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DECRETO 45618 2011, Data: 09/06/2011

Dispõe sobre viagem a serviço e


concessão de diária ao servidor
dos órgãos da Administração
Pública direta, autárquica e
fundacional do Poder Executivo, e
dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que


lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, e
tendo em vista o disposto no art. 139 da Lei nº 869, de 5 de julho de
1952,

DECRETA:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O servidor da Administração Pública direta, autárquica e


fundacional e aqueles que, nos termos deste Decreto, se deslocarem de
sua sede, eventualmente e por motivo de serviço, para participação em
eventos ou cursos de capacitação profissional, farão jus à percepção
de diária de viagem para fazer face às des despesas com alimentação e
pousada.

§ 1º Para os efeitos deste Decreto:

I - sede é a localidade onde o servidor tem exercício;

II - a sede do município e seus distritos são considerados


localidades distintas; e

III - alimentação compreende o café da manhã, o almoço e o


jantar.

§ 2º Os militares e policiais civis terão os procedimentos de


concessão de diárias definidos em regulamento específico.

Art. 2° Os órgãos e entidades devem realizar a programação


mensal das diárias a serem concedidas.

Parágrafo único. Excetuam-se do caput os casos excepcionais ou


atípicos, observado o disposto no § 2º do art. 5º.

Art. 3º A concessão de diária fica condicionada à existência de


cotas orçamentárias e financeiras disponíveis em cada órgão ou
entidade.

Art. 4º São competentes, para autorizar a concessão de diária e


uso do meio de transporte a ser utilizado na viagem, o Secretário de
Estado e o dirigente máximo de órgão autônomo, fundação e autarquia,
admitida a delegação de competência.

Art. 5º As diárias, até o limite de dez, serão pagas


antecipadamente.
§ 1º As diárias que excederem o limite referido no caput serão
autorizadas mediante justificativa fundamentada e poderão ser pagas
parceladamente, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade,
admitida a delegação de competência.

§ 2º Nos casos de emergência, as diárias poderão ser pagas após


o início da viagem do servidor, mediante justificativa fundamentada do
servidor ou da chefia da unidade administrativa ao dirigente máximo do
órgão ou entidade e por este aprovada, admitida a delegação de
competência.

§ 3º Fica a Secretaria de Estado de Governo autorizada a cumprir


os prazos estabelecidos no § 3º do art. 25 do Decreto nº 37.924, de 16
de maio de 1996, sem prejuízo de suas demais condições, quando da
execução de despesas relativas ao caput para acompanhamento do
Governador do Estado.

Art. 6º É vedado aos órgãos ou entidades celebrar convênios,


entre si ou com terceiros, para custeio de despesas de diárias de seu
pessoal, em desacordo com os valores e normas deste Decreto.

Art. 7º A diária não é devida nas seguintes hipóteses:

I - no período de trânsito, ao servidor que, por motivo de


remoção ou transferência, tiver que mudar de sede;

II - no deslocamento do servidor com duração inferior a seis


horas;

III - no deslocamento para localidade onde o servidor resida;

IV - no caso de utilização de contratos para a prestação de


serviços de reserva, emissão e alteração de passagens aéreas,
nacionais e internacionais, de reservas de hospedagem para grupos de
servidores e de reservas individuais de hospedagem, por meio de
agências de viagens, quando estes contemplarem pousada e alimentação,
nos termos dos incisos II e III do § 1º do art. 36;

V - quando fornecidos alojamento, ou outra forma de pousada, e


alimentação pela Administração Pública ou pelo evento para o qual
esteja inscrito; e

VI - cumulativamente com outra retribuição de caráter


indenizatório de despesas com alimentação e pousada.

Parágrafo único. Constitui infração disciplinar grave, punível


na forma da lei, conceder ou receber diária indevidamente.

CAPÍTULO II

DA DIÁRIA DE VIAGEM

Seção I

Da Solicitação
Art. 8º A solicitação deverá ser feita por meio de utilização do
formulário constante no sítio eletrônico da Secretaria de Estado de
Planejamento e Gestão – SEPLAG – ou via sistema eletrônico
disponibilizado pela SEPLAG.

