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Gustav já estava cansado de ficar do lado de dentro do navio, já que ele não
conseguia conversa com quase ninguém e estava cansado de ficar dentro do próprio
quarto. Gustav é um jovem de 18 anos, de pele clara, olhos castanhos e cabelo
cacheado solto, no momento estava vestido com uma camisa preta sem estampa,
uma calça jeans e um sapato all-stars, além de ser visível uma tatuagem do signo de
gêmeos no seu pulso esquerdo e uma pulseira com uma pequena joia no pulso direito.
Gustav abaixou um pouco sua visão para olhar o mar e para a surpresa dele
hipocampos nadavam perto do navio como se estivessem o observando, um deles
subiu até se aproximar de Gustav, o animal tinha quase dois metros de altura e tinha
8 metros de comprimento, sua parte da frente tinha um par de patas e uma cabeça
de cavalo, mas a metade traseira era um corpo prateado de peixe com escamas
reluzentes e nadadeiras de arco-íris na cauda. O animal relinchou e sacudiu a cabeça
parecendo que se apresentava a Gustav.
Gustav lembrou do medo que Yang tinha e como ela não conseguia se
aproximar de quase nenhuma criatura marinha de médio ou grande porte, ele teve
um grande trabalho para ajudá-la a superar o medo. Aquelas lembranças traziam uns
sentimentos nostálgicos, principalmente por ver Yang passar a mão levemente pela
crina do hipocampo.
— Fico feliz em saber que você também foi convidado. — Yang falou feliz ainda
passando a mão no animal.
— Parece que o destino sempre dá uma mão pra a gente estar juntos. —
Gustav falou se apoiando na lateral do navio.
— Será que alguém imaginou um dia que a gente estaria indo para uma das
maiores, se não a maior academia de magia do mundo? — Yang falou sorrindo.
— Gust, Olha! — Yang falou apontando para a frente do navio fazendo Gustav
volta sua atenção para aquele momento.
E pela surpresa de Gustav era Maruy, um jovem de 19 anos com pele parda
voltado para o branco, cabelo cacheado solto de cor castanho escuro com o corte
estilo militar, seus olhos um pouco puxados e de cor castanhos escuros, no momento
ele estava vestido com uma regata preta que permitia ver uma tatuagem de labaredas
que vinha do peito e ia até o ombro e no pulso uma runa, uma calça jeans preta,
amarrada na cintura um cassaco preto e calçava um coturno preto, além da mala em
suas costas.
— Rei dos Leões da montanha? — Gustav falou surpreso, mas contente por
finalmente o poder de seu amigo e irmão de batalha ser reconhecido.
— Sim, talvez ele tenha visto algo que eu ainda não enxergo. E vocês dois? —
Perguntou Maruy.
— O rei mago. — Gustav respondeu sem esperar ser algo grandioso, mas
todos que ouviram ao seu redor e até mesmo Maruy volto a sua atenção a Gustav
surpresos.
— Claro, pode vir com tudo da próxima vez, mas lembre-se ore ni kateru no wa
ore dake da. — A frase final vinha de um estrangeiro que tinha lhe treinado um pouco
e sempre usava essa frase, significa "O único que pode me derrotar sou eu mesmo".
Mesmo em meio a zoada de todos conversando uma zoada de palmas fez com
que todos se calassem.
— Iae galera. — O mais jovem que estava atrás do velho veio a frente, a voz
dele era mais alegre e mais juvenil. — Parabéns por conseguirem ser escolhidos para
a nossa academia. Meu nome é Mito Maruto, o vice-diretor da academia de magia.
Aqui vocês aprenderam sobre todos os tipos e vertentes de magia, sendo ou não de
sua afinidade, aprenderam a lidar em missões e como lidar diplomaticamente. — A
aparência de Mito combinava com sua voz, mesmo que calma e um pouco alegre
mantinha sua imponência. — Agora vocês iram se dividir entre as três casas, um por
vez irá vim a frente e pinga uma gota de sangue aqui. — O homem saiu da frente de
um prato de pedra cheio de pedras visivelmente muito quentes. — Podem começar a
vim.
— Força. — Gustav falou para Yang e apontando para o primeiro pilar de cor
vermelha. — Sabedoria. — Falou agora apontando para o segundo pilar de cor azul
escuro. — E... Eu não sei aquele terceiro.
Sem entender o motivo uma pressão dominava seu peito, mas após ver a
fumaça branca Gustav alivio se e logo em seguida estranhou a fumaça branca, já que
nenhum dos outros que passaram pelo teste tiveram a fumaça branca.
Gustav estava sendo direcionado aos pilares, mas fez uma pequena pausa no
percurso para ver o teste da Yang. Ela fez o mesmo processo e pela surpresa dele
novamente saiu uma fumaça branca.
Gustav pelo canto do olho viu o Homem com a faixa vermelha abriu um grande
sorriso para seus colegas ao lado enquanto eles mantinham uma feição seria. Gustav
foi direcionado para os pilares e ele percebeu a magia de vinculo que a pedra fazia,
mas sem se importa tanto colocou a mão sobre a pedra que sugou um pouco do seu
sangue.
Gustav entrou no banheiro e tinha vários meninos se trocando, mesmo que ele
se incomoda-se ele teria que se trocar logo. Gustav tira a camisa depois o sapato e
em seguida a calça. Depois de alguns segundos um menino chega do lado dele.
— Iae cara. — O menino parecia querer se enturma, ele tinha pele clara, olhos
escuros, cabelo ruivo e um óculo. e no momento já estava de calça, no seu tom de
voz parecia que ele tinha esperança de Gustav o reconhece-lo.
— Essa eu fiz junto com meus amigos que eu considero minha família, eu
escolhi um lobo branco, meu irmão um lobo preto e minha irmã um lobo cinzento. —
Respondeu fazendo referência a Maruy e Yang.
— É uma coisa meio pessoal. — Gustav respondeu fazendo com que o menino
recua se um pouco na investida de fazer amizade.
Gustav tinha três tatuagens, uma no pulso com o signo de gêmeos, uma nas
costas de lobo e uma na base do abdômen de kanji do amor, mas esse último
pouquíssimas pessoas podiam ver.
— Será que aqui é tão legal como dizem? — Perguntou o menino que
visivelmente estava animado.
Após Gustav colocar a jaqueta ele começou a colocar suas roupas dentro da
mala.
— Não sei, mas tomara que tenha alguém forte. — Falou Gustav animado. —
Cara eu te encontro depois. — Ele falou se levantando. — Qual seu nome?
Gustav saiu e ficou esperando do lado de fora do banheiro feminino por alguns
segundos até sair Yang vestida com uma camisa branca, uma jaqueta vermelha, uma
fitinha no pescoço de cor vermelha juntamente com uma saia branca, uma meia calça
branca e com seus all-star.
— kkk. — Gustav começou a rir da forma fofa que ela tentava retrucar. —
Vamos?
— Vamos.
Eles saíram juntos até se depararem com uma fila, Gustav já estava ficando
irritado com tantas filas, mas rapidamente ele já estava sendo o primeiro.
— Esse ano temos muitos alunos interessantes. — Ele falou abrindo um sorriso
no canto da boca. — Pegue uma arma e siga a diante. — Gust seguiu para pegar
suas armas e logo em seguida era vez da Yang. — Seu nome e sua afinidade.
Após Yang pegar um arco e flecha eles seguiram mais a diante, indo pelo
jardim da frente da academia e eles observaram que em ambos os lados do jardim
tinha um local de luta com uma cúpula de magia visível. E em um deles estava
esperando com a mão no bolso da jaqueta vermelha um rapaz, com pele clara, cabelo
loiro e liso, olhos caramelos e com um brinco na orelha esquerda, além se vestia
parecido com Gustav. Junto do rapaz ele via um grupo de pessoas ao redor, todos
eram alunos novos.
— Bom, com uma boa parte aqui vamos começar. — O rapaz disse. — Eu sou
Mylon, o veterano de vocês. Para mostrarem seus potenciais juntem-se em duplas.
Escolham bem.
— Aqui tem uma dupla. — Gustav falou levantando a mão e segurando Yang.
— Estilo Arês, sede por sangue. — O menino que portava duas espadas gritou
a magia, deixando suas lâminas preenchidas por sangue e era visível um aumento
de sua força e a afiação da lâmina.
— Estilo Arês, falange espirituais. — O menino com lança gritou sua magia e
criou uma parede de escudos com lanças para fora, criando uma falange em sua
frente.
Após ambos estarem prontos eles avançaram para atacar chegando a ficar
muito próximo de Gustav, mas ele guardou sua lâmina e cruzou os braços.
Após a flecha sair do arco ela se transformou em uma águia feita de raios que
se desviou para o lado e atacou pela laterá da falange e destruiu todos os espíritos,
além de paralisar o menino com lança em seguida a águia subiu aos céus e deu um
rasante no menino com duas espadas, a flecha passou apenas de raspão no seu
tórax, mas a águia o acertou em cheio. Os meninos após receberem o ataque
tentavam se levantar, mas seus corpos não conseguiam, já que, algumas partes dos
corpos estavam paralisadas e outras sofrendo vários espasmos.
— Eu esperava mais. — Falou Gustav bocejando e com um tom arrogante. —
Estilo água, tsunami. — Gustav invocou entediado sua magia colocando as duas
mãos no chão.
Gustav se aproximou de Yang e observou algo que fazia tempo que ele não
via, Yang parecia estar bastante cansada depois daquele ataque, um que ela já tinha
muita experiencia de usar. Ele sabia que tinha algum motivo, mas deixou de lado e a
cumprimentou com high five, aquela não era a primeira batalha juntos deles, eles já
tinham lutado juntos em vários treinos nas escolas e em qualquer coisa o trabalho em
equipe deles era incrível.
— Eu não disse? — Mylon fez uma cara de tédio e bocejando. — Aqueles que
forem derrotados serão eliminados e sairão da academia.
Gustav queria questionar já que ele sabia que tinha uma grande diferença de
forças entre as duas duplas, mas ele queria assegurar seu local na academia, então,
sem retrucar saio do local de luta e ficou ao lado de Mylon.
"Mesmo estando fora de batalha esse menino emana muita força, além que ele
usou uma habilidade rank S. Quem é ele?" Pensava Mylon tentando não encarar
Gustav, "Além dele tem essa menina, ela pode parecer não ter quase energia
nenhuma vindo dela, mas mesmo assim ela conseguiu usar aquela habilidade com
perfeita maestria. Esse ano vai ser muito interessante." Mylon pensou observando os
dois com um sorriso no rosto.
— Próximos. — Mylon chamou começando a bocejar de novo outros para
lutarem.
Seguiu as lutas entre vários outros, claro que nenhum conseguiu ser tão rápido
quanto o de Gustav e Yang, mas muitos mostraram suas forças e seus potenciais.
Depois de algumas horas finalmente foram divididas as pessoas que realmente iriam
ficar na academia e os que sairiam, sem nem mesmo entrar realmente na academia.
— A todos que conseguiram passar, eu lhes dou meus parabéns e sejam bem
vindos a academia de magia. — Mylon falou após a última batalha se encerrar. —
Agora que dividimos levarei vocês ao dormitório.
— Se vocês entrarem pela aquela porta é o salão, é onde sempre iremos nos
reunir durante o café da manhã, na hora do almoço e na janta. — Mylon falou entrando
no saguão e apontando para uma porta dupla de vidro que dava pra ver um grande
salão cheio de mesas e cadeiras. — Estejam aqui as 7:30 da noite.
Eles foram para as escadas já que não caberia todos no elevador e Mylon dizia
que não queria fazer segunda viajem já que era cansativo.
— Eu disse para escolherem bem, mas não foi por causa da luta. A sua dupla
será seus colegas de quarto. — Mylon falou abrindo a porta para eles. — Mas acho
que isso não será um problema pra o casal. — Mylon falou somente para Yang e
Gustav e rindo logo em seguida. — Aqui o panfleto sobre regras e o mapa do campus
já que vocês viveram quatro anos aqui, vão precisar saber se locomover.
Mylon falou por fim e se retirando com o restante da turma. Yang e Gustav
entram no quarto e viram um local bem simples, era espaço o suficiente para eles
dois, tendo dois armários um de cada lado e simetricamente alinhados, duas camas
com uma coberta com o mesmo brasão de dragão, dois criados mudos, duas
iluminarias e apenas uma grande janela, além de uma porta que dava para o banheiro.
Eles passaram um tempo tirando suas coisas da mala e colocando nos seus
armários, por sorte Gustav e Yang tinham colocado uma magia de espaço tempo nas
suas malas, assim carregaram praticamente todas suas roupas de casa para aquele
local. Eles pensavam que não eram os únicos a fazer isso. Quando finalmente
acabaram eles abriram o panfleto para ver as regras, de imediato os olhos de Yang
bateram no shopping no mapa do panfleto.
— Tomara que eles tenham livros, foi a única coisa que eu me esqueci de
trazer. — Gustav falou mais para se mesmo que para Yang. — Ok. vamos as regras.
— Gustav falou começando a ler.
"Primeira regra: Quando vocês saírem dos seus quartos estejam devidamente
uniformizados, para todos saberem de que casa vocês fazer parte. Segunda regra:
Obedecerão a seus superiores e veteranos. Terceira regra: Aqueles com notas muito
baixas serão expulsos." Gust falou em voz alta e percebendo o quão rigoroso era
aquela academia.
— Eles são considerados os melhores, é meio obvio que eles serão rigorosos.
— Yang respondeu colocando um diário dentro do criado mudo.
Gustav passou alguns minutos falando das regras que estavam escritas no
panfleto, com tantas regras Yang até tinha se perdido em algumas delas ou não
prestado atenção em outras.
— Agora que sabemos todas as regras podemos ir? — Ela falou se levantando.
— Vamos. — Gustav falou sorrindo, mas logo seu estomago rugiu, eles tinham
passado tanto tempo que ainda não tinham comido. — Primeiro comer. — Gustav
falou meio envergonhado.
Gustav pegou sua espada e logo em seguida desceram para o salão, o local
era gigantesco, tão grande que era impossível caber um salão daqueles num prédio,
mas isso não incomodou Yang e Gustav que estavam famintos. Logo eles se
sentaram e a comida veio flutuando para eles, sendo as comidas favoritas de ambos,
a de Yang era uma barca de Sushi e o de Gustav era bolo de carne com arroz.
Enquanto Gustav comia, ele se perguntava se como era o salão quando tivesse
lotado de alunos e em sua mente parecia que ficava uma confusão.
— O local é gigante. A ilha toda é o campus, tendo apenas uma pequena área
para a floresta. — Yang falou impressionada.
Gustav se jogou para o lado puxando Yang junto a ele, abrindo um grande
espaço no caminho ladrilhado permitindo que um grupo de com 8 pessoas vestidos
com a cor da casa azul continuarem com sua corrida.
Gustav olhou e era um cavalo alado branco, o cavalo parecia ter se irritado
com Gustav e que estava preste a ataca-lo, mas Yang passou a mão levemente no
pescoço do animal fazendo ele se acalma.
— Que bom que você sempre foi boa com animais. — Gustav falou suspirando
aliviado.
Ambos tinham muitas coisas pra falar um para o outro, mas aquela calmaria e
aquele silencio era algo que eles não queriam quebrar. Era esses pequenos
momentos que ambos mais gostavam, quando eles estavam juntos, mas ainda assim
não precisavam falar ou fazer qualquer coisa pra transmitir um sentimento bom de
proteção e de calma um para o outro.
Em poucos segundos Gustav observou que Yang dormiu em seu braço, ele se
lembrou que ela nunca se deu bem com os balanços dos barcos e navios, além do
seu medo do alto mar. Gustav logo ligou os pontos e entendeu o motivo do cansaço
anteriormente de Yang, ela não tinha dormido direito na viajem. Ele podia ser esperto
e tinha pensamentos rápidos, porém apenas dentro de batalha.
Aquilo fazia Gustav ficar ainda mais impressionado por ela usar uma habilidade
tão forte e com tanta maestria mesmo estando exausta de sono. Ele olhou para o
rosto dela analisando todos seus traços, seus pequenos defeitos que tornavam ela
mais linda aos seus olhos como a pequena falha na sobrancelha esquerda e uma
falha pequena em sua testa na rais do cabelo que alguns fios não cresciam direito por
causa de uma cicatriz de quando ela tentou impedir uma briga de Gustav.
Ele volto seus olhos aos céus e fechou os olhos levemente. "Quando estou
contigo meu coração acelera; mas sem te meu coração dilacera; sem te me sinto só;
pois você é meu Sol." Gustav recitou em sua mente.
