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Chegada a Ilha

Gustav já estava cansado de ficar do lado de dentro do navio, já que ele não
conseguia conversa com quase ninguém e estava cansado de ficar dentro do próprio
quarto. Gustav é um jovem de 18 anos, de pele clara, olhos castanhos e cabelo
cacheado solto, no momento estava vestido com uma camisa preta sem estampa,
uma calça jeans e um sapato all-stars, além de ser visível uma tatuagem do signo de
gêmeos no seu pulso esquerdo e uma pulseira com uma pequena joia no pulso direito.

Ao sair de dentro do navio ele se aproximou da lateral do navio para olhar a


água e o horizonte a sua frente, a cor azul do mar dominava todas as direções que
ele olhava, o Sol começando a aparecer no fundo subindo ao longe do horizonte e o
céu tendo praticamente nenhuma nuvem. Sem dúvidas uma cena de tirar o fôlego.

Gustav abaixou um pouco sua visão para olhar o mar e para a surpresa dele
hipocampos nadavam perto do navio como se estivessem o observando, um deles
subiu até se aproximar de Gustav, o animal tinha quase dois metros de altura e tinha
8 metros de comprimento, sua parte da frente tinha um par de patas e uma cabeça
de cavalo, mas a metade traseira era um corpo prateado de peixe com escamas
reluzentes e nadadeiras de arco-íris na cauda. O animal relinchou e sacudiu a cabeça
parecendo que se apresentava a Gustav.

— Olá amigo. — Gustav falou passando levemente a mão na pele escamosa


do hipocampo. — Desculpa, mas to sem nada pra você.

O hipocampo jogou um pouco d'água em Gustav e volto para o fundo da água


para pula para fora junto a seus amigos e começar um show para Gustav.

— Aqui garoto! — Uma voz feminina familiar para Gustav gritou.

Um cubo de açúcar passou pelos olhos de Gustav e cai na boca de um dos


hipocampos que já tinha se preparado após o aviso da menina. Gustav depois de ver
o cavalo-marinho apreciar o cubo de açúcar, ele se virou para o lado e viu uma linda
jovem com 18 anos, cabelos ruivos longos e ondulado, olhos castanhos e pele parda
voltada um pouco ao branco. A menina se vestia com uma calça jeans, um tênis all-
stars, uma camisa branca por baixo de uma jaqueta e em suas mãos uma luva de
couro sem dedos.

— Oi Yang. — Gustav falou alegremente e abrindo um sorriso.

— Gu! — Ela gritou pulando para abraça-lo. — Eu já estava com saudades de


você. — Ela falou se afastando levemente e voltando sua atenção ao animal.
— A gente não se ver desde quando você completou 16 anos. — Gustav falou
se esforçando a se lembrar da idade correta.

— Isso me traz lembranças de quando tivemos naquele aquário. — Yang falou


entrando em seus devaneios e sem prestar atenção na última frase de Gustav. —
Você que me ajudou a parar de ficar com medo dessas incríveis criaturas

Gustav lembrou do medo que Yang tinha e como ela não conseguia se
aproximar de quase nenhuma criatura marinha de médio ou grande porte, ele teve
um grande trabalho para ajudá-la a superar o medo. Aquelas lembranças traziam uns
sentimentos nostálgicos, principalmente por ver Yang passar a mão levemente pela
crina do hipocampo.

— Fico feliz em saber que você também foi convidado. — Yang falou feliz ainda
passando a mão no animal.

— Parece que o destino sempre dá uma mão pra a gente estar juntos. —
Gustav falou se apoiando na lateral do navio.

A jovem se afastou levemente da criatura e a criatura parou observando os


dois. A criatura, brincando jogou um pouco d'água e desapareceu no fundo do mar
junto a todos os outros, Yang sorriu e arrumou o cabelo que estava um pouco
desarrumado por causa do vento. Seria uma mentira se Gustav disse que não sentia
nada além de amizade por aquela menina.

Gustav podia ser corajoso o suficiente para enfrentar qualquer criatura e


enfrentar qualquer um, mas dizer seus próprios sentimentos era uma das coisas que
o deixava mais com medo e por isso ele preferia manter aquela amizade, uma
amizade tão forte que eles já agiam como algo a mais.

Yang se aproximou de Gustav que abriu o braço para um abraço e rapidamente


ela se aconchegou no corpo dele.

— Será que alguém imaginou um dia que a gente estaria indo para uma das
maiores, se não a maior academia de magia do mundo? — Yang falou sorrindo.

— Provavelmente ninguém. — Gustav falou sentindo o aroma de rosas vindo


dela. — Veio eu, você e mais quem dos nossos conhecidos? — Gustav questionou
pensando que provavelmente não estava somente eles.

— Eu não encontrei ninguém no navio, somente você. — Yang respondeu.

Gustav realmente entendia por não se encontrarem na hora da subida do


navio, mas não terem se encontrado nenhuma vez dentro do navio era loucura.
Rapidamente Gustav se perdia em seus pensamentos analisando sobre essa
questão.

— Gust, Olha! — Yang falou apontando para a frente do navio fazendo Gustav
volta sua atenção para aquele momento.

Os dois começaram a ir para a frente do navio, ao chegarem na frente do navio


e depois de atravessar todos os outros alunos eles viram a ilha da academia ainda
muito distante, mas era possível enxerga-la. Na frente da praia estava um palco com
algumas coisas em cima e tinha um caminho para algo que eles ainda não
conseguiam enxerga, mas a coisa que mais chamava a atenção deles era o grande
prédio no meio da ilha, com uma aparência de ser um castelo antigo.

— Bem vindos a academia de magia. — Gustav falou um grande sorriso.

Quando o navio atracou na praia todos os futuros alunos da academia


desceram do navio, Gustav mantinha Yang próximo dele para não se perderem e
ficava de olho nas malas de ambos para não serem roubados por nenhum
engraçadinho.

— Caramba, tem muito aluno. — Gustav falou observando ao seu arredo.

— Realmente. — Yang segurava forte o braço de Gustav.

— Desculpa. — Uma voz masculina e familiar empurrou Gustav, fazendo ele


rapidamente se virar para ver quem o empurrou.

E pela surpresa de Gustav era Maruy, um jovem de 19 anos com pele parda
voltado para o branco, cabelo cacheado solto de cor castanho escuro com o corte
estilo militar, seus olhos um pouco puxados e de cor castanhos escuros, no momento
ele estava vestido com uma regata preta que permitia ver uma tatuagem de labaredas
que vinha do peito e ia até o ombro e no pulso uma runa, uma calça jeans preta,
amarrada na cintura um cassaco preto e calçava um coturno preto, além da mala em
suas costas.

— Gu? — Maruy se questionou querendo entender se o que via era verdade.

— Maruy? — Gustav sentia o mesmo sentimento que Maruy.

— Gu! — Maruy falou se aproximando apertando a mão de Gust e depois o


abraçando. — Não sabia que você estaria aqui. Oi Yang! — Falou Maruy batendo a
mão levemente na cabeça da Yang.
— Iae Maruy. — Yang falou feliz.

Todos estavam felizes em se ver novamente, mesmo que ambos achassem


estranho como eles não se encontram no navio.

— Bem como eu esperava vocês também foram chamados. — Maruy falou.

— Ninguém acreditaria na verdade que estamos aqui, mas quem te convocou?

— Mufasa. — Respondeu rapidamente.

— Rei dos Leões da montanha? — Gustav falou surpreso, mas contente por
finalmente o poder de seu amigo e irmão de batalha ser reconhecido.

— Sim, talvez ele tenha visto algo que eu ainda não enxergo. E vocês dois? —
Perguntou Maruy.

— Aqua. — Yang respondeu alegre.

— A rainha do mar? Nossa ela é bastante rigorosa em suas escolhas. — Falou


Maruy. — E o seu Gust?

— O rei mago. — Gustav respondeu sem esperar ser algo grandioso, mas
todos que ouviram ao seu redor e até mesmo Maruy volto a sua atenção a Gustav
surpresos.

— Cara ele só escolhe 10 ao ano. — Falou Maruy surpreso. — Parabéns. —


Falou Maruy animado. — Não pense que só porque foi reconhecido pelo grande rei
mago que significa que eu vou perde pra você.

— Claro, pode vir com tudo da próxima vez, mas lembre-se ore ni kateru no wa
ore dake da. — A frase final vinha de um estrangeiro que tinha lhe treinado um pouco
e sempre usava essa frase, significa "O único que pode me derrotar sou eu mesmo".

Mesmo em meio a zoada de todos conversando uma zoada de palmas fez com
que todos se calassem.

— Fila! — Um homem gritou em cima do palco.

Todos rapidamente se juntaram em filas e em meio a confusão Gustav e Yang


se perderam do Maruy. Em cima do palco estava cinco pessoas, o primeiro que estava
na frente e que tinha batido palma era um homem com aparência velha, pele de cor
negra, olhos castanhos claros, careca, vestido com uma calça de couro preto,
coturnos pretos, uma camisa preta e um sobretudo preto.

Um pouco atrás e ao lado do homem estava um rapaz de aparência jovem, sua


pele era parda, olhos azuis, cabelos loiros e no estilo militar, vestido da mesma forma
que o mais velho. Sentado em uma cadeira ao lado de mais duas pessoas estava um
homem de pele branca, cabelos escuros, olhos vermelhos e vestido com uma camisa
vermelha, sobretudo preto, calça de couro preto, coturno preto e em seu braço direito
uma faixa vermelha com um brasão de dragão.

Ao lado do homem com a faixa vermelha estava uma mulher de cabelo


castanhos que iam até o pescoço, de pele branca e vestida com uma calça de couro
branco, coturno branco, uma camisa branca com uma cruz azul no peito e um
sobretudo branco que tinha as laterais da cruz, além de uma faixa azul no braço direito
com um brasão de fênix de gelo. E por último estava um homem com cabelos pretos,
olhos pretos, pele branca, vestido com calça de couro preto, coturno preto, camisa
preta e um sobretudo preto, além da faixa preta em seu braço direito com um brasão
de lobo.

— Muito bem vindos a academia de magia do Oeste. — O homem ancião falou.


— Eu sou Yamaki Maruto, o diretor dessa academia de magia. Fiquem felizes pois
cada um de vocês foram escolhidos a dedo pelos maiores magos. Aqui vocês viveram
4 anos e ao fim desses 4 anos vocês se tornaram finalmente magos e poderão
trabalhar para os reis das 4 regiões ou até mesmo para o grande rei mago, ou se
esforçarem bastante se tornarem o rei mago. — A voz do velho era rouca e imponente
como se fosse uma voz de general. — Eu tenho questões importantes para resolver,
por isso irei me retirar. Qualquer problema pode me procurar. — Homem falou
acenando com a cabeça e entrou num portal.

— Iae galera. — O mais jovem que estava atrás do velho veio a frente, a voz
dele era mais alegre e mais juvenil. — Parabéns por conseguirem ser escolhidos para
a nossa academia. Meu nome é Mito Maruto, o vice-diretor da academia de magia.
Aqui vocês aprenderam sobre todos os tipos e vertentes de magia, sendo ou não de
sua afinidade, aprenderam a lidar em missões e como lidar diplomaticamente. — A
aparência de Mito combinava com sua voz, mesmo que calma e um pouco alegre
mantinha sua imponência. — Agora vocês iram se dividir entre as três casas, um por
vez irá vim a frente e pinga uma gota de sangue aqui. — O homem saiu da frente de
um prato de pedra cheio de pedras visivelmente muito quentes. — Podem começar a
vim.

E um por um as pessoas iam até o palco, faziam um corte na mão e deixavam


uma gota de sangue cair sobre as pedras que rapidamente criava uma fumaça ou
vermelha, ou azul ou preta. Após as pessoas verem qual casa eles pertenciam, eles
iam até um dos pilares que estava mais ao fundo do palco e entregavam um pouco
do sangue. Gustav forçava um pouco sua visão até consegui ver as runas que tinham
na frente dos pilares.

— Força. — Gustav falou para Yang e apontando para o primeiro pilar de cor
vermelha. — Sabedoria. — Falou agora apontando para o segundo pilar de cor azul
escuro. — E... Eu não sei aquele terceiro.

— É liderança. — Yang respondeu.

— Menino! — Mito chamou Gustav. — Sua vez.

Gustav subiu no palco e se aproximou do prato de pedra, ele conseguia sentir


o calor que emanava daquele prato. Ele pegou a pequena lâmina que estava na borda
do prato e fez um pequeno corte na palma da mão e em seguida deixou uma pequena
gota cair nas pedras.

Sem entender o motivo uma pressão dominava seu peito, mas após ver a
fumaça branca Gustav alivio se e logo em seguida estranhou a fumaça branca, já que
nenhum dos outros que passaram pelo teste tiveram a fumaça branca.

— Interessante, muito interessante. — Mito sussurrou para se mesmo. —


Escolha. — Mito fez com que Gustav voltasse a realidade. — Escolha entre uma das
três casas.

— Vermelho. — Escolheu rapidamente.

Gustav estava sendo direcionado aos pilares, mas fez uma pequena pausa no
percurso para ver o teste da Yang. Ela fez o mesmo processo e pela surpresa dele
novamente saiu uma fumaça branca.

— Eu acho que quebrou. — Gustav falou brincando.

— Não quebrou. — Mito falou abrindo um grande sorriso. — Escolha.

— Vermelho. — Yang respondeu rapidamente.

Gustav pelo canto do olho viu o Homem com a faixa vermelha abriu um grande
sorriso para seus colegas ao lado enquanto eles mantinham uma feição seria. Gustav
foi direcionado para os pilares e ele percebeu a magia de vinculo que a pedra fazia,
mas sem se importa tanto colocou a mão sobre a pedra que sugou um pouco do seu
sangue.

— Seja bem-vindo a Academia de magia. — Um homem com as vestes iguais


ao Mito, cabelos castanhos escuros e pele escura falou com um sorriso alegre. —
Essas são suas vestimentas. Você pode se trocar ali.
Gustav recebeu aquelas roupas, eram uma calça de couro preta, uma camisa
preta e uma jaqueta vermelha, após esperar a Yang fazer o mesmo processo e ela
pegar sua roupa eles foram se trocar.

Gustav entrou no banheiro e tinha vários meninos se trocando, mesmo que ele
se incomoda-se ele teria que se trocar logo. Gustav tira a camisa depois o sapato e
em seguida a calça. Depois de alguns segundos um menino chega do lado dele.

— Iae cara. — O menino parecia querer se enturma, ele tinha pele clara, olhos
escuros, cabelo ruivo e um óculo. e no momento já estava de calça, no seu tom de
voz parecia que ele tinha esperança de Gustav o reconhece-lo.

— Iae. — Gustav não sabia o que falar para o menino.

— Que tatuagem legal. — O menino falou apontando para a costas de Gustav


onde tinha um lobo fechando toda a costa em estilo surrealista.

— Essa eu fiz junto com meus amigos que eu considero minha família, eu
escolhi um lobo branco, meu irmão um lobo preto e minha irmã um lobo cinzento. —
Respondeu fazendo referência a Maruy e Yang.

— Algum significado em especial? — O menino perguntou.

— É uma coisa meio pessoal. — Gustav respondeu fazendo com que o menino
recua se um pouco na investida de fazer amizade.

Gustav tinha três tatuagens, uma no pulso com o signo de gêmeos, uma nas
costas de lobo e uma na base do abdômen de kanji do amor, mas esse último
pouquíssimas pessoas podiam ver.

— Será que aqui é tão legal como dizem? — Perguntou o menino que
visivelmente estava animado.

Após Gustav colocar a jaqueta ele começou a colocar suas roupas dentro da
mala.

— Não sei, mas tomara que tenha alguém forte. — Falou Gustav animado. —
Cara eu te encontro depois. — Ele falou se levantando. — Qual seu nome?

— Simon. — O menino respondeu.

— Prazer Gustav — Ele falou por fim.

Gustav saiu e ficou esperando do lado de fora do banheiro feminino por alguns
segundos até sair Yang vestida com uma camisa branca, uma jaqueta vermelha, uma
fitinha no pescoço de cor vermelha juntamente com uma saia branca, uma meia calça
branca e com seus all-star.

— Ficou bonito? — Yang perguntou dando uma pequena rodadinha.

— Qualquer coisa fica bonita em você pequena. — Gustav falou encantado.

— Eu não sou tão pequena, só um pouco mais baixa que você.

— kkk. — Gustav começou a rir da forma fofa que ela tentava retrucar. —
Vamos?

— Vamos.

Eles saíram juntos até se depararem com uma fila, Gustav já estava ficando
irritado com tantas filas, mas rapidamente ele já estava sendo o primeiro.

— Nome e sua afinidade. — Falou um homem com vestimenta parecidas com


a do mito, pele parda, careca, olhos escuros e uma cicatriz em forma de x na
bochecha.

— Gustav Thuenderstorm. Afinidade gêmeos. — Gustav respondeu


calmamente.

A expressão do homem foi algo inesperado para Gustav, o homem


primeiramente arregalou os olhos ao ouvir sua afinidade, mas logo em seguida voltou
a sua postura seria.

— Esse ano temos muitos alunos interessantes. — Ele falou abrindo um sorriso
no canto da boca. — Pegue uma arma e siga a diante. — Gust seguiu para pegar
suas armas e logo em seguida era vez da Yang. — Seu nome e sua afinidade.

— Yang fang. Minha afinidade é.... — Ela tentou se lembrar. — Gu!

— Ela é uma copiadora. — Gust respondeu pegando uma espada.

E novamente o homem teve a mesma reação.

— Pegue uma arma e siga a diante. — O homem falou. — Interessante, muito


interessante. — O homem falou para se mesmo com um sorriso.

Após Yang pegar um arco e flecha eles seguiram mais a diante, indo pelo
jardim da frente da academia e eles observaram que em ambos os lados do jardim
tinha um local de luta com uma cúpula de magia visível. E em um deles estava
esperando com a mão no bolso da jaqueta vermelha um rapaz, com pele clara, cabelo
loiro e liso, olhos caramelos e com um brinco na orelha esquerda, além se vestia
parecido com Gustav. Junto do rapaz ele via um grupo de pessoas ao redor, todos
eram alunos novos.

— Bom, com uma boa parte aqui vamos começar. — O rapaz disse. — Eu sou
Mylon, o veterano de vocês. Para mostrarem seus potenciais juntem-se em duplas.
Escolham bem.

— Aqui tem uma dupla. — Gustav falou levantando a mão e segurando Yang.

— Ok já temos os participantes da primeira luta. Cadê os rivais? — Mylon falou


cheio de animação.

— Aqui. — Um jovem vestido igual a Gustav portando duas lâminas de cabelos


castanhos e pele branca falou segurando um menino vestido igual ao outro de cabelo
loiro e olhos castanhos escuros e portando uma Lança.

As duas duplas entraram no local de luta e se colocaram em posturas


adequada a suas armas, Gustav não se preocupava em ficar a frente já que confiava
totalmente em Yang para cuidar dos seus pontos cegos.

— Podem vim com tudo. — Falou Gustav abrindo um sorriso sádico.

— Estilo Arês, sede por sangue. — O menino que portava duas espadas gritou
a magia, deixando suas lâminas preenchidas por sangue e era visível um aumento
de sua força e a afiação da lâmina.

— Estilo Arês, falange espirituais. — O menino com lança gritou sua magia e
criou uma parede de escudos com lanças para fora, criando uma falange em sua
frente.

Após ambos estarem prontos eles avançaram para atacar chegando a ficar
muito próximo de Gustav, mas ele guardou sua lâmina e cruzou os braços.

— Estilo relâmpago, águia do trovão. — Yang gritou de traz de Gustav e atirou


uma flecha.

Após a flecha sair do arco ela se transformou em uma águia feita de raios que
se desviou para o lado e atacou pela laterá da falange e destruiu todos os espíritos,
além de paralisar o menino com lança em seguida a águia subiu aos céus e deu um
rasante no menino com duas espadas, a flecha passou apenas de raspão no seu
tórax, mas a águia o acertou em cheio. Os meninos após receberem o ataque
tentavam se levantar, mas seus corpos não conseguiam, já que, algumas partes dos
corpos estavam paralisadas e outras sofrendo vários espasmos.
— Eu esperava mais. — Falou Gustav bocejando e com um tom arrogante. —
Estilo água, tsunami. — Gustav invocou entediado sua magia colocando as duas
mãos no chão.

Após Gustav colocar as mãos no chão um círculo de transmutação apareceu


de baixo dele e em sua frente uma grande onda se disparou para os jovens que
mesmo querendo desviar não conseguiam e sentiram a pressão forte do tsunami que
logo parou quando chegou no limite da cúpula.

Gustav se aproximou de Yang e observou algo que fazia tempo que ele não
via, Yang parecia estar bastante cansada depois daquele ataque, um que ela já tinha
muita experiencia de usar. Ele sabia que tinha algum motivo, mas deixou de lado e a
cumprimentou com high five, aquela não era a primeira batalha juntos deles, eles já
tinham lutado juntos em vários treinos nas escolas e em qualquer coisa o trabalho em
equipe deles era incrível.

— Parabéns, vocês dois. — Mylon falou abrindo um sorriso. — Já esperava


que vocês eram bons, já que vocês são um casal. — Falou deixando Gustav e Yang
corados e querendo contestar. — Vocês dois passaram, mas vocês dois. — Mylon se
volto para os outros dois jovens. — Desculpas, mas vocês estão eliminados, vocês
voltaram para a praia.

— O que? — Um dos jovens questionou.

— Eu não disse? — Mylon fez uma cara de tédio e bocejando. — Aqueles que
forem derrotados serão eliminados e sairão da academia.

— Por que não falou isso antes? — Gustav perguntou.

— Eu me esqueci. — Mylon falou com um sorriso. — Mas regras são regras.


Vocês dois passaram e eles não.

Gustav queria questionar já que ele sabia que tinha uma grande diferença de
forças entre as duas duplas, mas ele queria assegurar seu local na academia, então,
sem retrucar saio do local de luta e ficou ao lado de Mylon.

"Mesmo estando fora de batalha esse menino emana muita força, além que ele
usou uma habilidade rank S. Quem é ele?" Pensava Mylon tentando não encarar
Gustav, "Além dele tem essa menina, ela pode parecer não ter quase energia
nenhuma vindo dela, mas mesmo assim ela conseguiu usar aquela habilidade com
perfeita maestria. Esse ano vai ser muito interessante." Mylon pensou observando os
dois com um sorriso no rosto.
— Próximos. — Mylon chamou começando a bocejar de novo outros para
lutarem.

Seguiu as lutas entre vários outros, claro que nenhum conseguiu ser tão rápido
quanto o de Gustav e Yang, mas muitos mostraram suas forças e seus potenciais.
Depois de algumas horas finalmente foram divididas as pessoas que realmente iriam
ficar na academia e os que sairiam, sem nem mesmo entrar realmente na academia.

— A todos que conseguiram passar, eu lhes dou meus parabéns e sejam bem
vindos a academia de magia. — Mylon falou após a última batalha se encerrar. —
Agora que dividimos levarei vocês ao dormitório.

Gustav e Yang ficaram próximos um do outro para não se perderem. Eles


seguiram pelo jardim até chegar a frente da academia depois eles foram para a
esquerda, foi quando Gustav finalmente viu o dormitório, parecia um apartamento
tradicional, mas com um brasão de dragão no topo do prédio.

— Se vocês entrarem pela aquela porta é o salão, é onde sempre iremos nos
reunir durante o café da manhã, na hora do almoço e na janta. — Mylon falou entrando
no saguão e apontando para uma porta dupla de vidro que dava pra ver um grande
salão cheio de mesas e cadeiras. — Estejam aqui as 7:30 da noite.

Eles foram para as escadas já que não caberia todos no elevador e Mylon dizia
que não queria fazer segunda viajem já que era cansativo.

— O primeiro, segundo e terceiro andar são para vocês do primeiro ano. O


quarto e quinto para o segundo ano e o sexto, sétimo e oitavo para os terceiros e o
quarto ano, além de ser para os professores e líderes da casa. — Mylon falou subindo
as escadas.

Eles caminharam um pouco nos corredores até chegarem em frente a uma


porta e Mylon entregar duas chaves, uma para Yang e outra para Gustav.

— Eu disse para escolherem bem, mas não foi por causa da luta. A sua dupla
será seus colegas de quarto. — Mylon falou abrindo a porta para eles. — Mas acho
que isso não será um problema pra o casal. — Mylon falou somente para Yang e
Gustav e rindo logo em seguida. — Aqui o panfleto sobre regras e o mapa do campus
já que vocês viveram quatro anos aqui, vão precisar saber se locomover.

Mylon falou por fim e se retirando com o restante da turma. Yang e Gustav
entram no quarto e viram um local bem simples, era espaço o suficiente para eles
dois, tendo dois armários um de cada lado e simetricamente alinhados, duas camas
com uma coberta com o mesmo brasão de dragão, dois criados mudos, duas
iluminarias e apenas uma grande janela, além de uma porta que dava para o banheiro.

— Vamos começar a arrumar as coisas, depois vamos ver o campus? —


Perguntou Gustav colocando a espada apoiada na cama.

— Claro, vai ser divertido. — Respondeu Yang colocando o arco e a aljava do


lado da cama.

Eles passaram um tempo tirando suas coisas da mala e colocando nos seus
armários, por sorte Gustav e Yang tinham colocado uma magia de espaço tempo nas
suas malas, assim carregaram praticamente todas suas roupas de casa para aquele
local. Eles pensavam que não eram os únicos a fazer isso. Quando finalmente
acabaram eles abriram o panfleto para ver as regras, de imediato os olhos de Yang
bateram no shopping no mapa do panfleto.

— Se precisarmos de roupas podemos ir lá. — Yang falou animada.

— Tomara que eles tenham livros, foi a única coisa que eu me esqueci de
trazer. — Gustav falou mais para se mesmo que para Yang. — Ok. vamos as regras.
— Gustav falou começando a ler.

"Primeira regra: Quando vocês saírem dos seus quartos estejam devidamente
uniformizados, para todos saberem de que casa vocês fazer parte. Segunda regra:
Obedecerão a seus superiores e veteranos. Terceira regra: Aqueles com notas muito
baixas serão expulsos." Gust falou em voz alta e percebendo o quão rigoroso era
aquela academia.

— Eles são meio rigorosos. — Gust falou para Yang.

— Eles são considerados os melhores, é meio obvio que eles serão rigorosos.
— Yang respondeu colocando um diário dentro do criado mudo.

— Ok, tem mais. — Gustav volto sua atenção ao panfleto.

Gustav passou alguns minutos falando das regras que estavam escritas no
panfleto, com tantas regras Yang até tinha se perdido em algumas delas ou não
prestado atenção em outras.

— Agora que sabemos todas as regras podemos ir? — Ela falou se levantando.

— Vamos. — Gustav falou sorrindo, mas logo seu estomago rugiu, eles tinham
passado tanto tempo que ainda não tinham comido. — Primeiro comer. — Gustav
falou meio envergonhado.
Gustav pegou sua espada e logo em seguida desceram para o salão, o local
era gigantesco, tão grande que era impossível caber um salão daqueles num prédio,
mas isso não incomodou Yang e Gustav que estavam famintos. Logo eles se
sentaram e a comida veio flutuando para eles, sendo as comidas favoritas de ambos,
a de Yang era uma barca de Sushi e o de Gustav era bolo de carne com arroz.

Enquanto Gustav comia, ele se perguntava se como era o salão quando tivesse
lotado de alunos e em sua mente parecia que ficava uma confusão.

Após terminarem de se deliciar com a comida eles saíram do prédio e seguiu


o caminho ladrilhado. Atrás da academia tinha um prédio menor que o dos vermelhos
com um brasão de lobo, além de um local parecendo um ginásio, uma local de
natação e outros locais de luta parecidos com os do jardim só que maiores.
Novamente Gustav olhou o mapa e viu que mais atrás tinha o shopping e depois uma
grande clareira.

— O local é gigante. A ilha toda é o campus, tendo apenas uma pequena área
para a floresta. — Yang falou impressionada.

— Realmente. — Gustav concordou. — Eu pensaria que exagero, mas eles


estão tentando o máximo agrada os alunos, tem quadra de basquete, piscina, vários
locais de treino de combate e o shopping, que acredito foi criado para diminuir o
estresse dos alunos

Eles foram andando observando o local, as pessoas pareciam já estarem


acostumados com o local, alguns já estavam lutando, outros se juntando para ir jogar
basquete no ginásio e outros já pulando na piscina.

— Licença! — Uma voz gritou atrás de Gustav.

Gustav se jogou para o lado puxando Yang junto a ele, abrindo um grande
espaço no caminho ladrilhado permitindo que um grupo de com 8 pessoas vestidos
com a cor da casa azul continuarem com sua corrida.

Ambos não se importaram e começaram a caminhar sem rumo pelo campus,


enquanto eles andavam Gustav percebeu que tinham muitos mais vermelhos e azuis
do que pretos, ele estranhava aquilo e até podia ser uma explicativa pelo prédio ser
menor ele pensava enquanto andava. Enquanto estava em seus devaneios ele se
trombou com alguma coisa.

