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A HISTÓRIA DE CAIM E ABEL

Você pode estar pensando que a história de Caim e Abel não tem muita a ver com a sua realidade. Você
nunca chegaria ao extremo de matar alguém por pura raiva afinal, não é?
Jesus nos ensinou que essa história tem muito mais a ver conosco do que imaginamos. Quando nos iramos
contra alguém, quando desejamos o seu mal, quando o invejamos… já o assassinamos em nosso coração.
Quem foram Caim e Abel?
Adão e Eva tiveram filhos após serem expulsos do jardim do Éden. Primeiro, Eva concebeu Caim e depois
Abel. Abel se dedicava a cuidar de ovelhas e Caim era agricultor.
A morte de Abel
Certo dia Caim ofereceu a Deus alguns produtos de sua agricultura e Abel ofereceu o seu melhor cordeirinho.
Deus se agradou de Abel, mas rejeitou a oferta de Caim. Com isso Caim ficou furioso e teve inveja de seu
irmão.
Deus tentou conversar com Caim dizendo:
Por que você está com raiva? Por que anda carrancudo? Se tivesse feito o que é certo, você estaria sorrindo;
mas você agiu mal, e por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa
vencê-lo. (Gênesis 4:7)
Depois destas coisas, Caim convidou o seu irmão para ir até o campo e lá o matou.
Deus o encontrou e perguntou:
– Por que você fez isso Caim? O seu irmão da terra clama a mim por vingança. De agora em diante você não
colherá mais nada da terra. Você irá andar errante pelo mundo.
Caim respondeu:
– Não vou poder suportar esse castigo, porque quem me encontrar vai me matar, com certeza!
Isso não vai acontecer. Pois, se alguém matar você, serão mortas sete pessoas da família dele, como
vingança. (Gn 4:15)
Em seguida Deus lhe colocou um sinal para que se alguém o encontrasse não o matasse.
Caim saiu da presença do Senhor e foi morar em Node (localizado a leste do jardim do Éden).
Por que Deus rejeitou a oferta de Caim e aceitou a de Abel ?
Há muitas especulações a esse respeito. Listamos abaixo as principais linhas de pensamento:
Deus se agradou mais da oferta de Abel porque ele tem uma clara preferência por sacrifícios de
carne/sangue do que frutas e verduras. O sangue seria o elemento reconciliador entre Ele e os homens.
Abel “fez exatamente o que Deus pediu” em oposição a Caim, que inventou algo de sua própria cabeça.
A reação de Deus não tem a ver com o sacrifício, mas com o caráter dos dois homens. De acordo com I João,
Caim sempre foi “malvado” e isso justificaria a rejeição que sofreu.
A reação de Deus se justifica pela postura do coração de cada um dos irmãos na hora do sacrifício. Abel agiu
com fé (Hb 11:4) ao passo que Caim não estava acreditando no significado de seu sacrifício.
Deus preferiu Abel porque ele escolheu as primícias, o melhor do que tinha para oferecer, enquanto Caim
não.
Obviamente, algumas das hipóteses podem ser compreendidas conjuntamente.
Citações de Caim e Abel em outros lugares da Bíblia:
“Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como
Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e
as de seu irmão justas” (1 Jo 3.11, 12)
Foi pela fé que Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que o de Caim. Pela fé ele conseguiu a
aprovação de Deus como homem correto, tendo o próprio Deus aprovado as suas ofertas. Por meio da sua
fé, Abel, mesmo depois de morto, ainda fala. (Hebreus 11:4)
O assassinato e o conselho de Deus
Algum tempo depois dessa história, Deus escreve, por meio de Moisés, o mandamento “Não matarás”. Esse
mandamento regulava a vida do povo de Israel no Antigo Testamento. O julgamento em caso de assassinato
também foi proposto por Deus da seguinte forma: aquele que matou também deve ser morto, olho por olho,
dente por dente, mão por mão, pé por pé.
Isso servia para regular, por exemplo, a vingança desproporcional, como ocorreu no caso de Lameque que
afirmava, se gabando:

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“Matei um homem por causa de ferimentos que me causara; e uma criança porque me ofendeu. Ora, se Caim
é vingado setes vezes, Lameque pode ser, setenta vezes sete!” (Gn 4:23)
O assassinato depois de Jesus
Jesus trouxe ainda mais luz para compreendermos como Deus enxerga o assassinato, ele ensina em seu
sermão:
Vocês ouviram o que foi dito aos pais de vocês “Não Matarás”. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se
irar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem
lhe disser: “tolo” será réu do fogo do inferno
Ou seja, aquele que alimenta ira indevida contra o seu irmão, já o assassinou em seu coração.
Como podemos lidar com a ira
O sentimento que causou a tragédia na história de Caim e Abel foi a ira indomada de Caim. Quando Deus
percebeu essa ira ele o advertiu dizendo “o pecado jaz a porta, mas cumpre a ti dominá-lo”. A ira jamais
pode ser senhora da razão.
Todo o ser humano é por natureza violento e competitivo. Queremos ser melhores e nos sentir melhores do
que os outros. Não suportamos a ideia de nos vermos em uma posição inferior. Como Caim, não
conseguimos enxergar o outro “sendo honrado por Deus” em detrimento de nossa própria glória.
O conselho de Deus para nós continua sendo o mesmo:
“cumpre a ti dominar o teu sentimento”.
E tendo feito isso, poderemos viver como verdadeiros irmãos.
CAIM & ABEL
Introdução
Embora seja muito pequeno o registro sobre a passagem desses dois personagens no livro de Gênesis, elas
são bastante enriquecidas pelas lições que deixaram para todos nós.
De acordo com os costumes daquela região, é normal que os nomes possuam uma interpretação. Entre
outras, o nome ABEL significa sopro, hálito e transitoriedade. Como a própria história se encarrega de
mostrar, esse nome tem um cunho profético, uma vez que a vida desse personagem foi muito curta.
Eles foram os primeiros filhos de Adão e Eva e nasceram depois do pecado cometido pelos pais, envolvendo a
serpente, provocando a sua expulsão do Éden. Isso não está querendo dizer que eles foram os filhos únicos
do casal, por mais tarde a própria Bíblia se encarrega de afirmar que eles tiveram muitos irmãos (Gênesis
5:4).
Características pessoais
Diferente de Abel, que dedicou-se ao pastoreio de ovelhas, seu irmão Caim mostrou preferência pela
atividade com a terra (Gênesis 4:2).
Enquanto Abel mostrava-se um homem dócil, pacífico, cumpridor de seus deveres, Caim apresentava-se
como uma pessoa temperamental e violenta.
A diferença entre as ofertas
De acordo com o início do capítulo 4 de Gênesis, vemos os irmãos procurando agradar a Deus com ofertas de
sacrifício daquilo que possuía: Caim, que era lavrador, trouxe o melhor da terra para oferecer ao Senhor,
enquanto que Abel, que era pastor, sacrificou uma ovelha que representava a primícia do que possuía.
