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Costa, I., Garganta, J., Greco, P., & Muller, E. (2010).

Influência do tempo de jogo nos comportamentos


táticos de jogadores de futebol, no Teste GR3-3GR. Revista Mineira de Educação Física, 18(1), 7-25.

Seção: Artigos

Título: Influência do tempo de jogo nos comportamentos táticos de jogadores de futebol,


no Teste “GR3-3GR”

Israel Teoldo da Costa1,2, Júlio Garganta3, Pablo Juan Greco2, Ezequiel Muller3

Agradecimento
Com o apoio do Programa AlBan, Programa de bolsas de alto nível da União Européia para
América Latina, bolsa nº E07D400279BR”.

1
Centro Universitário de Belo Horizonte, UNI-BH, Belo Horizonte, MG-Brasil
2
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG-Brasil.
3
Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto, CIFI2D, FADEUP,
Porto, Portugal.

Endereço para correspondência:


Israel Teoldo da Costa
Centro de Estudos em Cognição e Ação (CECA)
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG
Av. Presidente Antônio Carlos, 6627– Pampulha
Belo Horizonte – MG
Cep: 31.310-250
Fone/Fax: 0XX (31) 3499-2325
e-mail: israelteoldo@gmail.com
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táticos de jogadores de futebol, no Teste GR3-3GR. Revista Mineira de Educação Física, 18(1), 7-25.

RESUMO
O objetivo do presente trabalho consistiu em verificar a influência do tempo de jogo nos
comportamentos táticos de jogadores de futebol, aquando da aplicação do Teste “GR3-3GR”.
Foram avaliadas 1476 ações táticas desempenhadas por 12 jogadores da categoria sub-15. A
análise estatística foi realizada com recurso ao SPSS for Windows, versão 17.0, e constou de
análise exploratória para verificar a normalidade da distribuição, análise descritiva, teste de
homogeneidade, qui-quadrado, teste t para amostras pareadas, teste t para amostras
independentes e teste de fiabilidade. Os resultados mostraram que as equipes do clube A
alteraram o seu comportamento tático coletivo entre os tempos de jogo. Já as equipes do clube B
mantiveram o seu padrão tático de jogo para os dois tempos de aplicação do teste.
Palavras-chave: futebol, tática, princípios de jogo, jogo reduzido, tempo de jogo.

Influence of time spent in tactical behaviours by soccer players in the test “GK3-3GK”
ABSTRACT
The study aim was to check the influence of the size field and the quantity of the time in tactical
behaviours performed by the soccer players in test “GK3-3GK”. The sample analyzed was 1476
tactical actions performed by 12 Under-15s soccer players. For data analysis it was used SPSS
for Windows version 17.0. Descriptive analysis, chi-square test, test of Kolmogorov-Smirnov,
test of Levene, paired-samples T test, independent-samples T test and reliability test were
carried out. The results indicated that the time of exercise, first to second match period,
influenced tactical collective behaviour performed by player of Club A. One other hand, teams
of club B exhibiting similar tactical collective behaviour in both match periods.
Keywords: soccer, tactics, game principles, small-sided games, time spent in exercise.

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táticos de jogadores de futebol, no Teste GR3-3GR. Revista Mineira de Educação Física, 18(1), 7-25.

