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Conceitos Básicos:
Carboidratos: é um macronutriente formado por moléculas de carbono,
hidrogênio e oxigênio, e quando esse macronutriente é ingerido, digerido e absorvido é
responsável por liberar glicose, que quando é oxidada gera energia para que o nosso
corpo desempenhe suas funções fisiológicas, por isso, o carboidrato é considerado a
maior fonte de energia. Porém, sua função não é apenas o fornecimento de energia, pois
ela também confere função estrutural como exemplo da celulose e quitina.
PS.: O cérebro é um dos órgãos que não funcionam sem glicose disponível na
corrente sanguínea, quando há uma diminuição no consumo deste nutriente há uma
produção exagerada de corpos cetônicos, uma vez que o organismo utiliza proteínas
como fonte de energia.
Metabolismo:
Essa glicose que é absorvida pode ter vários destinos, mas todos eles têm as
mesmas funções: ser oxidada para formação de energia, ou armazenada para um uso
futuro. A geração de energia ocorre através da respiração celular, que é dívida em três
partes: Via glicolítica/glicólise, ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória. Pode também ser
armazenada em forma de glicogênio através da glicogênese, e esse glicogênio pode ser
degradado para a liberação de glicose livre através da glicogenólise. A glicose também
pode ser formada a partir de componentes não-glicídicos (gliconeogênese).
Via Glicolítica/Glicólise:
É a primeira via metabólica e a melhor de ser entendida, essa via é a única que
vai ocorrer fora da mitocôndria, ocorre mais precisamente no citosol da célula, e o
objetivo é unicamente oxidar uma molécula de glicose em duas moléculas de piruvato,
não pode ser considerado uma fonte de geração de energia por ter uma baixa formação
de ATP. Essa via é constituída de 10 reações e essas reações são divididas em duas
fases, onde as cinco primeiras reações consistem na fase de empréstimo onde é
investido 2 ATPs para poder clivar uma molécula em duas, e a segunda etapa consiste
nas cinco últimas reações denominada de fase de pagamento. Todas essas reações são
mediadas por enzimas, que vão atuar colocando ou retirando determinados componentes
nas moléculas.
Ao chegar na quarta reação a molécula de frutose 1,6-bifofsfato é clivada em
Gliceraldeído 3-fosfato (GAP) e Di-hidroxiacetona (DAHP) fosfato, e como é
necessário duas moléculas e GAP para que todas as reações ocorram em dobro, então
esse DAHP é convertido na quinta reação, levando em consideração que tudo agora
ocorrerá duas vezes.
A regulação dessa via vai ocorrer mediada por três enzimas; Hexoquinase,
fosfofrutoquinase e piruvatoquinase.
Destino do Piruvato:
Aeróbico:
Com uma boa disponibilidade de O2 o piruvato entra na mitocôndria para ser
descarboxilado e desidrogenado a Acetil-CoA, que será utilizado no Ciclo de Krebs
para a geração de NADH e FADH2, moléculas precursoras da cadeia respiratória.
Anaeróbico:
Outros monossacarídeos como frutose e galactose podem ser usados como fonte
de energia, basta transformá-los em intermediários da via glicolítica, isso ocorre quando
há a adição de fosfato no carbono 6.
Frutose:
As enzimas irão catalisar a conversão da frutose em frutose 1-fosfato, e logo
após realizam também a clivagem em Di-hidroxiacetona fosfato e gliceraldeído,
promovem também a fosforilação do gliceraldeído em gliceraldeído 3-fosfato. Desse
modo a frutose já entra na quinta reação da via glicolítica, isso a torna uma forma mais
rápida do que a glicose.
Galactose:
Do mesmo modo que a frutose, a galactose também tem que ser fosforilada, Essa
Frutose 1-fosfato
fosforilação ocorre através de uma galactoquinase, e um ATP será o doador do fosfato
para essa fosforilação, é formada uma molécula de galactose 1-fosfato, que reage com
uma UDP-Glicose formando UDP-galactose e glicose 1-fosfato, pois a galactose 1-
fosfato não pode entrar na via. Então a glicose 1-fosfato entra na via e é rapidamente
transformada em glicose.
Gliceraldeído Di-hidroxiacetona
Essa UDP-galactose que foi formada é novamente metabolizada em UDP-
glicose para reagir com outras moléculas de galactose 1-fosfato. Desse modo, o UDP só
é utilizado para ativar a galactose
Galactose 1-fosfato
UDP-Glicose
UDP-Galactose
Glicose 1-fosfato
Glicose 6-fosfato
Ciclo do Ácido Tricarboxílico/Ciclo de Krebs (C.K)
A enzima promove a
liberação de H+, que irá se Ocorre novamente perda
juntar a um FAD, de um carbono em forma
formando FADH2, que de CO2, ocorre outra
será usado na cadeia A enzima promove a saída da coenzima A, formação de NADH, e por
respiratória, assim como o ocorre então a junção de um fosfato fim a entrada de uma CoA
NADH inorgânico (Pi) a uma molécula de GDP
formando então GTP, esse GTP doa esse
fosfato para um ADP ocorrendo então a
Ao final das reações, o oxaloacetato é restaurado e devolvido à matriz
mitocondrial, onde estará pronto para se unir a outra molécula de acetil-CoA e
recomeçar o ciclo. O saldo final do ciclo é de 3 NADH, 1 FADH2 e 1 ATP, onde esses
NADH e FADH2 serão usados na última etapa da respiração celular: a cadeira
respiratória, que irá utilizá-los para a formação de ATP.
Regulação do ciclo
2 do complexo III
Glicogênese
Proveniente da via
glicolítica ou
oxidação da
galactose
Glicogenólise
O hormônio que atua nessa via é o Glucagon, por ser um hormônio catabólico,
estimula a quebra do glicogênio, evitando assim que ocorra uma hipoglicemia.
Interação entre os hormônios:
Gliconeogênese
Se um indivíduo ficar sem se alimentar por mais de cinco horas o seu corpo já
vai ter utilizado toda a glicose livre e possivelmente todo o glicogênio do seu corpo,
então o glucagon começará a estimular a quebra de proteínas e triglicerídeos, para assim
liberar aminoácidos (principalmente a alanina) e glicerol, para a formação de glicose. O
lactato também é usado, por isso é classificada como sendo uma via que utiliza
componentes não glicídicos.
O glicerol pode ser convertido a Di-hidroxiacetona fosfato, e já ser inserido na
via glicolítica.
Essa frutose 6-fosfato reverte até glicose 6-fosfato, essa molécula também sofre
hidrólise promovendo a
saída do fosfato e a molécula
passa a ser glicose livre,
concluindo assim o terceiro desvio.
Ciclo de
Cori
Durante um curto período
de intenso esforço físico, a distribuição de oxigênio aos tecidos musculares pode não ser
suficiente para oxidar totalmente o piruvato. Nestes casos, a glicose é convertida a
piruvato e depois a lactato, através da via da fermentação láctica. Este lactato pode por
consequência se acumular no tecido muscular e difunde-se posteriormente para a
corrente sanguínea. O ciclo evita que o lactato se acumule na corrente sanguínea, o que
poderia provocar acidose láctica. Sendo assim, o ciclo é importante para manter a
glicemia constate durante um período elevado de atividade física.
O ciclo consiste em: o musculo realizar a fermentação lática, jogar este lactato
na corrente sanguínea, o fígado captura esse lactato e através da gliconeogênese
transforma esse lactato em glicose, o fígado joga essa glicose na corrente sanguínea e o
musculo pega novamente para formar glicogênio.