solo deve ser feita abaixo da cota de apoio das fundações do mastro
central, com solo simplesmente compactado ou com utilização de cimento, quando
indicado pela CONTRATANTE. O reaterro necessário acima da cota de apoio das
fundações deverá ser realizado através de compactação do solo (reaterro compactado) ou
de melhoria do mesmo com o uso de cimento (reaterro melhorado), conforme indicação
da CONTRATANTE.

4.6. Reaterro compactado e regeneração com solo compactado

Na fundação para estai em bloco de concreto moldado "in loco" (prismático ou tronco de
cone), quando o reaterro deverá preencher toda a cava desde o nível superior do bloco,
até a superfície do terreno.

Na fundação para mastro central em sapata quando o reaterro deverá preencher o espaço
entre o bloco e as paredes da cava, até a superfície do terreno.

Na fundação em sapata para estrutura autoportante, quando o reaterro deverá preencher


o espaço entre o bloco e as paredes da cava, até a superfície do terreno.

Na fundação ancorada em rocha, quando o reaterro deverá preencher o espaço entre a


rocha e as paredes da cava, até a superfície do terreno.

O reaterro deverá ser compactado em camadas no máximo com 20 cm de espessura,


material solto, de modo a obter-se densidade seca igual ou superior a 1,8 tf/m3 (tipos A e
B) e grau de compactação igual ou superior a 95% do Proctor Normal. A compactação
deverá ser feita com teor de umidade próxima da ótima.

Caso o material de reaterro se encontre muito úmido, deverá ser exposto ao ar para
secagem ou então substituído; se muito seco, deverá ser umedecido.

A compactação deverá ser executada por processo mecânico, cujo tipo deverá ser
aprovado pela Fiscalização da CONTRATANTE. Não será permitido o apiloamento
manual, salvo nas proximidades de hastes-âncora a critério da Fiscalização.

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O material de reaterro deverá ser isento de detritos e matéria orgânica, assim como
deverão ser evitados torrões com diâmetro maior que cinco cm. De maneira geral, o
material de reaterro deverá ser proveniente da própria escavação.

No caso do mesmo não oferecer possibilidade de compactação, deverá ser empregado


material de empréstimo, trazido de locais, que deverão ser previamente inspecionados e
aprovados pela Fiscalização da CONTRATANTE.

4.7. Regeneração do solo com cimento reaterro melhorado

A regeneração do solo e o reaterro melhorado, com uso de cimento, deverão ser feitos de
acordo com as recomendações a seguir. O solo a ser utilizado deverá ser liberado pela
Fiscalização da CONTRATANTE.

Deverão ser utilizados solos arenosos com pelo menos 50% (cinquenta por cento) de
areia. Solos argilosos, siltosos e silto-argilosos, somente poderão ser utilizados
adicionando-se areia até a obtenção de material com pelo menos 50% (cinquenta por
cento) de areia. Não deverão ser utilizados solos com matéria orgânica, raízes, detritos ou
com torrões que não possam ser desmanchados.

Caso o solo escavado no local não atenda estas especificações deverão ser utilizados
solos importados de áreas de empréstimo, aprovadas pela Fiscalização CONTRATANTE,
localizadas o mais próximo possível da estrutura.

A proporção em volume deverá ser de uma parte de cimento para 14 partes de solo,
correspondendo aproximadamente a 85 kgf de cimento por m3 de solo (solto).

Antes de iniciar a mistura, o solo deverá estar com a umidade pouco abaixo da ótima
(aproximadamente 0,9 hot). Caso o solo se encontre muito úmido, deverá ser exposto ao
ar para secagem, e se muito seco, deverá ser adicionada água até atingir a umidade
desejada.

A Fiscalização determinará o valor da umidade ótima pelo método de ensaio MSL-06, do


LCEC, ficando a seu critério a liberação do material, através de controle táctil-visual da
umidade, ou determinação da mesma, através de ensaios expedidos de campo, tais
como, método do "speedy", da frigideira ou estufa de raios infravermelhos.

A mistura poderá ser feita mecânica ou manualmente, devendo, no final, apresentar-se


homogênea, com coloração uniforme e isenta de torrões, tomando-se cuidados para não
contaminar o material durante a mistura e manuseio do mesmo.

Durante a homogeneização da mistura deverá ser adicionada água até a obtenção da


umidade ótima de compactação. Deverão ser misturados quantidades de solo com
cimento que permitam lançamento e compactação em tempo suficiente, para impedir que
a reação do cimento com a água provoque o endurecimento da mistura no estado solto, e
para impedir a formação de torrões que prejudiquem a qualidade da compactação.

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Se houver presença d'água na cava dever-se-á esgotar a mesma antes do início do


lançamento e compactação do solo melhorado com cimento. Também deverá ser lançada
uma camada de material granular ou mistura de brita e areia, com espessura suficiente
para evitar a formação de lama e proteger a mistura do solo com o cimento, do contato
direto com a água. Deverão ser preenchidos todos os vazios existentes.

Acima dos blocos dos estais e na regeneração das bases das sapatas, deverão ser
lançadas camadas horizontais, com 20 cm de espessura, no máximo, de solo solto,
preenchendo totalmente o volume entre as paredes da escavação. A compactação, neste
caso, deverá ser feita com equipamentos mecânicos, aprovados pela Fiscalização. Os
serviços deverão ser executados sem paralisação até atingir as cotas indicadas no
projeto.

A compactação de cada camada deverá ser feita até a obtenção de um peso específico
aparente seco de 1,8 tf/m3 e grau de compactação igual ou superior a 95% do Proctor
Normal.

Deverão ser feitas pelo menos duas verificações de peso específico em cada fundação,
em cotas a serem definidas aleatoriamente pela Fiscalização CONTRATANTE. Caso não
sejam obtidos os pesos específicos recomendados, o material deverá ser retirado e
transportado para regiões de bota-fora, devendo-se fazer novo reaterro ou regeneração
que atenda a presente especificação.

O controle de qualidade deverá ser feito pela Fiscalização, de acordo com o método de
ensaio de laboratório MSC-03- "Determinação da massa específica aparente seca de
solos e materiais granulares no campo", do LCEC, de Ilha Solteira, respeitando-se as
Normas Brasileiras da ABNT em vigor. Poderão ser utilizados os tradicionais métodos de
ensaio: Método do cilindro amestrador; Método do frasco de areia; Método do plástico e
água; Método do balão plástico do Washington Dens-o-meter.

Ficará a critério da Fiscalização CONTRATANTE a escolha do método de ensaio mais


apropriado, para controle de qualidade dos serviços executados.

Antes do reaterro (ou concretagem das fundações) ser executado, deverá ser
providenciada; onde for o caso, a conexão de “rabichos” para a ligação do cabo de cobre
nu ate a malha de terra (especificar no projeto).

As fundações deverão ser niveladas e postas em posição antes do reaterro.

O reaterro em torno das fundações deverá ser feito cuidadosamente, usando-se de


preferência o melhor material resultante de escavação disposto próximo aos pés da torre.
A qualidade do solo e sua resistência deverão ser previamente aprovadas. A
compactação do reaterro deverá ser feita, de preferência, através de socadores
mecânicos, em camadas de 20 (vinte) cm, medidas antes da compactação, tomando-se o
cuidado para não danificar as fundações.

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O grau mínimo de compactação para todo reaterro deverá ser tal que o peso específico
do reaterro seja igual ou superior ao da terra adjacente não revolvida, e que conduza a
valores de densidade iguais ou superiores aos considerados no projeto. Não deverão ser
admitidos, como material de reaterro, lixo, vegetação e outros materiais indesejáveis.

A CONTRATADA deverá determinar o peso específico seco e o grau de compactação em


todas as fundações reaterradas segundo metodologia e critérios definidos nos projetos de
fundações e especificações. Os resultados dos ensaios de peso específico, umidade e
grau de compactação deverão ser entregues a Fiscalização CONTRATANTE para
aprovação.

Cascalhos ou pedras misturadas com material de granulação fina, desde que previamente
aprovados, poderão ser utilizados tomando-se devidos cuidados para não permanecer
vazios no reaterro e não danificar a fundação. E se, próximo aos pés da estrutura, o
material não for de boa qualidade, deve-se procurar, o mais próximo possível, outro que
satisfaça as condições exigidas pelo projeto e transportá-lo para o reaterro. O local de
jazidas e o material destinado à “terra de empréstimo” deverão ser inspecionados e
previamente aprovados não devendo, em hipótese alguma, provir de escavações feitas
em locais próximos das bases das estruturas, para as quais deverá ser respeitada uma
distância mínima de 30 metros.

Solos argilosos com alta coesão e úmidos, a ponto de serem considerados inadequados
para reaterro, deverão ser espalhados e arejados até que atinjam um grau de umidade
adequado para a execução do reaterro. Solos arenosos poderão ser compactados com
água e compactadores de placa vibratória.

O reaterro de todas as escavações deverá atingir 20 cm acima do nível natural do terreno,


devendo ser compactado até atingir a compactação natural do terreno adjacente, nas
condições indicadas nos desenhos.

O terreno circunvizinho à torre deverá apresentar-se compactado e razoavelmente


tratado, de tal forma que as águas pluviais sejam desviadas das pernas das torres.

Nos locais de instalação das estruturas, onde o terreno permitir o acúmulo de águas das
chuvas deverão ser instaladas canaletas semicirculares de concreto, com diâmetro de 30
cm, para desviar estas águas dos pés das estruturas, sempre conforme prévia
autorização da Fiscalização CONTRATANTE.

Após a ocorrência da primeira chuva, deverá ser verificado se o terreno usado no reaterro
sofreu abatimentos. Em caso afirmativo deverão ser restabelecidas as condições iniciais
da fundação acabada, conforme indicado no projeto.

A brita e a areia deverão ser pré-misturadas antes do lançamento na cava, na proporção


de uma parte de brita e 1 parte de areia (traço 1:1). A parte britada deverá ser nº 2 ou nº 3
e areia deverá ser média natural.

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O reaterro com brita e areia deverá ser compactado com vibradores de placa, objetivando
reduzir o índice de vazios da mistura.

Para melhorar a compactação da brita-areia, deverá ser adicionada água em quantidade


suficiente para, junto com a vibração, obter a compactação necessária.

Os solos empregados deverão estar isentos de matéria orgânica e não devem conter
grãos de dimensões maiores que 75 mm. No mínimo, 60% do material deverá ser
arenoso.

O solo – cimento deve ser executado, misturando-se à massa de solo, a quantidade


mínima de cimento que deverá ser de 100 kg por m3 de material solto, ou conforme
estabelecido em projeto.

A mistura de solo-cimento deverá ser umedecida convenientemente e compactada em


camadas de 20 cm de material solto.

4.8. Terraplenagem e Acabamento do Terreno

A CONTRATADA deverá prever serviços de terraplenagem para preparação do pátio


onde deverá ser instalada a subestação em pauta.
4.8.1. Limpeza de Terreno
Deverá ser prevista a retirada de uma camada de solo de pelo menos 20cm de
espessura, recomendando-se a eventual substituição de solos inadequados à execução
do terrapleno.
4.8.2. Área de Corte
Para a execução do corte, o terreno natural deverá ser escavado até a cota de
terraplenagem definida em projeto, retirando-se as camadas de má qualidade, orgânicas
ou expansivas. Todo o material retirado deverá ser transportado para aterros ou bota-
foras. Quando, no nível do patamar de corte, for observada a ocorrência de rocha ou de
solos de má qualidade, orgânicos, expansivos ou de baixa capacidade de suporte, deverá
ser promovida a retirada dos mesmos até uma cota inferior à estabelecida no projeto, para
que sejam alcançados solos de boa qualidade. Neste caso, para retornar à cota de
projeto, deverão ser executadas camadas de aterro, constituídas por materiais
selecionados de acordo com as especificações.
4.8.3. Área de Aterro
Os aterros deverão ser executados pela compactação de materiais provenientes das
jazidas de empréstimo ou de corte. A compactação é a operação da qual resulta o
aumento da massa específica aparente de um solo pela aplicação de pressão, impacto ou
vibração, visando um aumento da resistência ao cisalhamento e uma diminuição da
deformidade. As operações de aterro compreendem o espalhamento, umedecimento ou

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aeração, homogeneização e compactação dos materiais. A compactação do material de


aterro deverá ser executada com equipamentos adequados.

Os materiais deverão ser selecionados dentre os classificados como 1ª categoria e ter as


seguintes características: IP < 7%, CBR > 20, porcentagem passando na peneira # 200 <
35%. Os solos para aterros não deverão conter materiais orgânicos, micáceos e
diatomáceos. É proibida a utilização de turfas e argilas orgânicas.

O material, a ser utilizado no aterro, ao chegar na faixa de lançamento, já preparada e


liberada para receber o aterro, deverá ser distribuído em camadas uniformes e regulares
de espessura máxima de 30 cm antes da compactação e 20 cm após a compactação.

Durante o espalhamento deverá ser exigida a retirada de pedras de diâmetro maior do


que 15 cm, bem como, dos materiais orgânicos porventura existentes. Para isso deverá
ser mantida uma equipe de serventes nas frentes de serviços.

A umidade dos materiais a serem compactados deverá se situar em + ou – 2% (dois por


cento) da umidade ótima, determinada em ensaio de compactação previamente
executado em laboratório.

As camadas a serem compactadas deverão ser homogeneizadas. Todas as camadas de


aterro deverão ter grau de compactação mínimo de 95% (noventa e cinco por cento) em
relação ao Proctor Normal.

Deverão ser realizados os ensaios de caracterização do solo, tais como: granulometria,


controle da umidade do solo, expansibilidade, massa específica real, limites de Atterberg,
compactação, etc. No caso dos ensaios indicarem valores de densidade e/ou umidade em
desacordo com o especificado, a camada deverá ser reaberta, corrigindo-se a umidade e
efetuando-se nova compactação.

Deverão ser executadas valetas provisórias nas cristas e pés de taludes e providenciadas
as demais medidas necessárias à drenagem do terreno, de forma a evitar empoçamentos,
alagados e erosões durante a execução dos serviços de terraplenagem.

Qualquer dano causado ao terrapleno pelas chuvas durante a execução da obra deverá
ser imediatamente recuperado.
4.8.4. Acabamento
A área de operação da subestação terá uma camada de brita estendendo-se, pelo menos,
a 2 metros a partir do lado externo da cerca de proteção das áreas energizadas, quando
estas não forem delimitadas por arruamento. A fim de se impedir o aparecimento de
vegetação, os terrenos das áreas de operação deverão receber um tratamento, antes do
lançamento da camada de brita. A brita deverá ser distribuída em uma camada compacta,
com altura de 15 centímetros.

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4.8.5. Movimento de Terra


Correspondem a todos os trabalhos de corte, aterro, escavações e reaterro para
nivelamento de terreno, construção de fundações, caixa, canaletas, instalação de
eletrodutos e cabos da malha de terra.
4.8.6. Procedimentos de execução
Para a execução do corte deve-se escavar o terreno natural até a cota de terraplenagem
definida em projeto, retirar as camadas de má qualidade, orgânicas, expansivas,
transportar e carregar todo o material retirado para aterros ou bota-foras.

Quando no nível do patamar de corte for observada a ocorrência de rocha ou de solos de


má qualidade, orgânicos, expansivos ou de baixa capacidade de suporte deverá ser
promovida à retirada dos mesmos até a cota estabelecida em projeto. Deverão ser
executadas novas camadas constituídas por materiais selecionados de acordo com as
especificações.

Os aterros deverão ser obtidos através da compactação de materiais provenientes das


jazidas de empréstimo ou de corte.
A compactação é a operação da qual resulta o aumento da massa específica aparente de
um solo pela aplicação de pressão, impacto ou vibração, visando um aumento da
resistência ao cisalhamento e uma diminuição da deformidade.

A compactação do material de aterro deve ser executada mediante o emprego de


equipamentos adequados.

Nos locais não acessíveis a rolos compactadores, a compactação deve ser executada
com compactadores mecânicos, de forma a se obter a compactação requerida.

As operações de aterro compreendem o espalhamento, umedecido ou aeração,


homogeneização e compactação dos materiais.

Os materiais devem ser selecionados dentre os classificados como 1ª categoria e ter as


seguintes características: 7 > IP-10, CBR> 20, % passando na # 200 < 35%.

Os solos para aterros não devem conter materiais orgânicos, micácea e diatomácea. É
proibida a utilização de turfas e argilas orgânicas.

O material, a ser utilizado no aterro, ao chegar na faixa de lançamento, já preparada e


liberada para receber o aterro, deve ser distribuído em camadas uniformes e regulares de
espessura máxima de 30 cm antes da compactação e 20 cm após a compactação;

Durante o espalhamento deverá ser exigida a retirada de pedras de diâmetro maior do


que
15 cm, bem como os materiais orgânicos porventura existentes. Para isso deve ser
mantida uma equipe de serventes nas frentes de serviços.

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A umidade dos materiais a serem compactados deverá se situar em + ou – 2% (dois por


cento) da umidade ótima determinado em ensaio de compactação previamente executado
em laboratório.

As camadas a serem compactadas devem ser homogeneizadas.

Todas as camadas de aterro devem ter grau de compactação mínimo de 100% (cem por
cento) em relação ao PROCTOR NORMAL.

Devem ser realizados os ensaios de caracterização do solo, tais como: granulometria,


controle da umidade do solo, expansibilidade, massa específica real, limites de Atterberg,
compactação, etc.

No caso dos ensaios indicarem valores de densidade e/ou umidade em desacordo com o
especificado, a camada deverá ser reaberta, corrigindo-se a umidade e efetuando-se nova
compactação.

Devem ser projetadas e executadas valetas não revestidas nas cristas e pés de taludes,
desvio e esgotamento de alagados, declividades no terrapleno, canais não revestidos no
interior do pátio, etc., visando garantir a estabilidade do maciço.

Qualquer dano causado ao terrapleno pelas chuvas durante a execução da obra deve ser
imediatamente recuperado.
As escavações previstas devem obedecer aos detalhes do projeto e serem executadas de
maneira que não venham a prejudicar o aterro executado, podendo ser executadas
manual ou mecanicamente conforme exijam as condições dos serviços.

Deverá ser obrigatório o esgotamento das cavas caso essas acumulem águas pluviais ou
do próprio terreno, podendo ser executado manual ou mecanicamente conforme exijam as
condições do serviço.

Após a conclusão das escavações o fundo das cavas deve ser devidamente apiloado e
nivelado.

O lançamento do material de reaterro deverá ser executado em camadas sucessivas, com


espessura máxima de 20 cm, devidamente compactadas.

Após o reaterro, a área reaterrada deve ser molhada abundantemente para a verificação
de possíveis abatimentos, tendo-se o cuidado para não atingir a saturação do material.

4.9. Cravação de Estacas

Para terrenos com resistência muito baixa deverão ser previstas fundações apoiadas em
estacas de concreto. Todas as estacas a serem cravadas deverão ser submetidas à
aprovação da Fiscalização da CONTRATANTE.

