Você está na página 1de 30

Sumário

LEGISLAÇÃO PERTINENTE À QUALIDADE DOS MANANCIAIS............................................................................3


PORTARIA 518/2004 – Controle de Qualidade da Água MS.............................................................................4
Competências................................................................................................................................................4
Considerações Importantes...........................................................................................................................4
Padrões a avaliar............................................................................................................................................4
Padrões Microbiológicos...........................................................................................................................4
OBSERVAÇÕES...........................................................................................................................................5
Padrões de Desinfecção.............................................................................................................................6
Padrões Fisico-Químicos e Organolépticos...............................................................................................6
Análises e Reagentes.........................................................................................................................................7
1. MICROBIOLÓGICO..................................................................................................................................7
1.1 Coliformes Totais e Escherichia coli......................................................................................................7
1.2 Cianobactérias e Cianotoxinas..............................................................................................................7
2. FISICO-QUÍMICO....................................................................................................................................8
TURBIDEZ...................................................................................................................................................8
DQO............................................................................................................................................................8
Frequência de Amostragem.........................................................................................................................10
Bacteriológico..........................................................................................................................................10
Fisico-químico..........................................................................................................................................10
Interpretação dos resultados..................................................................................................................11
Características biológicas.............................................................................................................................11
Rede de monitoramento de qualidade de água..........................................................................................11
Poluição de mananciais de abastecimento de água...................................................................................11
Rede de Monitoramento.............................................................................................................................12
ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA).......................................................................................................13
Definições Importantes................................................................................................................................14
Atividades Necessárias.................................................................................................................................14
Definição do Processo de Tratamento..........................................................................................................14
-------------------- Etapas dos Sistemas de Tratamento -----------------------..........................................................15
-------------------- Definição dos Processos de Tratamento -----------------------....................................................16
1. TRATAMENTO PRELIMINAR.................................................................................................................16
1.1 GRADES...............................................................................................................................................16
1.2 UNIDADES DE MICROPENEIRAMENTO...............................................................................................16
1.3 PRÉ-TRATAMENTO..............................................................................................................................16

1
FLOTAÇÃO................................................................................................................................................16
2. CLARIFICAÇÃO......................................................................................................................................17
2.1 FILTRAÇÃO.............................................................................................................................................17
Classificação Dos Filtros...........................................................................................................................17
FILTROS LENTOS.......................................................................................................................................17
FILTROS RÁPIDOS.....................................................................................................................................18
FILTRAÇÃO DIRETA...................................................................................................................................19
Filtração Direta Ascendente – FDA...........................................................................................................19
Filtração Direta Descendente – FDD.........................................................................................................19
Dupla Filtração (Ascendente + Descendente)...........................................................................................19
2.2 COAGULAÇÃO (MISTURA RÁPIDA)........................................................................................................20
Tipos de Coagulante.................................................................................................................................20
Mecanismos de Coagulação.....................................................................................................................21
Teste dos Jarros........................................................................................................................................21
Dispositivos de Mistura Rápida................................................................................................................21
2.2 FLOCULAÇÃO (MISTURA LENTA)...........................................................................................................21
2.3 DECANTADORES.....................................................................................................................................22
Projeto de Instalações..............................................................................................................................23
3. DESINFECÇÃO E FLUORETAÇÃO...............................................................................................................23
PRINCIPAIS AGENTES DESINFETANTES.....................................................................................................23
PRINCIPAIS PRODUTOS SECUNDÁRIOS DA DESINFECÇÃO........................................................................24
Cloração e Formação de Trihalometanos (THM)......................................................................................24
Remoção e Prevenção:.............................................................................................................................25
3.2 FLUORETAÇÃO.....................................................................................................................................25
4. CAPTAÇÃO DE ÁGUA E ESCOLHA DE MANANCIAIS.................................................................................25
4.1 CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS.....................................................................................................................25
4.2 CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS.................................................................................................................26
Aquífero freático ou não-confinado.........................................................................................................26
Aquífero artesiano ou não-confinado.......................................................................................................26
Sistema de Abastecimento..............................................................................................................................27

2
LEGISLAÇÃO PERTINENTE À QUALIDADE DOS MANANCIAIS
NORMA ALVO DESCRIÇÃO
PORTARIA 518/2004 Potabilidade Estabelece procedimentos e responsabilidades relativas ao
MS da água controle e vigilância da qualidade da água para consumo
(PORTARIA 2.914/11 MS) humano e seu padrão de potabilidade.
NBR 12213 Sistema de Projeto de sistemas de captação de água de superfície para
Captação abastecimento público - Procedimento
NBR 12211 Sistema de Estudo de concepção de sistemas públicos de abastecimento de
Abasteciment água - Procedimento
o
NBR 12216/1992 ETA Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento
público
CONAMA 274/2000 Balneabilidade Instrumentos para avaliar a evolução da qualidade das águas
em relação aos níveis estabelecidos para a balneabilidade
CONAMA 20/86 Classificação Estabelece a classificação das águas
das Águas
LEI 11.445/07 PNSA Política Nacional de Saneamento Ambiental

3
PORTARIA 518/2004 – Controle de Qualidade da Água MS
Competências
“A União definirá parâmetros mínimos para a potabilidade da água” – Lei 11.447/07, Art. 43

Para os fins desta Portaria, as competências atribuídas à União serão exercidas pelo Ministério da Saúde
(MS) e entidades a ele vinculadas, conforme estabelecido nesta Seção.

 É de responsabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal a adoção das
medidas necessárias para o fiel cumprimento desta Portaria.
 Compete à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS): I - promover e acompanhar a vigilância da
qualidade da água para consumo humano, em articulação com as Secretarias de Saúde dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios e responsáveis;
II - estabelecer ações especificadas no Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para
Consumo Humano (VIGIAGUA);
III - estabelecer as ações próprias dos laboratórios de saúde pública
IV - estabelecer diretrizes da vigilância da qualidade da água para consumo humano a serem
implementadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitados os princípios do SUS;
V - estabelecer prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilância da qualidade da água para
consumo humano a serem pactuados na Comissão Intergestores Tripartite; e (Origem: PRT MS/GM
2914/2011, Art. 7º, V)
VI - executar ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano, de forma
complementar à atuação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
 Compete à ANVISA exercer a vigilância da qualidade da água nas áreas de portos, aeroportos e
passagens de fronteiras terrestres, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta Portaria
 Compete às Secretarias de Saúde dos Estados I - promover e acompanhar a vigilância da qualidade
da água, em articulação com os Municípios e com os responsáveis pelo controle de qualidade da
água
- implementar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo humano definidas no
âmbito nacional;
- encaminhar aos responsáveis pelo abastecimento de água quaisquer informações referentes a
investigações de surto relacionado à qualidade da água para consumo humano;
- desenvolver as ações especificadas no VIGIAGUA
-
 Compete às Secretarias de Saúde dos Municípios I - exercer a vigilância da qualidade da água em
sua área de competência, em articulação com os responsáveis pelo controle da qualidade da água
para consumo humano;
- executar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo humano definidas no
âmbito nacional e estadual
 Compete à FUNASA - apoiar as ações de controle da qualidade da água para consumo humano
proveniente de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano,
em seu âmbito de atuação, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta Portaria.
 Compete à Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS) executar ações de vigilância no
abastecimento de água das aldeias indígenas.

