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CEERSEMA – CENTRO ECUMÊNICO DE ESTUDOS

RELIGIOSOS SUPERIORES DO ESTADO DO MARANHÃO

DISCIPLINA – CURRÍCULOS E PROGRAMAS ESCOLARES


DOSCENTE – MANOEL ALCIRENE PEREIRA DA SILVA FILHO

2019

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CURRÍCULOS E PROGRAMAS ESCOLARES

CARGA HORÁRIA:
60h
EMENTA:
Abordar o caráter uno e plural da experiência humana, as diferentes
formas de organização societária e escolar atual, a articulação entre
sociedade, cultura e educação com ênfase nas sociedades
contemporâneas e no âmbito escolar e suas vertentes.
OBJETIVOS GERAIS:
Introduzir o aluno no estudo do ambiente escolar e suas
singularidades, buscando analisar a experiência humana em sua
diversidade cultural e as articulações entre indivíduo, cultura,
educação, tecnologia e sociedade.
METODOLOGIA:
 Exposição oral;
 Seminários;
 Vídeos;
 Trabalhos de grupo;
 Análises;
 Resenhas de textos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
 O Conceito de Currículos e Programas;
 Breve Histórico do Currículo no Âmbito Educacional;
 Interdisciplinaridade e Currículo;
 PCNs e seus Princípios Fundamentais;
 Avaliação no Processo de Aprendizagem;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
- Conhecimento do Tema; - Domínio do Tema; - Oratória; -
Criatividade; - Pesquisa.

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ORIENTAÇÕES IMPORTANTES

• Nunca se esqueça de que o objetivo central é aprender o


conteúdo, e não apenas terminar o curso. Qualquer um termina, só
os determinados aprendem!

• Leia cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se


deixando dominar pela pressa.

 Todos têm acesso aos mesmos cursos, mas o aproveitamento


que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os “alunos
certificados” dos “alunos capacitados”.

• Busque complementar sua formação fora do ambiente


onde faz o curso, buscando novas informações e leituras extras, e quando
necessário procurando executar atividades práticas que
não são possíveis de serem feitas durante o curso.

• Entenda que a aprendizagem não se faz apenas no momento


em que está realizando o curso, mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar
atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar
elementos para reforçar aquilo que foi aprendido.

• Critique o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação


do conteúdo no dia-a-dia. O aprendizado só tem sentido
quando pode efetivamente ser colocado em prática.

Como facilitador da visão de ensino, conheça os quatro pilares da


Educação:

1) Aprender a Conhecer: Tenha a humildade de saber que não sabes tudo;


Seja competente, compreensivo, útil, atento, memorizador e informe o
assunto de forma contextualizada com a realidade atual;

2) Aprender a fazer: Seja preparado para ministrar as aulas, conhecendo


a matéria previamente, estimulando a criatividade dos alunos;

3) Aprender a Viver juntos: Estimule a descoberta mútua entre os alunos,


em forma de solidariedade, cooperativismo, promovendo autoconhecimento
e autoestima entre os alunos, na solidariedade da compreensão mútua; o
objetivo do curso não é apenas ter conhecimento, mas saber aplica-lo;

4) Aprender a Ser: Resgate a visão holística (completa) e integral dos


alunos, preparando-os para integrarem corpo, alma e espírito com
sensibilidade, ética, responsabilidade social e espiritualidade, formando juízo
de valores, levando-os a aprenderem a decidir por si mesmos, com a ajuda
do orientador.

Temos que ser perceptivos, hábeis para lidar com as dúvidas, sem
agressões, procurando soluções com base racional, sem fundamentalismo de
usar textos sem contextos por pretextos de posicionamentos individuais.
Estimule os alunos, com liberdade de pensamento para terem respostas.

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INTRODUÇAO

Buscando compreender o currículo e a sua função dentro do


contexto educacional acredita-se que seja importante conhecer a trajetória
deste termo, bem como suas diferentes concepções e sua influência neste
âmbito. O currículo brasileiro atual baseou-se no currículo surgido nos
Estados Unidos, que tinha como objetivo a escolarização em massa por
motivo da industrialização. Entretanto, a história do currículo não se restringe
a este evento.

No Brasil, o processo educativo ocorreu no período inicial da


colonização, com os padres jesuítas que tinham como meta a catequização
dos nativos, instruindo-os sobre leitura, escrita e contagem. Coletivos de
educadores e educadoras de escolas e Redes vêm expressando inquietações
sobre o que ensinar e aprender, sobre que práticas educativas privilegiar nas
escolas, nos congressos de professores e nos dias de estudo e planejamento.
Por seu lado, a teoria pedagógica tem dado relevância a pesquisas e reflexão
sobre o currículo: há teoria acumulada para reorientações bem
fundamentadas, teoria a que têm direito os profissionais da Educação Básica.
Que diálogo é possível entre a teoria acumulada e as propostas e práticas de
reorientação curricular?