Gustav olhou e era um cavalo alado branco, o cavalo parecia ter se irritado
com Gustav e que estava preste a ataca-lo, mas Yang passou a mão levemente no
pescoço do animal fazendo ele se acalma.
— Que bom que você sempre foi boa com animais. — Gustav falou suspirando
aliviado.

— Nem sempre. — Yang falou abrindo um sorriso.

O cavalo após se acalma começou a correr e em poucos segundos já estava


voando para longe. Gustav estava cansado de ficar em pé então colocou a espada
no chão e logo se deitou sobre a grama macia e quente e logo em seguida yang deitou
sobre seu braço direito.

Ambos tinham muitas coisas pra falar um para o outro, mas aquela calmaria e
aquele silencio era algo que eles não queriam quebrar. Era esses pequenos
momentos que ambos mais gostavam, quando eles estavam juntos, mas ainda assim
não precisavam falar ou fazer qualquer coisa pra transmitir um sentimento bom de
proteção e de calma um para o outro.

Em poucos segundos Gustav observou que Yang dormiu em seu braço, ele se
lembrou que ela nunca se deu bem com os balanços dos barcos e navios, além do
seu medo do alto mar. Gustav logo ligou os pontos e entendeu o motivo do cansaço
anteriormente de Yang, ela não tinha dormido direito na viajem. Ele podia ser esperto
e tinha pensamentos rápidos, porém apenas dentro de batalha.

Aquilo fazia Gustav ficar ainda mais impressionado por ela usar uma habilidade
tão forte e com tanta maestria mesmo estando exausta de sono. Ele olhou para o
rosto dela analisando todos seus traços, seus pequenos defeitos que tornavam ela
mais linda aos seus olhos como a pequena falha na sobrancelha esquerda e uma
falha pequena em sua testa na rais do cabelo que alguns fios não cresciam direito por
causa de uma cicatriz de quando ela tentou impedir uma briga de Gustav.

Ele volto seus olhos aos céus e fechou os olhos levemente. "Quando estou
contigo meu coração acelera; mas sem te meu coração dilacera; sem te me sinto só;
pois você é meu Sol." Gustav recitou em sua mente.

Gustav olhou novamente para ela e percebeu que uma pequena mecha caiu
em seu rosto, então ele tirou o braço esquerdo de baixo da sua própria cabeça e
passou a mão levemente colocando a mecha atrás da orelha dela. Ele sentia seu
braço travando para se permanecer na mesma posição e sentir a respiração leve e
calma da Yang, o seu coração bate levemente constante diferente do dele que estava
acelerando a cada batida.

Gustav queria falar, não, ele queria gritar para todos os cantos do mundo que
amava ela, mas sentia medo de estragar esses pequenos momentos que somente
eles dois tinham. Enquanto ele pensava isso em sua mente apareceu a imagem de
Maruy e uma das lembranças deles juntos. " Falar e perde tudo, ou nunca falar e se
remoer pro resto da vida. É uma decisão difícil, mas é melhor tentar e falhar do que
nunca tentar." Foram as palavras ditas na lembrança de Gustav.

"Pra qual casa será que ele foi?" Gustav pensou e sem perceber ele
adormeceu. Algum tempo tinha se passado e Gustav não sentia mais o peso em seu
braço direito, ele abriu os olhos suavemente e percebeu que já tinha escurecido. Ele
olhou ao seu arredo e viu Yang sentada acariciando o pelo de um coelho branco com
os olhos vermelhos tendo um x neles.

— Por quanto tempo eu dormi? — Gustav falou se sentando.

— 4 horas no máximo. São 7 da noite.

— Por que não me acordou vamos nos atrasar. — Gustav falou se levantando
e pegando a espada.

— Você tava dormindo tão fofo que não consegui ter coragem de te acorda. —
Yang falou sacudindo um pouco o coelho.

— E quem é esse pequenino? — Gustav falou apontando para o coelho.

— Ele me acordou querendo atenção e como achei ele fofo comecei brincar
com ele. — Ela falou passando a mão no coelho. — Ele não é fofo? — Ela falou
apertando o coelho em seus peitos.

— Sim tão fofo que dá vontade de mata. — Sussurrou Gustav irritado com o
coelho. — Vamos temos que ir para o salão. Lembra que o Mylon pediu pra
chegarmos lá 7:30?

— Realmente, esqueci. — Yang falou colocando o coelho no chão.

Yang se aproximou de Gustav e já estava pronta para correr junto a ele para o
salão, mas ela percebeu que quando começaram a descer o morro o coelho a
acompanhava.

— Pode volta pra natureza amiguinho. — Yang falou empurrando-o de volta


pra a floresta.

Eles voltaram a andar e Yang novamente percebeu que o coelho os seguia.

— Coelhinho pode ir. — Yang falou, mas logo o coelho pulou em seu ombro.

— Ok. Ele não é um coelho comum. — Gustav falou se assustando.

— Podemos cuidar dele? — Yang falou tirando o coelho do ombro e o


segurando.
— Primeiramente eu não acredito que eles deixem termos animais aqui. —
Gust tentou analisar a situação. — Segundo prefiro cuidar de um cachorro do que de
um coelho, já que eles dão muito trabalho pois caga e mixa muito, além de terceiro
ele pulou 1 metro e 70 de altura.

O coelho colocou a cabeça um pouco pro lado e pulou se soltando da mão de


Yang e no ar o animal se retorceu se transformando em um cachorro, para ser mais
exato um pastor alemão com a pelagem característica da raça, mas ainda mantinha
os olhos com x.

— Ele não é um coelho, deveria ter percebido. — Yang falou um pouco curiosa.
— Ele é um Hunter.

— Ok, isso não muda que não podemos leva-lo. — Gustav falou.

— Vai ele é fofo e vai ser super legal ter ele nas missões, Hunters são ótimos
animais de estimação e incríveis animais pra missões, sendo super versáteis.

— Ok, você vem com a gente amiguinho. — Gustav falou abrindo um sorriso
por perceber a insistência do animal, além de se lembrar que tinha horário. — Agora
vamos.

— E o nome? — Yang perguntou começando a correr.

— Depois a gente pensa. — Gritou Gustav começando a ir mais rápido

Os três começaram a correr para o apartamento deles. Ao chegarem eles viram


que o saguão até tinha uma boa quantidade de pessoas nas contas de Gustav umas
4, pareciam todos serem mais velhos que ele e Yang.

— Sabia que teriam atrasados. — Falou um dos meninos que estava com uma
prancheta na mão impedindo a entrada de Gustav e Yang.

O jovem tinha olhos vermelhos, cabelos nitidamente pintados de azul e pele


branca, além de uma tatuagem maori que descia pelo seu pescoço, mas não eram
típicas, era feita com várias runas de magia e vestido da mesma forma que Gustav.

— Deixa eles Yuno, além do mais eles não estão atrasados e não são os
únicos. — Falou uma menina se aproximando.

A primeira coisa que chamava atenção na menina era a pequena tatuagem de


Hórus em baixo do seu olho esquerdo, pele parda, cabelos grande e cacheado de cor
castanho escuro e olhos azuis, além de estar vestida com uma calça jeans preta, uma
camisa branca e a jaqueta masculina da casa.
— Vamos logo, deixem eles passarem. Já são 7:30. — Falou um outro jovem
com uma voz seria e mais grave do que a dos outros. E quase que de imediato a
menina e o menino se afastaram de Gustav e Yang.

O rapaz era maior que todos ali, com 1,94, ele era negro, com cabelo Black
Power, olhos escuros e estava vestido com uma camisa branca, sobretudo vermelho,
calça jeans preto, coturno preto. De todos os 5 ali presente ele era o que emanava
mais poder e parecia ser o mais forte.

— Qual seu nome e seu quarto? — Uma menina menor que todos ali, 1,57, e
com uma voz de criança apareceu dando um surto em Gustav, já que ele não sentiu
a presença dela.

A menina estava vestida da mesma forma que Yang, ela tinha os olhos
diferentes, esquerdo verde e o direito amarelo parecidos com de um gato, ela tinha a
pele clara e cabelos loiros ondulados, além de estar com a prancheta na mão.

— Gustav Thuenderstorm. — Falou ainda tentando entender como ela chegou


ali. — Número do quarto, 1.

— Ok. — Ela falou. — Ei vocês esperem que temos que anotar seus nomes.
— A garotinha gritou para os jovens que estavam descendo as escadas e estavam
preste a ir direto para o salão. — Qual o seu bonitinha?

— Yang Fang, Número do quarto, 1. — Falou Yang sem entender aquela


confusão.

— Ok. Pronto Aelin? — Perguntou o jovem alto.

— Sim, Teros. — Falou irritada. — Podem entrar no salão. — A menina falou


abrindo um sorriso e abrindo espaço para eles.

— Pode entrar com animal? — Gustav perguntou estranhando-os não terem


reclamado.

— Sim, só não o deixe causar problemas. — Falou a menina com a tatuagem


de Hórus

— Todo ano essa bagunça, que raiva e cadê o Mylon? — Falou o menino de
cabelo azul com a voz irritada para sua colega.

— Pare de enrolar e volte a trabalhar. — Falou a pequena furiosamente.

Gustav e Yang deixaram isso de lado e entraram no salão, e a pergunta de


como era o salão quando estava lotado foi imediatamente respondida. Pratos
levitando de um lado para e descendo na frente dos alunos, panelinhas fechadas que
incrivelmente foram criadas bastante rápido, zoada de inúmeras vozes e alguns
animais eram vistos nos pés dos seus donos.

O lado bom era bem melhor do que na imaginação de Gustav, pelo lado ruim
era um pouco parecido.

— Gustav! — O menino que tinha conversado com Gustav no banheiro gritava


balançando o braço.

Gustav e Yang foram em direção ao jovem que estava sentado com dois
meninos e duas meninas.

— Iae Simon. — Falou Gustav se sentando na mesa junto com eles.

— Iae Gustav, tudo bem? — Ele perguntou um pouco sem jeito, mostrando
que ele não sabia muito conversa.

— Sim estou bem, essa é Yang minha amiga ou melhor dizendo minha melhor
amiga. — Gustav falou apresentando Yang.

— Oi, muito prazer. — Yang falou. — Como que a gente pede a comida? —
Yang falou.

— Com o tempo o prato vem para nossa mesa. — Uma das meninas se sentou
ao lado de Yang afastando Gustav dela. — Prazer, Raphitalia. — Ela se apresentou.

Raphitalia tinha um corpo lindo de pele negra e mesmo sentada Yang via que
ela tinha um corpo violão, seus cabelos eram escuros, longos e cacheados, seus
olhos de cor caramelo chamava atenção de qualquer um, Yang sentia uma pitada de
inveja.

— Prazer, Gustav. — Gustav respondeu. — Iae já olharam o campus?

— Sim o local é gigante. — Um dos meninos respondeu. — Marcos, prazer. —


Marcos se apresentou.

Marcos tinha pele branca, olhos negros, e cabelos loiros ondulados, seu corpo
era definido o bastante para ficar a mostra sobre a roupa e era da mesma altura que
Gustav e igual a ele estava com sua espada na cintura, sendo ela tendo um punhal
com um símbolo de leão.

— É maior do que o esperado. — O outro menino entrou na conversa. — A


área de treino de combate é muito grande. Ah e prazer sou Sirius — O menino se
apresentou.
Sirius era de pele parda com cabelo negro cacheado até a altura do pescoço,
seus olhos eram claros e ele era mais alto que os outros dois meninos, mas não tinha
tantos músculos que eles e igual a Gustav também estava com sua espada.

— Que tal uma luta amistosa depois. — Marcos falou abrindo um sorriso para
Sirius e colocando a mão no punho da espada.

— Posso ir junto? — Gustav falou se animando.

— Você não pode ver uma oportunidade de luta que você quer participar. —
Yang falou olhando para Gustav. — Vocês meninos nunca mudam.

— Né? — A outra menina falou. — Eu já falei várias vezes para pararem de


ficar lutando. — Ela falou um pouco irritada. — No final eu que tenho que cuidar dos
ferimentos de vocês, ah e prazer sou Sophia.

Sophia era menor que Yang e tinha um corpo bem mais de uma criança que
de uma jovem-adulta, seus cabelos eram ruivos e lisos, além de ir até os ombros,
seus olhos eram azuis e sua pele era branca.

— Que bom que todos estão se enturmando rápido. — Simon falou baixo
quase que sussurrando, diferente dos outros ele foi o único menino que não tinha
trazido sua arma.

— E você vem comigo. — Gustav o puxou na conversa.

— O que? — Simon falou assustado. — Eu sou um menino de livros, não de


luta.

— Bora vai ser legal e eu vi sua luta, aquela armadilha de reflexão de magia
foi incrível. — Gustav falou super animado.

Quando eles iriam começar a conversa mais dois outros alunos entraram pela
porta e os outros quatros alunos entraram também indo em direção ao grande palco
no final do refeitório onde tinha o líder da casa vermelha e Mylon sentado ao lado
dele.

O palco tinha escadas na lateral e na parte de cima na ponta estava a mesa


que eles logo se sentaram, em cima da mesa tinha algumas velas e 6 taças. O líder
da casa se sentava no meio da mesa e logo Yuno e a menina com tatuagem de Hórus
se sentaram do lado dele e Teros junto de Alein se sentaram ao lado de Mylon que
estava apoiando sua cabeça em sua mão com uma cara entediada.

A presença dos 5 roubaram a atenção de todos os alunos fazendo-os até


pararem de conversa por alguns segundos. O líder da casa abriu um sorriso e se
levantou segurando a taça junto com uma colher e bateu duas vezes chamando a
atenção de todos, que já estavam mais do que atentos com eles.

— Boa noite a todos, sou Lion, líder da casa vermelha ou melhor dizendo da
casa dracônica. — Ele falou se apresentando, sua voz era forte e passava imponência
mesmo que ela fosse bastante juvenil. — É um prazer telhes em minha casa, eu serei
franco, os próximos anos serão um inferno, vocês vão comer o pão de o diabo
amassou, terão que estudar como nunca em suas vidas, treinar como nunca antes
treinaram e lutar como se suas vidas sempre estivessem em jogo. — Ele falou
olhando todo o refeitório com um sorriso travesso. — Mas acredito em vocês.

— Somos a casa que representa a força. — Teros se levantou entrando no


meio do discurso de Lion.

— Somos coragem. — Aelin se juntou aos eles e complementou a fala de seu


companheiro.

— Somos e teremos que ser os mais fortes. — Mylon acompanhou seus


amigos e falou com uma voz cansada.

— E para isso precisamos sempre ultrapassar nossos limites, mas não iremos
conseguir isso sozinhos. Olhem ao seu redor! — Lion gritou abrindo seus braços. —
Cada um desses lutou muito pra conseguirem chegar aqui, eles lutaram igual a você
ou até mais que você. Então esqueçam o nome colega ou amigo, de hoje em diante
somos todos uma família. — Lion deu uma pausa para se acalmar. — Vocês que
escolhem se irão ou não ficar, mas saibam que apenas de chegarem aqui, eu estou
orgulhoso por cada um de vocês.

Lion se manteve levantado por alguns segundos esperando que os alunos


vibrassem, ou até se alegrassem, mas muito diferente do ano passado os alunos mal
demonstravam terem se animado.

— Somos a força. — Gustav brandou levantando a espada.

Gustav ficou um segundo com a espada levantada, meio constrangido por ver
que seus amigos não acompanharam.

— Somos coragem. — Marcos falou sacando sua espada e unindo as para


ajudar seu novo amigo e agora irmão.

— Somos dragões. — Sirius falou se juntando aos seus novos irmãos.

— Pela casa dracônica!!! — Os meninos do segundo ano de outras mesas se


levantaram unindo suas espadas como Gustav, Sirius e Marcos.
Com a deixa puxada por eles urros começaram a ecoar pelo salão todos se
animando, agora finalmente Lion se sentou feliz e aliviado por conseguir anima-los.
Mylon direcionou seus olhos para Gustav e abriu um sorriso ao ver aquelas chamas
dentro dos olhos dele.

— Ele é diferente dos outros. — Falou Yuno, parecendo ter um pouco de inveja.

— Ele é interessante. — A menina com tatuagem de Hórus falou. — Eu quero


lutar contra ele.

— Concordo. — Alein falou abrindo um sorriso grande.

— Ele é entediante. — Mylon falou se sentando e voltando a apoiar sua cabeça


em sua mão. — Mas é um pouco menos que os outros — Ele finalizou sorrindo

— O que estão esperando? — Fazendo todo salão se calar novamente. —


Comam! — Lion falou fazendo a zoada volta a reinar no local. Aquele som até que
era bom para os ouvidos de Lion, para ele era como ter uma casa cheia de crianças.

Depois de comer e ficarem no salão conversando por um tempo com os outros


eles foram para o quarto, eles já estavam cansados.

— Ok, o dia foi um pouco cheio hoje. — Gustav falou entrando no quarto e
esperando Yang e o Hunter passar.

— Sim, mas amanhã vai ser mais ainda. — Yang falou se sentando em sua
cama.

— Ok qual vai ser o nome dele? — Gustav observou o Hunter ficar sentado na
frente dele naquela forma de pastor alemão.

— Que tal Simba? — Yang falou olhando para o animal que fez um não com a
cabeça.

— Que tal Ellion? — Gustav perguntou ao animal.

O animal inclinou a cabeça por um segundo analisando o nome e em seguida


balançou a cabeça em afirmação.

— Pronto, seu nome é Ellion. — Gustav falou criando um colar de cristais de


gelo com o nome dele. — Isso é um sinal que a gente tem uma ligação eterna, não o
perca. — Gustav falou colocando no pescoço do animal, que não sentiu a temperatura
fria do colar.
O animal após receber o nome e o colar pulou feliz pelo quarto e se deitou logo
na cama de Gustav.

— Eu acho que ele gostou de você. — Yang falou rindo.

— Percebi. — Gustav falou percebendo que iria perde um espaço da cama. —


Como ele ta dormind...

— Não! — Yang falou se deitando e se cobrindo recusando a ideia dele se


deitar junto com ela, incrivelmente era realmente o pensamento de Gustav.

— Ok. — Gustav falou se aproximando da cama dela e logo em seguida


empurrou com o pé pra ela cai da cama. — Lembre de escovar o dente.

— Ai! isso doeu. — Yang falou fazendo uma cara de brava.

— Desculpa. — Gustav falou tentando esconder a risada. — Ellion vamos ter


que dividir a cama. — O animal logo transformou sua pata em uma pata gigante com
garras afiadas prontas pra corta a cama no meio. — Não! Eu disse dividir do tipo você
tomar menos espaço.

O animal entendeu e se transformou em um gato preto menor que a forma de


cachorro que ele estava anteriormente. Depois de Gustav terminar de se arrumar para
dormi trocando sua roupa e escovando os dentes ele apagou a lamparina de Yang.

Ela estava vestida com uma camisa mais folgada e um short curto, ela estava
com a coberta toda bagunçada encima dela. Aquela cena era engraçada na mente
de Gustav logo ele endireitou a coberta e foi para sua cama dormi.

Parecia que aquela chegada a academia era um sonho que finalmente se


tornou realidade.
Dia de praia
Ao ouvir o farfalhar da cortina e ver os raios de sol entrar facilmente pela janela
Gustav se sentou em sua cama ainda se perguntando se estava dormindo ou se
estava acordado.

Em meus a esses pensamentos ele olhou para o seu colo, lá estava Ellion
ainda em sua forma de gato dormindo calmamente soltando raramente alguns
ronronares baixinhos, ele retirou o gato de cima dele calmamente para não o acordar
e logo em seguida olhou para Yang, ela dormia calmamente, tão bela aos olhos de
Gustav, mesmo ela estado com seu cabelo bagunçado e com a cara amassada.

Gustav se levantou e olhou para o relógio do alto da torre do colégio, 8:15, era
um horário bom para ele. Com Gustav já planejando seus próximos passos para
conseguir cuidar de sua higiene sem ao menos acorda nem um dos outros do quarto.

Já em seu primeiro passo a madeira rangeu fazendo Ellion levantar a orelha e


virar seu rosto para Gustav, os seus olhos estavam alertas e parecia pronto pra se
transforma ou mata qualquer um que fosse um perigo, se isso fosse um jogo de vidas
Gustav teria acabado de perde uma.

Agora ele não podia acorda Yang, andando calmamente e mantendo sua
respiração altamente controlada Gustav chegou à porta do banheiro. Quando achou
que agora poderia fazer barulho tranquilamente Ellion ainda em forma de gato pulou
para o chão fazendo barulho assustando Gustav.

Ao perceber que não tinha acordado Yang, Gustav suspirou de alivio. Sem
perceber o tempo passar ele tomou um banho, cuidou de sua higiene bocal e se
arrumou com a farda da academia.

Gustav se sentou ao lado da cama de Yang e olhou para ela, que rapidamente
abriu um pouco os olhos pra ver que presença era aquela e depois virou de volta pra
dormi.

— Bora levantar que o dia amanheceu lindo. — Gustav falou se levantando da


cama dela.

— Mais 5 minutinhos. — Ela falou se escondendo embaixo dos lençóis.

Yang quando acordava por se mesma era fácil ela levantar e até ficava bem
energética as vezes, mas quando era acordada por outra pessoa a preguiça
dominava-a e prendia a cama com todas as forças.
Gustav se surpreendeu por aquela atitude de Yang, já só tinha visto poucas
vezes ela agir daquela forma na viagem.

— Cinco. — Gustav falou brincalhão, mas era visível um tom de ameaça

— Você não ousaria. — Yang falou ainda com a voz sonolenta.

— Continue a duvidar. Quatro. — Gustav continuou a contagem.

— Você sempre ameaça, mas nunca fez. — Yang falou se lembrando de todas
as vezes que ele ameaçou acorda-la.

— Pois todas as vezes você escolheu a alternativa mais fácil. — Gustav a


relembrou sorrindo. — Três.

— Você sabe o que eu farei contigo se fazer isso. — Yang falou num tom
ameaçador.

— Dois. — Gustav contou fazendo na sua mão aparecer um círculo de


transmutação azul em sua mão.

Yang se sentou na cama e olhou profundamente para Gustav que ainda


mantinha sua base e estava pronto para lançar água na garota. A troca de olhares
era como se estivessem armas em suas mãos e só esperavam o próximo movimento
do outro.

— Um. — Gustavo falou já quase lançando a habilidade.

— Ok! — Yang falou levantando de sua cama mal humorada e indo para o
banheiro.

Quando Gustav a viu entrando no banheiro ele se sentou na cama e suspirou


aliviado, ele não se lembrava que era tão difícil acorda-la. Naquele pequeno instante
sua mente levou a suas lembranças de alguns anos atrás.

Naquela manhã Gustav tinha acordado bem cedo, bem mais cedo que Maruy
ou Yang. O sol ainda nem havia raiado, as folhas das arvores e da própria folha que
fechava a entrada na arvore que eles se escondiam estavam molhadas da chuva que
caiu em meio a madrugada.

Maruy estava deitado sobre a cama improvisada com a pele de animal que
eles tinham comprado, ele ainda não era tão musculoso como seria um dia, seus
cabelos eram medianos e lisos, no momento ele estava vestido apenas com uma
calça jeans.
Yang estava deitada na outra cama improvisada. Ela tinha um cabelo que
ficava em seus ombros, ela se vestia com uma camisola vermelha que tinham
comprado a pouco tempo numa vila pequena.

Mesmo que Gustav adorava olhar aquela cena, ele sentia a necessidade de
treinar, treinar para ninguém tocasse ou ferisse aqueles dois.

Gustav treinou com sua espada cortes frontais várias vezes, chutes e socos,
além dos seus poderes e o controle de mana. O tempo se passava rapidamente e
quando ele viu o Sol nascer ao longe Gustav entrou no abrigo.

Maruy se levantava ainda com sono, mas não precisava que o Gustav o
acordasse. Yang por outro lado ainda dormia aninhada em sua cama e segurando
forte o lençol para o frio não entrar.

— Maruy, pode ir se cuidar, partiremos daqui a pouco. — Gustav falou


calmamente e foi para perto de Yang. — Yang acorde. Você precisa se cuidar.

— Eu posso descansar mais um pouco? — Yang perguntou embaixo dos


lençóis.

— Quer se acordada com um jato de água? — Gustav perguntou.

Yang logo olhou para Gustav com raiva e se levantou furiosa indo se arrumar.

Gustav se alegrava por aos poucos os momentos de acorda abruptamente e


pronta para atacar qualquer um, demorou muito tempo, mas ela começou a acorda e
agir como uma criança normal.

— Chegamos na fase chata? — Maruy falou vestindo sua camisa.

— Ela vai se acostumar a acorda cedo. Mas não acho que essa fase é mais
chata do que a anterior. — Gustav falou se lembrando das vezes que ele tinha que
passar longo tempo conversando com ela pra ajudar a se acalmar.

— Acha que ainda estão atrás da gente? — Maruy questionou se recostando


conta a madeira de braços cruzados.

— Vai fazer 3 anos, mas ainda vemos cartazes por aí. — Gustav falou
preparando a mochila.

— Até quando vamos ficar fugindo? — Maruy comentou olhando para o chão.

— Da última vez tentamos ver se conseguiríamos viver normalmente. —


Gustav tentava controlar a voz pra não demonstrar a raiva e frustração que ele sentia
de se mesmo. — Nós vimos o que deu. Em menos de um ano eles nos encontraram
e mataram todos ao nosso redor.

Não era apenas Maruy que queria parar de fugir, Gustav era o que mais queria,
porém ele sabia que não dava. Ele sabia que não dava e sentia culpa por isso, ele
colocava que tudo aquilo que seus amigos passavam era culpa dele.

Sem ao menos perceber uma fina linha de lágrima desceu de seu olho ao se
lembrar de todos que morreram por culpa dele. Maruy suspirou percebendo que
aquela converso só faria Gustav se sentir pior.

— Não é culpa sua, na verdade se você tem culpa de algo é ser culpado por
continuarmos vivos. — Maruy falou se aproximando de Gustav. — Sem você a gente
teria morrido. Eu e Yang te agradecemos por tudo, então não se culpe coisas que
esses malditos fazem.

Quando Gustav iria se lembrar de como Maruy apoiou sua mão pesadamente
em sua cabeça pra lembrar que ele ainda estava ali Ellion subiu em sua cabeça,
acordando-o daquele transe.

Gustav olhou para o animal que logo foi pro seu colo, Ellion ainda estava com
a coleira e parecia ter descansado muito bem para ter começado a se esticar no colo
dele.

Com o som de estralar de dedos Gustav chamou a atenção do animal.

— Vamos voltar pra forma de cachorro? — Gustav falou pra não chama muita
atenção já que eles estraram com um cachorro teriam que sair com um cachorro.

Ellion desceu do colo e começou a se transforma em um pastor alemão, a


coleira tinha se ajustado perfeitamente em seu pescoço.

— Muito bem garoto, talvez eu consiga um petisco pra você. — Gustav tentou
animar o animal.

Ellion latiu super feliz e seu rabo balançava agitado, vendo aquela cena Gustav
tinha notado que era a primeira vez que ele tinha um animal de estimação. Não
demorou muito para Yang sai do banheiro com a toalha em seu pescoço e ela
secando as pontas do cabelo.

— Já to pronta, que ir? — Yang falou depois de pendurar a toalha no varal


perto da janela.

— Vamos. — Gustav respondeu se levantando e abrindo a porta.


Os três desceram para o salão e viram o grupinho de ontem reunidos
conversando e quase acabando de comer, do grupo faltava apenas Simon.

— Iae. — Gustav chegou cumprimentando os meninos. — Bom dia meninas.


— Ele falou se voltando para as meninas.

— Gustav quem venceria, Mylon ou Teros? — Marcos perguntou super


animado.

— Oi? — Yang esclamou estranhando a pergunta de Marcos.

— Os dois estão discutindo sobre quem são os mais fortes entre os veteranos.
— Raphitalia falou parecendo cansada do assunto.

— Bom, eu diria que é o Mylon. — Gustav falou tentando criar uma análise na
sua mente. — Teros aparenta ser mais forte fisicamente, mas eu ainda apostaria em
Mylon.

— Não tem dessas de "Teros aparenta ser mais forte". — Sirius falou fingindo
uma irritação. — Mylon é o líder dos veteranos e é considerado o mais forte da
academia.

— Já acabaram de comer? — Sophia falou interrompendo antes que eles


continuassem mais.
Dia de treino
Gustav acordou com zoada de pessoa andando pelo quarto, ele tentava abrir
os olhos, mas o que ele via era um breu e seus olhos se irritavam quando ele tentava
os abrir. Ele passou a mão no rosto empurrando Ellion que estava deitado em sua
cara na forma de gato.

Ao levantar da cama para ficar sentado ele viu a porta do banheiro fechando,
Gustav fez força para se levantar da sua cama quente para aquele chão frio e ir até
a janela, 6:15, ele conseguiu ver no relógio da torre da escola. "Por que acorda tão
cedo?" Ele se questionava tentando estralar o pescoço para diminuir a tensão.