4
Considerações Importantes
 Toda água para consumo humano, fornecida coletivamente, deverá passar por processo de
desinfecção ou cloração. As águas provenientes de manancial superficial devem ser submetidas a
processo de filtração.

Definições do Conama 357:


 Coliformes termotolerantes: bactérias gram-negativas, fermentam a lactose nas temperaturas de
44° - 45°C, com produção de ácido, gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes humanas e
de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes ambientais que não
tenham sido contaminados por material fecal;
 Escherichia coli (E.Coli): bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae caracterizada pela
atividade da enzima - glicuronidase. É a única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes cujo
habitat exclusivo é o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades
elevadas;
 Cianobactérias: microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados como
cianofíceas (algas azuis) capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente
naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com
efeitos adversos a saúde;
Padrões a avaliar
Padrões Microbiológicos
 Bactérias heterotróficas: Sua determinação deve ser realizada como um dos parâmetros para avaliar a
integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede). < 500 UFC/mL
- A contagem de bactérias heterotróficas deve ser realizada em 20% das amostras mensais de coliformes
totais nos sistemas de distribuição (reservatório e rede).
- Alterações bruscas ou acima do usual na contagem de bactérias heterotróficas devem ser investigadas
para identificação de irregularidade e providências devem ser adotadas para o restabelecimento da
integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede)

 Escherichia coli (= coliforme fecal): Monitoramento mensal nos sistemas de abastecimento que
utilizam mananciais superficiais, no(s) ponto(s) de captação de água.
- Quando houver interpretação duvidosa nas reações típicas dos ensaios analíticos na determinação de
coliformes totais e Escherichia coli, deve-se fazer a recoleta.
- A avaliação da contaminação por Escherichia coli no manancial subterrâneo deve ser feita mediante
coleta mensal de uma amostra de água em ponto anterior ao local de desinfecção.
- Quando for identificada média geométrica anual ≥1.000 Escherichia coli/100mL deve-se realizar
monitoramento de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. no(s) ponto(s) de captação de
água.
 A concentração média de oocistos de Cryptosporidium spp. deve ser calculada considerando um
número mínimo de 24 (vinte e quatro) amostras uniformemente coletadas ao longo de um período mínimo
de 1 ano e máximo de 2 anos.

 Coliformes totais: Ausência em 100mL da amostra na saída do tratamento


- Quando forem detectadas amostras com resultado positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios
presuntivos, ações corretivas devem ser adotadas e novas amostras devem ser coletadas em dias
imediatamente sucessivos até que revelem resultados satisfatórios.

5
- Nos sistemas de distribuição, as novas amostras devem incluir no mínimo uma recoleta no ponto onde
foi constatado o resultado positivo para coliformes totais e duas amostras extras, sendo uma à montante e
outra à jusante do local da recoleta.

- Para verificação do percentual mensal das amostras com resultados positivos de coliformes totais, as
recoletas não devem ser consideradas no cálculo.
- O resultado negativo para coliformes totais das recoletas não anula o resultado originalmente positivo
no cálculo dos percentuais de amostras com resultado positivo.

 Coliformes na saída do tratamento – indicador de eficiência de tratamento


 Coliformes na rede de distribuição – indicador de integridade do sistema
 Escherichia coli na rede de distribuição – Contaminação fecal

OBSERVAÇÕES
- Recomenda-se a inclusão de monitoramento de vírus entéricos no(s) ponto(s) de captação de água
proveniente(s) de manancial(is) superficial(is) de abastecimento

 Cianobactérias: Frequência mensal caso a contagem seja <10.000 células/mL.


Frequência semanal caso a contagem seja > 10.000 cél/mL
 Quando a concentração das cianobactérias > 20.000 células/mL, deverá ser realizada a análise, no
ponto de captação e em frequência semanal, de Cianotoxinas.

- Quando detectada a presença de cianotoxinas na água tratada, na saída do tratamento, será obrigatória a
comunicação imediata às clínicas de hemodiálise e às indústrias de injetáveis.
- É vedado o uso de algicidas para o controle do crescimento de microalgas e cianobactérias no manancial
de abastecimento
- Quando as concentrações de cianotoxinas no manancial forem menores que seus respectivos VMPs para
água tratada, será dispensada análise de cianotoxinas na saída do tratamento.

6
- Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas ou soluções alternativas coletivas de
abastecimento de água para consumo humano, supridos por manancial superficial e subterrâneo, devem
coletar amostras semestrais da água bruta, no ponto de captação

- Os sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas de abastecimento de água que utilizam


mananciais superficiais devem realizar monitoramento mensal de Escherichia coli no(s) ponto(s) de
captação de água.

Padrões de Desinfecção
- No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração, cloraminação ou da aplicação de
dióxido de cloro devem ser observados os tempos de contato e os valores de concentrações residuais:

- Mínimo de 0,2 mg/L de cloro residual livre (CRL) ou 2 mg/L de cloro residual total ou de 0,2 mg/L de
dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede).

- Máximo de 2,0 mg/L de cloro residual livre (CRL) e em qualquer ponto do sistema de abastecimento

- No caso da desinfecção com o uso de ozônio, deve ser observado o produto, concentração e tempo de
contato (CT) de 0,16 mg.min/L para temperatura média da água igual a 15º C.

- No caso da desinfecção por radiação ultravioleta, deve ser observada a dose mínima de 1,5 mL/cm² p

Padrões Fisico-Químicos e Organolépticos


- No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração, cloraminação ou da aplicação de
dióxido de cloro devem ser ob

Padrão VMP Unidade


pH 6,0 a 9,5
Cloro residual livre Mín 0,2 / Máx 2,0 mg/L
Turbidez 1 na saída do tratamento ou 5 na rede de distribuição uT
Gosto e Odor 6 Intensidade
Cor aparente 5 na saída do tratamento ou 15 na rede de distribuição uH
Ferro 0,3 permitido até 2,4, desde que demais parâmetros ok Mg/L
Manganês 0,1 permitido até 0,4 desde que demais parâmetros ok Mg/L
Dureza Total 500 Mg/L
TDS 1000 Mg/L

Ps: UC (unidade de cor) = uH = mg/L Pt-Co

Parâmetros Físicos: Cor, Turbidez, Temperatura, Sabor e Odor, condutividade

Parâmetros Químicos: pH, alcalinidade, dureza, OD, DBO, TDS

Turbidez pré-desinfecção
 Somente Desinfecção (águas subterrâneas): 1,0 uT em 95% das amostras, <5,0uT nos 5%
 Filtração Lenta: 1,0uT em 95% das amostras, <2,0uT nos 5%
 Filtração rápida (tratamento convencional ou filtração direta): 0,5uT em 95% das amostras, <1,0uT
nos 5%

7
Frequência de Amostragem
Bacteriológico

A avaliação da contaminação por Escherichia coli no manancial subterrâneo deve ser feita mediante coleta
mensal de uma amostra de água em ponto anterior ao local de desinfecção.

 Na seleção dos locais para coleta de amostras devem ser priorizadas pontas de rede e locais que
alberguem grupos populacionais de risco.