A reflexão sobre o currículo está instalada como tema central nos


projetos político-pedagógicos das escolas e nas propostas dos sistemas de
ensino, assim como nas pesquisas, na teoria pedagógica e na formação inicial
e permanente dos docentes. Neste período de ampliação da duração do
ensino fundamental, em que são discutidas questões de tempo-espaço,
avaliação, metodologias, conteúdo, gestão, formação, não seria oportuno
repensar os currículos na Educação Básica? Que indagações motivam esse
repensar?

As indagações sobre o currículo presentes nas escolas e na teoria


pedagógica mostram um primeiro significado: a consciência de que os
currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos. São uma
construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos
concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e
pedagógicas. Conhecimentos e práticas expostos às novas dinâmicas e
reinterpretados em cada contexto histórico. As indagações revelam que há
entendimento de que os currículos são orientados pela dinâmica da
sociedade. Cabe a nós, como profissionais da Educação, encontrar respostas.

Este conjunto de indagações toca em preocupações que ocupam os


profissionais da educação básica: qual o papel da docência, da pedagogia e
da escola? Que concepções de sociedade, de escola, de educação, de
conhecimento, de cultura e de currículo orientarão a escolha das práticas
educativas?

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1. O CONCEITO DE CURRÍCULOS E PROGRAMAS ESCOLARES

Conforme a literatura, o termo currículo é derivado do verbo latino


currere que quer dizer percurso a ser seguido ou carreira. No contexto
educacional o currículo divide-se em três segmentos: o formal, o real e o
oculto, conceitos importantes esses que serão discutidos no decorrer do
trabalho.

Pensando o currículo no âmbito escolar, podemos afirmar que é o


núcleo que define a existência da escola. Nesta perspectiva, o mesmo não se
refere a um simples rol de listagens de conteúdo a serem ministrados nos
diferentes níveis de ensino. O Currículo Educacional é a soma dos assuntos
que nos remetem ao processo de ensino aprendizagem escolar que orientam
as atividades, o exercício e as finalidades educativas, manifestando as ideias
dos sistemas educacionais e seu projeto cultural, o qual terá como modelo a
escola que é defendida pela sociedade.

O currículo, atualmente, é um tema de suma importância para


professores, gestores, estudantes, pais, pesquisadores e políticos. Os
esforços para elaboração de propostas curriculares, que venham favorecer a
construção de uma escola de qualidade, é o desafio dos sistemas
educacionais da atualidade que vem apresentando resultados positivos
propiciando aos estudantes sucesso em sua trajetória escolar. O currículo
educacional visa contribuir para a construção e consolidação de uma
educação de qualidade.

O processo educacional é complexo, marcado pelas variáveis


pedagógicas e sociais, tais variáveis não podem ser analisadas fora da
interação dialógica entre a vida e a escola, ou seja, considera o
conhecimento, a cultura e o desenvolvimento do aluno. O Currículo Escolar
está sempre em construção e os seus resultados devem ser acompanhados
para melhorá-los, pois todo projeto necessita de práticas. Bem, para
entendermos o que é currículo precisamos conhecer os fundamentos
filosóficos e sociopolíticos educacionais, além de estar ciente dos
acontecimentos teóricos, técnicos e tecnológicos que referenciam a educação
em sala de aula.

O currículo escolar abrange todas as experiências escolares que


estão inseridas no campo pedagógico. A noção de o que é currículo
atravessou por inúmeras concepções ao longo da história da educação.
Tradicionalmente, o currículo representa um relacionamento de matérias,
disciplinas com estrutura familiar que projetam uma sequência lógica, com o
respectivo tempo de cada matriz, grade curricular. Suas particularidades
atendem o currículo de forma coletiva respeitando o tempo que é destinado
a cada disciplina que virá a ser trabalhada no curso ou série.

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Numa perspectiva técnica, vários fatores influenciam no currículo,
podemos citar dentre eles as características dos estudantes, sua capacidade,
motivação, desenvolvimento, nível sócio econômico, entre outros. O
estudante não está só nesse processo, as condições características dos
professores, também influenciam na abordagem curricular, sua formação
acadêmica, pedagógica, atualizações científicas, motivação, a didática que é
utilizada, além da forma de proceder em sala de aula, mas também, aos
recursos didáticos, a localização escolar, as salas de aula e administração
escolar.

Melhorar a qualidade da educação e da formação dos jovens que


frequentam o ensino secundário é a finalidade principal da revisão curricular
que agora se concretiza. O desfecho do processo avaliativo da aprendizagem
do alunado constitui um indicativo que permite estabelecer a importância da
educação e da formação e, portanto, do sistema educativo.

No ambiente escolar, o currículo não se restringe unicamente a sala


de aula, o estudante aprende consigo mesmo, com o colega, em grupo, com
o orientador, ou seja, ele aprende com todos que fazem a escola, através da
divisão do tempo, rotinas e organização do processo ensino aprendizagem
que é proporcionado em seus mais diversos ambientes.

A prática curricular deve ser reflexiva e construída de forma


coletiva, conforme a produção humana, constituída pelo ambiente escolar,
buscando clareza da função social da escola, na transmissão, na apropriação
e socialização do conhecimento institucional compreendendo as concepções
educacionais, currículo e cultura que se entrelaçam refletindo na prática
institucional.

