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O pâncreas fica situado no começo do duodeno, é um órgão vital e qualquer lesão nele é
comprometedora.
O ducto pancreático desemboca no duodeno junto com o ducto colédoco.
Ácino: são células pancreáticas que produzem a lipase, amilase e protease.
Ilhotas de langerhans: são células do pâncreas endócrino responsáveis pela produção de insulina e
glucagon.
Suco pancreático: é produzido pelos ácinos -> produzem enzimas (proteases, lipases e amilases),
produz substância tamponante (solução de bicarbonato -> essa solução é importante para tamponar o
pH ácido que vem do estômago).
O cão tem amilase apenas na secreção pancreática, não possui amilase na saliva: no começo da vida do
animal essa amilase é lactase, que é responsável pela quebra do açúcar do leite. Com o passar do tempo
a amilase toma conta, por isso que um cão que tomava leite apenas quando filhote, se tomar quando
ficar adulto terá problema no intestino, pois a lactose não será digerida/quebrada.
Ácinos: para a células não digerir as próprias estruturas, as enzimas são liberadas na fora de
proenzimas e ficam dentro do zimogênio. PROVA
Ex de proenzimas
As enteroquinases vão ativas o tripsinogênio virando tripsina que vai ativar o tripsinogênio que vira
quimiotripsina que vão digerir proteínas, as proteínas então são quebradas em peptídeos que através
das peptidades intestinais serão quebrados em aminoácidos.
Pancreatite
+ (VÍDEO)
- Diagnóstico histológico: é feito apenas em caso de óbito.
pâncreas inflamado (dói muito, provoca sepse, fazer internamento
imediato).
- Tratamento
o Repouso glandular: comida de fácil digestão (recovery), uso de antiácidos para não precisar
liberar bicarbonato para tamponamento do duodeno, assim o pâncreas “trabalha” menos.
o Suporte nutricional (alimentação enteral ou parenteral).
o Fluidoterapia (colóide+cristaloide)
o Controle do vômito: maropitam
o Controle da dor (morfina, fentanil 2-4mcg/kg)
o Antibiótico (enro+metro / ceftriaxona+metro/ enro+ceft+metro)
- Complicações da pancreatite
- Quando abrir?
- Após a crise
Imagens:
Imagem:
Caso clínico: Cão, macho, 2 anos apresentando polifagia, coprofagia,
diarreia pastosa, fezes pálidas, aumento do volume fecal e frequência de defecação. Emagrecimento,
êmese esporádica, poliúria e polidipsia.
Insulinoma
É o tumor mais frequente de pâncreas em cães, causa muita morte. Tumor da parte endócrina e das
células que produzem insulina. O animal chega para atendimento com crise hipoglicêmica,
normalmente é um animal com mais de 5 anos. O diagnóstico pode ser feito com US porém, muitas
vezes a lesão não é observada, na tomografia é mais fácil de ver, mas o diagnóstico mais simples é a
coleta de sangue para dosagem de insulina (vai estar muito alta).
Função do fígado: metabolismo de proteínas, gordura, CHO, detoxicação, formação e eliminação da bile
(auxílio no processo digestivo).
Sinais de hepatopatia
Inespecíficos: vômito e diarreia (escura/parece graxa – tem muita bile e pode ter presença ou não de
sangue), anorexia, perda de peso (hepatopatias crônicas), PU/PD (mais raro). Bilirrubinúria/icterícia –
abrir a boca do animal para ver as mucosas amareladas (diagnóstico diferencial: babesia – hemólise),
se for um aumento da bilirrubina conjugada o problema está no fígado (sugestão de hepatopatia
congestiva); colestase hepática; hemorragia em hepatopatia crônica (diminui a síntese de vitamina K);
melena (perda de sangue pelo intestino delgado).
Mucosa ictérica: pensar em uma hemólise (lepto, babesia) ou colestase.
Exame físico
Avaliação das mucosas, palpação abdominal – dor (hepatodinia), aumento de volume abdominal –
ascite.
Avaliação laboratorial
Se o fígado está funcionado: ureia e albumina normais. Se não está funcionando a ureia e albumina
estarão baixas.
Hemograma: pode ter leucocitose, anemia (em coagulopatias, perda de sangue se tiver úlceras).
Urinálise: bilirrubinúria (hemólise ou hepatopatia); cristais de biurato de amônia (shunts
porto-sistêmicos).