Fisico-químico

8
Interpretação dos resultados
Os diversos parâmetros aqui apresentados constituem instrumentos de avaliação que podem ser agrupados
para contemplar as características mais relevantes da qualidade das águas naturais, como, por exemplo:

• grau de mineralização: obtido por meio da análise da condutividade, alcalinidade, dureza;


• poluição orgânica: oxigênio dissolvido, DBO, DQO e amônio;
• presença de nutrientes: nitrogênio e fósforo;
• presença de poluentes significativos: metais pesados, detergentes, pesticidas e compostos
 organossintéticos;
• contaminação fecal: bactérias coliformes;
• aspecto físico: série de sólidos, cor e turbidez;
• padrão de circulação do corpo d’água: temperatura e oxigênio dissolvido.

Características biológicas
O mais importante organismo indicador são as bactérias coliformes. Quanto maior a população de
coliformes em uma amostra de água, maior é a chance de que haja contaminação por organismos
patogênicos.

Coliformes totais: (bactérias do grupo coliforme) - bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios


facultativos, não formadores de esporos, que fermentam a lactose a 35,0 ± 0,5° C em 24-48 horas, e que
podem apresentar atividade da enzima ß - galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme
pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter.

Coliformes termotolerantes: subgrupo das bactérias do grupo coliforme que fermentam a lactose a 44,5 ±
0,2° C em 24 horas; tendo como principal representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal.
Além de estarem presentes em fezes humanas e de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou
outras matrizes ambientais que não tenham sido contaminados por material fecal;

Escherichia coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol, com produção de ácido e
gás a 44,5 ± 0,2° C, sendo considerado o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de
eventual presença de organismos patogênicos. A origem fecal da E. coli é inquestionável e sua natureza
ubíqua pouco provável, o que valida seu papel mais preciso de organismo indicador de contaminação tanto
em águas naturais quanto tratadas. É a única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes cujo habitat
exclusivo é o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas;

Motivos para a escolha da Escherichia coli como indicador:

 São encontradas nas fezes de animais de sangue quente, inclusive dos seres humanos.
 São facilmente detectáveis e quantificáveis por técnicas simples e economicamente viáveis, em
qualquer tipo de água.
 Sua concentração na água contaminada possui uma relação direta com o grau de contaminação
fecal desta.
 Tem maior tempo de sobrevivência na água que as bactérias patogênicas intestinais, por serem
menos exigentes em termos nutricionais, além de serem incapazes de se multiplicarem no ambiente
aquático ou se multiplicarem menos que as bactérias entéricas.
 São mais resistentes aos agentes tensoativos e agentes desinfetantes do que bactérias patogênicas.

9
Análises e Reagentes
1. Importante
Concentração mínima de interesse do analito –

 É um dado fundamental para a seleção de métodos analíticos.


 Normalmente é definido(a) por legislação ou publicada como padrão internacional, e
 Orienta a definição das técnicas de coleta e dos limites de quantificação aceitáveis para os métodos
analíticos que serão utilizados para a tomada de decisão ambiental

2. MICROBIOLÓGICO
 Coleta de água tratada: A coleta deve ser feita na rede de distribuição, como na torneira do usuário.
Limpar a torneira ou com álcool 70% ou com hipoclorito de sódio 10%. Deixar escorrer água por 2
minutos e encher o frasco com pelo menos ¾ do volume. Lacrar e identificar o frasco e armazenar
em isopor com gelo. A análise deve ser feita em até 24h.

1.1 Coliformes Totais e Escherichia coli


Teste de Presença/Ausência – Método do substrato cromogênico
Método presuntivo. Comumente adotado pela facilidade de manuseio, bem como por ter relativo
custo/benefício já comprovado.

Os meios de cultura contêm nutrientes indicadores (substrato cromogênico) que, hidrolisados pelas enzimas
específicas dos coliformes e/ou E. coli, provocam uma mudança de cor no meio. Após o período de
incubação:

 Transparente a olho nu: resultado negativo para coliformes totais e E. coli.


 Cor amarela a olho nu: presença de coliformes totais;
 Fluorescência azul sob lâmpada ultravioleta: presença de Escherichia coli (no frasco que apresentou
coloração amarela previamente).

NMP – Método de Tubos Múltiplos


A técnica consiste na inoculação de volumes decrescentes da amostra em meio de cultura adequado ao
crescimento dos microrganismos pesquisados, sendo cada volume inoculado em uma série de tubos.

Para análise de água, tem sido utilizado preferencialmente o fator 10 de diluição, sendo inoculados múltiplos
e submúltiplos de 1 mL da amostra, usando-se séries de 5 tubos para cada volume a ser inoculado.

Etapas

 2 etapas de realização obrigatória para todos os tipos de amostras de água: Ensaio Presuntivo e
Ensaio Confirmativo
 Podem ser complementadas, quando indicado, por uma terceira etapa (exame completo). A
densidade de coliformes termotolerantes ou E. coli é obtida a partir de um exame específico,
aplicado paralelamente ao teste para confirmação de coliformes totais

Ensaio presuntivo

10
Consiste na semeadura em séries de tubos de Caldo lauril triptose (CLT) com púrpura de bromocresol que
são incubados a 35 ± 0,5°C, durante 24-48 horas

Se ocorrer acidificação, com ou sem formação de gás, o resultado é positivo para coliformes.

Ensaio confirmativo

Consiste na transferência de cada cultura com resultado presuntivo positivo para Caldo lactosado com verde
brilhante e bile a 2% (CLVBB), sendo a incubação efetuada também a 35 ± 0,5°C, durante 48 horas. A
produção de gás a partir da fermentação da lactose neste meio é prova confirmativa positiva para a
presença de bactérias do grupo coliforme.

Ensaio para diferenciação de coliformes termotolerantes ou E. coli

Consiste na transferência de inóculo de cada cultura com resultado positivo em CLT com púrpura de
bromocresol para tubos contendo meio EC (coliformes termotolerantes) ou EC MUG (E. coli), que serão
incubados durante 24 ± 2 horas em banho-maria ou incubadora a 44,5 ± 0,2°C. O resultado para coliformes
termotolerantes será positivo quando houver produção de gás a partir da fermentação da lactose contida no
meio E.C ou para E. coli, quando houver fluorescência azul sob lâmpada ultravioleta de comprimento de
onda 365 - 366 nm em ambiente escuro.

1.2 Cianobactérias e Cianotoxinas


Coleta e preservação de amostras para contagem de células de cianobactérias
 garrafa de Van Dorn ou similar; solução de lugol; solução de Formaldeido a 40%;
 quando houver floração de Cianobactérias, a amostra deverá ser coletada no ponto de maior
concentração da mesma; quando não houver floração de Cianobactérias, a amostra deverá ser
coletada no ponto de captação da ETA, no manancial.
 1000mL de amostra. Armazenar em isopor com gelo e análise em 8hrs

Os métodos utilizados pelas estações de tratamento de água para detecção e quantificação de cianotoxinas
nas amostras de água são a CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência = HPLC) e o Bioensaio (teste de
toxicidade de um composto em organismos vivos ou culturas de células).

II. a análise que determina a atividade da enzima acetilcolinesterase é indicada para investigar a
concentração de organofosforado na água.

III. seis unidades de cor ou 6 UC é o mesmo que 6 mg/L Pt-Co, ou 6 uH.

IV. a determinação da cor verdadeira de uma amostra de água impõe a necessidade de se eliminar
previamente a turbidez da mesma.