"Bom, já to acordado bora fazer um pequeno treino" Gustav pensou se


colocando em pose de flexão e começou a se exercitar.

Alguns minutos se passaram com ele fazendo pausas e voltando para a


repetição até que Yang saiu do banheiro já arrumada com a roupa da casa dracônica.

— Vejo que acordou cheio de energia. — Ela falou sorrindo.

— Por que acorda tão cedo? — Gustav falou parando de fazer flexão e se
recostando na cama.

— Não se lembra? — Yang falou colocando o salto alto. — O Lion falou,


"Estejam aqui as 7 horas ou sofreram as consequências". — Ela falou tentando imitar
a voz de Lion.

— Estava tão cansado que me esqueci totalmente. — Gustav falou se


levantando.

— A água ta boa. Vou ta aqui te esperando pra ir no salão. — Yang falou


terminando de arrumar o lacinho.

Gustav pegou sua roupa no armário e foi tomar seu banho, a água não estava
tão boa quanto Yang dizia, pelo lado bom não estava fervendo, pelo lado ruim estava
congelando.

Gustav saiu do banheiro com os dentes batendo e vendo Yang brincando com
Ellion que agora estava na forma de ouriço. Gustav foi o mais rápido possível para
colocar logo o sapato e tentava esquentar seu corpo com uma camada fina de chamas
que eram tão fracas que não queimava a roupa ou seu corpo.
Após Gustav está pronto os dois desceram para o salão deixando um pouco
de comida para Ellion. O salão que naquele momento estava bem menos barulhento
do que no dia anterior.

Quando eles procuravam uma mesa para se sentar os olhos de Yang se


focaram em Sophia. Com um sorriso malicioso Yang usou a magia de invisibilidade
para assustar a garota.

— Buuu! — Yang falou assustando a garota que gritou assustada.

— Iae Sophia, me desculpe pela Yang. — Gustav falou se aproximando.

— Oi, ahhh ela, depois a gente se resolve, né Yang? — Sophia falou abrindo
um sorriso falso e criando um brilho na mão fazendo Yang se esconder atrás de
Gustav.

— Mas eu pensei que sua afinidade era magia de cura? — Gustav falou
estranhando a informação.

— Mas eu tenho afinidade com magia de cura, eu só tava brincando. — Ela


falou abrindo um sorriso.

— Então que brilho foi esse? — Yang falou ainda se escondendo atrás de
Gustav.

— Ah isso. — Ela novamente invocou o brilho. — Isso é magia de cura, estilo


luz, luz protetora. — O brilho ficou mais forte ao final da frase.

— Entendi, onde estão os outros? Se eles demorarem mais eles vão se atrasar.
— Gustav falou olhando ao redor.

— Eu mandei Sirius e Marcos buscar Simon. — Sophia falou bocejando. — Eu


não sei porquê, mas minha intuição diz que ele ainda não acordou.

Quando ela acabou sua frase Sirius, Raphitalia e Marcos estraram no salão
com Simon nas costas de Marcos, parecia que ele mal tinha acordado ainda e pelo
que parece eles que vestiram o menino pela bagunça que estava a roupa.

— Trouxemos a encomenda. — Marcos falou sentando Simon na cadeira.

— Eu estava certa? — Sophia perguntou com uma cara vitoriosa.

— Ainda são cinco da manhã deixa eu dormi mais um pouco. — Falou Simon
ainda parecendo que estava dormindo.

— Isso é sua resposta e aqui suas 5 moedas de ouro. — Marcos falou irritado
e colocando as moedas na mão de Sophia.
— Deixa que eu o acordo. — Yang falou esfregando a mão. — Estilo
relâmpago, baixa voltagem. — Ela falou colocando a mão no ombro de Simon fazendo
ele pula e se tremer todo e o acordando no processo.

— Oi! Oi que horas são? — Simon falou assustado.

— São 6:40. — Falou Raphitalia. — Você se lembrou que tinha que acorda
cedo?

— Sim. — Ele falou dando uma pequena pausa. — E não, eu me lembrava só


que o sono ganhou a batalha entre mim e ele.

— Bom, você ta aqui e acordado, significa que não vai levar bronca. — Falou
Sirius.

— Eu perdi 5 moedas de ouro por sua culpa, é melhor você me paga. — Marcos
falou se aproximando de forma assustadora em Simon.

Os dois começaram a correr ao redor da mesa com o Marcos gritando "Volte


aqui!" Irritado fazendo todos rir.

(Dialogo entre eles)

— Como você sabe tanta informação Sirius? — perguntou Gustav percebendo


a informação que Sirius falou na sua frase.

— Qualquer informação eu consigo. — Falou orgulhoso.

— Qualquer? Que tal daquela garota? — Gustav falou apontando com o olhar
para uma menina que estava 3 mesas distante e sentada sozinha.

— Ela se chama Mary Stephanie, ela tem a mesma idade da gente e sua
afinidade é o metal. — Sirius falou olhando para ela e se voltando a mesa. — Ela é
filha do Nozel Mark, um nobre falido que desapareceu dos livros de história, ela é uma
menina introvertida, ama livros de poesia e romance além de gostar de pinturas. —
Sirius falou espantando todo mundo por tanta informação. — Ela foi reconhecida pela
Rainha do mar. E por fim ela é órfã, a mãe morreu durante o parto dela e o pai se
suicidou a dois anos, se tornando a única e última da linhagem Mark.

— Ok. — Sophia falou espantada. — Você tem informação de todo mundo da


academia?

— Sim, menos de duas pessoas. — Sirius falou.

— De quem? — Gustav perguntou.

— De você e Simon. — Falou Sirius.


No mesmo momento Simon se escondeu atrás de Sophia para afastar Marcos,
deixando aquela informação de lado.

— Desculpa! — Simon falou assustado.

— Só vai ser um cascudo! — Falou Marcos brincando fingindo está irritado.

— Deixa ele Marcos. — Sophia falou parando-os. — Quem mandou aposta


contra mim. — Ela falou rindo.

Eles iriam começar a discutir, mas a porta do salão se abriu e entrou Mylon
junto do Lion. A presença deles dois eram totalmente dominantes dentro do salão,
mesmo que ainda não tinha tempo o suficiente para dizer aquilo Gustav achava que
nunca se acostumaria com a presença e a mana que eles tinham.

Com um movimento suave de mão de Lion as mesas recuaram um pouco no


palco criando um pequeno espaço onde Mylon se colocou.

— Bom dia a todos. — Mylon falou bocejando quase criando uma ação em
cadeia em todo mundo começar a bocejar. — Antes do aviso que eu tenho que lhes
entregar saibam que vocês terão que comparecer sempre aqui as 7 da manhã e 7 da
noite. Mas enfim, como alguns de vocês já sabem as aulas começaram daqui a 4
dias.

Um coral de "Sim" ecoou pelo local.

— Para alegrar todos e observamos vocês melhor, iremos ter um evento de


abertura. — Falou Mylon. — Nós da casa vermelha podemos escolher 5 alunos,
aqueles que querem participar do evento levantem a mão.

De imediato Gustav levantou a mão.

— Ok, Gustav Thuenderstorm. — Falou Mylon anotando o nome. — Alguém


mais?

— Vamos Simon vai ser legal. — Falou Gustav.

— Eu não qu... — Simon começou a falar.

Com um movimento simples de mão de Raphitalia a mão de Simon levantou


sozinha. Simon olhou para ela furioso, mas recebeu de volta um sorrisinho travesso.

— Ok, Simon Auditore. — Falou Mylon escrevendo.

— E agora temos mais uma vaga. — Mylon começou a olhar no salão, e seu
olhar parou em um dos meninos que estava dormindo. — Ei, menino que ta dormindo,
qual o seu nome?
— Eu não quero participar. — Falou o menino não mudando sua posição e com
a voz sonolenta.

Em um piscar de olhos todos que olhavam para o palco perderam Mylon de


vista, todos olharam pra mesa do menino e lá estava ele emanando uma quantidade
de mana assustadora, ver todo aquele poder fazia Gustav se animar pra o festival.

A quantidade de mana sendo emanada conseguia empurrar as mesas e os


alunos, além de fazer a pressão do ar ficar extremamente pesada, deixando muito
difícil para os alunos respirarem, até mesmo para Gustav estava sendo uma luta para
respirar. A quantidade de mana criava uma áurea de cor amarela ao redor de Mylon,
tão densa que parecia uma parede maleável e possível encosta-la.

Não era apenas a quantidade, mas sim o poder massivo que aquela mana
tinha, quase inúmeras vezes maior que a quantidade de Gustav.

— Ok, vamos fazer uma coisa então. — A voz de Mylon estava mais séria do
que até agora todos ouviram, mais assustadora e imponente. — Você vai lutar comigo
aqui e agora, se ganhar eu deixo você ficar de fora, mas se não será expulso. —
Falou Mylon com um sorriso assustador.

O menino engoliu em seco e de imediato perdeu seu sono, aquela cena


atormentaria seus sonos eternamente. "Então esse é o poder de um veterano, que
incrível!" Pensou Gustav animado tossindo.

— Steve Marcate. — Falou o menino com a voz tremula e com seu corpo todo
tremendo e fazendo Mylon voltar a quantidade de mana normal que ele emanava.

— Ok, Scott, você vem esse ano. — Mylon falou fazendo um dos meninos do
terceiro ano se levantar. — O festival será amanhã, os alunos que iram participar se
preparem. — Falou Mylon indo em direção a porta e deixando os alunos junto de Lion
no salão conversando

Alguns alunos começaram a conversa voltando a bagunças de vozes habitual


do local, mas na mesa onde estavam Gustav e seus amigos o silencio pairava entre
eles.

— Eu não queria ir para esse torneio. — Simon falou descansado sobre a


mesa.

— Vamos lá Simon, vai ser divertido. — Gustav tentou anima seu companheiro.

— Vocês dois não vão querer treinar mais tarde? — Marcos comentou
comendo um pouco das panquecas que tinha ido em sua mesa.
— Se puder eu quero participar também. — Sirius falou entrando na conversa
cortando a sua panqueca.

Gustav hesitou por um instante olhando para Yang, mas ela apenas sorriu e
fez um gesto com a cabeça que ele podia ir.

— Claro, vamos treinar daqui a pouco. — Gustav aceitou a proposta vendo o


prato aterrissar em sua frente.

— Você disse que iria me ajudar a encontrar meu livro. — Raphitalia falou
furiosa com Marcos.

— Oh Talia, podemos fazer isso depois? — Marcos questionava com um


sorriso no rosto esfregando a nuca.

Raphitalia deu uma virada de olho e se arrumou na cadeira após sua comida
chegar.

— Eu vou com as meninas então. — Raphitalia falou olhando para as meninas.


— Que tal, depois que irmos na biblioteca ir no shopping?

— Claro. — As meninas falaram em uni som.

Os 6 conversavam e riam juntos fazendo com que eles demorassem de


terminar o café, quando finalmente os meninos tinham acaba uma boa parte do salão
já tinha se retirado.

Marcos levantou junto de Gustav e Sirius, logo em seguida se aproximou de


Raphitalia.

— Simon, você não vem? — Marcos perguntou.

Yang tinha puxado Sirius para o seu lado e sussurrado em seu ouvido alguma
coisa que o fez sorrir e concorda com a cabeça.

— Não, vou treina sozinho mais tarde. — Ele respondeu começando a anotar
em um diário de bolso.

— Ok. Talia, eu vou com os meninos, mais tarde eu te encontro. — Marcos


falou beijando a testa de Raphitalia e saindo junto dos meninos.

Sophia estava um pouco corada e se segurando para não rir, enquanto Yang
se surpreendeu pelo gesto de Marcos e até sentia um pingo de inveja por Gustav
nunca fazer o mesmo.
— Então vai ser o dia das meninas. — Raphitalia falou puxando as duas para
o mundo real. — Vamos primeiro na biblioteca procura um livro que eu quero depois
vamos no shopping.

— Ok, talvez também encontre um livro que eu goste ou talvez que Gustav
goste. — Yang falou se levantando da cadeira.

— Podemos tomar sorvete quando formos para o shopping? — Sophia


perguntou alegremente se levantando junto a Yang.

— Claro, mas será você que vai pagar o seu. — Raphitalia retrucou se unindo
as meninas. — Simon estamos indo, ok?

— Se divirtam. — Simon falou abrindo um sorriso para as meninas.

As garotas saíram do salão e foram em direção a biblioteca conversando


falando entre se no caminho, tendo até comentários curiosos de Sophia com relação
a alguns meninos que estavam treinando ao ar livre.

Quando elas entraram na biblioteca Sophia rapidamente sai andando sem ao


menos fala com as outras duas, Yang estranhou, porém imaginou que Raphitalia já
tinha comentado para Sophia qual era o livro.

— Vamos Yang, acho que o livro vai estar por aqui. — Raphitalia a chamou
caminhando na frente de Yang.

Elas duas andavam calmamente em direção do corredor de livros rúnicos,


quando elas chegaram Yang começou a procurar pelas prateleiras baixas e Raphitalia
olhava as prateleiras mais altas, era a primeira vez que Yang tinha notado, mas
Raphitalia era do mesmo tamanho que Gustav.

— Qual o livro que devemos achar mesmo? — Yang perguntou vendo vários
livros diferentes.

— Livro sobre runas das chamas, nível expert. — Raphitalia falou olhando por
cima do ombro. — O nome do livro é "Curiosidades e fatos sobres usos de runas das
chamas", ele foi escrito por Mario Torres.

Com as informações em sua mente Yang passou rapidamente o olho pelas


prateleiras encontrando a coleção daquele livro e suas sequências, ela tirou o livro do
lugar e foi entregar para Raphitalia.

— Achei. — Yang falou entregando o livro.


— Obrigado Yang. — Raphitalia agradeceu dando um sorriso e pegando o
livro. — Eu deveria ta fazendo isso com o Marcos, mas de novo ele escolhendo ir
treinar do que sai comigo.

— Vocês estão namorando? — Yang perguntou começando a andar sem rumo


pela biblioteca junto de Raphitalia.

— Sim, já vai fazer um ano que ele me pediu em namoro. — Raphitalia virou
em um dos corredores de estantes junto com Yang. — Ele é muito carinhoso e
protetor, mas é um cabeça de vento, além de quase o tempo todo querer treinar.

— Entendo bem, Gustav é igualzinho a Marcos, tirando que ele tem uma certa
dupla personalidade, mas eu o amo do jeitinho que ele é. — Yang falava com amor e
ternura em sua voz enquanto ela olhava alguns livros.

Raphitalia parou recostada contra os livros ao lado de Yang e olhando para a


cara dela sorrindo, parecia que Yang estava voando em seus pensamentos e quando
finalmente volto a realidade seu rosto ficou corado na hora fazendo com que
Raphitalia começasse a rir.

— Você realmente ama ele. — Raphitalia falou indo olhar a outra estante de
livros.

— Não posso negar que sim. — Yang falou olhando a capa do livro que ela
pegou da estante e percebendo que estava na sessão de livros de romance. — Mas
acredito que ele não sinta o mesmo.

— Acho impossível, ele sempre fica com os olhos em você.

Yang também tinha uma parte sentia que Gustav sentia o mesmo ou até mais
forte que ela, mas a outra parte temia por ser apenas uma ilusão da sua mente e
desejava manter do jeito que estava.

— Mas e Sophia e Sirius? — Yang tentou força mudar de assunto.

Raphitalia se virou colocando o livro de volta sorrindo ao percebendo a forma


brusca que sua amiga mudou de assunto, inúmeras teorias sobre o porquê daquela
reação, mas ela sentia que não tinha intimidade o suficiente para pressiona-la.

— O que tem eles dois? — Raphitalia perguntou indo para perto de Yang.

— Não tem nada entre eles? — Yang perguntou empurrando o ombro na sua
amiga.
— Bom, Sophia tem sim uma quedinha em Sirius, mas ele já a rejeitou. —
Raphitalia falava procurando um livro em especial.

— Nossa. — Yang falou em saber o que fala.

— Eu posso saber quando um casal pode dar certo e quando não, eles nunca
dariam certo, mas você e Gustav. — Raphitalia pausou sua fala pegando um livro
com o título "12 dicas que ele te ama" — Se não derem certo então nem eu e Marcos
daremos.

Yang pegou o livro balançando a cabeça em negação e segurando a risada,


quando ela parou para olhar a capa do livro, "Como deve estar o treino dos meninos?"
Yang pensou por um segundo tendo a imagem principal de Gustav em sua mente.

**

Os meninos estavam numa das arenas vazias e a mais distante das outras,
sendo essa escolhida por Gustav, enquanto ele estava sentado na arquibancada ali
do lado Marcos e Sirius estavam lutando sem suas jaquetas, mesmo que fossem
lutadores acima da média, na visão de Gustav eles ainda tinham muito caminho a
percorrer.

— Marcos, para de abrir a guarda toda vez que você for lança uma magia e
Sirius, puna-o, se ta vendo uma abertura não hesite, ataque. — Gustav falou
ferozmente como um treinador e os dois concordaram com a cabeça para logo em
seguida eles tentarem corrigir os erros abordados por Gustav.

"Marcos tem um potencial bem alto já que sabe coisas que são quase
impossíveis de ensinar, sabe usar a criatividade em batalha, além de ataca sem
hesitar, mas ainda lhe falta conhecimento de combate e autoconhecimento para saber
seus limites" Gustav pensava enquanto sua visão se fixava em Marcos.

"Sirius por outro lado, já é um lutador muito bom, tendo um excelente


conhecimento de batalha e autoconhecimento, além de ter uma visão apurada para
analisar o próximo movimento do inimigo. Lutar com ele seria o mesmo de jogar
xadrez com uma pessoa de alto nível, porém eu não vejo tanto potencial quanto
Marcos tem."

Gustav por reação jogou a cabeça para o lado quando uma lança de madeira
foi jogada em sua direção, quando ele olhou para o lado foi que ele entendeu o porquê
do seu corpo ter se movido automaticamente.

— Vamos Gustav, você não disse que iria treinar? — Sirius o chamou
colocando a mão na cintura.
Marcos estava limpando as mãos impressionado que Gustav escapou da sua
lança, mesmo que ele tinha mirado apenas para fazer um pequeno corte na bochecha
de Gustav.

— Mil desculpas, parei um pouco para analisa-los e me perdi em meus


pensamentos. — Gustav falou se levantando e tirando a jaqueta.

— Vai lutar com qual de nós primeiro? — Marcos perguntou estralando os


dedos e desfazendo a lança de madeira.

— Pode vim os dois. — Gustav falou entrando na arena com uma chama cheia
de empolgação em seus olhos.

— Os dois? — Sirius perguntou estranhando.

Sirius e Marcos se entre olharam se questionando se eles realmente tinham


ouvido aquilo.

— Sim, vai ser um ótimo treino. — Gustav falava terminando de alonga suas
pernas e com um sorriso alegre junto de olhos cheios de animação.

Sirius se afastou indo pegar as espadas de madeira enquanto Marcos


observava Gustav, ele sentia que a mana de Gustav aos poucos se alterava para uma
mana um pouco mais fria e calma, aquilo somado aos olhos de Gustav que aos
poucos estavam se tornando frios e imponentes fazia com que Marcos começasse a
se arrepender de querer lutar com Gustav.

Sirius ao se aproximar dos dois via que os dois se olhavam prontos para
começar a batalha, Gustav emanava uma áurea fria e intimidante, seus olhos agora
estavam sem aquelas chamas que antes eles conseguiam ver e sua postura
demonstrava estar mais do que pronto para revidar ou até atacar a qualquer
momento.

Sirius entregou a espada para Gustav e foi entregar para Marcos, era a
primeira vez que Sirius via seu amigo tão rígido e atento como ele estava naquele
momento.

— Podem vir com tudo. — Gustav falou com um tom de superioridade.

Marcos colocou a mão na sua frente com os dedos mindinho e anelar


flexionado.

— Estilo druida, refúgio perdido. — Após o Marcos gritar aquelas palavras ele
liberou uma grande quantidade de mana.
O local começou a tremer abaixo dos pés dos três se tornava mato, nas laterais
da arena árvores começaram a crescer rapidamente, o local agora parecia uma
clareira que ao redor tinha uma floresta extremamente densa.

— Hm, é mais fraco do que o paraíso perdido, mas admito que não poderei
brincar. — Gustav falou avaliando a magia criada por Marcos e alterando sua base
de luta para uma mais aberta.

— Podemos começar quando você quiser agora. — O tom de voz agora de


Marcos estava totalmente sem emoção.

— Isso não é um treino? — Sirius se questionou, mas percebeu que nenhum


dos dois tinha ouvido ele.

— Começou. — Gustav falou pulando para frente para atacar Marcos.

Quando eles iriam travar suas espadas Sirius entrou na frente para parar
Gustav, porém ele não esperava tamanha força vindo daquele ataque aquilo fazia
ficar ainda mais claros na mente de Sirius que seria impossível vencê-lo na força.

Quando Sirius só tinha começado a pensa no seu próximo movimento Gustav


deixou sua espada deslisar para o lado e o chutou para longe quase dentro da floresta
densa.

Marcos só tirou os olhos por um segundo de seu rival para olhar Sirius, mas
quando ele olhou de volta para Gustav, ele estava desferindo seu próximo ataque,
que mesmo Marcos se defendendo ele foi jogado para trás e antes que ele tivesse
tempo para pensar em como reagir Gustav já estava desferindo outro golpe, porém
esse Marcos conseguiu travar as espadas.

— Isso é tudo que vocês têm? — Gustav falou forçando um pouco mais a
espada.

Marcos temia pela sua lâmina que não parava de ranger e igual a Sirius ele
percebia que em força talvez nunca iria vencê-lo. Gustav estava a esperar por uma
resposta de seu rival e sem perceber embaixo dele vários cogumelos começaram a
crescer.

— Ainda tenho algumas cartas na manga. — Marcos falou estralando os dedos


criando uma explosão de esporos cegando momentaneamente Gustav.

Marcos rapidamente adentrou na floresta desaparecendo da visão de Gustav


e após ele conseguir tirar os esporos dos seus olhos Gustav olhou para onde estava
Sirius, mas também já tinha sumido.
Sirius tentava criar um plano para tentar vencer Gustav, porém quase todos os
planos que ele pensava eram facilmente derrotáveis ou impossíveis de realizar.

— Sirius, você está na minha mente? — Marcos falou sussurrando.

— Sim. — Sirius respondeu telepaticamente.

— Só eu que acreditava que Gustav era um cara legal? Agora ele ta mostrando
que é só mais um arrogante como os outros. — Marcos falava furioso.

— Ele é um cara legal. — Sirius respondeu.

— Que? — Marcos se surpreendeu com a resposta de Sirius.

— Isso é a segunda personalidade dele. Yang me avisou que ele tem uma
personalidade arrogante, fria e irritante. — Sirius falou se lembrando do que Yang
falou. — Mas vamos foca primeiro no combate, depois a gente ver isso.

— Qual o plano? — Marcos falou dando uma olhada em Gustav.

Gustav estava olhando para a floresta com uma áurea azul transparente bem
fraco, por um segundo Marcos acreditou ter visto um sorriso em Gustav como se ele
tivesse o visto.

— Eu sei onde estão vocês dois, é melhor achar outro lugar para se esconder,
ou vim me enfrentar. — Gustav falou.

Gustav estava usando visão de temperatura para descobrir onde eles estavam,
mesmo se Marcos e Sirius tentassem se esconder ele conseguiria ver através
daquela vegetação densa.

— Ele sabe da sua telepatia? — Marcos já estava pronto para ir lutar com
Gustav.

— Não, eu não falei nada do meu poder para ele. — Sirius respondeu
segurando forte a sua espada.

— Então temos outra carta na mangá. — Marcos falou se levantando. —


Vamos.

Quando Marcos gritou ambos saíram de dentro da floresta e foram atacar


Gustav diretamente, dessa vez ambos já estavam preparados para a força e
velocidade de Gustav, além de agora ter um plano em mente.

Gustav defendeu o ataque de Sirius e tinha jogado a espada para trás para dá
um corte frontal, mas Marcos travou a lâmina de Gustav o forçando usar suas pernas
e chutar Sirius um pouco para frente, logo em seguida ele soltou sua espada e dando
um corte lateral em Marcos fazendo ele se afastar.

Quando Gustav ia se virar para olhar onde estava Sirius várias raízes
começaram a circular e prender-lhe quando Gustav estava totalmente preso uma
lâmina estava em seu pescoço.

— Xeque-mate. — Sirius falou vitorioso.

— Sempre é muito cedo pra dá um Xeque-mate. — Gustav comentou abrindo


um sorriso.

Nas costas de Gustav cresceu uma parede de estacas de gelo expulsando


Sirius para longe e ao mesmo tempo as raízes começaram a pegar fogo o soltando.

Sirius rapidamente foi para o lado de Marcos, ambos estavam bastante


animados por verem que conseguiram chegar perto e Gustav começou a ficar
empolgado com aquela luta. O treino finalmente começou.
O Grande trunfo

Marcos e Sirius avançaram juntos no ataque forçando o Gustav a ficar na


defesa e sem conseguir contra-atacar, enquanto isso ele tentava procurar uma brecha
entre os golpes rápidos e sequenciados dos dois.

Quando Gustav estava perto de conseguir achar a brecha Marcos usou as


raízes para travar o braço dele e abrir a defesa de Gustav para Sirius, que
rapidamente tentou finalizar o combate, mas Gustav levantou uma parede de gelo
travando a espada de Sirius e o chutou para longe, logo em seguida queimou as
raízes para avança em direção a Marcos.

Marcos tentou defender, mas com o impacto o braço dele foi jogado para o
lado deixando sua guarda aberta para o ataque que Gustav deu logo em seguida que
acertaria se as raízes não puxassem o braço dele para baixo fazendo-o errar por
pouco.

Novamente as raízes tentavam prender Gustav, porém ele logo as queimou e


sentiu a presença de Sirius conseguindo defender do golpe que tinha sido efeituado.

— Se o plano de vocês é continuar tentando me prendendo para conseguir me


atingir, acho melhor mudar ele. — Gustav falava num embate com Sirius.

— Estilo druida, guardião da floresta, lobo caçador. — Marcos fazendo duas


sombras de lobo no chão e gritando chamando a atenção de Sirius e Gustav

Das sombras saíram dois lobos, um branco com olhos azuis e duas runas
vermelhas no seu pescoço, e o outro era negro com olhos vermelhos com duas runas
azuis no mesmo local que o outro, ambos rapidamente foram em direção de Gustav
ataca-lo.

Gustav deixou a lâmina de Sirius deslisar pela dele e o chutou para longe para
logo em seguida tentar perfurar os lobos com estacas de gelo, mas os lobos se
transformaram em fumaça passando pelas estacas e depois voltando a suas formas
originais forçando-o esquivar rolando para o lado.

Quando Gustav rolou para o lado Marcos caiu em cima dele tentando acerta-
lo, mas novamente Gustav se esquivou do golpe bem mais rápido do que das outras
vezes e logo em seguida mordeu seu próprio dedo abrindo um pequeno ferimento
depois desenhou em direção a um dos lobos uma runa.
— Banido. — Gustav falou encerrando a runa, o outro lobo tinha pulado nas
costas dele pronto para finalizado, mas Gustav logo se volto pra ele e fez a runa
rapidamente. — Banido. — Gustav gritou finalizando a runa.

Por um segundo Gustav se desligou da batalha e suspirou embainhando a


espada, mas quando ele abriu os olhos novamente Marcos e Sirius já estavam
prontos para ataca-lo, para eles dois daquela vez era realmente xeque-mate, mas
Gustav apenas abriu um sorriso no canto de boca.

Marcos e Sirius se atingiram estranhando como Gustav tinha sumido da sua


frente e começaram a sentir uma quantidade pesada de mana.

— Aqui. — Gustav falou chamando a atenção deles e dessa vez estava


liberando uma boa quantidade de mana, mas parecia que sua mana tinha se aquecido
um pouco.

A dupla também liberou toda a sua mana, mas nem se comparavam a


quantidade de Gustav. Num piscar de olhos Gustav já estava colado em Marcos e
Sirius, antes mesmos de qualquer um dos dois conseguir analisar a situação, Gustav
socou a barriga de Sirius para longe e deu uma cotovelada na barriga de Marcos
fazendo-o voar também.

Marcos após cair tentou se levantar, mas quando ele menos esperava Gustav
já estava em cima dele novamente pronto para dar o último soco, porém Marcos usou
as raízes para tentar desviar do soco junto com Sirius ter controlado por um segundo
o movimento de Gustav para ele errar o soco, mas nenhum dos dois sabia se iria
funcionar até que o soco desceu e com o impacto criou uma pequena nuvem de
poeira.

Se Marcos não tivesse jogado a cabeça para o lado, o soco seria certeiro,
novamente ele usou as raízes, mas dessa vez para tirar Gustav de cima dele e logo
Sirius foi para a sua frente pra defende-lo.

— Você ta bem? — Sirius perguntou já ofegante.

— Estou. — Marcos se colocando de joelhos vendo que tinha ficado a marca


da mão onde Gustav tinha socado.