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O currículo escolar contempla aspectos, como saúde, sexualidade,
vida familiar e social, meio ambiente, trabalho, cultura, linguagens,
interligada a Matemática, Português, Ciências, História, Língua Estrangeira,
Educação Física, Artes e Educação Religiosa. Cada disciplina é ensinada
separadamente e as que são consideradas de maior importância, recebem
mais tempo para serem explanadas no contexto escolar.

Na instituição escolar, a emissão de valores e conhecimentos se


destaca e evidencia pela percepção da construção histórica e dos Sistemas
Educativos que vêm mantendo o Ensino. Este, possui a socialização como
apoio de comunicação entre professores e estudantes. Dentre os
procedimentos educacionais, observamos o plano de ensino, criado pelo
professor, com base no currículo escolar.

O Currículo deve absorver as transformações sociais, despertando


no educando a criticidade e consequentemente a autonomia. Este precisa ser
organizado na expectativa de integração e construção do conhecimento.
Existem formas de organização curricular, orientadas através de concepções
e limitações no ambiente escolar. O currículo formal é constituído por
diretrizes normativas do governo. É através desse currículo que são
organizadas as atividades ensinadas na escola. O currículo formal orienta a
instituição na criação de seu currículo, o qual é fundamentado nas
experiências, divergências individuais e interesses da criança.

As disciplinas que compõem o currículo formal são áreas de


informações e conhecimentos característicos, delimitadas e
compartimentadas, que devem ser esgotadas por professores e estudantes
em um período estabelecido de forma prévia, com duração de um semestre
ou um ano letivo. Esse grupo se identifica pelos conhecimentos científico,
técnico ou aplicado, onde as disciplinas científicas antecedem, mas técnicas,
e as dimensões educacionais, como os laboratórios, promovem a construção
de conteúdos e atividades aplicadas ou práticas.

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2. TIPOS DE CURRÍCULOS ESCOLARES

Essa organização do currículo se tornou necessária porque, com o


surgimento da escolarização em massa, precisou-se de uma padronização do
conhecimento a ser ensinado, ou seja, que as exigências do conteúdo fossem
as mesmas. No entanto, o currículo não diz respeito apenas a uma relação
de conteúdo, mas envolve também: questões de poder, tanto nas relações
professor/aluno e administrador/professor, quanto em todas as relações que
permeiam o cotidiano da escola e fora dela, ou seja, envolve relações de
classes sociais (classe dominante/classe dominada) e questões raciais,
étnicas e de gênero, não se restringindo a uma questão de conteúdo.

Assim, isso implica que essa organização – feita principalmente no


projeto-político-pedagógico de cada escola – deve levar em conta alguns
princípios básicos da sua construção. Entre eles o fato de, como já dito, o
processo de desenvolvimento do currículo ter sido cultural e, portanto, não
neutro. Sempre visa privilegiar determinada cultura e, por isso, há a
necessidade de uma criteriosa análise e reflexão, por parte dos sujeitos em
interação, no caso as autoridades escolares e os docentes com o mesmo
objetivo, baseando-se em referenciais teóricos.

Os tipos de currículos educacionais no Brasil são:

O Currículo Formal ou Escrito refere-se ao currículo estabelecido


pelos sistemas de ensino, é expresso em diretrizes curriculares, objetivos e
conteúdos das áreas ou disciplina de estudo. Este é o que traz prescrita
institucionalmente os conjuntos de diretrizes como os Parâmetros
Curriculares Nacionais. Embora o cotidiano da sala de aula sofra uma grande
influência do currículo formal, ele não é totalmente determinado por esse
documento. No dia-a-dia curricular acontecem muitas manifestações não
prescritas no currículo escrito.

Currículo Real ou Vivido é o currículo que acontece dentro da


sala de aula com professores e alunos a cada dia em decorrência de um
projeto pedagógico e dos planos de ensino. Tanto o currículo formal, quanto
o vivido, constituem um ambiente simbólico, material e humano que se
modifica constantemente. Dessa forma, as decisões curriculares não são
neutras nem científicas, envolvendo questões técnicas, políticas, éticas e
estéticas.

O Currículo Oculto É o termo usado para denominar as influências


que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores. O
currículo oculto representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em
meio às várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que
vigoram no meio social e escolar. O currículo está oculto por que ele não
aparece no planejamento do professor.

É por intermédio, especialmente, do currículo oculto que


diferentes mecanismos de poder penetram na escola sem que estejam
explícitos no currículo formal ou vivido.

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3. BREVE HISTÓRICO DO CURRICULO NO ÂMBITO EDUCACIONAL

As preocupações com relação ao currículo, como objeto de estudo,


tiveram início por volta de 1920, nos Estados Unidos, tendo ligação com o
processo de escolarização em massa e com a industrialização crescente. Esta
preocupação vinha de indivíduos ligados a administração da educação e era
voltada para a racionalização do processo de construção, de desenvolvimento
e de testagem de currículos.