1. Introdução
No Futebol, as capacidades táticas e os processos cognitivos subjacentes à tomada de
decisão são considerados requisitos essenciais para a excelência do desempenho esportivo. Tal
premissa se fortalece considerando três constrangimentos específicos do jogo: 1) a maioria das
ações ocorre sem que os jogadores estejam em contato direto com a bola (GARGANTA, 1997);
2) jogadores com limitado domínio das habilidades técnicas podem jogar Futebol se tiverem um
nível razoável de compreensão tática (OSLIN; MITCHELL; GRIFFIN, 1998); 3) parco
conhecimento tático pode comprometer a execução eficiente e/ou eficaz das habilidades
técnicas (TEODORESCU, 1984).
Tal perspectiva da tática confere um destaque especial às movimentações dos jogadores
e ao respectivo posicionamento no campo, que se refletem na capacidade de ocuparem e/ou
criarem espaços livres em função dos princípios táticos adequados aos diferentes momentos do
jogo. Os princípios táticos configuram um conjunto de normas sobre o saber-fazer no jogo e,
portanto, proporcionam aos jogadores a possibilidade de conseguirem soluções táticas eficazes
para os problemas decorrentes das situações que defrontam (GARGANTA; PINTO, 1994). Uma
vez subentendidos e adotados pelos jogadores, os princípios táticos auxiliam a equipe no melhor
controle do jogo, na manutenção da posse de bola, na alteração do ritmo de jogo, nas tarefas
defensivas, na gestão das transições entre fases, no alcance mais fácil do gol, etc. (ZERHOUNI,
1980; ABOUTOIHI, 2006). Por isso, quanto mais ajustada e qualificada for a aplicação dos
princípios táticos durante o jogo, melhor poderá revelar-se o desempenho da equipe ou do
jogador na partida.
Buscando desenvolver esses princípios e as competências táticas de jogo, vários
treinadores têm recorrido aos jogos reduzidos para induzir a execução de ações que podem
ocorrer com maior probabilidade durante uma partida (11x11). Dentre a gama de situações
reduzidas que pode ser utilizada nos treinamentos, a situação de três contra três (3x3) configura-
se como sendo a estrutura mínima que confere a ocorrência de todos os princípios táticos
inerentes ao jogo de 11x11 (GARGANTA, 2002). Além disso, os jogos reduzidos possuem uma
forte associação com a componente física (JEFFREYS, 2004; SASSI; REILLY;
IMPELLIZZERI, 2004; RAMPININI et al., 2007; GABBETT; MULVEY, 2008; WELLS et al.,
2008), e por isso tem sido utilizados para promover o condicionamento energético-funcional dos
jogadores.
Das variáveis que podem ser manipuladas nos jogos reduzidos, as relacionadas com o
tempo e com a dimensão do campo parecem ser mais comumente utilizadas pelos profissionais,
devido às suas claras implicações no desenvolvimento da capacidade física e técnica (GRANT
et al., 1999; GRANT; WILLIAMS; JOHNSON, 1999; OWEN; TWIST; FORD, 2004;
REILLY; WHITE, 2004; REILLY, 2005; IMPELLIZZERI et al., 2006; DELLAL et al., 2008;

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COUTTS et al., 2009), bem como no aprimoramento da performance tática (VELEIRINHO,


1999; GRECO, 2006; FRENCKEN; LEMMINK, 2009).
Não obstante, torna-se necessário conhecer as especificidades e características dos
exercícios realizados em espaço reduzido, uma vez que a literatura tem reportado que o cansaço
físico pode interferir nas capacidades cognitivas dos jogadores (GRECO, 1999; RAMPININI et
al., 2007) e que, por consequência, influencia a detecção e a utilização das informações do jogo
necessárias para uma orientação tática adequada a um determinado objetivo (SOUZA; GRECO;
PAULA, 2000; JÚLIO; ARAÚJO, 2005).
Com base nos pressupostos apresentados, o presente trabalho teve por objetivo verificar
de que modo o tempo de jogo podem afetar os comportamentos táticos de jogadores de futebol.

2. Material e métodos
2.1 Amostra
Foram avaliadas 1476 ações táticas, 701 das quais ofensivas e 775 defensivas,
desempenhadas por 12 jogadores sub-15 de dois clubes portugueses. Não foram analisadas as
ações relativas à reposição da bola pela linha lateral nem os tiros-livres.

2.2 Instrumento
O instrumento utilizado no presente estudo foi o Teste “GR3-3GR”, desenvolvido no
Centro de Estudos dos Jogos Desportivos da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
(CEJD-FADEUP). O teste “GR3-3GR” é aplicado em um campo reduzido de 36 metros de
comprimento por 27 metros de largura, durante 4 minutos de jogo. Durante a sua aplicação é
solicitado aos jogadores avaliados que joguem de acordo com as regras oficiais do jogo, com
exceção da regra do “impedimento”.
Através do Teste “GR3-3GR” pode-se avaliar as ações táticas desempenhadas pelos
jogadores com e sem bola de acordo com os princípios táticos fundamentais do jogo de Futebol.
A unidade de observação utilizada no teste é a posse de bola. O conceito de posse de bola foi
baseado do trabalho de Garganta (1997) que o considera quando um jogador respeita, pelo
menos, uma das seguintes situações: (a) realiza pelo menos três contatos consecutivos com a
bola; (b) executa um passe positivo (permite a equipe manter a posse de bola); (c) realiza um
remate (finalização).
A grelha de observação do teste possui as definições, as referências espaciais, as ações
táticas e os indicadores de performance que permitem observar, avaliar e classificar todas as
movimentações realizadas pelos jogadores no jogo. As referências espaciais utilizadas são:
campograma, epicentro de jogo, linha da bola e centro de jogo. O campograma refere-se às
linhas imaginárias traçadas sobre o campo de jogo que permitem dividi-lo em 12 zonas, 3
corredores e 4 setores (GARGANTA, 1997); o epicentro de jogo é o local onde a bola se