Gustav olhou novamente para ela e percebeu que uma pequena mecha caiu
em seu rosto, então ele tirou o braço esquerdo de baixo da sua própria cabeça e
passou a mão levemente colocando a mecha atrás da orelha dela. Ele sentia seu
braço travando para se permanecer na mesma posição e sentir a respiração leve e
calma da Yang, o seu coração bate levemente constante diferente do dele que estava
acelerando a cada batida.
Gustav queria falar, não, ele queria gritar para todos os cantos do mundo que
amava ela, mas sentia medo de estragar esses pequenos momentos que somente
eles dois tinham. Enquanto ele pensava isso em sua mente apareceu a imagem de
Maruy e uma das lembranças deles juntos. " Falar e perde tudo, ou nunca falar e se
remoer pro resto da vida. É uma decisão difícil, mas é melhor tentar e falhar do que
nunca tentar." Foram as palavras ditas na lembrança de Gustav.
"Pra qual casa será que ele foi?" Gustav pensou e sem perceber ele
adormeceu. Algum tempo tinha se passado e Gustav não sentia mais o peso em seu
braço direito, ele abriu os olhos suavemente e percebeu que já tinha escurecido. Ele
olhou ao seu arredo e viu Yang sentada acariciando o pelo de um coelho branco com
os olhos vermelhos tendo um x neles.
— Por que não me acordou vamos nos atrasar. — Gustav falou se levantando
e pegando a espada.
— Você tava dormindo tão fofo que não consegui ter coragem de te acorda. —
Yang falou sacudindo um pouco o coelho.
— Ele me acordou querendo atenção e como achei ele fofo comecei brincar
com ele. — Ela falou passando a mão no coelho. — Ele não é fofo? — Ela falou
apertando o coelho em seus peitos.
— Sim tão fofo que dá vontade de mata. — Sussurrou Gustav irritado com o
coelho. — Vamos temos que ir para o salão. Lembra que o Mylon pediu pra
chegarmos lá 7:30?
Yang se aproximou de Gustav e já estava pronta para correr junto a ele para o
salão, mas ela percebeu que quando começaram a descer o morro o coelho a
acompanhava.
— Coelhinho pode ir. — Yang falou, mas logo o coelho pulou em seu ombro.
— Ele não é um coelho, deveria ter percebido. — Yang falou um pouco curiosa.
— Ele é um Hunter.
— Ok, isso não muda que não podemos leva-lo. — Gustav falou.
— Vai ele é fofo e vai ser super legal ter ele nas missões, Hunters são ótimos
animais de estimação e incríveis animais pra missões, sendo super versáteis.
— Ok, você vem com a gente amiguinho. — Gustav falou abrindo um sorriso
por perceber a insistência do animal, além de se lembrar que tinha horário. — Agora
vamos.
— Sabia que teriam atrasados. — Falou um dos meninos que estava com uma
prancheta na mão impedindo a entrada de Gustav e Yang.
— Deixa eles Yuno, além do mais eles não estão atrasados e não são os
únicos. — Falou uma menina se aproximando.
O rapaz era maior que todos ali, com 1,94, ele era negro, com cabelo Black
Power, olhos escuros e estava vestido com uma camisa branca, sobretudo vermelho,
calça jeans preto, coturno preto. De todos os 5 ali presente ele era o que emanava
mais poder e parecia ser o mais forte.
— Qual seu nome e seu quarto? — Uma menina menor que todos ali, 1,57, e
com uma voz de criança apareceu dando um surto em Gustav, já que ele não sentiu
a presença dela.
A menina estava vestida da mesma forma que Yang, ela tinha os olhos
diferentes, esquerdo verde e o direito amarelo parecidos com de um gato, ela tinha a
pele clara e cabelos loiros ondulados, além de estar com a prancheta na mão.
— Ok. — Ela falou. — Ei vocês esperem que temos que anotar seus nomes.
— A garotinha gritou para os jovens que estavam descendo as escadas e estavam
preste a ir direto para o salão. — Qual o seu bonitinha?
— Todo ano essa bagunça, que raiva e cadê o Mylon? — Falou o menino de
cabelo azul com a voz irritada para sua colega.
O lado bom era bem melhor do que na imaginação de Gustav, pelo lado ruim
era um pouco parecido.
Gustav e Yang foram em direção ao jovem que estava sentado com dois
meninos e duas meninas.
— Iae Gustav, tudo bem? — Ele perguntou um pouco sem jeito, mostrando
que ele não sabia muito conversa.
— Sim estou bem, essa é Yang minha amiga ou melhor dizendo minha melhor
amiga. — Gustav falou apresentando Yang.
— Oi, muito prazer. — Yang falou. — Como que a gente pede a comida? —
Yang falou.
— Com o tempo o prato vem para nossa mesa. — Uma das meninas se sentou
ao lado de Yang afastando Gustav dela. — Prazer, Raphitalia. — Ela se apresentou.
Raphitalia tinha um corpo lindo de pele negra e mesmo sentada Yang via que
ela tinha um corpo violão, seus cabelos eram escuros, longos e cacheados, seus
olhos de cor caramelo chamava atenção de qualquer um, Yang sentia uma pitada de
inveja.
Marcos tinha pele branca, olhos negros, e cabelos loiros ondulados, seu corpo
era definido o bastante para ficar a mostra sobre a roupa e era da mesma altura que
Gustav e igual a ele estava com sua espada na cintura, sendo ela tendo um punhal
com um símbolo de leão.
— Que tal uma luta amistosa depois. — Marcos falou abrindo um sorriso para
Sirius e colocando a mão no punho da espada.
— Você não pode ver uma oportunidade de luta que você quer participar. —
Yang falou olhando para Gustav. — Vocês meninos nunca mudam.
Sophia era menor que Yang e tinha um corpo bem mais de uma criança que
de uma jovem-adulta, seus cabelos eram ruivos e lisos, além de ir até os ombros,
seus olhos eram azuis e sua pele era branca.
— Que bom que todos estão se enturmando rápido. — Simon falou baixo
quase que sussurrando, diferente dos outros ele foi o único menino que não tinha
trazido sua arma.
— Bora vai ser legal e eu vi sua luta, aquela armadilha de reflexão de magia
foi incrível. — Gustav falou super animado.
Quando eles iriam começar a conversa mais dois outros alunos entraram pela
porta e os outros quatros alunos entraram também indo em direção ao grande palco
no final do refeitório onde tinha o líder da casa vermelha e Mylon sentado ao lado
dele.
— Boa noite a todos, sou Lion, líder da casa vermelha ou melhor dizendo da
casa dracônica. — Ele falou se apresentando, sua voz era forte e passava imponência
mesmo que ela fosse bastante juvenil. — É um prazer telhes em minha casa, eu serei
franco, os próximos anos serão um inferno, vocês vão comer o pão de o diabo
amassou, terão que estudar como nunca em suas vidas, treinar como nunca antes
treinaram e lutar como se suas vidas sempre estivessem em jogo. — Ele falou
olhando todo o refeitório com um sorriso travesso. — Mas acredito em vocês.
— E para isso precisamos sempre ultrapassar nossos limites, mas não iremos
conseguir isso sozinhos. Olhem ao seu redor! — Lion gritou abrindo seus braços. —
Cada um desses lutou muito pra conseguirem chegar aqui, eles lutaram igual a você
ou até mais que você. Então esqueçam o nome colega ou amigo, de hoje em diante
somos todos uma família. — Lion deu uma pausa para se acalmar. — Vocês que
escolhem se irão ou não ficar, mas saibam que apenas de chegarem aqui, eu estou
orgulhoso por cada um de vocês.
Gustav ficou um segundo com a espada levantada, meio constrangido por ver
que seus amigos não acompanharam.
— Ele é diferente dos outros. — Falou Yuno, parecendo ter um pouco de inveja.
— Ok, o dia foi um pouco cheio hoje. — Gustav falou entrando no quarto e
esperando Yang e o Hunter passar.
— Sim, mas amanhã vai ser mais ainda. — Yang falou se sentando em sua
cama.
— Ok qual vai ser o nome dele? — Gustav observou o Hunter ficar sentado na
frente dele naquela forma de pastor alemão.
— Que tal Simba? — Yang falou olhando para o animal que fez um não com a
cabeça.
Ela estava vestida com uma camisa mais folgada e um short curto, ela estava
com a coberta toda bagunçada encima dela. Aquela cena era engraçada na mente
de Gustav logo ele endireitou a coberta e foi para sua cama dormi.
Em meus a esses pensamentos ele olhou para o seu colo, lá estava Ellion
ainda em sua forma de gato dormindo calmamente soltando raramente alguns
ronronares baixinhos, ele retirou o gato de cima dele calmamente para não o acordar
e logo em seguida olhou para Yang, ela dormia calmamente, tão bela aos olhos de
Gustav, mesmo ela estado com seu cabelo bagunçado e com a cara amassada.
Gustav se levantou e olhou para o relógio do alto da torre do colégio, 8:15, era
um horário bom para ele. Com Gustav já planejando seus próximos passos para
conseguir cuidar de sua higiene sem ao menos acorda nem um dos outros do quarto.
Agora ele não podia acorda Yang, andando calmamente e mantendo sua
respiração altamente controlada Gustav chegou à porta do banheiro. Quando achou
que agora poderia fazer barulho tranquilamente Ellion ainda em forma de gato pulou
para o chão fazendo barulho assustando Gustav.
Ao perceber que não tinha acordado Yang, Gustav suspirou de alivio. Sem
perceber o tempo passar ele tomou um banho, cuidou de sua higiene bocal e se
arrumou com a farda da academia.
Gustav se sentou ao lado da cama de Yang e olhou para ela, que rapidamente
abriu um pouco os olhos pra ver que presença era aquela e depois virou de volta pra
dormi.
Yang quando acordava por se mesma era fácil ela levantar e até ficava bem
energética as vezes, mas quando era acordada por outra pessoa a preguiça
dominava-a e prendia a cama com todas as forças.
Gustav se surpreendeu por aquela atitude de Yang, já só tinha visto poucas
vezes ela agir daquela forma na viagem.
— Você sempre ameaça, mas nunca fez. — Yang falou se lembrando de todas
as vezes que ele ameaçou acorda-la.
— Você sabe o que eu farei contigo se fazer isso. — Yang falou num tom
ameaçador.
— Ok! — Yang falou levantando de sua cama mal humorada e indo para o
banheiro.
Naquela manhã Gustav tinha acordado bem cedo, bem mais cedo que Maruy
ou Yang. O sol ainda nem havia raiado, as folhas das arvores e da própria folha que
fechava a entrada na arvore que eles se escondiam estavam molhadas da chuva que
caiu em meio a madrugada.
Maruy estava deitado sobre a cama improvisada com a pele de animal que
eles tinham comprado, ele ainda não era tão musculoso como seria um dia, seus
cabelos eram medianos e lisos, no momento ele estava vestido apenas com uma
calça jeans.
Yang estava deitada na outra cama improvisada. Ela tinha um cabelo que
ficava em seus ombros, ela se vestia com uma camisola vermelha que tinham
comprado a pouco tempo numa vila pequena.
Mesmo que Gustav adorava olhar aquela cena, ele sentia a necessidade de
treinar, treinar para ninguém tocasse ou ferisse aqueles dois.
Gustav treinou com sua espada cortes frontais várias vezes, chutes e socos,
além dos seus poderes e o controle de mana. O tempo se passava rapidamente e
quando ele viu o Sol nascer ao longe Gustav entrou no abrigo.
Maruy se levantava ainda com sono, mas não precisava que o Gustav o
acordasse. Yang por outro lado ainda dormia aninhada em sua cama e segurando
forte o lençol para o frio não entrar.
Yang logo olhou para Gustav com raiva e se levantou furiosa indo se arrumar.
— Ela vai se acostumar a acorda cedo. Mas não acho que essa fase é mais
chata do que a anterior. — Gustav falou se lembrando das vezes que ele tinha que
passar longo tempo conversando com ela pra ajudar a se acalmar.
— Vai fazer 3 anos, mas ainda vemos cartazes por aí. — Gustav falou
preparando a mochila.
— Até quando vamos ficar fugindo? — Maruy comentou olhando para o chão.
Não era apenas Maruy que queria parar de fugir, Gustav era o que mais queria,
porém ele sabia que não dava. Ele sabia que não dava e sentia culpa por isso, ele
colocava que tudo aquilo que seus amigos passavam era culpa dele.
Sem ao menos perceber uma fina linha de lágrima desceu de seu olho ao se
lembrar de todos que morreram por culpa dele. Maruy suspirou percebendo que
aquela converso só faria Gustav se sentir pior.
— Não é culpa sua, na verdade se você tem culpa de algo é ser culpado por
continuarmos vivos. — Maruy falou se aproximando de Gustav. — Sem você a gente
teria morrido. Eu e Yang te agradecemos por tudo, então não se culpe coisas que
esses malditos fazem.
Quando Gustav iria se lembrar de como Maruy apoiou sua mão pesadamente
em sua cabeça pra lembrar que ele ainda estava ali Ellion subiu em sua cabeça,
acordando-o daquele transe.
Gustav olhou para o animal que logo foi pro seu colo, Ellion ainda estava com
a coleira e parecia ter descansado muito bem para ter começado a se esticar no colo
dele.
— Vamos voltar pra forma de cachorro? — Gustav falou pra não chama muita
atenção já que eles estraram com um cachorro teriam que sair com um cachorro.
— Muito bem garoto, talvez eu consiga um petisco pra você. — Gustav tentou
animar o animal.
Ellion latiu super feliz e seu rabo balançava agitado, vendo aquela cena Gustav
tinha notado que era a primeira vez que ele tinha um animal de estimação. Não
demorou muito para Yang sai do banheiro com a toalha em seu pescoço e ela
secando as pontas do cabelo.
— Os dois estão discutindo sobre quem são os mais fortes entre os veteranos.
— Raphitalia falou parecendo cansada do assunto.
— Bom, eu diria que é o Mylon. — Gustav falou tentando criar uma análise na
sua mente. — Teros aparenta ser mais forte fisicamente, mas eu ainda apostaria em
Mylon.
— Não tem dessas de "Teros aparenta ser mais forte". — Sirius falou fingindo
uma irritação. — Mylon é o líder dos veteranos e é considerado o mais forte da
academia.
Ao levantar da cama para ficar sentado ele viu a porta do banheiro fechando,
Gustav fez força para se levantar da sua cama quente para aquele chão frio e ir até
a janela, 6:15, ele conseguiu ver no relógio da torre da escola. "Por que acorda tão
cedo?" Ele se questionava tentando estralar o pescoço para diminuir a tensão.
— Por que acorda tão cedo? — Gustav falou parando de fazer flexão e se
recostando na cama.
Gustav pegou sua roupa no armário e foi tomar seu banho, a água não estava
tão boa quanto Yang dizia, pelo lado bom não estava fervendo, pelo lado ruim estava
congelando.
Gustav saiu do banheiro com os dentes batendo e vendo Yang brincando com
Ellion que agora estava na forma de ouriço. Gustav foi o mais rápido possível para
colocar logo o sapato e tentava esquentar seu corpo com uma camada fina de chamas
que eram tão fracas que não queimava a roupa ou seu corpo.
Após Gustav está pronto os dois desceram para o salão deixando um pouco
de comida para Ellion. O salão que naquele momento estava bem menos barulhento
do que no dia anterior.
— Oi, ahhh ela, depois a gente se resolve, né Yang? — Sophia falou abrindo
um sorriso falso e criando um brilho na mão fazendo Yang se esconder atrás de
Gustav.
— Mas eu pensei que sua afinidade era magia de cura? — Gustav falou
estranhando a informação.
— Então que brilho foi esse? — Yang falou ainda se escondendo atrás de
Gustav.
— Entendi, onde estão os outros? Se eles demorarem mais eles vão se atrasar.
— Gustav falou olhando ao redor.
Quando ela acabou sua frase Sirius, Raphitalia e Marcos estraram no salão
com Simon nas costas de Marcos, parecia que ele mal tinha acordado ainda e pelo
que parece eles que vestiram o menino pela bagunça que estava a roupa.
— Ainda são cinco da manhã deixa eu dormi mais um pouco. — Falou Simon
ainda parecendo que estava dormindo.
— Isso é sua resposta e aqui suas 5 moedas de ouro. — Marcos falou irritado
e colocando as moedas na mão de Sophia.