Turbidez
O acondicionamento pode ser realizado tanto em frascos de polietileno quanto borossilicato.

A validade da amostra é de 24h. A amostra deve ser armazenada refrigerada e longe da luz

11
3. FISICO-QUÍMICO

Alcalinidade Cloretos Cloro Residual Cor


Livre
Método de Titulação com Ácido Titulação com Nitrato de Análise Análise
Determinação Sulfúrico Prata Colorimétrica Colorimétrica
Materiais e Fenoftaleína; Dicromato de Potássio DPD; colorímetro Tubos de Nessler;
Reagentes Metilorange; Cloroplatinato de
Tiossulfato do sódio Potássio
Interferentes ---
OBS ---

Alumínio Turbidez Fluoretos Cloro Ativo


Método de Análise Colorimétrica Método Nefelométrico Método de Scott- Titulação
Determinação Sanchis
Materiais e Eriocromo-cianina R turbidímetro com reagente Scott- Tiossulfato de Sódio;
Reagentes nefelômetro; Sanchis; arsenito de ácido acético glacial
sódio
Interferentes Ferro, Cloreto,
Fosfato, Sulfato
OBS

TURBIDEZ
Turbidez: Um parâmetro diretamente associado à turbidez é a transparência da água, a qual é usada
principalmente no caso de lagos e represas, essa transparência é medida mergulhando-se na água um disco
de aproximadamente 20 cm de diâmetro, denominado disco de disco de Secchi. A leitura é feita
mergulhando o disco de “Secchi” até não ser possível vê-lo pela perpendicular, anotamos a profundidade e
multiplicamos por dois.

Método Nefelométrico – é o método utilizado para medição de turbidez em laboratório

Avalie os materiais a seguir: frasco Erlenmeyer de 250 ou 500 ml; bureta de 50 ml; pipeta volumétrica de 1; 5
e 10 ml; balança de precisão. Com os reagentes: tiossulfato de sódio 0,1N; iodeto de potássio; ácido acético;
indicador de amido. – São materiais utilizados para: Determinação do teor de cloro ativo em uma solução
de cloro (hipoclorito de sódio e hipoclorito e cálcio)

DQO
Na determinação da DQO, utiliza-se o dicromato de potássio para oxidar a matéria orgânica presente na
amostra de água. O excesso de dicromato utilizado como agente oxidante é titulado pelo sulfato ferroso
amoniacal, e, desta forma, calcula-se a DQO

 cloreto, nitrito e ferro (II) são interferentes, pois podem sofrer oxidação no lugar da matéria orgânica

OD

12
A concentração de oxigênio dissolvido (OD) de um corpo d´água pode ser estimada por meio do modelo
clássico de Streeter-Phelp –

Nesse modelo, são considerados somente os principais fenômenos que interferem no balanço de oxigênio
OD no meio: desoxigenação e reaeração.

O coeficiente de remoção de DBO efetiva no rio é maior do que o de desoxigenação obtido no teste de
laboratório.

O coeficiente de desoxigenação depende das características da matéria orgânica, além da temperatura e da


presença de substâncias inibidoras.

O coeficiente de reaeração é influenciado pelas características do rio, sendo maior em rios com maior
velocidade e menor profundidade.

13
Rede de monitoramento de qualidade de água
É constituída pelos seguintes elementos: 

I. Pontos de coleta, denominados estações de monitoramento, definidos em função dos objetivos da rede e
identificados pelas coordenadas geográficas. 
II. Conjunto de instrumentos utilizados na determinação de parâmetros em campo e em laboratório. 
III. Conjunto de equipamentos utilizados na coleta: baldes; amostradores em profundidade (garrafa de Van
Dorn); corda; frascos, caixa térmica, veículos; barcos; e motores de popa. 
IV. Protocolos para a determinação de parâmetros em campo; para a coleta e preservação das amostras,
para análise laboratorial dos parâmetros de qualidade; e para identificação das amostras. 
V. Estrutura logística de envio das amostras: locais para o envio das amostras; disponibilidade de transporte;
logística de recebimento e encaminhamento das amostras para laboratório. 

Poluição de mananciais de abastecimento de água


A poluição das águas pode ocorrer de três formas:

• introdução de substâncias artificiais e estranhas ao meio, como, por exemplo, o lançamento de


agrotóxicos em rios ou a contaminação por organismos patogênicos;
• introdução de substâncias naturais e estranhas ao meio, como o aporte de sedimentos às águas de
um lago, reduzindo seu volume útil; e
• alteração na proporção ou nas características dos elementos constituintes do próprio meio, como,
por exemplo, a diminuição do teor de oxigênio dissolvido nas águas de um rio em decorrência da
presença de matéria orgânica.

É considerada substância nociva ou perigosa qualquer substância que, ao ser descarregada nas águas, seja
capaz de gerar riscos ou causar danos à saúde humana, ao ecossistema aquático ou prejudicar o uso da água
e de seu entorno.

Os rios e os lagos que não sofreram influências significativas de atividades humanas e que mantêm
aproximadamente as mesmas características naturais são chamados de prístinos.

Rede de Monitoramento
Uma rede de monitoramento de qualidade de água é constituída pelos seguintes elementos:

¨ Pontos de coleta, denominados estações de monitoramento.

¨ Conjunto de instrumentos utilizados na determinação de parâmetros em campo e em laboratório.

¨ Conjunto de equipamentos utilizados na coleta: baldes; amostradores em profundidade (garrafa de Van


Dorn); corda; frascos, caixa térmica, veículos; barcos; e motores de popa.

¨ Protocolos para a determinação de parâmetros em campo; para a coleta e preservação das amostras,
para análise laboratorial dos parâmetros de qualidade; e para identificação das amostras.

¨ Estrutura logística de envio das amostras

14
ÍNDICEs DE QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA, IAP, ICF...)
O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento
público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores
de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos.

O IQA é composto por nove parâmetros: Oxigênio Dissolvido, Coliformes Termotolerantes, pH,
DBO, Temperatura, Nitrogênio total, Fósforo Total, Turbidez, Resíduo Total

Os valores de IQA são classificados em faixas, mas variam dependendo do Estado da Federação.

Peso dos Parâmetros

IET (Índice do Estado Trófico): classifica os corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a
qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento
excessivo de algas e cianobactérias. Parâmetros utilizados: clorofila-a e fósforo total.

IAP (Índice de Qualidade das Águas para fins de Abastecimento Público): além das variáveis consideradas
no IQA, são avaliadas substâncias tóxicas e as variáveis que afetam a qualidade organoléptica da água.
Parâmetros utilizados: temperatura, pH, OD, DBO, E. coli, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais,
turbidez, ferro, manganês, alumínio, cobre, zinco, potencial de formação de trihalometanos, número de
células de cianobactérias (ambiente lêntico), cádmio, chumbo, cromo total, mercúrio e níquel.

ICF (Índice da Comunidade Fitoplanctônica): complementa a avaliação do IVA, fornecendo um diagnóstico


ambiental por meio dos grupos de organismos fitoplanctônicos. Parâmetros utilizados: proporção dos
grandes grupos que compõem o fitoplâncton, densidade dos organismos, clorofila a.