Para começar, essas ofertas não eram motivadas por pedido de perdão por pecados, mas apenas atos
voluntários de adoração, diferente do que mais tarde se configuraria as imolações de animais, uma vez por
ano, buscando-se o perdão pelos pecados cometidos naquele período.
A Bíblia não diz o motivo, mas afirma que Deus se agradou mais da oferta de Abel. Alguns comentaristas
acham que é porque o sacrifício de Caim não envolvia derramamento de sangue, porém mais tarde o próprio
Deus ensinaria que abençoava tanto as ofertas de cereais quanto as dos sacrifícios de animais (Levíticos 6:14-
23). Dessa forma, conclui-se que Deus julgou a intenção, a motivação de cada um, e não o que ofereceram.
Uma outra forma de se estudar essa opinião divina é que o sacrifício de Caim era resultado do seu esforço
produzido, o melhor da sua inteligência, enquanto que Abel teve o cuidado de ofertar o melhor do seu
rebando, a primícia, o primeiro resultado.
Se quisermos espiritualizar um pouco sobre isso, diríamos que a oferta de Caim foi resultado do seu esforço
sobre a natureza, intervindo sobre o que já existia, enquanto que a oferta de Abel era de sangue, apontando

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profeticamente para a Graça, uma oferta que praticamente não dependia do seu esforço. A oferta de Abel
apontava para a fé.
Se quisermos continuar espiritualizando, outros pensadores dizem que a oferta de Caim representa as
religiões da terra, que buscam a justificação por meio de esforço pessoal e meritório, através das obras; já a
oferta de Abel representava um sacrifício carregando a semente do cordeiro que foi ali sacrificado,
materializado na crucificação de Jesus.
Como conhecemos os sacrifícios que mais tarde foram implantados através de Arão e dos levitas (Êxodo 12),
entendemos que Abel se antecipou no tempo, oferecendo a Deus um sacrifício pessoal de um cordeiro,
prefigurando Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29).
Quanto a Caim, percebe-se, pela leitura de Gênesis 4 que seu estado de espírito era bem diferente daquele
de Abel. Achamos que podemos confirmar, por aí, que Deus atenta primeiramente para o ofertante e só
depois preocupa-se com a oferta (Deuteronômio 30:6).
Testemunho para sempre
Abel foi o primeiro mártir da história bíblica (Mateus 23:35), o primeiro homem a morrer em circunstâncias
violentas, morte provocada por outra pessoa (Provérbios 14:30).
Para começar, o fato de sua morte estar documentada na Bíblia Sagrada, já proporciona um registro eterno,
um testemunho de Deus. Jesus também confirma esse marco histórico da morte de Abel, chegando a dizer
que sua morte seria requerida da sua geração (Lucas 11:51).
Deus declarou para Caim que a voz do sangue de Abel clamava a Ele desde a terra (Gênesis 4:10), subindo até
os céus, pedindo por justiça.
Alguém certa vez escreveu que enquanto o sangue de Abel apontava para cima, pedindo justiça, o sangue de
Jesus apontava para baixo, oferecendo misericórdia. Foi assim que Abel tornou-se um precioso tipo de Cristo.
A Oferta de Caim e Abel
O texto de Gênesis 4.1-7 relata a oferta que Caim e Abel apresentaram a Deus. Caim era agricultor e, Abel,
pastor de ovelhas. Os dois ofereceram a Deus uma parte do fruto do seu trabalho.
Chamamos a atenção para alguns detalhes do texto bíblico. Como lemos no versículo 3, Caim “pegou alguns
produtos da terra e os ofereceu ao Deus Eterno”. No versículo 4 vemos que “Abel, por sua vez, pegou o
primeiro carneirinho nascido no seu rebanho, matou-o e ofereceu as melhores partes ao Deus Eterno”.
Deus aceitou a oferta de Abel e rejeitou a de seu irmão. Logo temos a reação de Caim. Ele demonstra
abertamente seu descontentamento com Deus. Caim deixou a inveja tomar conta de seus pensamentos.
Transformou-se em um homem revoltado. Não aceitou a decisão de Deus.
Uma forma de interpretar esse texto poderia ser esta: Sendo Caim um agricultor, sua oferta representava o
desejo de domínio sobre a terra. Abel, ao oferecer a ovelha, estava sinalizando o plano de redenção de Deus:
a ovelha representaria Jesus Cristo.
Porém, essa interpretação não explica plenamente por que uma oferta foi aceita, e outra não. Mas então,
qual o motivo para Deus aceitar uma oferta e rejeitar outra?
Caim não foi julgado pela oferta em si, mas pelo modo como andava a sua vida. Como estava seu coração?
Qual era o seu real objetivo? Deus vê o coração e sabe das nossas intenções. Sabe quando a oferta é dada
com alegria ou por obrigação. Uma oferta pode vir com a intenção de manipular.
Podemos dar presentes e trocar favores para conquistar outras pessoas, para nos promover, para sermos
considerados pessoas mais especiais que outras.
Lembremos das palavras de Lutero: A fé produz frutos, mas não para si. No caso de Caim e Abel, sua fé
animou-os a fazer uma oferta para Deus. Podemos arriscar a dizer que Abel ofereceu sem querer nada em
troca; ofereceu o melhor de si. Caim ofertou, mas esperava ser recompensado.
Para pensar: Será que isso acontece ainda hoje?
Caim mostrou-se cheio de ira e desconfiança. A oferta de Abel foi aceita por Deus em virtude de sua fé
(Hebreus 11.4). Ter fé é como andar de noite, no escuro, onde cada barulho pode virar um tormento. Se
continuarmos a caminhar na escuridão, enfrentamos as dificuldades e vencemos o medo.
Caim se abateu, deixando que seus sentimentos o dominassem. Lutero diz que o pecado no ser humano é a
sua falta de fé, falta de confiança. Portanto, quando vamos ofertar a Deus, é importante dedicar as dádivas
ao Senhor com fé e confiança. Somos acolhidos por nossa intenção de contribuir e não por nossa
contribuição em si, pois Deus conhece nosso coração (Lucas 16.15).

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Certa vez, Jesus estava no templo e viu quando uma viúva ofertou suas duas únicas moedas (Marcos 12.42).
A pobre mulher havia ofertado toda a sua vida, seu sustento, mostrando assim sua confiança total em Deus.
O que diria Jesus em relação às nossas ofertas hoje?
A oferta é uma resposta ao amor que não impõe condições de Deus, que ofertou seu filho para nossa
salvação. Deus, por seu grande amor, ofertou o melhor que tinha. Deu o seu único filho por cada um e cada
uma de nós.
Ofertando de coração, participamos do Reino de Deus. Esse Reino é refletido no cotidiano, quando gestos de
solidariedade e amor são realizados em favor das pessoas que sofrem. Todo sinal de esperança e resgate da
dignidade humana é reflexo do Reino de Deus.
Um sábio disse uma vez que há uma grande diferença entre as pessoas que ajudam por obrigação e as que
ajudam por vontade. Quem ajuda ou faz algo por obrigação, geralmente está com o rosto fechado e, muitas
vezes, o trabalho que faz precisa ser refeito. Quando alguém ajuda com vontade e alegria, faz um excelente
trabalho porque o realiza com prazer, com gratidão e com amor.