— Deixa que eu o acordo. — Yang falou esfregando a mão. — Estilo
relâmpago, baixa voltagem. — Ela falou colocando a mão no ombro de Simon fazendo
ele pula e se tremer todo e o acordando no processo.
— São 6:40. — Falou Raphitalia. — Você se lembrou que tinha que acorda
cedo?
— Bom, você ta aqui e acordado, significa que não vai levar bronca. — Falou
Sirius.
— Eu perdi 5 moedas de ouro por sua culpa, é melhor você me paga. — Marcos
falou se aproximando de forma assustadora em Simon.
— Qualquer? Que tal daquela garota? — Gustav falou apontando com o olhar
para uma menina que estava 3 mesas distante e sentada sozinha.
— Ela se chama Mary Stephanie, ela tem a mesma idade da gente e sua
afinidade é o metal. — Sirius falou olhando para ela e se voltando a mesa. — Ela é
filha do Nozel Mark, um nobre falido que desapareceu dos livros de história, ela é uma
menina introvertida, ama livros de poesia e romance além de gostar de pinturas. —
Sirius falou espantando todo mundo por tanta informação. — Ela foi reconhecida pela
Rainha do mar. E por fim ela é órfã, a mãe morreu durante o parto dela e o pai se
suicidou a dois anos, se tornando a única e última da linhagem Mark.
Eles iriam começar a discutir, mas a porta do salão se abriu e entrou Mylon
junto do Lion. A presença deles dois eram totalmente dominantes dentro do salão,
mesmo que ainda não tinha tempo o suficiente para dizer aquilo Gustav achava que
nunca se acostumaria com a presença e a mana que eles tinham.
— Bom dia a todos. — Mylon falou bocejando quase criando uma ação em
cadeia em todo mundo começar a bocejar. — Antes do aviso que eu tenho que lhes
entregar saibam que vocês terão que comparecer sempre aqui as 7 da manhã e 7 da
noite. Mas enfim, como alguns de vocês já sabem as aulas começaram daqui a 4
dias.
— E agora temos mais uma vaga. — Mylon começou a olhar no salão, e seu
olhar parou em um dos meninos que estava dormindo. — Ei, menino que ta dormindo,
qual o seu nome?
— Eu não quero participar. — Falou o menino não mudando sua posição e com
a voz sonolenta.
Não era apenas a quantidade, mas sim o poder massivo que aquela mana
tinha, quase inúmeras vezes maior que a quantidade de Gustav.
— Ok, vamos fazer uma coisa então. — A voz de Mylon estava mais séria do
que até agora todos ouviram, mais assustadora e imponente. — Você vai lutar comigo
aqui e agora, se ganhar eu deixo você ficar de fora, mas se não será expulso. —
Falou Mylon com um sorriso assustador.
— Steve Marcate. — Falou o menino com a voz tremula e com seu corpo todo
tremendo e fazendo Mylon voltar a quantidade de mana normal que ele emanava.
— Ok, Scott, você vem esse ano. — Mylon falou fazendo um dos meninos do
terceiro ano se levantar. — O festival será amanhã, os alunos que iram participar se
preparem. — Falou Mylon indo em direção a porta e deixando os alunos junto de Lion
no salão conversando
— Vamos lá Simon, vai ser divertido. — Gustav tentou anima seu companheiro.
— Vocês dois não vão querer treinar mais tarde? — Marcos comentou
comendo um pouco das panquecas que tinha ido em sua mesa.
— Se puder eu quero participar também. — Sirius falou entrando na conversa
cortando a sua panqueca.
Gustav hesitou por um instante olhando para Yang, mas ela apenas sorriu e
fez um gesto com a cabeça que ele podia ir.
— Você disse que iria me ajudar a encontrar meu livro. — Raphitalia falou
furiosa com Marcos.
Raphitalia deu uma virada de olho e se arrumou na cadeira após sua comida
chegar.
Yang tinha puxado Sirius para o seu lado e sussurrado em seu ouvido alguma
coisa que o fez sorrir e concorda com a cabeça.
— Não, vou treina sozinho mais tarde. — Ele respondeu começando a anotar
em um diário de bolso.
Sophia estava um pouco corada e se segurando para não rir, enquanto Yang
se surpreendeu pelo gesto de Marcos e até sentia um pingo de inveja por Gustav
nunca fazer o mesmo.
— Então vai ser o dia das meninas. — Raphitalia falou puxando as duas para
o mundo real. — Vamos primeiro na biblioteca procura um livro que eu quero depois
vamos no shopping.
— Ok, talvez também encontre um livro que eu goste ou talvez que Gustav
goste. — Yang falou se levantando da cadeira.
— Claro, mas será você que vai pagar o seu. — Raphitalia retrucou se unindo
as meninas. — Simon estamos indo, ok?
— Vamos Yang, acho que o livro vai estar por aqui. — Raphitalia a chamou
caminhando na frente de Yang.
— Qual o livro que devemos achar mesmo? — Yang perguntou vendo vários
livros diferentes.
— Livro sobre runas das chamas, nível expert. — Raphitalia falou olhando por
cima do ombro. — O nome do livro é "Curiosidades e fatos sobres usos de runas das
chamas", ele foi escrito por Mario Torres.
— Sim, já vai fazer um ano que ele me pediu em namoro. — Raphitalia virou
em um dos corredores de estantes junto com Yang. — Ele é muito carinhoso e
protetor, mas é um cabeça de vento, além de quase o tempo todo querer treinar.
— Entendo bem, Gustav é igualzinho a Marcos, tirando que ele tem uma certa
dupla personalidade, mas eu o amo do jeitinho que ele é. — Yang falava com amor e
ternura em sua voz enquanto ela olhava alguns livros.
— Você realmente ama ele. — Raphitalia falou indo olhar a outra estante de
livros.
— Não posso negar que sim. — Yang falou olhando a capa do livro que ela
pegou da estante e percebendo que estava na sessão de livros de romance. — Mas
acredito que ele não sinta o mesmo.
Yang também tinha uma parte sentia que Gustav sentia o mesmo ou até mais
forte que ela, mas a outra parte temia por ser apenas uma ilusão da sua mente e
desejava manter do jeito que estava.
— O que tem eles dois? — Raphitalia perguntou indo para perto de Yang.
— Não tem nada entre eles? — Yang perguntou empurrando o ombro na sua
amiga.
— Bom, Sophia tem sim uma quedinha em Sirius, mas ele já a rejeitou. —
Raphitalia falava procurando um livro em especial.
— Eu posso saber quando um casal pode dar certo e quando não, eles nunca
dariam certo, mas você e Gustav. — Raphitalia pausou sua fala pegando um livro
com o título "12 dicas que ele te ama" — Se não derem certo então nem eu e Marcos
daremos.
**
Os meninos estavam numa das arenas vazias e a mais distante das outras,
sendo essa escolhida por Gustav, enquanto ele estava sentado na arquibancada ali
do lado Marcos e Sirius estavam lutando sem suas jaquetas, mesmo que fossem
lutadores acima da média, na visão de Gustav eles ainda tinham muito caminho a
percorrer.
— Marcos, para de abrir a guarda toda vez que você for lança uma magia e
Sirius, puna-o, se ta vendo uma abertura não hesite, ataque. — Gustav falou
ferozmente como um treinador e os dois concordaram com a cabeça para logo em
seguida eles tentarem corrigir os erros abordados por Gustav.
"Marcos tem um potencial bem alto já que sabe coisas que são quase
impossíveis de ensinar, sabe usar a criatividade em batalha, além de ataca sem
hesitar, mas ainda lhe falta conhecimento de combate e autoconhecimento para saber
seus limites" Gustav pensava enquanto sua visão se fixava em Marcos.
Gustav por reação jogou a cabeça para o lado quando uma lança de madeira
foi jogada em sua direção, quando ele olhou para o lado foi que ele entendeu o porquê
do seu corpo ter se movido automaticamente.
— Vamos Gustav, você não disse que iria treinar? — Sirius o chamou
colocando a mão na cintura.
Marcos estava limpando as mãos impressionado que Gustav escapou da sua
lança, mesmo que ele tinha mirado apenas para fazer um pequeno corte na bochecha
de Gustav.
— Pode vim os dois. — Gustav falou entrando na arena com uma chama cheia
de empolgação em seus olhos.
— Sim, vai ser um ótimo treino. — Gustav falava terminando de alonga suas
pernas e com um sorriso alegre junto de olhos cheios de animação.
Sirius ao se aproximar dos dois via que os dois se olhavam prontos para
começar a batalha, Gustav emanava uma áurea fria e intimidante, seus olhos agora
estavam sem aquelas chamas que antes eles conseguiam ver e sua postura
demonstrava estar mais do que pronto para revidar ou até atacar a qualquer
momento.
Sirius entregou a espada para Gustav e foi entregar para Marcos, era a
primeira vez que Sirius via seu amigo tão rígido e atento como ele estava naquele
momento.
— Estilo druida, refúgio perdido. — Após o Marcos gritar aquelas palavras ele
liberou uma grande quantidade de mana.
O local começou a tremer abaixo dos pés dos três se tornava mato, nas laterais
da arena árvores começaram a crescer rapidamente, o local agora parecia uma
clareira que ao redor tinha uma floresta extremamente densa.
— Hm, é mais fraco do que o paraíso perdido, mas admito que não poderei
brincar. — Gustav falou avaliando a magia criada por Marcos e alterando sua base
de luta para uma mais aberta.
Quando eles iriam travar suas espadas Sirius entrou na frente para parar
Gustav, porém ele não esperava tamanha força vindo daquele ataque aquilo fazia
ficar ainda mais claros na mente de Sirius que seria impossível vencê-lo na força.
Marcos só tirou os olhos por um segundo de seu rival para olhar Sirius, mas
quando ele olhou de volta para Gustav, ele estava desferindo seu próximo ataque,
que mesmo Marcos se defendendo ele foi jogado para trás e antes que ele tivesse
tempo para pensar em como reagir Gustav já estava desferindo outro golpe, porém
esse Marcos conseguiu travar as espadas.
— Isso é tudo que vocês têm? — Gustav falou forçando um pouco mais a
espada.
Marcos temia pela sua lâmina que não parava de ranger e igual a Sirius ele
percebia que em força talvez nunca iria vencê-lo. Gustav estava a esperar por uma
resposta de seu rival e sem perceber embaixo dele vários cogumelos começaram a
crescer.
— Só eu que acreditava que Gustav era um cara legal? Agora ele ta mostrando
que é só mais um arrogante como os outros. — Marcos falava furioso.
— Isso é a segunda personalidade dele. Yang me avisou que ele tem uma
personalidade arrogante, fria e irritante. — Sirius falou se lembrando do que Yang
falou. — Mas vamos foca primeiro no combate, depois a gente ver isso.
Gustav estava olhando para a floresta com uma áurea azul transparente bem
fraco, por um segundo Marcos acreditou ter visto um sorriso em Gustav como se ele
tivesse o visto.
— Eu sei onde estão vocês dois, é melhor achar outro lugar para se esconder,
ou vim me enfrentar. — Gustav falou.
Gustav estava usando visão de temperatura para descobrir onde eles estavam,
mesmo se Marcos e Sirius tentassem se esconder ele conseguiria ver através
daquela vegetação densa.
— Ele sabe da sua telepatia? — Marcos já estava pronto para ir lutar com
Gustav.
— Não, eu não falei nada do meu poder para ele. — Sirius respondeu
segurando forte a sua espada.
Gustav defendeu o ataque de Sirius e tinha jogado a espada para trás para dá
um corte frontal, mas Marcos travou a lâmina de Gustav o forçando usar suas pernas
e chutar Sirius um pouco para frente, logo em seguida ele soltou sua espada e dando
um corte lateral em Marcos fazendo ele se afastar.
Quando Gustav ia se virar para olhar onde estava Sirius várias raízes
começaram a circular e prender-lhe quando Gustav estava totalmente preso uma
lâmina estava em seu pescoço.
Marcos tentou defender, mas com o impacto o braço dele foi jogado para o
lado deixando sua guarda aberta para o ataque que Gustav deu logo em seguida que
acertaria se as raízes não puxassem o braço dele para baixo fazendo-o errar por
pouco.
Das sombras saíram dois lobos, um branco com olhos azuis e duas runas
vermelhas no seu pescoço, e o outro era negro com olhos vermelhos com duas runas
azuis no mesmo local que o outro, ambos rapidamente foram em direção de Gustav
ataca-lo.
Gustav deixou a lâmina de Sirius deslisar pela dele e o chutou para longe para
logo em seguida tentar perfurar os lobos com estacas de gelo, mas os lobos se
transformaram em fumaça passando pelas estacas e depois voltando a suas formas
originais forçando-o esquivar rolando para o lado.
Quando Gustav rolou para o lado Marcos caiu em cima dele tentando acerta-
lo, mas novamente Gustav se esquivou do golpe bem mais rápido do que das outras
vezes e logo em seguida mordeu seu próprio dedo abrindo um pequeno ferimento
depois desenhou em direção a um dos lobos uma runa.
— Banido. — Gustav falou encerrando a runa, o outro lobo tinha pulado nas
costas dele pronto para finalizado, mas Gustav logo se volto pra ele e fez a runa
rapidamente. — Banido. — Gustav gritou finalizando a runa.
Marcos após cair tentou se levantar, mas quando ele menos esperava Gustav
já estava em cima dele novamente pronto para dar o último soco, porém Marcos usou
as raízes para tentar desviar do soco junto com Sirius ter controlado por um segundo
o movimento de Gustav para ele errar o soco, mas nenhum dos dois sabia se iria
funcionar até que o soco desceu e com o impacto criou uma pequena nuvem de
poeira.
Se Marcos não tivesse jogado a cabeça para o lado, o soco seria certeiro,
novamente ele usou as raízes, mas dessa vez para tirar Gustav de cima dele e logo
Sirius foi para a sua frente pra defende-lo.
Sirius olhou por cima do ombro, os seus olhos demonstravam uma grande
vontade de lutar, Marcos sabia que Gustav era bem mais forte que ele, porém ele
confiava em seu amigo.
Sirius liberou toda sua mana e se esforçava para aumenta-la, mas nem se
aproximava da quantidade liberada por Gustav, mesmo com a diferença Sirius e o
golem avançaram com tudo para lutarem contra ele.
As duas estavam numa parte da sessão feminina onde tinha camisas e era
perto da sessão masculina, Yang não via muito motivos para compra roupa já que
eles eram obrigados a ficarem com os uniformes quase que o tempo todo.
Yang questionava do porquê ele estava ali e ainda sozinho, ela rapidamente
foi para perto do seu irmão de consideração.
Maruy estava vestido parecido com Gustav, mas diferentemente ele estava
com as paletas de cores pretas. Rever Maruy ali trazia um sentimento enorme de
alivio por perceber que ele tinha conseguido passa pelos alunos e que não estava
causando confusão.
— Mas quem é essa amiga? Em? — Yang falou dando duas cotoveladas. —
Uma outra namorada? — Yang falou com uma cara maliciosa.
— Sim, mas não pense que eu te troquei. — Yang falou abrindo os braços para
um abraço.
— Mas é claro, se me trocasse eu iria te perturba pelo resto da sua vida. — Ele
falou a abraçando.
— Nem parece que você não faz isso já. — Yang falou soltado Maruy. — Até.
— Até.
Quando Yang se afastou ele pensou que solta Maruy foi tão fácil, bem diferente
da última vez que eles tinham se abraçado antes de se separarem a 3 anos, daquela
vez ela tinha se segurado tão firme a ele que o soltar era quase impossível e aquela
memoria dela temer nunca mais o vê-lo agora não passava de um pesadelo.
Yang rapidamente foi para perto de Raphitalia que já estava com mais duas
camisa no braço.
— Aquele era o Maruy. — Yang falou olhando para onde Maruy estava, porém
ele não estava mais lá.
— Hmm, cuidado para o Gustav não ficar com ciúmes. — Raphitalia comentou
brincando.
" — É tudo ou nada! — Maruy gritou parecendo que iria explodir de tanto liberar
mana. — Temos que ir agora, Yang decida, morrer aqui pelas mãos desses vermes
ou viver uma vida!"
Gustav olhava pra ela fazendo Yang sentir uma enorme tristeza, mas um
sentimento de liberdade, os olhos dele dizia tudo que ela precisava saber.
" — Yang, pela primeira vez você ta no controle e não precisa ser a última vez.
— Gustav falava tentando manter a voz mais calma possível. — Confia em mim."
