Passa-se para a exploração subterrânea quando o custo de uma tonelada de minério extraido em mina
subterrânea (Cs) for inferior ao custo duma tonelada de minério fresco em mina a céu aberto (Ca).
Contudo, essa relação comparativa entre lavra a céu aberto e subterrânea não é suficiente para exprimir a
relação do capeamento para minério que poderia ser economicamente removido e, consequentemente, os limites
da cava. Isso dependerá do que se chama “razão económica de descobertura”, expressa pela seguinte relação:
Com:
L – lucro desejado e;
Rde > Rdl => parte do jazigo deve ser lavrada à céu aberto e parte subterrânea
Rde < Rdl => todo o jazigo deve ser lavrado a céu aberto
II. Quociente de descobertura marginal ou perspectivo (Rdm): É a quantidade de m3 de estéril que deve
ser removido para atingir uma camada suplementar das reservas mineiras ou é quociente entre a
quantidade de estéril e a de minério extraido entre duas fases de exploração sucessiva.
V1jst – V2jst: volume ou cubagem de estéril por unidade de extensão do jazigo, obtido pela diferença
ente duas fases de exploração sucessiva;
Qmj: tonelagem de minério por unidade de extensão do jazigo, obtida pela diferença entre as
tonelagens de minério entre duas fases de exploração sucessiva.
III. Quociente de descobertura global: É definido como sendo a proporção global do volume total de
estéril da cava final projectada e a tonelagem total de resevas lavráveis m3/t.
Onde:
Rdg: Quociente de descobertura global;
Vst: Volume de estéril removido a certa profundidade;
Qmin: Quantidade de minério removido a certa profundidade.
IV. Quociente de descobertura optimal (Rdo): corresponde a fossa óptima dando a maior margem de
benefício, quer dizer, um proveito máximo. De facto o proveito é a diferença entre as receitas ou
cobranças totais (Ret) e o custo total de exploração (Cte): Prov = Ret – Cte (Cash Flow Bruto).
Para maximizar o ratio proveito é necessário que a primeira derivada do proveito em relação a profundidade de
exploração (Hx) seja nula.