No passado Caim ofereceu um culto a Deus indigno de Deus. Ele foi repreendido, mas em vez de mudar de
vida, endureceu-se ainda mais.
a) Caim ofereceu um culto a Deus sem observar os preceitos de Deus para o culto – sacrifício incruento;
b) Caim ofereceu um culto a Deus com o coração cheio de ódio e inveja (1 Jo 3:12);
c) Caim ofereceu um culto a Deus sem aceitar a exortação de Deus;
d) Caim ofereceu um culto a Deus, mesmo maquinando e praticando o mal;
e) Caim tenta esconder o seu pecado e livrar-se das suas consequências.
Os filhos de Eli foram destruídos porque profanaram o culto divino (1 Sm 4).
Coré, Datã e Abirão foram mortos por oferecerem fogo estranho ao Senhor (Nm 16).
FAMÍLIA, LUGAR DE ADORAÇÃO
“Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e
de sua oferta.” Gn 4.4
Caim e Abel aprenderam a adorar a Deus desde a infân- cia. Sabiam que esse era o fim principal do homem.
Porém, ao trazerem sua oferta a Deus, dois resultados bem distintos aconteceram. Deus não se agradou de
Caim e de sua oferta, ao mesmo tempo que se agradou de Abel e de sua oferta. Tanto a vida como a oferta
de Caim estavam erradas, enquanto a vida e oferta de Abel eram agradáveis a Deus.
Abel trouxe para Deus um sacrifício cruento enquanto Caim trouxe os frutos da terra. Abel trouxe um
sacrifício que tipificava o sacrifício de Cristo na cruz, derramando o seu sangue para nos salvar, enquanto
Caim trouxe um sacrifício que representava o esforço humano para chegar-se a Deus. A oferta errada de
Caim era um reflexo de sua crença errada. E a sua crença errada desembocou em sua vida errada. Mesmo
sendo exortado por Deus, Caim não se arrependeu; pelo contrário, alimentou ódio no coração por Abel e
traiçoeiramente tirou sua vida.
O culto de Caim era falso, porque ele era do Maligno. Seu culto foi rejeitado, porque no seu coração não
havia amor por Deus nem pelo seu irmão. Não basta ter uma religião. Não basta levantar altares em nosso
lar. Não podemos comparecer diante de Deus de mãos vazias. Precisamos ter a doutrina certa, a oferta certa,
a vida certa e a motivação certa.
AS OFERTAS DE CAIM E ABEL
"E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e
para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o
semblante" - Gênesis 4.4-5
INTRODUÇÃO
A Bíblia é sem dúvidas um livro distinto de qualquer outro livro. Não se trata, pois, de uma invenção racional,
mas sim de um conteúdo divino que chegou até nós pela vontade de Deus. Sabemos e testificamos, pela fé,
que a escritura bíblica não nasceu da mente do homem, mas da mente do Nosso Senhor e criador. A profecia
nunca foi produzida por homem algum -- disse o apóstolo Pedro --, mas os homens santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo (II Pe 1.21).
A Bíblia tem aproximadamente quarenta escritores, mas apenas um único autor: o próprio Deus. Em uma das
cartas a Timóteo, podemos observar com clareza que a escritura foi divinamente inspirada (II Tm 3.14-17),
sendo-a perfeita lei do Senhor (Sl 19.7). Por certo, sendo YHWH (NR1) o Senhor dos senhores e Deus dos

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deuses, criador dos céus e da terra, riquíssimo em glória e majestade, todo poderoso Deus, a sua Palavra
também o é -- Viva, Eficaz, Poderosa, Apta e Perfeita (Hb 4.12). Não falha jamais (Jo 10.35).
Sendo assim, devemos valorizar cada uma das palavras escritas neste Livro Sagrado. Não podemos excluir ou
acrescentar absolutamente nada. Cada palavra -- por mínima que seja -- importa, mesmo uma vírgula é de
suma importância, cada detalhe é fundamental. Atentemo-nos para o fato de que não devemos violar os
mandamentos, por menor que ele seja (Mt 5.18,19). Nada se tira, nada se põe (Ap 22.18,19).
A Escritura não usa esse ou aquele verbo por acaso. Não traz este ou aquele termo por simples estética. Não
mostra esse ou aquele detalhe por mero conhecimento racional. Tudo é importante para nós, para as nossas
almas. Saiba disso com clareza: Deus não é Deus do acaso, mas das coisas certas e confiáveis. A respeito
disso, podemos olhar para o passado a fim de aprendermos com um servo do Senhor, um homem valente
chamado Josué. Deus o chama e o orienta a meditar dia e noite nas Escrituras, para que ele faça tudo
conforme está escrito (Js 1.8).
Atentemo-nos para o fato de que meditar não é o mesmo que apenas ler. Ao ler, nós passamos por cima das
nuances, dos detalhes. Ao meditar, nós os enxergamos com clareza. O salmista reconhece tal fato e ao orar a
Deus, pede que ele tenha os olhos abertos durante a sua meditação, para que contemple as maravilhas do
Livro do Senhor (Sl 119.15-18).
Precisamos buscar a verdade, e o que é a verdade senão a Palavra de Deus? (João 17.17). Somente ela nos
liberta da mentira com eficácia plena (Jo 8.32).
Por diversas vezes o autor que vos escreve recebeu ensinamentos que versavam sobre Caim e Abel.
Especialmente no que diz respeito às suas ofertas e o porquê de Deus ter aceitado uma enquanto rejeitara a
outra. Na primeira vez que me ensinaram a respeito de tal tema eu ainda era um neófito, mal sabia o que as
escrituras diziam a respeito de qualquer coisa. O tempo passou, meu interesse por conhecer a vontade de
Deus me levou a ler, estudar e meditar nas Escrituras. Muito fui abençoado e a cada vez que o faço sou
abençoado ainda mais.
Existem muitos ensinos a respeito dessa temática, por isso eu peço a você:
Não seja apenas um “ouvinte”, seja um leitor (At 17.11). De igual forma, não apenas leia, medite (Js 1.8).
Vejamos, pois, o que os detalhes nos ensinam acerca dos dois irmãos, Caim e Abel.
NASCEM CAIM E ABEL
Gênesis 4.1-5
Logo após a trágica história da Queda que resultou na expulsão do homem do Jardim das Delícias, Gênesis
nos narra acerca do nascimento de dois irmãos. É no capítulo quatro que tudo começa e por resultado da
bênção de Deus sobre o casal (Gn 1.28), nasceram Caim e Abel. Dois irmãos que tinham prazer em coisas
diferentes, distintas. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis, já Abel gostava de trabalhar com os
animais vivos. Um se tornou lavrador da terra, enquanto o outro, pastor de ovelhas.
Ao cabo de dias, tanto Caim quanto Abel decidiram por trazer uma oferta ao Senhor. Cada um trouxe a Deus
daquilo que possuíam. Caim ofertou do fruto da terra, visto que era lavrador, e Abel ofertou dos
primogênitos da gordura de suas ovelhas, visto que era pastor.