Ela nunca imaginaria que quando ela pegasse na mão de Gustav toda sua vida
iria mudar, ela nunca imaginaria que sua vida um dia mudaria na verdade.
— Eu acho que essa história é pra uma outra hora. — Yang falou dando um
sorriso sem graça.
— Ok, então eu vou cobrar essa história depois. — Raphitalia falou olhando
para o lado masculino. — Uma camiseta perfeita pro Marcos, pega pra mim Yang? —
Raphitalia falou apontando com um rosto pra uma camisa preta com uma lua prateada
no meio.
Yang pegou a camisa e olhou para a camisa ao lado com um lobo em vez de
uma lua, junto com vários pontinhos brancos simbolizando as estrelas fazendo com
que ela lembrasse do treino dos meninos.
— Se for uma luta um contra um, acredito muito que o Marco esteja ganhando.
— Raphitalia comentou confiante.
— Talvez, mas acredito muito mais que Gustav esteja ganhando. — Yang tinha
certeza que Gustav estava ganhando. — Que tal uma aposta?
— Ok, só não quero que você fique mal financeiramente. — Raphitalia falou
preocupada com sua amiga. — Acho melhor eu não pegar muita coisa então. — Ela
sussurrou pra se mesma.
— Tá, mas saiba, eu ensinei um trunfo para Marcos, acho que ele não vai
perde. Ainda acha que Gustav vai ganhar?
**
Gustav estava com sua mana agora um pouco mais quente que anteriormente
e sua face parecia bastante animado, sem a cara seria que ele tinha iniciado a luta.
— Sirius, você sabe bem que não conseguira me derrotar sem o Marcos. —
Gustav falou com um tom arrogante. — Vamos, eu te ajudo. Marcos! Marcos! Mar...
Antes de Gustav terminar uma última vez o golem apareceu vindo de cima
tentando esmagar, mas Gustav rapidamente desviou e estava parado olhando nos
olhos verdes brilhantes do grande gorila de pedra, ambos pareciam olhar um dentro
do outro no fim Gustav abriu um sorriso no canto do rosto.
— Mesmo grande, você ainda é bem ágil. Vamos ver o que você é capaz.
Quando Gustav terminou a frase o golem socou com o braço direito onde ele
estava, porém o soco foi parado quando o golem olhou Gustav estava segurando o
soco com uma mão e mantendo um sorriso arrogante no rosto.
Gustav começou a subir rapidamente pelo braço do golem que tentou para sua
investida batendo contra o próprio braço com a mão esquerda tentando o esmaga-lo,
mas Gustav foi ainda mais rápido e escapou, quando chegou a ficar perto do rosto
parecido de um gorila do golem ele cortou em vertical criando uma linha no nariz do
gigante logo em seguida o golem jogou Gustav para cima usando o antebraço
esquerdo.
O golem gritou de dor tentando segurar o local do ferimento que fluía um liquido
amarelo. Gustav tinha usado o impulso dado pelo gigante para dar um mortal para
trás e cair no chão em pé, quando chegou ao chão ele avançou em direção as pernas
do gorila e cortou uma das raízes que imitava a articulação do joelho fazendo o golem
cair no chão ajoelhado e do local que Gustav tinha cortado começou a solta o mesmo
liquido amarelo que saia do nariz do gigante.
Gustav após conseguir derrubar o golem pulou para subir a nuca do gigante
pronto para dar o golpe final, mas quando Gustav se preparava para lançar o ataque
Sirius apareceu para defender o gigante atacando fazendo Gustav não conseguir
subir no gigante e logo em seguida desceu lançando vários ataques que Gustav
desviava ou raramente defendia até que em um dos ataques que Gustav defendeu
tinha vindo bem mais fraco que os outros, ele analisou o rosto do seu amigo, cansado,
tentando fingir ou esquecer a dor, mas que ainda tinha uma chama ardente de não
querer perde.
" — Como sempre você não passa de um encrenqueiro que desonra o nome
da família Okami. Um fraco, acha mesmo que pode vencer alguém com essa força?
— Gustav gritava atacando fortemente Maruy fazendo até sua lâmina ranger, ambos
estavam bastante cansados, mas Maruy estava ainda mais acabado que seu irmão."
Naqueles dias eram treinos e mais treinos quando eles montavam um
acampamento para permanecer apenas 3 dias, Gustav aos poucos via machucados
que criava em Maruy, ele se questionava se ele deveria continuar treinando Maruy ou
se ele estava a pegar pesado demais com seu irmão e deveria parar.
" — Se eu for capturado? O que vai fazer? Vai acabar morto ou também será
capturado com essa fraqueza. — Gustav gritou fingindo estar irritado"
E Gustav afastou Maruy e ele quase caiu por causa do chão escorregadio, sua
respiração estava pesada, seu corpo pingava suor e ele sentia todos os seus
músculos doerem.
Ver seu irmão daquela forma fazia ele se sentir culpado e querer parar por ali,
então Gustav começou a diminuir sua mana, que naquela época era muito menor que
atualmente, e desfazer a base de batalha.
" — Maruy, acho que peguei pesado, me desculpa. Acho que deveremos parar
por aqui hoje. — Gustav já estava pronto para voltar pro acampamento."
Mas igual àquela época, igual a Maruy, Sirius avançou com toda a força e
velocidade dando tempo apenas para Gustav levantar a espada para pará-lo.
Gustav olhou no fundo dos olhos de Sirius agora aquela chama ardente que
queria continuar lutando era ainda maior e queimava com ódio iguais o de Maruy em
sua lembrança.
— Não... — A voz de Sirius era cansada e Gustav ouvia bem baixo a voz de
Maruy criança por trás. — Não ouse pegar leve comigo. — Sirius falou com muita
raiva em sua voz.
Gustav se espantou, pois, via literalmente seu irmão ali, ele novamente se via
naquela mesma situação de 6 anos atrás. Ele abriu um sorriso feliz pela tomada de
decisão do seu amigo e de se lembrar do início da sua adolescência, então sua mana
se elevou maior que estava anteriormente e dessa vez estava quente e intensa como
chamas.
— Você é o melhor Sirius. — Gustav falou com um tom humilde e agora bem
diferente de anteriormente, cheio de felicidade. — Me mostre tudo que você tem.
Sirius se surpreendeu vendo como ele tinha mudado desde o início da luta,
finalmente aquele era o Gustav que ele tinha conhecido e por ele ter se mostrado
Sirius não podia decepciona-lo, então, mesmo sentindo toda aquela dor, Sirius elevou
ao máximo a sua mana e começou atacar com toda as suas forças.
E dessa vez a luta tinha virado totalmente, principalmente por Sirius começar
a olhar mais profundamente a mente de Gustav, assim, forçando Gustav a ter que
defender.
Por um segundo Gustav pensou que teria tempo para respirar e pensar em
como agiria contra os dois, porém Sirius mostrou que agora quem controlaria o rumo
da luta seria ele. Sirius novamente avançou atacando Gustav dando duas espadadas
e travando na terceira, surpreendendo Gustav com a força que ele demonstrava,
muito diferente dos poucos segundos atrás.
Gustav estava pronto pra elogiar seu amigo, porém Sirius logo se afastou e o
golem tentou pegar Gustav que foi forçado a pular para escapar do ataque, mas no
meio do ar Sirius o interceptou forçando-o cair e o gigante já estava subindo para
capturar Gustav.
Então novamente Gustav criou uma parede de gelo e usou para se impulsionar
para frente e escapar de ser capturado, porém Sirius já sabia o que ele iria fazer,
então o plano era força Gustav a ficar no ar para não escapar.
— Devo admitir que você conseguiu entra na minha mente e se esconder por
algum tempo, mas depois daquela investida foi bem fácil eu te ver. — Gustav falou
arregalando os olhos e sem sua mente mostrou um grande lobo feroz e faminto
assustando Sirius, assim expulsando-o de sua mente. — Acho que é hora do ataque
final.
Com aquilo até a mais fraca luz de esperança tinha se apagado mesmo com o
golem se esforçando para sair daquela estaca, aquele combate já tinha se encerrado.
Mas quando Gustav chegou perto e levantou sua mão para acerta o pescoço
de Sirius para nocauteá-lo, de repente sua mão foi chutada e foi chutado para longe.
Marcos estava emanando uma quantidade enorme de mana, muito maior que
ele tinha mostrado anteriormente, ao redor de seus olhos estavam pintados de verde.
— Eu posso lutar com voc... — Sirius tentou falar, porém Marcos jogou Sirius
para o chão fazendo ele se sentar.
Marcos se abaixou e colocou uma runa de recuperação em Sirius e se levantou
logo em seguida.
Gustav estava surpreso, porém já esperava que possivelmente aquela era seu
grande trunfo. Marcos estava com sua mente totalmente em branco, ele tinha entrado
na zona.
Zona
Alguns segundos antes
Marcos ainda estava em transe tentando limpar sua mente, mas ele entrou em
uma lembrança. Ele se via quando criança ajoelhado ao lado da cama de sua mãe,
as luzes do sol atravessavam as cortinas que separavam a sacada do quarto fazendo
o rosto da sua mãe ficar escuro.
— Marcos, eu sei que você é o mais novo, porém eu confio em você. — A sua
mãe chamou sua atenção, a voz era calma e fraca, mas ainda mostrava sua beleza.
— Por favor cuide de seus irmãos e de seu pai.
Marcos sentia suas lagrimas escorrerem mesmo com ele se esforçando para
impedi-las de caírem, mas com o toque gentil de sua mãe limpando as lagrimas que
já tinham caído seus esforços foram jogados ao chão ao ver sua mãe se aproximar.
Ele sabia exatamente que memoria era aquela.
Sua mãe era linda, com olhos negros profundos iguais ao de seu filho, cabelo
longo ruivo e de pele branca igual a neve, ela estava vestida com uma camisola
branca.
Marcos por extinto pulou no pescoço da sua mãe para abraça-la chorando, ele
não controlava mais o seu corpo, Marcos apenas seguia a lembrança sem poder ao
menos mudar algo.
— Eu sei meu filho e eu lamento te dar esse fardo. — A mãe de Marcos afastou
para olhar ele nos olhos e ajeitou o cabelo do garoto que na época era um pouco
grande. — Mamãe sempre vai te amar, mas sempre lembre lute até o fim por quem
você gostar. — Ela se esforçou um pouco e gastando um pouco do quase nada de
sua mana para nascer uma rosa no seu dedo. — Até essa planta morrer eu sempre
vou sempre estar contigo.
Então ele ouviu batidas fracas na porta do quarto era seu pai, um homem alto
e forte de cabelo loiro que chegava em seu ombro, olhos verdes e pele um pouco
bronzeada, ele estava trajado com a roupa que quase sempre estava usando, um
terno e seu manto de penas vermelhas que ia até o chão.
— Amor você pode ir brincar com seus irmãos? — A mãe falou abrindo um
grande sorriso para Marcos.
— Tudo bem meu filho, se eles te abusarem eu vou dar uma baita bronca neles
e você vai poder assistir tudo. — Seu pai botou a mão levemente em seu ombro.
Mesmo seu pai tendo uma aparência um pouco assustadora e intimidadora ele
era um homem bom, além de um pai gentil e atencioso, pelo menos era o que Marcos
pensava até aquele dia.
— Que tal força eles fazerem teatro se te abusarem? — O pai falou brincalhão
e sorridente, mas era bem óbvio agora para Marcos olhando aquela lembrança que
seu pai estava triste e se esforçando por seus filhos.
Ele não teve muita dificuldade pois seus irmãos já estavam no corredor, Marcos
tinha dois irmãos, o mais velho, Edward, era quase uma cópia de seu pai, olhos
verdes, cabelo loiro curto e pele um pouco bronzeada. O segundo irmão, Kurt, e o do
meio entre eles três tinha cabelo escuro curto, olhos verdes e pele branca, ambos
estavam vestidos da mesma forma com um camisa preta com colete branco e uma
calça preta.
— Iae coco de cavalo, ganhou uma rosa foi? — Edward falou começando a
zuar seu irmão mais novo.
— Sua mãe. — Kurt falou dando ênfase em "sua" — E pra que uma simples
rosa se podemos ter um jardim inteiro para a gente? Principalmente usar você para
construi-lo.
— Eu sei, mas mesmo sendo pouco veio da nossa mãe. — Marcos não se
importou com a indireta que seu irmão deu e abraçava firme o jarro com a rosa.
— Não escutou Kurt? Além de fraco, burro, você é surdo? — Edward falou se
irritando. — Ela é sua mãe. — Novamente eles davam ênfase em "sua".
Marcos estava pronto para começar a discutir, mas todos se voltaram a porta
do quarto quando um berro de dor e tristeza saiu do quarto. Eles correram para a
porta do quarto, mas Marcos foi parado por uma das serviçais.
Marcos conseguia ver por cima do ombro da serviçal que o abraçava para
impedir dele entrar, ele via seu pai ajoelhado ao lado da cama segurando forte a mão
da sua mãe, chorando e gritando pelos deuses, pela primeira vez ele via seu pai
chorar e gritar pedindo aos deuses.
A serviçal tentava conjurar todas as suas magias de cura, usava até as mais
poderosas, porém nada funcionava, nada conseguia abrir os olhos daquele rosto que
ainda mantinha um sorriso, até na morte sua mãe estava sorrindo.
"Por que essas lembranças?" Marcos se questionava. "Por que agora? Ele
odiava aquele sentimento de culpa que crescia nele. Mas rapidamente ele foi puxado
para uma região da sua mente.
Ele se via em frente a um grande abismo, atrás ele apenas via uma grande
planície verde e ao seu lado estava seu pai vestido como sempre, mas agora ele
parecia com a última vez que ele tinha visto seu pai, agora ele tinha uma barba mal
feita, olheiras grandes em baixo dos seus olhos e seu cabelo tinha partes grisalhas
que se escondia em meio ao cabelo loiro.
— A tristeza do nosso pai é sua culpa. — Marcos ouviu sentindo duas mãos
segurarem seus ombros e o rosto de Edward apareceu de cima do seu ombro
esquerdo. — E a morte da sua mãe também. — Edward agora era literalmente a cópia
de seu pai, rosto com traços fortes e o cabelo caindo em seu ombro.
**
A face de Marcos era seria, sem emoções, se parecia mais um rosto de alguém
morto, era esse um dos motivos que Gustav odiava tanto a zona, mas era culpa dele,
talvez toda aquela raiva que se alojava em seu coração era por se mesmo.
Marcos bufou cansado da falação de Gustav e ele sacou a espada pronto para
o combate.
Quando Gustav levantou sua espada para ficar em pose de combate Marcos
avançou com uma velocidade assustadoramente alta comparado a seus movimentos
anteriores e sua força era enorme, aquilo impressionou Gustav que percebeu que
podia soltar um pouco mais de poder.
"Então você ainda podia mostrar mais poder." Sirius pensou rindo. "Então você
é maior que um rank B" Sirius já estava analisando agora Gustav e percebeu que
seus movimentos estavam diferentes, mais cheios de emoções que anteriormente.
Gustav tinha criado uma distância entre os dois e começou a disparar várias
bolas de fogo, mas Marcos rapidamente encurtava a distância e conseguia desviar
dos projeteis com rapidez e sagacidade, quando conseguiu chegar perto de Gustav,
ele atacou com toda sua força e Gustav colocou sua espada para defender, além de
estar enrijecendo o braço ao máximo.
O impacto tinha sido tão forte que criou uma onda de choque e ambas as
espadas quebrarem, ambos foram jogados para trás e ao perceberem suas espadas
quebradas eles soltaram o que tinha sobrado delas.
Marcos agilmente retirou sua espada e usou a raiz para puxar a se mesmo
para longe da onda de chamas, quando viu que estava seguro estralou o dedo criando
lanças de madeira embaixo de Gustav para perfura-lo.
Gustav escapou por um tris e logo em seguida travou a espada de Marcos que
já estava colado com ele. "Isso já passou de um treino, ele não quer perde de forma
alguma." Gustav pensou percebendo o ataque que Marcos tinha lançado.
Porém quando ele estava pensando Gustav sentiu Sirius entrando em sua
mente e a mana do mesmo se aproximar
Do lado de fora estava os 4 do dia anterior com os dois meninos com uma
camisa regata preta e suas jaquetas amarradas na cintura, além de uma faixa
vermelha amarrada na cabeça. O chão estava cheios de taikos e um grande taiko
estava preso a uma estrutura com rodas.
— Parece que esse ano a gente vai fazer barulho, né Elisabete? — Perguntou
Yuno a menina de tatuagem de Hórus.