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encontra num determinado instante “T”; a linha da bola é marcada transversalmente ao campo
de jogo a partir do epicentro; e o centro de jogo é um círculo imaginário que possui cinco
metros de raio do epicentro de jogo e que, em função da linha da bola, pode ser divido em
metade mais ofensiva e metade menos ofensiva (vide figura 1).
INSERIR FIGURA 1 AQUI
Os dez princípios táticos avaliados no teste são para a fase ofensiva: penetração,
cobertura ofensiva, mobilidade, espaço e unidade ofensiva; e para a fase defensiva: contenção,
cobertura defensiva, equilíbrio, concentração e unidade defensiva. O quadro a seguir mostra o
conceito e a descrição de cada um desses princípios.
INSERIR QUADRO 1 AQUI
A partir da análise das ações táticas desempenhadas pelos jogadores são calculados os
índices de performance tática – IPT´s - (valores entre 0-100 pontos) de acordo com quatro
parâmetros: 1) decisão de realização do princípio tático; 2) qualidade de realização das ações
táticas relacionadas aos princípios táticos; 3) localização da ação tática no campo de jogo e 4)
resultado final da ação.
Os cálculos dos índices de performances de jogo, da fase ofensiva, da fase defensiva e
de cada princípio são feitos com base nas seguintes equações:
Índice de Performance Tática de Jogo (IPTJ)= soma das ações de jogo (decisão de
realização do princípio X qualidade da ação X localização da ação no campo de jogo X
resultado da ação)/número de ações de jogo.

Índice de Performance Tática Ofensiva (IPTO)= soma das ações ofensivas (decisão de
realização do princípio X qualidade da ação X localização da ação no campo de jogo X
resultado da ação)/número de ações ofensivas.

Índice de Performance Tática Defensiva (IPTD)= soma das ações defensivas (decisão
de realização do princípio X qualidade da ação X localização da ação no campo de jogo
X resultado da ação)/número de ações defensivas.

Índice de Performance Tática Princípio (IPTP)= soma das ações do princípio (decisão
de realização do princípio X qualidade da ação X localização da ação no campo de jogo
X resultado da ação)/número de ações do princípio.

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2.3 Procedimento
A recolha de dados foi realizada em dois clubes portugueses, com o consentimento dos
seus responsáveis. Em cada clube foram formadas duas equipes e os atletas receberam
informações sobre o objetivo do teste. Todos os jogadores tinham os seus coletes numerados do
modo a facilitar a respectiva identificação. Concedeu-se aos jogadores 30 segundos de
“familiarização”, findos os quais se deu início ao teste.
O teste “GR3-3GR” foi aplicado nos dois clubes em dois períodos de 4 minutos,
denominados na investigação como primeiro e segundo tempos. Entre esses tempos, as equipes
mudavam de campo de jogo, sem disporem de pausa para descanso.

2.4 Material
Para a gravação dos jogos foi utilizada uma câmara digital PANASONIC modelo NV –
DS35EG. O material de vídeo obtido foi introduzido em formato digital em um computador
portátil (marca LG modelo E500 processador Intel T2370) via cabo (IEEE 1394) convertendo-
os em ficheiros “.avi”. Para o tratamento de imagem e análise do jogo foram utilizados os
softwares Utilius VS e Soccer Analyser. O primeiro consiste em um software específico
destinado à análise e arquivo dos registros observados. O segundo, construído especificamente
para o Teste “GR3-3GR”, permite inserir as referências espaciais do teste no vídeo e possibilita
a avaliação rigorosa do posicionamento e da movimentação dos jogadores no campo de jogo.