Gênesis nos mostra uma aceitação e uma rejeição da parte de Deus. Caim é rejeitado juntamente com sua
oferta. Já para Abel e sua oferta, houve a aceitação divina. Mas por quê? Qual a diferença entre uma oferta e
outra? Por que um recebeu aceitação enquanto o outro não?
Antes de respondermos a essas questões, devemos buscar conhecer mais acerca do que as escrituras nos
dizem sobre ambos os irmãos, quem sabe você não acabe encontrando uma resposta mais profunda sobre o
tema?
VOCÊ REALMENTE CONHECE CAIM?
Caim foi o primeiro filho de Adão. Seu nome significa aquisição e sua mãe, Eva, o considerava um presente de
Deus (Gn 4.1). Talvez pensassem que este seria aquele que pisaria a cabeça da serpente, a alimária mais
astuta de todo o jardim, responsável por tentá-los até à Queda (Gn 3.15).
A profissão de Caim era a de lavrador da terra (Gn 4.2), assim como a profissão de seu pai, Adão. Ambos
lavraram a terra conforme a ordenança de Deus (Gn 1.26-28). A terra, mesmo amaldiçoada por conta da
Queda, não negou-lhe os frutos que eram dignos do seu trabalho. Certamente não faltava terra boa e arável
naquele tempo.
Mas o primeiro filho de Adão não era lá uma pessoa tão dócil como a princípio pudesse parecer. Ao ser
rejeitado por Deus, irou-se e descaiu-lhe o seu semblante (Gn 4.5), sem dúvidas ele não sabia lidar com o

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sentimento de não ser o “número um”. Seu coração já havia sido entregue ao Diabo e suas obras eram más e
injustas diante do Senhor (I Jo 3.12). Movido pelo ciúme e pelo ódio, Caim matou deliberadamente e sem
provocação alguma seu irmão, Abel. Nós sabemos, pois, que nenhum homicida tem a vida eterna
permanecendo nele (I Jo 3.15). Seu amor era disfarçado e falso, presente na aparência mas não no coração.
Ele amava por palavra, mas não por obras (I Jo 3.18). Caim não se fez do Maligno por matar seu irmão, Caim
matou seu irmão porque já era do Maligno.
O caminho de Caim era um caminho insincero, lhe faltava verdade e humildade no coração. Dizia mal do que
não conhecia e estava corrompido não apenas pela Queda, mas também pela sua própria vontade. Sua
religião era falsa e não passava de uma mera aparência (Jd 1.10,11). Ele pensou que Deus estava em busca de
adoração, mas na verdade Deus estava em busca de adoradores (Jo 4.23). Além de pegar o conselho de Deus
e jogá-lo fora (Gn 4.7), ao ser exortado, Caim agiu com falsidade e mentira diante do Criador (Gn 4.9). Não
confessou suas falhas a fim de alcançar misericórdia (Pv 28.13). Tal homem tinha tudo para ser uma benção,
mas escolheu desonrar o nome que recebeu e, deixando de pertencer a Deus, entregou sua vida às trevas.
Este é Caim, o primogênito de Adão. A Palavra nos mostra que Caim não é diferente de muitos que estão por
aí, que insistem em andar em seu próprio caminho, mas como nos escreveu o homem de Deus: “Ai deles!
porque entraram pelo caminho de Caim” (Jd 1.11).
APRESENTO-VOS ABEL, O JUSTO
Abel foi o segundo filho de Adão. Seu nome significa vaidade. Ao se tornar homem, escolheu por profissão
ser pastor de ovelhas (Gn 4.2). Era o que ele fazia, dominava sobre os animais como Deus ordenara e,
certamente o fazia com amor (Gn 1.26). Abel era dócil e compreensivo, em nenhum momento as escrituras
nos mostram ele censurando a Caim, seu irmão, por suas atitudes. Muito pelo contrário, quando Deus
rejeitou a seu irmão, logo estava com ele -- certamente para o aconselhar e oferecer toda ajuda que podia
(Gn 4.8).
Abel amava Caim não apenas por palavras, mas também por obras, se fazendo presente logo após àquele
momento difícil que Caim havia passado (I Jo 3.18). Ser rejeitado por Deus não é nada fácil. Sem dúvidas Abel
sentia compaixão para com Caim, seu irmão.
O evangelista João nos apresenta a este homem não como outra pessoa qualquer, mas como um homem de
obras justas diante de Deus (I Jo 3.12). Dizer que as obras de Abel eram justas significa dizer que ele agia, isto
é, que ele vivia segundo um padrão que agradava a Deus. Trata-se de uma vida pautada em um caminho
reto, santo e puro. Não somente João, mas o próprio Senhor Jesus, durante o seu ministério, testemunhou
de Abel como homem justo diante dEle (Mt 23.35).
Abel era um homem de fé (Hb 11.4). Ele buscava agradar a Deus em tudo o que fazia e por isso, ao levar sua
oferta ao Senhor, não levou do que lhe sobrava. Abel ofereceu o que de melhor ele tinha, não se tratava de
qualquer gordura, não se tratava de qualquer animal -- ele ofereceu ao Senhor dos seus primogênitos (Gn
4.4), colocando Deus em primeiro lugar no seu coração, bem como deve ser (Mt 6.33).
Durante a sua vida, mostrou que as aparências externas e a imputação que as pessoas lhe fazem -- e aqui, me
refiro ao significado de seu nome -- não são absolutamente nada quando se escolhe servir ao Criador. Se
tornou o primeiro mártir, morto por inveja. Mas não apenas isso, além de integrar a galeria dos heróis da fé,
também integra a galeria dos profetas de Deus (Lc 11.50,51). Este é Abel, o Justo. Herói da fé. Mártir. Profeta.
Servo de Deus, YHWH.
UM POUCO SOBRE OFERTAS
Ofertar a Deus se refere ao ato de oferecer à Ele alguma coisa. Mas o que eu e você poderíamos oferecer ao
Senhor que é dono de tudo e de todos? (At 17.24). Ele é o Criador do Universo, tudo o que nós vemos -- e até
mesmo o que não vemos -- pertence a Ele (Gn 1.1 e Jo 1.3). O que, portanto, eu e você poderíamos oferecer
a Deus que já não pertencesse a Ele? Agora, te peço licença, querido leitor, para voltar à essa pergunta
somente no final deste capítulo. No entanto, a resposta virá ao longo de cada um dos parágrafos a seguir.
O texto de Gênesis, capítulo 4, nos traz a primeira oferta registrada feita ao Senhor. Caim e Abel se achegam
diante de Deus, cada um trazendo consigo uma oferta. Caim, sendo lavrador, ofereceu daquilo que possuía:
frutos da terra (v. 3). Já Abel, sendo pastor de ovelhas, ofereceu também do que possuía, trouxe ao Senhor
dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura (v. 4).
O Criador rejeitou Caim e sua oferta. Aceitou, porém, Abel e sua oferta. Mas por quê? Uma oferta era melhor
do que a outra?