§ 1º Os órgãos e entidades da Administração Pública direta,


autárquica e fundacional ficam autorizados a arcar com despesas de
diárias de viagem, de passagens e dos adiantamentos constantes nos
incisos I, II e III do art. 25 do Decreto nº 37.924, de 1996, a
servidor de outros órgãos e entidades nos casos de deslocamento para
prestação de serviços necessários e devidamente justificados pela
autoridade competente.

§ 2º Na hipótese do § 1º, o servidor fica obrigado a apresentar,


ao órgão e entidade a que prestou o serviço, o relatório de viagem e
restituir, se for o caso, os valores recebidos em excesso nos termos
do art. 26.

Art. 9º Identificada a necessidade de deslocamento do servidor


para fins de obtenção de passaporte ou de visto, o dirigente máximo do
órgão ou entidade poderá autorizar o pagamento das despesas geradas em
virtude do deslocamento, admitida delegação de competência.

Art. 10. A viagem que ocorrer no sábado, domingo ou feriado será


expressamente justificada pelo servidor e autorizada pelo dirigente
máximo do órgão ou entidade, admitida delegação de competência.

Art. 11. Os membros de Conselhos Estaduais que, eventualmente,


se deslocarem da sede, por motivo de serviço no desempenho de suas
funções, farão jus à percepção de diárias para custeio de despesas com
alimentação e pousada, de acordo com as normas estabelecidas neste
Decreto e com os valores fixados para a faixa II do Anexo I.

Parágrafo único. As diárias e o uso do meio de transporte a ser


utilizado na viagem dos membros de que trata o caput deverão ser
autorizados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade que arcar com
os custos do deslocamento.

Art. 12. Poderão ser pagas as despesas de pousada, alimentação,


passagens e custos de deslocamento, a colaboradores eventuais que
atendam ao interesse da Administração Pública do Poder Executivo.

§ 1º São considerados como colaboradores eventuais, as pessoas


que, não possuindo vínculo com a Administração Pública do Poder
Executivo, e que não estejam formalmente prestando serviço técnico-
administrativo especializado, forem convidadas a prestar algum tipo de
colaboração ao Estado de forma gratuita, em caráter transitório ou
eventual.

§ 2º Para o pagamento das despesas com alimentação e pousada


previstas no caput, serão observadas as normas estabelecidas neste
Decreto e aplicado, como limite para aferição dos valores devidos, o
maior valor constante nos Anexos I e II.

§ 3º Os valores poderão ser pagos de forma antecipada ou por


meio de reembolso, competindo à unidade administrativa responsável por
convidar o colaborador eventual a prestação de contas das despesas nos
termos do art. 25 deste Decreto.
Seção II

Dos Termos Inicial e Final

Art. 13. As diárias de viagem serão concedidas conforme o


período de afastamento do servidor da respectiva sede.

§ 1º Para efeito deste Decreto, serão considerados como termos,


inicial e final, para contagem do período de afastamento,
respectivamente:

I - o horário da partida do veículo oficial do seu local de


guarda e o horário de retorno do veículo oficial ao seu local de
guarda registrados na autorização de saída de veículo oficial;

II - em viagens nacionais por meio de transporte rodoviário, o


horário de embarque no local de origem e o horário de desembarque no
retorno ao local de origem, constantes no comprovante de passagem;

III - em viagens nacionais por meio de transporte aéreo, o


horário de desembarque no local de destino e o horário de embarque no
retorno ao local de origem, constantes no cartão de embarque;

IV - em viagens internacionais, por meio de transporte


rodoviário ou aéreo, o horário de desembarque no exterior e o horário
de embarque no exterior para retorno ao Brasil, constantes no
comprovante de passagem para transporte rodoviário ou no cartão de
embarque para transporte aéreo;

V - no caso de atrasos em viagens nacionais aéreas e viagens


internacionais aéreas ou rodoviárias, o horário de desembarque no
local de destino e o horário de embarque no retorno ao local de
origem, constantes em declaração da empresa responsável pelo
deslocamento, com os reais horários de partida e de chegada da viagem
e, no caso de viagem aérea, o horário de embarque do servidor.