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As estacas deverão ter comprimento variável, dependendo das condições do subsolo em


cada fundação. A folha "Escolha de Projeto" indicará a profundidade mínima a ser atingida
pela estaca, referida à cota do terreno.

A cravação das estacas no solo deverá ser feita por meio de bate-estacas do tipo queda-
livre. Elas deverão atingir a profundidade mínima indicada, sob uma energia mínima de
cravação de 1,5 tf.m e obtenção de nega inferior ou igual a três cm nos últimos 10 golpes.
As estacas deverão ser cravadas na posição vertical ou inclinadas conforme projeto.

A CONTRATADA deverá dispor de equipamento de solda portátil para emenda e/ou corte
das estacas no local. As estacas de concreto pré-moldadas deverão ser do tipo circular,
ter diâmetro mínimo de 33 (trinta e três) cm e capacidade de carga de 40 tf no mínimo.

A armação longitudinal da estaca deverá ser no mínimo de seis cm² de aço CA 50A.

Deverão ser recusadas pela Fiscalização da CONTRATANTE: Estacas que apresentem


trincas facilmente visíveis (aberturas iguais ou superiores a 0,3 mm); Estacas que
apresentem má qualidade do concreto; o concreto bom apresenta superfície lisa, uniforme
e dura; Estacas que apresentem defeitos decorrentes da abertura longitudinal das formas;
Estacas que, ao serem colocadas na posição de cravação, apresentem nitidamente
curvaturas ou deformações; Estacas que não atendam às dimensões mínimas previstas
nos projetos.

Após a cravação e a escavação do terreno para a execução da fundação, as estacas que


ficaram com excesso de comprimento, deverão ser cortadas, e a seguir, deverão ter suas
partes superiores devidamente preparadas, deixando a ferragem da estaca de concreto
exposta para que seja engastada no bloco de concreto.

As estacas de concreto deverão ser arrasadas 10 cm acima do nível inferior do bloco.

O estaqueamento deverá ser considerado como concluído, podendo ser feita a


concretagem dos blocos, nas seguintes situações: Estacas que atinjam a nega
especificada antes do comprimento mínimo indicado (estacas de concreto ou metálico). O
comprimento cravado deverá ser no mínimo 80% do indicado. Caso contrário, cravar uma
estaca adicional vertical, locada conforme instrução da Fiscalização; Estacas que não
atinjam a nega no comprimento indicado; Estacas de concreto: prosseguir a cravação com
mais dois (dois) metros ou até atingir a nega, o que ocorrer primeiro.

Os casos não previstos nos itens anteriores deverão ser comunicados imediatamente à
Fiscalização CONTRATANTE, para solução de cada caso especificamente.

Deverão ser permitidas emendas desde que o processo utilizado garanta a resistência
aos esforços de tração e durabilidade das estacas.

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Os projetos de emendas deverão ser apresentados para aprovação pela


CONTRATANTE. Para todas as fundações estaqueadas deverão ser preenchidos os
boletins de cravação, conforme modelo.

Dependendo das condições do terreno, a CONTRATANTE poderá optar pelo projeto de


fundação estaqueada ou caixa estaqueada, adaptados às características de carga da
torre.

4.10. Armação das Fundações

O tipo de armação a ser utilizado em cada uma das fundações, deverá ser em função do
projeto definido para cada tipo de estrutura, devendo ser utilizadas barras / fios de aço CA
- 50A, com diâmetro variando entre 2,4 e 40,0 mm, obedecendo rigorosamente às bitolas,
tipos de aços, comprimentos, dobras, etc. estabelecidos, e conforme norma da ABNT
NBR-7480.

Todo dobramento das barras deverá ser feito a frio. Soldas nas barras de aço, não
previstas em projeto, somente poderão ser realizadas mediante autorização prévia da
Fiscalização da CONTRATANTE. De forma geral, não deverão ser admitidas soldas entre
barras de aço.

Para montagem da armação deverá ser empregado arame recozido nº 18 ou similar. Todo
cuidado deve ser tomado para que a armação não se deforme e se mantenha firme
durante o lançamento e vibração do concreto, conservando-se inalteradas as distâncias
das barras entre si e as faces das formas ou escavações. Permite-se, para isso, o uso de
arame, tarugos de plástico ou tacos de concreto, os quais deverão ser feitos de forma a
garantir que o cobrimento da armação tenha o valor especificado.

Os aços a serem utilizados deverão ser previamente testados e os resultados submetidos


à apreciação da Fiscalização CONTRATANTE. Esses testes poderão ser realizados nos
laboratórios credenciados pela CONTRATANTE, correndo, todas as despesas, por conta
da CONTRATADA. Para a realização dos testes em Laboratório, os mesmos deverão ser
programados com uma antecedência mínima de sete (sete) dias.

Para testes de amostras, deverá haver o seguinte procedimento pela CONTRATADA:


Separar a partida de aço, por bitolas, em lotes conforme a NBR – 7480. De cada lote,
numerados em sequência, retirar três (três) amostras de 2,20 m cada, na presença da
Fiscalização CONTRATANTE. Dessas amostras, uma servirá para prova e as outras
duas, para contraprovas, se necessárias.

Enviar as amostras para o laboratório, acompanhado de carta, contendo as seguintes


informações: Número e peso do lote, de acordo com a NBR - 7480; Categoria (CA - 50 A);
Bitola (em mm); Procedência; Local de aplicação; Nome legível do fiscal que acompanhou
a retirada das amostras.

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Após os testes, o laboratório enviará cópia dos resultados dos ensaios, com liberação dos
lotes aprovados. Caso os testes tenham sido realizados por outro laboratório contratado
pela CONTRATADA, este deverá encaminhar os Boletins de Ensaios, contendo todas as
informações necessárias para que a Fiscalização CONTRATANTE libere, para
construção, os lotes aprovados nos ensaios.

Estas condições se aplicarão caso o material não seja comprado diretamente da Usina.
Caso o material seja comprado diretamente da Usina o mesmo deverá estar
acompanhado do certificado de ensaios do lote.

Durante a execução das fundações, toda ponta de vergalhão deve ter suas pontas
devidamente protegidas.

4.11. Concretagem das Fundações

O concreto a ser utilizado na obra deverá ser pré-misturado, fornecido por usinas da
região ou preparado em dosadoras a serem instaladas na subestação.

A CONTRATADA deverá entregar os traços a serem utilizados na obra e fornecidos pela


Usina de concreto, para análise da Fiscalização CONTRATANTE. Nos traços do concreto
deverão constar as quantidades e procedência dos materiais componentes, nomenclatura
do traço, local especificado para aplicação, diâmetro do agregado, relação água/cimento,
resistência, característica, abatimento e umidade da areia considerada.

A liberação da utilização da Usina de concreto deverá ser mediante visita da Fiscalização


CONTRATANTE à mesma, e verificação de: Posse de certificado recente de aferição das
balanças, emitido por empresa especializada, de forma a assegurar que a diferença entre
a massa real e a indicada não seja superior a 2% (dois por cento); Condição de operação
dos dosadores volumétricos de água (mesma tolerância anterior); Local de armazenagem
do cimento; Local de armazenagem da brita e areia; Aspectos físicos dos agregados, sua
não contaminação com material orgânico ou mistura dos mesmos.

O concreto estrutural deverá ter, para 28 (vinte e oito) dias, fck ≥ 20 MPa para fundações,
fck ≥ 25 MPa para as demais estruturas de concreto estrutural, ou conforme solicitado em
projeto ou ainda salvo observações da projetista.

O concreto simples deverá ter fck ≥ 10 MPa, conforme indicado no projeto, salvo
observações da projetista.

Poderá ser adotado aditivo plastificante ou retardador de pega na proporção indicada pelo
fabricante, unicamente para os casos de concretos elaborados em locais distantes da
obra e com solicitação previamente autorizada pela FISCALIZAÇÃO.

O cimento a ser utilizado deverá ser o tipo “Portland” (CPS 32) ou Pozolânico (POZ 32).

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A água a ser utilizada no preparo do concreto deverá apresentar-se límpida, isenta de


óleos e resíduos que possam prejudicar a resistência do concreto e a qualidade
necessária deverá ser rigorosamente controlada.

Havendo interesse da CONTRATADA em utilização de concreto preparado no local, a


preparação do mesmo deverá ser rigorosamente controlada e a CONTRATADA deverá
fornecer à Fiscalização CONTRATANTE, certificados dos ensaios de qualificação, tanto
dos agregados quanto do cimento que atendam a ABNT, NBR - 12654/ 92.

Neste caso a CONTRATADA deverá determinar o traço do concreto em laboratório de


Tecnologia do Concreto, sob seu ônus. Considerando que os agregados deverão ser
medidos em volume, deverá ser observado o consumo mínimo de 350 (trezentos e
cinquenta) kg de cimento por m3 (NBR 12654/ 92, item 5.5.4.2 condição C).

Os resultados deverão ser apresentados a CONTRATANTE através de relatórios de


empresa idônea a cada amostragem.

O posicionamento das ancoragens poderá ser obtido pelo emprego de gabarito rígido, de
gabarito individual, pela montagem da seção inferior da estrutura, com autorização da
Fiscalização CONTRATANTE, pela medição até a linha de referência instalada para esse
fim ou por intermédio de teodolito.

Com quaisquer desses processos, as ancoragens deverão ser trazidas à posição e


declividade corretas, ajustando-se os diversos dispositivos posicionadores e
controladores. A distância entre as ancoragens deverá ser verificada por medição entre os
centros dos furos de referência da locação dos pés (interseção com as diagonais)
tomados na respectiva face.

A ortogonalidade da fundação da estrutura deverá ser verificada por medidas com trena
de aço e ao longo das duas diagonais, a partir dos vértices externos das extremidades
superiores das ancoragens, cujos comprimentos deverão ser iguais.

Deverão ser admitidas tolerâncias de 0,1 % para a semidiagonal da fundação, medida a


partir do centro da estrutura para cada extremidade das ancoragens da fundação e de
0,1% para o lado da base, medida entre os furos das ancoragens.

A cota correta de cada um das ancoragens deverá ser verificada por meio de nível ótico.
O erro de nivelamento entre o mais alto e o mais baixo das ancoragens, deverá ser
inferior a seis mm.

Na orientação das estruturas de alinhamento, o ângulo formado entre o eixo transversal


da torre e a perpendicular da linha, não deverá ter tangente superior a 0,005 (cinco
milésimos).

Na orientação das estruturas de ângulo, a mesma tolerância deverá ser observada, porém
sendo referidos à bissetriz do ângulo entre os dois alinhamentos.

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Deslocamento lateral entre o eixo da estrutura e o eixo teórico referido às estruturas


adjacentes, não poderá ultrapassar o valor de 10cm.

A diferença entre as distâncias teórica e real, entre eixos de montantes, não deverá
ultrapassar de 0,2 % do valor teórico do projeto.

A concretagem da fundação somente deverá ser liberada para a execução após a


verificação e constatação, pela Fiscalização CONTRATANTE dos limites acima.

As ancoragens deverão ser fornecidas pela CONTRATANTE.

A concretagem de qualquer um dos tipos de fundações previstas deverá ser realizada


sempre de acordo com a boa técnica que a natureza e a responsabilidade dos serviços
exigem, com observância às normas e Especificações da ABNT e da CONTRATANTE e
especial atenção às recomendações ou solicitações da Fiscalização CONTRATANTE.

O concreto deve ser transportado do local de preparação para o local de aplicação, tão
rapidamente quanto possível e o meio de transporte deverá ser adequado de modo que
não acarrete segregação de seus elementos.

Para fundações do tipo tubulão, o lançamento do concreto deverá ser feito com o auxílio
de tromba, para evitar a sua desagregação. Nestes casos, a altura máxima permitida para
a queda do concreto deverá ser de 1,50 metros.

O amassamento do concreto deverá ser obrigatoriamente mecânico, contínuo e durar o


tempo necessário para permitir a homogeneização da mistura de todos os elementos,
inclusive de eventuais aditivos.

Após ser adicionada a água, não deverá ocorrer mais que 60 (sessenta) minutos até o
início da concretagem (salvo se utilizado retardador de pega).

O concreto deverá ser lançado logo após o seu amassamento, não sendo permitido, entre
o início e o fim de lançamento, intervalos maiores que 60 (sessenta) minutos.

Não será permitido, em hipótese alguma, o uso de concreto remisturado.

Quando o lançamento do concreto for interrompido e assim formar uma junta de


concretagem, deverão ser tomadas precauções necessárias para garantir, ao ser
reiniciado o lançamento, a suficiente ligação do concreto já endurecido com o novo trecho,
efetuando-se as remoções da nata endurecida com a conseqüente limpeza da superfície.

Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser devidamente vibrado,


mecanicamente por meio de vibradores de imersão. A vibração não poderá ser aplicada
diretamente sobre a armação e caso isso venha a ocorrer, deverá ser dada uma passada
final do vibrador no concreto.

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O raio de ação do vibrador não deverá ser considerado como maior que 60 (sessenta)
centímetros, sendo, portanto, esse valor a maior distância entre as posições sucessivas
de vibração.

O tempo de vibração é determinado pelo aparecimento de uma pequena camada de


argamassa na superfície do concreto, assim como o fim do desprendimento de bolhas de
ar.

A penetração do vibrador no concreto deverá ser de forma rápida e a retirada de forma


muito lenta, sendo essas operações sempre com o vibrador em funcionamento.

A ponta vibrante deverá funcionar sempre na vertical e nunca inclinada, procurando


sempre penetrar um pouco na camada anterior, que ainda deverá estar em condições de
ser vibrada.

No lançamento, as camadas de concreto deverão ter espessuras menores que o


comprimento da ponta vibrante do vibrador de imersão.

Se durante a concretagem houver ocorrência de chuva forte, o lançamento deverá ser


interrompido e a superfície do concreto ser protegida por meio de lonas e ser evitada a
acumulação de água em torno do concreto fresco.

As betoneiras a serem utilizadas no preparo do concreto deverão ter capacidade para um


traço, correspondente a um saco de cimento, no mínimo. Deverão estar em perfeito
estado de conservação, devendo ainda ser limpas diariamente e imediatamente depois de
terminada cada concretagem.

As formas necessárias deverão adaptar-se exatamente às dimensões previstas para as


fundações e deverá ser constituído por madeiras e peças apropriadas, de modo a não
sofrerem deformações sensíveis pela ação do concreto. Antes do lançamento do
concreto, deverão ser vedados as juntas, feita a limpeza do interior e serem molhadas até
a saturação.

A retirada de formas laterais somente poderá ser efetuada após, três (três) dias da
concretagem, no mínimo.

A montagem das estruturas somente poderá ser iniciada após 21 (vinte e um) dias da
concretagem. Caso a CONTRATADA solicite a montagem antes do prazo estipulado, a
CONTRATANTE poderá solicitar a mudança do concreto estrutural utilizado para permitir
a montagem das estruturas em prazo menor que 21 (vinte e um) dias.

Em casos da utilização de cimbramentos, a desforma deverá ocorrer somente após


autorização da Fiscalização CONTRATANTE (em função dos resultados de rompimento
de corpos de prova).

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Na concretagem da fundação não deverão ser colocados tubos plásticos para a


passagem do contrapeso, já que os mesmos deverão ser instalados externamente.

As fundações deverão ser executadas com o máximo cuidado, de modo que sejam
mantidas tanto quanto possíveis, as condições naturais do terreno.

Todas as escavações e praças de concretagem deverão ser protegidas por cercas ou


guarda-corpos, de modo a serem evitados acidentes durante a execução da obra.

Após o término da concretagem deverão ser removidas das proximidades das fundações,
todas as sobras de agregados graúdos utilizados no preparo do concreto para evitar atos
de vandalismo com relação a isoladores. O topo de todas as fundações deverá ter
acabamento tronco–cônico e ser executado por ocasião da concretagem.

As superfícies expostas do concreto deverão ser mantidas úmidas (para cura), pelo prazo
mínimo de três (três) dias consecutivos, inclusive nos feriados e fins de semana.

O controle do concreto deverá ser executado através de ensaios de consistência pelo


abatimento do tronco de cone (Slump Test) e de montagem de corpos de prova, que
deverão ser submetidos a ensaios no laboratório, se a CONTRATADA assim o desejar,
sendo o transporte desses corpos de prova, desde a obra até o laboratório, efetuado pela
CONTRATADA, sem ônus para a CONTRATANTE. Esse transporte deverá ser efetuado
antes dos corpos de prova completarem sete dias e se for utilizado o laboratório o mesmo
deverá ser previamente aprovado pela CONTRATANTE, não sendo aceitos os
pertencentes às usinas de concreto, que sejam fornecedoras. Os corpos de prova
deverão ser retirados pela Fiscalização CONTRATANTE, em número de quatro (quatro)
por concretagem ou quatro (quatro) para cada 15 m3 de concreto. Deverão ser
convenientemente guardados, não devendo ficar expostos ao sol ou chuva e após a
retirada da forma deverão ser armazenados em local úmido e fresco.

Para o transporte dos mesmos até o laboratório de testes, deverão ser convenientemente
embalados em caixas de madeira, fornecidas pela CONTRATADA, tendo os espaços
entre os mesmos preenchidos com pó de serragem.

Os corpos de prova deverão seguir para o laboratório acompanhados com impressos


onde deverá constar: Data da montagem; Local de aplicação; Traço (número); Número da
amostra (em seqüência); Quantidade de corpos de prova; Cimento (marca e tipo);
Procedência da areia (porto); Procedência e tipo de agregado graúdo; Abatimento e tipo
de aditivo; Operador

No topo do corpo de prova deverá ser escrito o número da amostra. Na lateral do corpo
de prova deverá ser escrito o local de aplicação.

O número de corpos de provas, por concretagem, poderá ser alterado para mais de
acordo com solicitação da Fiscalização CONTRATANTE e para casos específicos.

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A CONTRATADA deverá ser responsável pela demolição e reconstrução de qualquer


fundação da qual foram retirados corpos de prova, cujos resultados dos ensaios de
ruptura apresentarem valores inferiores aos solicitados nas presentes especificações, sem
qualquer ônus para a CONTRATANTE.

4.12. Estruturas de Concreto

Todas as estruturas de concreto armado e edificações deverão ser executadas com os


materiais a seguir caracterizados:
 Concreto estrutural para estruturas moldadas “in situ”: fck = 25 MPa;
 Concreto estrutural para estruturas pré-moldadas: fck = 25 MPa;
 Concreto para lastros, camadas de regularização e peças sem função estrutural:
fck = 10 MPa; Aço CA-50; e,
 Concreto estrutural para fundações: fck = 20 MPa.

O tipo de fundação e a programação para sua execução dependerão de um programa de


investigação do solo. As fundações deverão seguir as seguintes exigências básicas:
 Possuir segurança adequada contra a ruptura, tanto do elemento estrutural em
concreto armado, como do solo de fundação.
 Apresentar deformações compatíveis com a superestrutura, sob ação das
combinações mais desfavoráveis de carregamentos.
 Apresentar-se como a opção mais econômica dentre os tipos adequados para
fundações diretas e profundas.