A ideia de currículo como uma descrição objetiva de métodos,


objetos e procedimentos para se conseguir os efeitos almejados, podendo
estes ser verificados, foi aceito por grande parte das instituições escolares,
alunos, professores e gestores. Como tal assunto teve relevância diante do
processo educativo, o mesmo veio a ser visto como uma área profissional de
estudo e pesquisa, o que fez surgir outras teorias que questionavam e
tentavam explicar o currículo.

Em uma comunidade constituída por classes distribuída de forma


desigual na sociedade, o ato de educar se torna um preparo para servir aos
grupos dominantes, assim, o debate curricular requer uma reflexão em torno
das intenções desses grupos, presentes no processo sócio educativo. A
função da escola, da docência e da pedagogia vem se ampliando, à medida
que a sociedade e, sobretudo, os educandos mudam e o direito à educação
se alarga, incluindo o direito ao conhecimento, às ciências, aos avanços
tecnológicos e às novas tecnologias de informação. Mas também o direito à
cultura, às artes, à diversidade de linguagens e formas de comunicação, aos
sistemas simbólicos e ao sistema de valores que regem o convívio social, à
formação como sujeitos éticos.

Diante do ideal de construir uma sociedade que avança na cultura


política, social e também pedagógica. Uma sociedade regida pelo imperativo
ético da garantia dos direitos humanos para todos sociedade, a escola, o
currículo e à docência são obrigados a se indagar e tentar superar toda prática
e toda cultura seletiva, excludente, segregadora e classificatória na
organização do conhecimento, dos tempos e espaços, dos agrupamentos dos
educandos e também na organização do convívio e do trabalho dos
educadores e dos educandos. É preciso superar processos de avaliação
sentenciadora que impossibilitam que crianças, adolescentes, jovens e
adultos sejam respeitados em seu direito a um percurso contínuo de
aprendizagem, socialização e desenvolvimento humano.

O sistema escolar, assim como a nossa sociedade, vai avançando


para esse ideal democrático de justiça e igualdade, de garantia dos direitos
sociais, culturais, humanos para todos. Mas ainda há indagações que exigem
respostas e propostas mais firmes para superar tratos desiguais, lógicas e
culturas excludentes. Todos os textos, em seus vários ângulos, destacam
essas indagações não apenas sobre o currículo, mas sobre a escola, à
docência e seus esforços por construir estruturas mais igualitárias, menos
seletivas.

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No Brasil a discussão crítica sobre o currículo alavancou-se na
década de 1970 e declinou na década de 1990, quando se tornou um eixo
importante, o qual veio a ser o centro de discussão educacional, mas em
bases distintas. Neste período, com a contribuição de conceitos pós-
modernos, começou-se a discutir o currículo e, a partir de então, em função
de novos subsídios teóricos integrados a ele, o mesmo veio a ser
compreendido como um conceito que transporta para o ambiente escolar
“diferentes porções de cultura, ao sabor dos interesses e relevância que estes
lhe concedem, em diferentes momentos históricos e em diferentes
circunscrições geográficas, políticas, econômicas, religiosas etc”.

No Brasil, o currículo tornou-se palco de lutas, de opções, de


escolhas (ainda que limitadas), muitas vezes apressadas, outras vezes
extremamente criteriosas, muitas vezes democráticas, outras autocráticas e
impositivas – tudo porque as escolas, em todos os níveis do ensino público e
privado, se veem diante do imperativo legal de produzir seus projetos
político-pedagógicos.

Na história da Federação Brasileira, por muitas décadas veio a


acontecer de ficar a cargo dos sistemas educacionais dos Estados planejar e
providenciar as diretrizes dos currículos para as redes de ensino, partindo de
diretivas e princípios advindos da jurisdição federal. As orientações ou planos
curriculares provindos dos ministérios estaduais de educação vêm servindo
como referencial para as escolas municipais, estaduais e privadas do estado
em que estão inseridas.

O sistema de ensino do Brasil vem passando por diversas


modificações, modificações indispensáveis e induzidas pela execução da
LDBN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

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4. INTERDISCIPLINARIDADE E CURRÍCULO

Até que ponto, nós, professores, refletimos sobre nossas ações


cotidianas na escola, nossas práticas em sala de aula, sobre a linguagem que
utilizamos, sobre aquilo que pré-julgamos ou outras situações do cotidiano?
Muitas vezes, nosso discurso expressa aquilo que entendemos como
adequado em educação e aquilo que almejamos. Isso tem seu mérito!
Contudo, nossas práticas, imbuídas de concepções, representações e
sentidos, ou seja, repletas de ações que fazem parte de nossa cultura, de
nossas crenças, expressam um “certo modo” de ver o mundo. Esse “certo
modo” de ver o mundo, que está imbricado na ação do professor, traz para
nossas ações reflexos de nossa cultura e de nossas práticas vividas, que ainda
estão muito impregnados pela lógica da classificação e da seleção, no que
tange à avaliação escolar.