§ 2º Será admitida, como meio de comprovação de atrasos em


viagens aéreas contemplados no inciso V do § 1º, a consulta eletrônica
realizada em sítio eletrônico oficial da Empresa Brasileira de
infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO.

Seção III

Dos Valores

Art. 14. Os valores das diárias de viagem são os constantes nas


Tabelas dos Anexos I e II.

§ 1º Os valores das diárias de viagem, os critérios e a relação


dos municípios especiais, constantes no Anexo III, podem ser alterados
por resolução conjunta dos Secretários de Estado de Planejamento e
Gestão e de Fazenda, o que observará os limites estabelecidos pela
Câmara de Coordenação Geral, Planejamento, Gestão e Finanças.
§ 2º Os órgãos e entidades poderão ter tabelas de diárias
diferenciadas desde que seus valores não ultrapassem os limites
previstos nos Anexos I e II, salvo as hipóteses de que trata o § 1º.

§ 3º No caso de servidor ocupante ou detentor de mais de um


cargo ou de função pública, o cálculo da diária terá como base o cargo
ou a função cujo desempenho das atividades motivou a viagem.

§ 4º O servidor ocupante de cargo efetivo ou detentor de função


pública no exercício de cargo em comissão poderá optar por aquele
sobre o qual será calculada sua diária de viagem.

Art. 15. As despesas de viagens nacionais do Governador e do


Vice-Governador do Estado serão pagas com a adoção de um destes
critérios:

I - pelos valores correspondentes à faixa III da Tabela de


Valores do Anexo I;

II - pelo sistema de indenização dos valores gastos, mediante


apresentação dos documentos legais comprobatórios de sua realização;

III - pelo regime de adiantamento, tendo por base a previsão de


despesas; e

IV - por meio de utilização do contrato com agência de viagem.

Seção IV

Da Aferição dos Valores

Art. 16. As diárias de viagem serão concedidas pelo período de


afastamento do servidor da respectiva sede, apurado conforme o art.
13.

Art. 17. Será concedida diária integral:

I - quando o servidor se afastar por período igual ou superior a


doze horas e inferior a vinte e quatro horas, havendo comprovação de
pagamento de pousada por meio de documento legal ou equivalente; e

II - quando o servidor se afastar por período igual ou superior


a vinte e quatro horas, facultada a apresentação do comprovante legal
ou equivalente.

Art. 18. Serão concedidas diárias parciais nas porcentagens


indicadas, aplicadas sobre os valores constantes nos Anexos I e II,
nas seguintes situações:

I - cinquenta por cento, para cada período de afastamento igual


ou superior a doze horas e até vinte e quatro horas:

a) em que houver alimentação ou pousada gratuita incluídas em


evento para o qual o servidor esteja inscrito, ou em cidade na qual
estiver em serviço;

b) em que não houver comprovação de despesas com hospedagem; e


II - trinta e cinco por cento, quando o período de afastamento
for igual ou superior a seis horas e inferior a doze horas.

Art. 19. Para aferição do valor das diárias de viagem, quando o


deslocamento envolver município especial, sem prejuízo do disposto no
art. 13, deverão ser usados os seguintes critérios:

I – para viagens que contemplarem apenas municípios especiais e


para viagens a diversos municípios sem hospedagem, serão utilizados os
valores previstos no Anexo I para municípios especiais;

II – para viagens a diversos municípios com hospedagem, serão


utilizados os valores previstos no Anexo I de acordo com o município
em que ocorreu a hospedagem.

Parágrafo único. Na hipótese de deslocamento da cidade para


distrito, ou vice-versa, ou entre distritos pertencentes ao mesmo
município, o valor da diária não será o atribuído a município
especial.

Art. 20. O servidor que, por convocação expressa, afastar-se de


sua sede na condição de assessor ou de representante do Governador do
Estado, Vice-Governador, Secretário de Estado, Secretário-Adjunto e
dirigente máximo de órgão autônomo, fundação e autarquia, e seus
respectivos vices, fará jus ao mesmo tratamento dispensado a essas
autoridades no que se refere às despesas de viagem.

Parágrafo único. Quando dois ou mais servidores, que recebam


diárias com valores diferenciados, viajarem para participar de uma
mesma atividade técnica, será concedida a todos diária equivalente à
do servidor que estiver enquadrado na faixa superior, desde que
autorizado pelo dirigente máximo do órgão ou entidade, admitida a
delegação de competência.