15
NBR 12216/1992 – Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento
público
Definições Importantes
 Tempo de funcionamento: Tempo necessário para que a ETA produza o volume de água demandado
em um dia.
 Capacidade nominal: Vazão, em condições normais de funcionamento, para a qual a ETA é
projetada.
 Período de Detenção: Relação entre o volume útil, referido a determinada unidade da ETA, e sua
vazão.

 Taxa de aplicação superficial: Relação entre a vazão, referida a determinada unidade da ETA, e a
área de sua superfície útil.

Atividades Necessárias
a) definição dos processos de tratamento;
b) disposição e dimensionamento das unidades dos processos de tratamento e dos sistemas de
conexões entre elas;
c) disposição e dimensionamento dos sistemas de armazenamento, preparo e dosagem de produtos
químicos; etc

Definição do Processo de Tratamento


 Tipo A - águas subterrâneas ou superficiais, provenientes de bacias sanitariamente protegidas,
satisfazendo aos padrões de potabilidade;
 Tipo B - águas subterrâneas ou superficiais, provenientes de bacias não-protegidas, requerendo
processo de tratamento que não exija coagulação;
 Tipo C - águas superficiais provenientes de bacias não-protegidas e que exijam coagulação para
enquadrar-se nos padrões de potabilidade;
 Tipo D - águas superficiais provenientes de bacias não- protegidas, sujeitas a fontes de poluição e
que exijam processos especiais de tratamento para que possam enquadrar-se nos padrões de
potabilidade.

Tabela - Classificação de águas naturais para abastecimento público NBR 12216


TIPOS A B C D
DBO 5 dias (mg/L):
- média até 1,5 1,5 - 2,5 2,5 - 4,0 > 4,0
- máxima, em qualquer 1-3 3-4 4-6 >6
amostra
Coliformes (NMP/100 mL)
- Média mensal 50 - 100 100 - 5000 5000 - 20000 > 20000

- Máximo > 100 em menos > 5000 em menos > 20000 em menos -
de 5% das de 20% das de 5% das
amostras amostras amostras
pH 5-9 5-9 5-9 3,8 - 10,3
Cloretos < 50 50 - 250 250 - 600 > 600

Fluoretos < 1,5 1,5 - 3,0 > 3,0 -

16
TRATAMENTO DE ÁGUA
-------------------- Etapas dos Sistemas de Tratamento -----------------------
Grau de dificuldade de remoção ou relevância da característica na potabilização, em ordem:

o Algas > E. coli > Cor > Turbidez > ferro e manganês > Alcalinidade e pH > Condutividade > Compostos
Orgânicos.

Pode ser separado em três partes: o Tratamento Preliminar, a Clarificação e a Desinfecção.

 Tratamento mínimo para cada tipo de água:

Tip Classe d’água Características da água Sistema de Tratamento


o
1 A Altíssima qualidade Desinfecção + Correção pH (D+C)
2 B Boa qualidade Filtração Lenta → D+C
Turbidez < 40 UNT
Cor < 20 uH
3 C Piores que anterior, mas ainda de boa Filtração Direta (Coagulação → Filtração
qualidade rápida → D+C)
Turbidez + cor < 25
4 C Piores que a anterior, com grande variação de Ciclo completo (Coagulação →
qualidade entre períodos de chuva e estiagem decantação → Filtração Rápida → D+C)
5 D Águas com sabor e odor persistentes Ciclo completo com utilização de carvão
ativado
6 D Águas com bastante cor ou com grande Ciclo completo + aplicação de oxidante
presença de metais, a serem oxidados forte, sendo pré, iner ou pós-oxidação

17
(geralmente pós, usando Cloro, Dióxido
de Cloro ou Ozônio)
7 D Águas com bastante carga orgânica de nitratos Ciclo completo + etapa de tratamento
biológico (bactérias denitrificantes
fixadas em suporte)

-------------------- Definição dos Processos de Tratamento


-----------------------
1. TRATAMENTOS PECULIARES
Stripping – remoção de NH3 e orgânicos voláteis (VOCs) como solventes, sendo portanto usado em lençóis
freáticos contaminados com tais. Técnica físico-química: química pela correção de pH pra liberação da
amônia e física pela adsorção no gás.

Fluidos Super Críticos (SCF) – Este tipo de extração representa uma tecnologia emergente. Os fluidos
supercríticos são materiais que, em altas temperaturas e pressões, possuem propriedades entre líquido e
gás. Neste processo (SCF) de extração, os orgânicos no solo, sedimentos ou água são dissolvidos no fluido a
altas temperatura e pressão e aliviados (liberados) do SCF a baixas temperatura e pressão (DYMINSKI, 2006).

Adsorção por Carbono - O processo consiste em dispor a água contaminada em uma coluna que entrará em
contato com o carbono (superfície adsorvente), saindo através de um sistema de drenagem de fundo
(DYMINSKI, 2006).

Barreira Eletro-Osmótica – É um método “in situ”, que consiste numa barreira eletrocinética, criada pela
aplicação contínua ou periódica de um potencial DC, que pode ser um meio efetivo de parar ou reverter a
migração de contaminantes sob uma carga hidráulica. É aplicável a solo argiloso (DYMINSKI, 2006).

2. TRATAMENTO PRELIMINAR
1.1 GRADES
Destinam-se a reter materiais grosseiros existentes nas águas superficiais, pela integridade do sistema

1.2 UNIDADES DE MICROPENEIRAMENTO


Tratamento pouco utilizado. Retém sólidos finos não-coloidais em suspensão, podendo ser adotadas
num dos seguintes casos:

a) Quando a água apresenta algas ou outros microrganismos de tipo e em quantidade tal que sua
remoção seja imprescindível ao tratamento posterior;
b) Quando permite a potabilização da água sem necessidade de outro tratamento, exceto desinfecção;
c) Quando permite redução de custos de implantação ou operação de unidades de tratamento
subseqüentes.

1.3 PRÉ-TRATAMENTO
Constitui-se em Aeradores, Pré-Cloração e Pré-Alcalinização. Utilizados apenas caso prove necessário.

18
Aeradores – Remoção de compostos voláteis e oxidáveis e gases indesejáveis.
 Aumenta seus teores de oxigênio e nitrogênio,
 Remoção do gás carbônico em excesso, do gás sulfídrico, do cloro, metano e substâncias aromáticas
voláteis,
 Proporciona a oxidação e precipitação de compostos indesejáveis, tais como ferro e manganês.
 A aeração pode ser por gravidade, aspersão, difusão de ar ou forçada.
 Constituem dispositivos de aeração: Plano Inclinado; Bandejas sobrepostas; Cascatas; Escadas; Ar
comprimido difundido em tanques; Aeradores Mecânicos

Pré-cloração – O cloro é adicionado assim que a água chega à estação. Isso facilita a retirada de
matéria orgânica e metais. Porém, grande chance de formação de THM caso a água bruta contenha
precursores

Pré-alcalinização (remoção de dureza) – A água recebe cal ou soda cáustica, que servem para ajustar o
pH aos valores exigidos para a coagulação.