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Alguns respondem a essas questões argumentando que o problema estava na oferta em si: "Deus não aceita
o que vem da terra; se não há sangue, não há aceitação da parte de Deus" -- eles dizem. O problema é que
esta argumentação é muito frágil. Talvez tenham se esquecido que os animais também vieram da terra, são
pó e retornarão para ele. Inclusive, o próprio homem: nós viemos da terra, falamos da terra e pertencemos a
terra, isto é, somos pó e haveremos de para ele retornar (Jo 3.31).
Não somente isso, tal argumentação se mostra frágil ante o fato de que a própria Escritura nos traz ocasiões
nas quais Deus aceitou a oferta de frutos da terra. Em várias passagens encontramos essa verdade. Em
Levítico por exemplo, capítulo 2, verso 1º, podemos observar uma orientação do próprio Senhor acerca da
oferta de manjares, na qual o ofertante traria flor de farinha, deitaria azeite e colocaria o incenso sobre ela.
O sacerdote queimaria a oferta como memorial, “cheiro suave é ao Senhor” (Lv 2.2).
Para dizer o contrário ou há de ser ignorante quanto ao Pentateuco (NR2) ou há de se excluir tais passagens
de suas bíblias. Em Êxodo, também podemos ler claramente acerca da oferta dos frutos da terra, diz o texto
em seu capítulo 23, versículo 19: “As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu
Deus (...)”
Quanto à oferta pelo pecado, o sacerdote deveria oferecer um novilho sem defeito para expiação (Lv 4.3). Já
os líderes de Israel, deveriam oferecer em oferta pelo pecado, um bode macho e sem mancha tirado de entre
as cabras (Lv 4.22-26). Os israelitas comuns deveriam ofertar uma cabra ou cordeiro (Lv 4.27-35). Os pobres,
aqueles que sequer tinham um cordeiro para ofertar, deviam trazer como oferta pelo pecado rolinhas ou
pombos (Lv 5.7-10). Vejam, o cuidado do Senhor para com seu povo é tão grande que para o israelita
realmente pobre, este, poderia ofertar a décima parte de um efa de flor de farinha para expiação do pecado
(Lv 5.11-13).
Dessa forma, como poderíamos dizer que Deus não aceita a oferta de frutos da terra? Como dizer tal cousa
se a Sua própria Palavra diz exatamente o contrário? Para aquele que crê nas Sagradas Escrituras, apenas os
textos mencionados já são mais do que suficientes para se entender que o problema da oferta de Caim não
estava no fato de seu conteúdo ser constituído de frutos da terra, o motivo da rejeição não era esse. No
entanto, deixarei ainda mais algumas citações, caso queiram se aprofundar um pouco mais no assunto: (Ex
34.22; Lv 2.14-16; 6.14.23; Nm 28.12,13).
Crer que a rejeição de Deus a Caim se deu única e exclusivamente pelo conteúdo de sua oferta é o mesmo
que crer que Deus, ao aceitar a oferta de Abel, o fez única e exclusivamente pelo seu conteúdo. Mas isso
também não estaria correto, nem sempre Deus aceitou a oferta de sangue. O sacrifício feito com intenção
maligna, por exemplo, não é aceito diante de Deus (Pv 21.27).
Em Isaías, capítulo 1º, Deus diz estar cansado dos holocaustos e sacrifícios dos israelitas, visto que de nada
eram proveitosos. Deus chegou ao ponto de dizer que não se agradava do sangue de bodes, dos cordeiros e
dos bezerros (v. 11). O Senhor compara os líderes de Jerusalém com os príncipes de Sodoma; e o povo, como
cidadãos de Gomorra (v. 10). Por que Deus estava rejeitando a oferta de sangue? Por que rejeitou a Israel? O
profeta Samuel já havia nos dado a resposta, nos ensinou que obedecer ao Senhor é melhor do que sacrificar
(I Sm 15.22). De nada vale uma oferta de sangue se o coração do ofertante está agindo de forma insincera
diante de Deus. O Senhor não aceita sacrifício hipócrita, para sermos aceitos se faz necessário aprendermos a
fazer o bem e procurarmos o que é justo (Is 1.17).
Voltemos à pergunta inicial, o que poderíamos ofertar a Deus que já não pertencesse a Ele?
Deus deseja de nossa parte a obediência à sua Palavra, Ele quer corações sinceros e cheios de verdade diante
dEle. O Senhor não deseja sacrifícios e holocaustos mais do que venhamos a conhecê-lo (cf. Os 6.6). O
salmista nos advertiu para o fato de que, para Deus, o verdadeiro sacrifício e holocausto são um coração
contrito e espírito quebrantado (Sl 51.16,17). Nenhuma oferta -- quer de sangue ou de frutos da terra -- será
aceita por Deus se não houver fé da parte do ofertante. A Palavra nos diz que o que não é feito por fé é
pecado (Rm 14.23).
Deus, o Pai, procura os fiéis da terra. Aqueles que ofertam de forma enganosa e insincera não hão de ser
aceitos por Ele (Sl 101.6,7). Deus busca em nossas vidas uma adoração verdadeira e não enganosa, feita no
espírito e não na carne. Cheguemo-nos a Ele dessa forma e por meio da fé, assim seremos aceitos (Jo
4.23,24).
Mas o que poderíamos de fato ofertar a Deus senão as nossas próprias vidas? Todo o resto já lhe pertence,
no entanto, temos a oportunidade de escolher qual será o nosso senhor (Js 24.15). Se levarmos a Deus
qualquer tipo de oferta insincera, nós não seremos aceitos. Não basta a oferta, Deus deseja o coração do

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ofertante. De nada adianta ofertar ao Senhor ao mesmo tempo em que também se serve à Mamom (Mt
6.24). Deus não aceita apenas uma parte do nosso coração, a nossa entrega tem de ser completa.
Escolhamos, pois, tomar do cálice da Salvação. Escolhamos ofertar a Ele sacrifícios vivos de louvor,
escolhamos ofertar nossas vidas por completo (Sl 116.12,19).
POR QUE "NÃO" PARA CAIM E SUA OFERTA?
Agora que já conhecemos melhor acerca de Caim (que era do Maligno) e Abel (o Justo), bem como sobre as
ofertas -- quer sejam de sangue ou frutos da terra --, passaremos à análise de Gênesis 4. Tudo o que foi dito
anteriormente se fez extremamente necessário para a sua compreensão dos versos nos quais iremos
meditar. E a propósito, lembre-se: meditar é muito mais do que simplesmente ler. Cada detalhe é
importante, cada informação é preciosa, cada palavra conta. Não demore-se, pegue logo sua Bíblia e encare
essa jornada.
Também é importante enfatizar que o coração de Caim pertencia ao Maligno, ele era ciumento e suas obras
eram más diante do Senhor. Abel era diferente, seu coração pertencia a Deus e suas obras eram justas e
verdadeiras diante dEle (I Jo 3.12).