Seção V

Da Diária Internacional

Art. 21. O deslocamento de servidor em viagem oficial ao


exterior somente ocorrerá após expressa autorização do Governador do
Estado ou de autoridade por ele delegada, nos termos da legislação
aplicável.

§ 1º As viagens ao exterior em que os recursos, totais ou


parciais, correrem à conta de dotações orçamentárias dos órgãos e
entidades, ainda que originados de receitas próprias ou de convênios,
são consideradas como de ônus para o Estado.

§ 2º A aquisição de moeda estrangeira será efetuada pelo órgão


ou entidade em que estiver lotado o servidor junto à instituição
credenciada, não se admitindo a concessão de adiantamento de numerário
ao servidor para este fim.

§ 3º O servidor poderá optar por receber o valor autorizado das


diárias, conforme Anexo II:

I – em espécie, em dólares americanos, para destinos no


exterior, exceto Zona do Euro;
II – em espécie, em euro ou dólares americanos, para destinos na
Zona do Euro; ou

III – por meio de crédito em conta, na moeda nacional, para


quaisquer localidades no exterior.

CAPÍTULO III

DOS MEIOS DE TRANSPORTE

Seção I

Das Passagens Rodoviárias e Aéreas

Art. 22. Ao servidor poderá ser concedido adiantamento de


numerário para aquisição de passagens, exceto aéreas, caso não seja
utilizado para viagem veículo oficial ou passe, ou quando não forem
fornecidas por força do contrato a que se refere o art. 36.

§ 1º O bilhete de transporte rodoviário deverá ser adquirido em


classe convencional, em conformidade com as datas e os horários do
compromisso que originar a demanda.

§ 2º Em casos excepcionais, devidamente justificados pelo


servidor, o ordenador de despesa poderá autorizar viagem por meio de
transporte rodoviário em outra classe.

§ 3º As eventuais mudanças, por interesse pessoal, no horário do


ônibus que possam acarretar multa ou mudança no valor final da
passagem serão custeadas pelo servidor.

Art. 23. As diretrizes referentes a serviços de reserva, emissão


e alteração de passagens aéreas, nacionais e internacionais, a
reservas de hospedagem para grupos de servidores, também denominados
“pacotes”, e a reservas individuais de hospedagem, por meio de
agências de viagens, serão estabelecidas em regulamento específico.

Seção II

Do Uso de Veículos Particulares

Art. 24. Não são autorizadas viagens de servidor em veículos


particulares, exceto:

I - em veículo locado do prestador de serviço ou cedido a órgão,


fundação ou autarquia;

II - em veículo do próprio servidor, no interesse deste e do


serviço, desde que previamente autorizado pelo dirigente máximo do
órgão ou entidade, admitida a delegação de competência.

§ 1º Na hipótese em que a viagem se der por meio de veículo


particular, o condutor do veículo deverá informar a data e o horário
previstos para início e término da viagem para autorização do
dirigente máximo do órgão ou entidade.
§ 2º Na hipótese do inciso II, a SEPLAG estabelecerá normas
sobre a forma de indenização das despesas realizadas pelo servidor que
utilizar veículo de sua propriedade em viagens a serviço.

§ 3º Até que sejam estabelecidas as normas a que se refere o §


2º, o servidor que utilizar, em viagens a serviço, veículo de sua
propriedade, fará jus, exclusivamente, à indenização das despesas com
combustível e com pedágio, podendo receber adiantamentos.

CAPÍTULO IV

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 25. Em todos os casos de deslocamento para viagem previstos


neste Decreto, o servidor é obrigado a apresentar relatório de viagem
no prazo de cinco dias úteis subsequentes ao retorno à sede, devendo,
para isso, utilizar formulário constante no sítio eletrônico da SEPLAG
ou em sistema eletrônico disponibilizado pela SEPLAG.