Não será aceito os projetos que utilizem fundações do tipo solo-cimento.

Para o correto dimensionamento das fundações, deverão ser consideradas as cargas


discriminadas, provenientes dos diversos carregamentos da superestrutura.

Caberá ao projetista a análise da aplicação destes fatores, e obter a situação mais severa
para as fundações. Aos esforços finais nas fundações, deverá ser aplicado o fator de
majoração de esforços adequado para o dimensionamento das fundações.

Durante a execução de todas estruturas de concreto, as pontas dos vergalhões devem ser
devidamente protegidas para evitar acidentes do trabalho.

4.13. Canaletas e Caixas de Passagem

As canaletas para cabos poderão ter paredes em blocos de concreto preenchidas com
concreto e emboçadas integralmente na face interna e nos 20cm superiores na face
externa. O fundo das canaletas deverá ser uma laje de concreto armado e, para apoio dos
cabos, deverão ser instalados tubos de PVC a cada 30cm. As tampas das canaletas
deverão ser de concreto armado.

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Deverá ser apresentado o projeto da canaleta a ser executada prevendo a separação


entre os cabos de controle, cabos de fibra óptica, cabos de força de baixa tensão e outros
que venham a existir.

As caixas de passagem com até 2m de profundidade deverão ter paredes de blocos de


concreto, emboçadas, com tampas e fundo em concreto armado. As caixas mais
profundas deverão ser integralmente em concreto armado. As caixas de passagem
deverão ficar afastadas, pelo menos, 2m do meio-fio (parede mais próxima).

4.14. Casa de Controle

4.14.1. Alvenaria
As paredes serão executadas em tijolos maciços cerâmicos, em tijolos furados cerâmicos
ou em blocos de concreto, conforme especificado em projeto.

Os materiais a serem empregados serão: tijolos maciços cerâmicos (NBR-6460 e NBR-


7170), em tijolos furados cerâmicos, blocos de concreto (NBR-7173), argamassa para
assentamento (NBR-9287), em traço conveniente para cada caso.

As argamassas para emprego nas alvenarias deverão ter seus elementos


convenientemente dosados e atender as normas da ABNT quanto a sua qualidade e
resistência do conjunto.

Os tijolos maciços cerâmicos deverão ter dimensões uniformes, arestas vivas, textura
homogénea, sonoros e sem vitrificação superficial.

Os blocos de concreto deverão ter dimensões uniformes, arestas vivas e com bom
aspecto visual.

Os tijolos maciços deverão ser abundantemente molhados antes de sua colocação.

As fiadas assentadas deverão ser perfeitamente alinhadas, em nível, aprumadas e com


juntas desencontradas, simetricamente distribuídas, formando linhas verticais
interrompidas. As juntas horizontais terão uma espessura máxima de 15 mm e as juntas
verticais uma espessura máxima de 10 mm. As paredes serão cuidadosamente faceadas
pelo lado externo.

Quando forem executadas paredes partindo de pilares, a Empreiteira deverá deixar


pontas de ferro 1/4 polegada de espera, com comprimento de 0,40m e espaçadas de
0,50m em cada pilar, para possibilitar conveniente amarração. O pano da parede de
vedação, que fecha a estrutura de concreto, deverá ser calçado na parte superior, com
tijolos dispostos obliquamente a 45º. Este calçamento ou encunhamento só poderá ser
executado decorridos 8 dias após a conclusão do pano de parede.

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Sobre os vãos das portas e janelas deverão ser construídas vigas de concreto armado,
convenientemente dimensionadas, com espessuara igual à da alvenaria, com apoio
mínimo para cada lado de 40cm e/ou pilares adjacentes e altura não inferior a 10cm.
Igualmente deverão ser construídas contra vergas nos peitoris, nas dimensões anteriores
para as janelas ou caixilhos diversos, que possuam vãos superiores à 1,50m.

Quando os vãos forem relativamente próximos e na mesma altura, recomenda-se um


única verga sobre todos eles.
4.14.2. Laje
As lajes poderão, conforme projeto especifico, serem executadas em concreto armado ou
pré-fabricadas, obedecendo-se os dispositivos desta Especificação.

Os materiais a serem utilizados constituir-se-ão de vigotas pré-moldadas ou nervuradas,


ferro, elementos vazados de cerâmica ou concreto, “EPS”, cimento, areia, brita,
pontaletes, tábuas, madeirit e pregos.

As lajes pré-moldadas deverão ser projetadas (calculadas) e executadas obedecendo


rigorosamente as normas da ABNT, os tópicos sobre Projeto e Execução de estrutura de
concreto armado, desta especificação, bem como as especificações do fabricante.

As seguintes diretrizes básicas deverão ser obedecidas:

 Escoramento: O escoramento para montagem da laje deverá ser conforme as


Especificações do fabricante. O distanciamento entre pontaletes de escoramento
não deverá ser superior a 1,50 m. A Empreiteira deverá prever contra-flechas
conforme orientação do fabricante.
 Montagem: A distribuição das vigotas deverá obedecer às indicações de projeto ou,
na omissão por parte deste, seguir a planta de montagem do Fabricante. A
CONTRATADA deverá dispor tábuas para passarela sobre as vigotas para
colocação de elementos vazados e durante a concretagem, evitando com isso
possíveis acidentes e danos nas estruturas pré-moldadas e lajotas.
 Peças embutidas: As caixas de passagem, eletrodutos, etc, deverão ser dispostos
conforme projeto específico, após o assentamento dos elementos vazados. A
Empreiteira somente poderá dar prosseguimento na execução da laje após a
devida liberação das peças embutidas, pela Fiscalização.
 Ferragem: As lajes levarão ferros de distribuição conforme orientações do
fabricante e projeto. O sentido de colocação dos ferros de distribuição será
perpendicular às vigotas e espaçadas de acordo com orientação do projeto ou
Fabricante.
4.14.3. Instalações Hidráulicas (Água)
As instalações destinadas ao abastecimento e distribuição água fria serão executadas
rigorosamente de projetos respectivos, complementados por esta Especificação, devendo
atender também às Normas Brasileiras.

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Os materiais a serem utilizados constituir-se-ão de tubos e conexões de ferro galvanizado,


ferro fundido ou plástico (PVC), conforme indicação de projeto. A Empreiteira deverá
prever a utilização de material acessório que possibilite a perfeita ligação dos vários
componentes das instalações.

Os acessórios das instalações, tais como: válvulas, registros, torneiras, etc., serão de
bronze, aço ou latão, adequados às pressões que deverão suportar, conforme indicação
de projeto. As últimas conexões onde haverá a fixação dos metais deverão ser com
buchas de latão.

As válvulas de pia e lavatórios, registros, torneiras, chuveiros e ducha higiênica, serão de


primeira linha, qualquer que seja o fabricante.

Sob a pia e lavatório deverão ser instalados armários em “MDF”.

No banheiro, deverão ser instalados acessórios tais como : saboneteira, papeleira,


cabides, espelho,etc.

Na cozinha, deverá ser instalada uma geladeira de 200 litros.

As colunas de canalização correrão embutidas nas alvenarias, ou outros espaços


preparados.

As derivações correrão, também, embutidas nas paredes, vazios, rebaixos de lajes, forro
falso, etc., evitando-se, sempre que possível, a sua inclusão em concreto. Tratando-se de
edifícios estruturados, as canalizações deverão ser assentes antes da execução das
alvenarias de tijolos.
As canalizações de distribuição de água nunca serão inteiramente horizontais, devendo
apresentar declividade mínima de 2% no sentido do escoamento. As deflexões das
canalizações serão executadas com auxílio de conexões apropriadas.

Os reservatórios d’água serão executados rigorosamente de acordo com os projetos


estruturais e de instalações hidráulicas. Todos os pontos de utilização deverão ser
executados rigorosamente conforme indicações no projeto.

As canalizações de distribuição serão, antes do fechamento dos rasgos das alvenarias,


submetidas a um controle visual e a um teste de pressão, verificando-se os eventuais
vazamentos. Este teste deverá ser feito sob orientação e visto da Fiscalização, sem o que
não será liberada para medição a execução deste serviço.

De um modo geral, toda a instalação será convenientemente verificada pela Fiscalização,


quanto às suas perfeitas condições e de funcionamento.

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As extremidades livres das canalizações deverão ser protegidas obrigatoriamente com


“plugs”, até a montagem dos respectivos aparelhos, não sendo permitido o emprego de
buchas de madeira.
4.14.4. Instalações Sanitárias (Esgoto)
O sistema de instalações sanitárias de que trata esta Especificação, compreende todas as
ramificações de esgoto desde os vários pontos de origem até a descarga na fossa séptica
e desta até o poço sumidouro ou sistema de esgoto público e instalação de todos os
equipamentos sanitários

Os materiais a serem utilizados na rede de esgoto serão tubos e conexões de plástico


(PVC), conforme indicação de projeto.

As eventuais irregularidades deverão ser comunicadas imediatamente à Fiscalização.


Todas as louças e metais sanitários deverão ser de primeira linha, qualquer que seja o
fabricante, ficando a critério da Fiscalização, o aceite ou recusa da peça. Os vasos
sanitários serão com caixa acoplada.

As colunas de esgoto, inclusive de ventilação e as suas derivações correrão embutidas


nas alvenarias e rebaixos de pisos. As cavas abertas no solo para assentamento das
canalizações só poderão ser fechadas após a verificação e liberação pela Fiscalização
das condições das juntas, tubos, proteção dos mesmos e níveis de declividade.
As declividades indicadas nos projetos serão consideradas como mínimas, devendo-se
efetuar uma verificação geral dos níveis. Os equipamentos sanitários deverão ser
assentes com a mais absoluta estanqueidade, obedecidas rigorosamente as posições
relativas constantes em projeto.

As canalizações serão submetidas à prova de estanqueidade e impermeabilidade,


conforme disposto na NBR-8160/99.

As extremidades das tubulações serão vedadas com tampões apropriados, até a


montagem dos equipamentos sanitários. Em hipótese alguma será permitido o uso de
buchas de papel ou madeira.
4.14.5. Pisos e Revestimentos
Esta Especificação trata da execução de pavimentações internas e externas dos edifícios.

Os materiais necessários à execução dos pisos serão; cimento, areia, brita, argamassa e
espaçadores.

Os pisos, de acordo com o projeto, poderão constituir-se dos seguintes materiais:


cerâmica esmaltada e anti-derrapante, placas vinílicas, chapas de aço, granitina, rodapés
em cerâmica, soleiras em mármore ou granito.

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Antes da execução dos pisos, deverão ser executados : as instalações de eventuais


eletrodutos e canalizações e o aterro interno, o qual deverá ser convenientemente
apiloado, de modo a constituir uma infra-estrutura de resistência uniforme.

Os pisos, para efeito de aplicação desta Especificação, compreendem:

 Base de concreto simples: O concreto a ser utilizado terá resistência característica


mínima (fck) de 10MPa, salvo indicação contrária em projeto. As superfícies das
bases terão níveis ou inclinações conforme os caimentos fixados para os
revestimentos.

 Cimentado: O cimentado será em argamassa de cimento e areia, no traço 1:3 e


com 3 cm de espessura. A Empreiteira deverá executar o cimentado obedecendo
aos caimentos indicados em projeto para os escoamentos. A superfície da base
deverá ser perfeitamente limpa e suficientemente lavada no momento do
lançamento da argamassa. Após o lançamento, a argamassa será sarrafeada e
desempenada de modo a apresentar uma superfície não muito áspera. O
cimentado será dividido em painéis através da colocação de juntas, conforme
indicado em projeto.

 Piso em porcelanato esmaltado e/ou anti-deerrapante: A Empreiteira deverá utilizar


cerâmica de qualidade extra, nas cores e dimensões indicadas em projeto ou
definidos pela Fiscalização. As peças deverão ser cuidadosamente selecionadas,
eliminando-se todas aquelas que apresentarem defeitos de superfície ou variação
de bitola. A disposição das peças deverá obedecer à indicação de projeto.

 Piso em placas vinílicas (tipo Paviflex ou similar): As placas serão de cor e


dimensões determinadas em projeto. As saliências ou reentrâncias não serão
admitidas, devendo a Empreiteira cuidar para que o piso apresente perfeito
nivelamento e esquadrejamento entre as fiadas das placas. A aplicação das placas
deverá ser efetuada por profissional experiente, de maneira a proporcionar um piso
esteticamente perfeito e duradouro. As placas com cantos defeituosos ou emendas
de qualquer natureza não serão aceitas. As superfícies de piso e das tampas das
canaletas da sala de comando deverão estar em um mesmo plano.

 Tampas para canaletas em chapa de aço: As tampas para canaletas em chapas


corrugadas de aço deverão ser executadas rigorosamente de acordo com o
projeto. Após cortadas as tampas, estas deverão ter suas bordas esmerilhadas
para a eliminação das arestas. Serão recusadas todas as peças com empenos,
corrosão, distorção de formas ou qualquer outro defeito. O corte das tampas
deverá ser efetuado de modo a garantir um encaixe com folga no berço existente
nas bordas das canaletas, não devendo, entretanto, esta folga ser superior a
1,5mm. Os perfis metálicos para apoio das tampas deverão ser fixados nas bordas
das canaletas, de modo que haja um nivelamento daquelas com o piso acabado. A
fixação das cantoneiras deverá seguir o disposto no sub-item anterior.

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 Rodapés e soleiras: Os rodapés e soleiras a serem colocados serão indicados em


projeto, de conformidade com o piso utilizado. Qualquer que seja o material, os
rodapés e soleiras deverão atender às determinações de projeto. Os rodapés em
material cerâmico serão assentados da mesma forma que o piso correspondente.
4.14.6. Instalações Elétricas
Compreende as instalações de luz e força nas edificações, executada rigorosamente de
acordo com o projeto.

A Empreiteira deverá obedecer, além das indicações de projeto e às orientações desta


Especificação, às prescrições da NBR-5410 da ABNT e demais entidades com jurisdição
sobre o assunto.

Os eletrodutos serão em PVC preto, roscável, de marca de qualidade superior e correrão


embutidos em paredes, lajes, pisos ou outros espaços preparados para esta finalidade.

As ligações entre tubos serão por meio de luvas.

As conexões entre tubos e caixas serão efetuadas por meio de arruelas e buchas
apropriadas.

As deflexões serão obtidas por meio de conexões especialmente fabricadas para tal fim.

A Empreiteira poderá executar pequenas deflexões nos tubos de modo a orientá-los para
os pontos de descida na alvenaria, mas será rejeitado todo e qualquer eletroduto que
apresentar redução de seção ou fendas.

As caixas embutidas nas lajes serão firmemente fixadas nas formas e somente poderão
ser abertos os olhais destinados a receber ligações de eletrodutos.

As caixas embutidas nas paredes deverão facear o paramento da alvenaria, mas de modo
a não provocar excessiva profundidade após concluído o revestimento previsto para o
local.

As posições relativas das caixas embutidas na alvenaria em relação ao piso acabado


serão fornecidos em projeto. Em casos omissos, a Fiscalização deverá ser consultada. A
instalação dos condutores será efetuada sem prejuízo do disposto na NBR-5410, após a
execução dos seguintes serviços: limpeza e secagem interna na tubulação,
pavimentações que levem argamassa, telhados ou impermeabilização de cobertura,
assentamento de portas, janelas e vedações que impeçam a penetração da chuva.

O desencapamento de fios para emendas será cuidadoso, só podendo ocorrer nas caixas.

Os fios desencapados serão limpos e revestidos com fita isolante apropriada.

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Quando concluída a fiação, esta deverá ser testada e apresentar uma resistência de
isolamento mínimo de 100 Mohms, entre condutores e entre estes e a terra, não devendo
baixar aquém de 2 Mohms.

Todas as extremidades livres dos tubos serão, antes das concretagens e durante a
construção, convenientemente obturadas, a fim de evitar a penetração de detritos e
umidade.

A Fiscalização fará a verificação da posição dos elementos instalados, assim como do


funcionamento dos mesmos e de todos os circuitos.
4.14.7. Cobertura
A cobertura das edificações deverá ser executada conforme especificado em projeto.

O madeiramento constituir-se-á de peças de madeira, de primeira qualidade, com


resistência adequada e seção transversal indicada no projeto.

A Empreiteira deverá prever a utilização de ferros de espera na laje de cobertura, para


amarração do madeiramento ou braçadeiras para fixação com embuchamento adequado,
conforme orientação de projeto.

O telhado será executado com peças e acessórios de primeira qualidade, conforme


projeto.

Os materiais e acessórios a serem utilizados, deverão ser de acordo com as


Especificação do Fabricante da telha.

A estrutura de cobertura poderá ser substituída por metálica, devendo o projeto ser
previamente aprovado pela CONTRATANTE.

Toda madeira deverá ser primeiramente tratada com produtos fungicidas atóxicos.

Todas as peças deverão ser selecionadas, evitando-se a colocação de peças com


empena, trincas ou cantos quebrados.

A emenda das cumeeiras e terças deverão coincidir com os apoios, de forma a se obter
maior segurança e rigidez da ligação.

Os furos em telhas de fibro-cimento, deverão ser executados com broca, sendo vedada a
perfuração a percussão.

A circulação de pessoal durante a execução da cobertura será sobre tábuas ou chapas


compensadas, nunca sobre as telhas.

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A fixação das peças em fibro-cimento será feita com parafusos providos de arruelas de
alumínio e plástico. Todos os vãos existentes entre os perfis e as vigas de madeira
deverão ser convenientemente vedados.

A Empreiteira deverá obedecer rigorosamente às inclinações do telhado, previstos em


projeto ou recomendadas pelo fabricante, de modo a garantir perfeito encaixe de todos os
elementos.
4.14.8. Sistema de Águas Pluviais
O sistema de águas pluviais compreende um conjunto de dispositivos necessários para o
recolhimento das águas pluviais provenientes da cobertura e sua condução rápida e
segura para os coletores de drenagem existentes ao longo da periferia, junto ao passeio
dos edifícios.

Os materiais necessários à execução dos sistemas de águas pluviais, inclusive


impermeabilização, seguirão as orientações de projeto.

O sistema de águas pluviais deverá ser construído rigorosamente conforme projeto.

As calhas deverão apresentar declivídade uniforme, orientadas para as coletoras e ralos.

As concordâncias de telhados com paredes serão guarnecidas por rufos de chapas


galvanizadas.

Os rufos e calhas deverão ser fabricados com o devido cuidado, a fim de não ocorrerem
desencontros nas extremidades das peças, por falha no dimensionamento e rasgos nas
dobras, provenientes de dobramento inadequado.

As peças que compõem os rufos e calhas deverão ser unidas com um trespasse mínimo
de 5 cm, rebitadas a cada 20 cm ao longo do desenvolvimento transversal da peça e
soldadas por completo, em toda a emenda.