— Mas a gente não treino nem nada, como saberemos tocar todos juntos? —
Um dos alunos perguntou.
Dois meninos foram para trás do taiko grande para empurrar e Gustav também
estava indo ajudar.
— Não Gustav, você vai entrar no meio da fila junto com Mylon deixa eu cuidar
disso. — Falou Elisabete.
O restante fez uma fila de cada lado da fila do meio e Elizabete e mais dois
meninos estavam atrás da estrutura do grande taiko e Teros estava pronto pra
começar a tocar o taiko grande. Yuno junto de Aelin estavam na frente de cada fila
para guiar a música.
Yuno e Aelin giraram a baqueta do taiko em suas mãos e bateram juntos uma
única vez, o som do tambor era forte e trazia bastante sentimento.
Não era apenas as batidas de tambor que traziam o sentimento de força, mas
também o marchar dos alunos, passo a passo, batida após batida a casa vermelha
mostrava porquê a runa de força e poder era perfeita para simbolizar aquela casa.
Ao chegarem na porta do ginásio Mylon abriu as portas duplas, que era a única
entrada do local. Mas ao entrar eles estavam em um estádio entrando pela porta da
esquerda.
O local tinha mais duas outras portas de entrada, uma na direita e outra na
frente do local em que a casa dracônica entrou, na esquerda estavam sentados nas
cadeiras que mais se pareciam tronos estavam o diretor e vice-diretor junto aos
líderes de cada casa.
E com uma única batida forte igual ao início, a música se encerrou e Teros
juntou as baquetas em x em sua frente.
— Pera toda nossa apresentação pra quase ninguém ver? — Gustav falou
ficando um pouco decepcionado.
Mas antes que alguém o responde-se o som suave e calmo das flautas
começaram a tocar, mesmo distante já era possível escutar, mas não era apenas as
flautas, mas também violinos. Diferente da casa vermelha que em sua apresentação
mostrou força e imponência, a casa azul trazia beleza, sabedoria, calma e sutileza.
Ao invés de ter uma marcha igual aos vermelhos apenas o som das flautas e
violinos era possível escutar. Aquela apresentação demonstrava o motivo da runa
sabedoria se a melhor para simbolizar a casa azul, já que todas as notas
demonstravam um pouco de sabedoria, a calma mesmo depois de ver a apresentação
incrível dos vermelhos e saber usar muito bem a delicadeza dos seus instrumentos,
demonstrava tudo isso.
Não demorou muito para que a casa Fênix começassem a descer as escadas,
aos poucos os violinos desapareciam da música, as flautas começavam a sumir junto
apenas deixando uma única flauta que dando um final ao clímax soltou uma última e
a mais longa nota da música.
Em relação as outras casas, era nítido que o vermelho tinha a maior quantidade
de alunos e o preto tinha pouquíssimos.
— Eu vou lá, daqui a pouco eu volto. — Falou Mylon indo para o palco, junto
com um dos azuis e um dos pretos.
Gustav salto do assento e foi em direção ao palco, ele estava um pouco tímido
já que nunca lutou em um grande evento como aquele, ele rodava olhando o local e
era enorme, obviamente aquele local era uma magia espacial.
Mas sua atenção se volto quando o seu oponente subiu ao palco junto a um
juiz, sua timidez tinha sumido junto a sua face de felicidade que desapareceu.
— Eu não to sendo arrogante, você que está por acha que está no meu nível.
— Falou Gustav colocando as mãos no bolso e desfazendo o sorriso de Meruem.
Meruem liberou sua mana tentando ver se conseguia intimidar Gustav, abrindo
um sorriso de superioridade e malicia, mas só fez Gustav bocejar.
Meruem foi pra cima tentando dar um soco no rosto de Gustav com o braço
direito, mas Gustav desviou, novamente o garoto tentou outro soco, mas só
aconteceu o mesmo efeito.
— Você não vai conseguir me acerta sem usar sua magia. — Gustav sussurrou
no ouvido pelas costas de Meruem.
O menino assustado tentou atingi-lo com um ataque, mas Gustav rapidamente
desviou. O jovem percebeu que seu oponente estava certo, então era tudo ou nada.
Novamente o menino foi para cima de Gustav tentando atingi-lo com um soco
e sabia que ele desviaria.
— Estilo vento, jato de alta pressão. — Meruem falou girando o pulso e abrindo
a mão na direção de Gustav.
Parecia que o ataque iria atingir Gustav, mas rapidamente ele esquivou
novamente e finalmente tirou a mão do bolso e estralou os dedos criando um turbilhão
de fogo ao redor de Meruem o prendendo.
— Esfera d'água. — Falou Gustav criando uma bola de água em sua mão e
jogando com toda força para cima de Meruem e quando ele tinha certeza que a bola
iria atingir ele estralou o dedo apagando o turbilhão, fazendo Meruem cair pra fora do
palco. — Como eu disse 20 segundos. Ore ni kateru no wa ore dake da.
— Maruy. Acho melhor você chegar na final. — Falou Gustav alto pra todos
ouvirem.
Gustav foi recebido com um abraço da Yang que desceu as escadas pra ir para
perto dele pra anima-lo e gritos junto com palmas da casa dracônica. Diferente da
casa azul que um dos alunos rapidamente foi para perto do seu colega de casa com
uma cara furiosa.
— Sim, eu podia ter pego um pouco mais leve com ele. — Gustav falou com a
voz um pouco triste e afastando Yang um pouco.
Gustav entendia, já que a casa azul escolheu trazer 6 dos alunos, então armar
uma estratégia com sacrifícios é relativamente fácil, "Mas pera não é um torneio de
apresentação?" Gustav se perguntou.
A menina tinha um cabelo cacheado preto com os cachos fechados, sua pele
era branca, ela era a menor dos três ali tendo 1,57, ela estava vestida como Yang só
que com as cores azuis.
— Oi, o prazer é todo meu. — Maryn falou tímida, sua voz era leve e fofa.
— Parece que depois dessa a próxima luta será sua Maryn. — Falou Mylon.
— Não deveria ta se preparando? — Mylon bocejou, causando uma reação em cadeia
entre eles.
— Beleza. Eu não pretendo perde. — Falou Maruy saindo junto com Maryn.
— E do outro lado, sendo seu primeiro ano, da casa dos lobos, com a afinidade
de planta, escolhido pelo Afrodite, rei das rosas. Luke Taifu. — Narrador novamente
gritou fazendo subir ao palco um menino de cabelos longos pretos, seus olhos
vermelhos escarlate e usando as vestes da casa preta.
Gustav e Yang se sentou para assistir a luta, a batalha tinha se iniciado com
uma pequena demonstração de poder com ambos os lados emanando uma
quantidade grande de mana. Gustav percebeu que o Simba estava olhando-o com
um sorriso malicioso.
Mesmo que a batalha não era totalmente parecida, Simba conduzia a luta com
sua velocidade que era comparável a velocidade mostrada por Gustav. Não demorou
muito para Gustav saber o que aconteceria.
Luke tentou usar sua planta para tentar parar Simba, mas era extremamente
difícil ou até quase impossível pela velocidade do Simba. Quando finalmente Simba
parou, ele tirou a mão do bolso e estralou o dedo criando um turbilhão de água ao
redor de Luke.
— Estilo água, esfera d'água. — Simba gritou. Atirando uma esfera d'água.
A esfera bateu com toda a força em Luke jogando-o para fora da arena. Com
o final da luta Simba olhou para Gustav com um sorriso arrogante e perverso.
— Ele te copiou quase que perfeitamente. — Simon falou para Gustav surpreso
com o feito.
Gustav não se importava com títulos ou família apenas o poder das pessoas,
mas aquela arrogância toda fazia os punhos de Gustav coçarem para dá um soco
bem dado naquele nobre.
— Isso não adianta. — Gustav olhou melhor seu próximo oponente. — Ele não
passa de uma pessoa arrogante.
— Uma pessoa arrogante que tem uma grande influência na nobreza. — Falou
Mylon interferindo. — Você deveria tomar mais cuidado com os inimigos que você
cria.
— Gustav vai à onde? — Yang perguntou pronta para segui-lo para ele não
fazer alguma besteira.
— Bebe água, já volto. — Gustav falou abrindo um sorriso para ela não se
preocupar
Mesmo que Mylon não olha-se para Gustav ele sentia que algo de ruim iria
acontecer, mas ele estava com tanta preguiça que se recusava-se levantar.
Gustav ao terminar de subir as escadas ele entrou pra dentro do estádio, por
sorte dele logo na entrada tinha um mapa para se guiar. Ao andar pelo local ele
conseguia sentir a mana dos dois combatentes, era visível a diferença entre as duas
manas.
Não demorou muito para ele conseguir achar o bebedouro e começar a beber
sua água. Enquanto Gustav bebia a água ele sentiu alguém perto observando ele,
quando ele menos esperava a água do bebedouro aumentou a pressão e molhou
todo o seu rosto.
Era Simba, ele estava com um sorriso travesso e pronto pra lutar se precisasse.
Nós olhos de Gustav as chamas só tinham aumentado, mas ele se controlava para
não atacar Simba.
— Para um plebeu você se acha muito. — Falou Simba fazendo Gustav para
de andar. — Só por ter vencido meu irmão não significa que irá conseguir ir até o final.
— Iremos ver isso na nossa luta. — Gustav falou querendo se retirar do local.
— Quem disse que será uma batalha. — Simba foi para frente de Gustav, com
eles tão próximos era possível perceber que eles tinham a mesma altura. — Eu irei
limpa o chão com você.
— Que tal uma aposta? — Gustav queria ver o quão o Simba confiava que
conseguiria o derrota-lo. — Se você ganhar virarei seu serviçal, porém se eu ganhar
você se retirara da academia de magia.
Gustav liberou uma parte do seu poder, a quantidade de mana era colossal
muito maior do que ele já tinha mostrado para os seus amigos. Simba não conseguia
se manter de pé ou pior mal conseguia respirar, aquela quantidade de mana ele nunca
tinha sentido na vida, não era somente a quantidade, mas também o tamanho poder.
E com um simples pesar de mão Simba estava ajoelhado no chão.
Simba mal conseguia se levantar, seu corpo estava tremendo e não seguia
nada que ele queria. " Eu não posso ter medo dele. Eu vou mata-lo" Simba pensou
irritado enquanto Gustav andava calmamente para longe.
Enquanto Gustav descia as escadas sua áurea se tornava mais alegre e
voltando a ser animado como sempre. Quando ele descia as escadas Gustav
observava a luta, como ele já sabia quando sentiu a mana deles Stuart era bem mais
superior que Mako.
Stuart vestia a vestimenta da casa preta, careca de pele negra, com olhos
claros. Em sua movimentação e reação demonstrava que ele já tinha lutado inúmeras
vezes.
Mako se vestia com a vestimenta da casa azul, em sua testa tinha uma faixa
com ornamentos e marcas parecendo de alguma tribo das ilhas isoladas, seus
cabelos eram lisos escuros, seus olhos eram de cor castanho escuro e sua pele era
bronzeada. Mesmo não se comparando a Stuart, Mako ainda se esforçava e mantinha
sua visão focada na batalha.
Quando finalmente Stuart ficou na ponta da arena ele parou o ataque com o
braço e chutando Mako para empurrado para longe. Mako conseguiu se prender no
chão usando as espadas no meio da arena, se ele não tivesse usado provavelmente
ele teria caído para fora.
— Acho que seria decepcionante você perde assim. — Stuart falou estralando
o pescoço. — Agora eu parei de me aquecer. — Finalizou olhando para Mako, mas
em vez de o novato está com medo ou querer desistir ele estava rindo.
— Que bom, então agora posso ir com tudo. — Mako falou abrindo um sorriso.
— Quanto mais forte o peixe melhor a recompensa.
Stuart ficava contente em ter novatos como ele e pra honra essa coragem e
mostrar respeito ele iria com tudo.
Quando os dois pularam na direção um do outro eles tinham usado tanta força
que criaram crateras na arena, os dois usaram o antebraço para parar o avanço um
do outro. O choque dos dois tinha criado uma onda de impacto.
Com um soco forte no peito, Mako foi lançado para trás sem ar em seus
pulmões, Stuart rapidamente apareceu na frente dele pronto para dar o golpe final,
mas Mako conjurou um tridente que se não fosse a reação rápida do seu oponente
ele teria sido empalado.
— Admiro sua força e velocidade, além da sua coragem. Mas sinto lhe informa
que você já perdeu. — Falou Stuart que diferente de Mako que estava extremamente
ofegante e demonstrando cansaço extremo, ele ainda parecia que nem tinha
começado a lutar. — Eu recomendo você desistir e manter a sua honra de conseguir
me pressionar, mesmo que eu tenha deixado acontecer. — Finalizou colocando uma
das mãos no bolso da calça.
Stuart esperava uma resposta do seu oponente que tentava puxar ar com uma
evidente dificuldade, aquela cena preocupava o mais velho pensando que
possivelmente tenha pegado pesado demais e estava pronto para chamar o juiz.
Mas foi em apenas um momento de descuido que Mako precisou para entra
em uma poça d'água e salta de uma poça atrás de Stuart com o tridente em mãos
pronto para finaliza-lo.
Mako atacou a lateral das costas de Stuart para não ser eliminado e finalizar
aquele combate, mas antes mesmo do tridente encostar na roupa de Stuart seu corpo
tinha virado chamas e passado por Mako causando pequenas queimaduras leves em
seu cabelo, sobrancelhas e cílios.
— Uma habilidade bem difícil e uma das que gasta mais manas, eu só tinha
visto poucas pessoas usarem isso. — Gustav interrompeu Mylon.
— Ela, como o nome diz, transmuta todas as moléculas do seu corpo para o
elemento da sua mana, fazendo você ficar intangível para alguns ataques ou poder
se locomover mais facilmente, mas a pessoa deve ter muito cuidado se não, mesmo
só um único erro ou apenas não lembra de alguma pequena parte do seu corpo, pode
ocasionar em membros decepados ou até a morte. — Mylon falou enquanto a luta
continuava.
O ritmo da luta tinha mudado totalmente, Mako que sempre avançava sem
parar agora tinha entrado defensiva, Stuart que mostrava nem se cansa após aquela
habilidade seu corpo apresentava sinais de cansaço.
Stuart abriu um sorriso por ver que os novatos daquele ano estavam muito bem
e com grandes potenciais. "Parabéns Mako, foi uma ótima, não, foi uma incrível
batalha, você superou minhas expectativas, mas agora é o fim." Stuart falou em sua
própria mente.
— Ele errou o conjuramento e além disso ele não tem muita mana suficiente.
— Gustav falou cruzando os braços. — Acabou.
Após o tridente ser enfincado no chão começou a subir uma onda enorme, mas
logo quando chegou em seu ápice em seguida caiu sem ao menos se mover. Mako
sentia seu corpo sem forças para poder até se levantar, mesmo que ele queria lutar,
queria continuar, tudo mostrava que ele não podia.
— Stuart não foi com tudo não foi? — Gustav perguntou olhando para Mylon.
Não tinha sido tão complicado acha-los já que eles estavam na parte da casa
azul perto dos competidores.
— Iae, como estão? Maryn ta ansiosa pra sua batalha? — Gustav perguntou
enquanto se aproximava.
— Não vou perder. Ori ne kateru no wa ori dake da. — Maryn falou tentando
imitar Gustav, mas errando um pouco a pronuncia e abrindo um grande sorriso.
— Acha que eu sou quem? — Maruy falou abrindo um sorriso. — Tem alunos
bastante forte, mas que pena que você pegou logo um fraco no início. — Maruy falou
observando os outros alunos.
— Se eu fosse você tomaria cuidado com Mylon, ele ta na sua chave e parece
ser muito forte. — Yang falou entrando na rodinha. — E pra chegar até a final tu vai
ter que passa dele.
— Eles são sempre assim? — Maryn perguntou observando que eles pareciam
ser bastante amigos, mas brigavam muito.
— Você quer ir? — Yang perguntou para Maryn que foi respondida com um
gesto de cabeça afirmando.
— Parece que esse ano teremos muitos alunos promissores. — Lion falou para
seus colegas ao lado.
— O oraculo já tinha nos avisado disso, mas eu não esperava tamanho poder
deles. — Falou a líder da casa dos Fênix.
— Ainda assim acredito que minha casa será a melhor das três novamente,
então espero que vocês não se decepcionem com seus alunos, Charlote e Lion. —
Falou o líder da casa dos lobos.