§ 1º A prestação de contas deverá conter:

I - documento comprobatório dos termos inicial e final,


obedecido o disposto no art. 13;

II - nota fiscal ou documento equivalente da hospedagem, quando


for o caso;

III - documentos comprobatórios de despesas realizadas com


adiantamentos, constantes nos incisos I, II e III do art. 25 do
Decreto nº 37.924, de 1996;

IV - declaração do servidor contendo o horário de partida e de


chegada na sede e o valor pago, quando o servidor se deslocar para
municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte em que o meio de
transporte utilizado não emitir o bilhete de passagem; e

V - cópia do certificado ou declaração de participação em


evento, quando a viagem do servidor tiver por finalidade a
participação em cursos, seminários, treinamentos ou similares.

§ 2º Caso necessário, poderão ser solicitados ao servidor


documentos complementares pela chefia imediata ou pelo ordenador de
despesa para a prestação de contas.

Art. 26. São hipóteses de restituição de valores recebidos


antecipadamente a título de diária, de passagem e ou de adiantamento:

I - quando, por qualquer motivo, a viagem não for realizada, os


valores serão restituídos em sua totalidade no prazo máximo de cinco
dias úteis contados da data do cancelamento da viagem;

II - quando o servidor, em seu relatório de viagem, aferir a


necessidade de restituição, devendo efetuá-la no prazo máximo de cinco
dias úteis contados da data do relatório de viagem; e

III - quando o setor responsável pela verificação do relatório


de viagem aferir a necessidade de restituição, devendo o servidor
efetuá-la no prazo máximo de cinco dias úteis contados da notificação
recebida pelo servidor.

Parágrafo único. A restituição deverá ser feita por meio de


Documento de Arrecadação Estadual – DAE.

Art. 27. Caso a viagem do servidor ultrapasse a quantidade de


diárias solicitadas, ocorrerá o ressarcimento das diárias
correspondentes ao período prorrogado, com justificativa fundamentada
e mediante autorização do dirigente máximo do órgão ou entidade,
admitida a delegação de competência.

Art. 28. Nos casos em que o servidor viajar sem fazer jus à
diária de viagem, apresentará somente o relatório técnico.

Art. 29. Fica autorizado a apresentar uma única prestação de


contas, compreendendo todo o período da viagem, o servidor que
realizar viagens ininterruptamente durante o lapso temporal máximo de
trinta dias, hipótese em que deverá prestá-las de forma consolidada no
prazo máximo de cinco dias úteis subsequentes ao seu retorno
definitivo à sede.

Parágrafo único. Consideram-se viagens ininterruptas as viagens


realizadas de forma sequencial, em que o lapso temporal entre o termo
final de uma viagem e o termo inicial da viagem subsequente for
inferior ao prazo de cinco dias úteis para a prestação de contas.

Art. 30. Serão de inteira responsabilidade do servidor eventuais


alterações de percurso ou de datas e horários de deslocamento, quando
não autorizados ou determinados pela Administração.

Art. 31. O processo de prestação de contas é de inteira


responsabilidade do servidor.

Art. 32. A responsabilidade pelo controle das viagens e da


prestação de contas é, respectivamente, do ordenador de despesa e da
chefia imediata do servidor.

Art. 33. O descumprimento do disposto neste Capítulo sujeitará o


servidor ao desconto integral imediato em folha de pagamento, sem
prejuízo de outras sanções legais.

CAPÍTULO V

DO REEMBOLSO DE DESPESAS

Art. 34. Aplica-se o regime de adiantamento para as despesas


constantes nos incisos I, II e III do art. 25 do Decreto nº 37.924, de
1996.

Parágrafo único. Será permitido o reembolso das despesas, quando


não for solicitado o adiantamento, desde que devidamente justificadas
e aprovadas pelo ordenador de despesa.

Art. 35. No caso de atrasos, escalas e conexões em viagens


nacionais e internacionais por período superior a quatro horas, será
feito o reembolso de despesas com alimentação e pousada, mediante
comprovantes e justificativa encaminhados para o ordenador de despesa
para aprovação do reembolso, desde que observado o princípio da
razoabilidade e limitados os gastos, em qualquer caso, aos valores
previstos nos Anexos I e II.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 36. Poderão ser celebrados contratos para a prestação de


serviços de reserva, emissão e alteração de passagens aéreas,
nacionais e internacionais, de reservas de hospedagem para grupos de
servidores e de reservas individuais de hospedagem, por meio de
agências de viagens, nos termos de regulamento.