As calhas e os rufos deverão ser fixados com parafusos, incrustando-se, na laje de


cobertura ou alvenaria, através de embuchamento, a critério do projeto. Todas as dobras
dos rufos e calhas, bem como os pontos de fixação, deverão ser protegidos com tinta
antiferruginosa, metálica, na cor alumínio.

Os ralos e grelhas deverão adaptar-se perfeitamente aos condutores e terão rebordo


apropriado que permita a vedação. As grelhas serão adaptadas às canaletas, calhas, etc.,
de acordo com as indicações de projeto.

Todos os pontos possíveis de infiltrações de água ou detritos em paredes e tetos deverão


ser examinados pela Empreiteira, que fará os devidos reparos e impermeabilizações.

A liberação dos serviços será precedida por testes de estanqueidade.

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A Empreiteira deverá examinar as concordâncias de todos os elementos que constituem


os rufos e calhas e corrigir os arremates.
4.14.9. Esquadrias Metálicas
As esquadrias metálicas (janelas, portas, portões e outros) deverão ser rigorosamente
conforme projeto, independente do material utilizado na sua fabricação.

Os materiais destinados à fabricação de esquadrias deverão obedecer ao especificado no


projeto.

As esquadrias deverão ser assentadas com a maior perfeição.

As peças que apresentarem imperfeições, serão recusadas.

A Empreiteira deverá cuidar para que as esquadrias metálicas sejam fabricadas em


material novo, limpo, perfeitamente desempenado, sem nenhum defeito de fabricação e,
ainda, com os perfis de materiais indicados em projeto. As esquadrias, uma vez armadas,
deverão ser marcadas de modo a permitir a fácil identificação e assentamento nos
respectivos locais.
As chapas e perfis empregados na confecção das esquadrias deverão ser submetidos a
um tratamento preliminar antioxidante.

Os quadros serão perfeitamente esquadrados, terão todos os ângulos ou linhas de


emenda soldados, bem esmerilhados ou limados de modo a desaparecem as rebarbas e
saliências de solda.
Todos os furos para rebites ou parafusos serão escariados e as asperezas limadas.
As ferragens serão inteiramente novas, em perfeitas condições de funcionamento e
acabamento.

A localização das esquadrias será realizada com precisão, de modo a se evitarem


discrepâncias de posição ou diferenças de níveis facilmente perceptíveis.

Os acessórios para manobras, serão aqueles integradas em obediência aos respectivos


desenhos de projeto. Os portões, tanto para pedestres como para veículos, deverão ser
construídos rigorosamente conforme o respectivo projeto.

A Empreiteira será inteiramente responsável pelo prumo e nível das esquadrias e pelo seu
funcionamento perfeito, depois de definitivamente fixadas. Os chumbadores serão
solidamente fixados à alvenaria ou ao concreto, com argamassa de cimento e areia, ou
por outro processo, desde que aprovado pela fiscalização.

O controle dos serviços de assentamento de esquadrias será feito por apreciação visual.

Todos os vãos envidraçados expostos às intempéries serão submetidos à prova de


estanqueidade por meio de jato de mangueira d’água sob pressão.

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4.14.10. Revestimentos e Impermeabilizações


Os revestimentos de que trata esta Especificação terão a finalidade de proporcionar
efeitos estéticos ou de proteção dos edifícios.

A Empreiteira deverá executar rigorosamente os revestimentos determinados em projeto


para cada parede interna ou externa, teto ou laje de cobertura da edificação.

Os materiais básicos para revestimento constituir-se-ão de cimento, cal, areia e cerâmicas


esmaltadas.

A Empreiteira, antes de dar início aos revestimentos, deverá observar as seguintes


recomendações:

 Oos revestimentos serão executados por pessoal especializado;

 As superfícies deverão ser limpas e abundantemente molhadas;


 As argamassas que apresentarem vestígios de endurecimento não devem ser
aplicadas;

 Os revestimentos somente poderão ser iniciados após acompleta pega das


argamassas de assentamento da alvenaria e tubulações embutidas;

 As superfícies deverão apresentar-se completamente desempenadas.

Os revestimentos comumente utilizados em Edifícios de Subestações deverão obedecer,


além das determinações de projeto, as seguintes instruções:
 Chapisco: As superfícies destinadas a receber outro tipo de revestimento deverão
ser chapiscadas com argamassa, traço 1:3, de cimento e areia grossa.

 Emboço: Os emboços serão iniciados após a completa pega dos chapiscos. As


superfícies emboçadas deverão apresentar um aspecto aderente e rigorosamente
desempenadas. As argamassas para execução de emboços serão elaboradas com
cimento, cal e areia, no traço indicado em projeto. A espessura do emboço não
deverá exceder a 20 mm.

 Reboco Paulista: O reboco paulista corresponde a um revestimento único de


argamassa, em traço conveniente de cimento, areia fina, e aditivos para melhoria
da trababilidade, rigorosamente desempenado e com espessura máxima de 25
mm.

 Revestimentos Cerâmicos: Os revestimentos cerâmicos serão de 1ª qualidade,


sendo descartados aqueles que denotarem defeitos de superfície, discrepância de
bitola ou empeno. O revestimento será executado por profissional experiente e
capacitado a realizar um serviço esmerado e durável. O assentamento deverá ser
feito com argamassa de 1ª qualidade. A colocação deverá ser feita de modo que as

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bordas tenham espessura constante e de acordo com instruções do fabricante. As


peças cortadas não deverão apresentar rachaduras nem emendas. As bordas de
corte deverão ser esmerilhadas de forma a se apresentarem lisas, com arestas
vivas e perfeitas. O rejuntamento será feito com material flexível, de espessura e
coloração adequadas. A Empreiteira deverá efetuar rigoroso controle de prumos e
níveis do paramento, recusando os assentamentos que não apresentarem
arremate perfeito, especialmente na concordância das peças com o teto e,
eventualmente, com o piso.
4.14.11. Vidros
Os vidros serão sempre planos, lisos ou do tipo fantasia, canelados ou martelados,
conforme o fim a que se destinem, e obedecerão às seguintes prescrições:

 Deverão ser de primeira qualidade, sem bolhas ou falhas e de espessura definida


em projeto e constante;

 Não deverão ficar em contato direto com a ferragem dos caixilhos metálicos e
serão fixados aos mesmos por baguetes de ferro ou massa;

 Deverá ser evitado o corte no local da construção;

 Serão asseguradas folgas entre os vidros e os caixilhos, conforme especificado


nas normas;

 Ao término da colocação dos vidros, deverá ser feita a limpeza cuidadosa,


removendo o excesso de massa aderente à superfície do vidro e os caixilhos.
4.14.12. Pintura
Sempre que houver superfícies a pintar, estas deverão estar secas, cuidadosamente
limpas e convenientemente preparadas para o tipo de pintura que receberão. Deverão ser
tomadas precauções contra a poeira durante os trabalhos, até que as tintas sequem
completamente.

Cada demão de tinta somente poderá ser aplicada quando a precedente, seja de tinta ou
de massa, estiver perfeitamente seca, sendo conveniente guardar um intervalo de vinte e
quatro horas, no mínimo, entre demãos sucessivas, salvo indicação em contrário do
Fabricante da tinta. Para demãos sucessivas de massa, o intervalo conveniente será de
quarenta e oito horas.

Os trabalhos de pintura em locais precariamente abrigados ou a descoberto serão


interrompidos enquanto chover.

Serão tomados cuidados especiais para evitar que a tinta salpique em superfícies não
destinadas à pintura, tais como concreto aparente, vidros, ferragens, metais, madeira, etc;
quando não for possível evitar, remover a tinta enquanto úmida.

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Todas as superfícies de ferro que não vierem da fabricação com tinta protetora anti-
ferruginosa, serão convenientemente lixadas, escovadas, limpas e preparadas de modo a
não ficar com manchas de ferrugem. Receberão, então, duas demãos de fundo anti-
ferruginoso, previamente aprovado pela Fiscalização. Somente então poderá ser
procedida a pintura das peças. Salvo onde especificado, ou por autorização da
Fiscalização, serão empregadas unicamente tintas já preparadas em fábrica e colocadas
na obra em sua embalagem original intacta.

Todas as pinturas com tintas preparadas, como: zarcão, óleo, esmalte, verniz, grafite,
PVA base látex, e outras indicadas nesta Especificação Técnica, serão executadas
conforme instruções dos Fabricantes e de um modo geral obedecerão às seguintes
disposições:
 Todas as tintas serão de primeira qualidade e de Fabricantes conceituados,
conforme indicações de projeto ou previamente aprovados pela Fiscalização.

 Todas as tintas serão rigorosamente agitadas dentro das latas ou baldes e


periodicamente mexidas com ferramenta apropriada e limpa, para assegurar a
homogeneidade da mistura.

 As tintas somente poderão ser afinadas ou diluídas com solventes apropriados e de


acordo com as instruções do respectivo Fabricante.

 Sempre haverá limpeza prévia e completa das superfícies, com remoção de


manchas de óleo, graxas, mofos e outras porventura existentes.

 Em todas as superfícies de ferro e de madeira, também nas demais recomendadas


pelo Fabricante, haverá lixamento preliminar a seco e posterior espanamento.

 Massas e "primers" serão aplicados também em obediência às instruções dos


Fabricantes.

 As superfícies externas e internas serão pintadas nas cores e tipos constantes em


projeto.

 Em obras de Subestações, a última demão deverá ser aplicada após a conclusão


da montagem eletromecânica (equipamentos e painéis) dentro da Sala de
Comando.
4.14.13. Sistema de Abastecimento de Água
Quando não houver rede pública próxima à Subestação, deverá ser previsto o sistema de
captação d'água que constituir-se-á de: poços (cisterna), bomba, conjunto elevatório, rede
de abastecimento de água e reservatório.

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Os poços de que trata esta Especificação limitar-se-ão à captação de água proveniente de


aquífero próximo à superfície. O poço aqui referido poderá ser aquele perfurado para
atender o consumo durante a execução da obra.

A localização de poço de captação de água será definida por ocasião da instalação do


canteiro de obras, em posição estratégica. O ponto escolhido dentro da Subestação para
escavação do poço deverá situar-se, de preferência, em local oposto aos dispositivos de
recolhimento ou passagem de águas servidas da Casa de Comando.

Em qualquer caso, situar-se-á em local a uma distância superior a 20 (vinte) metros da


fossa séptica e sumidouro.

 O diâmetro do poço será de 1,20m.

 O poço deverá ser escavado obedecendo-se rigorosamente a verticalidade. A


profundidade final deverá alcançar 1,00m abaixo do nível d’água.

 Os materiais retirados da escavação deverão ser depositados à distância não


inferior a 50 cm da borda do poço.

 Na hipótese da ocorrência de solo de alteração de rocha ou matacão de grandes


proporções, dificilmente removíveis ou desagregáveis, ou rocha sã, a escavação do
poço deverá ser interrompida e o fato imediatamente comunicado à Fiscalização.

 O poço deverá ser revestido com tubos (anéis) de concreto armado.

 O revestimento em anéis de concreto armado deverá ter as juntas acima da lâmina


d'água revestidas com argamassa de cimento e areia, traço 1:3.

As instalações hidráulicas do conjunto elevatório (motor-bomba e acessórios, inclusive


tubulações e conexões) deverão seguir as recomendações do Fabricante e atendendo a
altura manométrica.
A Empreiteira deverá executar a tampa do poço de acordo com indicação do projeto
específico.

A Empreiteira deverá locar e executar a rede de abastecimento de água conforme projeto


específico.

As valas para execução da rede deverão apresentar uma profundidade de 80cm e largura
de 30cm, acrescidas do diâmetro do tubo.

O fundo da vala deverá ser devidamente regularizado e fortemente apiloado.

Os tubos deverão ser convenientemente ligados às conexões na superfície, de modo a


garantir perfeita estanqueidade e posicionados no fundo da vala com o máximo cuidado.

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A Fiscalização deverá liberar a rede de abastecimento através de teste hidráulico, antes


do reaterro das valas.

O reaterro deverá ser feito conforme especificado para tubulações de drenagem, de forma
a não provocar danos na rede.

4.15. Drenagem de Águas Pluviais

Deve ser adotado para a drenagem sub-superficial do pátio um projeto composto


basicamente, sempre que possível, de drenos contínuos executados em valas com
manilhas de concreto, PVC ou cerâmica (barro vidrado), furados, tubos PEAD, caixas de
passagem, bocas de lobo, poços de infiltração, caixas de passagem com grelha para
captação de água e calhas. Nos locais onde não houver espaço para a instalação de
drenos, deverão ser projetados caimentos no terreno em direção a caixas ou valas
coletoras. Em todos os casos, os caimentos deverão ser de 0,5% no mínimo e todos os
elementos deverão estar ligados à rede geral de drenagem e plenamente integrados com
os projetos de fundações, dutos e canaletas.

O detalhamento será feito no projeto executivo devendo ser apresentada a memória de


cálculo de dimensionamento. O sistema de drenagem deverá prever, quando houver,
ligação com a rede pública de águas pluviais, ou outra solução que não afete a vizinhança
da subestação.

As canaletas de cabos deverão ter seu fundo projetado com uma declividade mínima de
0,3% em direção a ralos convenientemente dispostos e conectados à rede geral.

4.16. Vias Internas, Acesso e Urbanismo

Com base no Arranjo Físico, será elaborada a Urbanização, na qual serão contemplados:
 Muro de vedação com 2,5 m de altura delimitando todo o perímetro da SDAT. Esse
possuirá estrutura aparente em concreto armado e fechamento com bloco de
concreto também aparente. Deverá ainda ser instalada concertina dupla sobre o
muro e o portão;

 Portão para veículos com duas folhas com comprimento total de 6,00 m e 2,5 m de
altura, e também deverá possuir concertina dupla;

 Para segurança do pessoal, todas as cercas, alambrados, portões e concertinas


devem ser aterrados e conectados à malha de terra da subestação.

 Deverá ser seccionada toda cerca ou muro em locais onde acima destes esteja
prevista a passagem de linhas de transmissão e de linhas de distribuição;

 Calçada externa em concreto na parte frontal do terreno;

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 Vias de acesso e estacionamento com pavimento em blocos intertravados tipo


paver, cor natural com espessura de 10cm;

 Na região dos equipamentos e casa de controle, deverá ser executado um


pavimento com blocos intertravados tipo paver, cor natural com espessura de 8cm
ou a área poderá ser britada com uma altura mínima de 10cm;

 A área prevista para ampliação futura deverá ser protegida com grama, cuja
espécie deve ser de baixo crescimento e que impossibilite o surgimento de pragas;

 Existirá passeio interno, em concreto, ao redor da casa de comando;

 Ao redor de toda o muro será instalado sistema de monitoramento por câmeras


(CFTV), o qual deverá ser compatível com o sistema de telecomunicações
implantado;

 Deverá ser instalado sistema de proteção contra intrusão para segurança da


subestação.

As vias destinadas ao tráfego de veículos para transporte de equipamentos pesados


deverão ter características (largura, raio de curva, declividade máxima, carga por eixo,
etc.) fixadas de acordo com os requisitos da proprietária da subestação e, na falta destes,
de acordo com os veículos e peso dos equipamentos a serem transportados.

As faixas destinadas ao tráfego de veículos para transporte de equipamentos de menor


porte, como componentes de disjuntores e secionadores, TPC’s, TC’s e para-raios,
deverão também obedecer os critérios existentes e, na sua falta, ter largura mínima de
2,5m, dimensionadas para suportar cargas de até 5tf (50 kN), por roda.

Em ambos os casos, devem se fixar, no projeto, afastamentos adequados em relação às


partes vivas dos equipamentos, quando seja permitida a passagem de veículos sem
desenergização prévia.

Para o dimensionamento da base da pavimentação, deverão ser feitos ensaios de Índice


Suporte Califórnia (CBR) em pontos pré-determinados das camadas superficiais do
greide.

Todas as vias projetadas deverão ter seção transversal abaulada, com caimento mínimo
de 1% para as sarjetas e caimento mínimo longitudinal de 0,5% da linha de sarjeta no
sentido dos bueiros.

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4.17. Sistema de Combate a Incêndio

O sistema de combate a incêndio será composto por extintores com capacidades e


propriedades adequadas ao tipo de chama característico de cada área a ser protegida.
Nestas áreas destacamos os seguintes locais: Casa de Comando e Pátio da Subestação
(com especial atenção para os transformadores de força). As unidades instaladas fora da
Casa de Comando serão providos de abrigos removíveis e apropriados para instalação ao
tempo.

4.18. Sistema de Captação e Armazenamento de Óleo

Será construído um sistema de capitação e armazenamento de óleo isolante dos


transformadores, composto de: bacias de captação localizadas abaixo dos
transformadores de potência, caixa separadora de óleo de concreto armado e dutos
metálicos para interligação. Os projetos deverão ser desenvolvidos pela contratada.

4.19. Abrigo para Serviços Auxiliares

O abrigo poderá ser construído com estrutura em concreto armado e fechamento em


alvenaria convencional, ou com a utilização de alvenaria estrutural. A cobertura deverá ser
executada em concreto armado e os portões e tela divisória confeccionados com
tubulação de aço galvanizado e tela metálica galvanizada malha de 25mm e fio f 2,8mm.

O projeto a ser desenvolvido pelo contratado deverá contemplar projeto estrutural, projeto
de fundação, dois pontos de luz e dois pontos de tomada.

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5. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTOS E MONTAGENS


ELETROMECÂNICAS

A CONTRATADA deverá elaborar os projetos executivos de acordo com as boas práticas


da engenharia, critérios de elaboração de projetos ENEL, as normas nacionais e
internacionais e os Procedimentos de Rede do ONS.

Os projetos eletromecânicos a serem fornecidos pela CONTRATADA deverão conter:

 Memorial de Cálculo do Barramento Aéreo;


 Planta Geral Elétrica;
 Cortes;
 Planta da Malha de Terra;
 Memorial de Cálculo da Malha de Terra;
 Medição e Relatório de Resistividade do Solo;
 Planta de Iluminação e Tomadas Externas;
 Memorial de Cálculo de Iluminação e Tomadas Externas;
 Detalhes de Montagem da Iluminação;
 Planta de Eletrodutos e Canaletas de Pátio;
 Diagrama de Esforços Isométrico;
 Memorial de Cálculo de Esforços;
 Planta de Proteção Contra Descargas Atmosféricas;
 Memorial de Cálculo do SPDA;
 Detalhes de Montagens dos Equipamentos Primários;
 Listas de Materiais Global da obra;
 Qualquer projeto necessário para a execução da Subestação em questão.

A CONTRATADA deverá entregar a Programação de Entrega de Desenhos e Requisões


(PEDER), devidamente preenchida com as informações mínimas tais como: número do
documento, título, revisão inicial e data prevista para entrega. A PEDER deverá ser
validada pelo CONTRATANTE antes do envio de qualquer documento para aprovação.