2.5 Análise Estatística


Para o tratamento dos dados foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for
Social Science) for Windows®, versão 17.0. Foi realizada a análise descritiva (frequência,
percentual, variação de percentual, média e desvio padrão) para as variáveis princípio,
localização, resultado, índice de performance, número de ações/jogador, percentual de erro e
localização relativa aos princípios. A distribuição normal dos dados foi verificada através do
teste de Kolmogorov-Smirnov e a homogeneidade das variáveis foi assegurada pelo teste de
Levene. O teste qui-quadrado (‫א‬²), com um nível de significância de p<0,05 foi aplicado para
analisar a associação entre princípios, localização e resultados efetuados entre os dois tempos
(PESTANA; GAGEIRO, 2003). O teste t para amostras pareadas foi utilizado para comparar os
dados dos tempos de jogo (1º e 2º) entre as mesmas equipes em função das médias dos “índices
de performance”, “percentual de erro” e “localização relativa aos princípios”. O teste t para duas
amostras independentes foi utilizado para comparar os resultados entre os dois clubes em função
das médias dos “índices de performance”, “percentual de erro” e “localização relativa aos
princípios”. O coeficiente Kappa de Cohen foi utilizado para verificar a fiabilidade intra-
observador.

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2.5.1. Análise da Fiabilidade


As observações do teste “GR3-3GR” foram realizadas por um observador treinado.
Esse observador possui concordância inter-observadores com os outros observadores do grupo
de treinamento acima de 0,80. Para efeitos de aferição da fiabilidade nesse estudo, foram
reavaliadas 246 ações táticas desempenhadas dos jogadores, representando 16,67% da amostra;
valor superior ao de referência (10%) apontado pela literatura (TABACHNICK; FIDELL,
1989).
As sessões para determinar a fiabilidade intra-observador foram realizadas respeitando
um intervalo de 10 dias. O resultado da fiabilidade intra-observador exibiu valor igual a 0,97
(erro padrão 0,02), sendo classificado pela literatura como “perfeito” (LANDIS; KOCH, 1977).

3. Resultados e Discussão
Optou-se por apresentar os dados seguindo a sequência de critérios avaliados no próprio
teste “Gr3-3GR”, ou seja, serão mencionadas primeiramente as informações relativas às
frequências das ações por cada princípio, a localização de execução das mesmas no campo de
jogo e respectivos resultados. Posteriormente, serão expostos os valores referentes às outras
variáveis analisadas: (a) índices de performance tática, (b) número de ações/jogador, (c)
percentual de erros e (d) localização relativa aos princípios. Essa última variável corresponde à
realização das ações táticas relativas aos princípios ofensivos no meio campo defensivo e às
ações táticas relativas aos princípios defensivos no meio campo ofensivo.
A Tabela 1 apresenta a frequência das ações táticas consoantes aos princípios de jogo, à
localização e ao resultado da ação nos dois tempos de jogo realizados pelas equipes dos clubes
participantes.
INSERIR TABELA 1 AQUI
Verifica-se que os jogadores do Clube A realizaram mais ações táticas do que os
jogadores do Clube B tanto no primeiro (416) quanto no segundo tempo (397). Entretanto, as
equipes do Clube B realizaram mais ações táticas no segundo (338) do que no primeiro tempo
(325). Já as equipes do Clube A executaram menos ações táticas no segundo tempo em
comparação com o primeiro, o que pode evidenciar que esses jogadores sentiram mais os efeitos
do cansaço físico na realização das ações táticas.
Em relação à frequência de realização dos princípios, verifica-se que no Clube A
ocorreram mais ações táticas ofensivas relacionadas aos princípios “espaço” no primeiro tempo
(22,36%). No segundo tempo a maior frequência de ações ofensivas foi do princípio “cobertura
ofensiva” (16,62%). Em relação aos princípios defensivos observa-se que tanto no primeiro
quanto no segundo tempo a maior frequência de ações táticas estiveram relacionadas ao
princípio da “unidade defensiva” (20,91% e 23,68%). Para as equipes do Clube B verificam-se