§ 1º O contrato contemplará, em conjunto ou separadamente:

I - aquisição de passagens, com ou sem traslado;

II - pousada, incluindo alimentação;

III - pacotes de hospedagens para servidores em rede hoteleira,


ficando facultada, a critério da contratante, a utilização dos
serviços de alimentação, salas de reuniões e fornecimento de lanches.

§ 2º O órgão ou entidade fará opção pela solução mais econômica


e viável, tanto do pagamento de diária, como da utilização de contrato
com agenciador, limitados os gastos com alimentação e pousada, em
qualquer caso, aos valores previstos nos Anexos I e II.

§ 3º Não será permitido o reembolso de despesas extras com


bebidas alcoólicas, telefonemas particulares e despesas equivalentes.

Art. 37. Aplica-se o disposto neste Decreto às empresas públicas


estaduais subvencionadas. (Alterado pelo Decreto 46111, de 17/12/2012)

Art. 37. É facultado às empresas públicas estaduais


subvencionadas a edição de norma própria sobre a matéria regulada
neste Decreto.

§ 1º Na hipótese de edição de norma própria, é condição de


validade a aprovação prévia de seu conteúdo pela SEPLAG.

§ 2º Na ausência de norma própria, aplica-se o disposto neste


Decreto.

Art. 38. Responderão solidariamente pelos atos praticados em


desacordo com o disposto neste Decreto oordenador de despesa, a chefia
imediata e o servidor.

Art. 39. Situações excepcionais deverão ser encaminhadas para


exame da SEPLAG.

Art. 40. O § 1º do art. 25 do Decreto nº 37.924, de 1996, passa


a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 25. ...................................................

§ 1º A concessão de adiantamento para as despesas previstas nos


incisos I, II e III depende da autorização da viagem, devendo a
prestação de contas ser cumprida no prazo máximo de cinco dias úteis,
contados da data do retorno à sede.

..........................................................” (nr)

Art. 41. Os incisos I e II do art. 30 do Decreto nº 37.924, de


1996, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 30. ...................................................

I - Vice-Governador, Secretário de Estado, Advogado-Geral do


Estado e Controlador-Geral do Estado: até R$800,00 (oitocentos reais);

II – Secretário-Adjunto de Estado, Advogado-Geral Adjunto do


Estado, Controlador-Geral Adjunto do Estado, servidores investidos em
cargos de provimento em comissão do Grupo de Direção e Assessoramento
– DAD – que exerçam atividades inerentes à chefia de Gabinete do Vice-
Governador ou de Secretaria de Estado, Subsecretário de Investimentos
Estratégicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e
dirigente máximo de órgãos autônomos, autarquias e fundações: até
R$500,00 (quinhentos reais);

..........................................................” (nr)

Art. 42. O § 2º do art. 4º do Decreto nº 45.444, de 6 de agosto


de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º ....................................................

§ 2º Ao contratar o pacote de hospedagem, o órgão ou entidade


não concederá diárias diretamente aos servidores e os valores das
diárias de hotel e alimentação deverão respeitar os valores e faixas
previstos no Decreto nº 45.618, de 9 de junho de 2011

....................................................” (nr)

Art. 43. O art. 7º do Decreto nº 45.444, de 2010, fica acrescido


do § 1º passando o seu parágrafo único a vigorar como § 2º:

“Art. 7º .................................................

§ 1º O servidor, em viagem oficial ao exterior, terá sua


passagem adquirida na classe econômica.

§ 2º Os bilhetes que forem emitidos em datas distintas das


previstas para início e término do compromisso deverão ser
justificados pelo servidor e aprovados pelo titular da sua unidade
administrativa de exercício ou autoridade equivalente.” (nr)
Art. 44. O art. 8º do Decreto nº 45.444, de 2010, passa a
vigorar com a seguinte redação:

“Art. 8º Terão direito à classe executiva o Secretário de


Estado, o Secretário de Estado Adjunto e o Subsecretário.