A CONTRATANTE poderá ainda excluir e incluir documentos na PEDER mesmo após a


aprovação inicial do mesmo.

5.1. Equipamentos

Os equipamentos primários serão de fornecimento da ENEL (módulos híbridos, para-


raios, transformadores de potencial, transformadores de corrente, chaves seccionadoras,
disjuntores, transformador de força, bobina de bloqueio, transformador de serviços
auxiliares, banco de capacitores, geradores, banco de baterias e demais equipamentos de
pátio).

Os desenhos dos equipamentos serão disponibilizados a CONTRATADA quando da fase


de elaboração dos projetos executivos.

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As características elétricas principais dos equipamentos estão contidas na “Lista de


Equipamentos” da subestação, que faz parte do conjunto de documentos desta licitação.

Os transportes dos equipamentos primários são de responsabilidade da CONTRATADA


desde o almoxarifado ENEL (Goiânia) até seu destino final de instalação. Qualquer
danificação nos equipamentos, durante o transporte, será de responsabilidade da
CONTRATADA.

5.2. Aterramento

O sistema de aterramento deverá compreender a malha de aterramento completa e todas


as conexões (rabichos) das instalações referentes a esta implantação ou ampliação,
visando estabelecer as condições adequadas à correta operação dos componentes
elétricos, como também a segurança ao pessoal e instalações sobre influência da malha
de aterramento da subestação.

A malha de terra deverá cobrir toda a área energizada da subestação, incluindo edifício de
comando e área de filtros de harmônicos / banco de capacitores.

Deverá ser executada uma camada de brita com no mínimo 10 cm, cobrindo a área
energizada do pátio.

As conexões tais como cruzamentos, junções e ligações às hastes, deverão ser do tipo
soldado (exotérmico), excetuando-se as feitas aos terminais dos equipamentos, que serão
do tipo aparafusado.

A cerca metálica ou muro periférico da subestação deverão ser aterrados a cada 10,0 m,
aproximadamente, por intermédio de cabo de cobre nu;

A cerca metálica ou concertina do muro deverá ser seccionada, conforme indicação em


projeto executivo, a cada 30m máximo;

O sistema de aterramento deverá ser efetuado com o emprego de cabos de cobre


conforme indicado nos desenhos de aterramento, sendo os materiais necessários (cabos
e conectores), de fornecimento e ônus da CONTRATANTE.

O cabo deverá ser instalado em valetas com profundidade de 0,60 m ou conforme


orientações do projeto executivo e reaterrado com material escavado, devidamente
compactado em camadas de no máximo 20 cm.

Durante a operação de compactação deverão ser rejeitadas as camadas de terra que


contenham matéria orgânica.

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A instalação do sistema poderá ser manual ou mecanizada, precedida de uma meticulosa


verificação das condições de instalação dos elementos de aterramento, que não deverão
apresentar danos.

Para minimizar as interferências quando da circulação de correntes de falta para a terra e,


para garantir o atendimento aos requisitos de projeto, devem ser consideradas as
seguintes medidas:

 Todos os aterramentos devem ter o menor comprimento possível, principalmente


para TPCs;
 As conexões à malha de terra devem ser feitas o mais próximo possível dos
cruzamentos;
 Os condutores reservas dos cabos de controle, blindados ou não, deverão ser
aterrados;
 Os neutros dos secundários de TCs e TPs deverão ser aterrados nos painéis, junto
com as blindagens dos cabos;
 É conveniente que os vértices da malha da subestação sejam chanfrados (raio de
2m) e complementados por hastes de aterramento de aço cobreadas;
 Além das hastes de aterramento para os cantos da malha, deverão ser instaladas
hastes de aterramento para os para-raios, resistor de aterramento, descidas do
sistema de proteção contra descargas atmosféricas e próximas às caixas de
comando dos disjuntores;
 Deverá ser executado sub malha de aterramento para os comandos das
seccionadoras, conforme indicações em projetos executivos.

As medições de resistência do sistema, se solicitados à CONTRATADA, deverão ser


efetuadas com aparelhos próprios da CONTRATADA, os quais deverão estar
devidamente aferidos.

Quando do início dos serviços, a CONTRATADA deverá apresentar, à Fiscalização, o


Certificado de Aferição desses aparelhos devidamente atualizados, expedidos por
empresas especializadas e idôneas.

5.3. Estruturas do barramento aéreo

As estruturas suportes de barramentos e equipamentos deverão ser metálicas ou em


concreto, conforme projeto executivo e padrão da subestação.

A montagem das estruturas deverá ser efetuada por meio de guindastes. Durante a
montagem das estruturas, suas partes deverão ser suspensas por meio de cabos de aço,
com capacidade suficiente, devendo as partes de contato entre as estruturas e os cabos
de aço ser devidamente protegidas a fim de evitar danos.

Os esforços a que poderão ser submetidas às estruturas ou parte delas, durante a


montagem, deverão ser menores que aqueles previstos nos diagramas de esforços.

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Todos os alinhamentos, verticalidade, flechas e contra-flechas das estruturas deverão


atender às condições de projeto, atendimento esse verificado com dispositivos de
precisão comprovada.

Depois de terminada a montagem das estruturas, reapertos, montagem de todos os


acessórios dos barramentos, cabos condutores, cabos para-raios, etc., deverá ser feita
uma inspeção detalhada do estado das estruturas.
5.3.1. Estruturas metálicas
Todas as peças estruturais, incluindo parafusos, porcas e arruelas, deverão ser
devidamente organizadas no canteiro de obras de forma a protegê-las adequadamente
contra empenos ou outros danos, bem como, facilitar a identificação por suas marcas,
permitindo uma melhor agilização nos serviços de montagem.

Nenhuma estrutura metálica poderá ser montada nos 21 (vinte e um) dias seguintes à
concretagem das fundações.

As estruturas poderão ser instaladas por pré-montagem no solo e levantadas para a


posição definitiva em seções sucessivas, ou então, poderão ser montadas no lugar por
elementos individuais. Se forem assentadas por montagem em seções, não menos de
50% dos parafusos necessários deverão ser colocados em cada seção, antes de iniciada
a instalação seguinte.

Para suspensão das partes das estruturas não poderão ser soldadas peças adicionais
nem suprimidas peças componentes das estruturas.

A utilização de solda elétrica e/ou maçaricos de cortes e solda somente poderá ser
efetuada quando constante no projeto.

Após a montagem de cada parte da estrutura metálica, essa deverá receber todas as
chapas de união e parafusos com as respectivas arruelas e porcas previstas no projeto,
antes que a parte seguinte seja montada.

Deverá ser observado que os parafusos deverão ser colocados de maneira que as suas
respectivas porcas estejam sempre do lado externo da estrutura.

Imediatamente após o término da montagem da estrutura e feitas às verificações acima


citadas, toda a estrutura deverá ser reapertada em todos os seus parafusos. Após esse
reaperto, deverá ser feita nova verificação dos alinhamentos, verticalidades, etc.

Nos locais da estrutura em que houver danos à galvanização, devido ao transporte, carga,
descarga ou manuseio da estrutura, após sua retirada do pátio das estruturas, a
CONTRATADA deverá substituir as peças cuja galvanização esteja danificada, ou
regalvanizá-las.

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A galvanização deverá ser à quente e deverá estar de acordo com as especificações


ASTM A123 E A153. As peças deverão atender às condições de imersão estabelecidas
no teste PREECE, padrão ASTM A239. Não deverá permanecer excesso de zinco nas
roscas, nos furos, nas extremidades e nas áreas de contato.

Caso sejam requeridos novos furos na estrutura, a superfície de aço exposta deverá ser
desengordurada, lixada e pintada, com duas demãos de tinta epoxi-mastic de dois
componentes, pigmentada com alumínio, com 70 µm de espessura de película seca por
demão.
5.3.2. Estruturas de concreto
As estruturas deverão ser em concreto armado, pré-moldado ou in-loco, dimensionados
de acordo com o diagrama de esforços das estruturas.

As ferragens para fixação das cadeias de isoladores e cabos para-raios deverão ser
fornecidas com comprimento compatíveis com as dimensões das estruturas de concreto
da subestação.

O capitel deverá possuir dimensões e furações compatíveis com o projeto executivo do


equipamento. As ferragens para fixação dos equipamentos nos suportes pré-moldados
deverão ser fornecidas com comprimento compatíveis com as dimensões de suas
respectivas estruturas.

5.4. Barramentos

Os barramentos da subestação terão as seguintes caraterísticas elétricas, de acordo com


cada setor:
 Setor de 138 kV:
o Tensão nominal – 138 kV;
o Tensão máxima do sistema – 145 kV;
o NBI – 550 kV;
o Icc máxima dos equipamentos – 31,5kA.

 Setor de 69 kV:
o Tensão nominal – 69 kV;
o Tensão máxima do sistema – 72,5 kV;
o NBI – 350 kV;
o Icc máxima dos equipamentos – 31,5kA.

 Setor de 34,5 kV:


o Tensão nominal – 34,5 kV;
o Tensão máxima do sistema – 38 kV;
o NBI – 200 kV;
o Icc máxima dos equipamentos – 31,5kA.

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 Setor de 13,8 kV:


o Tensão nominal – 13,8 kV;
o Tensão máxima do sistema – 15 kV;
o NBI – 110 kV;
o Icc máxima dos equipamentos – 31,5kA.

Os condutores dos barramentos aéreos e interligação com os equipamentos deverão


seguir as definições da tabela abaixo.
Setor 138kV
Máximo fluxo de
Seção Nº de
Tipo de condutor potência (MVA)
(kcmil) condutores
Etapa final da SE
CAA 397,5 até 66,0 1
CAA 397,5 66,0 a 190,0 2
Tubo Alum. Sch 40 4” até 315,0 1
*Nota: definições válidas para temperatura ambiente de 30ºC e temperatura de operação do condutor em
70ºC, para valores fora dessas faixas, deverão ser apresentados memorial de cálculo específico do
barramento aéreo.

Setor 69kV
Máximo fluxo de
Seção Nº de
Tipo de condutor potência (MVA)
(kcmil) condutores
Etapa final da SE
CAA 397,5 até 60,0 1
CAA 397,5 60,0 a 120,0 2
CAA 266,8 até 40,0 1
CAA 266,8 40,0 a 80,0 2
Tubo Alum. Sch 40 4” até 315,0 1
*Nota: definições válidas para temperatura ambiente de 30ºC e temperatura de operação do condutor em
70ºC, para valores fora dessas faixas, deverão ser apresentados memorial de cálculo específico do
barramento aéreo.

Setor 34,5kV
Máximo fluxo de
Seção Nº de
Tipo de condutor potência (MVA)
(kcmil/AWG) condutores
Etapa final da SE
Somente pingado de
CAA 2/0 1
PR/ TSA/ TP
CAA 4/0 até 15,0 1
CAA 397,5 15,0 a 30,0 1
Tubo Alum. Sch 40 2 1/2” até 63,0 1
*Nota: definições válidas para temperatura ambiente de 30ºC e temperatura de operação do condutor em
70ºC, para valores fora dessas faixas, deverão ser apresentados memorial de cálculo específico do
barramento aéreo.

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Setor 13,8kV – Condutores nus


Máximo fluxo de
Seção Nº de
Tipo de condutor potência (MVA)
(kcmil/AWG) condutores
Etapa final da SE
Somente pingado de
CAA 2/0 1
PR/ TSA/ TP
CAA 4/0 até 6,0 1
CAA 397,5 6,0 a 12,0 1
Tubo Alum. Sch 40 2 1/2” até 40,0 1
Tubo Alum. Sch 40 4” 40,0 a 63,0 1
*Nota: definições válidas para temperatura ambiente de 30ºC e temperatura de operação do condutor em
70ºC, para valores fora dessas faixas, deverão ser apresentados memorial de cálculo específico do
barramento aéreo.

Setor 13,8kV – Condutores isolados


Instalação em canaleta Instalação em dutos (trifólio)
Seção Máximo fluxo de Máximo fluxo de
Tipo de condutor Nº de Nº de
(mm²) potência (MVA) potência (MVA)
condutores condutores
Etapa final da SE Etapa final da SE
95,0 5,0 1 - -
150,0 - - 5,0 1
185,0 16,0 2 16,0 3
240,0 25,0 3 - -
XLPE 105ºC
300,0 - - 16,0 2
(8,7/15kV) - Alum.
400,0 - - 25,0 3
500,0 40,0 3 - -
630,0 - - 40 4
630,0 63,0 4 - -
50,0 5,0 1 - -
120,0 - - 5,0 1
150,0 16,0 2 16,0 3
240,0 25,0 2 - -
XLPE 105ºC 300,0 - - 16,0 2
(8,7/15kV) - Cobre 300,0 - - 25,0 3
300,0 40,0 3 - -
500,0 - - 40,0 4
630,0 40,0 2 - -
630,0 63,0 3 - -
*Nota: definições válidas para temperatura ambiente de 30ºC e temperatura de operação do condutor em
70ºC condutor XLPE 105ºC isolação 8,7/15kV, para valores fora dessas faixas, deverão ser apresentados
memorial de cálculo específico do barramento aéreo.

A instalação dos barramentos flexíveis e rígidos deverá obedecer rigorosamente às


indicações de projeto.

As cadeias de isoladores deverão ser montadas no chão, e posteriormente içadas para as


respectivas vigas das estruturas suportes, sem os anéis. Após a montagem das cadeias,
ainda no chão, as “cupilhas” de cada isolador componente deverão ter as pontas
ligeiramente abertas, para melhor fixação e evitando-se possíveis quedas.

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Quando da fixação das cadeias nas respectivas estruturas deverá ser observado que
todos os isoladores tenham as aberturas, onde são alojadas as “cupilhas”, voltadas para
baixo. Os anéis deverão ser montados somente após as cadeias estarem fixadas nas
estruturas suporte.

Os barramentos flexíveis e ligações entre equipamentos utilizando cabos condutores


deverão ser executados conforme os detalhes específicos de projeto.

Os barramentos deverão ser instalados antes de serem montados os equipamentos que


lhes fiquem por baixo.

Não deverão ser aceitas emendas ou reparos nos cabos dos barramentos.

Para a retirada dos cabos das respectivas bobinas, as mesmas deverão ser apoiadas
sobre cavaletes através de eixos metálicos que passarão pelo centro das bobinas, em
furos existentes para tal fim. Em nenhuma hipótese será permitido desenrolar o cabo com
a bobina apoiada sobre suas faces laterais.

Ao ser desenrolado o cabo da bobina, a mesma deverá girar livremente sobre o eixo.
Durante o processo de retirada do cabo da bobina, não será permitido o contato do cabo
no solo, devendo ser feita a retirada com o cabo correndo sobre pequenos cavaletes de
madeira colocados a distâncias regulares. Os cavaletes deverão ter suas partes
horizontais, que estarão em contato com os cabos, ligeiramente arredondados e deverão
ser presos ao solo para que não venham a tombar.

À medida que os cabos forem sendo retirados das bobinas, deverão ser inspecionados,
não podendo ser utilizado cabo que apresentar qualquer defeito aparente.

Antes de se efetuar o corte de qualquer cabo, deverão ser colocadas fitas nos dois lados
da região a ser cortada. O corte deverá ser efetuado com tesoura hidráulica ou por meio
de serras manuais. As fitas deverão ser colocadas de preferência através de maquinetas
próprias evitando-se dessa maneira que o encordoamento do cabo seja danificado ou se
afrouxe.

Todos os cabos a serem usados nos barramentos e nas derivações deverão ser pré-
tensionados, com a utilização de tensores e dinamômetros com capacidades suficientes e
em local apropriado, antes de serem cortados e instalados definitivamente.

O cabo deverá ser pré-tensionado em 50% da tensão estipulada na tabela de flechas e


tensões para cada vão, devendo permanecer nesta situação por dois dias após o que
deverá ser cortado, preparado e instalado de acordo com o projeto.

Os grampos e conectores terminais deverão ser à compressão ou aparafusados. Para os


grampos à compressão, na colocação da luva de alumínio, deverá ser observado que a
fita, usada para fixação das camadas, fique fora da borda extrema da luva.

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Ao ser colocado cabo ou alma de aço no interior da respectiva luva e antes de prensá-la,
deverá ser colocada quantidade suficiente de pasta antioxidante. Para se efetuar a
prensagem das luvas deverão ser obedecidas rigorosamente às indicações dos
fabricantes, principalmente quanto à seção final após a prensagem.

Terminada a prensagem das luvas de aço as mesmas deverão ser verificadas se estão
sem curvaturas ou rachaduras ou ainda, defeitos de prensagem. Após a prensagem,
arestas apresentadas deverão ser arredondadas através de lima. As luvas de alumínio
deverão ser prensadas com o maior cuidado, evitando que se curvem.

Após serem devidamente preparados, os cabos deverão ser suspensos e presos às


respectivas cadeias, sendo que para maior facilidade as mesmas deverão ter seus
esticadores abertos a meio curso.

Após a colocação dos cabos nas respectivas cadeias, os mesmos deverão ser colocados
na tensão definitiva indicada nas tabelas de flechas e tensões, a qual deverá ser
verificada através de dinamômetro e tendo as flechas devidamente comprovadas através
de aparelhos topográficos e, somente neste momento, poderão ser colocados os anéis
nas respectivas cadeias. Terminada a montagem dos barramentos, deverão ser
verificados os alinhamentos e verticalidades das estruturas, bem como as flechas e
contra-flechas.

Em complementação aos barramentos flexíveis, deverão ser utilizados tubos como


componentes de barramentos e como meio de ligação entre equipamentos, conforme
requisito de cada projeto especificamente.

Os serviços de montagem dos trechos rígidos compreenderão o corte dos tubos nos
comprimentos adequados, sua fixação nos conectores dos equipamentos e, quando for o
caso, a execução das conexões de emendas dos tubos e de ligações aos cabos
provenientes dos barramentos.

Os tubos de alumínio deverão ser cortados e preparados rigorosamente dentro das


indicações do projeto, para se encaixarem perfeitamente nos conectores dos
equipamentos.

Os tubos deverão ser fornecidos em comprimentos padronizados de fabricação.

Após o corte, os tubos deverão ter suas bordas devidamente acertadas, evitando-se
rebarbas e partes pontiagudas.

Nos pontos de maior deflexão, na face inferior do tubo, deverá ser feito um orifício de
cerca de 5mm de diâmetro para drenagem.

Todas as superfícies de contato dos cabos ou tubos deverão ser cuidadosamente


escovadas, com uma escova de aço, e receber uma camada de pasta antioxidante, a fim
de prevenir a formação de uma nova película de óxido de alumínio.

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Em vãos maiores que 6 metros os tubos deverão ser contra flechados para anularem em
parte a flecha natural. Para atenuação de vibrações dos tubos deverão ser colocados em
seus interiores cabos em número e bitola indicados no projeto.