Enzimas hepáticas
- ALT
Se há um aumento de ALT a chance de ter um problema no fígado é muito grande (chance de
destruição dos hepatócitos). Seu aumento pode estar relacionado com: lesão em hepatócito; necrose
hepatocelular; hipóxia; colestase severa; terapia com drogas anticonvulsivantes; corticoterapia e
Síndrome de Cushing. E elevações pequenas podem estar relacionadas com lesões músculo esquelética
pois também há ALT nos músculos. (ALT normal até 80).
Ex: um animal atropelado pode apresentar aumento de ALT devido a lesão muscular. Pequenos
aumentos não podem caracterizar hepatopatias. Se há um aumento pequeno em ALT e aumento em
AST há lesão muscular.
- AST
Está dentro das mitocôndrias e células musculares, está mais presente nas células musculares do que
no fígado. AST não é hepato-específica em cães e gatos.
- FA
Aumento de FA em colestase intra (canalículos biliares) ou extrahepática (ducto biliar).
Uso de corticoides e fenobarbital aumentam FA.
FA também está presente nos ossos.
- GGT
Em felinos: quando tem uma doença hepatobiliar, a GGT é maior que a FA.
Mostra quadros inflamatórios dos canalículos biliares.
Lipidose: a GGT pode estar normal ou levemente aumentada.
Outros testes
- Bilirrubina
o Direta (lesões hepáticas – principalmente em processos congestivos);
o Indireta (vem da hemólise)
o Total
- Albumina: avaliação da função do fígado
o Hipoalbuminemia: lesão do fígado ou renal -> animal desenvolve ascite.
o Hiperalbuminemia
Hepatite Aguda
Há aumento do fígado.
Causas:
- Toxinas (Ureia baixa e ALT alta – excesso de amônia)
- Drogas
- Agentes infecciosos (leptospirose; toxoplasmose; histoplasmose; FIP)
- Doenças sistêmicas (bacteremia extra-hepática; pancreatite aguda; anemia hemolítica)
Drogas hepatotóxicas: primidona, fenitoína, fenobarbital, halotano, acetaminofen, carprofeno,
aflatoxina, mebendazol, metotrexato, sulfa-trimetoprim, tetraciclinas, cetoconazol.
Sinais clínicos:
Anorexia, letargia, vômito, diarréia, PU/PD, Encefaopatia, icterícia.
Diagnóstico: é feito através da história, exame físico, Hepatodínia, Avaliação laboratorial (urinálise –
muito importante devido a presença de urobilinogênio.
Tratamento: suporte + específico para o que está causando a hepatopatia.
Cirrose hepática
Etiologia
- Processos patológicos
- Principalmente em doenças hepáticas e não cuida – toma corticoide por muito tempo,
alimentação muito ruim
Sinais clínicos
Diagnóstico (Avaliação laboratorial – ALT muito baixa; Ultra-sonografia).
Tratamento: colchicina 0,025 mg/kg/dia
Fígado ictérico
gato obeso, domiciliado, sem predisposição sexual, perda de peso substancial (> 25%), anorexia há 1
semana ou +, ALERTA*
hepatomegalia (sem dor), icterícia, diarréia
pode ser -> 1ária (“idiopática”): idade média 7 anos
-> ou 2ária (>80%): idade média 10 anos
Endocrinologia
* Hipotireoidismo
Produção baixa da tireóide. É uma doença quase exclusiva de cães.
Primário: atrofia folicular (animais com mães e pais hipotiroideos, serão hipotiroideos – origem
congênita), tireoidite linfocítica (menos frequente), congênito.
Secundário: neoplasia, cisto de Rathke (comum em humanos).
Incidência: a cada 150 cães, 1 caso de hipotireoidismo.
Idade média: 4-10 anos. Raças: não dá para se prender das raças. Muito SRD.
Sinais clínicos: metabolismo mais baixo causando lesões na pele, problemas reprodutivos, GI,
neuromusculares, cardiovasculares...
Pele: pelo não cresce, defesas baixas favorecendo quadros infecciosos secundários.
* Hipertireoidismo felino
Tireotoxicose: excesso de hormônios tireoidianos produzido pela tireoide de forma frequente.
1 tireóide (é bilobulada) é paralela a traqueia, 4 paratireoides (2 craniais e duas caudais).