— Nunca me decepcionei com meus filhos, além de que eu acho que esse ano
será diferente. — Lion falou observando Gustav.
— O novo aluno misterioso, está falando dele? — Falou Mito. — Não apostaria
todas minhas fichas nele. Além dele não está sozinho. — Terminou observando Yang.
— Ok, mas fiquem perto do ginásio. — Falou Elizabete voltando sua atenção
para o estádio.
O grupo saiu para o lado de fora Yang e Maryn indo na frente com Gustav e
Maruy conversando atrás.
Ao saírem Yang junto com Maryn foram para perto da plantação de flores olhar
quais flores tinham ali enquanto Maruy foi para a máquina de refrigerante que tinha
ali do lado e Gustav ficou encostado na parede vendo como mesmo tendo conversado
pouco Yang e Maryn já pareciam ser amigas.
— Então você a encontrou em uma dessas voltas. — Gustav tentou falar o que
Maruy iria falar.
— Exatamente, eu encontrei ela, mas ela tava sem memória, com roupas sujas
e rasgadas, com medo e... na hora que eu a encontrei tinha dois homens querendo
abusar dela. — Maruy falou segurando mais forte a latinha.
— Já to vendo para onde isso ta indo. — Gustav falou mais para se do que
para Maruy mais saiu mais alto que um sussurro.
— Enfim, eu salvei ela e a levei para minha casa, ela tava com medo, arisca,
mas era compreensível, eu a deixei tomar banho, entreguei roupas novas e algo para
ela se alimentar. — Maruy deu uma pausa bebendo um pouco. — Além de deixar ela
dormi em minha casa, no dia seguinte tentei pergunta sobre ela, mas nenhuma
informação além de seu nome.
— Ela ainda não tem nenhuma lembrança? — Gustav perguntou.
— Poucas, algumas voltaram com o tempo como as comidas que eram típicas
de onde ela veio, livros, a própria magia e até alguns idiomas. — Maruy tomou um
último gole do refrigerante. — Eu disse que ela podia ficar comigo até a gente achasse
a família dela ou alguma coisa sobre ela.
— Eu procurei informações até com o lado ruim da minha cidade, mas até eles
não tinham informação. Com o tempo ficamos próximos. — Maruy deu uma pausa
para olhar como Yang e Maryn estavam felizes juntas. — Eu sinto que já passamos
da linha de sermos amigos, talvez ela já faça parte da família e eu nem tenha
percebido.
— Parece que a nossa alcateia cresceu mais um pouco então. — Falou Gustav
começando olha para as nuvens. — Eu fico me perguntando se um dia a gente
imaginou está aqui, como dois meninos, um com 12 e o outro com 11, chegaríamos
tão longe.
— Nunca, mas lutamos até aqui e não vamos desistir. — Falou Maruy
empurrando seu irmão.
Ellion se levantou e foi em direção de Yang super feliz, mostrando uma certa
diferença entre quem ele realmente gostava, Gustav sentiu algo dentro do seu peito
como se fosse um machucado, mas ele podia conviver com isso.
— Digamos que sim. — Gustav falou tentando não rir com a cara de seu irmão.
Gustav pegou a bola e viu que Ellion estava vindo em sua direção em alta
velocidade, então rapidamente ele jogou a bola para Maryn que pegou a bola no ar
mesmo Gustav tento jogado sem mirar.
Ellion rapidamente mudou de direção e começou ir em direção de Maryn que
jogou para Maruy então eles começaram a jogar a bola em seguida ele jogou para
Gustav fazendo novamente o cachorro mudar de direção.
Maryn pegou a bola e jogou para Yang assim eles começaram a jogar entre
eles até o cachorro parar na frente de Yang com uma cara triste querendo a bola.
— Ta bom, aqui pode pega. — Yang falou jogando a bola na boca de Ellion.
— Maryn você tem uma boa pegada. — Gustav falou envergonhado pelas
bolas curvas e até erradas que ele tinha jogado.
— Que nada, eu só fui imitando Yang, mesmo que quase impossível eu ter
uma mira igual a dela. — Maryn falou tentando ser humilde, mesmo ela sendo a que
tinha jogado a bola da melhor forma entre os quatro.
Ver aquela cena para Gustav era quase como se ela fosse irmãs pelo jeito que
elas agiam uma com a outra, ele se aproximou dela um pouco e tiveram um contato
visual, Maryn envergonhada olhava para baixo pra não ter o contato visual
novamente, Gustav riu com aquela reação dela.
— Bem vinda a família. — Gustav falou colocando sua mão na cabeça dela e
tentando bagunça um pouco o cabelo.
Maryn não entendeu aquilo, mas algo dentro dela se sentia muito feliz, não era
apenas felicidade, mas também um sentimento de se sentir confortável ao lado
daqueles três.
— Ok já vamos entrar. — Falou Gustav. — Ok, como vamos entrar com Ellion?
— Ok, como ele segue tão bem seus comandos? — Gustav não entendeu
aquilo.
— Vamos entrar logo. — Gustav falou irritado e indo para frente da porta.
— Gustav a gente conversa depois ok? — Maruy falou indo junto com Maryn
para seus assentos.
— Ok, até e bota pra quebra Maryn. — Gustav falou super animado.
— Gustav, iae, parabéns pela luta, ou melhor dizendo pela surra. — Sirius falou
observando a chegada de seu amigo.
— Sim, você disse que quase te derrotei usando para amortecer a nossa
queda. — Sirius falou se lembrando do treino.
— Ok, você vai ficar me devendo uma. — Sirius olhou ao seu redor e tirou um
dispositivo do seu bolso de forma escondida. — Não contem a ninguém que eu to
com isso, principalmente que eu roubei da academia.
— Qual o seu Sirius? — Gustav peguntou dando o cubo para o seu amigo.
Gustav olhou para o cubo e depois para Mylon se questionou o rank dele, em
seguida ele roubou o cubo da mão de Sirius e se aproximou de Mylon.
— Você ta maluco? Eu disse pra não conta pra ninguém. — Sirius falou
apavorado.
— Não se preocupe Sirius, eu sou tão fraco que tenho certeza que não seria
maior que 3. — Simon falou tentando ajudar o amigo.
— Não pense assim, talvez você seja muito forte só não sabe disso ainda, pode
ter um poder oculto. — Sirius falou.
A conversa deles foi interrompida quando sentiram uma mana se expandir no
estádio.
Maryn após subir ficou de frente para um menino com roupas da casa dos
lobos, os olhos do jovem eram escuros e profundos como mar escuro, seu sorriso era
sádico e um pouco assustador, seu cabelo era de cor preta e sua pele era branca
como a neve sendo um total contraste com sua roupa e seus olhos, além das vestes
da casa dos lobos ele portava consigo uma espada.
Yami não era o único que portava uma arma, Maryn estava portando um cajado
que na sua ponta tinha uma pequena joia verde e agora ela estava usando um único
brinco na orelha esquerda que tinha a mesma joia que o cajado.
Maryn recuou para não ser atingida e começou a criar outra runa, mas antes
de conseguir terminar Yami cortou a runa e com outro ataque ele tentou atingir o
pescoço de Maryn, mas ela criou rapidamente uma runa errada de proposito para
explodir e afastar os dois.
— Mas vamos ver até onde você pode me aquecer para o prato principal. —
Yami falou lambendo os seus dentes e mostrando seus caninos mais afiados do que
para um humano comum.
Por algum motivo Maryn sentiu que seu corpo tinha ficado mais pesado depois
de ter ficado frente a frente com Yami, mas ela ainda conseguia lutar.
Os cavaleiros foram correndo para cima de Yami que apenas abriu um sorriso
e começou a se defender e escapar dos golpes com uma incrível maestria e com um
pouco de elegância.
Observando que apenas dois cavaleiros não seriam capazes de derrotar Yami,
Maryn criou mais três que rapidamente vão para cima do oponente de sua criadora.
— Ok, vamos acabar com a brincadeira. — Yami falou isso apagando seu
sorriso e com uma rápida movimentação acabou com todos os cavaleiros com apenas
um golpe. — Se isso é tudo que tem, a nossa luta será bastante chata. — Finalizou
Yami com um tom de superioridade e arrogância.
Maryn já estava ofegante, mas não sabia o porquê, além dela está assustada
por ver seus cavaleiros serem destruídos com um único golpe já que no livro que ela
tinha lido sobre aquelas runas os cavaleiros só poderiam morrer se a mana de Maryn
acabasse ou algo cortasse a ligação de mana entre o criador e os cavaleiros.
— Exatamente, ela precisa acabar rápido, mas não pode usar mana. — Mylon
falou querendo voltar a dormir. — Então já é previsível que ela irá perde.
Quando Mylon terminou de falar Yami avançou com todas as suas forças e fez
um corte na lateral do tórax de Maryn fazendo todos se assustarem, Gustav já se
preparava para pular na arena e para a batalha, mas foi parado por Mylon.
— O corte não foi letal, se não o juiz já teria pedido para parar. —Falou Mylon
para Gustav vendo que naqueles olhos que ele só via cheio de alegria lá no fundo
tinha uma chama ardente, junto de toda aquela raiva via algo ainda maior que um
humano, ver aquilo fez Mylon sorrir por dentro.
— Ele vai machuca-la ainda mais, eu não posso deixar. — Gustav falou rápido
e irritado, mesmo que ainda estava a conhecer aquela garota ele sentia que precisava
protege-la, ela era da sua família, era como se ela sempre tivesse junto do seu grupo.
— Se quer ser desclassificado e ele saia impune vai lá, mas se você aguarda
mais um pouco ele que será punido e de brinde você pode soca ele a vontade. —
Falou Mylon se afastando de Gustav deixando a escolha na mão dele.
Gustav se sentou irritado, sua perna não parava de tremer, ele conseguiu ver
Maruy lutando pra se soltar dos 3 alunos da casa dos lobos e mesmo com um do
terceiro ano e uma do quarto ano eles ainda tinham uma grande dificuldade.
Maryn tentava se curar, mas o local parecia não querer fecha então ela foi
forçada a segura para estancar o sangue, Yami ao olhar que sua lâmina com sangue
ele trouxe pra perto da sua boca, ele lambeu a espada e saboreou o gosto do sangue
de Maryn.
— Até que o gosto do seu sangue não é tão ruim e sua mana, a sua mana é
deliciosa com um gosto fraco, mas ainda assim marcante, eu quero, eu quero mais!
— Yami falou como se estivesse começando a enlouquecer. — Me dê toda essa sua
mana deliciosa.
Mesmo Maryn tentando se esforça ao máximo muitas vezes ela era atingida
pelos golpes de Yami, seu corpo estava chegando ao seu limite nem mesmo o cajado
ela conseguia segurar como antes.
— Quando você foi escolhida para lutar contra o grande imperador dos mares,
seu destino estava traçado para acabar aqui. — Yami falou reabrindo aquele sorriso
sádico.
Maryn ouviu Gustav e iria fazer o que lhe foi pedido, mas quando ela iria bater
pela segunda vez Yami se aproximou e a chutou para longe, logo em seguida foi para
perto dela e a levantou pelo cabelo fazendo ela gritar de dor.
— Achou mesmo que eu deixaria minha presa fugir? — Yami falou aumentando
ainda mais o sorriso sádico. — Eu serei piedoso e acabarei com seu sofrimento aqui.
— Agora. — Falou Mylon fazendo com que Gustav sentisse que tivesse sido
solto das amarras.
Quando Yami viu que seu ataque não tinha matado Maryn ele tentou socar
Gustav, mas o oponente a sua frente era muito diferente de Maryn, Gustav defendeu
o soco rapidamente e deu um chute giratório empurrando Yami para o outro lado da
arena.
— Maruy, Maryn ta bem? — Gustav perguntou liberando toda sua mana, pronto
para lutar, sua mana era enorme assustava muitos dos alunos do primeiro ano, até
mesmo Yang tinha se surpreendido o quanto a mana de Gustav tinha aumentado.
— Você está bem? — Maruy perguntou a Maryn que respondeu afirmando com
a cabeça, seu rosto estava com alguns corte finos. — Sim, ela está. — Maruy
respondeu Gustav.
— Então tire ela da arena. — Falou Gustav seu olho esquerdo estava na cor
vermelha e o direito azul sua mana cada segundo aumentava.
— kkkkk. — Yami ria como um sádico psicopata. — Enfim o prato principal,
olha esses olhos, olha esse poder, eu quero, mais do que tudo, eu quero essa mana
para mim! — Yami começou a grita como um louco
— O que você vai fazer? — Perguntou Maruy para Gustav, seus olhos estavam
em uma cor amarelo neon e sua mana conseguia se equiparar a de Gustav.
— Vamos venha com toda essa mana, eu quero. — Falou Yami sadicamente
e sacando sua espada.
Gustav e Yami avançaram com toda a força, Gustav tinha usado tanta força
que tinha criado uma cratera na arena inúmeras vezes maior que foi criado na luta de
Mako com Stuart.
Mas antes que a luta começasse Mylon entrou no meio dos dois com uma
velocidade que assustou Simon e Sirius já que em menos de um segundo Mylon ainda
estava ao lado deles.
E só com a presença de Mylon Gustav sentia sua mana desaparecer, ele tinha
estranhado, mas percebeu que seu veterano tinha criado uma runa de anulação.
— Eu vou ir pra final. — Gustav falou sério se segurando para não mata Yami
ali mesmo.
— Minha única vontade agora é devastar Yami. — Gustav falou mantendo sua
voz calma e com tom de superioridade.
Com aquelas simples palavras Gustav jurava em sua mente que Yami não
sairia impune.
Memórias do passado
Gustav junto com Yang estavam sentados na mesa do salão da casa dracônica
onde estava Marcos, Sirius, Raphitalia, Simon e Sophia, todos estavam meio tensos
principalmente Gustav que não estava a conversa com o grupo e suas pernas
tremiam de preocupação e raiva.
Yang tentava ao máximo acalma-lo, mantendo sua mão sempre no ombro dele
ou estando bem próxima a ele para mostra que ela estava ali com ele já que sua
presença sempre o acalmava, mas até ela não conseguia passar um ar de
tranquilidade já que estava bastante preocupada com Maryn, ver o estado de sua
nova amiga após a batalha, cheia de várias linhas de corte pelo corpo e quase sem
força ou mana alguma no corpo da jovem.
O grupo observava o casal querendo ajudar, mas todos ali sabiam que nem
mesmo se eles já fossem próximos deles conseguiriam, Gustav não parava de
verificar a porta do salão.
— Gustav, você foi muito bem na sua luta, acha que a próxima també vai se
sair bem? — Raphitalia tentou inicia a conversa
— Gustav. — Sirius chamou hesitante. — Fique calmo, Maryn foi levada pra
enfermaria, ela vai ficar bem.
— Além que você tem que comer, não pode ficar com fome. — Sophia entrou
na conversa observando que Gustav nem mesmo tocou no prato de comida que tinha
vindo para ele.
Gustav se virou para olhar eles, Sophia logo tirou o contato visual, Sirius viu
mesmo que de relance uma chama que queimava tão forte que era assustador,
Raphitalia não conseguia olhar nos olhos de Gustav após ver as chamas dentro dele
e também ver aquele poder demonstrado na arena, tirando Marcos nenhum deles
conseguia mais olhar naqueles olhos assustadores por muito tempo, Marcos era o
único que o olhava nos olhos mantendo a calma, sendo o único que não tinha falado
nada, mas mesmo assim ele era o único que transmitia calma ali.
— Eu confio em vocês. — Gustav falou olhando para Yang que olhava pra
baixo tentando ocultar seus olhos já marejados de Gustav. — Ela está segura e bem.
— Gustav falou não direcionado para o grupo, mas sim para Yang.
Maruy começou a andar pelo salão a procura de Gustav, mas antes de Gustav
se levantar e chama-lo um menino na mesa próximo ao Maruy se levantou e parou o
único da casa dos lobos.
Ambos olharam um nos olhos do outro, Maruy mostrava em seus olhos uma
certa calma, muito diferente do seu corpo que trasbordava um ar de raiva e fúria. O
menino olhava com nojo para Maruy e com arrogância.
— Você tem muita coragem de vir até nossa casa lobo, ou devo dizer burrice.
— O menino começou a falar.
Maruy mesmo que só tenha ouvido uma única frase daquele garoto já sentia
farto, ele apenas piscou o olho lentamente e mostrou todo o ódio dentro dele junto
com seus olhos amarelo neon após o garoto ver aquilo ele apenas caiu para trás.