Na montagem dos barramentos rígidos deverão ser utilizados andaimes tubulares, não
podendo, em hipótese alguma, serem utilizados andaimes de madeira. Esses andaimes
deverão ser, também, utilizados para as ligações primárias, para as pinturas e limpezas,
não sendo permitido que elementos subam através das colunas isolantes de sustentação.

Todas as soldas deverão ser executadas com eletrodo de alumínio, por meio de arco
elétrico protegido por atmosfera de gás inerte, quaisquer que sejam as ligas das peças
soldadas e dos eletrodos.

A preparação das peças para a solda deverá ser de acordo com o tipo de união soldada.
As bordas deverão ser cortadas por processos adequados de usinagem tais como serra,
plaina, fresadora, etc, devendo ser evitado o corte por meio de maçarico ou arco elétrico.

É de responsabilidade da CONTRATADA adotar as distâncias mínimas e de segurança a


serem usadas no projeto da ampliação SE, de acordo com as normas da proprietária da
subestação, em conformidade com as normas brasileiras.

As distâncias mínimas adotadas para cada classe de tensão deverão estar em


conformidade com a tabela abaixo.

Espaçamento Espaçamento
Classe de tensão
Fase-fase (m) Fase-terra (m)
138 kV 3,0 3,0
69 kV 2,0 1,9
34,5 kV 2,0 1,9
13,8 kV 1,0 1,1

As colunas de isoladores deverão ser enviadas à obra, devidamente embalados em uma


ou mais partes, conforme o tipo discriminado no projeto.

Na montagem de qualquer parte da coluna de isoladores a parte seguinte somente poderá


ser montada se a anterior estiver solidamente fixada.

Poderá também ser o mesmo pré-montado no solo e levado completo para sua posição
final.

Após a montagem da coluna isoladora propriamente dita, instalar no seu topo o conector
especificado.

Para a montagem dos IP´s deverão ser utilizados andaimes tubulares, não podendo, em
hipótese alguma, serem utilizados andaimes de madeira. Esses andaimes deverão ser

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também, utilizados para as ligações primárias, para as pinturas e limpezas, não sendo
permitido que elementos subam através das colunas isolantes de sustentação.

O aterramento deverá ser feito conforme o projeto.

5.5. Conectores e Ferragens

Após a execução dos barramentos deverão ser colocados todos os conectores e


espaçadores necessários e indicados no projeto, utilizando-se para isto andaimes
tubulares ou guindastes, com cestas.

Os conectores deverão ser aqueles apropriados para cada tipo de conexão.

Os conectores e espaçadores deverão ter as superfícies que farão contatos com os cabos
e os espaços vazios, devidamente preenchidos com massa antioxidante.

Os conectores e espaçadores deverão receber apertos suficientes para que os contatos


com os cabos e entre suas superfícies sejam perfeitos. As ferramentas e os esforços para
apertos deverão ser aqueles indicados pelos Fabricantes.

Os conectores deverão ser confeccionados em liga de alumínio, liga de cobre ou cobre


estanhado, de acordo com cada finalidade definida em lista de materiais eletromecânica.

5.6. Blindagem contra Descargas Atmosféricas

O arranjo dos cabos para-raios deverá proteger adequadamente os equipamentos e os


cabos condutores contra descargas diretas.

O sistema de blindagem contra descargas atmosféricas da subestação atenderá aos


seguintes requisitos baseados no método de Gilmann Whithead.

Deverá ser capaz de interceptar descargas diretas maiores do que aquelas relativas à
corrente crítica de descarga correspondente ao isolamento suportável pela subestação.

Deverá ser capaz de suportar descargas atmosféricas com correntes inferiores à corrente
crítica de descarga.

A taxa de risco de falha da blindagem deverá ser menor do que uma falha durante o
tempo de utilização da subestação, estimada em 50 anos. Além disso, deve-se assegurar
que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes superiores a 2 kA.

A proteção contra descargas atmosféricas utilizará cabos e hastes para-raios como a


solução básica. O cabo a ser utilizado será de aço galvanizado ø3/8”, tipo "HS", instalados
no topo das estruturas. Deverão ser seguidos os padrões de ancoragem dos cabos para-
raios definidos em projeto detalhado e disposição conforme projeto de proteção aérea.

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Utilização de cabos e hastes fora do padrão definido, deverão ser validados com memorial
de cálculo específico.

Os cabos para-raios deverão sofrer pré-tensionamento e após, colocados em seus locais


definitivos.

O pré-tensionamento deverá ser executado, de modo semelhante ao indicado para os


cabos. Os cabos para-raios deverão ser fixados, através de ferragens próprias, em partes
das estruturas de barramentos, ou em estruturas especialmente executadas para esse
fim.

Em todas as estruturas os cabos para-raios deverão ser ligados às mesmas através de


conectores próprios obedecendo-se às indicações do projeto.

Nos pórticos de entradas e saídas de linha de transmissão os cabos para-raios deverão


ser interligados com os das linhas, através de conectores que possibilitem a abertura dos
mesmos a qualquer momento.

Os cabos para-raios deverão ser fornecidos em bobinas e o estiramento dos mesmos


deverá ser efetuado com todo o cuidado, evitando-se torções.

Condutores, através de dinamômetros e tensores com capacidades suficientes.

Após o lançamento, os cabos deverão ser colocados nas tensões definitivas indicadas no
projeto e devidamente verificadas.

Cabos para-raios de alumínio com alma de aço deverão ter o mesmo tratamento daqueles
do barramento principal.

5.7. Canaletas, Eletrodutos, Caixas de Passagem e Acessórios

No fundo das canaletas deverá ser construído, em cada lado, um cordão de tijolos para
apoio de tubos de PVC rígido, que por sua vez servirão como bandejas de apoio dos
cabos, evitando o contato direto destes com o fundo da canaleta.

No interior das canaletas deverão ser lançados cabos de cobre nu para blindagem dos
cabos de controle, os quais deverão ser conectados à malha de aterramento, a intervalos
regulares. As canaletas deverão ter seção retangular variável, de acordo com a densidade
de cabos.

A CONTRATADA deverá montar todos os eletrodutos, caixas, conexões e acessórios,


embutidos ou não, de acordo com o indicado no projeto ou como determinado pela
Fiscalização.

Os eletrodutos deverão ser cortados perpendicularmente ao seu eixo longitudinal até o fim
e escareados internamente antes da nova rosca. Deverão ser unidos por meio de luvas ou

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uniões, sendo que os eletrodutos flexíveis deverão ser de trechos contínuos, sem
emendas.
Os eletrodutos flexíveis não devem apresentar ondulações ou amassamentos na sua
capa externa e no caso de curvas, o raio mínimo de curvatura deverá ser de 12 vezes o
seu diâmetro externo.

Para o caso de necessidade de cortes nos tubos de ferro galvanizado, estes deverão ser
executados através de serra ou corta-frio, não podendo ser executado em nenhuma
hipótese corte a quente. Após o corte, as bordas do tubo deverão ser devidamente
limadas ou escariadas, para que sejam eliminadas as rebarbas e as superfícies cortantes
ou pontiagudas que poderiam danificar o isolamento dos cabos. Após a montagem, os
filetes de rosca expostos deverão ser desengordurados e receber duas demãos de tinta
epóxi- mastic de dois componentes, pigmentada com alumínio.

Os eletrodutos deverão ser rosqueados, de modo que as extremidades dos mesmos se


toquem no centro das luvas. A quantidade mínima de fios de rosca a ser usada é de cinco
fios. Os eletrodutos deverão ser fixados nas caixas com uma bucha na extremidade.

Onde possível, os eletrodutos metálicos poderão ser curvados até 90, com raio longo,
porem em nenhum caso deverão as dobras dos eletrodutos ser de raio menor que seis
vezes o seu diâmetro nominal externo. Todas as curvas executadas deverão ser feitas
com uma máquina curvadeira ou outro dispositivo aprovado, que não modifique o
contorno do eletroduto, não reduza o seu diâmetro interno ou danifique o revestimento
protetor. A curva deverá estar isenta de pregas, saliências ou superfícies achatadas. Não
deverá ser aplicado aquecimento para a execução da curva. Tanto quanto possível, o
eletroduto deverá ser fornecido com curvas pré-fabricadas, para que uma quantidade
mínima de curvas seja feita na obra.

Durante a instalação de eletrodutos embutidos, deverão ser tomadas as devidas


precauções para proteger os elementos contra danos, devendo as suas extremidades
serem tampadas com buchas plásticas ou por outro método aprovado.

Concluída a concretagem, e depois de removidas as formas, todos os eletrodutos


deverão, em toda a sua extensão, ser limpos, secados, desobstruídos de detritos e
imediatamente retampados.

Os eletrodutos deverão estar rigidamente escorados e fixados para evitar movimentação e


para manter a posição exata, como indicado no projeto, durante e após a colocação do
concreto. Se necessário, deverão ser instalados, para esse fim, suportes metálicos ou não
metálicos adequados.

Os eletrodutos metálicos deverão ser aterrados em todas as caixas terminais e nas caixas
de passagem, embutidas, como mostrado no projeto.

Cada eletroduto deverá ser identificado em cada extremidade exposta, antes da


concretagem.

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Os eletrodutos aparentes deverão ser instalados de maneira alinhada, nivelada, no prumo


ou em linhas retas paralelas às linhas das paredes, colunas ou vigas e
suportados/apoiados em intervalos e da maneira definida em projeto.

As derivações necessárias deverão ser feitas pelo uso de curvas, conexões ou caixas.
Quando os elementos forem agrupados, as derivações deverão ser feitas de maneira que
apresentem uma aparência uniforme e simétrica.

Todos os eletrodutos metálicos deverão ser de aço zincado.

A profundidade da instalação deverá ser a definida no projeto, com um mínimo de 20 cm


em locais sem tráfego de veículos.

Para sua instalação deverão ser executadas valas com largura mínima que permita a
locação de todos os eletrodutos com seus espaçadores e lateralmente devera ser dada
uma folga de 10 cm para permitir o apiloamento.

O leito das valas deverá ser uniforme e isento de pedras.

A regularização do fundo da vala devera ser executada com uma camada de 5 cm de


areia ou solo local desde que o mesmo seja isento de pedras. O enchimento final deverá
ser feito com solo para reaterro em camadas de 20 cm, compactado mecanicamente até
se atingir o grau de compactação previsto.

As caixas metálicas deverão ser fixadas de acordo com o projeto, com chumbadores,
suportes ou pelo próprio eletroduto.

As saídas diretas das caixas de passagem deverão ser feitas através de prensa-cabos, de
modo a garantir a vedação e a proteção do isolamento. As superfícies de vedação e
roscas das caixas não devem apresentar danos e devem estar rigorosamente limpas.

As furações das caixas não utilizadas para a entrada de eletrodutos deverão ser
plugueadas ou tamponadas.

Todas as caixas deverão ser identificadas por meio de etiquetas resistentes à corrosão.

Serão utilizados eletrodutos enterrados em Polietileno de Alta Densidade (PEAD), na cor


preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de curvatura, tipo
“Kanaflex”. Os eletrodutos aparentes de subida dos equipamentos, que derivam das
canaletas e caixas de passagem em alvenaria mais próximas das caixas de comando e
junção dos equipamentos de pátio para interligação serão em AÇO GALVANIZADO com
extremidades rosqueadas, rosca BSP.

Serão aceitas lançamento de no máximo 5 (cinco) camadas de cabo.

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5.8. Iluminação, Tomadas e Caixas de Fiação EXTERNA

Para ampliações de subestações, a iluminação deverá seguir o padrão existente.

Este item envolve a instalação das caixas de ligação e de terminais, tomadas e


respectivas caixas, postes de iluminação e luminárias instaladas em postes ou fixadas nas
estruturas.

As caixas de ligação ou de terminais para execução das derivações na cablagem,


necessárias à ligação das luminárias e tomadas bem como as caixas de tomadas deverão
ser fixadas através de suportes de ferro galvanizado chumbados em pequena base de
concreto, conforme detalhes específicos do projeto.

As lâmpadas e reatores só deverão ser instalados depois de testados. Após a conclusão


da instalação, os circuitos deverão ser testados.

Para subestações novas o pátio da subestação deverá ser iluminado com projetores de
LED 150W (pátios 138kV e 69kV), 100W (pátios 34,5kV e 13,8kV) e postes cônicos
metálicos de 8,0m 100W em LED para vias de circulação.

As luminárias deverão ser instaladas em poste de concreto a 1,5m de altura ou em


estruturas metálicas próprias a 1,5m de altura. Em todos os casos a instalação deve
permitir o giro 360º das luminárias.

A iluminação normal deve ser projetada de modo que possibilite a livre circulação pelas
diversas áreas do pátio, bem como o trabalho seguro do pessoal de manutenção,
permitindo acesso às caixas de interligação e comando dos equipamentos e aos terminais
dos transformadores de força. O nível mínimo adotado nas áreas onde se encontram os
equipamentos de manobra da subestação foi de 50 lux.

Deverão ser previstos conjuntos de tomadas 220 V (1ø F+N+T) e 380 V (3ø 3F+T)
montagem ao tempo, distribuídos de forma que seu raio de ação seja no máximo 30m. As
ampacidades das tomadas serão de até 30 A e 15 A, sendo estas blindadas e a prova de
intempéries, um conjunto completo para cada pórtico indicado.

Os pontos de luz incluem eletrodutos e fiação completa, todos os tipos de luminárias,


completas com lâmpadas e reatores.

Os tipos de interruptores e tomadas, bem como detalhes da instalação deverão ser


mostrados no projeto. Após a conclusão dos serviços, a instalação deverá ser testada.

Iluminação e Tomadas das Edificações contempla a instalação dos quadros de luz, pontos
de luz, interruptores, tomadas, eletrodutos em geral e fiação para iluminação e tomadas
de todas as edificações.

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Os quadros de luz deverão ser fixados através de chumbadores ou chumbados na


parede, conforme projeto. Deverão ser cuidadosamente inspecionados e conferidos com o
projeto, inclusive para detectar eventuais danos de transporte.

Deverá ser previsto tomada para tratamento de óleo dos transformadores, com potência
nominal de 80kVA (125A).

5.9. Subestação Móvel

A subestação deverá ter ponto de conexão para entrada de subestação móvel. Deverá ter
um ponto de conexão em todos os setores da alta dos transformadores e ponto de acesso
em todos os setores da baixa dos transformadores.

A infraestrutura da subestação móvel deverá suportar a máxima potencia do maior


transformador da subestação.

Instalações em que a distância da conexão com a alta tensão e o ponto de entrada da


móvel no setor de 34,5 kV e 13,8 kV forem superiores a 40m deverá ser previsto extensão
do ponto de acesso da móvel. Esta deverá ser executada em cabo de cobre isolado EPR
90ºC 8,7/15kV ou EPR 90ºC 20/35k, fixados em estruturas próprias.

5.10. Serviços de Linha Viva

A CONTRATADA deverá prever serviços em linha viva, com equipe devidamente


capacitada e cadastrada junto a ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS, quando especificado em
memorial descritivo de cada obra.

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6. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTOS E MONTAGENS DO SISTEMA


DE PROTEÇÃO, CONTROLE E SUPERVISÃO (SPCS)

O Sistema de Proteção, Controle e Supervisão (SPCS) da subestação deve ser projetado


para permitir a operação local, através das IHMs, da casa de controle da subestação e
remotamente, da IHM do Centro de Operação da Enel Distribuição Goiás.

As filosofias de proteção, controle, supervisão e automação deverão estar contidas nos


projetos e alinhadas aos padrões usuais da empresa.

As funções de proteção a serem fornecidas deverão ser projetadas de acordo com os


requisitos das normas NTC-40 (Painéis de Subestações), NTC-46 (Unidade Terminal
Remota) e ET-UAT-003 (Relés de Proteção), disponíveis no site da Enel Distribuição
Goiás (aba de normas), ensaiadas em fábrica e comissionadas em campo, assegurando-
se o seu total e perfeito funcionamento sob quaisquer condições de operação da
instalação e do sistema de transmissão. Todas as lógicas de controle e proteção exigidas
durante a fase de projetos, pela Enel Distribuição Goiás, deverão ser plenamente
atendidas sem custos adicionais.

As proteções deverão ser capazes de eliminar qualquer tipo de defeito, com alta
confiabilidade, velocidade e estabilidade, desligando diretamente via cabos convencionais
e com seletividade, os disjuntores necessários ao isolamento do equipamento sob defeito.

Deverão atender aos requisitos existentes de sensibilidade, seletividade, rapidez e


confiabilidade operativa, de modo a não deteriorar o desempenho do sistema elétrico em
condições de regime ou durante perturbações.

6.1. DOCUMENTOS DO SPCS

Os desenhos dos projetos dos sistemas de proteção, controle e automação devem


possuir todas as informações necessárias para atender às necessidades de montagem,
comissionamento, operação e manutenção.

A documentação de projetos, hardware e software deve compreender ao menos o


seguinte para o empreendimento:
 Diagrama Unifilar de Proteção, Controle e Automação;
 Especificação do SPCS;
 Arquitetura Detalhada do Sistema Digital;
 Diagramas Funcionais;
 Diagramas Lógicos;
 Desenhos Dimensionais/Construtivos contendo as vistas e cortes de todos os
painéis, detalhando os módulos em suas localizações definitivas e diagrama de
fiação interna;
 Listas de Materiais (Componentes de Painéis) detalhando a quantidade, principais
características, modelo e fabricante de cada equipamento;

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 Diagramas de Interligação Gráfica, mostrando claramente como se dará a


interligação entre painéis e entre os painéis e os equipamentos de pátio;
 Listas de Cabos detalhando a quantidade de cabos, suas características e
identificações;
 Manuais de todos os equipamentos do sistema de proteção, controle e supervisão,
agrupados assim: Usuário, Operação e Manutenção;
 Plano de Inspeção e Testes (PIT) que se realizarão em fábrica e em campo;
 Backup dos arquivos de configuração dos IEDs, IHMs e UACs conforme TAF e
conforme TAC;
 Todos os Softwares de edição, parametrização e coleta de arquivos de dados
requeridos para a operação, manutenção, modificação e ampliação do sistema de
proteção, controle, supervisão e automação, com acesso total ao componente
fornecido;
 Deverá ser fornecida no mínimo 2 (duas) licenças dos softwares relacionados neste
item, salvo indicação em contrário no memorial descritivo.

Os fornecedores deverão enviar para análise ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS, antes do


início dos projetos, uma lista contendo todos os documentos a serem elaborados. Um
modelo de lista padrão será fornecido no momento de aprovação do Workstatement.

6.2. COMUNICAÇÃO E PROTOCOLOS DO SPCS

Fazendo uma abordagem generalizada da arquitetura da subestação podemos dividi-la


em três níveis: Nível 0 (processo - subestação); Nível 1 (nível de unidade de controle de
posição); Nível 2 (nível de processamento central); Nível 3 (nível de centro de comando),
interligados entre si.