Um exemplo diz respeito ao uso das notas escolares que colocam


os avaliados em uma situação classificatória. Nossa cultura meritocrática
naturaliza o uso das notas a fim de classificar os melhores e os piores
avaliados. Em termos de educação escolar, os melhores seguirão em frente,
os piores voltarão para o início da fila, refazendo todo o caminho percorrido
ao longo de um período de estudos. Essa concepção é naturalmente
incorporada em nossas práticas e nos esquecemos de pensar sobre o que, de
fato, está oculto e encoberto por ela.

Em nossa sociedade, de um modo geral, ainda é bastante comum


as pessoas entenderem que não se pode avaliar sem que os estudantes
recebam uma nota pela sua produção. Avaliar, para o senso comum, aparece
como sinônimo de medida, de atribuição de um valor em forma de nota ou
conceito. Porém, nós, professores, temos o compromisso de ir além do senso
comum e não confundir avaliar com medir. Avaliar é um processo em que
realizar provas e testes, atribuir notas ou conceitos é apenas parte do todo.

A avaliação é uma atividade orientada para o futuro. Avalia-se para


tentar manter ou melhorar nossa atuação futura. Essa é a base da distinção
entre medir e avaliar. Medir refere-se ao presente e ao passado e visa obter
informações a respeito do progresso efetuado pelos estudantes. Avaliar
refere-se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o
futuro. Portanto, medir não é avaliar, ainda que o medir faça parte do
processo de avaliação. Avaliar a aprendizagem do estudante não começa e
muito menos termina quando atribuímos uma nota à aprendizagem.

Enquanto construção social, o currículo se configura na educação


contemporânea, como um dos mais poderosos dispositivos educacionais.
Nestes termos, o estudo do currículo passa a ser uma parte da teoria
formativa que ultrapassa o mero domínio de um tema/ instrumento
educacional. É, em realidade, uma maneira de, pela formação
sociopedagógica, compreendermos como a educação do presente e suas
políticas concebem, organizam, implementam, institucionalizam e avaliam os

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conhecimentos, configurados por conteúdos técnicos, éticos, políticos, étnico-
culturais e estéticos eleitos como formativos.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1. No mundo atual, qual é a finalidade da escola e quais metas busca


atingir? Justifique.

2. Na sua opinião, qual seria o melhor método de avaliação dos alunos


hoje em dia? Justifique.

3. Na sua opinião, além de transmitir conhecimento, qual seriam os


outros papeis da escola para uma sociedade?

Em geral, o senso comum educacional percebe o currículo como


um documento (a grade) onde se expressa e se organiza a formação, ou seja,
o arranjo, o desenho organizativo dos conhecimentos, métodos e atividade
em disciplinas, matérias ou áreas, competências etc.; como um artefato
burocrático pré-escrito. Não perspectivam o fato de que o currículo se
dinamiza na prática educativa como um todo e nela assume feições que o
conhecimento e a compreensão do documento por si só não permite elucidar.
O fato é que professores e educadores em geral, nos seus cenários
formativos, atualizam, constroem e dão feição ao currículo, cotidianamente,
relacional mente, tendo como seu principal objetivo a formação e seus
processos de interpretação e veiculação, daí sua inerente complexidade.

Há uma costura, uma forma de tecer a formação, cuja


compreensão não é possibilitada por um documento apenas, a matriz
curricular, por mais que os documentos educacionais, não só a proposta
curricular, digam muito sobre o currículo, sua concepção e prática. É nestes
termos que o currículo se atualiza como um fenômeno complexo. Sabemos
que o currículo se move em sala de aula, nas palestras, nos laboratórios, nos

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estudos dos alunos e dos professores, sua vida não se encerra nas mãos e
na cabeça daqueles que concebem a matriz curricular, que também é um ato
de currículo, mas não-absoluto.

O currículo é uma ferramenta que será usada para aproximar-se


do ambiente social e educativo. As instituições por intermédio do currículo
desempenham um papel social indispensável aos alunos. A estrutura interna
do currículo por assuntos é indutiva e teórica, parte de questões específicas
até chegar a conclusões não adaptáveis, provocando a seleção e ordem de
objetos ou assuntos que são retirados da realidade, características próprias
da prática social de uma determinada profissão. Partindo dessa ideia é
realizada uma busca de dados e teorias, contendo componentes científicos e
técnicos que são pertinentes ao contexto histórico e social onde a
problemática ocorre. Os estudantes não são estimulados pela memorização
passiva dos conteúdos repassados, mas pela compreensão da problemática
proposta, ou seja, pela construção de seu conhecimento através da
participação ativa neste processo.

Os avanços pedagógicos, que são realizados por uma elaboração


de um Currículo por Assuntos ou Interdisciplinar, são incontestáveis. A
elaboração de um currículo, com essa proposta corre riscos, pois uma vez
determinada as unidades de ensino, estas funcionam como disciplinas. O
protocolo institucional e o peso dos costumes podem facilmente tornar este
tipo de currículo cheio de hábitos isolados, formalizando-o.