FLOTAÇÃO
 Mecanismo de remoção de agregados adsorvidos em precipitados coloidais ou em sólidos adsorventes,
sendo que estes têm que estar associados a bolhas.
 Utiliza-se a técnica de flotação para o tratamento de águas de abastecimento com a intenção de
provocar o clareamento da água, removendo Fe, Mn, cor aparente, SST, turbidez, óleos, algas, etc.
• A Ozoflotação é uma variante da flotação que tem como vantagem a utilização conjunta da
flotação, da oxidação e da desinfecção com o gás ozônio. A taxa de ozonização geralmente utilizada é de 1 à
3 mg/L.
A ozoflotação é utilizada especialmente nos casos de águas eutrofizadas, para eliminar as algas e
evitar a colmatagem rápida dos filtros.

3. CLARIFICAÇÃO
 É a remoção dos sólidos em suspensão, coloidais ou dissolvidos, voláteis ou fixos, sedimentáveis ou não.
 Composta pelas etapas de mistura rápida, floculação, decantação e filtração
 Duas vertentes distintas: Com coagulação Química (ou Filtração Direta ou Tratamento
Convencional)
Sem coagulação química (Filtração Lenta)

2.1 FILTRAÇÃO
Classificação Dos Filtros

Perda de carga: é a diferença de pressão que existe entre o afluente (entrada) e o efluente (saída).

Carreira de filtração: é o intervalo de tempo entre duas lavagens consecutivas do filtro.

19
 O acúmulo de depósito no leito filtrante gera, além da diminuição da carreira de filtração, um
aumento da perda de carga e então pode ocorrer o arraste de partículas pelo efluente
 Para evitar isso, os filtros de taxa declinante diminuem a velocidade de filtração com o acúmulo de
depósitos, garantindo a qualidade da água filtrada
 A remoção de sólidos suspensos em filtros descendentes de areia faz-se, sobretudo, na superfície
do leito filtrante, assim a perda de carga aumenta em pouco tempo.
 Possíveis materiais filtrantes: Areia, Antracito, Carvão Ativado Granular (CAG) – Não se utiliza argila!
 A lavagem de filtro pode ser feita com auxílio de cloro: uso de 5 mg/L, com o mínimo de 1 mg/L

FILTROS LENTOS
 Destinadas a tratar águas tipo B, ou águas que, após pré-tratamento, se enquadrem nas desse tipo.
 Não se utiliza coagulantes
 Água bruta deve apresentar: Turbidez < 10uT e Cor < 5uH
 A camada filtrante deve ser constituída de areia
 O leito filtrante é lavado manualmente (mas com menor frequência) e após a lavagem, requer um
tempo de amadurecimento de dias para a formação do biofilme (chamado schutzdeck) no leito
filtrante
 A transição entre a camada filtrante e o sistema de drenagem dos filtros deve ser feita através de
camada suporte, salvo com sistema drenante projetado de forma a dispensá-la
 Podem ser Ascendentes ou Descendentes. Se forem ascendentes, a camada suporte é pedregulho e sua
lavagem se dá por descarga
 Formação de biofilme no leito filtrante – ocorre filtração por ação biológica, e não por físico-química
 Usualmente adota-se o emprego de pré-filtração ascendente ou descendente de pedregulhos e filtros
dinâmicos – Atenuam picos de turbidez, reduzem concentração de algas e coliforme na água bruta
 Com pré-filtros, a água bruta pode apresentar: Turbidez < 50uT e Cor < 10uH

Vantagens: Baixo custo operacional; Simplicidade de operação; Eficiente remoção de patógenos

Desvantagens: Baixas taxas de filtração; Alta necessidade de área; Pouco eficientes para remoção de Cor
(20 a 50%)

Taxas de Filtração: Entre 2 e 12 m³/m².d (recomenda-se < 6 m³/m².d).

Número de Filtros: ≥ 2

Lavagem dos Filtros: Manual. É feita a raspagem da camada superficial de 2,5cm de lodo e areia,
lavando com água potável o restante da areia do filtro.

FILTROS RÁPIDOS
 Destinados a receber a água floculada (com coagulante), com ou sem decantação
 Os filtros podem ser de camada filtrante simples ou dupla, de fluxo ascendente ou descendente, sendo
os de fluxo ascendente sempre de camada simples.
 Filtração por ação físico-química de adsorção
 A camada filtrante simples deve ser constituída de areia, ao passo que a camada filtrante dupla deve ser
constituída de camadas sobrepostas de areia e antracito.
 Podem atuar por gravidade ou por pressão

20
OBS: Em águas com alto teor de cianotoxinas, uma filtração com camada de Carvão Ativado em pó (CAP) ou
granular (CAG) apresenta altas taxas de remoção do contaminante. A utilização de CAP ou CAG em
diferentes pontos do sistema apresenta taxas de 95 a 99% de remoção de microcistina. Entre outras
tecnologias usadas para a remoção eficiente de células e de cianotoxinas estão a pré-oxidação usando-se
ozônio, derivados de cloro, peróxido de oxigênio, luz ultravioleta e a filtração em membrana. (BRANDÃO;
SILVA, 2006)

Lavagem: A vazão de água de lavagem em contracorrente deve promover a expansão do leito filtrante
de 20% a 30%. A lavagem de filtro de fluxo descendente deve ser complementada por agitação auxiliar do
material filtrante

Taxas de Filtração: É em função da qualidade da água, habilidade de operação, características do meio


filtrante.

• para filtros de uma camada: 120 - 360 m³/m².dia > 20x a filtração lenta!

• para filtros de dupla camada: 240 - 480 m³/m².dia

FILTRAÇÃO DIRETA
 Definição: Quando os filtros recebem água coagulada ou floculada, sem passar, pelo decantador.
 A presença de algas ou outros microrganismos são amplamente restritivos ao uso dessa tecnologia
 A filtração direta procede via mecanismo de adsorção com neutralização das cargas, onde são
formadas partículas menores pois não há necessidade de se formar flocos grandes para que haja sua
retenção nos filtros, ao passo que no tratamento convencional busca-se formar flocos maiores.

Vantagens: Menor custo de instalação, operação e manutenção; Menor exigência de espaço físico; Menor
produção de lodo; Redução dos custos operacionais da ETA

Desvantagens: Não recomendado para água com alta cor ou turbidez; Requer maior controle operacional;
Sensível às mudanças na qualidade da água; Limitação quanto À qualidade da água bruta

Filtração Direta Ascendente – FDA


 Única camada de areia, situada acima de uma camada de suporte
 Água bruta entra por baixo e é colhida em uma calha acima
 Coletada pela mesma calha usada na lavagem do leito filtrante – possibilidade de contaminação da
água após a lavagem dos filtros

21
 A presença de algas e outros organismos microscópicos são amplamente restritivos ao uso dessa
tecnologia;

Filtração Direta Descendente – FDD


 Pode trabalhar com mais de um leito filtrante
 Não ocorre possibilidade de contaminação da água após a lavagem dos filtros
 Permite a adoção da operação segundo o princípio da taxa declinante
 Maiores taxas de filtração.

Dupla Filtração (Ascendente + Descendente)


 Água passa pelo filtro ascendente e depois pelo filtro descentente
 Custos de implementação, operação e manutenção: > FDA, porém < Ciclo Completo;
 Maior segurança ao tratar uma água bruta com variações bruscas de qualidade,
 Maior remoção global de microrganismos e menor risco sanitário.