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maiores frequências para os princípios táticos “espaço” (16,62% e 16,57%) e “unidade


defensiva” (19,69% e 23,67%) em ambos os tempos.
Em relação à variação percentual intraclubes verifica-se que as equipes do Clube A
executaram no segundo tempo mais ações táticas relacionadas ao princípio “mobilidade”
(88,61%) e menos ações táticas relacionadas ao princípio “espaço” (36,90%). Esses dados
demonstram aumento de ações táticas dos jogadores entre a linha do último marcador e a linha
de fundo adversária no segundo tempo. Já as equipes do Clube B realizaram nesse tempo mais
ações de “concentração” (44,23%) e menos de “cobertura defensiva” (75,96%), evidenciando
menor número de jogadores dentro do centro de jogo nos momentos de marcação do portador da
bola.
Observando todos os valores de variação percentual intraclube pode-se perceber que o
aumento e o decréscimo de execução das ações táticas foram semelhantes. As equipes do Clube
A e B tiveram aumento de execução de ações táticas relacionadas a três princípios táticos
ofensivos e dois defensivos; e decréscimo de execução de ações táticos relacionadas à dois
princípios táticos ofensivos e três defensivos. Dentre esses, verifica-se que nos princípios
“cobertura ofensiva”, “cobertura defensiva” e “concentração” o tipo de variação não foi
semelhante. Dentre esses três, as equipes do Clube B somente tiveram maior frequência de
execução no princípio da “concentração”.
Na comparação Interclubes verifica-se que as maiores variações de acréscimo e
decréscimo de execução de ações táticas relacionadas aos princípios ofensivos localizaram-se,
respectivamente, nos princípios “espaço” (34,55) e “unidade ofensiva” (38,32%) para o
primeiro tempo e “mobilidade” (43,67%) e “penetração” (43,24%) para o segundo tempo. Em
relação aos princípios defensivos observa-se que essas variações se localizam nos princípios da
“cobertura defensiva” (121,35% e 893,28%) e do “equilíbrio” (52,71% e 40,40%) em ambos os
tempos.
Na Tabela 1 também se observa as localizações das ações táticas executadas pelos
jogadores dos dois clubes. Observa-se que as equipes do Clube A executaram no meio campo
ofensivo mais ações táticas relacionadas aos princípios defensivos no primeiro tempo (28,37%)
e no segundo tempo mais ações relacionadas aos princípios ofensivos (23,43%). Já no meio
campo defensivo essas mesmas equipes realizaram mais ações ofensivas (27,16%) no primeiro
tempo e mais ações defensivas no segundo tempo (33,75%). Esse resultado evidencia
claramente uma mudança de posicionamento tático por parte dessas equipes.
Já as equipes do Clube B tiveram comportamento semelhante nos dois tempos. No meio
campo ofensivo e no meio campo defensivo executaram, respectivamente, mais ações
defensivas e ofensivas em ambos os tempos. Esse resultado mostra que elas não alteraram a
estratégia de jogo e o posicionamento tático em campo.