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A estrutura interna do currículo por assuntos é indutiva e teórica,
parte de questões específicas até chegar a conclusões não adaptáveis,
provocando a seleção e ordem de objetos ou assuntos que são retirados da
realidade, características próprias da prática social de uma determinada
profissão. Partindo dessa ideia é realizada uma busca de dados e teorias,
contendo componentes científicos e técnicos que são pertinentes ao contexto
histórico e social onde a problemática ocorre. Os estudantes não são
estimulados pela memorização passiva dos conteúdos repassados, mas pela
compreensão da problemática proposta, ou seja, pela construção de seu
conhecimento através da participação ativa neste processo.

Ao participar da ideia de uma pedagogia voltada ao preparo do


estudante como sujeito reflexivo, criativo, solidário e ativo, a aprendizagem
não será constituída por memorização das informações, nem pelo
conhecimento mecânico. Isso não significa dizer que os conceitos serão
negligenciados. Ao contrário, trabalhar conceitos é imprescindível, mas estes
devem ser trabalhados, aplicados a uma prática, na qual o conteúdo
assimilado seria vivenciado pelo estudante, pois a construção ativa de seu
conhecimento é o foco principal da educação atual.

O aprendizado se desenvolverá como processo resultante da


assimilação ativa, diante da prática do sujeito que aprende e das mudanças
contínuas que serão provocadas, através das informações assimiladas
gradativamente. Outro elemento central na elaboração das unidades do
currículo é a metodologia. Ponto este, que é de suma importância para as
alterações no processo pedagógico, pois o Currículo Integrado representa a
inclusão entre trabalho e ensino.

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5. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNs) E SEUS
PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS

Ao participar da ideia de uma pedagogia voltada ao preparo do


estudante como sujeito reflexivo, criativo, solidário e ativo, a aprendizagem
não será constituída por memorização das informações, nem pelo
conhecimento mecânico. Isso não significa dizer que os conceitos serão
negligenciados. Ao contrário, trabalhar conceitos é imprescindível, mas estes
devem ser trabalhados, aplicados a uma prática, na qual o conteúdo
assimilado seria vivenciado pelo estudante, pois a construção ativa de seu
conhecimento é o foco principal da educação atual.

O aprendizado se desenvolverá como processo resultante da


assimilação ativa, diante da prática do sujeito que aprende e das mudanças
contínuas que serão provocadas, através das informações assimiladas
gradativamente.

As competências que regem as diretrizes para a Educação Infantil,


Ensino Fundamental e Médio, que norteiam os currículos e seus conteúdos a
fim de assegurar a formação básica, está fundamentada no Ministério da
Educação (MEC), e no Conselho Nacional de Educação (CNE). A consolidação
dos Parâmetros curriculares Nacionais deu-se diante de um cenário de
mudanças sociais que acorriam em nosso país na última década do século
passado.p

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Os PCNs, embora não sejam obrigados, são norteadores para os
professores, coordenadores e diretores, que podem adaptá-los conforme sua
realidade local a fim de garantir aos educandos o direito de usufruir dos
conhecimentos necessários para o exercício da cidadania.

Como referência para a transformação de objetivos, conteúdos e


didática de ensino, os PCNs possibilita aos educadores, trazerem para o seu
cotidiano uma prática pedagógica inovadora, criando novas estratégias de
avaliação, analisar seus objetivos, conteúdos, formas de encaminhar
atividades e expectativas de avaliação. Contudo, os PCNs contribuem na
orientação dos professores para que os mesmos elaborem um planejamento
que possa, de fato, orientar seu trabalho em sala de aula.

Os PCNs visam subsidiar a elaboração ou revisão curricular dos


estados e municípios, sempre dialogando com novas propostas e experiências
exitosas, buscando incentivar a discussão pedagógica das escolas e a
elaboração de projetos educacionais para subsidiar as práticas dos
professores.

Além dos PCNs existem outras propostas curriculares:

 Proposta Curricular Estadual e Municipal;

 Proposta Curricular Institucional (escolar);

 Realização das atividades de ensino e de aprendizagem em sala de


aula.

Os PCNs se preocupam com a importância construtiva do estudante


e da intervenção do professor, para aprendizagem dos conteúdos específicos
que favorecem o desenvolvimento das capacidades necessárias à formação
desse estudante.

 O sistema educacional e a tradição curricular;

 Tipo de currículo (aberto ou fechado)

 Modelo organizacional (centrado em disciplinas ou temas)

 Escolha das disciplinas e seus respectivos conteúdos;

 Incentivo a mudança curricular;

 Participação no Sistema Educativo;

 Objetivos a serem seguidos

Os PCN foram confeccionados em forma de volumes impressos


direcionados a todas as áreas do conhecimento humano. Infelizmente com
uma linguagem de difícil acesso aos professores os PCN fundamentam-se
pedagogicamente na participação construtivista do aluno e na intervenção do
professor para a aprendizagem dos conteúdos específicos.