O versículo 2 do capítulo 4 do livro de Gênesis nos traz uma das informações fundamentais das quais muitas
vezes são deixadas de lado. Já conhecemos uma dessas informações: Caim era lavrador da terra enquanto
Abel era pastor de ovelhas. Eis a primeira informação importante: cada um levou em oferta ao Criador aquilo
que tinha para ofertar.
Agora, atentemo-nos para outros detalhes.
No verso 3 fica evidente que Caim trouxe do fruto da terra em oferta ao Senhor, ao contrário de Abel que
trouxe das primícias, dos primogênitos das ovelhas e da sua gordura (v. 4). Essa é outra informação
importante: Caim simplesmente fez uma oferta dos frutos da terra, já Abel, traz dos primogênitos, isto é, o
melhor que ele tinha. Casualmente Caim fez uma oferta qualquer, Abel ofereceu das primícias, do que lhe
era valioso e especial.
Nos versos 4 e 5 a aceitação de Deus se deu primeiro para Abel, ou seja, para a sua pessoa, para seu interior,
para seu coração. De igual forma, a rejeição de Deus se deu primeiro para a pessoa de Caim, isto é, para o
seu interior, para seu coração. Essa é outra informação muito relevante: Primeiro Deus aceitou a pessoa de
Abel, só depois aceitou sua oferta. Da mesma forma, primeiro Deus rejeitou a pessoa de Caim, e só depois
rejeitou a sua oferta.
No verso 7 o Senhor levanta uma questão para Caim, qual seja, “Se bem fizeres, não haverá aceitação para
ti?” Observem que se trata da mesma advertência que o Senhor fez ao povo de Israel, quando suas ofertas de
sangue foram rejeitadas por Ele. Deus disse pelo profeta Isaías, capítulo 1 verso 17: “Aprendei a fazer o bem;
procurai o que é justo” (...) Eis aqui outra informação importante: Deus orientou tanto a Caim quanto a Israel
a fazerem o bem a fim de que fossem aceitos. Observemos que Caim ofertou dos frutos da terra enquanto
Israel ofertou do sangue de animais. Ambos não fizeram o bem em seus corações diante de Deus.
Outro ponto interessante é que Deus, ao orientar Caim, lhe informa que ao fazer o bem haveria aceitação
para ele, isto é, aceitação para a pessoa de Caim, e não simplesmente para a sua oferta.
Acredito que tudo já esteja claro, não?
CONCLUSÃO
Nada melhor que alguns textos da Palavra de Deus para que você mesmo tire suas conclusões. Até poderia
escrever uma conclusão maior e bem trabalhada, porém, acredito que não seria tão proveitoso quanto
encerrar com o que temos de mais precioso, as Sagradas Escrituras:
"Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente! Assim, porque és morno
e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca" - Apocalipse 3.15,16
"De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor" - Isaías 1.11
"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" - Mateus 6.24
"Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal.
Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo" - Isaías 1.16,17
"Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?" - Gênesis 4.7
"Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros" - I
Samuel 15.22

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"Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei
o nome do Senhor" - Salmos 116.12,13
"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás,
ó Deus" - Salmos 51.17;
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade,
porque o Pai procura a tais que assim o adorem" - João 4.23
NOTAS DE RODAPÉ
NR1 - Em Gênesis 2,4 “aparece pela primeira vez o Nome de JEOVÁ (YHWH), cujo sentido na tradição bíblica é
“AQUELE-QUE-É”
NR2 - Pentateuco, refere-se aos primeiros 5 livros da Bíblia, também chamados de “A Lei” ou “Torá”.
POR QUE DEUS ACEITOU A OFERTA DE ABEL, MAS REJEITOU A DE CAIM?
Dê com amor e não por obrigação, para não correr o risco de fracassar como Caim. Entenda
Quero agora conversar com você sobre generosidade, um dos assuntos mais importantes da Bíblia quando se
fala de dinheiro. Você se acha uma pessoa generosa?
Dou graças a Deus porque este assunto é bastante abordado pela igreja. Fala-se principalmente sobre
dízimos e ofertas na igreja local. Mas acontece que às vezes pensamos estar dando com a atitude correta e
nem sempre isso é verdade.
Quero então relatar um evento muito importante que aconteceu na Bíblia e que pode pôr em xeque a forma
como você está exercendo sua generosidade.
Convido você a dar uma olhada no texto que está em Gênesis 4.3-5, que diz assim: O tempo passou. Um dia,
Caim pegou alguns frutos da terra e os ofereceu a Deus, o Senhor. Abel, por sua vez, pegou o primeiro
carneirinho nascido no seu rebanho, matou-o e ofereceu as melhores partes ao Senhor.
Até aí tudo bem: os dois irmãos trouxeram uma oferta ao Senhor. Agora ouça o que aconteceu em seguida
na narrativa bíblica. O texto diz assim: O Senhor ficou contente com Abel e com a sua oferta, mas rejeitou
Caim e sua oferta. Por isso Caim ficou furioso e fechou a cara.
Ora essa, por que será que Deus aceitou a oferta de Abel e rejeitou a de Caim?
Veja que esta questão não é apenas curiosa, mas de fundamental importância para que sua oferta seja aceita
por Deus. Já imaginou? Você se esforça, dá um duro danado trabalhando, ganha seu dinheiro suado e, na
hora de fazer a coisa certa — no nosso caso, dar a sua oferta na igreja — vai que Deus não aceita? Seria
horrível, não?
O que vejo que aconteceu aqui é que Caim deu por dar. Sabe aquela coisa de apenas “cumprir tabela”?
Já que preciso dar, aí está, Senhor. Estou trazendo a minha oferta.
Vejo aqui que o coração de Caim estava distante de Deus. E a Bíblia diz que tudo o que gente fizer deve fazer
de todo o coração, como sendo para o próprio Deus. Isso está escrito em Colossenses 3.23. Foi aí que Caim
pisou na bola. Ele não escolheu o que era de melhor do fruto da terra. E ainda deu por mera obrigação.
Por outro lado, veja como foi que Abel fez: completamente diferente de Caim. Ele trouxe as partes gordas, ou
seja, a melhor parte. E das primeiras crias. O que significa que ele não ficou esperando. Ele deu prioridade à
sua oferta. É o que Bíblia chama de primícia. A primeira coisa a fazer quando ganhamos o dinheiro.
Conclusão: Decida exercer a generosidade da maneira correta. Dê assim que você ganhar o seu dinheiro. Não
faça nada antes de exercer sua generosidade, principalmente com seu dízimo ou sua oferta. Além disso, dê
com amor e não por obrigação, para não correr o risco de fracassar como Caim. O amor está acima de todas
as coisas. Tudo o que fazemos deve ser feito com amor.
As ofertas de Abel e Caim
O fato de Deus aceitar a oferta comprova que Abel havia ganho nova vida, pois Deus é Deus de vivos e não
de mortos ( Mc 12:27 ). Deus deu testemunho da justiça de Abel porque o justo vive da fé, ou seja, de toda
palavra que sai da boca de Deus. A justificação de Deus é de vida, pois Ele cria o justo, e o declara justo “Pois
assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um
só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” ( Rm 5:18 ).
