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DIREIT O

ADMINIST RAT IVO – ALEXANDRE MEDEIROS

AULA1 - ORIGEM

1. INT RODUÇÃO AO DIREIT O ADMINIST RAT IVO


1.1 APRESENT AÇÃO DO CURSO DE DIREIT O ADMINIST RAT IVO

O professor convida os alunos a conhecer e participar de suas redes sociais, cuja

fanpage no Facebook é Professor Alexandre Medeiros, e seu Instagram,

@ AlexandreMedeirosProf.

É feita a indicação do livro "Direito Adm inistrativo", do professor Leandro

Bortoleto e do livro "Noções de Direito C onstitucional e de Direito Adm inistrativo", cujos

autores são Leandro Bortoleto e Paulo Lépore (tam bém coordenador do curso). Am bos

os livros são direcionados a concursos de analista e técnico dos tribunais e MPU,

podendo ser utilizados para concursos de analista do Poder Executivo ou do Poder

Legislativo.

O professor realiza um a breve explanação do conteúdo program ático a ser

trabalhado por ele, sendo a m atéria restante tratada pelo Professor Leandro:

Unidade I - Envolve o estudo da introdução ao Direito Adm inistrativo. Serão

tratados o conceito e os critérios adotados para sua conceituação, fontes e os sistem as

adm inistrativos de jurisdição.

Unidade II - Estudará da Adm inistração Pública, bem com o se fará a distinção

entre Adm inistração, Estado e Governo, analisando os diversos sentidos da expressão

Adm inistração Pública, quais sejam : subjetivo, form al, orgânico, objetivo, m aterial,

funcional, bem com o os aspectos am plos e estritos de sua expressão. Serão indicados

os dispositivos constitucionais pertinentes ao estudo da Adm inistração Pública.

Unidade III - C onceituará o regim e jurídico-adm inistrativo, envolvendo o estudo

dos princípios que inform am o direito adm inistrativo, expressos ou im plícitos.

Unidade IV - Tratará da organização adm inistrativa brasileira abordando os

conceitos de centralização, descentralização, concentração e desconcentração. Será

visto o que é Adm inistração Direta e Indireta, diferenciando os órgãos das entidades

adm inistrativas. Será estudado o órgão público, bem com o o que são e quais são as

entidades adm inistrativas integrantes da adm inistração pública brasileira, com o: as

autarquias, as fundações públicas, as em presas públicas e as sociedades de econom ia,

além dos consórcios públicos e entidades paraestatais ou terceiro setor.

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Unidade V - É um a unidade extensa, na qual serão tratados os atos

adm inistrativos, trazendo seu conceito, requisitos ou elem entos essenciais de validade,

seus atributos ou características, discricionariedade, vinculação, m érito e a teoria dos

m otivos determ inantes. Serão abordadas a classificação e espécies de atos

adm inistrativos, sua extinção, anulação revogação, caducidade e contraposição. Serão

tratados,além dessas, a convalidação, prescrição e decadência.

Unidade VI - Trata-se de m ais um a unidade extensa, em que se estudará

licitação, na qual serão abordados tem as com o: conceito; obrigatoriedade; dispensa;

inexigibilidade; m odalidades licitatórias, tanto as previstas na Lei 8666 quanto as

previstas na Lei 10.520 (pregão); sanções adm inistrativas; recursos; anulação e

revogação da licitação e alguns tem as conexos ao estudo de licitação com o: o Sistem a

de Registro de Preços (SRP), disciplinado pelo Decreto 7892; bem com o o Regim e

Diferenciado de C ontratações públicas (RDC ), disciplinado pela Lei 12.462/2011. Serão

m encionadas breves noções sobre licitação nas em presas estatais, conform e a recente

Lei 13.303/2016 e as aquisições públicas feitas pelas m icroem presas e em presas de

pequeno porte, conform e o estatuto da ME (m icro em presa) e da EPP (em presa de

pequeno porte), a Lei com plem entar 123 de 2006.