— Tem algum plano? — Sirius desejava por uma resposta positiva.

— Tenho. — Marcos falou se preparando para ir em direção a floresta e Sirius


já estava pronto para segui-lo.
Ambos saíram em disparada para adentrar entre as árvores, porém quando
eles ficaram a poucos passos de entrar na floresta uma enorme parede de chamas
subiu, o fogo era extremamente quente, o suficiente para mesmo Sirius e Marcos
estando um pouco distante sentirem como se o fogo estivesse junto a eles.

Sirius e Marcos se viraram para olhar em direção de Gustav, ele estava


balançando o indicador estralando a língua. Marcos xingava-o de vários nomes que
apareciam em sua mente

— Eu tenho sim um plano, porém precisamos ganhar tempo. — Marcos falou


olhando com fúria para Gustav. — Eu não sei se você conseguiria...

— Já consegui entra na mente dele, já consigo ler os movimentos dele. —


Sirius falou ajeitando sua base de batalha.

Sirius olhou por cima do ombro, os seus olhos demonstravam uma grande
vontade de lutar, Marcos sabia que Gustav era bem mais forte que ele, porém ele
confiava em seu amigo.

— Estilo druida, grande guardião da floresta, golem protetor. — Marcos falou


colocando as duas mãos fazendo um círculo de transmutação surgir no chão ao redor
deles.

O chão começou a tremer e atrás de Marcos uma montanha de terra com


raízes ao redor e plantas crescendo em cima que aos poucos começou a tomar uma
forma de um golem parecido com gorila com quase 8 metros de altura, logo em
seguida Marcos se sentou em pose de lótus.

— Sirius, eu confio em você, mas se precisa não hesite em me gritar. — Marcos


gritou fechando os olhos.

— Claro. — Sirius concordou abrindo um sorriso. — Iae amigão, pronto? —


Sirius perguntou ao golem

O golem se juntou ao lado de Sirius e grunhiu em como se dissesse "Sim!",


mesmo estando pronto para lutar Sirius sentia um pouco de medo do poder de
Gustav, mas ele não podia falhar com seu amigo.

— Vamos! — Sirius gritou para o golem

Sirius liberou toda sua mana e se esforçava para aumenta-la, mas nem se
aproximava da quantidade liberada por Gustav, mesmo com a diferença Sirius e o
golem avançaram com tudo para lutarem contra ele.

— Ok, vamos lá. — Gustav falou desembainhando a lâmina


**

As meninas já estavam dentro do shopping andando pela loja de roupas Sophia


perambulava pela loja sozinha deixando Raphitalia e Yang juntas, das três Raphitalia
era a única já segurando algumas roupas que queria comprar sendo elas uma blusa
com estampa de estrelas e uma calça jeans preta.

As duas estavam numa parte da sessão feminina onde tinha camisas e era
perto da sessão masculina, Yang não via muito motivos para compra roupa já que
eles eram obrigados a ficarem com os uniformes quase que o tempo todo.

— Yang, o que acha dessa camisa? — Raphitalia chamou a atenção de Yang


segurando uma camisa branca sem estampa próxima ao corpo.

— Ficou ótima em você. — Yang respondeu observando que quase qualquer


roupa ficaria bonito em Raphitalia.

Yang se aproximou tocando na camisa percebendo que o tecido era bem


confortável e leve.

— O tecido também é ótimo. — Yang falou se afastando e olhando para outras


roupas e vendo Maruy olhando a sessão feminina.

Yang questionava do porquê ele estava ali e ainda sozinho, ela rapidamente
foi para perto do seu irmão de consideração.

— Iae Yang, como tá pequena? — Maruy falou percebendo a aproximação


dela.

Maruy estava vestido parecido com Gustav, mas diferentemente ele estava
com as paletas de cores pretas. Rever Maruy ali trazia um sentimento enorme de
alivio por perceber que ele tinha conseguido passa pelos alunos e que não estava
causando confusão.

— Oi Ma, to bem. — Yang falou abraçando-o. — Por que ta na sessão


feminina? A sessão masculina é ali. — Ela comentou apontando para sessão
masculina.

— Não, não. Eu to procurando roupas pra minha amiga. — Maruy respondeu


rapidamente. — Essa roupa tá bonita? — Maruy falou pegando uma camisa feminina
rosa com estampa de morango.

— Ta bem fofinho, eu usaria pra pijama. — Yang falou.


Maruy ficou olhando a roupa por alguns segundos analisando a roupa e depois
a colocou próximo ao corpo de Yang para ver a altura logo em seguida ele pendurou
a camisa sobre o braço.

— Mas quem é essa amiga? Em? — Yang falou dando duas cotoveladas. —
Uma outra namorada? — Yang falou com uma cara maliciosa.

— Apenas uma amiga. — Maruy falou calmamente com um sorriso malicioso


no rosto.

— Yang! — Raphitalia a chamava.

— Parece que já se enturmou. — Maruy falou voltando sua atenção em


escolher as roupas.

— Sim, mas não pense que eu te troquei. — Yang falou abrindo os braços para
um abraço.

— Mas é claro, se me trocasse eu iria te perturba pelo resto da sua vida. — Ele
falou a abraçando.

— Nem parece que você não faz isso já. — Yang falou soltado Maruy. — Até.

— Até.

Quando Yang se afastou ele pensou que solta Maruy foi tão fácil, bem diferente
da última vez que eles tinham se abraçado antes de se separarem a 3 anos, daquela
vez ela tinha se segurado tão firme a ele que o soltar era quase impossível e aquela
memoria dela temer nunca mais o vê-lo agora não passava de um pesadelo.

Yang rapidamente foi para perto de Raphitalia que já estava com mais duas
camisa no braço.

— Quem era aquele?

— Aquele era o Maruy. — Yang falou olhando para onde Maruy estava, porém
ele não estava mais lá.

— Hmm, cuidado para o Gustav não ficar com ciúmes. — Raphitalia comentou
brincando.

— Não! Maruy é como um irmão pra mim. — Yang respondeu rapidamente. —


Eu, Gustav e Maruy nos conhecemos já 7 anos.

— Falando em se conhecer, como vocês se conheceram? — Raphitalia


perguntou levemente.
A mente de Yang voou para uma lembrança em que os três estavam em um
quarto, Gustav estendia a mão para ela com a cara assustada e cheia de adrenalina
parecendo que ele estava pronto pra correr o mais rápido que ele podia, Maruy estava
travando a porta com todas as suas forças até emanando uma quantidade
assustadora para uma criança enquanto a porta era praticamente espancada
brutalmente por alguém.

" — É tudo ou nada! — Maruy gritou parecendo que iria explodir de tanto liberar
mana. — Temos que ir agora, Yang decida, morrer aqui pelas mãos desses vermes
ou viver uma vida!"

Gustav olhava pra ela fazendo Yang sentir uma enorme tristeza, mas um
sentimento de liberdade, os olhos dele dizia tudo que ela precisava saber.

" — Yang, pela primeira vez você ta no controle e não precisa ser a última vez.
— Gustav falava tentando manter a voz mais calma possível. — Confia em mim."

Ela nunca imaginaria que quando ela pegasse na mão de Gustav toda sua vida
iria mudar, ela nunca imaginaria que sua vida um dia mudaria na verdade.

— Eu acho que essa história é pra uma outra hora. — Yang falou dando um
sorriso sem graça.

— Ok, então eu vou cobrar essa história depois. — Raphitalia falou olhando
para o lado masculino. — Uma camiseta perfeita pro Marcos, pega pra mim Yang? —
Raphitalia falou apontando com um rosto pra uma camisa preta com uma lua prateada
no meio.

Yang pegou a camisa e olhou para a camisa ao lado com um lobo em vez de
uma lua, junto com vários pontinhos brancos simbolizando as estrelas fazendo com
que ela lembrasse do treino dos meninos.

— Como será que ta o treino dos meninos? — Yang falou se aproximando de


Raphitalia.

— Se for uma luta um contra um, acredito muito que o Marco esteja ganhando.
— Raphitalia comentou confiante.

— Talvez, mas acredito muito mais que Gustav esteja ganhando. — Yang tinha
certeza que Gustav estava ganhando. — Que tal uma aposta?

— Eu não quero destruir nossa amizade. — Raphitalia respondeu rápido.


— Fique tranquila, se o Marcos ganhar eu pago tudo que você comprar, mas
se o Gustav ganhar você vai pagar tudo que eu comprar hoje. — Yang falou bem
tranquila.

— Ok, só não quero que você fique mal financeiramente. — Raphitalia falou
preocupada com sua amiga. — Acho melhor eu não pegar muita coisa então. — Ela
sussurrou pra se mesma.

— Fique tranquila, eu já não falei. Eu consigo pagar. — Yang falou abrindo um


sorriso.

— Tá, mas saiba, eu ensinei um trunfo para Marcos, acho que ele não vai
perde. Ainda acha que Gustav vai ganhar?

— Eu não acho, eu tenho certeza.

**

Sirius já estava ofegante e sentindo seus músculos arderem, ele por um


segundo viu Gustav tentando atacar Marcos de surpresa por cima, então seu corpo
se mexeu automaticamente pulando para onde ele sabia que Gustav iria aparecer
parando o movimento de ataque e jogando Gustav um pouco distante, logo em
seguida o golem tentou cair em cima para esmaga-lo, porém Gustav desviou rápido.

"Essa já é a quinta tentativa dele para atacar diretamente Marcos." Sirius


pensou se esforçando pra manter na base de combate, a dor de tentar se manter já
era visível em seu rosto que estava contorcido de dor "Não era pra ser um treino?".

Gustav estava com sua mana agora um pouco mais quente que anteriormente
e sua face parecia bastante animado, sem a cara seria que ele tinha iniciado a luta.

Gustav avançou diretamente em Sirius com uma velocidade assustadora,


Sirius conseguiu defender o primeiro ataque, porém o segundo ataque acertou
diretamente o peito dele jogando Sirius para trás, mas Gustav não iria para no
segundo ataque, novamente ele avançou contra Sirius, porém o golem entrou no meio
socando Gustav e jogando ele para longe novamente.

— Sirius, você sabe bem que não conseguira me derrotar sem o Marcos. —
Gustav falou com um tom arrogante. — Vamos, eu te ajudo. Marcos! Marcos! Mar...

Antes de Gustav terminar uma última vez o golem apareceu vindo de cima
tentando esmagar, mas Gustav rapidamente desviou e estava parado olhando nos
olhos verdes brilhantes do grande gorila de pedra, ambos pareciam olhar um dentro
do outro no fim Gustav abriu um sorriso no canto do rosto.
— Mesmo grande, você ainda é bem ágil. Vamos ver o que você é capaz.

Quando Gustav terminou a frase o golem socou com o braço direito onde ele
estava, porém o soco foi parado quando o golem olhou Gustav estava segurando o
soco com uma mão e mantendo um sorriso arrogante no rosto.

— Você realmente é forte, devo parabenizar. — Gustav jogou o punho do


gigante de pedra para o lado. — Minha vez.

Gustav começou a subir rapidamente pelo braço do golem que tentou para sua
investida batendo contra o próprio braço com a mão esquerda tentando o esmaga-lo,
mas Gustav foi ainda mais rápido e escapou, quando chegou a ficar perto do rosto
parecido de um gorila do golem ele cortou em vertical criando uma linha no nariz do
gigante logo em seguida o golem jogou Gustav para cima usando o antebraço
esquerdo.

O golem gritou de dor tentando segurar o local do ferimento que fluía um liquido
amarelo. Gustav tinha usado o impulso dado pelo gigante para dar um mortal para
trás e cair no chão em pé, quando chegou ao chão ele avançou em direção as pernas
do gorila e cortou uma das raízes que imitava a articulação do joelho fazendo o golem
cair no chão ajoelhado e do local que Gustav tinha cortado começou a solta o mesmo
liquido amarelo que saia do nariz do gigante.

Gustav após conseguir derrubar o golem pulou para subir a nuca do gigante
pronto para dar o golpe final, mas quando Gustav se preparava para lançar o ataque
Sirius apareceu para defender o gigante atacando fazendo Gustav não conseguir
subir no gigante e logo em seguida desceu lançando vários ataques que Gustav
desviava ou raramente defendia até que em um dos ataques que Gustav defendeu
tinha vindo bem mais fraco que os outros, ele analisou o rosto do seu amigo, cansado,
tentando fingir ou esquecer a dor, mas que ainda tinha uma chama ardente de não
querer perde.

"Será que eu to pegando pesado demais?" Gustav por um segundo se lembrou


dos seus treinos com Maruy depois deles saírem da cidade, Gustav não apenas ataca
aquele que ele chamava de irmão fisicamente, mas a todo momento atacava
mentalmente.

" — Como sempre você não passa de um encrenqueiro que desonra o nome
da família Okami. Um fraco, acha mesmo que pode vencer alguém com essa força?
— Gustav gritava atacando fortemente Maruy fazendo até sua lâmina ranger, ambos
estavam bastante cansados, mas Maruy estava ainda mais acabado que seu irmão."
Naqueles dias eram treinos e mais treinos quando eles montavam um
acampamento para permanecer apenas 3 dias, Gustav aos poucos via machucados
que criava em Maruy, ele se questionava se ele deveria continuar treinando Maruy ou
se ele estava a pegar pesado demais com seu irmão e deveria parar.

Em um dos treinos Maruy tinha travado a lâmina contra Gustav, enquanto


Maruy usava toda sua força, mas Gustav não tinha chegado ao máximo da sua força.

" — Se eu for capturado? O que vai fazer? Vai acabar morto ou também será
capturado com essa fraqueza. — Gustav gritou fingindo estar irritado"

E Gustav afastou Maruy e ele quase caiu por causa do chão escorregadio, sua
respiração estava pesada, seu corpo pingava suor e ele sentia todos os seus
músculos doerem.

Ver seu irmão daquela forma fazia ele se sentir culpado e querer parar por ali,
então Gustav começou a diminuir sua mana, que naquela época era muito menor que
atualmente, e desfazer a base de batalha.

" — Maruy, acho que peguei pesado, me desculpa. Acho que deveremos parar
por aqui hoje. — Gustav já estava pronto para voltar pro acampamento."

Gustav depois de sair de suas lembranças afastou Sirius e via um pouco


daquele Maruy em seu amigo, de novo ele tinha ido longe demais, então igual àquela
época Gustav começou a diminuir sua mana para parar o treino.

Mas igual àquela época, igual a Maruy, Sirius avançou com toda a força e
velocidade dando tempo apenas para Gustav levantar a espada para pará-lo.

Gustav olhou no fundo dos olhos de Sirius agora aquela chama ardente que
queria continuar lutando era ainda maior e queimava com ódio iguais o de Maruy em
sua lembrança.

— Não... — A voz de Sirius era cansada e Gustav ouvia bem baixo a voz de
Maruy criança por trás. — Não ouse pegar leve comigo. — Sirius falou com muita
raiva em sua voz.

Gustav se espantou, pois, via literalmente seu irmão ali, ele novamente se via
naquela mesma situação de 6 anos atrás. Ele abriu um sorriso feliz pela tomada de
decisão do seu amigo e de se lembrar do início da sua adolescência, então sua mana
se elevou maior que estava anteriormente e dessa vez estava quente e intensa como
chamas.
— Você é o melhor Sirius. — Gustav falou com um tom humilde e agora bem
diferente de anteriormente, cheio de felicidade. — Me mostre tudo que você tem.

Sirius se surpreendeu vendo como ele tinha mudado desde o início da luta,
finalmente aquele era o Gustav que ele tinha conhecido e por ele ter se mostrado
Sirius não podia decepciona-lo, então, mesmo sentindo toda aquela dor, Sirius elevou
ao máximo a sua mana e começou atacar com toda as suas forças.

E dessa vez a luta tinha virado totalmente, principalmente por Sirius começar
a olhar mais profundamente a mente de Gustav, assim, forçando Gustav a ter que
defender.

Em um dos ataques o golem caiu tentando esmagar Gustav, o gigante voltou


regenerado, apenas tendo a cicatriz no nariz, Gustav só se jogou para trás desviando
do gorila então Sirius apareceu tentando acerta-lo com um ataque forçando Gustav
fugir para o lado, porém o golem lançou um soco cruzado pela direita de Gustav o
jogando na direção de Sirius que já estava lançando um ataque. Então Gustav criou
uma parede de gelo na sua lateral para chutar e fugir do golpe.

Por um segundo Gustav pensou que teria tempo para respirar e pensar em
como agiria contra os dois, porém Sirius mostrou que agora quem controlaria o rumo
da luta seria ele. Sirius novamente avançou atacando Gustav dando duas espadadas
e travando na terceira, surpreendendo Gustav com a força que ele demonstrava,
muito diferente dos poucos segundos atrás.

Gustav estava pronto pra elogiar seu amigo, porém Sirius logo se afastou e o
golem tentou pegar Gustav que foi forçado a pular para escapar do ataque, mas no
meio do ar Sirius o interceptou forçando-o cair e o gigante já estava subindo para
capturar Gustav.

Então novamente Gustav criou uma parede de gelo e usou para se impulsionar
para frente e escapar de ser capturado, porém Sirius já sabia o que ele iria fazer,
então o plano era força Gustav a ficar no ar para não escapar.

O gorila de pedra pegou Sirius e o arremessou na direção de Gustav, no ar


Sirius segurou Gustav, eles rapidamente começaram a lutar para segurar e prender
o movimento um do outro, aos poucos eles começaram a perde altitude e Gustav
percebendo isso tentou usar Sirius para amortecer sua queda, mas perto de chegar
ao chão Sirius conseguiu inverter e usar Gustav, quando eles chegaram ao chão a
queda fez um barulho de explosão e levantar uma grande nuvem de poeira.

Sirius saiu, um pouco machucado e mancando, seu corpo já estava no limite,


a dor que sentia já estava sendo insuportável, aos poucos a nuvem de poeira
começou a se assentar e permitir ver que Gustav se levantava, seu corpo estava
circulado por algo que parecia escamas de gelo.

— Parabéns, se eu não usasse a escama de gelo um pouco mais espessas do


que normalmente uso, eu ficaria bastante machucado. — Gustav falou se levantando
e deixando a escama começar a se soltar.

"Qual é? Você ainda consegue se levantar?" Sirius gritava em sua mente e


começando a xingar Gustav, ele aos poucos tentava se levantar mesmo com o seu
corpo negando a seguir seus comandos.

— Devo admitir que você conseguiu entra na minha mente e se esconder por
algum tempo, mas depois daquela investida foi bem fácil eu te ver. — Gustav falou
arregalando os olhos e sem sua mente mostrou um grande lobo feroz e faminto
assustando Sirius, assim expulsando-o de sua mente. — Acho que é hora do ataque
final.

Gustav falou embainhando sua espada e indo se aproximar de Sirius para só


nocauteá-lo, porém Sirius não queria perde de jeito nenhum então ele se levantou
sentindo todo o seu corpo doer, mas era claro que não tinha como vencer.

Porém um fio de esperança apareceu quando o golem pulou para esmagar


Gustav, porém com um estralar de dedos Gustav invocou uma enorme estaca de gelo
do chão que perfurou o golem e a ponta da estaca saia pela sua boca, seu corpo de
pedra pingava um liquido amarelo.

Com aquilo até a mais fraca luz de esperança tinha se apagado mesmo com o
golem se esforçando para sair daquela estaca, aquele combate já tinha se encerrado.

Mas quando Gustav chegou perto e levantou sua mão para acerta o pescoço
de Sirius para nocauteá-lo, de repente sua mão foi chutada e foi chutado para longe.

— Desculpa demorar. — Marcos falou parecendo que não sabia se comunicar


direito.

Marcos estava emanando uma quantidade enorme de mana, muito maior que
ele tinha mostrado anteriormente, ao redor de seus olhos estavam pintados de verde.

— Descanse. — Marcos falou para Sirius e com um estralar de dedos desfez


o golem.

— Eu posso lutar com voc... — Sirius tentou falar, porém Marcos jogou Sirius
para o chão fazendo ele se sentar.
Marcos se abaixou e colocou uma runa de recuperação em Sirius e se levantou
logo em seguida.

— Descanse. — Marcos enfatizou o que tinha falado anteriormente e se virou


para Gustav.

Gustav estava surpreso, porém já esperava que possivelmente aquela era seu
grande trunfo. Marcos estava com sua mente totalmente em branco, ele tinha entrado
na zona.
Zona
Alguns segundos antes

Marcos ainda estava em transe tentando limpar sua mente, mas ele entrou em
uma lembrança. Ele se via quando criança ajoelhado ao lado da cama de sua mãe,
as luzes do sol atravessavam as cortinas que separavam a sacada do quarto fazendo
o rosto da sua mãe ficar escuro.

No quarto duas serviçais que andavam rapidamente pelo quarto, enquanto


uma parecia preparar algum tipo de chá ou remédio a outra estava arrumando o
quarto, os olhos de Marcos começaram a acompanhar a velocidade que as duas
andavam.

— Marcos, eu sei que você é o mais novo, porém eu confio em você. — A sua
mãe chamou sua atenção, a voz era calma e fraca, mas ainda mostrava sua beleza.
— Por favor cuide de seus irmãos e de seu pai.

Marcos sentia suas lagrimas escorrerem mesmo com ele se esforçando para
impedi-las de caírem, mas com o toque gentil de sua mãe limpando as lagrimas que
já tinham caído seus esforços foram jogados ao chão ao ver sua mãe se aproximar.
Ele sabia exatamente que memoria era aquela.

Sua mãe era linda, com olhos negros profundos iguais ao de seu filho, cabelo
longo ruivo e de pele branca igual a neve, ela estava vestida com uma camisola
branca.

Marcos por extinto pulou no pescoço da sua mãe para abraça-la chorando, ele
não controlava mais o seu corpo, Marcos apenas seguia a lembrança sem poder ao
menos mudar algo.

— Mãe, eu te amo! — Marcos gritou chorando.

— Eu sei meu filho e eu lamento te dar esse fardo. — A mãe de Marcos afastou
para olhar ele nos olhos e ajeitou o cabelo do garoto que na época era um pouco
grande. — Mamãe sempre vai te amar, mas sempre lembre lute até o fim por quem
você gostar. — Ela se esforçou um pouco e gastando um pouco do quase nada de
sua mana para nascer uma rosa no seu dedo. — Até essa planta morrer eu sempre
vou sempre estar contigo.

— Mas ela logo logo vai morrer. — Marcos falou triste.


— Se ela deixa uma futura geração nunca irá morrer. — Sua mãe falou
sorrindo. — Por favor coloquem num vaso para meu filho. — A moça pediu para as
serviçais e uma veio logo atende-la e entregou o vaso a criança

Então ele ouviu batidas fracas na porta do quarto era seu pai, um homem alto
e forte de cabelo loiro que chegava em seu ombro, olhos verdes e pele um pouco
bronzeada, ele estava trajado com a roupa que quase sempre estava usando, um
terno e seu manto de penas vermelhas que ia até o chão.

— Amor você pode ir brincar com seus irmãos? — A mãe falou abrindo um
grande sorriso para Marcos.

— Mas eles só me batem e me maltratam. — Marcos falou enxugando suas


lagrimas rapidamente.

— Tudo bem meu filho, se eles te abusarem eu vou dar uma baita bronca neles
e você vai poder assistir tudo. — Seu pai botou a mão levemente em seu ombro.

Mesmo seu pai tendo uma aparência um pouco assustadora e intimidadora ele
era um homem bom, além de um pai gentil e atencioso, pelo menos era o que Marcos
pensava até aquele dia.

— Que tal força eles fazerem teatro se te abusarem? — O pai falou brincalhão
e sorridente, mas era bem óbvio agora para Marcos olhando aquela lembrança que
seu pai estava triste e se esforçando por seus filhos.

— Ok. — Marcos Falou alegre e foi procurar seus irmãos

Ele não teve muita dificuldade pois seus irmãos já estavam no corredor, Marcos
tinha dois irmãos, o mais velho, Edward, era quase uma cópia de seu pai, olhos
verdes, cabelo loiro curto e pele um pouco bronzeada. O segundo irmão, Kurt, e o do
meio entre eles três tinha cabelo escuro curto, olhos verdes e pele branca, ambos
estavam vestidos da mesma forma com um camisa preta com colete branco e uma
calça preta.

— Iae coco de cavalo, ganhou uma rosa foi? — Edward falou começando a
zuar seu irmão mais novo.

— Sim, foi nossa... — Marcos tentou falar.

— Sua mãe. — Kurt falou dando ênfase em "sua" — E pra que uma simples
rosa se podemos ter um jardim inteiro para a gente? Principalmente usar você para
construi-lo.
— Eu sei, mas mesmo sendo pouco veio da nossa mãe. — Marcos não se
importou com a indireta que seu irmão deu e abraçava firme o jarro com a rosa.

— Não escutou Kurt? Além de fraco, burro, você é surdo? — Edward falou se
irritando. — Ela é sua mãe. — Novamente eles davam ênfase em "sua".

Marcos estava pronto para começar a discutir, mas todos se voltaram a porta
do quarto quando um berro de dor e tristeza saiu do quarto. Eles correram para a
porta do quarto, mas Marcos foi parado por uma das serviçais.

Marcos conseguia ver por cima do ombro da serviçal que o abraçava para
impedir dele entrar, ele via seu pai ajoelhado ao lado da cama segurando forte a mão
da sua mãe, chorando e gritando pelos deuses, pela primeira vez ele via seu pai
chorar e gritar pedindo aos deuses.

— Por favor, qualquer um de vocês deuses, qualquer um! Me leve no lugar


dela, não me tire novamente outra pessoa que eu amo! — Seu pai gritava, chorando
olhando para o céu. — Eu imploro! Mesmo que custe minha vida salve ela. — Ele
gritava já sem saber se era pra empregada ou para os deuses.

A serviçal tentava conjurar todas as suas magias de cura, usava até as mais
poderosas, porém nada funcionava, nada conseguia abrir os olhos daquele rosto que
ainda mantinha um sorriso, até na morte sua mãe estava sorrindo.

"Por que essas lembranças?" Marcos se questionava. "Por que agora? Ele
odiava aquele sentimento de culpa que crescia nele. Mas rapidamente ele foi puxado
para uma região da sua mente.

Ele se via em frente a um grande abismo, atrás ele apenas via uma grande
planície verde e ao seu lado estava seu pai vestido como sempre, mas agora ele
parecia com a última vez que ele tinha visto seu pai, agora ele tinha uma barba mal
feita, olheiras grandes em baixo dos seus olhos e seu cabelo tinha partes grisalhas
que se escondia em meio ao cabelo loiro.

— Você é fraco. — Seu pai falou o olhando com nojo.

— O bastardo da família, nunca herdara o trono. — Kurt falou aparecendo do


seu outro lado, sua aparência tinha mudado bem pouco, apenas tinha crescido e seu
cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo e chegava até a metade de suas
costas.

— A tristeza do nosso pai é sua culpa. — Marcos ouviu sentindo duas mãos
segurarem seus ombros e o rosto de Edward apareceu de cima do seu ombro
esquerdo. — E a morte da sua mãe também. — Edward agora era literalmente a cópia
de seu pai, rosto com traços fortes e o cabelo caindo em seu ombro.

Marcos começou a chorar e os três começaram a repetir várias e várias vezes


no ouvido dele, mas um flash da imagem de Raphitalia fez ele se lembrar deu uma
frase que ela sempre falou para ele enquanto treinava a zona.

— Está na hora de deixar o passado para trás. — Marcos falou apagando da


sua mente os três que gritavam sem parar. — Hora de focar, Sirius depende de mim.

Marcos se sentou em pose de lotus e focou em lutar ao lado de Sirius, em


protege-lo, mas acima de tudo em vencer, sua mente afunilava nesses pensamentos.

Quando abriu seus olhos ele tinha chegado na zona.

**

A face de Marcos era seria, sem emoções, se parecia mais um rosto de alguém
morto, era esse um dos motivos que Gustav odiava tanto a zona, mas era culpa dele,
talvez toda aquela raiva que se alojava em seu coração era por se mesmo.

— Pensei que você não se rebaixaria a isso, Marcos. — Gustav falou


apontando a espada na direção para Marcos. — Esses olhos mortos só me deixam
ainda mais irritado. — Gustav fez uma pequena pausa para analisar. — Mas é comigo
mesmo. — Ele finalizou abaixando a lâmina.

Marcos bufou cansado da falação de Gustav e ele sacou a espada pronto para
o combate.

— Lutar. — Marcos falou se esforçando para manter sua concentração.

Quando Gustav levantou sua espada para ficar em pose de combate Marcos
avançou com uma velocidade assustadoramente alta comparado a seus movimentos
anteriores e sua força era enorme, aquilo impressionou Gustav que percebeu que
podia soltar um pouco mais de poder.

"Então você ainda podia mostrar mais poder." Sirius pensou rindo. "Então você
é maior que um rank B" Sirius já estava analisando agora Gustav e percebeu que
seus movimentos estavam diferentes, mais cheios de emoções que anteriormente.

