Toda criança necessita de regras e limites. Parece óbvio, mas não é
exatamente o que costumo identificar no consultório em muitos casos, principalmente quando falo no transtorno desafiador opositivo. Observo diariamente muitos reizinhos, ditadores e pequenos tiranos que dominam, manipulam e mandam nos próprios pais.
Afinal, quem está no comando? Existe uma hierarquia nesse lar?
Portanto, estabeleça as regras da família; seus filhos precisam saber que o “ rei” e “ rainha ” da casa são os pais. Para tanto, famílias que conseguem estabelecer regras claras e objetivas de convivência facilitam o estabelecimento de um ambiente saudável entre pais e filhos. Crianças necessitam de regras muito bem estabelecidas para estruturar suas vidas, portanto os pais devem conversar entre si e dialogar com seus filhos, estabelecendo regras, limites e consequências de mau comportamento ou desobediência. Essas regras podem ser discutidas em reuniões de família, envolvendo os pais e os filhos.
As possíveis consequências por mau comportamento devem ser
realizadas, quando necessário, como um ato de amor, e não como uma simples punição. Atos de ameaça, revanche ou punições físicas e morais, como humilhações, devem ser evitados, pois não servem a nenhum propósito. Bater na criança, por exemplo, poderia reforçar comportamentos agressivos contra outros colegas na escola. Conceitos éticos e morais formados com regras claras e objetivas favorecem a formação de habilidades sociais importantes na criação do caráter e serão utilizados por toda a vida.