— Maruy, aqui. — Gustav interrompeu antes que algo ruim pudesse acontecer.
— Oi, como vocês estão? — Maruy falou se sentando na mesa junto a eles.
— Calma, o primeiro dia é pra ela se cura completamente dos ferimentos, mas
o segundo dia é para eles ficarem de olho se a produção de mana dela não foi alterado
pelos vários ataques com aquela espada. — Maruy falava calmamente, aquela calma
irritava Gustav.
— Nas piores das hipóteses ela ficara impossibilitada de usar magia, ou até
reduzir... — Maruy parecia se recusar a frase.
— Mantenha a calma, mata-lo não vai trazer algo bom, apenas coisas ruins pra
você. — Maruy falou tentando acalma seu irmão de batalha.
Gustav odiava Maruy quando mesmo ambos estando irritados ele sempre era
o que fingia manter a calma, mas ele estava certo era melhor manter a calma e
raciocinar do que não pensar e fazer algo ruim.
— Ok, vou comer e vou junto com você. — Yang falou parecendo um pouco
mais animada. — Gu, você vem junto?
— Claro, vai ser bom pra eu saber sobre seus poderes. — Gustav falou abrindo
um sorriso.
Yang começou a comer rápido para ir logo ver Maryn, Gustav comia, mas não
era por apetite, Maruy não conseguia encosta na comida, mas conversava com todos
ali e já estava se tornando amigo do pessoal.
Não demorou muito para Gustav já se retirar junto com Marcos e Sirius, Sophia
e Raphitalia já tinham se retirado da mesa dizendo que iriam assistir ao treino dos
meninos deixando assim somente Maruy e Yang na mesa.
Ela tentou responder de boca cheia, mas nas primeiras palavras ela começou
a se engasgar, a primeira reação de Maruy foi de rir da forma como ela batia em seu
peito para desengasgar, mas logo em seguida colocou o copo com algum suco dentro
na frente dela e sem fazer cena Yang rapidamente bebeu quase todo o suco do copo.
— Mantenha a calma, temos até as duas e meia da tarde pra ir lá. — Maruy
retrucou se sentando contra a mesa e percebendo vários olhares dos poucos alunos
que ainda estavam no salão.
Yang logo em seguida deu uma última garfada no seu prato e descansou os
talheres, ela olhou o seu amigo e também irmão de batalha, Maruy mantinha os olhos
baixos e frios, sua postura bem rígida e olhava para um lugar fixo do salão que forçou
ela olhar para a mesma direção onde ficava normalmente os veteranos e o líder da
casa.
Yang se questionava o porquê ele estava olhando para aquela direção, mas
não tinha um motivo especial Maruy estava apenas a pensar e Yang sabia
exatamente no que ele pensava, ela colocou a mão no ombro dele fazendo com que
Maruy olhasse para ela.
— Vamos lá. — Maruy falou suspirando feliz em ver aquele sorriso em sua
irmãzinha.
— Vamos nos sentar até aparecer a enferme... — Maruy parou de falar ao ver
que a enfermeira estava abrindo a porta tendo em mãos um prontuário.
— Olá, como posso ajuda-los? — Ela perguntou.
— Oi Merlin, sou eu Maruy, podemos ver Yang. — Maruy falou apontando para
Yang.
— Obrigada. — Yang falou indo para o lado de Merlin. — Como ela está?
— Bom, ela está com poucos ferimentos agora, muitos já se fecharam, mas
foram muitos cortes, então estamos dando tempo para ela pode recuperar um pouco
de mana e energia para colocarmos mais runas de curas. — Merlin falava enquanto
guiava eles por aqueles corredores e como a maioria dos prédios da academia aquele
também era muito maior que o exterior mostrava.
— Ela vai receber alta depois de amanhã, né? — Yang perguntou hesitante.
— Sim, ela ficara aqui hoje para se recuperar dos ferimentos hoje e amanhã
vamos fazer um teste de produção de mana, se tudo ocorrer normal ela recebera alta
depois de amanhã. — Merlin falou parando na frente de uma porta. — É aqui, vocês
pelas regras que eu tenho podem ficar uma hora, mas vou deixar vocês ficarem por
duas horas, é o máximo que eu posso estender pra vocês.
Os dois ficaram por um segundo se olhando esperando quem iria entra primeiro
até Maruy abrir a porta e acena para Yang entrar. Ao entrarem eles viram Maryn
deitada em posição fetal se aninhando no travesseiro como se nada tivesse
acontecido.
Maryn estava vestida com a roupa hospitalar, ela ainda tinha dois cortes
pequenos no rosto que visivelmente estava se fechando lentamente, no seu braço
estava cateter com o tubo indo para um saco com soro no conta gotas ao lado.
Maruy apontou com a cabeça para Yang senta do lado direito enquanto ele
dava a volta na cama para se senta do lado esquerdo, ver que Maryn tinha tido uma
grande melhora após aquele acontecimento deixava o peito de Maruy mais aliviado.
— Olhando pra ela agora, parece que ela só caiu de algum morrinho. — Falou
Maruy arrumando o cabelo que estava bem em cima dos olhos dela e parecia coça
um pouco o nariz dela.
— Que bom que ela está bem. — Falou Yang suspirando aliviada. — Eu acho
que é engraçado que mesmo que eu não conheça ela tão bem quanto você, eu sinto
como...
— Eu devo admitir que fiquei muito assustada quando Gustav ficou irritado
daquela forma. — Yang falou se recostando na cadeira de forma largada. — Eu acho
que ele realmente sente que ela é da família.
— Se não fosse vocês eu realmente teria morrido a muito tempo ou até mesmo
me mataria. — Yang falou se relutando a lembra do seu passado antes de conhecer
eles.
— Faz muito tempo que a gente não conversava só nos dois. — Yang falou
sorrindo. — Posso? — Yang falou levando a mão com o dedo indicador e do meio
tocando a lateral da testa.
— Você ainda não ta? — Maruy falou um pouco assustado. — Pensei que você
já tivesse visto tudo até meus pensamentos.
— Claro, você sabe que sempre pode entra na minha mente. — Maruy falou.
— Eu sei que você não vai fazer alguma maluquice com minha mente. — Maruy falou
abrindo um sorriso e descruzando os braços e se colocando numa postura mais
relaxada.
Yang nem teve dificuldade para entra na mente de Maruy, ele realmente
confiava nela o bastante para dá total acesso a mente dele. Yang se encontrava num
enorme corredor branco com inúmeras portas de carvalho, cada porta era uma
lembrança, algumas estavam com a madeira com aparência podre ou bastante
arranhadas, quanto mais arranhadas e podres mais antigas e esquecidas as
memórias eram.
Yang não precisou procurar a porta que ela estava a busca, ela apenas abriu
a primeira porta a sua frente e entrou, ela estava na visão de Maruy, ele estava
vestindo um sobretudo junto um cachecol preto, calça jeans e coturno, o local parecia
que estava perto ou já no inverno.
Parecia que Maruy estava a volta depois de ter comprado pão já que em sua
mão estava uma sacola de pão.
Na frente de Maryn estava dois homens vestidos com sobretudos pretos, calça
jeans e sapatos sociais além de boinas.
— Vamos, não iremos te fazer mal. — O primeiro falou segurando forte o braço
de Maryn, aquela cena fez o estômago de Yang borbulha, ela não queria se manter
naquela lembrança, mas ela continuou. — Vamos lá gracinha, se você for uma boa
menina posso até te paga pelo seu serviço.
— Mas é claro vai ser dois pelo preço de um. — O outro falou, Yang sentia o
quanto Maruy estava irritado naquela lembrança, parecia que dentro do coração de
Yang tinha uma chama queimando tudo dentro dela.
— Você está bem? — Maruy perguntou tentando ao máximo não mostra seus
olhos para Maryn.
Maryn apenas balançou a cabeça em negação, aquilo fez com que Maruy se
enfurecesse mais, Yang não entendia como Maruy ou Gustav aguentava aquele
sentimento, ela pensou que morreria dentro daquela lembrança.
— Ok. — Maruy se virou para o outro homem. — Eu não to num bom dia e
gente como você me faz senti nojo. E eu odeio sentir nojo. — Maruy falou dando
ênfase na palavra "nojo" e após acaba sua frase ele mostrou toda sua mana, era
menor que foi mostrado por ele na arena, mas Yang sentia que era um enorme poder.
— Desculpa cara, não sabíamos que era sua conhecida, aqui dinheiro para me
desculpa. — O homem falava rápido e assustado e jogando todo o dinheiro que ele
tinha na mão.
Maruy invocou seu soco inglês e colocou nas mãos, os dois homens tentaram
fugir, mas Maruy era inúmera vezes mais rápido que aqueles homens, aquilo não
podia chamar de luta, mas sim de massacre mesmo que Maruy ainda estivesse se
contendo para não mata aqueles dois vermes.
Após acaba com os homens Maruy fez seus socos ingleses sumirem e foi para
perto de Maryn, quando se aproximou dela ele cutucou levemente o braço da menina
que tremia assustada.
Maryn parou de tampa os ouvidos e abriu os olhos sendo sua primeira visão
Maruy com um pouco de sangue na roupa e rosto, mas o sangue não era dele. Logo
em seguida ela olhou para o lado, os dois homens estavam pendurados pelos pés
gotejando sangue, seus rostos não eram mais inidentificáveis, suas roupas estavam
rasgadas e manchadas de sangue e era possível perceber que seus braços e pernas
estavam virados ao contrário.
Aqueles homens estavam tão perto da morte que se pudessem abrir seus olhos
eles veriam a cara da própria morte, sem ajuda ou cuidados médicos não durariam
menos de algumas poucas horas, por sorte deles já era possível ouvir sirenes de
policiais por perto.
Maryn estava paralisada de medo após ver aquela cena, mas ela virou
rapidamente o rosto para olhar nos olhos de Maruy, Yang sentia que estava sendo
avaliada, ou melhor Maruy estava sendo avaliado e logo em seguida parecia que
Maryn abraçou forte ele, parecia que ela não sentia medo dele mesmo depois de toda
aquela cena.
A voz de Maruy não demonstrava nenhuma fadiga, Yang nem sentia cansaço
no corpo de Maruy e ela já não sentia seu peito arde como antes, mas ainda assim
sentia uma chama pequena.
Maryn tentou se levantar, porém ela não tinha força para conseguir se levantar.
Maruy olhou ao seu redor para se localizar e em seguida se abaixou para de costas
para Maryn.
— Ok, você tem casa? — Maruy já esperava uma resposta negativa e foi
exatamente o que ela respondeu fazendo negação com a cabeça. — Ok, vou te levar
pra minha casa, posso? — Maryn concordou com a cabeça, ela parecia estar
totalmente cansada para não conseguir nem fala.
Maruy estava tão preocupado se ela estava bem, muito mais do que ele estaria
com uma pessoa desconhecida, era como se ele estivesse Yang no lugar de Maryn,
além dele sentir que já tinha conhecido aquela menina, mesmo tendo certeza que
nunca tinha visto ela.
Não demorou muito para Maruy chegar no prédio que ele vivia, era um hotel
bem mediano e estava num bairro de classe média, algo que sempre impressionava
Yang é que parecia que cada cidade tinha evoluído do seu jeito, algumas eram
bastante medievais, porém outras eram tão avançadas que parecia ser tempos e
universos diferentes.
Maruy entrou no prédio e como de costume não tinha o porteiro para ficar de
olho, algo que facilitou pela primeira vez na vida de Maruy, ele foi para seu quarto já
que era no primeiro anda e após entrar era um apartamento bem simples, um sofá
com escrivaninhas de cada lado com ambos tendo um abajur, não tinha parede entre
a cozinha e a sala e duas portas uma para o quarto e outro para o banheiro.
Após eles entrarem Maruy colocou Maryn gentilmente no sofá, ela já tinha
acordado, porém parecia ainda está raciocinando o que estava acontecendo, depois
de pegar água e deixa encima da escrivaninha do lado de Maryn, Maruy foi para o
quarto ver algumas roupas para ela, por sorte de Maruy, ele ainda estava com
algumas roupas antiga que Yang tinha deixado na mão dele e também um saco na
metade com absorvente, aquilo mostrava a Yang que aquilo não tinha sido muito
tempo depois que eles se separaram.
Maruy foi o mais rápido que ele conseguia para volta logo para Maryn, quando
ele volto encontrou ela com o copo vazio na mão e parecia com muita sede.
— Você quer mais? — Maruy falou indo em direção a cozinha e pegando uma
jarra de água. — Aqui. — Maruy falou colocando mais água no copo dela.
— Maryn. — Foi uma surpresa para Maruy ouvir aquela voz, mesmo que
estivesse um pouco rouca e fraca ainda era bonito, mas ela parecia que estava um
pouco arisca.
— Eu não sei, só sei que meu nome é Maryn. — A menina falou se esforçando
a se lembrar de algo.
Maryn tentou se levantar, mas ela não conseguia, seus olhos demonstravam
que ela estava bastante frustrada e Yang sentia um sentimento de pena dentro de se,
mas não era dela e sim de Maruy.
— Passar o ferimento aberto em mim não vai te fazer mal? — Maryn falou
preocupada e se afastando um pouco.
— Fique tranquila, vai ficar tudo bem. Pode estender o braço? — Maruy
perguntou.
Maryn deu seu braço ainda desconfiada para Maruy, em seguida ele fez uma
runa com o sangue no antebraço dela, ao perceber que Maryn não tinha mana o
suficiente para ajudar a runa fazer efeito Maruy colocou a mão sobre a runa
despejando um pouco da sua mana.
"Nossa, é a runa ou ela que ta sugando minha mana? Será que eu fiz a runa
mal feita? Não, eu tenho certeza que fiz certo." A voz de Maruy ecoou na mente de
Yang, ela podia entra quantas vezes fosse, mas sempre se assustava quando ouvia
os pensamentos na memória.
Maruy fechou os olhos para se concentrar no fluxo de mana, quando ele sentiu
que tinha colocado uma boa quantidade de mana ele abriu os olhos, Maryn estava
um pouco mais forte e bonita, mesmo que ainda parecia que não tinha comido a
alguns dias ela não estava mais caquética.
Maryn tentou pegando junto as roupas e dessa vez conseguiu, agora ela só
precisava se adaptar a andar ainda que fraca, já que ela tentou dar alguns passos e
estavam meios bambos.
— Sim, eu consigo. — Maryn falou andando junto com Maruy para porta do
banheiro. — Senhor Maruy. — Maryn chamou antes de fechar a porta do banheiro.
— Sim?
— Muito obrigado senhor Maruy. — Maryn falou abrindo um sorriso cansado e
mesmo que Maryn queria disfarça Maruy percebeu que era falso.
Maruy ficou muito feliz em ver que ela não estava tão machucada além da
vermelhidão no braço que já tinha se curado. Maruy começou a tirar o sobretudo e o
cachecol, mostrando que ele estava com uma camisa preta e poucos segundos
depois ele tombou para o lado e teve que se apoia na parede, sua visão estava um
pouco turva.
" A runa tava imperfeita? Será que a runa que Gustav criou ainda não ta
completa? Mas eu vi Gustav usar várias vezes e não se cansou assim." Maruy pensou
colocando a mão em seu rosto e tentando se manter em pé.
"Ainda tenho que fazer café...Droga! Eu deixei o pão lá." Maruy se lembrou de
ter deixado o pão cair. Ele foi para frente da geladeira e a abriu vendo que tinha bacon
e ovos.
"Ok, dá pra eu fazer um café decente pra ela." Maruy pensou indo prepara o
fogão, a frigideira e os talheres, após arrumar tudo começou a fazer o café, não pouco
tempo depois Maryn saiu do banheiro enxugando o cabelo com a toalha, as roupas
como Maruy já suspeitava ficaram um pouco folgados, ela estava vestida com um
short jeans e uma camisa preta.
Sem toda aquela sujeira Maryn era uma menina bela, com inocência nos olhos,
Yang se impressionava em ver que em 3 anos ela tinha mudado tanto, mas pouco ao
mesmo tempo, seu cabelo naquela época era menor e ela parecia mais uma criança
também.
Maruy pegou dois pratos e um pacote de biscoitos, ele colocou para os dois e
levou o prato até ela.
— Desculpa não ser muito, mas eu deixei para trás o pão. — Maruy falou se
sentando ao lado dela.
Para surpresa dele Maryn começou a chorar vendo a comida em sua frente,
ela pegou o prato e colocou cuidadosamente na escrivaninha ao seu lado e pulou no
pescoço de Maruy o abraçando.