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Ao verificar a variação percentual intraclube das ações táticas executadas nos dois
tempos pode-se constatar que os comportamentos das equipes foram antagônicos. Enquanto as
equipes do Clube A reduziram no segundo tempo as suas ações defensivas no meio campo
ofensivo (32,51%), as equipes do Clube B aumentaram (8,60%). Já no meio campo defensivo,
enquanto as equipes do Clube A aumentaram as suas ações defensivas (37,66%), as equipes do
Clube B diminuíram (8,42%).
Essa discrepância de comportamentos em termos da localização das ações táticas fica
mais evidente quando se verifica os dados da variação percentual interclubes. Através desses
constata-se que as maiores diferenças entre os clubes estudados se situaram no segundo tempo
de jogo.
A terceira variável da Tabela 1 diz respeito aos resultados das ações táticas. Verifica-se
que os clubes participantes apresentaram semelhanças nas maiores frequências das variáveis
“manutenção da posse” e “posse adversário” presentes nos resultados ofensivos e defensivos,
respectivamente.
Entretanto ao observar os dados da variação percentual intraclube, verifica-se que os
resultados obtidos por esses clubes foram diferentes. Enquanto as equipes do Clube A
conseguiram aumentar a “manutenção fragmentada” (74,64%) e diminuir a “perda da posse
fragmentada” (43,58%), as equipes do Clube B obtiveram maior “perda da posse” (34,12%) e
redução na “manutenção fragmentada” (52,66%). Esses resultados demonstram que apesar dos
dados absolutos dos clubes parecerem semelhantes, as variações de resultados foram
divergentes consoantes as ações táticas desempenhadas.
Em relação à variação percentual interclubes, verifica-se que os resultados foram
divergentes entre os tempos. Enquanto no primeiro tempo as maiores variações percentuais
concentraram-se nas variáveis ofensivas “remate à baliza” (39,56%) e “perda da posse”
(79,49%), no segundo tempo elas se situaram em “manutenção fragmentada” (325,69%) e
“perda da posse fragmentada” (45,82%). Em termos de resultados defensivos pode-se observar
que as maiores variações se localizaram nas variáveis “recuperação da posse” (88,81%) e
“remate à baliza do adversário” (40,17%) no primeiro tempo e nas variáveis “recuperação
fragmentada” (47,61%) “posse adversário fragmentada” (354,07%) no segundo tempo.
Em relação a esses dados foram encontradas diferenças significativas entre o segundo
tempo dos dois clubes. Essas diferenças situaram-se nas variáveis “remate à baliza” (p=0,04) e
“manutenção da posse” (p=0,04), sendo as duas mais executadas pelas equipes do Clube B em
termos percentuais.
A Tabela 2 apresenta as médias e os desvios padrões dos IPT´s, número de
ações/jogador, percentual de erros e localização relativa aos princípios.
INSERIR TABELA 2 AQUI

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Ao analisar os IPT´s do primeiro tempo entre os clubes A e B, verificam-se diferenças


significativas no “total ofensivo” (p=0,00), demonstrando um índice maior para o Clube B
(49,21±3,74). No entanto, devido o IPT do “total defensivo” revelar maiores valores para o
Clube A (30,98±5,97) nos princípios “contenção” (25,98±9,40), “concentração” (32,69±6,29) e
“unidade defensiva” (36,07±11,97), o IPT do “total de jogo” entre o primeiro tempo dos dois
clubes é superior para o Clube A (38,53±6,36).
Ao comparar os dados do segundo tempo verifica-se diferença significativa no IPT do
“total ofensivo” (p=0,01), apesar dos valores dos IPT´s serem semelhantes entre os clubes. Essa
semelhança pode ser explicada em função dos princípios ofensivos “mobilidade” e “unidade
ofensiva” terem valores superiores para as equipes do Clube B, enquanto que nos outros três
princípios ofensivos os valores são superiores para as equipes do Clube A. No IPT “total de
jogo”, observa-se que o Clube A (39,60±2,72) possui valor absoluto superior ao Clube B
(35,43±4,22), provavelmente, devido ao maior índice de performance no “total defensivo”
(33,42±3,70).
Comparando os dois tempos de jogo do Clube B observa-se que os IPT´s ofensivos e
defensivos são maiores no primeiro tempo. Possivelmente isso ocorre devido aos melhores
índices nos princípios “cobertura ofensiva” (54,70±4,92), “mobilidade” (68,44±17,70),
“espaço” (49,38±10,62), “equilíbrio” (29,31±7,08) e “unidade defensiva” (23,76±6,11).
Na comparação dos dois períodos de jogo do Clube A encontraram-se diferenças
significativas no “total ofensivo” (p=0,00) e no “total de jogo” (p=0,03), demonstrando que o
IPT para esses jogadores foi superior no segundo tempo em relação ao primeiro. Esse resultado
se confirma quando se verifica que somente para os princípios “espaço” (46,95±7,17), “unidade
ofensiva” (65,94±9,18) e “concentração” (36,07±11,97) os valores de IPT´s foram superiores no
primeiro tempo.
Em relação à variável “número de ações/jogador”, verificou-se diferenças significativas
entre o primeiro e o segundo tempo do Clube A no princípio “espaço” (p=0,03) e “total
defensivo” (p=0,01). Já no Clube B as diferenças se situaram no “total ofensivo” (p=0,00) e no
“total defensivo” (p=0,00). Ao comparar o primeiro tempo dos dois clubes observam-se
diferenças significativas no “total ofensivo” (p=0,00) e no “total defensivo” (p=0,00). Esses
resultados demonstram que a maior frequência de execução das ações táticas pelo Clube A se
localiza no primeiro tempo, apesar de também existirem diferenças significativas no segundo
tempo para “cobertura defensiva” (p=0,01) e “total defensivo” (p=0,00).
Em relação à variável “percentual de erros” observa-se que no Clube A a média do
“total ofensivo” foi significativamente superior (p=0,03) no segundo tempo comparado ao
primeiro. Já no Clube B os percentuais de erro no “total ofensivo” e no princípio “unidade
ofensiva” foram superiores no primeiro tempo comparativamente ao segundo.