Gustav tinha criado uma distância entre os dois e começou a disparar várias
bolas de fogo, mas Marcos rapidamente encurtava a distância e conseguia desviar
dos projeteis com rapidez e sagacidade, quando conseguiu chegar perto de Gustav,
ele atacou com toda sua força e Gustav colocou sua espada para defender, além de
estar enrijecendo o braço ao máximo.
O impacto tinha sido tão forte que criou uma onda de choque e ambas as
espadas quebrarem, ambos foram jogados para trás e ao perceberem suas espadas
quebradas eles soltaram o que tinha sobrado delas.

Marcos começou a soltar uma quantidade alta e ao redor dele raízes


começaram a sair do chão formando assim na frente dele uma espada enfincada na
raiz, a espada era ornamentada com várias runas em sua base.

Gustav apenas invocou duas espadas de gelo, as espadas eram parecidas


com as espadas de madeira, mas tinham joias vermelhas que mantinham o liquido
vermelho girando.

Finalmente prontos para começar a voltar a lutar, Gustav enfincou as duas


espadas no chão e começou a disparas várias bolas de fogo na direção de Marcos,
mas ele desviava se aproximando o mais rápido que conseguia e quando se sentiu
próximo o suficiente Marcos pulou para cortar Gustav.

Gustav para desviar pegou rapidamente as espadas e usou a direita para


defender e fazer a espada de Marcos deslizar, logo em seguida usou a esquerda para
acerta-lo, porém Marcos rolou para o lado, mas quando ele iria se levantar para atacar
Gustav já estava próximo a ele pronto para atacar.

Mas as raízes que Marcos criava logo travaram o movimento de Gustav e


Marcos atacou com um corte vertical para cima, porém Gustav criou uma parede de
gelo prendendo a espada de Marcos e queimou as raízes com intensidade para se
liberta, logo em seguida lançou duas ondas de fogo na direção do seu adversário para
atravessar a parede de gelo e atingir Marcos.

Marcos agilmente retirou sua espada e usou a raiz para puxar a se mesmo
para longe da onda de chamas, quando viu que estava seguro estralou o dedo criando
lanças de madeira embaixo de Gustav para perfura-lo.

Gustav escapou por um tris e logo em seguida travou a espada de Marcos que
já estava colado com ele. "Isso já passou de um treino, ele não quer perde de forma
alguma." Gustav pensou percebendo o ataque que Marcos tinha lançado.

Porém quando ele estava pensando Gustav sentiu Sirius entrando em sua
mente e a mana do mesmo se aproximar
Do lado de fora estava os 4 do dia anterior com os dois meninos com uma
camisa regata preta e suas jaquetas amarradas na cintura, além de uma faixa
vermelha amarrada na cabeça. O chão estava cheios de taikos e um grande taiko
estava preso a uma estrutura com rodas.

— Meninas segurem os tambores e os meninos peguem as baquetas. — Falou


Teros. — Peguem suas jaquetas e amarrem na cintura e também amarrem essa faixa
vermelha na cabeça.

— Parece que esse ano a gente vai fazer barulho, né Elisabete? — Perguntou
Yuno a menina de tatuagem de Hórus.

— Sim, vamos com tudo.

Os meninos aos poucos foram se arrumando como Teros tinha pedido e as


meninas trocavam os saltos por sapatos rasteiros e pegavam os taikos.

— Mas a gente não treino nem nada, como saberemos tocar todos juntos? —
Um dos alunos perguntou.

— Eu serei o guia, só me acompanhem. — Falou Yuno com um sorriso.

Dois meninos foram para trás do taiko grande para empurrar e Gustav também
estava indo ajudar.

— Não Gustav, você vai entrar no meio da fila junto com Mylon deixa eu cuidar
disso. — Falou Elisabete.

— Ok. — Respondeu Gustav entrando na fila do meio onde só estava Mylon,


Simon, Scott e o Steve.

O restante fez uma fila de cada lado da fila do meio e Elizabete e mais dois
meninos estavam atrás da estrutura do grande taiko e Teros estava pronto pra
começar a tocar o taiko grande. Yuno junto de Aelin estavam na frente de cada fila
para guiar a música.

— Prontos? — Perguntou Mylon e todos os 4 concordaram com a cabeça. —


Vamos.

Yuno e Aelin giraram a baqueta do taiko em suas mãos e bateram juntos uma
única vez, o som do tambor era forte e trazia bastante sentimento.

— Vejo vocês no torneio. — Falou Lion passando do lado de Mylon e entrando


em um portal.
Então todos começaram a tocar e andar em direção ao ginásio, as batidas
fortes do tambor do Teros dava força a música e as batidas mais fracas e unidas de
todos os outros alunos dava a melodia, parecia uma música para a guerra.

Não era apenas as batidas de tambor que traziam o sentimento de força, mas
também o marchar dos alunos, passo a passo, batida após batida a casa vermelha
mostrava porquê a runa de força e poder era perfeita para simbolizar aquela casa.

Ao chegarem na porta do ginásio Mylon abriu as portas duplas, que era a única
entrada do local. Mas ao entrar eles estavam em um estádio entrando pela porta da
esquerda.

O local tinha mais duas outras portas de entrada, uma na direita e outra na
frente do local em que a casa dracônica entrou, na esquerda estavam sentados nas
cadeiras que mais se pareciam tronos estavam o diretor e vice-diretor junto aos
líderes de cada casa.

Ao começarem a descerem as escadas para se sentarem nos assentos para


assistirem o show, os tambores dos alunos começaram a bater mais fraco, mas Teros
tocava mais rápido e mais forte, como se ele trouxesse o clímax da música e pondo
um final para a apresentação de entrada deles.

E com uma única batida forte igual ao início, a música se encerrou e Teros
juntou as baquetas em x em sua frente.

— Ieeeeeeeee!!! — Teros gritou.

E todos os alunos fizeram a mesma pose e gritaram junto ao seu veterano, em


seguida se sentaram adequadamente. Mylon e o restante que estava na fila do meio
eram os únicos em pé e os mais próximos ao palco onde todos iriam lutar.

— E como sempre a casa dracônica trazendo seu espirito de luta e mostrando


sua força. — Um narrador gritou, ele estava a baixo dos líderes. — Agora com vocês
a casa azul ou melhor casa Fênix.

— Pera toda nossa apresentação pra quase ninguém ver? — Gustav falou
ficando um pouco decepcionado.

Mas antes que alguém o responde-se o som suave e calmo das flautas
começaram a tocar, mesmo distante já era possível escutar, mas não era apenas as
flautas, mas também violinos. Diferente da casa vermelha que em sua apresentação
mostrou força e imponência, a casa azul trazia beleza, sabedoria, calma e sutileza.
Ao invés de ter uma marcha igual aos vermelhos apenas o som das flautas e
violinos era possível escutar. Aquela apresentação demonstrava o motivo da runa
sabedoria se a melhor para simbolizar a casa azul, já que todas as notas
demonstravam um pouco de sabedoria, a calma mesmo depois de ver a apresentação
incrível dos vermelhos e saber usar muito bem a delicadeza dos seus instrumentos,
demonstrava tudo isso.

Não demorou muito para que a casa Fênix começassem a descer as escadas,
aos poucos os violinos desapareciam da música, as flautas começavam a sumir junto
apenas deixando uma única flauta que dando um final ao clímax soltou uma última e
a mais longa nota da música.

— A casa azul sempre mostrando sua sabedoria em seus instrumentos, a


beleza e a sua mais temível qualidade em batalha, a calma. — O narrador falou
enxugando suas lágrimas. — Agora é com você casa preta ou melhor, casa dos lobos.

Mesmo após o narrador falar nenhuma música, ou marchar, um silencio mortal


e gélido. Todos os novatos se questionavam se eles realmente iriam aparecer,
cochichos começaram a rondar o local, mas com a abertura da porta todos se
calaram.

Quando os pretos começaram a entra mesmo que sem apresentação alguma


a presença deles é totalmente diferente da casa vermelha ou azul, mesmo sem se
esforçarem eles demonstravam um grande poder, mesmo sem aparentar eles traziam
um sentimento de sabedoria. Todos os novatos até mesmo Yang e Gustav sentiram
um frio percorrer pelas suas espinhas quando o último dos lobos apareceu.

Em relação as outras casas, era nítido que o vermelho tinha a maior quantidade
de alunos e o preto tinha pouquíssimos.

— E a casa preta sempre sendo a mais temida das equipes. — Falou o


narrador tentando esconder o medo em sua voz. — Por favor os veteranos de cada
casa ir ao palco.

— Eu vou lá, daqui a pouco eu volto. — Falou Mylon indo para o palco, junto
com um dos azuis e um dos pretos.

Gustav começou a olhar ao redor procurando por Maruy, demorou um pouco,


mas ele conseguiu o encontrar, ele estava usando a vestimenta da casa preta e
estava conversando com uma menina da casa azul, pareciam estar bastante felizes
de se ver.

Depois de quase uma hora Mylon volto com um papel na mão.


— Gustav se prepare a sua luta vai ser a próxima. — Falou Mylon bocejando
e entediado.

— Já to pronto. — Falou Gustav.

— Então vai. — Falou Mylon.

Gustav salto do assento e foi em direção ao palco, ele estava um pouco tímido
já que nunca lutou em um grande evento como aquele, ele rodava olhando o local e
era enorme, obviamente aquele local era uma magia espacial.

Seu coração começava a bater mais rápido, a animação do estádio fazia o


chão tremer, não só isso ela também tomava conta do peito de Gustav fazendo até
mesmo sua mana parecia estar borbulhando para sair.

O festival finalmente começou.


"Se ajoelhe perante a mim"
Gustav estava bastante animado, mas ao sentir uma mana se aproximar do
palco, rapidamente Gustav se virou para ver quem era um menino parecia ter a
mesma idade de Gustav, ele se vestia com as roupas da casa azul, seus cabelos
eram lisos e castanhos, seus olhos verdes e sua pele era branca

Mas sua atenção se volto quando o seu oponente subiu ao palco junto a um
juiz, sua timidez tinha sumido junto a sua face de felicidade que desapareceu.

— Iniciando mostrando dois novatos da academia. De um lado, um com uma


rara afinidade, a afinidade de gêmeos. Ele mesmo sendo da plebe foi reconhecido
pelo grande rei mago, Gustav Thuenderstorm. — Falou o narrador apresentando
Gustav e causando emoção na multidão. — E do outro lado, filho da nobreza, com a
afinidade de vento, reconhecido por Mufasa, Meruem Lúcios.

A multidão começou a gritar alegre e começar a torcer para um dos lados.

— As regras são, se cai fora do palco é eliminado, se desistir é eliminado ou


se não tiver mais condições de lutar estará fora de combate. — O Juiz começou a
falar para todos ouvirem. — Se mata ou causar uma ferida letal será desqualificado
na hora. Vocês terão 30 minutos de luta — O juiz complementou. — Agora que já
sabem as regras, lutem. — O juiz finalizou saindo do palco.

— Só vou precisar de 20 segundos no mínimo, o máximo 30. — Falou Gustav


com um ar arrogante.

— Você não ta sendo um pouco arrogante pra um plebeu? — Meruem


perguntou com um sorriso sádico.

— Eu não to sendo arrogante, você que está por acha que está no meu nível.
— Falou Gustav colocando as mãos no bolso e desfazendo o sorriso de Meruem.

"Então não é só a mana que muda, a personalidade também." Pensou Mylon


vendo a diferença que Gustav tem dentro do campo de batalha e fora.

Meruem liberou sua mana tentando ver se conseguia intimidar Gustav, abrindo
um sorriso de superioridade e malicia, mas só fez Gustav bocejar.

Meruem foi pra cima tentando dar um soco no rosto de Gustav com o braço
direito, mas Gustav desviou, novamente o garoto tentou outro soco, mas só
aconteceu o mesmo efeito.

— Você não vai conseguir me acerta sem usar sua magia. — Gustav sussurrou
no ouvido pelas costas de Meruem.
O menino assustado tentou atingi-lo com um ataque, mas Gustav rapidamente
desviou. O jovem percebeu que seu oponente estava certo, então era tudo ou nada.

Novamente o menino foi para cima de Gustav tentando atingi-lo com um soco
e sabia que ele desviaria.

— Estilo vento, jato de alta pressão. — Meruem falou girando o pulso e abrindo
a mão na direção de Gustav.

Parecia que o ataque iria atingir Gustav, mas rapidamente ele esquivou
novamente e finalmente tirou a mão do bolso e estralou os dedos criando um turbilhão
de fogo ao redor de Meruem o prendendo.

— Esfera d'água. — Falou Gustav criando uma bola de água em sua mão e
jogando com toda força para cima de Meruem e quando ele tinha certeza que a bola
iria atingir ele estralou o dedo apagando o turbilhão, fazendo Meruem cair pra fora do
palco. — Como eu disse 20 segundos. Ore ni kateru no wa ore dake da.

Gustav falou começando a sair do palco.

— Maruy. Acho melhor você chegar na final. — Falou Gustav alto pra todos
ouvirem.

— Não se preocupe, eu irei! — Gritou Maruy.

Gustav foi recebido com um abraço da Yang que desceu as escadas pra ir para
perto dele pra anima-lo e gritos junto com palmas da casa dracônica. Diferente da
casa azul que um dos alunos rapidamente foi para perto do seu colega de casa com
uma cara furiosa.

— Cara você foi muito bem. — Simon falou animado.

— Sim, eu podia ter pego um pouco mais leve com ele. — Gustav falou com a
voz um pouco triste e afastando Yang um pouco.

"Esse menino está em outro nível." Pensou Mylon bocejando.

— Podem se sentar, só estejam prontos pra suas lutas. — Falou Mylon se


sentando entediado.

— Eu pensei que eles escolheriam os melhores. — Falou Gustav frustrado, do


outro lado do estádio ele viu que o aluno que foi confrontar Meruem tinha lhe dado
um tapa, aquilo de alguma forma tinha acendido uma chama de raiva dentro de
Gustav.
— Os azuis não são grandes lutadores, eles são estrategistas. — Mylon falou.
— O menino foi uma bucha de canhão. Eles queriam ver seu potencial para conseguir
te derrotar na próxima.

Gustav entendia, já que a casa azul escolheu trazer 6 dos alunos, então armar
uma estratégia com sacrifícios é relativamente fácil, "Mas pera não é um torneio de
apresentação?" Gustav se perguntou.

— Não fique decepcionado, o menino pelo menos tentou. — Falou Maruy


aparecendo junto a menina que ele estava conversando anteriormente.

A menina tinha um cabelo cacheado preto com os cachos fechados, sua pele
era branca, ela era a menor dos três ali tendo 1,57, ela estava vestida como Yang só
que com as cores azuis.

— Iae Gu. — Maruy falou se aproximando.

— Iae Maruy. — Gustav falou cumprimenta-lo. — Quem é ela? — Gustav


perguntou abruptamente fazendo com que a menina desse um pequeno pulo de
susto.

— Maryn esses são meus amigos, Gustav e Yang. — Maruy os apresentou. —


Gente essa é Maryn minha grande amiga. — Maruy apresentou ela a eles.

— Oi! — Yang falou super animada. — Um prazer te conhecer.

— Oi, o prazer é todo meu. — Maryn falou tímida, sua voz era leve e fofa.

— Começando a segunda batalha, de um lado, outro filho da casa Fênix, sendo


seu segundo ano na academia, com afinidade a água, escolhido pelo Jack, o louva-
a-deus de jade. Simba Lúcios! — O narrador falou fazendo todos os azuis se
animarem e subir no palco um menino com as vestes da casa azul, seu cabelo curto
de cor castanhas e olhos azuis, o aluno que tinha batido em Meruem.

— Parece que depois dessa a próxima luta será sua Maryn. — Falou Mylon.
— Não deveria ta se preparando? — Mylon bocejou, causando uma reação em cadeia
entre eles.

— Sim senhor, o senhor está certo. — Maryn falou após bocejar.

— Ahh, para de boceja cara. — Falou Gustav começando a se irritar com


Mylon. — Maruy, quero te ver na final.

— Beleza. Eu não pretendo perde. — Falou Maruy saindo junto com Maryn.
— E do outro lado, sendo seu primeiro ano, da casa dos lobos, com a afinidade
de planta, escolhido pelo Afrodite, rei das rosas. Luke Taifu. — Narrador novamente
gritou fazendo subir ao palco um menino de cabelos longos pretos, seus olhos
vermelhos escarlate e usando as vestes da casa preta.

Gustav e Yang se sentou para assistir a luta, a batalha tinha se iniciado com
uma pequena demonstração de poder com ambos os lados emanando uma
quantidade grande de mana. Gustav percebeu que o Simba estava olhando-o com
um sorriso malicioso.

— Só irei precisa de 20 segundos, ou no máximo 30. — Simba falou tentando


imitar o tom de voz arrogante de Gustav.

Logo Simba se colocou na mesma pose de Gustav na batalha anterior, quando


a batalha finalmente começou Simba tentava desviar imitando os movimentos de
Gustav quase como um espelho, aquela tentativa de imitar Gustav o fazia sorrir.

Mesmo que a batalha não era totalmente parecida, Simba conduzia a luta com
sua velocidade que era comparável a velocidade mostrada por Gustav. Não demorou
muito para Gustav saber o que aconteceria.

Luke tentou usar sua planta para tentar parar Simba, mas era extremamente
difícil ou até quase impossível pela velocidade do Simba. Quando finalmente Simba
parou, ele tirou a mão do bolso e estralou o dedo criando um turbilhão de água ao
redor de Luke.

— Estilo água, esfera d'água. — Simba gritou. Atirando uma esfera d'água.

A esfera bateu com toda a força em Luke jogando-o para fora da arena. Com
o final da luta Simba olhou para Gustav com um sorriso arrogante e perverso.

— Os plebeus arrogantes serão sempre derrotados por nós, a nobreza. —


Falou Simba começando a se retirar da arena. — Eu irei por você no seu lugar. —
Simba finalizou olhando Gustav por cima do ombro.

— Ele te copiou quase que perfeitamente. — Simon falou para Gustav surpreso
com o feito.

Gustav não se importava com títulos ou família apenas o poder das pessoas,
mas aquela arrogância toda fazia os punhos de Gustav coçarem para dá um soco
bem dado naquele nobre.

— Como assim? — Gustav questionou saindo do seu tom sério e voltando a


sua áurea feliz e animadora.
— Eu já vi pessoas copiarem 50% ou até 80%, mas 90%. Nunca tinha visto
isso. — Simon falava anotando tudo que ele tinha visto num caderno de bolso com
capa de couro, parecia que Simon já tinha usado muitas folhas já estando mais da
metade do caderno. — Eu acho que ele levou a sua frase muito a sério.

— Isso não adianta. — Gustav olhou melhor seu próximo oponente. — Ele não
passa de uma pessoa arrogante.

— Uma pessoa arrogante que tem uma grande influência na nobreza. — Falou
Mylon interferindo. — Você deveria tomar mais cuidado com os inimigos que você
cria.

Gustav se levantou da cadeira e começou a subir as escadas.

— Gustav vai à onde? — Yang perguntou pronta para segui-lo para ele não
fazer alguma besteira.

— Bebe água, já volto. — Gustav falou abrindo um sorriso para ela não se
preocupar

— O bebedouro é no segundo andar. Lá dentro. — Mylon falou para Gustav


sem tirar os olhos da arena.

— Ok, obrigado. — Falou Gustav subindo as escadas.

Mesmo que Mylon não olha-se para Gustav ele sentia que algo de ruim iria
acontecer, mas ele estava com tanta preguiça que se recusava-se levantar.

— Próxima luta é a vingança do dia entre os azuis e pretos. — O narrador


começou a falar. — De um lado, da casa azul tendo a afinidade de água, reconhecido
pelo grande rei das águias de prata, Kartus. Diferente de muitos vindo da plebe,
fazendo seu primeiro ano na academia de magia. Mako Carmin!!! — Ao falar o nome
do Mako todos da casa azul vibrou. — E do outro lado filho da nobreza, reconhecido
pelo líder das corujas da escuridão, Keruart. Fazendo seu terceiro ano na academia
de magia e defendendo o título da casa dos lobos, nosso orgulhoso Stuart Vincent!!!!
— Ao falar o nome de Stuart a casa preta vibrou.

Gustav ao terminar de subir as escadas ele entrou pra dentro do estádio, por
sorte dele logo na entrada tinha um mapa para se guiar. Ao andar pelo local ele
conseguia sentir a mana dos dois combatentes, era visível a diferença entre as duas
manas.

Não demorou muito para ele conseguir achar o bebedouro e começar a beber
sua água. Enquanto Gustav bebia a água ele sentiu alguém perto observando ele,
quando ele menos esperava a água do bebedouro aumentou a pressão e molhou
todo o seu rosto.

— Opa desculpa, pensei que podia te ajudar a se refrescar. — A pessoa saiu


de onde se escondia.

Era Simba, ele estava com um sorriso travesso e pronto pra lutar se precisasse.
Nós olhos de Gustav as chamas só tinham aumentado, mas ele se controlava para
não atacar Simba.

Gustav apenas usou suas chamas para se secar e começou a se retirar.

— Para um plebeu você se acha muito. — Falou Simba fazendo Gustav para
de andar. — Só por ter vencido meu irmão não significa que irá conseguir ir até o final.

— Iremos ver isso na nossa luta. — Gustav falou querendo se retirar do local.

— Quem disse que será uma batalha. — Simba foi para frente de Gustav, com
eles tão próximos era possível perceber que eles tinham a mesma altura. — Eu irei
limpa o chão com você.

— Que tal uma aposta? — Gustav queria ver o quão o Simba confiava que
conseguiria o derrota-lo. — Se você ganhar virarei seu serviçal, porém se eu ganhar
você se retirara da academia de magia.

— Espero que você não esteja mentindo, pois realmente preciso de um


escravo, já que não pude trazer os meus. — Simba falou em um tom debochado. —
Aceito sua proposta.

— Ok. — Gustav falou colocando a mão no ombro de Simba.

Gustav liberou uma parte do seu poder, a quantidade de mana era colossal
muito maior do que ele já tinha mostrado para os seus amigos. Simba não conseguia
se manter de pé ou pior mal conseguia respirar, aquela quantidade de mana ele nunca
tinha sentido na vida, não era somente a quantidade, mas também o tamanho poder.
E com um simples pesar de mão Simba estava ajoelhado no chão.

— Eu odeio que os inferiores me olhem como iguais, ajoelhe-se perante a mim


quando for conversa comigo. — A voz de Gustav agora estava com um tom de
superioridade e imponência.

Simba mal conseguia se levantar, seu corpo estava tremendo e não seguia
nada que ele queria. " Eu não posso ter medo dele. Eu vou mata-lo" Simba pensou
irritado enquanto Gustav andava calmamente para longe.
Enquanto Gustav descia as escadas sua áurea se tornava mais alegre e
voltando a ser animado como sempre. Quando ele descia as escadas Gustav
observava a luta, como ele já sabia quando sentiu a mana deles Stuart era bem mais
superior que Mako.

Stuart vestia a vestimenta da casa preta, careca de pele negra, com olhos
claros. Em sua movimentação e reação demonstrava que ele já tinha lutado inúmeras
vezes.

Mako se vestia com a vestimenta da casa azul, em sua testa tinha uma faixa
com ornamentos e marcas parecendo de alguma tribo das ilhas isoladas, seus
cabelos eram lisos escuros, seus olhos eram de cor castanho escuro e sua pele era
bronzeada. Mesmo não se comparando a Stuart, Mako ainda se esforçava e mantinha
sua visão focada na batalha.

Ambos mantinham uma velocidade incrivelmente alto, não era apenas a


velocidade, mas a força junto com a reação que ambos tinham era surpreendente.
Mako tentava acertar Stuart com um ataque em sequência com espadas de água,
mas Stuart desviava de todos os ataques com facilidade.

Quando finalmente Stuart ficou na ponta da arena ele parou o ataque com o
braço e chutando Mako para empurrado para longe. Mako conseguiu se prender no
chão usando as espadas no meio da arena, se ele não tivesse usado provavelmente
ele teria caído para fora.

Com um piscar de olhos Stuart já estava na frente de Mako e com um chute


fez Mako voar para fora da arena, mas antes dele cair no chão Stuart pegou o
colarinho da jaqueta de Mako e jogou ele de volta pra dentro da arena.

— Acho que seria decepcionante você perde assim. — Stuart falou estralando
o pescoço. — Agora eu parei de me aquecer. — Finalizou olhando para Mako, mas
em vez de o novato está com medo ou querer desistir ele estava rindo.

— Que bom, então agora posso ir com tudo. — Mako falou abrindo um sorriso.
— Quanto mais forte o peixe melhor a recompensa.

Os dois aumentaram suas manas ao máximo, novamente era mostrada a


diferença entre os dois, mas Mako não tinha medo, na verdade aquilo só fazia ele
querer mais aquela luta.

Stuart ficava contente em ter novatos como ele e pra honra essa coragem e
mostrar respeito ele iria com tudo.
Quando os dois pularam na direção um do outro eles tinham usado tanta força
que criaram crateras na arena, os dois usaram o antebraço para parar o avanço um
do outro. O choque dos dois tinha criado uma onda de impacto.

Ambos atacavam com velocidade e defendiam todos os ataques um do outro,


parecia que estava bastante parelha, até Mako criar as espadas de água. Agora
parecia que Mako tinha uma ligeira vantagem, porém era apenas aparência.

Com um soco forte no peito, Mako foi lançado para trás sem ar em seus
pulmões, Stuart rapidamente apareceu na frente dele pronto para dar o golpe final,
mas Mako conjurou um tridente que se não fosse a reação rápida do seu oponente
ele teria sido empalado.

— Admiro sua força e velocidade, além da sua coragem. Mas sinto lhe informa
que você já perdeu. — Falou Stuart que diferente de Mako que estava extremamente
ofegante e demonstrando cansaço extremo, ele ainda parecia que nem tinha
começado a lutar. — Eu recomendo você desistir e manter a sua honra de conseguir
me pressionar, mesmo que eu tenha deixado acontecer. — Finalizou colocando uma
das mãos no bolso da calça.

Stuart esperava uma resposta do seu oponente que tentava puxar ar com uma
evidente dificuldade, aquela cena preocupava o mais velho pensando que
possivelmente tenha pegado pesado demais e estava pronto para chamar o juiz.

Mas foi em apenas um momento de descuido que Mako precisou para entra
em uma poça d'água e salta de uma poça atrás de Stuart com o tridente em mãos
pronto para finaliza-lo.

— Não subestime um filho do mar de Sentina. — Mako falou abrindo um


sorriso.

— Nunca subestimei. — Retrucou Stuart. — Na verdade eu superestimei você.

Mako atacou a lateral das costas de Stuart para não ser eliminado e finalizar
aquele combate, mas antes mesmo do tridente encostar na roupa de Stuart seu corpo
tinha virado chamas e passado por Mako causando pequenas queimaduras leves em
seu cabelo, sobrancelhas e cílios.

— O que foi isso? — Simon perguntou sem entender aquela habilidade.

— Aquilo foi um transmutar. — Mylon tinha começado a falar.

— Uma habilidade bem difícil e uma das que gasta mais manas, eu só tinha
visto poucas pessoas usarem isso. — Gustav interrompeu Mylon.
— Ela, como o nome diz, transmuta todas as moléculas do seu corpo para o
elemento da sua mana, fazendo você ficar intangível para alguns ataques ou poder
se locomover mais facilmente, mas a pessoa deve ter muito cuidado se não, mesmo
só um único erro ou apenas não lembra de alguma pequena parte do seu corpo, pode
ocasionar em membros decepados ou até a morte. — Mylon falou enquanto a luta
continuava.

O ritmo da luta tinha mudado totalmente, Mako que sempre avançava sem
parar agora tinha entrado defensiva, Stuart que mostrava nem se cansa após aquela
habilidade seu corpo apresentava sinais de cansaço.

Stuart abriu um sorriso por ver que os novatos daquele ano estavam muito bem
e com grandes potenciais. "Parabéns Mako, foi uma ótima, não, foi uma incrível
batalha, você superou minhas expectativas, mas agora é o fim." Stuart falou em sua
própria mente.

— Vocês têm 5 minutos. — O juiz gritou de fora do estádio.

Ao ouvir isso Stuart avançou com toda velocidade desferindo um soco em


Mako que conseguiu defender com o tridente fazendo ele ser jogado pra trás caindo
no chão e antes mesmo dele ter alguma reação para se levantar Stuart já estava em
cima dele para dar o golpe final.

— Estilo d'água, espelho d'água. — Mako gritou rápido levantando a mão e


junto uma camada de água.

Stuart golpeou o espelho d'água pensando que atravessaria e atingiria Mako,


mas quando sua mão entrou dentro do espelho um clone dele o golpeou com o
mesmo soco e força jogando-o para o outro lado da arena.

Mako se colocou de joelhos e invocou novamente o tridente e começou a girar


em cima da sua cabeça.

— Varra tudo em seu caminho, levando consigo destruição e pavor... — Mako


começou a conjurar a habilidade.

— Ele errou o conjuramento e além disso ele não tem muita mana suficiente.
— Gustav falou cruzando os braços. — Acabou.

— Tsunami. — Mako gritou enfincando o tridente no chão.