A comunicação e protocolos do SPCS do empreendimento serão baseados em sistemas


IEC 61850, DNP3 e IEC 60870-5-104, com a utilização de unidades de proteção e
controle na sala de comando ou container.

6.3. TELEPROTEÇÃO

O SPCS deverá considerar a instalação de sistema de Teleproteção. O mesmo será


executado através de conexão relé-a-relé via OPGW ou link de rádio.

Caso o relé de proteção do terminal remoto associado a este empreendimento seja


incompatível, o mesmo deverá ser substituído por um adequado. Os serviços associados
deverão estar incluídos no fornecimento.

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6.4. PAINÉIS TÍPICOS DE SPCS

6.4.1. Construtivo
Os painéis com os equipamentos de proteção e controle serão instalados na sala de
comando da subestação. Estes painéis devem ser projetados e fornecidos pelo fabricante
atendendo integralmente às especificações da ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS.

Todos os equipamentos de proteção, controle e monitoramento deverão ser montados em


painéis de chapa metálicos com acesso frontal e traseiro com estrutura rotativa. Os IEDs
deverão ser instalados na porta basculante. As réguas de borne deverão ser instalados na
porta traseira. Os relés auxiliares, minidisjuntores e demais miscelâneos deverão ser
instalados na parte interna do painel com acesso pela porta basculante.

A entrada e saída de cabos deverá ser efetuada pelo piso através de canaletas. A entrada
e saída de cordões óticos deverá ser efetuada pelo teto do painel através de eletrocalhas.

Cada um dos painéis terá uma placa que identifique claramente o sistema de proteção
nele incluído, além de informações como o nome da subestação e dos bays associados
ao painel.
Os painéis devem ser auto-suportáveis de paredes reforçadas, presos ao piso, protegidos
totalmente contra corrosão e a poeira, e ter proteção mecânica para energia de choque de
2.000 JOULES.

Os painéis deverão possuir as seguintes dimensões:


 Altura: 2.200mm +100mm (soleira);
 Largura: 800 mm;
 Profundidade: 800 mm.

A cor dos painéis deverá ser:


 Exterior e Interior: RAL 7035 (cinza)

Todas as superfícies de ferro ou aço deverão ser totalmente limpas por disparos de jatos
de areia ou outros métodos e logo ser imediatamente pintadas com uma camada de
pintura resistente ao óxido e a umidade, seguida por uma camada final. A espessura seca
deverá ser no mínimo de 80 microns, conforme NBR 8755/85. O fabricante deverá
fornecer pintura de acabamento suficiente para retocar até aproximadamente uns 5% da
superfície total.

O grau de proteção do armário deve ser no mínimo, IP 54 de acordo com a NBR 6146.

Todos os painéis devem ser construídos baseados no padrão “U” (42U), facilitando uma
possível substituição de equipamentos no futuro considerando apenas a troca das placas.

O interior destes painéis deve permitir a entrada de uma pessoa e ter espaço disponível
para a realização de trabalhos, tanto na parte frontal quanto na posterior.

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(SDAT)

No interior dos painéis deverão ser previstas réguas terminais para a entrada e saída dos
cabos desde o pátio a interligação ao painel de proteção e controle. As réguas deverão
ser montadas na parte traseira dos armários e dispostas verticalmente.

Demais características devem atender à NTC-40.


6.4.2. Painel de Controle, Supervisão e Comunicação (PCOM)
O painel PCOM deverá ser composto pelos seguintes elementos:
 Relógio Sincronizado por Satélite GPS flexível, servidor PTP, NPT e SNTP, usando
porta Ethernet 10/100 Base-T, com 2 saídas RS232/485 padrão IRIG B, 8 saídas
elétricas padrão, relé de sinalização padrão, 4 saídas em fibra óptica, cabo de 25
metros para antena e antena ativa.
 Unidade digital microprocessada de aquisição e tratamento de sinais, provida de 8
entradas analógicas 4 à 20mA, 64 entradas digitais e 32 saídas digitais
monoestáveis (Saídas à relé), com auto monitoramento e "leds" indicadores de
estado das I/O, com porta frontal de comunicação para parametrização e 4 portas
traseiras, sendo 02 (duas) RS-485 em bornes ou conector e 02 (duas) Ethernet FO
com conector LC redundantes. Deverá oferecer meios de programação de lógicas
de intertravamentos e operar com protocolos DNP-3.0 e IEC 61850.
 Switches gerenciáveis compatíveis com a norma IEC 61850, Layer 2, VLAN,
SNMPv3, sincronismo de tempo SNTP, portas Ethernet para montagem horizontal
em rack 19", sendo 16 portas frontais 10/100 Mpbs para conetor LC (Fibra óptica),
com auto monitoramento e "leds" indicadores de estado, alimentação dual em 125
VCC, com alarme de falha.
 Computadores industriais, funless, com certificação IEC 61850, composta por:
o RACK industrial padrão rack 19", 4U, sem ventilação, com filtros de ar, Fonte
industrial alimentação 100 ~ 240Vac e/ou 125Vcc;
o Processador Intel Hasewell Dual Core i7 4650U - 1,7GHz, Celeron;
o 8GB SDRAM DDR3-1333 – Kingston (2 x 4GB);
o HD 1 TB SATA;
o DVD/RW Dual layer SATA;
o 2 portas USB no frontal, 4 portas USB traseiras;
o Caixa de som USB;
o Compatível com o Sistema Linux CentOS 5.6 (sistema do SAGE).
 Licenças SAGE;
 01 (um) conjunto de Interface Homem / Máquina (IHM) constituída por mouse e
teclado, instalados em bandeja retrátil.
 01 (um) Distribuidor interno óptico, com gaveta deslizante, para 24 fibras, para
montagem em estrutura de 19", quando aplicável.
 Monitor tela 19" (Dezenove polegadas), painel LCD com definição 1920x1080
pixels, entrada DVI, brilho 250CD/M², ângulo de visão mínimo de 170°(H) / 160°(V),
fonte de alimentação 110-240 VCA, 60 Hz.

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(SDAT)

 Demais miscelâneos (minidisjuntores, relés auxiliares, relés biestáveis, chaves


seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos, resistência de aquecimento
e bornes), conforme projeto.
6.4.3. Painel de Switch
Deverá ser adotado um painel de Switch contendo:
 Switches gerenciáveis compatíveis com a norma IEC 61850, Layer 2, VLAN,
SNMPv3, sincronismo de tempo SNTP, portas Ethernet para montagem horizontal
em rack 19", sendo 16 portas frontais 10/100 Mpbs para conetor LC (Fibra óptica),
com auto monitoramento e "leds" indicadores de estado, alimentação dual em 125
VCC, com alarme de falha. A quantidade deverá ser definida de acordo com as
necessidades do projeto.
 Demais miscelâneos (minidisjuntores, relés auxiliares, relés biestáveis, chaves
seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos, resistência de aquecimento
e bornes), conforme projeto.
6.4.4. Painel de Linha
O painel de Linha(s) de Distribuição AT (LDAT) deverá ser composto pelos seguintes
elementos:
 IEDs de Proteção digital microprocessada para linha de distribuição AT, contendo
no mínimo as seguintes características: Proteção Diferencial de Linha (ANSI 87L),
Proteção de Distância (21/21N), Proteção de Sobrecorrente Direcional de fase e
neutro (67/67N), Proteção de Sobrecorrente instantâneo e temporizado de fase e
neutro (ANSI 50/51, 50/51N), Proteção de falha de disjuntor (ANSI 50 BF), função
de religamento com e sem sincronismo (ANSI 79), proteção de sub e sobretensão
(ANSI 27 e 59), proteção de fechamento sob falta (SOTF), Teleproteção, e
sincronismo (ANSI 25), com todas as funções incorporadas normalmente
requeridas para a proteção de linha. Com 4 entradas analógicas para corrente de
5A e 4 entradas analógicas para tensão de 115 e 115/√3V. As entradas analógicas
4 a 20mA, entradas digitais e saídas digitais monoestáveis devem ser suficientes
para a realização das funções acima. As proteções e supervisões deverão ser
redundantes. Demais características devem ser conforme ET-UAT-003.
 Demais miscelâneos (minidisjuntores, relés auxiliares, relés biestáveis, chaves
seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos, resistência de aquecimento
e bornes), conforme projeto.
 Poderá ser previsto a instalação de duas linhas em um mesmo painel, nesse caso,
deverão ser fornecidos 4 IEDs para proteção e controle das linhas de distribuição
de AT.
6.4.5. Painel de Linha e Acoplamento
O painel de Linha de Distribuição AT (LDAT) e Acoplamento deverá ser composto pelos
seguintes elementos:
 IEDs de Proteção digital microprocessada para linha de distribuição AT, contendo
no mínimo as seguintes características: Proteção Diferencial de Linha (ANSI 87L),
Proteção de Distância (21/21N), Proteção de Sobrecorrente Direcional de fase e

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neutro (67/67N), Proteção de Sobrecorrente instantâneo e temporizado de fase e


neutro (ANSI 50/51, 50/51N), Proteção de falha de disjuntor (ANSI 50 BF), função
de religamento com e sem sincronismo (ANSI 79), proteção de sub e sobretensão
(ANSI 27 e 59), proteção de fechamento sob falta (SOTF) e sincronismo (ANSI 25),
com todas as funções incorporadas normalmente requeridas para a proteção de
linha. Com 5 entradas analógicas para corrente de 5A e 4 entradas analógicas para
tensão de 115 e 115/√3V. As entradas analógicas 4 a 20mA, entradas digitais e
saídas digitais monoestáveis devem ser suficientes para a realização das funções
acima. As proteções e supervisões deverão ser redundantes. Demais
características devem ser conforme ET-UAT-003.
 IED de controle digital microprocessado de aquisição e tratamento de sinais para
acoplamento, contendo no mínimo as seguintes características: Proteção de falha
de disjuntor (ANSI 50 BF) e lógicas de transferência de proteção, provida de
entradas analógicas 4 à 20mA, entradas digitais e saídas digitais monoestáveis
suficientes para a supervisão e controle do vão de acoplamento, conforme projeto,
com auto monitoramento e "leds" indicadores de estado das I/O, com porta frontal
de comunicação para parametrização e 02 (duas) portas traseiras Ethernet FO com
conector LC. Deverá oferecer meios de programação de lógicas de intertravamento
e operar com protocolo DNP-3.0 e normas IEC 61850.
 Demais miscelâneos (minidisjuntores, relés auxiliares, relés biestáveis, chaves
seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos, resistência de aquecimento
e bornes), conforme projeto.
6.4.6. Painel de Transformador/Autotransformador
O painel de Transformador/Autotransformador deverá ser composto pelos seguintes
elementos:
 IEDs de Proteção digital microprocessada para transformador/autotransformador
de dois enrolamentos, contendo no mínimo as seguintes características: Proteção
Diferencial (ANSI 87), Proteção de Sobrecorrente instantâneo e temporizado de
fase e neutro (ANSI 50/51, 50/51N), lados AT e MT, Proteção de falha de disjuntor
(ANSI 50 BF) e sincronismo (ANSI 25), com todas as funções incorporadas
normalmente requeridas para a proteção diferencial com e sem restrição. Com 7
entradas analógicas para corrente de 5A e 4 entradas analógicas para tensão de
115 e 115/√3V. As proteções e supervisões deverão ser redundantes. Demais
características devem ser conforme ET-UAT-003;
 Unidade digital microprocessada de aquisição e tratamento de sinais, provida de 8
entradas analógicas 4 à 20mA, 64 entradas digitais e 32 saídas digitais
monoestáveis (Saídas à relé), com auto monitoramento e "leds" indicadores de
estado das I/O, com porta frontal de comunicação para parametrização e 4 portas
traseiras, sendo 02 (duas) RS-485 em bornes ou conector e 02 (duas) Ethernet FO
com conector LC redundantes. Deverá oferecer meios de programação de lógicas
de intertravamentos e operar com protocolos DNP-3.0 e IEC 61850
 Medidor de Energia Digital, Multifunção, com display/indicador com cálculo da
UFER e do DMCR, segundo a resolução 456 da ANEEL. Terá classe 0,2, com
conexão direta ou TC/TP por terminais do tipo olhal, entrada de corrente 5A e de

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tensão de 54 a 240 VCA, (auto-range três ou quatro fios); 16 canais de memória de


massa não volátil para no mínimo 30 dias de armazenamento das medições,
configuráveis para até 32 grandezas (tensões, correntes, potência ativa, reativa e
demanda ativa e reativa, energia ativa e reativa), quatro quadrantes, com saída de
pulsos configurável e RS232 / RS485, com possibilidade de programação através
do teclado e display/pc, protocolo DNP3 e norma IEC 61850, alimentação auxiliar
125VCC+10% e –20%; atualização de firmware; até três canais de comunicação.
 Demais miscelâneos (minidisjuntores, relés auxiliares, relés biestáveis, chaves
seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos, resistência de aquecimento
e bornes), conforme projeto.
6.4.7. Automação de Transformadores
O transformador deverá possuir 01 (uma) unidade digital microprocessada de aquisição e
tratamento de sinais, responsável pelo monitoramento das temperaturas de óleo,
enrolamento, pela supervisão dos alarmes intrínsecos do transformador e comutador sob
carga (CDC), pela supervisão e comando do sistema de ventilação forçada. Com 16
entradas analógicas 4 a 20mA, 64 entradas digitais em 125 Vcc e 12 saídas digitais
monoestáveis para atender as funções acima. A montagem deverá ser em trilho DIN. A
comunicação deverá ser feita em protocolo baseado na norma IEC 61850 por meio de
fibra ótica, conectadas através de 02 (duas) portas Ethernet com conector LC.
6.4.8. Painel de Alimentador
O painel de alimentador MT, ou linha de distribuição radial AT, e acoplamento MT deverá
ser composto pelos seguintes elementos:
 IEDs de Proteção digital microprocessada para alimentador, contendo no mínimo
as seguintes características: Proteção de Sobrecorrente Direcional de fase e neutro
(67/67N), Proteção de Sobrecorrente instantâneo e temporizado de fase e neutro
(ANSI 50/51, 50/51N), Proteção de falha de disjuntor (ANSI 50 BF), função de
religamento com e sem sincronismo (ANSI 79), proteção de sub e sobretensão
(ANSI 27 e 59), proteção de sub e sobrefrequência (ANSI 81), proteção de
condutor partido (I2/I1), proteção para faltas de alta impedância (HIF), proteção de
fechamento sob falta (SOTF) e sincronismo (ANSI 25), com todas as funções
incorporadas normalmente requeridas para a proteção alimentador. Com 5
entradas analógicas para corrente de 5A e 1A (neutro sensível) e 4 entradas
analógicas para tensão de 115 e 115/√3V. As entradas analógicas 4 a 20mA,
entradas digitais e saídas digitais monoestáveis devem ser suficientes para a
realização das funções acima. As proteções e supervisões deverão ser
redundantes. Demais características devem ser conforme ET-UAT-003.
 Demais miscelâneos (minidisjuntores, relés auxiliares, relés biestáveis, chaves
seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos, resistência de aquecimento
e bornes), conforme projeto.
 Poderá ser previsto a instalação de até 6 alimentadores e 1 acoplamento em um
mesmo painel, nesse caso, deverão ser fornecidos 7 IEDs para proteção e controle
dos alimentadores ou das linhas de distribuição radial de AT e acoplamento. Cada

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alimentador ou linha de distribuição radial e acoplamento deverá possuir 1 IED


exclusivo.
6.4.9. Painel de Banco de Capacitores
O painel de Banco de Capacitores deverá ser composto pelos seguintes elementos:
 IED de proteção digital microprocessada para um rack de banco de capacitores,
com todas as funções incorporadas, contendo no mínimo as seguintes
características: Proteção de desbalanço de corrente de neutro (ANSI 60N),
proteção sobrecorrente instantânea/temporizada de fases e neutro (ANSI 50/51,
50/51N), proteção de falha de disjuntor (ANSI 50BF), proteção de sub e
sobretensão (ANSI 27 e 59), com todas as funções incorporadas normalmente
requeridas para a proteção do banco de capacitores, display de 4 linhas, funções
de automatismo de liga/desliga por fator de potência, tensão e horário. Com 4
entradas analógicas para corrente de 5A e 4 entradas analógicas para tensão de
115 e 115/√3V. As entradas analógicas 4 a 20mA, entradas digitais e saídas
digitais monoestáveis devem ser suficientes para a realização das funções acima.
As proteções e supervisões deverão ser redundantes. Demais características
devem ser conforme ET-UAT-003.
 Demais miscelâneos (minidisjuntores, relés auxiliares, relés biestáveis, chaves
seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos, resistência de aquecimento
e bornes), conforme projeto.
 Poderá ser previsto a instalação de até 4 racks do mesmo nível de tensão em um
mesmo painel, nesse caso, deverão ser fornecidos 4 IEDs para proteção e controle
dos racks dos bancos de capacitores. Cada banco de capacitores deverá possuir 1
IED exclusivo.

6.5. SERVIÇOS AUXILIARES

6.5.1. Painel de Serviços Auxiliares CA (QDCA) E CC (QDCC)


O painel de serviços auxiliares deverá ser do tipo simplex, medindo 2200 x 800 x 800 mm,
altura x largura x profundidade, fabricado em chapa de aço 14 MSG, dotado de base
soleira de 100 mm de altura, em chapa de aço 12 MSG, com fechamento lateral e inferior,
portas frontal e traseira com venezianas de ventilação, contra-porta para proteção
barramento e disjuntores, fecho rápido tipo Yalle, pintado na cor cinza claro, notação
Munsel 6,5. Demais características conforme indicadas na NTC-40.

Composto pelos seguintes elementos: (medidores, transdutores, disjuntores motorizados,


minidisjuntores com contatos auxiliares, TPs, TCs, indicadores luminosos, relés auxiliares,
relés biestáveis, chaves seletoras, chaves de teste, botões de comando, diodos,
resistência de aquecimento e bornes), conforme projeto.
6.5.2. Painel de Retificadores
Deverão ser fornecidos 02 (dois) retificadores carregadores estáticos, com ponte
retificadora constituída por tiristores, com regulação automática e manual da tensão de
saída e limitação da corrente de saída, para instalação abrigada, para operarão

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na configuração paralelo redundante (Hot Stand By), alimentação trifásica 380/220 VCA,
corrente nominal de 50 A, cada um com sua unidade de supervisão de corrente contínua,
com diodos de queda, interligada ao retificador, e de capacidade a ele adequada de
acordo. Demais características conforme NTC-48.

Os carregadores/retificadores tem a finalidade de manter em flutuação, carregar a bateria


de acumuladores e suprir o consumo do quadro de distribuição de corrente contínua.
6.5.3. Estante de Baterias
Deverão ser fornecidos 02 (dois) conjunto de baterias chumbo ácidas selada regulada por
válvula, estacionárias, 300Ah ou 200Ah (respectivamente para uso em SE's 138kV e
69kV), composto de 60 elementos, tensão nominal 125 Vcc, completo com acessórios de
manutenção e instalação da estante. Demais características conforme NTC-48.