— Tudo bem, fique tranquila, aqui você está segura. — Maruy falou passando
a mão na cabeça dela para conforta-la.
— Eu sei, mas você tá viva e bem, além de eu estar aqui. — Maruy a afastou
um pouco para olhar nos olhos dela. — E eu vou te proteger de qualquer coisa. —
Maruy falou abrindo um sorriso.
Depois de colocar Maryn para comer, Maruy levou ela para o quarto dele, para
ela poder dormi tranquila na cama enquanto ele iria dormi na sala. Antes de fechar a
porta do quarto ele olhou para dentro do quarto, Maryn estava tão cansada que já
tinha adormecido, Maruy ainda estava preocupado se ela conseguiria dormi a noite
toda, mas ele fechou a porta do quarto e foi em direção ao sofá.
Quando ele se aproximou do sofá Maruy não aguentava mais força a suas
pernas pararem de ficar bambas e ele caiu ao lado do sofá, a sua visão já estava
turva, seu corpo quase sem forças, mas ele conseguiu se jogar para cima do sofá,
ele colocou o braço sobre os olhos para tirar a iluminação das luzes.
— Tudo bem. — Maruy se esforçava pra não deixar ela perceber que ele tava
sentindo dor. — Que horas são?
"Ok, eu fiquei extremamente cansado ontem pra acorda 9:30." Maruy pensou
tentando estralar o pescoço, após isso ele levantou a camisa levemente para ver onde
estava doendo, na lateral do abdômen tinha um local que estava roxo, "Um daqueles
desgraçados conseguiu usar mana num dos socos"
— Então você vai comer o melhor biscoito da cidade. — Maruy falou abrindo a
geladeira procurando um biscoito favorito dele que ele tinha guardado.
Quando Maruy tirou a camisa ele viu que estava com um machucado roxo na
lateral do abdômen, Maruy rapidamente criou a runa de ontem, mas dessa vez a runa
não puxou tanta mana, aquilo era estranho tanto para Yang como para Maruy.
Depois de Maruy termina de tomar banho ele saiu do banheiro usando uma
calça jeans e uma camisa branca regata e depois de ir na cozinha ele se juntou a ela
no sofá com um outro pacote de biscoitos na mão.
— Quando termina de toma café, eu vou sai pra conversa com um amigo meu,
na volta eu aproveito pra compra a comida ok?
Um silencio ficou entre os dois por um tempo, aquele gelo incomodava não só
Yang que observava aquela cena como Maruy que tinha vivido aquela cena.
— Você gosta de ler? — Maruy perguntou depois de olhar sua estante de livros
pela fresta da porta do seu quarto.
— Que bom que você também gosta dele. — Maryn falou. — Maruy eu... —
Maryn parecia hesitar em fala.
— Oi?
— Hon, Siru, Makin. — Maryn falou cada palavra com um sotaque diferente e
uma das palavras tanto Yang como Maruy identificaram, realmente ela tinha falado
em idiomas diferentes.
Maruy solto a chave que caiu na mão de Maryn e passou a mão no cabelo dela
abrindo um sorriso.
— Estou bem Claus. — Maruy respondeu com felicidade em sua voz. — Iae
meu velho pode fazer um favor pra mim?
— Claro, o que o velho Claus pode fazer por você? — O senhor disse de uma
forma tão doce que parecia conhecer Maruy a anos.
— Eu to com uma criança em casa, então eu queria que você fosse olhar ela
daqui a pouco pra ver se ela ta bem e ficar atento pra ajudar ela, se ela precisar. —
Maruy falou tirando um pouco de dinheiro do bolso.
— Não, não sem dinheiro Maruy, eu amo cuida de crianças, vou cuida muito
bem de seu filho ou filha. Vou cuida como se fosse minha criança. — Claus falou
empurrando o dinheiro de volta para Maruy.
— Fique tranquilo, o velho, mas não tão velho, Claus sempre ta pronto pra
ajudar todos os moradores, principalmente aquele que salvou o prédio. — Claus falou
lembrando que Maruy ajudou o dono a paga as dividas exorbitantes do prédio.
O jornal cortou para um homem negro com roupas que parecia estar indo ao
trabalho e logo em baixo apareceu o nome e profissão, Isaias, condutor de
empilhadeira.
— A única coisa que eu senti foi uma quantidade de mana assustadora, depois
barulhos de luta, tive tanto medo que não sai para fora de casa. — O homem parecia
com pressa.
O jornal trocou dessa vez para uma mulher com duas crianças do lado e em
baixo apareceu, Maria, dona de casa.
Novamente o jornal cortou, mas foi para uma reporte que estava no local onde
ainda tinha uma poça de sangue seco.
— Foi aqui que tudo aconteceu pelo que os policiais disseram, dá pra ver a
marca de sangue onde eles ficaram pendurados e ali naquela parede da pra ver uma
marca talvez de soco ou onde um dos homens foram jogados. — A reporte falou
passando rápido. — Pelo que os moradores disseram o apelidado assassino da noite,
tinha uma mana colossal e assustadora, além dos próprios policias que foram os
primeiros a chegar na cena de crime falaram a mesma coisa sobre a mana do usuário.
O jornal começou a cortar para os policias, mas Maruy foi cutucado por um dos
homens que estava assistindo, o homem era loiro e estava vestido parecido com
Maruy tremia de medo.
—...Os policias não deram nenhuma informação dos dois homens além deles
estarem vivos, mas no pronunciamento deles, o delegado diz que estão fazendo todas
as investigações possíveis para descobrir o assassino da noite. — O reporte terminou
de fala sobre a notícia.
Maruy continuou seguindo pela cidade dando bom dia a todos que ele
conheceu naquela cidade nos últimos dias, todos os mercadores e algumas senhoras
e senhores falavam alegremente com Maruy, parecia que ele era muito querido por
aqueles moradores.
Maruy entrou andando calmamente pelo local, a neblina estava rasteira, mas
ainda não tinha se dissipado, algo muito comum daquele bairro já que a neblina só
dissipar depois do meio dia pelo que Yang via nas memórias de Maruy.
— Eu acho que o senhor está no bairro errado. — Uma voz veio das costas de
Maruy e uma lâmina pontiaguda era sentida por Maruy nas suas costas.
— Não faz nem tanto tempo que eu sumi do bairro e vocês já esqueceram de
mim. — Maruy virou um pouco o rosto com seus olhos amarelo neon e viu um homem
menor que ele de pele clara, careca e usando calça rasgada, um moletom e um
cachecol que parecia ser roubado já que era destoava nas suas vestes já que parecia
ser de extremo valor.
Aquilo mostrava que Maruy ainda era lembrado por aqueles moradores e ainda
tinha o respeito deles, ele não gostava, mas chegava longe de odiar. Maruy apenas
suspirou reduzindo a mana novamente e voltando a coloração normal nos olhos.
— Tudo bem, aqui. — Maruy deu uma cédula para o homem. — Fique para
você, mas poderia me levar até o Percy?
O pequeno homem foi indo na frente guiando Maruy andando pelo labirinto que
eram aqueles becos, o homem andava tão confiante e como se fosse rotina andar por
ali era surpreendente para Yang.
Não demorou muito até eles estarem na frente de um prédio com 4 andares
com uma fachada parecendo bem mais um cassino, Maruy junto do homem entraram
e realmente era um cassino, com várias maquinas que diziam dar dinheiro, mas na
verdade só roubavam os jogadores, uma área para o pessoal beber e fumar ou
descansar.
Maruy bateu duas vezes na porta, mas sem resposta ele apenas conseguia
ouvir uma música alta e conversa de dois homens, Maruy bateu mais duas vezes na
porta, mas novamente sem resposta, então Maruy entrou.
— Pensei que você nunca errasse Percy. — Maruy falou olhando para o alvo
ao lado dele e a faca não tinha acertado o meio por pouco.
— Maruy!! — Percy gritou o nome de Maruy super feliz e se levantando rápido.
— Desculpa Parker, eu volto a ligação depois. — Percy falou desligando o telefone
que estava em sua mesa — Maruy a quanto tempo. — Ele se aproximou de Maruy e
o abraçou. — Sente, sente. — Percy falou puxando a cadeira para Maruy.
Maruy se sentou na cadeira e esperou um pouco até Percy rodear e ir até sua
cadeira.
— Não se preocupe, os policiais não tem nenhuma pista que possa levar até
você. — Percy já se adiantou.
— Como você sabe de tantos detalhes deles? — Maruy pensou alto sem
perceber.
— A meu primo Diego trabalha no hospital que atendeu os dois homens, aqui
uma foto. — Percy deu duas fotos para Maruy, em ambas as fotos estavam os
homens intubados ligados a várias maquinas e estava o mesmo médico fazendo pose
super feliz pra foto.
— Ta bom, mas não vim tratar desse assunto. — Maruy falou querendo ir direto
ao assunto.
O homem encapuzado esticou a mão para frente dele e mostrou Maryn por uns
instantes e após um movimento de mão de Percy ele se retirou da sala.
— A única informação dela que tenho agora, além do nome que você acabou
de me dá, é que ela apareceu na costa da praia da cidade faz duas semanas, além
disso não tenho, mas posso mandar meu pessoal procurar informações sobre ela. —
Percy falou entrelaçando os dedos e apoiando os cotovelos encima da mesa.
— Ok, obrigado Percy, por favor se encontra qualquer informação sobre ela
me avise e se puder tira os holofotes do caso daqueles dois vermes eu também
agradeceria. — Maruy se levantou da cadeira apertando a mão de Percy. — Mas uma
dúvida, como sabia que eu era o culpado desse caso?
— Eu não vou me torna seu assassino e eu já falei isso. — Maruy falou olhando
nos olhos de Percy.
— Talvez não seja meu, mas eu reconheço esses olhos Maruy, você vai se
torna um assassino. — Percy falou abrindo a porta. — E Maruy, saiba em minha casa
você sempre será bem-vindo.
Maruy seguiu o pelo mesmo caminho que veio se guiando pelas pequenas
peculiaridades de cada corredor do prédio até chegar no elevador e fazer exatamente
a mesma coisa para se localizar no labirinto dos becos, com certa dificuldade de se
achar ele também conseguiu encontra seu caminho naquele labirinto e saiu do bairro.
No caminho de volta Maruy parou num restaurante conhecido dele e comprou
uma comida para levar para casa e olhando no relógio do estabelecimento ele via que
já eram 11:46, "Como o tempo passou tão rápido?" Maruy ficou espantado pelo tempo
ter voado rápido.
Maruy tentou se adiantar o mais rápido possível evitando até fala com
conhecido dele, rapidamente ele já estava na frente de seu prédio já quase sem
fôlego, ao entrar ele viu Claus sentado em sua cadeira lendo o jornal do dia, era a
primeira vez que Maruy via o Claus depois de chegar para bater o ponto.
— Bom dia senhor Maruy. — Claus falou abaixando o jornal para vê-lo.
— Bom dia Claus, como tá Maryn? — Maruy perguntou, mas realmente queria
ser rápido.
— Ela está bem, até me ajudou com a cruzadinha do dia. Essa menina tem
uma ótima memória. — Claus falou surpreendendo Maruy.
— Nada.
"Se ela se lembrou dessas coisas significa que a memória dela não ta
totalmente perdida, ela pode se lembrar das coisas com o tempo." Maruy pensou com
passos acelerados até sua porta. "Isso é muito bom." Maruy pensava aliviado.
Quando Maruy abriu a porta ele ouviu barulho de panela e de coisa fritando o
preocupando de imediato, mas de junto com a preocupação veio um cheiro bem
gostoso vindo direto da cozinha.
— Okaeri. — Maryn falou vendo Maruy de boca aberta. — A comida vai ficar
pronta daqui a pouco.
— Eu disse que iria trazer comida. — Maruy falo colocando a caixa que estava
na comida encima da bancada.
— Eu fiquei com fome, então fui fazer algo pra comer, de alguma forma quando
olhei os ingredientes eu me lembrei de uma comida que eu sinto que gosto muito. —
Maryn falou apagando o fogo. — Pronto.
A comida era arroz, fatias de carne com molho e ovo cozido. Maryn montou o
prato super feliz com um sorriso de orelha a orelha, depois eles foram se sentar no
sofá e Maryn ficou esperando Maruy comer como se estivesse esperando uma crítica.
Maruy deu uma garfada e comeu, era uma explosão de sabores, estava
extremamente delicioso, Maruy estava espantado e ao mesmo tempo aliviado dela
ter conseguido fazer aquilo.
— Está delicioso. — Maruy tentou fala com boca cheia, ele não percebeu por
causa da sua preocupação com Maryn, mas realmente ele estava com muita fome.
— Que bom que suas memórias estão voltando.
— Parece que eles voltam com alguns gatilhos para ativar a memória. — Maryn
falou finalmente dando sua primeira gafada.
— Então vamos indo aos poucos achar algum jeito de recuperar todas as
memórias. Maryn você pode ficar comigo até conseguir se lembrar de tudo se você
quiser por tempo que desejar. — Maruy falou engolindo a comida.
— Você nunca foi e nunca será um incomodo pra mim. — Maruy falou
passando a mão no cabelo de Maryn.
"Então daí em diante vocês ficaram juntos, agora entendi." Yang pensou
acelerando a memória, aos poucos Maryn conseguiu recapitular algumas memórias,
lembra de coisas que ela já aprendeu e aprender coisas novas com Maruy.
"Onde ta a memória do navio, onde ele esteve pra não ver a gente?" Yang
falava acelerando mais ainda a memória para encontra o que queria. Quando ela
chegou na memória que queria ela observou que ele estava no meio do salão junto
com o grupo de alunos, no raio de visão ele tinha visto no canto do olho Gustav e do
outro lado oposto estava Yang.
Quando Yang saiu da mente do Maruy ela volto como se tivesse sendo puxada
do fundo de um lago, de alguma forma Yang sentia que sua mana estava sendo
drenada, então a suposição de Yang estava certa Maryn suga mana quando está
debilitada.
Aquilo era uma habilidade estranha e bastante assustadora, mas a mente de
Yang se apagou quando sentiu uma mão em sua cabeça fazendo seus instintos de
ficarem ativos, mas logo ela percebeu que era Gustav a fazendo se acalmar.
Maryn parecia bem melhor com algumas das feridas de quando Yang e Maruy
tinham chegado já fechadas, aquilo trazia tanto alivio para Yang que até mesmo ela
não entendia.
— Acorda, idiota.
— Seu idiota, por que não nos acordou antes? — Maruy falou bocejando logo
em seguida.
— Vamos logo, a gente não pode perde a segunda chave. — Yang falou se
levantando.
Yang foi a primeira a sai da porta calmamente para não acorda Maryn e os
outros dois vieram logo em seguida, depois de fechar a porta cuidadosamente os três
começaram a correr rapidamente pelos corredores sendo Yang a guia dos outros
dois, incrivelmente ela tinha gravado o caminho.
Quando eles chegaram na recepção eles viram a Merlin assinando prontuários
e ao ver a correria dos jovens logo se levantou para reclamar.
Enquanto eles corriam também era possível ver pessoas atrasadas correndo
para o ginásio igual a Yang, Maruy e Gustav, ao chegarem na entrada do ginásio
Yang fez um sinal para eles pararem e logo em seguida começaram a caminhar
calmamente entrando no local.
Ao entrarem no local tinha muitos alunos ainda indo para seus lugares os
líderes, vice-diretor e o diretor pareciam estar entediados, diferente do narrador que
parecia ansioso para poder abrir finalmente a segunda chave.
— Esse ano eu tenho certeza que Yore irá ganhar. — Charlotte falou se
empolgando também e abrindo um grande sorriso.
— Marceline nunca deixaria que uns fracotes como Yore ou Mylon vençam. —
O líder da casa dos lobos falou super empolgado.
— Calma lá Jack, não importa o quanto ela esteja forte ninguém venceria
Mylon. — Lion falou abrindo um sorriso.
Os três iriam começar uma disputar, mas o diretor apenas deu um olhar sério
para eles e logo todos se acalmaram.
— Dê tudo de si, Simon, e vai dar tudo certo. — Scott falou calmamente.
— Esse ano eu não vou perder pra você, Mylon. — O menino de cabelo
prateado falou se animando.
—...Que os deuses tenham piedade dos novatos que estão nessa chave... —
O narrador gritava mais alto.
Mylon olhava para os outros dois veteranos que o analisava com fúria e
rivalidades em seus olhos. Ele logo em seguida suspirou e abriu um sorriso de canto
de boca.