Após o tridente ser enfincado no chão começou a subir uma onda enorme, mas
logo quando chegou em seu ápice em seguida caiu sem ao menos se mover. Mako
sentia seu corpo sem forças para poder até se levantar, mesmo que ele queria lutar,
queria continuar, tudo mostrava que ele não podia.

O menino que até então só sorria a batalha inteira, estava se divertindo e


mesmo de frente com a dificuldade sentia algo frio escorrendo sua bochecha, em sua
mente ele gritava "Não!" Incessantemente, ele não queria perde.

Stuart se aproximou de seu oponente que estava no chão chorando e se


negando a perde, o espirito de Mako fazia Stuart saber que no futuro ele poderia
confiar na nova geração.

— Lutou muito bem. — Stuart falou se ajoelhando e colocando a mão no ombro


de Mako. — Você é um grande mago, mas esse é o fim. — Ele falou finalizando o
combate escorregando a mão para o peito de Mako e jogando-o com um simples
empurrão para fora da arena.

Stuart após se levantar foi recebido com gritos alegres e comemoração.

— O grande vitorioso é o nosso Stuart Vincent! — O narrador falou animando


todos os alunos.

— Stuart não foi com tudo não foi? — Gustav perguntou olhando para Mylon.

— O motivo do torneio é deixar vocês novatos demonstrarem seus potenciais,


ou mostrar o quanto vocês evoluíram. — Mylon falou. — Ele brincou bastante, mas
sim, ele usou um pouco de toda sua força na luta. — Finalizou se lembrando do uso
do transmutar.

"Então, esse é o poder de alguém do terceiro ano. Esperava mais, mas


realmente não posso brincar com eles." Gustav falou em sua mente e percebendo
que um menino da casa preta lambendo os dentes como um predador olhando sua
caça, fazendo uma sensação ruim percorrer a espinha de Gustav.
Imperador do Mar
Após a última luta foi anunciado uma pausa para a reconstruções da arena e
para poder ajudarem o Mako já que ele estava muito debilitado. Com aquela pausa
Gustav e Yang foram atrás de Maruy e Maryn.

Não tinha sido tão complicado acha-los já que eles estavam na parte da casa
azul perto dos competidores.

— Iae, como estão? Maryn ta ansiosa pra sua batalha? — Gustav perguntou
enquanto se aproximava.

— Sim. — Maryn falou um pouco mais sorridente e um pouco menos tímida


que da última vez. — Só não crie muita expectativa, não sei se conseguirei te
surpreender.

— Não precisa ganhar, só de tudo de você que eu já vou me surpreender. —


Falou Gustav. — Mas tome cuidado, sinto um pressentimento ruim sobre o seu
oponente. — Gustav falou agora um pouco mais sério

— Não vou perder. Ori ne kateru no wa ori dake da. — Maryn falou tentando
imitar Gustav, mas errando um pouco a pronuncia e abrindo um grande sorriso.

— É assim que se fala. — Falou Gustav passando a mão na cabeça de Maryn,


deixando-a novamente tímida. — E Maruy. — Gustav se virou para seu irmão. —
Trate de ir para a final. — Gustav falou dando um soco falso em Maruy que logo fingiu
defender.

— Acha que eu sou quem? — Maruy falou abrindo um sorriso. — Tem alunos
bastante forte, mas que pena que você pegou logo um fraco no início. — Maruy falou
observando os outros alunos.

— Se eu fosse você tomaria cuidado com Mylon, ele ta na sua chave e parece
ser muito forte. — Yang falou entrando na rodinha. — E pra chegar até a final tu vai
ter que passa dele.

— Ninguém irá me impedir de desempatar a nossa disputa. — Maruy falou


confiante. — E ta quanto a quanto?

— 50 a 50. — Gustav respondeu. — 50 delas eu estava com o braço amarrado


ou tava gripado.

— Dessa vez você não vai precisa se limitar, eu vou te derrotar.

— Esse é o espirito, cai dentro. — Gustav respondeu animado.


— Esses meninos. — Yang falou para Maryn sacudindo a cabeça em negação.

— Eles são sempre assim? — Maryn perguntou observando que eles pareciam
ser bastante amigos, mas brigavam muito.

— Na primeira oportunidade eles começam a lutar. — Yang falava com Maryn


enquanto Gustav e Maruy tinha uma conversa paralela com outro aluno sobre os
competidores.

— Ei, meninas! Vamos lá pra fora tomar um ar? — Perguntou Gustav.

— Você quer ir? — Yang perguntou para Maryn que foi respondida com um
gesto de cabeça afirmando.

Todos se juntaram e saíram em direção à onde ficava o pessoal da casa


dracônica, enquanto isso Gustav sentia que alguém continuava o observa, seus olhos
buscavam quem podia estar a observa-lo e novamente era o menino estranho da
casa dos lobos.

Enquanto isso os líderes das casas conversavam e observavam todos dos


seus assentos.

— Parece que esse ano teremos muitos alunos promissores. — Lion falou para
seus colegas ao lado.

— O oraculo já tinha nos avisado disso, mas eu não esperava tamanho poder
deles. — Falou a líder da casa dos Fênix.

— Ainda assim acredito que minha casa será a melhor das três novamente,
então espero que vocês não se decepcionem com seus alunos, Charlote e Lion. —
Falou o líder da casa dos lobos.

— Nunca me decepcionei com meus filhos, além de que eu acho que esse ano
será diferente. — Lion falou observando Gustav.

— O novo aluno misterioso, está falando dele? — Falou Mito. — Não apostaria
todas minhas fichas nele. Além dele não está sozinho. — Terminou observando Yang.

"Quando a fumaça branca aparecer, o apocalipse começara aparecer."


Aquelas palavras do oráculo ecoavam em sua mente, aqueles três garotos, Maruy,
Gustav e Yang, "Qual mal eles iriam trazer? Ou melhor que mal eles poderiam fazer?"
Mito não parava de remoer essas perguntas desde ontem.

O grupo começou a subir as escadas e Gustav se separou do grupo indo em


direção a Elizabete que estava com os braços cruzados observando todo o estádio.
— Iae Elizabete, podemos sair pra toma um ar? — Perguntou Gustav
perguntou pronto pra seguir o caminho.

— Vai volta daqui a pouco a competição. — Elizabete tentou para ele.

— Vamos ta aqui perto qualquer coisa. — Gustav tentou novamente.

— Ok, mas fiquem perto do ginásio. — Falou Elizabete voltando sua atenção
para o estádio.

O grupo saiu para o lado de fora Yang e Maryn indo na frente com Gustav e
Maruy conversando atrás.

Ao saírem Yang junto com Maryn foram para perto da plantação de flores olhar
quais flores tinham ali enquanto Maruy foi para a máquina de refrigerante que tinha
ali do lado e Gustav ficou encostado na parede vendo como mesmo tendo conversado
pouco Yang e Maryn já pareciam ser amigas.

Maruy se aproximou de Gustav com duas latinhas na mão uma com


refrigerante sabor uva e outro de frutas vermelhas, ele entregou a de uva para Gustav
enquanto se recostava na parede junto a seu amigo.

— Quando vocês se conheceram? — Gustav pegou a latinha e abriu. — Na


academia não foi já que parecem bem mais próximos para se conhecerem em apenas
um dia.

— Eu conheci ela um mês depois que a gente se separou. — Maruy falou


depois de tomar um gole. — Eu tava me adaptando a cidade então normalmente
sempre saia pra dá uma volta.

— Então você a encontrou em uma dessas voltas. — Gustav tentou falar o que
Maruy iria falar.

— Exatamente, eu encontrei ela, mas ela tava sem memória, com roupas sujas
e rasgadas, com medo e... na hora que eu a encontrei tinha dois homens querendo
abusar dela. — Maruy falou segurando mais forte a latinha.

— Já to vendo para onde isso ta indo. — Gustav falou mais para se do que
para Maruy mais saiu mais alto que um sussurro.

— Enfim, eu salvei ela e a levei para minha casa, ela tava com medo, arisca,
mas era compreensível, eu a deixei tomar banho, entreguei roupas novas e algo para
ela se alimentar. — Maruy deu uma pausa bebendo um pouco. — Além de deixar ela
dormi em minha casa, no dia seguinte tentei pergunta sobre ela, mas nenhuma
informação além de seu nome.
— Ela ainda não tem nenhuma lembrança? — Gustav perguntou.

— Poucas, algumas voltaram com o tempo como as comidas que eram típicas
de onde ela veio, livros, a própria magia e até alguns idiomas. — Maruy tomou um
último gole do refrigerante. — Eu disse que ela podia ficar comigo até a gente achasse
a família dela ou alguma coisa sobre ela.

— Deixa eu ver, dias se tornaram semanas, semanas se tornaram meses e


meses se tornaram anos? — Gustav tentou chutar a próxima frase de seu irmão.

— Eu procurei informações até com o lado ruim da minha cidade, mas até eles
não tinham informação. Com o tempo ficamos próximos. — Maruy deu uma pausa
para olhar como Yang e Maryn estavam felizes juntas. — Eu sinto que já passamos
da linha de sermos amigos, talvez ela já faça parte da família e eu nem tenha
percebido.

— Parece que a nossa alcateia cresceu mais um pouco então. — Falou Gustav
começando olha para as nuvens. — Eu fico me perguntando se um dia a gente
imaginou está aqui, como dois meninos, um com 12 e o outro com 11, chegaríamos
tão longe.

— Nunca, mas lutamos até aqui e não vamos desistir. — Falou Maruy
empurrando seu irmão.

Eles se calaram por um segundo enquanto Gustav percebia uma formiga


solitária vindo para perto dele e em segundo a formiga se tornou um cachorro sentado
com a cara entediado com o olhar físico em Gustav.

— Oi garoto, como fugiu do quarto? — Gustav perguntou passando a mão na


cabeça de Ellion que ainda mantinha sua cara séria.

Ellion se levantou e foi em direção de Yang super feliz, mostrando uma certa
diferença entre quem ele realmente gostava, Gustav sentiu algo dentro do seu peito
como se fosse um machucado, mas ele podia conviver com isso.

— Agora você tem um cachorro polimorfo? — Maruy perguntou com a cara


assustada.

— Digamos que sim. — Gustav falou tentando não rir com a cara de seu irmão.

— Gustav pega. — Yang falou jogando a bola para Gustav.

Gustav pegou a bola e viu que Ellion estava vindo em sua direção em alta
velocidade, então rapidamente ele jogou a bola para Maryn que pegou a bola no ar
mesmo Gustav tento jogado sem mirar.
Ellion rapidamente mudou de direção e começou ir em direção de Maryn que
jogou para Maruy então eles começaram a jogar a bola em seguida ele jogou para
Gustav fazendo novamente o cachorro mudar de direção.

— Maryn. — Gustav falou chamando a e jogando para ela.

Maryn pegou a bola e jogou para Yang assim eles começaram a jogar entre
eles até o cachorro parar na frente de Yang com uma cara triste querendo a bola.

— Ta bom, aqui pode pega. — Yang falou jogando a bola na boca de Ellion.

O cachorro pegou rapidamente a bola e se deitou sobre o objeto.

— Maryn você tem uma boa pegada. — Gustav falou envergonhado pelas
bolas curvas e até erradas que ele tinha jogado.

— Que nada, eu só fui imitando Yang, mesmo que quase impossível eu ter
uma mira igual a dela. — Maryn falou tentando ser humilde, mesmo ela sendo a que
tinha jogado a bola da melhor forma entre os quatro.

— Obrigado linda. — Yang falou pulando nas costas de Maryn e abraçando-a.

Ver aquela cena para Gustav era quase como se ela fosse irmãs pelo jeito que
elas agiam uma com a outra, ele se aproximou dela um pouco e tiveram um contato
visual, Maryn envergonhada olhava para baixo pra não ter o contato visual
novamente, Gustav riu com aquela reação dela.

— Bem vinda a família. — Gustav falou colocando sua mão na cabeça dela e
tentando bagunça um pouco o cabelo.

Maryn não entendeu aquilo, mas algo dentro dela se sentia muito feliz, não era
apenas felicidade, mas também um sentimento de se sentir confortável ao lado
daqueles três.

Os quatro se sentaram ao lado da porta do ginásio e começaram a conversa


falando de coisas da academia e poucas coisas do passado deles sendo mais
relacionado aos últimos três anos.

— Gustav! — Elizabete gritou abrindo a porta e vendo que os 4 estavam alí do


lado. — Vamos, já consertaram a arena.

— Ok já vamos entrar. — Falou Gustav. — Ok, como vamos entrar com Ellion?

— Ellion! — Yang o chamou fazendo o cachorro aparecer quase que


imediatamente. — Se transforme em um coelho. — Yang fez um comando que o
cachorro logo seguiu se contorcendo e tremendo até se transforma no coelho branco.
— Assim fica mais fácil de segurar ele e o leva-lo.

— Ok, como ele segue tão bem seus comandos? — Gustav não entendeu
aquilo.

— Ele me ama. — Yang falou se achando.

— Vamos entrar logo. — Gustav falou irritado e indo para frente da porta.

— Gustav a gente conversa depois ok? — Maruy falou indo junto com Maryn
para seus assentos.

— Ok, até e bota pra quebra Maryn. — Gustav falou super animado.

— Vou dar tudo de mim. — Maryn retrucou a animação.

O grupo se dividiu e foram para perto de seus assentos. Gustav e Yang já


tinham se aproximado de seus assentos, Mylon estava dormindo tomando dois
assentos para ele, uma para suas pernas e a outras ele se recostava nas costas da
cadeira, Simon não parava de anotar em seu caderno de bolso enquanto Sirius o
dava informações que era pedida na cadeira logo atrás, Steve tremia de medo
imaginando o quão forte poderia ser seu oponente e Scott parecia ler um livro um
pouco mais adulto, aquela cena surpreendeu Gustav.

Gustav levantou a cabeça para olha a arquibancada e via vários alunos


conversando ou sérios, seus olhos tinham parado em Marcos que estava sentado
com o braço direito atrás de Raphitalia e a Sophia estava no banco da frente com
uma cadeira vazia do seu lado, Gustav chutava que era o assento de Sirius.

— Gustav, iae, parabéns pela luta, ou melhor dizendo pela surra. — Sirius falou
observando a chegada de seu amigo.

— Obrigado, mas iae o que ta fazendo aqui? — Gustav perguntou se sentando


ao lado de Simon.

— Simon me pedi-o para entregar algumas informações dos futuros oponentes


dele. O único que eu não sei é você, poderia dar uma forcinha? — Sirius falou abrindo
um sorriso.

— Claro, o que descobriram até agora?

— Bom, sua força, velocidade, e resistência ainda são desconhecidas, mas


parecem superar quase qualquer defesa, superar a velocidade do som e quase
impossível te ferir respectivamente. — Simon falou como se fosse um robô revendo
suas anotações.

— Minha força, eu mesmo não sei, minha velocidade no máximo chega a


velocidade do som realmente e minha resistência é forte o suficiente para aguentar
magias rank:A

— Mas então conseguimos derrota-lo com suas fraquezas naturais. — Sirius


falou dando uma ideia de como derrotar.

— Suas únicas fraquezas é terra e água, mas se você trocar de elemento um


fica igualado por ser o mesmo elemento e o outro nem perto está do elemento. —
Simon falou parando de escrever abismado.

— Cara existe alguma forma de te derrotar? — Sirius perguntou achando que


a resposta era um obvio "não".

— Se eu me desconcentrar na batalha. — A resposta surpreendeu todo os


dois. — Como sabe, água e fogo são inimigos naturais, então para poder usar o meu
poder eu devo me concentrar muito para separar as manas para usar um dos
elementos ou se eu me descuidar, lembra Sirius.

— Sim, você disse que quase te derrotei usando para amortecer a nossa
queda. — Sirius falou se lembrando do treino.

— Eu subestimei sua habilidade e o tamanho da queda. — Gustav relembrou


Sirius.

— Ok, Simon, você já tem o rank de todos? — Sirius perguntou.

Simon apenas balançou a cabeça em negação.

— Ok, você vai ficar me devendo uma. — Sirius olhou ao seu redor e tirou um
dispositivo do seu bolso de forma escondida. — Não contem a ninguém que eu to
com isso, principalmente que eu roubei da academia.

— Isso é o que exatamente? — Gustav falou segurando o dispositivo, ao tocar


no dispositivo ele já sentia sua mana sendo sugada para dentro do aparelho em sua
frente que parecia um cubo com uma tela de vidro.

— Um dispositivo de rankeamento, eles vão usar isso no primeiro dia de aula


eu acho, mas enfim, deixe o dispositivo absorver sua mana e ele mostrara um número
entre 1 e 10. — Sirius falou olhando ao redor como se estivesse sendo procurado.
— E qual a diferença entre os eles? — Gustav perguntou ainda estranhando
aquilo.

— Os números 1 são os classificados como rank E, os 2 são rank D. — Simon


falou passando as folhas rapidamente procurando sobre aquilo que ele estava
falando. — 3 e 4 são os rank C, os 5 e 6 são os rank B, os 7 e 8 são do rank A e por
fim 9 e 10 são os grandes rank S.

Enquanto eles conversavam na tela do dispositivo aparecia a letra "A".

— Apareceu número 8. — Gustav falou mostrando o cubo.

— Caramba, você é do rank A! — Sirius se assustou na primeira instancia. —


Quer dizer, na verdade isso faz muito sentido, como você derrotou nós dois. — Falou
analisando a situação.

— Qual o seu Sirius? — Gustav peguntou dando o cubo para o seu amigo.

— Rank C. — Falou Sirius e mostrando seu rank com o cubo. — E Marcos é


Rank B.

Gustav olhou para o cubo e depois para Mylon se questionou o rank dele, em
seguida ele roubou o cubo da mão de Sirius e se aproximou de Mylon.

— Mylon. — Gustav o chamou.

— Você ta maluco? Eu disse pra não conta pra ninguém. — Sirius falou
apavorado.

— Mylon, você ta acordado? — Gustav perguntou balançando um pouco seu


veterano. — Mylon? — Gustav chamou uma última vez. — Ok.

Gustav pegou a mão de Mylon e colocou debaixo do cubo, em poucos


segundos o cubo assustou os três estourando a tela de vidro e começando a solta
fumaça.

— O que aconteceu? — Gustav perguntou estranhando.

— O...poder...dele ta em outro patamar. — Sirius respondeu assustado com a


forma que o dispositivo reagiu. — Cara logo agora que eu ia testa em Simon. — Sirius
finalizou se entristecendo.

— Não se preocupe Sirius, eu sou tão fraco que tenho certeza que não seria
maior que 3. — Simon falou tentando ajudar o amigo.

— Não pense assim, talvez você seja muito forte só não sabe disso ainda, pode
ter um poder oculto. — Sirius falou.
A conversa deles foi interrompida quando sentiram uma mana se expandir no
estádio.

— Se preparem todos pois a última luta da primeira chave começara. — O


narrador começou a falar cheio de emoção. — Mais um novato e também mais um
reconhecido pelo rei mago, Filho da nobreza, tendo afinidade com algo que ele chama
de imperador do mar, vindo da casa dos lobos, Yami Lighttt! — O narrador chamou
aumentando ainda mais a emoção na sua voz, algo que parecia impossível. — Do
outro lado também do primeiro ano... — O narrador parou para ler novamente o papel
em sua mão, parecia que tinha algo de errado. — ... Então tá. — Ele falou fora do
microfone e para se mesmo. — Reconhecida pelo Diretor, com afinidade a magia de
cura, Marynnn! — Finalizou fazendo ambos subirem na arena.

Maryn após subir ficou de frente para um menino com roupas da casa dos
lobos, os olhos do jovem eram escuros e profundos como mar escuro, seu sorriso era
sádico e um pouco assustador, seu cabelo era de cor preta e sua pele era branca
como a neve sendo um total contraste com sua roupa e seus olhos, além das vestes
da casa dos lobos ele portava consigo uma espada.

Yami não era o único que portava uma arma, Maryn estava portando um cajado
que na sua ponta tinha uma pequena joia verde e agora ela estava usando um único
brinco na orelha esquerda que tinha a mesma joia que o cajado.

Todos na arquibancada menos Mylon gritava e torciam, Maruy torcia para


Maryn mesmo estando na casa dos lobos e parecia que a casa dracônica torcer em
peso para a casa fênix.

— Comecem. — O juiz começou a falar.

Quando aquelas simples palavras saíram da boca do juiz rapidamente Yami


sacou sua espada e se disparou em direção da Maryn enquanto ela escrevia no ar
com a ponta do seu cajado criando linhas brancas e no final criando uma runa branca
que quando Yami atacou se criou uma parede de mana, mas que ele ainda assim
conseguiu cortar.

Maryn recuou para não ser atingida e começou a criar outra runa, mas antes
de conseguir terminar Yami cortou a runa e com outro ataque ele tentou atingir o
pescoço de Maryn, mas ela criou rapidamente uma runa errada de proposito para
explodir e afastar os dois.

— Que interessante, você é uma pressa interessante. — Falou Yami se


recuperando da explosão e se colocando numa postura de batalha. — Mas você de
longe não é merecedora de enfrentar eu, o grande imperador dos mares.
Com uma explosão de velocidade ele se aproximou de Maryn forçando-a usar
o cajado para parar o ataque.

— Mas vamos ver até onde você pode me aquecer para o prato principal. —
Yami falou lambendo os seus dentes e mostrando seus caninos mais afiados do que
para um humano comum.

Por algum motivo Maryn sentiu que seu corpo tinha ficado mais pesado depois
de ter ficado frente a frente com Yami, mas ela ainda conseguia lutar.

Maryn colocou sua mana no dedo indicador e escreveu a runa errada


novamente criando mais uma explosão afastando os dois, então ela girou o bastão
na mão e se colocou em postura de batalha, logo em seguida ela criou uma runa em
sua frente criando dois seres vestidos com armaduras de cavaleiros feitos de mana e
mandou os dois ao ataque.

Os cavaleiros foram correndo para cima de Yami que apenas abriu um sorriso
e começou a se defender e escapar dos golpes com uma incrível maestria e com um
pouco de elegância.

Observando que apenas dois cavaleiros não seriam capazes de derrotar Yami,
Maryn criou mais três que rapidamente vão para cima do oponente de sua criadora.

Dessa vez Yami começou a se sentir pressionado sendo forçado a contra


atacar ou até mesmo empurrar para longe os cavaleiros ao seu redor com sua mana.

— Ok, vamos acabar com a brincadeira. — Yami falou isso apagando seu
sorriso e com uma rápida movimentação acabou com todos os cavaleiros com apenas
um golpe. — Se isso é tudo que tem, a nossa luta será bastante chata. — Finalizou
Yami com um tom de superioridade e arrogância.

Maryn já estava ofegante, mas não sabia o porquê, além dela está assustada
por ver seus cavaleiros serem destruídos com um único golpe já que no livro que ela
tinha lido sobre aquelas runas os cavaleiros só poderiam morrer se a mana de Maryn
acabasse ou algo cortasse a ligação de mana entre o criador e os cavaleiros.

— Uma espada de nerezine, que estranho. — Mylon falou acordando e


assustando Gustav e os outros que achava que ele estava dormindo ainda.

— Uma espada que absorve mana? — Perguntou Simon.

— Exatamente, ela precisa acabar rápido, mas não pode usar mana. — Mylon
falou querendo voltar a dormir. — Então já é previsível que ela irá perde.
Quando Mylon terminou de falar Yami avançou com todas as suas forças e fez
um corte na lateral do tórax de Maryn fazendo todos se assustarem, Gustav já se
preparava para pular na arena e para a batalha, mas foi parado por Mylon.

— O corte não foi letal, se não o juiz já teria pedido para parar. —Falou Mylon
para Gustav vendo que naqueles olhos que ele só via cheio de alegria lá no fundo
tinha uma chama ardente, junto de toda aquela raiva via algo ainda maior que um
humano, ver aquilo fez Mylon sorrir por dentro.

— Ele vai machuca-la ainda mais, eu não posso deixar. — Gustav falou rápido
e irritado, mesmo que ainda estava a conhecer aquela garota ele sentia que precisava
protege-la, ela era da sua família, era como se ela sempre tivesse junto do seu grupo.

— Se quer ser desclassificado e ele saia impune vai lá, mas se você aguarda
mais um pouco ele que será punido e de brinde você pode soca ele a vontade. —
Falou Mylon se afastando de Gustav deixando a escolha na mão dele.

Gustav se sentou irritado, sua perna não parava de tremer, ele conseguiu ver
Maruy lutando pra se soltar dos 3 alunos da casa dos lobos e mesmo com um do
terceiro ano e uma do quarto ano eles ainda tinham uma grande dificuldade.

Maryn tentava se curar, mas o local parecia não querer fecha então ela foi
forçada a segura para estancar o sangue, Yami ao olhar que sua lâmina com sangue
ele trouxe pra perto da sua boca, ele lambeu a espada e saboreou o gosto do sangue
de Maryn.

— Até que o gosto do seu sangue não é tão ruim e sua mana, a sua mana é
deliciosa com um gosto fraco, mas ainda assim marcante, eu quero, eu quero mais!
— Yami falou como se estivesse começando a enlouquecer. — Me dê toda essa sua
mana deliciosa.

Yami falou no final criando círculos de transmutações no chão e deles duas


barbatanas de tubarões que começaram a perseguir Maryn tentando abocanha-la,
mas não era apenas os tubarões o perigo que ela tinha Yami seguia rapidamente
querendo acerta-la e pouco a pouco ela sentia que seu corpo estava cada vez mais
fraco e pesado.

Mesmo Maryn tentando se esforça ao máximo muitas vezes ela era atingida
pelos golpes de Yami, seu corpo estava chegando ao seu limite nem mesmo o cajado
ela conseguia segurar como antes.

Gustav observava aquela cena se segurando ao máximo para não pular na


arena, a mesma força que Gustav fazia para se segurar os 3 alunos da casa dos lobos
faziam em dobro para segurar Maruy que mandava uma chuva de xingamentos e
juramentos de morte para Yami.

— Quando você foi escolhida para lutar contra o grande imperador dos mares,
seu destino estava traçado para acabar aqui. — Yami falou reabrindo aquele sorriso
sádico.

— Maryn bate no chão desiste. — Gustav gritou pulando da cadeira já não


aguentando ver aquela cena.

Maryn ouviu Gustav e iria fazer o que lhe foi pedido, mas quando ela iria bater
pela segunda vez Yami se aproximou e a chutou para longe, logo em seguida foi para
perto dela e a levantou pelo cabelo fazendo ela gritar de dor.

— Achou mesmo que eu deixaria minha presa fugir? — Yami falou aumentando
ainda mais o sorriso sádico. — Eu serei piedoso e acabarei com seu sofrimento aqui.

Yami falou jogando Maryn a sua frente e guardando a espada.

— Estilo imperador dos mares, Megalodon. — Conjurou Yami.

— Agora. — Falou Mylon fazendo com que Gustav sentisse que tivesse sido
solto das amarras.

Gustav saltou da arquibancada e com uma velocidade assustadora entrou na


frente de Maryn e fez uma runa de anulação em sua frente, Gustav sentia uma mana
gigantesca de Maruy em suas costas, Maruy estava na frente de Maryn como se
estivesse pronto pra receber o golpe por ela.

Quando Yami viu que seu ataque não tinha matado Maryn ele tentou socar
Gustav, mas o oponente a sua frente era muito diferente de Maryn, Gustav defendeu
o soco rapidamente e deu um chute giratório empurrando Yami para o outro lado da
arena.

— Maruy, Maryn ta bem? — Gustav perguntou liberando toda sua mana, pronto
para lutar, sua mana era enorme assustava muitos dos alunos do primeiro ano, até
mesmo Yang tinha se surpreendido o quanto a mana de Gustav tinha aumentado.

— Você está bem? — Maruy perguntou a Maryn que respondeu afirmando com
a cabeça, seu rosto estava com alguns corte finos. — Sim, ela está. — Maruy
respondeu Gustav.

— Então tire ela da arena. — Falou Gustav seu olho esquerdo estava na cor
vermelha e o direito azul sua mana cada segundo aumentava.
— kkkkk. — Yami ria como um sádico psicopata. — Enfim o prato principal,
olha esses olhos, olha esse poder, eu quero, mais do que tudo, eu quero essa mana
para mim! — Yami começou a grita como um louco

— O que você vai fazer? — Perguntou Maruy para Gustav, seus olhos estavam
em uma cor amarelo neon e sua mana conseguia se equiparar a de Gustav.

— Eu vou mostra-lo o porquê não deve se mexer com a minha alcateia. —


Gustav falou sacando uma espada de cristal de gelo.

— Vamos venha com toda essa mana, eu quero. — Falou Yami sadicamente
e sacando sua espada.

Gustav e Yami avançaram com toda a força, Gustav tinha usado tanta força
que tinha criado uma cratera na arena inúmeras vezes maior que foi criado na luta de
Mako com Stuart.

Mas antes que a luta começasse Mylon entrou no meio dos dois com uma
velocidade que assustou Simon e Sirius já que em menos de um segundo Mylon ainda
estava ao lado deles.