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6. PLANEJAMENTO CURRICULAR

O planejamento está relacionado com a preparação, a organização


e a estruturação de um determinado objetivo. A educação e ensino nunca
caminharam próximos, no entanto, há ainda um grande abismo entre eles.
Pois ainda existe profissionais que vêm a educação como adestramento de
sujeitos levando o aluno a ver o ensino como ameaça, despertando nele o
desejo de libertação levando-o a fuga. Em consequência de fatores pelas
várias lutas, a história inverteu estes objetivos dando ênfase aos sinais, a
educação, do povo foi e ainda é temida, enquanto se defende a ideia que toda
criança tem direito a escola, sendo atualmente obrigatório que as crianças a
partir dos 6 anos estejam na escola, no ensino fundamental.
A educação em todos os seus aspectos deve abranger o conceito
onde descobrimos os educandos como gente não apenas como alunos foram
redescobrindo-nos como gente, humanos, ensinantes de algo mais do que
nossa matéria. Relativizando conteúdos, repensando, selecionando os em
função dos alunos, de sua formação e educação. Diante deste processo, de
redefinir o saber escolar, as funções sociais, políticas e culturais da escola em
função de projetos de sociedade e de ser humano, de cidade e de cidadania
não perdemos a centralidade nem do conhecimento, nem do oficio de ensinar.

Planejar é analisar uma dada realidade, refletir sobre as condições


existentes e prever as formas alternativas de ação para superar as
dificuldades ou alcançar os objetivos desejados.

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Cabe ao supervisor orientar sistematicamente a reflexão e análise,
seguida da percepção inicial do estudante, instigando as indagações e a busca
constante de respostas. No percurso, esse processo poderá apresentar
necessidades de ajustes e o educador juntamente com seus educandos,
deverão avaliar seus avanços e dificuldades.

Para que ocorra aprendizagem, o ritmo de cada aprendiz deverá


ser respeitado, assim como, os padrões culturais de quem aprende. O
estudante deverá ser conduzido a produção de seus conhecimentos, reflexões
e mudanças com o intuito de integrar seu comprometimento e seu trabalho
com a unidade a qual pertence. A busca ativa dos conhecimentos e técnicas
adequadas deve ser estimulada a cada situação e finalidade proposta,
segundo essa sugestão, o exercício pedagógico precisa ser sequenciado aos
objetivos.

Planejar o currículo para seu desenvolvimento em práticas


pedagógicas concretas, não só exige ordenar seus componentes para serem
aprendidos pelos estudantes, mas também prever as próprias condições do
ensino no contexto escolar ou fora dele.

O ato de planejar o currículo é um exercício complexo da prática


pedagógica educacional e de todo o corpo pedagógico da instituição. As
diretrizes adotadas pelo corpo docente e administrativo pedagógico, no
processo de elaboração e definição do planejamento, formalizam um enlace
entre o planejamento do currículo e o seu processo de desenvolvimento na
sala de aula. Essa fundamentação é coerente de propostas que possam
desenvolver habilidades e competências conforme as intenções que são
estabelecidas.

O planejamento curricular prevê o desenvolvimento do ensino e da


aprendizagem de forma que o estudante possa participar antecipando as
condições do ensino no contexto escolar ou fora dele. Nessa alternativa, nos
colocamos mais próximos da sala de aula, uma vez que o currículo deverá ter
as atividades, características e critérios que deverão ser levados em
consideração para o planejamento escolar e seu desenvolvimento.

O currículo e seu planejamento implicam encontrar formas


pedagógicas, que precisam ficar claras para o professor, o qual deve
cuidadosamente fazer uma seleção e ordenação pedagógica, uma “tradução”
desse currículo que culminará na educação do estudante. Os procedimentos
dessa tarefa para o professor se tornam difíceis pela falta de conhecimentos
pedagógicos e culturais que sustentam e desenvolvem essa competência.
Dificuldade como esta, surge da função que ele incorpora em diversas
instituições. Em algumas dessas se entende que o principal papel é o de
reproduzir uma cultura selecionada, o que dificulta a sua real ação no
planejamento do currículo.

É importante que exista uma relação entre o planejamento do


currículo e o momento de prever o seu desenvolvimento ou o ensino,
objetivando que as finalidades estejam coerentes com princípios

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pedagógicos, organização das atividades e conteúdos, em função de
princípios metodológicos e condições do ambiente de aprendizagem.

7. AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

A avaliação é um processo pelo qual podemos coletar resultados a


partir de dados, os quais permitem estimar, apreciar ou calcular o valor de
algo. Se pararmos para pensar, a todo momento estamos avaliando. Um
exemplo claro são os questionamentos que fazemos no nosso dia a dia. Ao
questionarmos sobre levar um projeto adiante, refletimos as experiências
adquiridas ao longo de nossa vivência, avaliando, através de comparações,
o que será viável na escolha de seguir em frente com determinado projeto.
A partir desse momento podemos dizer que estamos praticando uma
avaliação.

A avaliação, também, é aplicada no ambiente escolar


proporcionando um momento de reflexão da prática pedagógica. Por muito
tempo a avaliação foi utilizada como objeto de classificação e rotulagem dos
estudantes. Atualmente, a prática de avaliar é um instrumento de apoio ao
educador na análise do desempenho dos educandos, com significado único
no direcionamento do trabalho para o desenvolvimento do processo de ensino
e aprendizagem.