Função de T3: síntese e degradação de hormônios; desenvolvimento fetal; produção de calor; síntese
de enzimas e proteínas; estimula a eritropoiese; efeitos inotrópicos e cronotrópicos (aumenta a FC e a
força de contração do coração); estimula hipóxia cerebral; formação e reabsorção óssea; processos
metabólicos, reprodução, metabolização de CHO’s e lipídeos.
Etiologia mais frequente: Adenoma – neoplasia benigna – hiperplasia adenomatosa multinodular
benigna “cacho de uvas”. 30% unilateral, 70% bilateral.
Carcinoma: é raro.
Raça mais frequente: persa (geralmente gatos velhos >13 anos). Menos frequente: siameses e
himalaias.
Sinais clínicos: perda de peso; polifagia; hipereatividade; agressivo; irritado; pode ter diarreia; poliúria;
polidipsia; vômito, pelo opaco.
Depois de um ano assim, o animal fica apático, fica letárgico, depressão, hiporexia ou anorexia,
fraqueza muscular, caquexia. Lesão renal, cardíaca e hepática.
Exame físico: perda de massa muscular, alopecia, pelagem opaca, dispneia, hiperatividade,
ventroflexão. Tireoide palpável (75-90% dos casos) – levanta e vira o pescoço. Gravidade: a tireoide
cresce muito e desce por gravidade, ficando na entrada no tórax. Gatos possuem tecidos tireoidianos
ectópicos (possuem tecidos que produzem hormônios tireoidianos que não é a tireoide).
Escore 1-6:
Hipertensão: 87% - aumentada quando é >170 mmHg (fazer 2 mensurações com 1 semana de
intervalo), essa hipertensão faz descolamento de retina fazendo cegueira. Além disso, tem focos
hemorrágicos.
Ausculta cardíaca: estímulo simpático – taquicardia >240 bpm; ritmo de galope, sopros, arritmias. Faz
uma cardiomiopatia tireotóxica.
Exames complementares (não ajudam muito) – leucograma de estresse; aumento de FA, ALT e AST.
IRC – não tem mais salvação. Hiperglicemia, azotemia.
Diagnóstico definitivo: T4 por diálise.
Testes adicionais: mapeamento radioativo (tecnesio)
– gato com IRC – só trata clinicamente (suporte) – não tem mais volta.
1. Fase de estabilização
Checar creatinina (se estiver alta não adianta fazer o tratamento medicamentoso ou cirúrgico),
dosar T4.
- O tratamento do.. SLIDE
- Metimazol (Tapazol) 2,5 mg (4-5kg) VO BID 5 dias – Se ocorrer efeito colaterais (anorexia e
vômito), parar o tratamento por 3 dias e recomeça com meia dose (2,5 VO SID) senão dobra a
dose (5mg/kg BID).
- Reavalia: se estiver anormal, trata por mais 1 a 3 semanas, de acordo com a redução do T4.
- Metimazol Prolongado: usa para o resto da vida após a fase de indução.
2. Tireoidectomia com transplante da paratireoide – gato não vive sem paratireoide. Se tem um
adenoma unilateral é só retirar. Se for bilateral: retira um, espera 30 dias e faz o outro lado. Se
não recolocar a tireóide o animal vai der um hiperparatireoidismo (não tem paratormônio,
animal perde cálcio vai descalcificar inteiro).
3. O animal ainda é hipertenso: Amlodipnina (bloqueador dos canais de cálcio).
Prognóstico
Tratamento precoce e compromisso com o proprietário: muito bom.
Se tem IRC: desfavorável.
- ver vídeo
HAC hipofisário
- 85% dos casos de HAC endógeno;
- aumento ACTH por adenomas de hipófise;
- fêmeas (60%), >6 anos (média 10 anos); <20 kg (75%);
- Raças mais frequentes: poodle e dachshound.
Tumores adrenocorticais
- 15% dos casos: adenomas (50%)/ adenocarcinomas; geralmente unilaterais;
- fêmas (60-65%), > 9 anos, > 20kg
- Dochshounds, pastor alemão..
- animal chega dispneico, taquiarritmia, animal bebe muita água, urina muito,
assimetria cutânea, pele perdendo pelo...
- calcinose cutânea
- infecções secundárias (fúngicas, bacterianas)
– atrofia, catarata bilateral (pode ser que o animal seja diabético – associado)
- abdome pendular;
Tumores adrenocorticais
Tratamento:
Ressecção cirúrgica (adrenectomia) ou mitotano.
Se for maligno: tem q repor: glico/mineralocorticoides, hidrocortisona (é muito difícil acontecer).