Parágrafo único. A Câmara de Coordenação Geral, Planejamento


Gestão e Finanças poderá autorizar, quando devidamente justificada, as
demais autoridades a utilizarem a classe executiva.” (nr)

Art. 45. Não se aplica o disposto neste Decreto para as viagens


que tenham sido iniciadas, conforme definições de termos iniciais do
art. 13, quando de sua entrada em vigor.

Art. 46. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 47. Ficam revogados:

I - o Decreto nº 44.448, de 26 de janeiro de 2007;

II - o inciso VII do art. 31 do Decreto 44.873, de 14 de agosto


de 2008;

III - o Decreto nº 45.207, de 28 de outubro de 2009;

IV - o Decreto nº 45.258, de 22 de dezembro de 2009;

V - o Decreto nº 45.316, de 3 de março de 2010; e

VI - o Decreto nº 45.407, de 26 de junho de 2010.

Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 9 de junho de 2011;


223º da Inconfidência Mineira e 190º da Independência do Brasil.

ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA

Danilo de Castro

Maria Coeli Simões Pires

Renata Maria Paes de Vilhena


ANEXO I

(a que se refere o art. 14 do Decreto nº 45.618, de 9 de junho de 2011)

Tabela de Valores - Viagens Nacionais

DESTINO FAIXA I (R$) FAIXA II (R$) FAIXA III (R$)


Capitais, inclusive Belo Horizonte R$ 210,00 R$ 273,00 R$ 386,00
Municípios Especiais e Municípios de outros Estados que não sejam capitais R$ 177,00 R$ 210,00 R$ 353,00
Demais Municípios R$ 120,00 R$ 150,00 R$ 206,00

Enquadramento:

Faixa I: Servidor que exerça cargo efetivo ou em comissão que exija até o nível médio de escolaridade, bem
como o servidor que exerça função pública que exija até esse nível de escolaridade.

Faixa II: Servidor que exerça cargo efetivo ou em comissão que exija nível superior, bem como o servidor que
exerça função pública que exija esse nível de escolaridade e os membros de Conselhos Estaduais.

Faixa III: Secretário-Geral, Secretário de Estado, Secretário-Adjunto, Subsecretário, Dirigente Máximo de


Órgão Autônomo, Fundação e Autarquia e seus respectivos Vices, Comandante de Aeronave, Comandante de Avião,
Comandante de Avião a jato, Piloto de Helicóptero, Primeiro Oficial de Aeronave e servidores investidos em cargos de
provimento em comissão do Grupo de Direção e Assessoramento que estejam no nível DAD-8, DAD-9, DAD-10 ou DAD-11 ou
DAI-26, DAI-27, DAI-28 ou DAI-29 e exerçam atividades inerentes à chefia de gabinete do Vice-Governador ou de
Secretaria de Estado ou às assessorias especiais do Governador.
ANEXO II

(a que se refere o art. 14 do Decreto nº 45.618, de 9 de junho de 2011)

Tabela de Valores - Viagens ao Exterior

Servidor Localidade/Valor(U$) Localidade/Valor (€)


América do Sul e América Demais Localidades no Zona do Euro
Central exterior exceto Zona do
Euro
Governador do Estado; Vice-Governador do Estado 400 550 400
Secretário-Geral, Secretário de Estado, Secretário Adjunto de 350 450 350
Estado
Demais Autoridades – Subsecretário, Dirigente Máximo de 300 400 300
Órgão Autônomo, Fundação e Autarquia e seus respectivos
Vices e servidores investidos em cargos de provimento em
comissão do Grupo de Direção e Assessoramento que
estejam no nível DAD-8, DAD-9, DAD-10 ou DAD-11 ou
DAI-26, DAI-27, DAI-28 ou DAI-29 e exerçam atividades
inerentes à chefia de Gabinete do Vice-Governador ou de
Secretaria de Estado ou às assessorias especiais do
Governador.
Demais Servidores 300 300 250
ANEXO III

(a que se refere o § 1º do art. 14 do Decreto nº 45.618, de 9 de junho de 2011)

Relação dos Municípios Especiais

1. Araxá;

2. Caxambú;

3. Contagem;

4. Ipatinga;

5. Juiz de Fora;

6. O uro Preto;

7. Patos de Minas;

8. Tiradentes; e

9. Uberlândia.

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