A possibilidade de colher informações sobre a aprendizagem dos


estudantes, no que concerne a conhecimentos, capacidades, atitudes e
competências, realizamos através de uma avaliação interna. Esta é de
responsabilidade da escola e dos professores. Já a avaliação externa se
constitui de um momento que exige a necessidade de competências e de
padrões de qualidade estáveis, é preciso a concretização de uma avaliação
integrada no processo de ensino, isto é, um processo avaliativo interno de
natureza formadora, contínua e sistemática.

A avaliação permite criar estratégias que possibilita ao jovem


evoluir na construção do conhecimento, tendo em vista os resultados
alcançados e os que poderão se desenvolver com empenho dos sujeitos
envolvidos no ambiente de aprendizagem, pois o ato de avaliar não se
restringe somente a sala de aula, mas sim, a toda escola, partindo dos
objetivos propostos pelo ambiente escolar e os efeitos dentro da sala de aula.

Nesse sentido, a avaliação possui finalidades que norteiam os


resultados do processo de ensino e aprendizagem. Tais finalidades se
apresentam em forma de modalidades e são de responsabilidade do professor
e do estudante para que ocorra uma aprendizagem significativa. Para
proporcionar um ambiente favorável à educação, precisamos chamar atenção
de algumas dimensões como: qualificação profissional, afetividade, empatia,
interesse, ética, autonomia, trabalho colaborativo e percepção da criatividade
existente no educando para o caminho da ação pedagógica.

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Para acompanhar o
desempenho e os resultados dos
estudantes nos sistemas
educativos, o Estado elaborou as
avaliações externas,
proporcionando uma visão e uma
análise do processo educacional
que ocorre dentro das escolas,
oferecendo informações úteis para
melhoria da educação e desenvolvimento da prática pedagógica.

A nível nacional, ocorre


anualmente visando o diagnóstico
do nível em que a criança se
apresenta em relação à
alfabetização. Após um ano de
acesso à escola a criança se
submete ao exame, no qual
possibilita o desenvolvimento de
ações interventivas no processo de
ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.

A Nível nacional, é
realizado anualmente, a fim de
avaliar os estudantes do Ensino
Médio, possibilitando o ingresso
ao Ensino Superior.

A nível nacional,
anualmente, compara o
rendimento do estudante do nível
superior (graduação) em
atribuição aos conteúdos
ministrados, habilidades e
competências que é exigida pelo
Curso de Graduação.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de ensino e aprendizado é uma atividade interpessoal


que proporciona a interação entre educador e educando, na realização dos
exercícios escolares. É importante que, a escola compreenda que os
estudantes trazem uma grande bagagem de habilidades, competências,
conhecimentos, valores e expectativas, conforme sua personalidade e
influências do meio em que estão inseridos. Assim, deve-se valorizar os
saberes de cada estudante, como responsabilidade individual na construção
do conhecimento, na capacidade de discernir e no desenvolvimento do senso
crítico.

Para que a orientação do processo de construção do conhecimento


ocorra, é preciso estar atento às relações interpessoais e a interação com o
educando, adequando a intervenção pedagógica às necessidades e
características do estudante. Ao estabelecer uma relação saudável o
professor favorece ao estudante uma apropriação do conhecimento e da
construção do saber.

Da mesma forma que os professores criam expectativas em relação


ao desempenho escolar dos estudantes, eles também, possuem expectativas
quanto ao professor, ambas às expectativas refletem nos aspectos cognitivos
e afetivos, podendo trazer consequências no desenvolvimento e desempenho
escolar. Nesse contexto, de proporcionar um ambiente favorável à educação,
o professor toma o papel de orientador, coordenador e facilitador do processo
de ensino e aprendizagem.

Piaget fundamenta sua teoria baseando-se na investigação e


solução de problemas por parte do estudante, essa independência favorece o
exercício operacional, intelectual e a elaboração de seus conhecimentos. A
proposta piagetiana, incube aos professores, criar situações que favorecem a
aprendizagem, respeitando o desenvolvimento dos estudantes e orientando-
os na busca de sua autonomia. O processo de massificação da escolarização
e da intensidade da industrialização proporcionou estudos que focassem o
currículo escolar. O conceito de currículo como especificação precisa de
objetos, procedimentos metodológicos para obtenção de resultados, passava
a ser aceito pelas instituições escolares e pesquisadores educacionais, o que
levou ao surgimento de novas teorias questionadoras e explicativas.

A pluralidade cultural é o respeito aos diversos grupos e culturas


que compõe uma sociedade, essa proposta incentiva a convivência dos
diversos grupos, propondo respeitar as diferenças, enriquecendo
culturalmente os estudantes, buscando valorizar a cultura regional e o
respeito às diferenças. A diversidade cultural proporciona inúmeras formas
de se viver em comunidade de organização política e de relacionamento com
o ambiente, trabalhos desenvolvendo linguagens, manifestações artísticas e
religiosas, além de formas de vestir, moradias e valores morais.

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