“E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também
trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua
oferta” ( Gn 4:3 -4)

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Deus nada exigiu de Caim, porém, voluntariamente ele trouxe do fruto da terra uma oferta e ofereceu ao
Senhor. Abel, por sua vez, também trouxe voluntariamente dos primogênitos das ovelhas que lhe pertencia
uma oferta ao Senhor.
Destacamos que Deus não exigiu, nem de Caim nem de Abel, qualquer tipo de oferta. Do mesmo modo, Ele
não exigiu do povo de Israel que viessem oferecer ofertas e sacrifícios em seus átrios “Quando vindes para
comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios?” ( Is
1:12 ).
De que serviria a Deus as ofertas de Caim e Abel? Ao falar por intermédio de Isaías, Deus demonstra que
estava enfadado da voluntariedade dos homens em ofertar e sacrificar “De que me serve a mim a multidão
de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais
cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes” ( Is 1:11 ).
O salmista Davi compreendeu que Deus não exigia dos homens ofertas e sacrifícios. Se Deus se agradasse de
ofertas e sacrifícios, com certeza Davi haveria de trazer voluntariamente, a exemplo de Caim e Abel, ofertas e
sacrifícios ao Senhor “Não te comprazes em sacrifícios, senão eu os traria; não te deleitas em holocaustos”
( Sl 51:16 ).
Deus é enfático com relação a ofertas e sacrifícios: “Ouve, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu protestarei
contra ti: Sou Deus, sou o teu Deus. Não te repreenderei pelos teus sacrifícios, ou holocaustos, que estão
continuamente perante mim. Da tua casa não tirarei bezerro, nem bodes dos teus currais. Porque meu é
todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e minhas
são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e toda a sua plenitude.
Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” ( Sl 50:7 -13 ; Hb 10:8 ).
Embora Caim e Abel voluntariamente tenham ofertado ao Senhor, Caim foi rejeitado e Abel aceito. O que
diferenciou Caim e Abel diante de Deus? A rejeição de Caim deu-se por causa do tipo de oferta que ele
escolheu oferecer?
Vale salientar que tudo que o homem propuser oferecer a Deus já lhe pertence ( Sl 50:10 -11). Destacamos
também que Deus aceitava ofertas voluntárias de gado, ovelhas e cereais ( Lv 1:1 e Lv 2:1 ), ou seja, não
havia nenhum problema Caim ofertar do fruto da terra.
O problema da rejeição de Caim não estava na voluntariedade e nem na sua oferta. O problema estava em
Caim, pois primeiro ele foi rejeitado, para depois a oferta ser rejeitada ( Gn 4:5 ).

Mas, que tipo de problema envolvia Caim? A falta de confiança em Deus! Como?
A Bíblia demonstra que pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim. Ao ofertar Abel alcançou
testemunho de Deus que era justo, ou seja, foi justificado por Deus. Deus justificou (alcançou testemunho)
Abel, e então, ele foi aceito por Deus, e conseqüentemente também a sua oferta ( Hb 11:4 ).
De posse da certeza das coisas que se esperam, abalizado por aquilo que não se vê, Abel alcançou a
justificação (testemunho) ( Hb 11:1 -2). Abel sabia da existência de Deus por intermédio de seus pais, e ao
aproximar-se para ofertar, tinha plena certeza que Deus é galardoador daqueles que O buscam.
Deus é galardoador dos que O buscam, e não daqueles que ofertam ou sacrificam, quer animais ou cereais
( Hb 11:6 ).
O que ocorreu com Abel, também ocorreu com Abraão, pois a Bíblia diz: “Creu Abrão no Senhor, e isso lhe foi
imputado para justiça” ( Gn 15:6 ), e o apóstolo Paulo atesta “Não obstante, aquele que não trabalha, mas
crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé e imputada como justiça” ( Rm 4:5 ).
Deus aceitou Abel e Abraão porque os justificou, pois jamais aceita o ímpio ( Ex 23:7 ). Antes de ser
justificado, Abel e Abraão eram ímpios do mesmo modo que Caim, pois foram gerados em pecado. Abraão e
Abel foram justificados por Deus, o que demonstra que eles também não contrariam a afirmação bíblica de
que não há um justo se quer.
Caim era ímpio, o que determinava as suas obras como más. Por ser ímpio jamais Deus o justificaria através
da oferta. Por ser do maligno, jamais seria aceito por Deus.
Ao ofertar, a sua real condição diante de Deus evidenciou-se: Ele viu que não era aceito por Deus quando a
sua oferta foi rejeitada! Abel foi aceito porque creu em Deus, e Caim, por sua vez, não confiou em Deus,
antes confiou na oferta que ofereceu e foi rejeitado.
Os homens devem aproximar-se de Deus crendo que Ele é galardoador daqueles que O buscam,
independentemente dos dons que voluntariamente propõem oferecer a Deus.

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Não é a oferta de bois, bodes e ovelhas que tornam o homem agradável a Deus. Também não é a presença
de sangue proveniente de animais que redime o homem “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos
bodes tire os pecados” ( Hb 10:4 ). Se não é o sangue dos touros e bodes que tira o pecado, é certo que não
foi o fato de Abel ter ofertado uma ovelha que o tornou aceito diante de Deus.
Muitos anunciam que Abel foi aceito por oferecer uma ovelha, o que deixa subentendido ter havido sangue
na oferta, sendo aceito pelo tipo e modo de sacrifício. Mas, o correto é a declaração do escritor aos Hebreus,
que dá conta que Abel foi aceito pela fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus.
Abel foi aceito e depois a sua oferta porque creu em Deus. Deus concedeu a Abel uma nova vida (vida eterna)
e deu testemunho de que era justo (não entrará em condenação), ou seja, Abel passou da morte para vida
“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” ( Jo 5:24 ).
O fato de Deus aceitar a oferta comprova que Abel havia ganho nova vida, pois Deus é Deus de vivos e não
de mortos ( Mc 12:27 ). Deus deu testemunho da justiça de Abel porque o justo vive da fé, ou seja, de toda
palavra que sai da boca de Deus. A justificação de Deus é de vida, pois Ele cria o justo, e o declara justo “Pois
assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um
só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” ( Rm 5:18 ).
Caim foi rejeitado porque não creu em Deus. Como não creu em Deus permaneceu na condição herdada de
Adão: morte! Por estar sob a condenação de Adão, Caim não foi aceito por Deus, e nem a sua oferta, pois é
impossível ao imundo oferecer uma oferta que suba como cheiro suave ao Senhor ( Jo 14:4 ).
Como todos se desviaram “Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem,
não, nem sequer um” ( Sl 53:3 ), tudo que tocam, produzem e oferecem é imundo “Então respondeu Ageu,
dizendo: Assim é este povo, e assim é esta nação diante de mim, diz o SENHOR; e assim é toda a obra das
suas mãos; e tudo o que ali oferecem imundo é” ( Ag 2:14 ).
Jamais Caim ofertaria algo que fosse aceito por Deus, pois Deus jamais aceita o imundo.