Unidade VII - Nessa unidade, se estudará o contrato adm inistrativo, trazendo os

principais aspectos, com o: conceito, características e peculiaridades. Será abordado o

tem a das cláusulas exorbitantes, bem com o a possibilidade de alteração unilateral dos

contratos e os lim ites para que tal alteração ocorra. Serão tratadas a duração do

contrato; sua execução, extinção e inexecução e as eventuais responsabilidades

decorrentes. Serão estudados os contratos em espécie, em que se abordará noção

sobre convênios e instrum entos congêneres.

Unidade VIII - Será a últim a unidade, na qual se tratará da Responsabilidade

C ivil do Estado. Será feita análise histórica do tem a, abordando as teorias subjetivas e

objetivas da responsabilidade. Será estudada a responsabilidade civil do Estado no

Brasil e com o o ordenam ento jurídico brasileiro trabalha o tem a. Serão abordados os

aspectos que dizem respeito a ela com o: os atos com issivos ou om issivos; os requisitos

para a dem onstração da responsabilidade civil do Estado e as causas excludentes e

atenuantes. Estudará o direito de regresso, bem com o o que seria a responsabilidade

prim ária ou subsidiária. Será tratada da responsabilidade do Estado, seja por ato

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legislativo ou judicial. Por fim , será feita análise im portante dos prazos prescricionais

que envolvem o tem a, com base nas últim as teses fixadas pelo STF sobre o regim e de
repercussão geral.

O professor inform ou que os dem ais tem as pertinentes ao direito adm inistrativo,

com o controle da adm inistração, processo, im probidade e agente público serão

trabalhados pelo Professor Leandro Bortoleto.

1.2 ORIGEM DO DIREIT O ADMINIST RAT IVO

A professora Maria Sylvia Z anella di Pietro costum a indicar com o data de

nascim ento do Direito Adm inistrativo a Lei 28 Pluvioso, assim denom inada, por se tratar

de m ês em que as chuvas estavam recorrentes. Foi datada do ano VIII, o que

corresponde ao ano de 1800. É considerada im portante por ter sido responsável pela

organização jurídica da Adm inistração Pública na França.

Em 1873, houve o julgam ento do fam oso caso de Agnes Blanco, um a criança

que, ao transitar pela rua em um a cidade francesa, foi atropelada por um vagão da

com panhia estatal. Por essa razão, foi instaurado processo para fins de apuração da

responsabilidade civil do Estado francês. Nesse m om ento, se tentou analisar a questão

de form a diferente da utilizada para questões envolvendo apuração de

responsabilidade entre particulares, visto que o Estado estava envolvido na questão.

Diante disso, entendeu que a utilização dos preceitos privados para solucionar a

controvérsia não seria adequado. Assim , pela prim eira vez, o caso foi solucionado com

base nos princípios autônom os, publicistas, distintos dos previstos no C ódigo C ivil,

destinados a resolver controvérsias entre particulares. A im portância do ano de 1973 se

dá pelo fato de que este ram o do Direito passou a ter princípios, regim e jurídico,

institutos, m étodos e objetos próprios.

É im portante dizer que o direito é uno, no entanto, por questões didáticas e

m etodológicas, costum a ser departam entalizado. Há dois grandes troncos do direito, o

Direito Público e o Direito Privado, cada um deles possuem diversos ram os. O Direito

Adm inistrativo é um ram o do Direito Público e as datas supram encionadas são de

extrem a im portância por m arcarem sua origem e autonom ia.

1.3 MÉT ODOS DE EST UDO

Alguns m étodos de estudo foram utilizados para a análise do Direito

Adm inistrativo.

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• a ) Esco la lega lista , exegética , em pírica o u ca ó tica :

Tratava-se de m étodo que estudava o Direito Adm inistrativo por m eio de sim ples

com entários de leis e regulam entos. Tem -se a inspiração dada pelo C ódigo C ivil

Napoleônico, quando se dizia que o direito se resum e a códigos.

C om o se sabe, nos tem pos atuais, o Direito não se resum e a texto norm ativo,

artigo ou regulam ento. No entanto, nesse prim eiro m om ento, o estudo dos princípios

inform ativos da ciência do Direito Adm inistrativo não tinha qualquer im portância.

