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TRANSFORMAÇÃO DE
PLÁSTICOS
Processo
IPLeiria ESTG DEM CET PM processos de transformação de plásticos Docente: André Santos 1
Introdução
Vantagens:
Elevadas cadências de produção
Grande reprodutibilidade
Precisão dimensional
Grande flexibilidade em termos de geometria e dimensões das
moldações (a gama de produção vai desde as micromoldações,
inferiores a 1 mg, até peças com mais de 100 kg)
Processo
Tapete transportador;
Moinho granular (para reciclagem
integrada de desperdícios)
Ciclo de moldação
Ciclo de moldação
Manual
A sequência de operações é definida e acionada pelo operador (utiliza-se
durante as fases de ajuste do processo).
Semiautomático
A sequência de operações do ciclo desenvolve-se de uma forma
automática, mas o início de um novo ciclo carece da confirmação do
operador (utiliza-se quando o processo requer a intervenção do operador,
por exemplo, para ajudar a retirar uma peça ou para colocar insertos).
Automático
O processo desenvolve-se integralmente segundo uma sequência pré-
definida e sem a intervenção do operador. A maximização da produtividade
e da fiabilidade só é conseguida em ciclo automático, até porque muitas
das funções do controlo dos equipamentos mais modernos só estão ativas
neste tipo de funcionamento.
Fase 2 Injeção
Fase 3 Pressurização
Fase 6 Abertura
Fase 7 Extração
De facto, o tempo para esta operação depende das performances da máquina, das
características do molde e da distância a percorrer (curso de fecho). A sua otimização
implica a minimização do intervalo de abertura entre as metades dos moldes (ajustado ao
valor mínimo necessário para possibilitar a ejeção da moldação) e o ajuste criterioso das
velocidades de fecho utilizadas.
A fase de injeção é garantida pelo avanço linear do fuso que, funcionando como um
pistão, força o material fundido (previamente depositado à sua frente) a entrar no molde e
a fluir no interior da impressão (cavidade moldante).
A injeção inicia-se após o cilindro ter encostado o bico ao molde (em alguns casos o bico
de injeção pode estar permanentemente encostado) e deverá terminar quando a
impressão está preenchida a 95 % do respetivo volume.
Esta fase termina logo que a entrada do material nas zonas moldantes (ataque), ou a
própria peça, estejam suficientemente arrefecidos para impedir o fluxo de material.
O ajuste desta fase é crítico para a qualidade do processo. De facto, o seu início está
associado a uma mudança de regime de funcionamento do equipamento, que passa de
uma fase de controlo da velocidade de injeção (fase dinâmica), para uma fase de controlo
da pressão (fase estática).
Esta fase também pode ser designada por segunda pressão, pós-pressão, ou pressão de
manutenção.
Quando o volume pretendido estiver doseado, o fuso para. Por vezes, segue-se o seu
recuo linear no sentido de avaliar a pressão sobre o material fundido e evitar que este
escorra pelo bico (no caso de ser um bico aberto). Esta fase, opcional do ciclo de injeção,
designa-se por descompressão.
A fase de arrefecimento termina logo que a peça atinge uma temperatura que permita a
desmoldação sem distorção. Esta parte do ciclo é uma operação de troca do calor
transportado pelo material, dependendo sobretudo, da espessura da moldação e do
projeto do molde (nomeadamente do seu sistema de arrefecimento).
O tempo para esta operação é uma função da máquina utilizada, (nomeadamente das
características da sua unidade de fecho), do curso de abertura do molde e dos
movimentos desta ferramenta necessários para garantir a extração da moldação.
É o período de tempo que decorre entre o fim da extração e o início do novo ciclo.
Tempos mortos prolongados e com variação de ciclo para ciclo afetam drasticamente a
reprodutibilidade do processo.
Máquina
potência
Unidade de plasticização (ou de injeção)
Unidade de fecho
Unidade de comando
Fornece a energia adequada aos diversos atuadores da máquina. Está baseada num
sistema de pressão óleo-hidráulico, cuja bomba respetiva é acionada por um motor
elétrico.
Na grande maioria dos casos está baseada num parafuso sem-fim (fuso) que garante os
processos de plasticização e injeção.
Para determinadas aplicações específicas podem ser utilizadas unidades com duas
estações, em que a plasticização é efetuada por uma extrusora de funcionamento
intermitente, e a injeção é garantida por um pistão independente.
Construtivamente, corresponde a uma prensa que terá de ser capaz de suportar a força
resultante da injeção do plástico.
Robô/manipulador;
Tapete transportador.
Equipamento auxiliar
Variáveis operatórias
Variáveis sobre as quais o operador pode atuar diretamente, ajustando os sistemas de
controlo da máquina de injeção ou dos dispositivos auxiliares.
Parâmetros do processo
Conjunto de parâmetros geométricos-construtivos associados ao equipamento, ao
molde ou à geometria da moldação. Podem ser determinantes no desenvolvimento do
processo, mas o operador não tem capacidade interventiva sobre os mesmos.
Propriedades do material
Conjunto de características associadas à matéria-prima.
Variáveis operatórias
Propriedades do material
Viscosidade
Contração
Como regra geral, as temperaturas de injeção (temperatura no bico) são cerca de 100 a
150 °C superiores à respetiva temperatura de fusão para o caso dos polímeros
semicristalinos, e cerca de 50 a 100 °C superiores à respetiva temperatura de transição
vítrea para materiais amorfos.
Velocidade de injeção
enchimento
Início do
enchimento
Tempo
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Velocidade de injeção
Pressão de injeção
Designa-se por pressão de injeção a pressão máxima que se desenvolve durante a fase
de enchimento.
É normal que a pressão num ponto mais afastado do ponto de injeção será menor do que
num ponto mais próximo deste.
Nas máquinas hidráulicas, o operador ajusta o valor da pressão do óleo, ou seja, o valor
da pressão de injeção.
Durante esta fase não há controlo da velocidade a que o material entra na zona moldante.
Tempo de manutenção
Este tempo pode ser determinado experimentalmente, com o auxílio de uma balança de
Contrapressão
O valor da contrapressão define a pressão que o fundido tem que desenvolver na ponteira
do parafuso, para assegurar o seu recuo.
Designa-se por dosagem o curso de material plasticizado. Este valor (expresso em curso
ou volume) corresponde ao volume da moldação e da almofada.
Descompressão
Almofadas grandes (até 0,3D) amortecem variações de processo, embora não sejam
aconselháveis para materiais de elevada sensibilidade térmica.
D Diâmetro do fuso.
Tempo de arrefecimento
A aplicação da alta pressão de fecho, que irá garantir o trancamento do molde, só deve
ser efetuada quando o molde estiver praticamente fechado.
Força de fecho
Designa-se por força de fecho o esforço desenvolvido pela unidade de fecho da injetora
para manter o molde fechado, sendo expressa em kN (quilo Newtons) ou t (toneladas).
Se a capacidade de fecho da injetora for superior à força exercida pelo material, o molde
abre e há formação de rebarba.
As máquinas deverão ser ajustadas para exercerem uma força de fecho ligeiramente
superior (cerca de 10 a 20 %) à requerida por uma determinada moldação. De facto, a
utilização de forças de fecho superiores ao necessário, além de desperdício energético,
poderão provocar a danificação do molde.
Cunha, António, Pontes, António J. e Brito, António M. 2003. Manual do Projectista para
Moldes de Injeção de Plástico, Fascículo 2: Moldação por Injeção e Materiais Plásticos.
Marinha Grande : Centimfe - Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas
Especiais e Plásticos, 2003.