Na tentativa de agradar a Deus o homem se lança em jejuns, orações, penitências, abstinências, meditação,
caridade, confissões, esmolas, etc., mas somente pela fé, a que uma vez foi dada aos santos, é possível
tornar-se agradável a Deus ( Jd 1:3 ).
A respeito de Caim e Abel, como se explica:
1 – Como Caim e Abel descobriram que Deus aceitou a oferta de Abel e não a de Caim? Foi por causa da
diferente direção das fumaças dos sacrifícios? 2 – Com quem se casou Caim, considerando que, além de Adão
e Eva, e depois da morte de Abel, só existia ele? 3 – Qual o sinal que Deus colocou em Caim conforme
Gênesis 4.15?
1 – Como descobriram: A Bíblia não explica porque Deus reagiu de forma diferente diante das ofertas de Abel
e Caim. É certo, porém, que o desagrado com a oferta de Caim não residia na natureza da mesma, como
também a aceitação da oferta de Abel não residia na natureza dela. A razão da rejeição da oferta de Caim era
o seu interior, eram os seus sentimentos. Sobre isso nos esclarece o texto de 1 João 3.12: “Caim, que era do
maligno e assassinou o seu irmão; e porque o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão,
justas?” Dos termos com que Deus fala com Caim ( Gênesis 4.6,7 ), podemos concluir que, de alguma forma,
o autor de Gênesis não se preocupou em explicar, Deus revelou aos dois irmãos o que pensava de cada uma
das ofertas. A direção das fumaças dos sacrifícios em questão não é citada na Bíblia. Essa idéia de que a
fumaça do sacrifício de Abel subiu ao céu, enquanto que a fumaça do sacrifício de Caim saiu em direção
horizontal, baseia-se em um antigo desenho publicado no livro “Histórias Bíblicas”, que ilustra esse episódio.
Aí, talvez, o autor quisesse retratar, de forma visível, o que se passava de forma oculta nos corações dos dois
irmãos: Abel pensando em Deus, e Caim em si mesmo. Esse relato, pois, aponta para a importância que têm
as nossas intenções e a nossa motivação para ofertar. Se procedermos bem, seremos aceitos ( Gênesis 4.7 ). 2
– Casamento de Caim: Caim se casou com uma irmã dele. De acordo com Gênesis 5.4, fica claro que Adão e
Eva tiveram outros filhos e filhas, além de Caim e Abel. E não devemos esquecer que a proibição de
casamentos entre irmãos surgiu dois mil anos depois, com a legislação mosaica. O casamento entre irmãos
era prática relativamente normal, conforme o caso de Abraão que era casado com uma meia-irmã, Sara, filha
do pai de Abraão ( Gênesis 20.12 ). 3 – O sinal de Caim: Não existe qualquer descrição bíblica que explique
como era o sinal que Deus colocou em Caim. De acordo com Gênesis 4.15, este era um sinal que visava a
proteger a vida de Caim. Não é, portanto, o que muitos pensam, um sinal de maldição. Esta conclusão é a

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única que se pode tirar do texto em questão. Há intérpretes que vêem nesse sinal o início da escrita, porque
diz o texto bíblico, quem visse o sinal entenderia que não se devia ferir de morte a Caim! Isso indica, de
acordo com esses intérpretes, que o sinal de Caim representava uma idéia. Com o passar do tempo, outros
sinais teriam sido criados, representando outras idéias. Assim teria surgido a escrita, que, na verdade, nada
mais é do que sinais representando idéias e sons. Agora, como este sinal em Caim se parecia, é impossível
saber. Só se pode concluir, a base de Gênesis 4.15, que o sinal se destinava a proteger a vida de Caim.
Por que Deus rejeitou a oferta de Caim e aceitou a oferta de Abel?
Você pergunta: Por que Deus não recebeu a oferta de Caim e aceitou a oferta de Abel? No texto diz que os
dois ofertaram algo a Deus. Não entendo por que Deus rejeitou a oferta de Caim, isso pareceu meio injusto
da parte de Deus. Pode me ajudar a entender?
Cara leitora, se observarmos bem, o texto mostra uma diferença entre as ofertas de Caim e Abel que nos faz
compreender bem a questão da aceitação e rejeição de Deus. É importante analisar essa diferença
detalhadamente, vamos fazer isso.
Por que Deus aceitou a oferta de Abel e não aceitou a oferta de Caim?
(1) Comecemos analisando o texto: “Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma
oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o
SENHOR de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou…” (Genesis 4:3-5)
Em primeiro lugar é preciso observar que Deus não pode ser comprado por uma oferta. Não podemos
enganar Deus com bajulações.
A visão de Deus se uma oferta é correta ou não, está mais ligada ao coração e motivação daquele que
ofertou do que com a oferta em si. Sendo assim, observe bem este detalhes no texto…
(2) Observe que Deus se agradou “de Abel” e “de sua oferta”. Primeiro o Senhor olhou para o coração e a
motivação de Abel, e depois observou que sua oferta era adequada.
Da mesma forma Deus não se agradou “de Caim” e “de sua oferta”. Algo no coração e motivação de Caim
não agradou a Deus. Mas que ‘algo’ era esse?
(3) Observe que a atitude inicial de Caim após a sua rejeição e de sua oferta demonstrou o que de verdade
ele tinha em seu coração:
“…Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante” (Gênesis 4:5).
Ele não amava a Deus com profundidade! Poderíamos compará-lo àqueles religiosos fariseus que apenas
acham que adoram a Deus externamente, mas seus corações estão distantes do Pai. Ele levou uma oferta
compatível com seu mal coração, só para cumprir um “ritual”.
(4) Observe que Caim se irou, permitiu que a ira mudasse até o seu rosto, matou seu irmão cruelmente e foi
malcriado com Deus, quanto Ele pergunta onde estava o irmão:
“Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu
irmão?” (Gênesis 4:9)
Isso deixa claro que Deus o rejeitou porque ele era maligno. Não tinha a ver única e exclusivamente com a
oferta em si. A oferta apenas refletiu o que havia em seu coração…
(5) Voltando a questão da oferta, veja que Caim trouxe uma oferta “do fruto da terra”. Algo que não lhe
custou nada. Quem sabe algo que ele pegou em qualquer lugar e ofereceu a Deus. Temos ali a ideia de
alguém que não trouxe algo realmente valoroso e de coração a Deus!
(6) Abel, por sua vez, deu algo das “primícias do seu rebanho e da gordura deste”. Primícias é a parte mais
preciosa de algo, a primeira parte.
Abel ofereceu a Deus o melhor que tinha, enquanto Caim não se preocupou muito com o que ofereceu. Isso
ocorreu por causa do que já existia dentro de seus corações. Caim tinha um coração maligno. Abel tinha um
coração de adorador.
Quem oferta pode até enganar homens, mas nunca poderá enganar o Deus que conhece os corações no mais
profundo! Foi assim que Caim foi rejeitado! Ele não passou pela avaliação completa de Deus, que vê muito
mais que ofertas, que vê o coração do ofertante!

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