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Entre o primeiro tempo dos dois clubes os princípios “mobilidade” (p=0,03) e “unidade
ofensiva” (p=0,00) manifestaram diferenças significativas no percentual de erros, sendo que os
jogadores do Clube B não cometeram nenhum erro na execução das ações táticas relacionadas
ao princípio “mobilidade”. Por sua vez, os jogadores do Clube A não erraram na execução das
ações táticas relacionadas ao princípio “unidade ofensiva”.
No segundo tempo verificaram-se diferenças significativas nos princípios “mobilidade”
(p=0,03) e “espaço” (p=0,02). Nesses, as equipes do Clube A erraram mais ações táticas
relacionadas ao princípio “mobilidade” e as equipes do Clube B cometeram mais erros nas
ações táticas relacionadas ao princípio “espaço”.
Um dos fatores que propiciaram melhor índice de performance de jogo no segundo
tempo para as equipes do Clube A pode estar associado à localização relativa aos princípios.
Nesta se verificou diferenças significativas no princípio “unidade ofensiva” (p=0,01) e
“equilíbrio” (p=0,03) demonstrando que foram realizadas mais ações do princípio “unidade
ofensiva” em meio campo defensivo no segundo tempo (3,00±2,35) e mais ações táticas do
princípio “equilíbrio” em meio campo ofensivo no primeiro tempo (2,00±1,67). Para as equipes
do Clube B não foram encontradas diferenças significativas para essa variável.
Ao comparar o primeiro tempo entre os clubes A e B verificou-se diferenças
significativas no “total ofensivo” (p=0,01) para a localização relativa aos princípios. Na
comparação entre os segundos tempos dos dois clubes encontraram-se diferenças significativas
no princípio “cobertura defensiva” (p=0,02).

4. Conclusões
Constatou-se que as equipes do clube A realizaram menos ações táticas no segundo
tempo comparativamente ao primeiro. Além disso, essas equipes mudaram o posicionamento
tático coletivo no segundo tempo, deixando de fazer marcação no meio campo ofensivo e
passando a fazer mais ações defensivas no meio campo defensivo. No segundo tempo, essas
equipes também deixaram de explorar os espaços vazios entre equipes e passaram a realizar um
jogo mais direto explorando os espaços existentes nas costas do último defensor, tendo maior
variação percentual nas ações táticas relacionadas ao princípio da “mobilidade”.
As equipes do clube B conseguiram realizar mais ações táticas no segundo tempo e
mantiveram o padrão tático de jogo que explorava, principalmente, as ações táticas relacionadas
aos princípios “espaço” e “unidade defensiva”. As maiores variações nos comportamento táticos
dessas equipes se situaram nos princípios “concentração” e “cobertura defensivas”.
O fator tempo influenciou negativamente as equipes do clube B, porque o índice de
performance de jogo diminuiu entre os tempos. Já as equipes do clube A melhoraram os seus
índices de performance de jogo no segundo tempo.

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Costa, I., Garganta, J., Greco, P., & Muller, E. (2010). Influência do tempo de jogo nos comportamentos
táticos de jogadores de futebol, no Teste GR3-3GR. Revista Mineira de Educação Física, 18(1), 7-25.

Assim, conclui-se que o tempo afetou os comportamentos táticos dos jogadores


principalmente no que diz respeito ao número de ações táticas realizadas, ao tipo de princípio
utilizado e a localização no espaço de jogo que, em conseqüência, possuem implicações na
performance dos jogadores.

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