2.2 COAGULAÇÃO (MISTURA RÁPIDA)


É a primeira etapa do processo de tratamento: Água bruta recebe coagulante + polímeros, eletrólitos ou cal
As impurezas na água são encontradas de duas formas: dissolvidas ou em suspensão.
As suspensões podem ser: Grossas – Removidas na grade
Finas – Turbidez e bactérias;
Coloidais, como emulsões (CO2), ferro e manganês oxidado.
Já as impurezas dissolvidas são matéria orgânica e os sais de cálcio e magnésio, ferro e manganês não
oxidados.
 A Coagulação remove impurezas em suspensão Finas e Coloidais, mas não as Dissolvidas!

 Os coloides são partículas eletricamente carregadas, sendo que a maioria dos coloides presentes nas
águas naturais são carregados negativamente. Logo, necessita de alteração de suas cargas.

22
 A coagulação é, portanto, um processo de desestabilização das partículas coloidais

Tipos de Coagulante
 Em geral são utilizados Sulfato de Alumínio (mais econômico) ou Cloreto Férrico
 Dependem do pH do meio
 Águas que apresentam cor verdadeira elevada demandam pH ácido para coagulação ideal, podendo
variar de 4,5 a 5,8.
 Já as águas muito turvas apresentam melhor coagulação em pH alcalino

Mecanismos de Coagulação
São 5 ao todo:
 Dupla Camada Elétrica
 Adsorção e Neutralização de Carga – Coagulantes inorgânicos e polímeros catiônicos. Forma flocos
menores e é usada para Filtração Direta
 Compressão da Dupla Camada
 Adsorção e Formação de Pontes – Usa-se polímero de elevado peso molecular
 Mecanismo de Arraste ou Varredura – Adição de elevadas concentrações de coagulantes normalmente
sais de alumínio ou ferro, o que propicia a obtenção de flocos maiores. Usada no Tratamento
Convencional

Teste dos Jarros


 Testes de ensaios usado para determinar o tempo e o gradiente de velocidade médio na mistura rápida
 Reproduz as condições do processo de coagulação/floculação de uma ETA, em busca da condição
operacional que resulte na melhor eficiência possível
 Composto por 6 jarros: No primeiro jarro (béquer) aplica-se agitação vigorosa, reduzindo a agitação
para moderada nos seguintes e deixando estagnado no último, simulando a decantação
Um ensaio de laboratório chamado “testes de jarros”, que consiste em uma execução experimental de
todo processo de clarificação floculação da água

Dispositivos de Mistura Rápida


 Dispositivos mecânicos de mistura: Difusores; Agitadores Mecanizados; Entradas de Bombas
Centrífugas
 Dispositivos hidráulicos de mistura rápida: Ressalto Hidráulico; Calha Parshall

2.2 FLOCULAÇÃO (MISTURA LENTA)


 São unidades utilizadas para promover a agregação de partículas formadas na mistura rápida.

23
 O período de detenção no tanque de floculação e os gradientes de velocidade a serem aplicados devem
ser determinados por meio de ensaios (teste dos vasos) realizados com a água a ser tratada.
 Dispositivos hidráulicos de mistura lenta: Canal com chicanas – são os mais utilizados
o Podem ser Fluxo Vertical ou Fluxo Horizontal

 Dispositivos mecânicos de mistura lenta: agitadores de paleta, de túrbida ou de hélice. – menos


utilizados

2.3 DECANTADORES
 São unidades destinadas à remoção de partículas presentes na água, pela ação da gravidade.
 A decantação pode ser substituída pela flotação
 Podem ser: convencionais, de baixa taxa
de elementos tubulares, ou de alta taxa.

 Podem ser: de escoamento horizontal, com o lodo depositando em um fundo inclinado


de escoamento vertical do tipo cilindro-cônico ou do tipo circular

O número mínimo desejável de decantadores deve ser dois para que a estação não tenha de ser paralisada
por ocasião da limpeza ou manutenção de uma unidade, se a operação for contínua.

• Decantadores com injeção de micro-areia que ativam a floculação e a decantação.

24
A micro-areia tem várias finalidades, a primeira é de melhorar a floculação, a segunda é de tornar o floco
mais pesado e aumentar a velocidade de sedimentação, a terceira é de pré-filtrar a água quando da sua
chegada na zona de reação.

Projeto de Instalações
O projeto de um sistema de filtração direta ascendente deve considerar basicamente os seguintes
aspectos:

1. Qualidade da água bruta;


2. Tipo de pré-tratamento;
3. Tipo coagulante;
4. Características do meio granular
5. Taxas de filtração e outros aspectos operacionais, tais como: descargas de fundo intermediárias e
sistema de lavagem.

Na FDA, a retenção de impurezas ocorre primeiramente nas camadas inferiores, onde a granulometria e
os espaços intergranulares são maiores, e com o passar do tempo evolui para as camadas superiores com
grãos de menores diâmetros. A camada suporte é a região do filtro onde se inicia, portanto, a retenção das
impurezas.

4. DESINFECÇÃO E FLUORETAÇÃO
 A presença de turbidez e/ou matéria orgânica promove um efeito escudo sobre os microorganismos,
impedindo que o agente desinfetante os atinja.
 Para a maioria das águas naturais brasileiras o pH ideal para a desinfecção seria 6,5 ± 0,5, culminando
com um percentual de formação do HOCl de 72 a 95%.

25
 Mecanismo de Desinfecção: Oxidar ou romper a parede celular, se difundindo dentro da célula e
interferindo nas atividades celulares é o principal controlador da eficiência da desinfecção no
tratamento da água.

De um modo geral, são três mecanismos que ocorrem durante a ação de um desinfetante: ruptura da
parede celular, difusão do desinfetante pelo interior do microrganismo e interferência do processo de
reprodução celular.

PRINCIPAIS AGENTES DESINFETANTES


• Luz ultravioleta
• Ozônio (O3)
• Compostos de cloro (hipoclorito de cálcio; hipoclorito de sódio; cloro gasoso)
• Dióxido de Cloro ClO2

Ozônio, dióxido de cloro e cloraminas não produzem trihalometanos, embora eles possam provocar o
aparecimento de outros subprodutos ainda não identificados e cuja toxicidade é desconhecida.

O Cloro, por ser altamente oxidante, é empregado no tratamento da água também para outros fins como:
oxidação de ferro e manganês, remoção de H2S, controle de odor, cor, sabor, remoção de algas etc.