E só com a presença de Mylon Gustav sentia sua mana desaparecer, ele tinha
estranhado, mas percebeu que seu veterano tinha criado uma runa de anulação.

— Acabou a primeira chave do festival de abertura. — Falou o narrador indo


para a arena. — O grande ganhador é o Yami Light. — Falou o narrador, diferente
das outras vezes que o público comemorou dessa vez um grande silencio se
instaurou na plateia. — Agora vamos entrevistar um dos alunos mais visado pelos
líderes das casas e os professores nesse momento, Gustav Thunderstorm, como
você se sente passando pra quartas de final?

— Eu vou ir pra final. — Gustav falou sério se segurando para não mata Yami
ali mesmo.

— Nossa que determinação, quem é sua grande inspiração, ou melhor ainda


qual seu grande sonho? — Narrador falava tentando tirar aquele clima horrível.

— Minha única vontade agora é devastar Yami. — Gustav falou mantendo sua
voz calma e com tom de superioridade.

Com aquelas simples palavras Gustav jurava em sua mente que Yami não
sairia impune.
Memórias do passado

Gustav junto com Yang estavam sentados na mesa do salão da casa dracônica
onde estava Marcos, Sirius, Raphitalia, Simon e Sophia, todos estavam meio tensos
principalmente Gustav que não estava a conversa com o grupo e suas pernas
tremiam de preocupação e raiva.

Yang tentava ao máximo acalma-lo, mantendo sua mão sempre no ombro dele
ou estando bem próxima a ele para mostra que ela estava ali com ele já que sua
presença sempre o acalmava, mas até ela não conseguia passar um ar de
tranquilidade já que estava bastante preocupada com Maryn, ver o estado de sua
nova amiga após a batalha, cheia de várias linhas de corte pelo corpo e quase sem
força ou mana alguma no corpo da jovem.

O grupo observava o casal querendo ajudar, mas todos ali sabiam que nem
mesmo se eles já fossem próximos deles conseguiriam, Gustav não parava de
verificar a porta do salão.

— Gustav, você foi muito bem na sua luta, acha que a próxima també vai se
sair bem? — Raphitalia tentou inicia a conversa

Gustav respondeu com um barulho vindo do fundo da garganta de


concordância.

— Gustav. — Sirius chamou hesitante. — Fique calmo, Maryn foi levada pra
enfermaria, ela vai ficar bem.

— Além que você tem que comer, não pode ficar com fome. — Sophia entrou
na conversa observando que Gustav nem mesmo tocou no prato de comida que tinha
vindo para ele.

Gustav se virou para olhar eles, Sophia logo tirou o contato visual, Sirius viu
mesmo que de relance uma chama que queimava tão forte que era assustador,
Raphitalia não conseguia olhar nos olhos de Gustav após ver as chamas dentro dele
e também ver aquele poder demonstrado na arena, tirando Marcos nenhum deles
conseguia mais olhar naqueles olhos assustadores por muito tempo, Marcos era o
único que o olhava nos olhos mantendo a calma, sendo o único que não tinha falado
nada, mas mesmo assim ele era o único que transmitia calma ali.

— Gustav, confie em nós. Maryn. Está. Bem. — Marcos falou calmamente


aquelas palavras e pela primeira vez abriu a boca desde que entraram dentro do
salão.
— Como pode ter tanta certeza!? — Gustav falou explodindo sem querer. —
Desculpa não queria ser grosso. — Ele se desculpou logo em seguida e tirando
aqueles olhos cheios de fúria.

Yang se aproximou mais de Gustav se aninhando em seu peito enquanto ele


colocava seu braço ao redor dela, ela estava triste, preocupada e irritada tanto quanto
ele e Gustav conseguia sentir isso.

— Eu confio em vocês. — Gustav falou olhando para Yang que olhava pra
baixo tentando ocultar seus olhos já marejados de Gustav. — Ela está segura e bem.
— Gustav falou não direcionado para o grupo, mas sim para Yang.

Todo o salão se calou quando as portas se abriram e Maruy entrou ao lado de


Mylon.

— Não cause confusão. — Mylon falou se afastando de Maruy e o deixando


livre.

Maruy começou a andar pelo salão a procura de Gustav, mas antes de Gustav
se levantar e chama-lo um menino na mesa próximo ao Maruy se levantou e parou o
único da casa dos lobos.

Ambos olharam um nos olhos do outro, Maruy mostrava em seus olhos uma
certa calma, muito diferente do seu corpo que trasbordava um ar de raiva e fúria. O
menino olhava com nojo para Maruy e com arrogância.

— Você tem muita coragem de vir até nossa casa lobo, ou devo dizer burrice.
— O menino começou a falar.

Maruy mesmo que só tenha ouvido uma única frase daquele garoto já sentia
farto, ele apenas piscou o olho lentamente e mostrou todo o ódio dentro dele junto
com seus olhos amarelo neon após o garoto ver aquilo ele apenas caiu para trás.

— Você está no meu caminho. — Maruy falou calmamente.

— Maruy, aqui. — Gustav interrompeu antes que algo ruim pudesse acontecer.

Maruy olhou onde Gustav estava e só suspirou se acalmando, ou tentando se


acalma, quando ele piscou seus olhos já estava nas suas cores normais. Ninguém
tentou impedir o caminho de Maruy, na verdade eles evitavam entra no caminho de
Maruy.

— Oi, como vocês estão? — Maruy falou se sentando na mesa junto a eles.

— Estamos bem. — Yang respondeu rapidamente. — Como está Maryn?


— Fora de perigo agora. — Maruy falou afastando o prato que veio para ele.
— Ela vai ficar na enfermaria por dois dias.

— Como assim? Por que? — Gustav perguntou assustado.

— Calma, o primeiro dia é pra ela se cura completamente dos ferimentos, mas
o segundo dia é para eles ficarem de olho se a produção de mana dela não foi alterado
pelos vários ataques com aquela espada. — Maruy falava calmamente, aquela calma
irritava Gustav.

— Aquele maldito! — Gustav gritou socando a mesa assustando todos na


mesa e até os que estavam no salão. — E se alterar a produção de mana dela?

— Nas piores das hipóteses ela ficara impossibilitada de usar magia, ou até
reduzir... — Maruy parecia se recusar a frase.

— Eu vou mata aquele maldito. — Gustav falou enfurecido.

— Mantenha a calma, mata-lo não vai trazer algo bom, apenas coisas ruins pra
você. — Maruy falou tentando acalma seu irmão de batalha.

Gustav odiava Maruy quando mesmo ambos estando irritados ele sempre era
o que fingia manter a calma, mas ele estava certo era melhor manter a calma e
raciocinar do que não pensar e fazer algo ruim.

— Quando podemos ir visita? — Yang perguntou.

— Se quiser podemos após vocês comerem, o torneio só vai volta 3 horas da


tarde.

— Ok, vou comer e vou junto com você. — Yang falou parecendo um pouco
mais animada. — Gu, você vem junto?

— Não é melhor eu extravasar a mente, então eu vou ir treinar. — Gustav


parecia um pouco mais calmo que antes.

— Posso ir junto? — Marcos perguntou entrando na conversa.

— Também quero. — Falou Sirius.

— Claro, vai ser bom pra eu saber sobre seus poderes. — Gustav falou abrindo
um sorriso.

Yang começou a comer rápido para ir logo ver Maryn, Gustav comia, mas não
era por apetite, Maruy não conseguia encosta na comida, mas conversava com todos
ali e já estava se tornando amigo do pessoal.
Não demorou muito para Gustav já se retirar junto com Marcos e Sirius, Sophia
e Raphitalia já tinham se retirado da mesa dizendo que iriam assistir ao treino dos
meninos deixando assim somente Maruy e Yang na mesa.

— Coma devagar. — Maruy aconselhou observando o quão rápido ela estava


a comer.

Ela tentou responder de boca cheia, mas nas primeiras palavras ela começou
a se engasgar, a primeira reação de Maruy foi de rir da forma como ela batia em seu
peito para desengasgar, mas logo em seguida colocou o copo com algum suco dentro
na frente dela e sem fazer cena Yang rapidamente bebeu quase todo o suco do copo.

— Como eu ia dizendo. — Yang começou a falar após tossir um pouco. — Eu


quero vê-la o mais rápido possível.

— Mantenha a calma, temos até as duas e meia da tarde pra ir lá. — Maruy
retrucou se sentando contra a mesa e percebendo vários olhares dos poucos alunos
que ainda estavam no salão.

Yang logo em seguida deu uma última garfada no seu prato e descansou os
talheres, ela olhou o seu amigo e também irmão de batalha, Maruy mantinha os olhos
baixos e frios, sua postura bem rígida e olhava para um lugar fixo do salão que forçou
ela olhar para a mesma direção onde ficava normalmente os veteranos e o líder da
casa.

Yang se questionava o porquê ele estava olhando para aquela direção, mas
não tinha um motivo especial Maruy estava apenas a pensar e Yang sabia
exatamente no que ele pensava, ela colocou a mão no ombro dele fazendo com que
Maruy olhasse para ela.

— Acabei. — Yang falou calmamente e começando a se levantar. — Vamos?


— Ela perguntou alegre.

— Vamos lá. — Maruy falou suspirando feliz em ver aquele sorriso em sua
irmãzinha.

Eles sairam do salão conversando sobre a academia e indo em direção a


enfermaria, o local não era muito longe dali era próximo ao ginásio. Quando eles
entraram na enfermaria era quase uma recepção de hospitais, mas no momento não
tinha ninguém onde deveria ficar a recepcionista.

— Vamos nos sentar até aparecer a enferme... — Maruy parou de falar ao ver
que a enfermeira estava abrindo a porta tendo em mãos um prontuário.
— Olá, como posso ajuda-los? — Ela perguntou.

— Oi Merlin, sou eu Maruy, podemos ver Yang. — Maruy falou apontando para
Yang.

— No momento ela ta dormindo, mas sim, vocês podem. — Merlin falou


abrindo um sorriso doce. — Eu levo vocês lá.

— Obrigada. — Yang falou indo para o lado de Merlin. — Como ela está?

— Bom, ela está com poucos ferimentos agora, muitos já se fecharam, mas
foram muitos cortes, então estamos dando tempo para ela pode recuperar um pouco
de mana e energia para colocarmos mais runas de curas. — Merlin falava enquanto
guiava eles por aqueles corredores e como a maioria dos prédios da academia aquele
também era muito maior que o exterior mostrava.

— Ela vai receber alta depois de amanhã, né? — Yang perguntou hesitante.

— Sim, ela ficara aqui hoje para se recuperar dos ferimentos hoje e amanhã
vamos fazer um teste de produção de mana, se tudo ocorrer normal ela recebera alta
depois de amanhã. — Merlin falou parando na frente de uma porta. — É aqui, vocês
pelas regras que eu tenho podem ficar uma hora, mas vou deixar vocês ficarem por
duas horas, é o máximo que eu posso estender pra vocês.

— Obrigado Merlin. — Maruy agradeceu abrindo um sorriso.

— Por que isso? — Yang falou.

— Quando ela veio eu vi o quão preocupado o Maruy estava e eu sinto que


vocês têm muito a conversa. — Merlin falou se retirando.

Os dois ficaram por um segundo se olhando esperando quem iria entra primeiro
até Maruy abrir a porta e acena para Yang entrar. Ao entrarem eles viram Maryn
deitada em posição fetal se aninhando no travesseiro como se nada tivesse
acontecido.

Maryn estava vestida com a roupa hospitalar, ela ainda tinha dois cortes
pequenos no rosto que visivelmente estava se fechando lentamente, no seu braço
estava cateter com o tubo indo para um saco com soro no conta gotas ao lado.

Maruy apontou com a cabeça para Yang senta do lado direito enquanto ele
dava a volta na cama para se senta do lado esquerdo, ver que Maryn tinha tido uma
grande melhora após aquele acontecimento deixava o peito de Maruy mais aliviado.
— Olhando pra ela agora, parece que ela só caiu de algum morrinho. — Falou
Maruy arrumando o cabelo que estava bem em cima dos olhos dela e parecia coça
um pouco o nariz dela.

— Que bom que ela está bem. — Falou Yang suspirando aliviada. — Eu acho
que é engraçado que mesmo que eu não conheça ela tão bem quanto você, eu sinto
como...

— Se você já a conhece-se. — Maruy terminou a frase para Yang. — Eu no


primeiro dia, mesmo que não conhecesse ela eu sentia que precisava protege-la,
sentia que conhecia ela a muito tempo, mesmo eu sabendo que nunca tinha visto
uma pessoa como ela.

— Eu devo admitir que fiquei muito assustada quando Gustav ficou irritado
daquela forma. — Yang falou se recostando na cadeira de forma largada. — Eu acho
que ele realmente sente que ela é da família.

— Somos todos da mesma família. — Maruy falou se recostando na cadeira e


cruzando os braços. — Nós conhecemos desde os 11 anos e vivemos juntos por 5
anos, sobrevivemos um por causa do outro.

— Se não fosse vocês eu realmente teria morrido a muito tempo ou até mesmo
me mataria. — Yang falou se relutando a lembra do seu passado antes de conhecer
eles.

— Fique tranquila, passado é passado, não precisa se lembrar daqueles


vermes. — Maruy falou "vermes" quase como se estivesse tentando tirar ácido de sua
boca.

— Faz muito tempo que a gente não conversava só nos dois. — Yang falou
sorrindo. — Posso? — Yang falou levando a mão com o dedo indicador e do meio
tocando a lateral da testa.

— Você ainda não ta? — Maruy falou um pouco assustado. — Pensei que você
já tivesse visto tudo até meus pensamentos.

— Você já é um adulto e amadureceu muito, não preciso ficar de olho em cada


pensamento seu. — Falou Yang abrindo um sorriso.

— Claro, você sabe que sempre pode entra na minha mente. — Maruy falou.
— Eu sei que você não vai fazer alguma maluquice com minha mente. — Maruy falou
abrindo um sorriso e descruzando os braços e se colocando numa postura mais
relaxada.
Yang nem teve dificuldade para entra na mente de Maruy, ele realmente
confiava nela o bastante para dá total acesso a mente dele. Yang se encontrava num
enorme corredor branco com inúmeras portas de carvalho, cada porta era uma
lembrança, algumas estavam com a madeira com aparência podre ou bastante
arranhadas, quanto mais arranhadas e podres mais antigas e esquecidas as
memórias eram.

Yang não precisou procurar a porta que ela estava a busca, ela apenas abriu
a primeira porta a sua frente e entrou, ela estava na visão de Maruy, ele estava
vestindo um sobretudo junto um cachecol preto, calça jeans e coturno, o local parecia
que estava perto ou já no inverno.

Parecia que Maruy estava a volta depois de ter comprado pão já que em sua
mão estava uma sacola de pão.

— Ajuda!! — Um grito feminino veio do beco ao lado de Maruy, a voz era de


Maryn.

Maruy rapidamente entrou no beco e seguiu o grito em meio ao labirinto que


aquele beco era, ao chegar onde vinha os gritos Maruy viu Maryn sentada contra uma
parede, com roupas sujas e rasgadas, a pele da menina cheia de sujeira e o cabelo
todo sujo além de estar com aparência desnutrida.

Na frente de Maryn estava dois homens vestidos com sobretudos pretos, calça
jeans e sapatos sociais além de boinas.

— Vamos, não iremos te fazer mal. — O primeiro falou segurando forte o braço
de Maryn, aquela cena fez o estômago de Yang borbulha, ela não queria se manter
naquela lembrança, mas ela continuou. — Vamos lá gracinha, se você for uma boa
menina posso até te paga pelo seu serviço.

— Mas é claro vai ser dois pelo preço de um. — O outro falou, Yang sentia o
quanto Maruy estava irritado naquela lembrança, parecia que dentro do coração de
Yang tinha uma chama queimando tudo dentro dela.

Maruy chegou dando um soco no estômago do homem que estava segurando


Maryn, tinha sido forte o suficiente para jogar o homem para longe e após se levantar
o homem cuspir sangue.

— Você está bem? — Maruy perguntou tentando ao máximo não mostra seus
olhos para Maryn.
Maryn apenas balançou a cabeça em negação, aquilo fez com que Maruy se
enfurecesse mais, Yang não entendia como Maruy ou Gustav aguentava aquele
sentimento, ela pensou que morreria dentro daquela lembrança.

— Ok. — Maruy se virou para o outro homem. — Eu não to num bom dia e
gente como você me faz senti nojo. E eu odeio sentir nojo. — Maruy falou dando
ênfase na palavra "nojo" e após acaba sua frase ele mostrou toda sua mana, era
menor que foi mostrado por ele na arena, mas Yang sentia que era um enorme poder.

— Desculpa cara, não sabíamos que era sua conhecida, aqui dinheiro para me
desculpa. — O homem falava rápido e assustado e jogando todo o dinheiro que ele
tinha na mão.

— Menina fecha os olhos e ouvidos. — Maruy falou e Maryn seguiu de


imediatamente. — Sabe qual o problema? — Maruy piscou lentamente mostrando
seus olhos amarelo neon e com um sorriso diabólico. — Eu não a conheço.

Maruy invocou seu soco inglês e colocou nas mãos, os dois homens tentaram
fugir, mas Maruy era inúmera vezes mais rápido que aqueles homens, aquilo não
podia chamar de luta, mas sim de massacre mesmo que Maruy ainda estivesse se
contendo para não mata aqueles dois vermes.

Após acaba com os homens Maruy fez seus socos ingleses sumirem e foi para
perto de Maryn, quando se aproximou dela ele cutucou levemente o braço da menina
que tremia assustada.

— Pode abrir os olhos. — Maruy falou calmamente e diminuindo sua mana


com seus olhos de volta a suas cores normais.

Maryn parou de tampa os ouvidos e abriu os olhos sendo sua primeira visão
Maruy com um pouco de sangue na roupa e rosto, mas o sangue não era dele. Logo
em seguida ela olhou para o lado, os dois homens estavam pendurados pelos pés
gotejando sangue, seus rostos não eram mais inidentificáveis, suas roupas estavam
rasgadas e manchadas de sangue e era possível perceber que seus braços e pernas
estavam virados ao contrário.

Aqueles homens estavam tão perto da morte que se pudessem abrir seus olhos
eles veriam a cara da própria morte, sem ajuda ou cuidados médicos não durariam
menos de algumas poucas horas, por sorte deles já era possível ouvir sirenes de
policiais por perto.

Maryn estava paralisada de medo após ver aquela cena, mas ela virou
rapidamente o rosto para olhar nos olhos de Maruy, Yang sentia que estava sendo
avaliada, ou melhor Maruy estava sendo avaliado e logo em seguida parecia que
Maryn abraçou forte ele, parecia que ela não sentia medo dele mesmo depois de toda
aquela cena.

— Você consegue andar. — Maruy perguntou gentilmente e calmamente


afastando e logo em seguida estendendo a mão para ela.

A voz de Maruy não demonstrava nenhuma fadiga, Yang nem sentia cansaço
no corpo de Maruy e ela já não sentia seu peito arde como antes, mas ainda assim
sentia uma chama pequena.

Maryn tentou se levantar, porém ela não tinha força para conseguir se levantar.
Maruy olhou ao seu redor para se localizar e em seguida se abaixou para de costas
para Maryn.

— Tente subir nas minhas costas. — Maruy falou colocando os braços na


lateral para criar apoio para as pernas de Maryn.

Lentamente Maryn se esforçava ao máximo para conseguir subir nas costas


de Maruy, quando ela terminou de subir Maruy arrumou ela em suas costas deixando
ela numa forma confortável.

— Ok, você tem casa? — Maruy já esperava uma resposta negativa e foi
exatamente o que ela respondeu fazendo negação com a cabeça. — Ok, vou te levar
pra minha casa, posso? — Maryn concordou com a cabeça, ela parecia estar
totalmente cansada para não conseguir nem fala.

Maruy começou a andar se retirando do local indo em direção a sua casa


seguindo o labirinto que era aqueles becos, já que não seria seguro ele andar nas
ruas, não demorou muito para sentir Maryn recostar a cabeça no ombro de Maruy e
adormecer.

Maruy estava tão preocupado se ela estava bem, muito mais do que ele estaria
com uma pessoa desconhecida, era como se ele estivesse Yang no lugar de Maryn,
além dele sentir que já tinha conhecido aquela menina, mesmo tendo certeza que
nunca tinha visto ela.

Não demorou muito para Maruy chegar no prédio que ele vivia, era um hotel
bem mediano e estava num bairro de classe média, algo que sempre impressionava
Yang é que parecia que cada cidade tinha evoluído do seu jeito, algumas eram
bastante medievais, porém outras eram tão avançadas que parecia ser tempos e
universos diferentes.
Maruy entrou no prédio e como de costume não tinha o porteiro para ficar de
olho, algo que facilitou pela primeira vez na vida de Maruy, ele foi para seu quarto já
que era no primeiro anda e após entrar era um apartamento bem simples, um sofá
com escrivaninhas de cada lado com ambos tendo um abajur, não tinha parede entre
a cozinha e a sala e duas portas uma para o quarto e outro para o banheiro.

Após eles entrarem Maruy colocou Maryn gentilmente no sofá, ela já tinha
acordado, porém parecia ainda está raciocinando o que estava acontecendo, depois
de pegar água e deixa encima da escrivaninha do lado de Maryn, Maruy foi para o
quarto ver algumas roupas para ela, por sorte de Maruy, ele ainda estava com
algumas roupas antiga que Yang tinha deixado na mão dele e também um saco na
metade com absorvente, aquilo mostrava a Yang que aquilo não tinha sido muito
tempo depois que eles se separaram.

Maruy foi o mais rápido que ele conseguia para volta logo para Maryn, quando
ele volto encontrou ela com o copo vazio na mão e parecia com muita sede.

— Você quer mais? — Maruy falou indo em direção a cozinha e pegando uma
jarra de água. — Aqui. — Maruy falou colocando mais água no copo dela.

A menina bebeu a água como se nunca tivesse bebido na vida, Maruy se


perguntava a quanto tempo ela estava sem comer e beber água, a menina parecia
estar com medo.

— O meu nome é Maruy, qual o seu nome? — Maruy perguntou colocando a


jarra encima da escrivaninha e as roupas do lado dela enquanto ficava abaixado na
frente dela para olhar no olho dela.

— Maryn. — Foi uma surpresa para Maruy ouvir aquela voz, mesmo que
estivesse um pouco rouca e fraca ainda era bonito, mas ela parecia que estava um
pouco arisca.

— Maryn de que? — Maruy perguntou.

— Eu não sei, só sei que meu nome é Maryn. — A menina falou se esforçando
a se lembrar de algo.

— Lembra dos seus pais, algum parente? — Maruy questionou já esperando


uma resposta negativa.

E como Maruy imaginou Maryn respondeu balançando a cabeça em forma de


negação. Maruy suspirou e pensando que aquele esquecimento era por causa do
trauma que aconteceu.
— Você consegue se levanta pra toma banho? — Maruy perguntou se
afastando um pouco e estendendo os braços.

Maryn tentou se levantar, mas ela não conseguia, seus olhos demonstravam
que ela estava bastante frustrada e Yang sentia um sentimento de pena dentro de se,
mas não era dela e sim de Maruy.

— Ok. — Maruy se abaixou na frente de Maryn. — Eu vou tenta te ajudar. —


Maruy falou mordendo forte seu dedo e criando um corte.

— Passar o ferimento aberto em mim não vai te fazer mal? — Maryn falou
preocupada e se afastando um pouco.

— Fique tranquila, vai ficar tudo bem. Pode estender o braço? — Maruy
perguntou.

Maryn deu seu braço ainda desconfiada para Maruy, em seguida ele fez uma
runa com o sangue no antebraço dela, ao perceber que Maryn não tinha mana o
suficiente para ajudar a runa fazer efeito Maruy colocou a mão sobre a runa
despejando um pouco da sua mana.

"Nossa, é a runa ou ela que ta sugando minha mana? Será que eu fiz a runa
mal feita? Não, eu tenho certeza que fiz certo." A voz de Maruy ecoou na mente de
Yang, ela podia entra quantas vezes fosse, mas sempre se assustava quando ouvia
os pensamentos na memória.

Maruy fechou os olhos para se concentrar no fluxo de mana, quando ele sentiu
que tinha colocado uma boa quantidade de mana ele abriu os olhos, Maryn estava
um pouco mais forte e bonita, mesmo que ainda parecia que não tinha comido a
alguns dias ela não estava mais caquética.

— Consegue se levantar agora? — Maruy perguntou se levantando.

Maryn tentou pegando junto as roupas e dessa vez conseguiu, agora ela só
precisava se adaptar a andar ainda que fraca, já que ela tentou dar alguns passos e
estavam meios bambos.

— Tome cuidado, vai se apoiando na parede. Consegue ficar em pé? — Maruy


perguntou indo ajudar a dar apoio para ela.

— Sim, eu consigo. — Maryn falou andando junto com Maruy para porta do
banheiro. — Senhor Maruy. — Maryn chamou antes de fechar a porta do banheiro.

— Sim?
— Muito obrigado senhor Maruy. — Maryn falou abrindo um sorriso cansado e
mesmo que Maryn queria disfarça Maruy percebeu que era falso.

— Maryn. — Maruy a chamou. — Pode me chama só de Maruy.

— Ok, Maruy. — Maryn finalizou entrando no banheiro.

Maruy ficou muito feliz em ver que ela não estava tão machucada além da
vermelhidão no braço que já tinha se curado. Maruy começou a tirar o sobretudo e o
cachecol, mostrando que ele estava com uma camisa preta e poucos segundos
depois ele tombou para o lado e teve que se apoia na parede, sua visão estava um
pouco turva.

" A runa tava imperfeita? Será que a runa que Gustav criou ainda não ta
completa? Mas eu vi Gustav usar várias vezes e não se cansou assim." Maruy pensou
colocando a mão em seu rosto e tentando se manter em pé.

"Ainda tenho que fazer café...Droga! Eu deixei o pão lá." Maruy se lembrou de
ter deixado o pão cair. Ele foi para frente da geladeira e a abriu vendo que tinha bacon
e ovos.

"Ok, dá pra eu fazer um café decente pra ela." Maruy pensou indo prepara o
fogão, a frigideira e os talheres, após arrumar tudo começou a fazer o café, não pouco
tempo depois Maryn saiu do banheiro enxugando o cabelo com a toalha, as roupas
como Maruy já suspeitava ficaram um pouco folgados, ela estava vestida com um
short jeans e uma camisa preta.

— Achou confortável a roupa. — Maruy falou tentando se esforça ao máximo


para manter as pernas firmes.

— Sim, ficou ótima. — Maryn falou.

Sem toda aquela sujeira Maryn era uma menina bela, com inocência nos olhos,
Yang se impressionava em ver que em 3 anos ela tinha mudado tanto, mas pouco ao
mesmo tempo, seu cabelo naquela época era menor e ela parecia mais uma criança
também.

— Pode descansa no sofá por enquanto, já to quase acabando de fazer a


comida. — Maruy falou desligando o fogão. — Na verdade já acabei.

Maruy pegou dois pratos e um pacote de biscoitos, ele colocou para os dois e
levou o prato até ela.

— Desculpa não ser muito, mas eu deixei para trás o pão. — Maruy falou se
sentando ao lado dela.
Para surpresa dele Maryn começou a chorar vendo a comida em sua frente,
ela pegou o prato e colocou cuidadosamente na escrivaninha ao seu lado e pulou no
pescoço de Maruy o abraçando.

— Maruy, obrigada, obrigada por tudo. — Maryn falava entre soluços.

— Tudo bem, fique tranquila, aqui você está segura. — Maruy falou passando
a mão na cabeça dela para conforta-la.

— Eu pen...pensei que fosse morrer. — Maryn falou soluçando ainda mais. —


Eu tiv...tive tanto medo.

— Eu sei, mas você tá viva e bem, além de eu estar aqui. — Maruy a afastou
um pouco para olhar nos olhos dela. — E eu vou te proteger de qualquer coisa. —
Maruy falou abrindo um sorriso.

— Você promete? — Ela falou tentando enxugar as lágrimas.

— Prometo. — Maruy falou a abraçando forte.

Eles passaram muito tempo abraçados com Maruy se esforçando ao máximo


para fazê-la se acalma, após conseguir fazer ela se acalmar um pouco ele conseguiu
fazer Maryn comer.

Depois de colocar Maryn para comer, Maruy levou ela para o quarto dele, para
ela poder dormi tranquila na cama enquanto ele iria dormi na sala. Antes de fechar a
porta do quarto ele olhou para dentro do quarto, Maryn estava tão cansada que já
tinha adormecido, Maruy ainda estava preocupado se ela conseguiria dormi a noite
toda, mas ele fechou a porta do quarto e foi em direção ao sofá.

Quando ele se aproximou do sofá Maruy não aguentava mais força a suas
pernas pararem de ficar bambas e ele caiu ao lado do sofá, a sua visão já estava
turva, seu corpo quase sem forças, mas ele conseguiu se jogar para cima do sofá,
ele colocou o braço sobre os olhos para tirar a iluminação das luzes.