6.6. SERVIÇOS

6.6.1. Projetos
Fazem parte do escopo da contratação os projetos elétricos/SPCS discriminados abaixo:
 Especificação do SPCS;
 Workstatement;
 Diagrama de locação dos painéis no edifício de controle;
 Diagrama de arquitetura de comunicação do sistema digital detalhada;
 Diagramas funcionais dos painéis PCOM, Linhas, Transformadores, Alimentadores,
Bancos de Capacitores e Serviços Auxiliares;
 Diagramas lógicos dos PCOM, Linhas, Transformadores, Alimentadores, Bancos
de Capacitores e Serviços Auxiliares;
 Diagramas construtivos e de fiação dos painéis PCOM, Linhas, Transformadores,
Alimentadores, Bancos de Capacitores e Serviços Auxiliares;
 Lista de cabos;
 Diagrama de interligação;
 Memória de cálculo dos cabos de alimentação dos equipamentos, de ligação MT e
BT do transformador de serviços auxiliares;
 Projeto de automação do sistema de refrigeração de ar da casa de controle ou
container;

Notas:
 Todos os projetos e memórias de cálculo deverão ser aprovados pela Enel
Distribuição Goiás;
 Todos os materiais a serem adquiridos pela contratada deverão ter suas
especificações técnicas previamente aprovadas antes da aquisição pela Enel
Distribuição Goiás;
 Não é escopo da contratação o fornecimento dos equipamentos primários (para-
raios, módulos híbridos, transformador de força, cubículos de MT, transformadores
de serviços auxiliares e banco de capacitores), os quais serão providos pela Enel;

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(SDAT)

 Deverá ser solicitado junto ao setor de Telecomunicações um estudo e avaliação


de qual tecnologia de comunicação deverá ser utilizada para atender aos requisitos
de operação. As tecnologias podem variar entre Fibra Óptica, Rádio, Sistema
Satélite e GPRS.
 Deverá ser definido, em conjunto com o setor de Telecomunicações, Global Digital
Solutions (GDS), um estudo e avaliação da solução do meio de telecomunicações
que será utilizado. Neste documento serão detalhadas as respectivas interfaces de
comunicação dos equipamentos de proteção e controle, as quais deverão ser
compatíveis com aquelas definidas para os equipamentos de telecomunicações do
projeto e atender aos requisitos de operação. Os meios de telecomunicações
utilizados podem variar entre Fibra Óptica, cabos AS (Autossustentado), ADSS
(Autossustentado e totalmente dielétrico) ou OPGW (Cabo guarda em LDAT),
Rádio, Sistema Satelital e rede móvel celular.
6.6.2. Montagem de Painéis, Lançamento, conectorização de cabos e
fibras ópticas
A responsabilidade dos projetos, fabricação, testes, transporte e montagem de painéis,
parametrização de IEDs, lançamento e conectorização de cabos de controle e fibras
ópticas, comissionamento e treinamento do SPCS será da contratada.

Caberá a contratada também o fornecimento dos cabos e fibras óticas multimodo que
conectarão os equipamentos primários aos cubículos de MT e Painéis do SPCS

Os cabos de força e controle serão lançados em canaletas e eletrodutos no pátio e no


edifício de comando. Não será aceito emendas nos cabos.

As fibras ópticas serão lançados em eletrodutos/eletrocalhas exclusivos instalados nas


canaletas de pátio.
6.6.3. Fusão de Fibras
Deverão ser previstos os serviços de fusão de fibras ópticas conforme definição dos
projetos.
6.6.4. Treinamento
A CONTRATADA aplicará um treinamento completo sobre todos os equipamentos do
SPCS. Este treinamento deve conter informações práticas e teóricas de forma a capacitar
a equipe da ENEL DISTRIBUIDORA GOIÁS para a operação e manutenção dos
equipamentos, bem como o desenvolvimento e implementação de funções adicionais.

O Treinamento será ministrado nas dependências da ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS,


antes dos testes em Fabrica dos painéis de proteção.

O treinamento será ministrado durante os dias e horários normais de trabalho com


duração não inferior a 40 horas úteis (divididas em cinco dias), em data a ser acordada
com a ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS.

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(SDAT)

A quantidade de pessoas que participaram do treinamento será de no mínimo 20 pessoas


divididas em 2 turmas (uma com enfoque em operação e outra em manutenção e
engenharia).

O Treinamento deverá abordar os seguintes pontos:


 Visão geral do sistema;
 Descrição e funcionamento das arquiteturas;
 Parametrização e funcionamento de todos os IEDs (relés de proteção e controle,
UACs) aplicados no projeto;
 Métodos de diagnóstico de faltas e localização de defeitos;
6.6.5. Testes de Aceitação de Fábrica (TAF)
A CONTRATADA deverá entregar a CONTRATANTE um cronograma dos testes de
fábrica dos equipamentos em até 90 dias da data da assinatura do contrato.

Após a montagem dos painéis, os inspetores da ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS serão


convocados para a inspeção com no mínimo 15 dias de antecedência (datas a serem
acordadas com o responsável pela inspeção) e nesta etapa serão realizadas as seguintes
atividades:
 Inspeção visual dos equipamentos, pintura, acabamento e lista de materiais;
 Teste ponto-a-ponto
o Checar todas as anilhas;
o Verificar continuidade de todas as fiações (com o painel desligado) de
acordo com o projeto.
 Teste de tensão aplicada;
 Teste Funcional.

Os testes serão realizados de acordo com o Plano de Inspeção e Testes do TAF.

Os testes a serem realizados estão descritos abaixo:


 Lógicas de intertravamentos, conforme Diagrama Lógico do projeto aprovado;
 Testes das lógicas e das funções de proteção, conforme Diagrama Lógico do
projeto aprovado;
 Testes de supervisão e controle;
 Teste de desempenho.

Ao término do TAF, ainda na fábrica, será feito um levantamento das pendências dos
testes, se houverem, e dependendo deste levantamento, caso não existam pendências
impeditivas ao fornecimento e liberação dos painéis para campo, a ENEL DISTRIBUIÇÃO
GOIÁS deverá assinar o Certificado de Aceitação do TAF contido no ANEXO 7.9, em uma
breve reunião de encerramento.

A liberação dos painéis poderá ser realizada também através de um e-mail endereçado ao
responsável pelos testes da fábrica, como uma forma de agilizar o processo. De qualquer

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forma, neste caso, o Certificado de Aceitação do TAF será encaminhado ao cliente e


deverá ser assinado e retornado, com a data real da liberação dos painéis em até 5 dias
úteis.

Este levantamento das pendências será realizado pelas equipes do fabricante do painel e
da ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS, que realizaram os testes.
6.6.6. Testes de Aceitação de Campo (TAC)
O fabricante dos relés de proteção e controle e a ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS deverão
estar disponíveis para mobilização de suas equipes para os testes em campo após os
painéis instalados e alimentados em CA e CC, cabeação/interligação passada e testada
conforme Cronograma do projeto.

Neste fornecimento o fabricante dos relés de proteção e controle deverá acompanhar os


testes de campo e estará disponível para esclarecimentos de dúvidas. Todos os testes
relativos aos vãos da ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS são de sua responsabilidade.

Nesta etapa serão realizados os seguintes testes:


 Testes funcionais – O fabricante dos relés de proteção e controle acompanhará os
testes dos painéis considerando as conexões reais com os equipamentos de
campo;
 Testes de intertravamentos e proteção – O fabricante dos relés de proteção e
controle acompanhará os testes;
 Testes de Supervisão e Controle Local e dos Centros – O fabricante dos relés de
proteção e controle acompanhará o teste juntamente com a ENEL DISTRIBUIÇÃO
GOIÁS.

7. CRITÉRIOS PARA PROJETO, FORNECIMENTOS E MONTAGENS DO SISTEMA


DE TELECOMUNICAÇÕES

Critérios de projetos, fornecimento e serviços relacionados à rede de


TELECOMUNICAÇÕES, quando aplicáveis, estarão descritos no documento “Memorial
Descritivo” específico por empreendimento.

8. MEIO AMBIENTE

A CONTRATADA deverá atender a todos os requisitos e ações ambientais definidas no


documento “Especificação Técnica Controle Ambiental de Obras da UAT” salvo indicação
contraria apresentada em memorial descritivo especifico de cada obra.

A CONTRATADA deverá manter na obra um Técnico de Meio Ambiente em jornada


integral para obras de Implantações de SDATs e em jornada de 8 horas semanais para
obras de Ampliações de SDATs.

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9. COMISSIONAMENTO

A CONTRATADA deverá submeter-se ao cumprimento das normas, condições e


procedimentos aqui estabelecidos. A fabricação, a montagem e a execução dos testes
operacionais do(s) equipamento(s) requisitado(s) serão fiscalizadas pela
CONTRATANTE, através de inspetor(es) credenciado(s) para este fim. A CONTRATADA
deverá prover pessoal qualificado para o fornecimento de informações e para execução
de todos os testes.

A CONTRATADA deverá executar o comissionamento através de equipe distinta da


equipe de montagem eletromecânica e elétrica (SPCS) ou subcontratar empresa
especializada neste serviço.

A CONTRATADA deverá elaborar documento contendo etapas e procedimentos do


comissionamento, por serviço, o qual deverá ter aprovação prévia da CONTRATANTE,
com antecedência mínima de 10 dias do início do comissionamento.

A CONTRATADA deverá considerar a realização de todos os testes e ensaios nos


equipamentos de pátio, painéis e outros componentes, envolvidos no empreendimento em
comissionamento, em conformidade com as normas aplicáveis a cada caso, com as
especificações técnicas e outras exigências da CONTRATANTE, durante a fabricação,
após o término da fabricação, após montagem e antes da entrada em operação.

A CONTRATADA no início da realização dos testes, deverá estar com cópias aprovadas
do empreendimento em mãos e, ao desenvolver dos mesmos, realizar anotações/acertos
nos referidos documentos para, posteriormente atualização para CONTRATANTE, sendo
a CONTRATADA responsável pelos custos destas cópias.

O custo de todos os testes previstos nas especificações ou contrato será por conta da
CONTRATADA.

O CONTRATANTE poderá exigir, às suas custas, quaisquer ensaios, testes ou provas


adicionais, desde que permitido pelas normas técnicas.

Caso seja necessária a repetição de qualquer inspeção, total ou parcial, em virtude de


rejeição do material, componente e/ou equipamento, e se houver impossibilidade de
realização dos ensaios ou testes no(s) dia(s) garantido(s) pela CONTRATADA, ou por
outra causa que prolongue indevidamente a inspeção, por motivo de exclusiva
responsabilidade da CONTRATADA, este ficará automaticamente responsável pelo ônus
acarretado pela nova inspeção e demais despesas necessárias, até que as condições
contratuais estejam integralmente atendidas.

No caso do não cumprimento dos prazos de entrega previstos, a CONTRATADA ficará


sujeita às penalidades contratuais aplicáveis.

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A CONTRATADA só receberá o equipamento no local definido para recepção se o mesmo


estiver acompanhado do "Termo de Liberação de Inspeção", devidamente assinado pelo
CONTRATANTE e pela CONTRATADA, bem como da Nota Fiscal Correspondente.

O CONTRATANTE emitirá, previamente, um procedimento para a execução de Testes


Funcionais dos equipamentos da Subestação.

A CONTRATANTE deverá aprovar previamente a programação do comissionamento e


start-up.

A CONTRATADA deverá ser responsável pelo comissionamento de cada equipamento e


da ampliação por completo. Durante o comissionamento, todas as despesas de trabalho
(exceto para o pessoal operacional do CONTRATANTE em formação), materiais e
ferramentas, deverá ser assumida pela CONTRATADA.

Deverão ser executados testes operacionais para verificação e comprovação da


adequabilidade do equipamento às características de desempenho especificadas, os
quais deverão ser acompanhados pelo(s) representantes credenciado(s) da
CONTRATANTE.

Na eventualidade de mau funcionamento em razão de partes ou componentes defeituosos


ou subdimensionados ou inadequado às características dos materiais manuseados, a
CONTRATADA deverá sob suas próprias expensas, substituir essas partes ou
componentes defeituosos.

Durante a execução dos testes operacionais, a CONTRATADA deverá prever a


elaboração diária de "registros de campo" detalhados, os quais deverão ser incorporados
em um único relatório que deverá ser entregue a CONTRATANTE ao término da
execução dos Testes Operacionais.

10. TREINAMENTO

O programa de treinamento deverá nivelar e habilitar o pessoal da CONTRATANTE a


acompanhar a elaboração e execução de testes, capacitando-se em nível de participação
efetiva e se necessário na verificação de todos os passos, bem como a executar
eficazmente a manutenção e efetuar a correta operação dos equipamentos a serem
instalados neste empreendimento.

O programa de treinamento deverá conter um cronograma detalhado. Para treinamento


no exterior, quando for o caso, deverá ser elaborado um cronograma independente.

O treinamento dever ser dividido em três etapas:


 Fase de Fabricação
 Fase de Montagem
 Fase de Pré-Operação e Testes

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(SDAT)

Todos os custos e despesas requeridas para a completa execução do Programa de


Treinamento, tanto na fase de fabricação como na fase de montagem deverão ser
apresentados de forma detalhada e em separado do preço total do equipamento
requisitado, incluindo todas as despesas referentes a viagens, hospedagem, diárias, etc.,
no Brasil e no Exterior (se aplicável).

Todos os Manuais previstos nesta especificação e programas de todos os treinamentos


deverão ser remetidos pela CONTRATADA a CONTRATANTE, pelo menos 2 meses
antes do início de qualquer treinamento.

Os treinamentos na fase de Fabricação deverão ser dados no local da fabricação e


basicamente deverá conter:
 Explicação e análises sobre os projetos mecânicos, elétrico e eletrônico;
 Instruções detalhadas sobre montagem e desmontagem;
 Definição de um plano geral de sobressalentes;
 Análise de preparação ou elaboração dos Manuais;
 Testes de operações simuladas e ajustes de proteções elétrica-eletrônicas;
 Instruções detalhadas sobre o funcionamento do grupo gerador e de todos os
subsistemas;

Os treinamentos na fase de Montagem serão ministrados no campo e basicamente


deverá constar de:
 Ensinamentos teóricos fundamentais necessários ao treinamento;
 Simulação de defeitos e consequentes instruções para reparo;
 Instruções sobre ajustes, folgas, tolerâncias, etc., dos diversos componentes;
 Instruções, em nível de execução, sobre o funcionamento do equipamento e dos
subsistemas;
 Documentos do equipamento aprovados pela CONTRATANTE.

Os treinamentos na fase de Pré-operação e Testes deverão constar:


 Instruções sobre ajustes de proteções, inclusive simulações operacionais;
 Instruções sobre operação do sistema como um todo a partir da Estação de
Trabalho;
 Instruções detalhadas e especiais para os operadores do equipamento;
 Instruções, em nível de operação, sobre o funcionamento do equipamento e dos
subsistemas;
 Documentos do equipamento aprovados pela CONTRATANTE.

O programa de treinamento deverá incluir o material ou equipamento fornecido por


terceiros a expensas da CONTRATADA. No treinamento da fase posterior à montagem
deverão ser usados os desenhos e cálculos utilizados no desenvolvimento dos projetos,
bem como os Manuais de Operação e Manutenção.

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Os treinamentos deverão ser ministrados em língua portuguesa. Todo o material didático


utilizado durante as fases de treinamento, inclusive o sistema audiovisual (ou similar)
passará a ser propriedade da CONTRATANTE.

11. ACEITAÇÃO

A aceitação dos equipamentos e sistemas, objeto desta especificação será formalizada


pela CONTRATANTE após a aprovação, pelo INSPETOR, dos testes operacionais sem
pendências, e 30 (trinta) dias após o recebimento de todos os desenhos, catálogos,
manuais e demais documentos técnicos necessários, pela emissão de um "Certificado de
Aceitação Provisória".

A aceitação final do equipamento não restringirá ou diminuirá as responsabilidades


assumidas pela CONTRATADA, inclusive quanto aos aspectos das características
construtivas, desempenho e garantia do equipamento.

12. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

Deverão ser cumpridos rigorosamente às Normas Regulamentadoras do Ministério do


Trabalho e Emprego vigentes, bem como as instruções técnicas e os Anexos referentes à
Segurança, Medicina do Trabalho e Higiene da ENEL Distribuição, além do abaixo
descrito.

Deverão ser cumpridos rigorosamente o PSTGO - 006 - Regulamento de Empresas


Parceiras, vigente.

13. ANEXOS

A CONTRATADA deverá ainda atender a todos os requisitos descritos nos anexos desta
especificação técnica, listados abaixo.
 Anexo 01: Critérios de Elaboração de Projetos de Subestações de Distribuição
de Alta Tensão – SDAT’s;
 Anexo 02: Formulário de Avaliação Técnica de obra e projeto;
 Anexo 03: Especificação Técnica Controle Ambiental de Obras da UAT;
 Anexo 04: Nomenclatura de documentos e Controles de Revisão;
 Anexo 05: Programação de Entrega de Desenhos e Requisições (PEDER);
 Anexo 06: ET-UAT-003 Relés de Proteção;
 Anexo 07: PST-006 Regulamento de Fornecedores de Serviços e Materiais;
 Anexo 08: Modelo de Declaração de Compromisso de Apresentação de Termo
de Garantia de Telecomunicações;
 Anexo 09: ET.GDS.086-00 Banco de baterias - VRLA - 48 V - 100 Ah-10h;

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 Anexo 10: ET.GDS.089-00 - Fonte de Corrente Contínua Regulada - 48Vcc -


30A;
 Anexo 11: ET.GDS.014-00 Régua de Distribuição de Corrente Contínua;
 Anexo 12: ET.GDS.044-00 Multiplexador Digital de Acesso;
 Anexo 13: ET.GDS.102-00 Inversor de tensão - 48Vcc_220Vca;
 Anexo 14: ET.GDS.105-00 Régua de Distribuição de Corrente Alternada;
 Anexo 15: ET.ES03 Estruturas de Concreto e Metalicas para subestações;
 Anexo 16: ET.HA01 Haste de Aterramento Aco-cobre;
 Anexo 17: ET.TU01 Tubos Redondos e Barras Retangulares de Aluminio;
 Anexo 18: ET-UAT-017 Switch Gerenciável Layer 2 - Revisão 2;
 Anexo 19: NTC 40 Painéis;
 Anexo 20: NTC42 Cabos Nus de Alumínio com Alma de Aço – Especificação;
 Anexo 21: NTC43 Cabo de Aço Galvanizado – Especificações;
 Anexo 22: NTC44 Cabos de Controle com Isolação em PVC;
 Anexo 23: NTC46 Unidade Terminal Remota;
 Anexo 24: NTC61 Conectores Elétricos - Especificação e Padronização;
 Anexo 25: NTC70 Ferragens para Linhas e Subestações;

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