PRINCIPAIS PRODUTOS SECUNDÁRIOS DA DESINFECÇÃO


 Bromato,
 Trihalometanos totais,
 Clorito Cloratos e Cloraminas,
 Carbono orgânico assimilável e carbono orgânico biodegradável,
 Aldeídos, cetonas

Cloro Dióxido de Cloro Ozônio UV


Baixo custo Ação residual Poderoso oxidante Baixo custo
prolongada (reduz gosto, cor, odor)
Funciona melhor em pH bactericidas, Ampla faixa de pH Não tem
ácido (Ácido hipocloroso é esporicida e interferência de pH
que atua) viruslicidas
Vantage
Poderoso oxidante (reduz Remove gostos Não tem ação
ns
gosto, cor, odor) provenientes de oxidante nem
fenóis residual
Gera ação residual Possivelmente Ação bactericida muito Não gera
minimiza formação superior ao cloro subprodutos
de THM cancerígenos
Reage com aminas e pode Se desconhece os Não tem ação residual Não tem ação
formar cancerígenos subprodutos residual
Desvant
Gera gosto em águas com Altos gastos de Altos gastos de Perde eficiência em
agens
fenóis instalação e instalação e operação águas muito turvas
operação

26
pH Forma predominante
<2 Cl2
~5 HOCl (desaparecimento de Cl2)
>10 OCl-

Cloração e Formação de Trihalometanos (THM)


Matéria orgânica vegetal → Ácidos húmicos e fúlvicos (precursores)
Precursores + ClO, HCLO, CL2 (cloro livre) → THC + outros produtos (húmus)

Fatores que influenciam seu aparecimento:

 Efeito do tempo: A formação dos THMs em condições naturais não é instantânea. Uma grande parte
dos THMs que chega ao consumidor são produzidos no sistema de distribuição onde o contato do cloro
livre com os precursores ocorre por um longo período de tempo.
 Efeito da temperatura: A cada 10º C de incremento, eleva ao dobro a taxa de formação de THM.
 Efeito do pH: Em geral a formação se eleva com pH mais alcalino para as reações entre o cloro livre e a
maioria dos precursores.
 Efeito dos bromatos: É um fato comprovado que os bromatos têm uma ação acentuada na formação
dos THMs, manifestou-se que o bromato afeta tanto a taxa de reação quanto a quantidade total de
THM. O bromo supera o cloro na formação dos THMs.

Remoção e Prevenção:
Para evitar a formação de THM, pode-se:
Ou remover os precursores; Ou remover o THM após a sua formação.

 Remover o THM após sua formação: O emprego do carvão ativado granular (CAG) é a melhor
técnica, controla eficazmente tanto a remoção das substâncias orgânicas como os trihalometanos.
 Remover os Precursores: coagulação, sedimentação e uso de pó absorvente e CAG.
 Para a remoção do clorofórmio depois de formado, usa-se CAG, pó absorvente e aeração

4.2 FLUORETAÇÃO
Principais agentes para fluoração: ácido fluossilícico (H2SiF6) e o fluossilicato de sódio

5. CAPTAÇÃO DE ÁGUA E ESCOLHA DE MANANCIAIS


Em termos gerais, as captações podem utilizar mananciais superficiais e subterrâneos.

 Superficiais – Represas, Lagos, Rios


 Subterrâneos – Aquíferos confinados ou não-confinados (respectivamente, artesianos e freáticos)

4.1 CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS


Principais fatores na definição do manancial: a magnitude da vazão necessária, a qualidade da água bruta e
o custo das instalações de adução, tratamento e captação propriamente ditas.

27
Condições ideais de local de captação:
• Situar-se em ponto que garanta a vazão demandada pelo sistema e a vazão residual estabelecida pelo
órgão de gestão das águas, quer se trate de captação a fio de água ou com regularização de vazão.

• Situar-se a montante da localidade a que se destina e a montante de outros focos de poluição


importantes, ou seja, em local que garanta água com qualidade compatível com as tecnologias de
tratamento de água técnica e economicamente possíveis de serem adotadas para a comunidade em
consideração.

• Situar-se em cota altimétrica superior à da localidade a ser abastecida (para que a adução se faça por
gravidade),

• Situar-se em terreno que apresente condições de acesso, características geológicas, batimetria, níveis de
inundação e condições de arraste e deposição de sólidos favoráveis ao tipo e porte da captação a ser
implantada

 Situar-se em ponto da margem externa no manancial, evitando assim o acúmulo de sedimentos

Abastecimento de água para consumo humano - Leo Heller 2ª edição

CARACTERÍSTICAS DE CAPTAÇÃO POR REPRESAS


 Redução dos picos de cor e turbidez, principalmente nas primeiras chuvas após o período de estiagem
 Menor afluxo de microorganismos patogênicos, tais como bactérias, vírus e protozoários.
 Aumento de custo de implantação
 Possibilidade de ocorrer periodicamente a floração de algas e cianobactérias.

4.2 CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS

Vantagens: Água inerentemente menos turva, de mais fácil tratamento. Possibilidade de efetuar apenas a
desinfecção, fluoretação e eventual correção do pH.

Para a captação de poços muito profundos, há necessidade da instalação de uma unidade de resfriamento.

Aquífero freático ou não-confinado


 O lençol situado acima de uma camada impermeável de solo, submetido à pressão atmosférica,
normalmente de menor profundidade e menor custo de escavação.
 Possibilidade de contaminação por fossas, postos de gasolina e outras fontes de poluição difusa.

Aquífero artesiano ou não-confinado


 Confinado entre duas camadas impermeáveis, usualmente a maior profundidade em relação ao lençol
freático, e submetido a pressão superior à atmosférica.
 A zona de recarga apresenta uma área restrita, o que reduz a possibilidade de contaminação.

28
Sistema de Abastecimento

Um sistema de abastecimento de água caracteriza-se pelas seguintes etapas principais: (1) retirada
da água da natureza, (2) adequação de sua qualidade, (3) transporte até os aglomerados humanos, (4)
fornecimento à população em quantidade e qualidade suficientes as suas necessidades.

Adutora é um conjunto de tubulações, peças especiais e obras de arte, dispostas entre a captação e a
ETA, entre a captação e o reservatório de distribuição, entre a captação e a rede de distribuição, entre a
ETA e o reservatório de distribuição, entre a ETA e a rede de distribuição

29
No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração, cloraminação ou da aplicação
de dióxido de cloro, devem ser observados os tempos de contato e os valores de concentrações
residuais de desinfetante na saída do tanque de contato.

A opção por captações subterrâneas apresenta algumas vantagens intrínsecas. Salvo algumas
exceções, pode-se reduzir drasticamente os custos do tratamento, restringindo-o à desinfecção,
fluoretação e eventual correção do pH.

A matéria orgânica natural (MON), as algas / microalgas e as cianobactérias e seus metabólitos,


inclusive suas toxinas, são os principais precursores com os quais os halogênios reagem para formar
subprodutos da oxidação, que podem ser tóxicos e, eventualmente, carcinogênicos ao ser humano.

I. Nos reatores UASB, a produção de lodo é baixa e este já sai estabilizado do sistema. A matéria orgânica é
estabilizada anaerobicamente por bactérias dispersas no reator, e o sistema dispensa decantação primária.

II. Em lagoas aeradas não mecanizadas, a DBO é estabilizada aerobicamente por bactérias dispersas no meio
líquido, e o oxigênio requerido por essas bactérias é fornecido pelas algas por meio da fotossíntese.

O estudo que tem o intuito de analisar e informar, previamente a? gestão Municipal quanto às repercussões
da implantação de empreendimentos e atividades impactantes, privadas ou públicas, em áreas urbanas, a
partir da ótica da harmonia entre os interesses particulares e o interesse da coletividade de modo a evitar
desequilíbrios no crescimento das cidades, garantir condições mínimas de qualidade urbana e zelar pela
ordem urbanística e pelo uso socialmente justo e ambientalmente equilibrado dos espaços urbanos, é
chamado de: Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)

mecanismo de pagamento por serviços ambientais: identificação de pelo menos um serviço


ambiental / comprador / marco regulatório / valor de pagamento / provedor.

I. O conjunto de tubulações e peças especiais dispostas entre o sistema de captação de água e a estação de
tratamento (ETA) é denominado de adutora de água bruta.

30

Você também pode gostar