• b) Direito Adm inistra tivo Jurisprudencia l:

Estudava o Direito adm inistrativo com base em com entários dos julgados do

C onselho de Estado francês, órgão de cúpula da jurisdição adm inistrativa francesa. Foi

um m étodo de estudo que não obteve alta im portância no Direito brasileiro, visto que o

sistem a de jurisdição do Brasil se diferencia do sistem a francês. Esse tem a será

abordado posteriorm ente neste curso.

• c) Direito Adm inistra tivo e C iência da Adm inistra çã o :

AT ENÇÃO: É im portante dizer que esses m om entos não necessariam ente

seguem um a ordem cronológica.

Esse m étodo passou a estudar o Direito Adm inistrativo de form a alargada, isto é,

abarcava não só m atérias estritam ente jurídicas com o tam bém as que diziam respeito

à C iência da Adm inistração. O Direito Adm inistrativo é um a atividade jurídica e a

C iência da adm inistração diz respeito à m atéria de política adm inistrativa, isto é, a

atividade social do Estado. Nesse m étodo, o estudo do Direito Adm inistrativo abrange

tem as da C iência da Adm inistração, a qual engloba a política adm inistrativa e as ações

sociais do Estado. Portanto, aloja-se, neste ram o do Direito, m atérias que não possuam

cunho jurídico.

Percebe-se que, pela Escola legalista, exegética, em pírica ou C aótica, o Direito

Adm inistrativo se resum ia a com entários de leis e regulam entos. Por outro lado, pelo

m étodo de estudo do Direito Adm inistrativo e da C iência da Adm inistração, o objeto

aum entou, por passar a tratar de m atérias que não tinham cunho estritam ente jurídico.

• d) C ritério técnico -científico :

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Por esse critério, o Direito Adm inistrativo passou a ser estudado de form a

sistem ática e científica, com institutos específicos e princípios inform ativos próprios.

Nesse m om ento, o estudo dos princípios inform ativos do Direito Adm inistrativo passou

a ter fundam ental im portância.

Ressalte que, pela Escola legalista, exegética, em pírica ou caótica, estudo de

princípios não tinha qualquer im portância. O corre que, pelo critério técnico-científico, o

estudo do Direito Adm inistrativo deve ser pautado pela análise desses princípios.

1.4 OBJET O

Em relação ao objeto de estudo do Direito Adm inistrativo:

a) Adm inistração Pública: a doutrina costum a indicá-la em seus diversos sentidos,

quais sejam : subjetivo e objetivo.

b) Paraestatais.

c) Regim e Jurídico-Adm inistrativo e seus diversos princípios inform ativos.

d) Poder de Polícia e as dem ais atividades exercidas pela adm inistração pública.

e) Intervenção.

f) Discricionariedade e controle: abrange o estudo da atividade discricionária

vinculada do poder público e o estudo do controle desta. Significa um a atuação com

m argem de liberdade, sendo esta relativa. A adm inistração agir com m argem de

liberdade não significa atuar fora da lei. A discricionariedade caracteriza um a liberdade

dentro do ordenam ento jurídico, por ter sido conferida por ele ao adm inistrador, a fim

de dar um a m argem de escolha diante do caso concreto (Esse tem a será tratado de

form a detalhada no m om ento adequado).

g) Atos adm inistrativos.

h) C ontratos Adm inistrativos.

i) Licitação.

j) Bens públicos.

k) Responsabilidade civil do Estado.

l) Processo adm inistrativo.

m ) Im probidade Adm inistrativa.

OBSERVAÇÃO: O professor frisa, novam ente, que alguns tem as serão tratados

por ele, no entanto, outros serão m inistrados pelo professor Leandro Bortoleto.

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É possível falar em objeto m ediato e im ediato do Direito Adm inistrativo. O objeto

im ediato abrange os princípios e norm as que regulam a função adm inistrativa

enquanto o objeto m ediato disciplina as atividades, os agentes, as pessoas e os órgãos

da Adm inistração Pública.

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