"Aquela runa me desgastou e aquela luta...mesmo eu me segurando, eu não


consegui controlar o fluxo de mana." Maruy procurava motivos para estar tão
cansado, mas ele nem sabia se aqueles eram os reais motivos. "Será que esse é o
gosto da morte? Bom, se eu morrer no fim pude ser o que Gustav sempre pensou
que eu seria."

"Um herói" foram os últimos pensamentos de Maruy antes de dormi.


Descobertas
Yang já tinha descoberto onde Maruy tinha conhecido Maryn, mas olhar
aquelas memórias só trouxeram mais dúvidas que respostas e também ela queria ver
outras memórias já que ela se questionava como nem ela e nem Gustav se
encontraram com Maruy no barco.

Yang sentia algo empurrar o corpo do Maruy, levemente e ainda sonolento


Maruy abriu os olhos, era Maryn empurrando-o, os olhos dela pareciam preocupados
e sua respiração agitada, mas logo ela se acalmou ao ver ele se levantando, sentindo
dor um pouco no abdômen, mas conseguindo levantar.

— Bom dia, desculpa acorda você. — Maryn falou se afastando um pouco.

— Tudo bem. — Maruy se esforçava pra não deixar ela perceber que ele tava
sentindo dor. — Que horas são?

— São 9:30. — Maryn falou olhando para o relógio da escrivaninha.

"Ok, eu fiquei extremamente cansado ontem pra acorda 9:30." Maruy pensou
tentando estralar o pescoço, após isso ele levantou a camisa levemente para ver onde
estava doendo, na lateral do abdômen tinha um local que estava roxo, "Um daqueles
desgraçados conseguiu usar mana num dos socos"

— Maruy você ta bem? — Maryn se preocupou ao ver o machucado.

— Estou ótimo, só um daqueles cara conseguiram me dá um soco. — Maruy


falou abaixando a camisa. — Maryn. — Maruy falou chamando ela. — Você se
lembrou de algo da sua família ou da sua casa?

— Não, nenhuma lembrança. — Maryn falou analisando o rosto de Maruy. —


Maruy, você tem certeza que não nos conhecemos, pois sinto uma ligeira impressão
que te conheço de algum lugar.

"Talvez realmente nós conhecemos, mas eu não me lembro." Maruy pensou


se levantando.

— Não, nenhuma lembrança de ter conhecido você no passado. — Maruy falou


suspirando. — Bom, você come biscoito no café da manhã? — Maruy falou indo para
a cozinha.

— Se for algo comestível eu como. — Maryn falou abrindo um sorriso.


Maruy se virou pra ela, ela falou de uma forma tão feliz, mas aquilo para ele foi
tão triste, lembrar que ela estava vivendo na rua até agora sem lembranças e tendo
que comer o que encontrava na rua, aquilo trazia um sentimento ruim enorme no peito
de Maruy.

— Então você vai comer o melhor biscoito da cidade. — Maruy falou abrindo a
geladeira procurando um biscoito favorito dele que ele tinha guardado.

Dentro da geladeira tinha vários ingredientes para fazer comida, tomate,


cenoura, carne, ovos e entre várias outras coisas, mas nenhuma delas era o biscoito
que ele queria dar a ela. Depois ele foi procura no armário e quando achou o biscoito
ele jogou para Maryn, que pegou rapidamente e firme, impressionando Maruy com a
boa pegada.

— Boa pegada. — Maruy falou indo em direção ao quarto. — Eu to indo toma


meu banho, qualquer coisa só me gritar. — Maruy falou pegando suas roupas e indo
para o banheiro.

Quando Maruy tirou a camisa ele viu que estava com um machucado roxo na
lateral do abdômen, Maruy rapidamente criou a runa de ontem, mas dessa vez a runa
não puxou tanta mana, aquilo era estranho tanto para Yang como para Maruy.

Depois de Maruy termina de tomar banho ele saiu do banheiro usando uma
calça jeans e uma camisa branca regata e depois de ir na cozinha ele se juntou a ela
no sofá com um outro pacote de biscoitos na mão.

— Quando termina de toma café, eu vou sai pra conversa com um amigo meu,
na volta eu aproveito pra compra a comida ok?

— Ok. — Maryn falou com uma voz baixa e meio triste.

— Fique tranquila. — Maruy falou passando a mão no cabelo dela bagunçando


um pouco. — Eu volto antes de meio dia.

Um silencio ficou entre os dois por um tempo, aquele gelo incomodava não só
Yang que observava aquela cena como Maruy que tinha vivido aquela cena.

— Você gosta de ler? — Maruy perguntou depois de olhar sua estante de livros
pela fresta da porta do seu quarto.

— Sim. — Maryn falou como se tivesse lembrado de uma memória. — Meu


livro favorito é do escritor... — Maryn parecia se esforça para lembrar. — Tirus, Tirus
Maximilion.
— Que bom, eu já li dois livros dele. — Maruy falou sorrindo e super feliz que
algumas memórias estão voltando. — Mas ele foi um escritor de muito tempo atrás,
me surpreendo em ver pessoas que já leu as obras dele.

— Que bom que você também gosta dele. — Maryn falou. — Maruy eu... —
Maryn parecia hesitar em fala.

— Oi?

— Eu me lembrei de outros idiomas e escritas. — Maryn falou olhando para o


lado

Maruy olhou para ela questionando se era realmente verdade e segurando a


risada.

— Poderia falar uma palavra de cada uma? — Ele perguntando querendo


saber se realmente era idiomas conhecidos.

— Hon, Siru, Makin. — Maryn falou cada palavra com um sotaque diferente e
uma das palavras tanto Yang como Maruy identificaram, realmente ela tinha falado
em idiomas diferentes.

— Ok, realmente são idiomas diferentes. Um é do reino Koji, os outros... —


Maruy começou a fala.

— São do reino Westery e a outra palavra é do idioma esquecido. — Maryn


falou.

Maruy de imediato se assustou já que pouquíssimas pessoas sabiam sobre o


idioma esquecido, pra alguns era até lendas, conhecer alguém que não só conhece
como fala era algo totalmente raro.

— E quais escritas você consegue ler? — Maruy perguntou ainda assustado.

— As duas escritas do reino Koji, a escrita do reino Westery e o idioma


esquecido. — Maryn falou com a voz baixa.

— Cara. — Maruy falou assustado, mas novamente se animou percebendo


que se ela sabia sobre tudo isso então teria informações sobre ela fácil. — Isso é
incrível, você é incrível Maryn. Acho que rapidinho voltaram suas memorias.

— Obrigada. — Ela falou corando e se colocando mais no canto do sofá.

— Bom, já acabei de toma meu café eu já to indo. — Maruy falou se levantando


do sofá e pegando um sobretudo e um cachecol. — Olha, o porteiro vai vim aqui ver
se você tá bem daqui a pouco, qualquer coisa pode pedi a ele, aqui a chave reserva.
— Maruy segurou a chave em cima da mão de Maryn. — Só abra pra mim e o porteiro,
mais ninguém, ok? — Maruy perguntou

— Somente ao porteiro e você. — Maryn repetiu.

Maruy solto a chave que caiu na mão de Maryn e passou a mão no cabelo dela
abrindo um sorriso.

— Daqui a pouco to de volta.

— Itterashai. — Maryn falou no idioma Koji.

Maruy saiu do apartamento e foi até a portaria para encontrar o porteiro e lá


estava o senhor com uma aparência de quase 45 anos, vestido com roupas de
porteiro, de pele parda e olhos claros, além de algumas mechas grisalhas no seu
cabelo preto seus óculos era uma das coisas que mais caracterizava o senhor.

— Maruy, como você tá? — A voz do senhor já demonstrava sua idade


avançada, se Yang dava uns 45 antes, agora ela dava uns 55 ou até 50 no máximo.

— Estou bem Claus. — Maruy respondeu com felicidade em sua voz. — Iae
meu velho pode fazer um favor pra mim?

— Claro, o que o velho Claus pode fazer por você? — O senhor disse de uma
forma tão doce que parecia conhecer Maruy a anos.

— Eu to com uma criança em casa, então eu queria que você fosse olhar ela
daqui a pouco pra ver se ela ta bem e ficar atento pra ajudar ela, se ela precisar. —
Maruy falou tirando um pouco de dinheiro do bolso.

— Não, não sem dinheiro Maruy, eu amo cuida de crianças, vou cuida muito
bem de seu filho ou filha. Vou cuida como se fosse minha criança. — Claus falou
empurrando o dinheiro de volta para Maruy.

— Obrigado Claus, to te devendo uma. — Maruy falou se curvando em


reverencia ao senhor de idade.

— Fique tranquilo, o velho, mas não tão velho, Claus sempre ta pronto pra
ajudar todos os moradores, principalmente aquele que salvou o prédio. — Claus falou
lembrando que Maruy ajudou o dono a paga as dividas exorbitantes do prédio.

— Mesmo assim obrigado Claus. — Maruy falou se afastando do balcão. —


Até mais tarde.
Maruy saiu sabendo muito bem onde ele iria, para um lugar que ele tinha
prometido para se mesmo que não iria mais lá, ao bairro mais perigoso da cidade e
dominada pela maior gangue da cidade, bairro Santa Fé.

No caminho Maruy estava passando na frente de uma loja de eletrônicos e a


tv estava passando uma reportagem que tinha chamado bastante atenção das
pessoas que estavam ali ao redor, então ele foi ver qual era.

—...Os policias investigaram toda cena do crime, mas não encontraram


nenhum rastro do possível agressor. — Falava o reporte que claramente estava lendo
um texto atrás das câmeras. — Os policias dizem que foi uma briga ou uma possível
tentativa de assassinato. Nós fomos até o local pergunta aos moradores se eles
sabiam sobre algo.

O jornal cortou para um homem negro com roupas que parecia estar indo ao
trabalho e logo em baixo apareceu o nome e profissão, Isaias, condutor de
empilhadeira.

— A única coisa que eu senti foi uma quantidade de mana assustadora, depois
barulhos de luta, tive tanto medo que não sai para fora de casa. — O homem parecia
com pressa.

O jornal trocou dessa vez para uma mulher com duas crianças do lado e em
baixo apareceu, Maria, dona de casa.

— Tava lavando os pratos e do nada senti uma quantidade de mana


assustadora e esmagadora, me esforcei ao máximo para ir até meus filhos que
estavam quase se sufocando com a pressão. — A mulher falava super assustada. —
Aqueles dois homens tiveram sorte, se a pessoa que fez isso quisesse mesmo mata
aqueles homens ele teria feito.

Novamente o jornal cortou, mas foi para uma reporte que estava no local onde
ainda tinha uma poça de sangue seco.

— Foi aqui que tudo aconteceu pelo que os policiais disseram, dá pra ver a
marca de sangue onde eles ficaram pendurados e ali naquela parede da pra ver uma
marca talvez de soco ou onde um dos homens foram jogados. — A reporte falou
passando rápido. — Pelo que os moradores disseram o apelidado assassino da noite,
tinha uma mana colossal e assustadora, além dos próprios policias que foram os
primeiros a chegar na cena de crime falaram a mesma coisa sobre a mana do usuário.
O jornal começou a cortar para os policias, mas Maruy foi cutucado por um dos
homens que estava assistindo, o homem era loiro e estava vestido parecido com
Maruy tremia de medo.

— Será que foi a gangue Spartan? — O homem perguntou tentando deixa


mostrar que estava com medo.

— Não, os Spartan odeia holofotes. — Maruy falou continuando a olhar para a


tv.

—...Os policias não deram nenhuma informação dos dois homens além deles
estarem vivos, mas no pronunciamento deles, o delegado diz que estão fazendo todas
as investigações possíveis para descobrir o assassino da noite. — O reporte terminou
de fala sobre a notícia.

— E eu também odeio holofotes. — Maruy falou para o homem saindo do local


continuando seu caminho.

Maruy continuou seguindo pela cidade dando bom dia a todos que ele
conheceu naquela cidade nos últimos dias, todos os mercadores e algumas senhoras
e senhores falavam alegremente com Maruy, parecia que ele era muito querido por
aqueles moradores.

Depois de uma caminhada relativamente longa ele chegou na porta de entrada


para aquele bairro, não era muito diferente da que ele vivia, mas era mais deserta,
aquilo já era o suficiente para dar um ar diferente.

Maruy entrou andando calmamente pelo local, a neblina estava rasteira, mas
ainda não tinha se dissipado, algo muito comum daquele bairro já que a neblina só
dissipar depois do meio dia pelo que Yang via nas memórias de Maruy.

— Eu acho que o senhor está no bairro errado. — Uma voz veio das costas de
Maruy e uma lâmina pontiaguda era sentida por Maruy nas suas costas.

— Não faz nem tanto tempo que eu sumi do bairro e vocês já esqueceram de
mim. — Maruy virou um pouco o rosto com seus olhos amarelo neon e viu um homem
menor que ele de pele clara, careca e usando calça rasgada, um moletom e um
cachecol que parecia ser roubado já que era destoava nas suas vestes já que parecia
ser de extremo valor.

Rapidamente o homem solto a faca e abaixou na frente de Maruy em pedido


de desculpas.
— Perdão senhor Maruy, não reconheci que era o senhor. — O homem falava
rápido e com medo.

Aquilo mostrava que Maruy ainda era lembrado por aqueles moradores e ainda
tinha o respeito deles, ele não gostava, mas chegava longe de odiar. Maruy apenas
suspirou reduzindo a mana novamente e voltando a coloração normal nos olhos.

— Tudo bem, aqui. — Maruy deu uma cédula para o homem. — Fique para
você, mas poderia me levar até o Percy?

— Muito obrigado senhor Maruy e é claro que posso levar o senhor. — O


homem se levantou e caminhou um pouco a frente. — Venha senhor, talvez o senhor
Percy já tenha acabado a reunião dele.

O pequeno homem foi indo na frente guiando Maruy andando pelo labirinto que
eram aqueles becos, o homem andava tão confiante e como se fosse rotina andar por
ali era surpreendente para Yang.

Não demorou muito até eles estarem na frente de um prédio com 4 andares
com uma fachada parecendo bem mais um cassino, Maruy junto do homem entraram
e realmente era um cassino, com várias maquinas que diziam dar dinheiro, mas na
verdade só roubavam os jogadores, uma área para o pessoal beber e fumar ou
descansar.

Maruy continuou seguindo o homem até um corredor com elevador e eles


subiram até o último andar, quando eles saíram do elevador tinham mulheres se
beijando ou casais de homens ou homens com mulheres em cada corredor que eles
passavam até que eles chegaram na frente de uma porta escrita bem grande numa
estrela ainda maior "Chefe".

— Essa é a nova sala do senhor Percy. — O homem falou se retirando.

Maruy bateu duas vezes na porta, mas sem resposta ele apenas conseguia
ouvir uma música alta e conversa de dois homens, Maruy bateu mais duas vezes na
porta, mas novamente sem resposta, então Maruy entrou.

Quando Maruy entrou uma faca passou do lado da bochecha, milímetros de


distância separavam a bochecha e a faca naquele momento, Maruy olhou quem tinha
jogado, era um homem com aparência forte usando uma camisa social branca com
suspensórios, junto de uma gravata e uma calça social, além do sapato de sapato
social, todo o conjunto de roupa parecia ter sido feito à mão.

— Pensei que você nunca errasse Percy. — Maruy falou olhando para o alvo
ao lado dele e a faca não tinha acertado o meio por pouco.
— Maruy!! — Percy gritou o nome de Maruy super feliz e se levantando rápido.
— Desculpa Parker, eu volto a ligação depois. — Percy falou desligando o telefone
que estava em sua mesa — Maruy a quanto tempo. — Ele se aproximou de Maruy e
o abraçou. — Sente, sente. — Percy falou puxando a cadeira para Maruy.

Maruy se sentou na cadeira e esperou um pouco até Percy rodear e ir até sua
cadeira.

— O que traz, o grande Maruy Okami a minha casa? — Percy falou se


sentando e abrindo um grande sorriso, seus dentes eram iguais de um leão. — Será
que foi aqueles dois homens? o que pode ter causado tanta raiva numa pessoa tão
centrada para ela quebra 126 ossos de cada um, entorta ambos os braços e pernas,
fazer um deles perde o pulmão por ter sido perfurado, fazer com que na melhor das
hipóteses eles tenham perdido apenas 80% da visão... — Percy no meio da sua fala
pegou um caderno que tinha todas informações para não dizer errado. — Desintegrar
os lábios dos dois e desfigurar a cara deles? Ufa quanta coisa, nem eu esperava tudo
isso. — Percy falou puxando uma quantidade enorme de ar depois de ter falado muito
tempo sem respirar.

— Não vim... — Maruy começou a falar.

— Não se preocupe, os policiais não tem nenhuma pista que possa levar até
você. — Percy já se adiantou.

— Como você sabe de tantos detalhes deles? — Maruy pensou alto sem
perceber.

— A meu primo Diego trabalha no hospital que atendeu os dois homens, aqui
uma foto. — Percy deu duas fotos para Maruy, em ambas as fotos estavam os
homens intubados ligados a várias maquinas e estava o mesmo médico fazendo pose
super feliz pra foto.

— Ta bom, mas não vim tratar desse assunto. — Maruy falou querendo ir direto
ao assunto.

— Hm, então outra briga? Ta precisando de dinheiro ou é informações? —


Percy falou olhando no fundo dos olhos de Maruy.

— Informações. — Maruy odiava o estilo de Percy ficar interrompendo as


coisas, mas pelo menos gostava de ele ser direto ao assunto. — Preciso de
informação de uma garota, Maryn, o nome dela.

— Marcos, pode vim aqui rapidinho, obrigado. — Percy falou apertando o


telefone. — Bom, tem foto dela?
— Não. — Maruy falou e logo em seguida um homem encapuzado entrou na
sala

— Podemos pegar a foto da sua mente? — Percy perguntou abrindo um


sorriso.

— Claro. — Maruy falou meio desconfiado.

O homem encapuzado esticou a mão para frente dele e mostrou Maryn por uns
instantes e após um movimento de mão de Percy ele se retirou da sala.

— A única informação dela que tenho agora, além do nome que você acabou
de me dá, é que ela apareceu na costa da praia da cidade faz duas semanas, além
disso não tenho, mas posso mandar meu pessoal procurar informações sobre ela. —
Percy falou entrelaçando os dedos e apoiando os cotovelos encima da mesa.

— Você já procurou no banco de dados do reino? — Maruy perguntou não


querendo sair com apenas aquela informação.

— Eu tenho olhos e ouvidos em todos os lugares, se tivesse informação dela


em qualquer parte do reino eu te diria. — Percy falou se jogando para trás.

— Ok, obrigado Percy, por favor se encontra qualquer informação sobre ela
me avise e se puder tira os holofotes do caso daqueles dois vermes eu também
agradeceria. — Maruy se levantou da cadeira apertando a mão de Percy. — Mas uma
dúvida, como sabia que eu era o culpado desse caso?

— A única pessoa de alto poder na cidade que eu conheço é você e também


a única pessoa que não gosta de mata também. — Percy falou saindo de trás da
mesa.

— Eu não vou me torna seu assassino e eu já falei isso. — Maruy falou olhando
nos olhos de Percy.

— Talvez não seja meu, mas eu reconheço esses olhos Maruy, você vai se
torna um assassino. — Percy falou abrindo a porta. — E Maruy, saiba em minha casa
você sempre será bem-vindo.

— Obrigado Percy. — Maruy falou saindo da sala.

Maruy seguiu o pelo mesmo caminho que veio se guiando pelas pequenas
peculiaridades de cada corredor do prédio até chegar no elevador e fazer exatamente
a mesma coisa para se localizar no labirinto dos becos, com certa dificuldade de se
achar ele também conseguiu encontra seu caminho naquele labirinto e saiu do bairro.
No caminho de volta Maruy parou num restaurante conhecido dele e comprou
uma comida para levar para casa e olhando no relógio do estabelecimento ele via que
já eram 11:46, "Como o tempo passou tão rápido?" Maruy ficou espantado pelo tempo
ter voado rápido.

Maruy tentou se adiantar o mais rápido possível evitando até fala com
conhecido dele, rapidamente ele já estava na frente de seu prédio já quase sem
fôlego, ao entrar ele viu Claus sentado em sua cadeira lendo o jornal do dia, era a
primeira vez que Maruy via o Claus depois de chegar para bater o ponto.

— Bom dia senhor Maruy. — Claus falou abaixando o jornal para vê-lo.

— Bom dia Claus, como tá Maryn? — Maruy perguntou, mas realmente queria
ser rápido.

— Ela está bem, até me ajudou com a cruzadinha do dia. Essa menina tem
uma ótima memória. — Claus falou surpreendendo Maruy.

— Ok, obrigado Claus. — Maruy falou se apresando.

— Nada.

"Se ela se lembrou dessas coisas significa que a memória dela não ta
totalmente perdida, ela pode se lembrar das coisas com o tempo." Maruy pensou com
passos acelerados até sua porta. "Isso é muito bom." Maruy pensava aliviado.

Quando Maruy abriu a porta ele ouviu barulho de panela e de coisa fritando o
preocupando de imediato, mas de junto com a preocupação veio um cheiro bem
gostoso vindo direto da cozinha.

Maruy entrou rapidamente indo em direção a cozinha e estava Maryn


cozinhando como se já soubesse fazer tudo na cozinha.

— Okaeri. — Maryn falou vendo Maruy de boca aberta. — A comida vai ficar
pronta daqui a pouco.

— Eu disse que iria trazer comida. — Maruy falo colocando a caixa que estava
na comida encima da bancada.

— Eu fiquei com fome, então fui fazer algo pra comer, de alguma forma quando
olhei os ingredientes eu me lembrei de uma comida que eu sinto que gosto muito. —
Maryn falou apagando o fogo. — Pronto.
A comida era arroz, fatias de carne com molho e ovo cozido. Maryn montou o
prato super feliz com um sorriso de orelha a orelha, depois eles foram se sentar no
sofá e Maryn ficou esperando Maruy comer como se estivesse esperando uma crítica.

Maruy deu uma garfada e comeu, era uma explosão de sabores, estava
extremamente delicioso, Maruy estava espantado e ao mesmo tempo aliviado dela
ter conseguido fazer aquilo.

— Está delicioso. — Maruy tentou fala com boca cheia, ele não percebeu por
causa da sua preocupação com Maryn, mas realmente ele estava com muita fome.
— Que bom que suas memórias estão voltando.

— Parece que eles voltam com alguns gatilhos para ativar a memória. — Maryn
falou finalmente dando sua primeira gafada.

— Então vamos indo aos poucos achar algum jeito de recuperar todas as
memórias. Maryn você pode ficar comigo até conseguir se lembrar de tudo se você
quiser por tempo que desejar. — Maruy falou engolindo a comida.

— Sério? Não serei nenhum incomodo? — Maryn perguntou envergonhada.

— Você nunca foi e nunca será um incomodo pra mim. — Maruy falou
passando a mão no cabelo de Maryn.

"Então daí em diante vocês ficaram juntos, agora entendi." Yang pensou
acelerando a memória, aos poucos Maryn conseguiu recapitular algumas memórias,
lembra de coisas que ela já aprendeu e aprender coisas novas com Maruy.

"Onde ta a memória do navio, onde ele esteve pra não ver a gente?" Yang
falava acelerando mais ainda a memória para encontra o que queria. Quando ela
chegou na memória que queria ela observou que ele estava no meio do salão junto
com o grupo de alunos, no raio de visão ele tinha visto no canto do olho Gustav e do
outro lado oposto estava Yang.

"Como a gente não se encontrou? Meus deuses." Yang falou se


decepcionando com aquela cena.

Quando Yang saiu da mente do Maruy ela volto como se tivesse sendo puxada
do fundo de um lago, de alguma forma Yang sentia que sua mana estava sendo
drenada, então a suposição de Yang estava certa Maryn suga mana quando está
debilitada.
Aquilo era uma habilidade estranha e bastante assustadora, mas a mente de
Yang se apagou quando sentiu uma mão em sua cabeça fazendo seus instintos de
ficarem ativos, mas logo ela percebeu que era Gustav a fazendo se acalmar.

— A médica me contou a situação de Maryn, incrível que pareça que quase


nada aconteceu com ela. — Gustav falou olhando para Maryn junto com Yang.

Maryn parecia bem melhor com algumas das feridas de quando Yang e Maruy
tinham chegado já fechadas, aquilo trazia tanto alivio para Yang que até mesmo ela
não entendia.

Maruy estava dormindo sentado babando um pouco e quase caindo da cadeira,


Yang tentou segura o máximo a risada até que Gustav se aproximou de Maruy e deu
um tapa na cabeça dele.

— Acorda, idiota.

— Oi, oi acordei. — Maruy falou despertando assustado.

— Gustav falta quanto tempo para o reinicio do torneio? — Yang falou se


esticando e espreguiçando.

Gustav parou um segundo fazendo os cálculos.

— Quinze minutos eu acho, talvez menos.

— Seu idiota, por que não nos acordou antes? — Maruy falou bocejando logo
em seguida.

— Porque não podemos acorda Yang quando ela ta na mente de alguém


lembra. — Gustav falou fazendo um gesto para Maruy diminuir o tom de voz.

— Mas ela escuta dentro da mente da pessoa. — Maruy falou irritado


mantendo a voz baixa e se levantando.

— Desculpa, me esqueci disso. — Gustav falou colocando a mão no rosto em


negação do próprio erro.

— Vamos logo, a gente não pode perde a segunda chave. — Yang falou se
levantando.

Yang foi a primeira a sai da porta calmamente para não acorda Maryn e os
outros dois vieram logo em seguida, depois de fechar a porta cuidadosamente os três
começaram a correr rapidamente pelos corredores sendo Yang a guia dos outros
dois, incrivelmente ela tinha gravado o caminho.
Quando eles chegaram na recepção eles viram a Merlin assinando prontuários
e ao ver a correria dos jovens logo se levantou para reclamar.

— Desculpa estamos com pressa! — Gritou Yang passando direto.

— Desculpa! — Maruy e Gustav gritaram juntos passando junto de Yang.

Enquanto eles corriam também era possível ver pessoas atrasadas correndo
para o ginásio igual a Yang, Maruy e Gustav, ao chegarem na entrada do ginásio
Yang fez um sinal para eles pararem e logo em seguida começaram a caminhar
calmamente entrando no local.

Ao entrarem no local tinha muitos alunos ainda indo para seus lugares os
líderes, vice-diretor e o diretor pareciam estar entediados, diferente do narrador que
parecia ansioso para poder abrir finalmente a segunda chave.

— Posso iniciar? — O narrador perguntou super empolgado para o diretor.

— Claro, por favor. — O Diretor se animou vendo que já iria começar.

— Agora vai começar realmente o festival. — O Lion falou se animando em


sua cadeira.

— Esse ano eu tenho certeza que Yore irá ganhar. — Charlotte falou se
empolgando também e abrindo um grande sorriso.

— Marceline nunca deixaria que uns fracotes como Yore ou Mylon vençam. —
O líder da casa dos lobos falou super empolgado.

— Calma lá Jack, não importa o quanto ela esteja forte ninguém venceria
Mylon. — Lion falou abrindo um sorriso.

Os três iriam começar uma disputar, mas o diretor apenas deu um olhar sério
para eles e logo todos se acalmaram.

— Agora iniciamos o momento mais esperado de todos... — O narrador


começou a falar.

Simon, Mylon e Scott estavam em pé um do lado do outro, sendo os três


últimos da casa dracônica que faltavam lutar. O estádio estava tremendo junto com a
animação dos alunos. Para Mylon e Scott já era normal, mas para Simon era diferente,
seu coração estava apertado, mas muito animado.

— Dê tudo de si, Simon, e vai dar tudo certo. — Scott falou calmamente.

—... A chave onde estão os poderosos e temíveis veteranos... — O narrador


continuava a falar.
No lado da casa dos Fênix estavam dois meninos em pé: um tinha o cabelo
prateado, com pele branca e uma tatuagem de louro na base do pescoço, e o outro
tinha o cabelo ruivo, olhos escuros, pele negra.

— Esse ano eu não vou perder pra você, Mylon. — O menino de cabelo
prateado falou se animando.

— ...Onde o show realmente ira começa... — (O narrador continuava falando.)

Do lado da casa dos lobos estavam em pé Maruy e uma menina de cabelos


longos ondulados, com uma aparência linda, mas feroz. Seus olhos negros profundos,
sua pele parda e vestida com um sobretudo preto, calça de couro preta e uma
camiseta branca.

— Finalmente minha revanche contra você, Mylon. — A menina falava


animada, tendo uma vontade gigantesca de socar alguém.

—...Que os deuses tenham piedade dos novatos que estão nessa chave... —
O narrador gritava mais alto.

Mylon olhava para os outros dois veteranos que o analisava com fúria e
rivalidades em seus olhos. Ele logo em seguida suspirou e abriu um sorriso de canto
de boca.

— Tomara que dessa vez vocês consigam me entreter. — Mylon falou


ocultando pequena animação que tinha dentro de si.

— ...Eu aqui proclamo a abertura da segunda chave do festival! — O narrador


gritou animando todo o estádio.

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