ILHÉUS, BAHIA
2010
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ILHÉUS, BAHIA
2010
III
CDD 551. 52
IV
Ilhéus-BA, 26/04/2010.
DEDICATÓRIA
A Patrícia Oliveira, minha amada esposa, pelo seu amor, confiança, cuidado e
Aos meus filhos Luísa e João Pedro, pelo estimulo em viver este grande
desafio.
VI
AGRADECIMENTOS
“Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por
Ao Profº Dr. Anderson Mol e Profª Agnes Fausto - mais do que professores,
são amigos dedicados, incentivadores, sem os quais não teria conseguido projetar
este trabalho.
profissional adequada.
VII
Monteiro da Silva, Marcilio Ferreira Marques Filho e Lincoln Warley, que gentilmente
Física Médica da UESC, que com muita dedicação participaram colaborando para a
Inatiane, Fabiana, Gilson, Karla, Geovânia, Jaques, Rodrigo, Joel, Hüryck, e Tiago
por enriquecerem a minha vida com suas experiências e por hoje serem meus
amigos.
RESUMO
IX
RESUMO
As mudanças atuais, na composição da atmosfera, principalmente a redução do ozônio,
ocasionaram o surgimento de inquietações e preocupações na comunidade científica, em
relação ao aumento da intensidade da radiação ultravioleta (RUV) solar na superfície
terrestre. O efeito acumulativo da radiação durante a vida provoca reações tardias, como
o envelhecimento cutâneo e alterações celulares que, através de mutações genéticas,
predispõem ao câncer de pele. O câncer de pele é a neoplasia maligna mais freqüente
em populações de todo o mundo e, poderia ser evitado se medidas de prevenção fossem
aplicadas em tempo oportuno. O presente trabalho objetiva conhecer a distribuição anual
da intensidade de radiação ultravioleta no eixo Ilhéus-Itabuna e estudar o comportamento
e práticas de prevenção que influenciam o surgimento de câncer de pele na população
da cidade de Itabuna-Bahia. A metodologia deste trabalho pautou-se em estudar a
variação anual da radiação ultravioleta no eixo e Ilhéus-Itabuna e na análise individual
dos sujeitos potencialmente vulneráveis ao desenvolvimento do câncer cutâneo, através
de aplicação de questionários aliados ao diagnóstico de novos casos de câncer de pele.
Os resultados revelam índices de RUV no eixo Ilhéus-Itabuna, com máximo do valor
médio entre as 14:00 e 16:00h, e anualmente, estão acima do limite de maior risco
(IUV=6) nessas duas localidades, sendo o horário de segurança geral (com IUV <6),
antes das 12:00h e depois das 18:00h. Em relação à epidemiologia do câncer, o
carcinoma basocelular teve maior prevalência (58,7%), seguido do carcinoma
espinocelular com 32,6% e do Melanoma maligno (4,3%), sendo a cabeça, o local
anatômico de maior ocorrência (69,6%) dos casos estudados. No estudo do
comportamento e hábitos da população de Itabuna em relação à exposição à radiação
solar, verificou-se que, uma parcela significativa, aproximadamente em torno de 30%,
realiza atividades ao ar livre, sem utilizar medidas de proteção para essa exposição. Nas
faixas etárias correspondentes à infância e adolescência, 51,4% dos entrevistados
informaram que se expunham à radiação solar de forma prolongada e freqüente, sem
usar barreiras físico-químicas como forma de proteção contra a RUV. Cerca de 40% dos
entrevistados não usa filtro solar. Detectou-se que, dentre os fatores que influenciam o
uso incorreto da foto-proteção estão a falta de informação e o preço muito elevado do
filtro solar, devido ao perfil econômico e educacional dos entrevistados - revelando que
60% recebem até 2 salários mínimos como renda familiar - e ao baixo nível de
escolaridade que gera uma desinformação.
PALAVRAS - CHAVE: Radiação solar, Ultravioleta, Câncer de pele, Poluição ambiental.
X
ABSTRACT
XI
ABSTRACT
The current change in the atmosphere, specially the ozone reduction, brought to the
scientific community worries concerning the increase of the ultraviolet radiation
intensity on the Earth’s surface. The cumulative effect of the radiation during life
causes delayed reactions, such as the skin’s aging and cell changes that, through
genetic mutations, predispose to the skin cancer. The skin cancer is the most
common malignant neoplasm for the populations around the world and it could be
avoided if some prevention measures were taken. This present work objectives the
knowledge of the annual distribution of the ultraviolet radiation’s intensity in the
Ilhéus-Itabuna region in Bahia, as well as the study of the prevention’s behavior and
practice that influence the skin cancer’s emergence on the population of Itabuna-BA.
This work’s methodology was based on the study of the annual variation of the
ultraviolet radiation in the region, as well as the individual analysis of the potentially
vulnerable subjects to the skin cancer’s development, through the questionnaires’
application along with the new cases of skin cancer diagnostic. The results show
ultraviolet radiation levels with the maximum average between 2 pm and 4 pm above
the limit of highest risk (IUV=6) all year long in our region, the time for the general
security (with IUV<6), before noon and after 6 pm. For the cancer’s epidemiology the
Carcinoma basal cell had the highest prevalence (58,7%), followed by the Carcinoma
spinocell with 32,6% and by the malignant Melanoma (4,3%), in which the head is
the anatomic place of higher occurrence (69,6%) among the studied cases. In the
study of behavior and habits for Itabuna’s population about the exposition to the solar
radiation, a significant portion performs outside activities, approximately 30%, without
necessarily using the prevention cautions to the exposition. 51,4% of the interviewed
informed that they exposed themselves to the solar radiation for a long and frequent
time, during the childhood and teenage, without using physiochemical barriers as a
way of protection against the ultraviolet radiation. About 40% of the population
doesn’t wear the sun block, the causes to the nonuse of the photoprotection are the
lack of information and the high price of the product, due to the economic and
educational profile of the interviewed, in which 60% gain 2 minimum salaries as a
family income and have low sholarity.
KEY WORDS: Solar radiation, ultraviolet, skin cancer, environment pollution.
XII
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
BFC Bromofluorocarbono
CBC Carcinoma Basocelular
CEC Carcinoma Espinocelular
CFC Clorofluorocarbono
CIE Commission on Ilumination
CODEBA Companhia de Docas do Estado da Bahia
HCFC Hidroclorofluorcarbono
MM Melanoma Maligno
SUMÁRIO
XIX
SUMÁRIO
Resumo.......................................................................................................................... VIII
Abstract X
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 01
1.1 Problema da pesquisa........................................................................................... 02
2. OBJETIVOS.................................................................................................................... 12
2.1 Geral....................................................................................................................... 12
2.2 Específicos............................................................................................................ 12
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 14
3.1 Radiação ultravioleta solar, comportamento, hábitos de exposição ao sol e o
câncer de pele................................................................................................................ 14
3.2 Aspectos fundamentais da radiação ultravioleta solar............................................. 22
3.2.1 A origem da radiação solar.................................................................................... 22
3.2.2 O espectro eletromagnético................................................................................... 23
3.2.3 Radiação Ultravioleta Solar................................................................................... 25
3.2.4 Radiação Ultravioleta Solar e a Atmosfera Terrestre............................................ 27
3.2.4.1 Estrutura vertical da atmosfera........................................................................... 30
3.2.5 Fatores Atenuantes da Radiação Ultravioleta Solar.............................................. 32
3.2.6 A “Camada” de Ozônio.......................................................................................... 34
3.3. Radiações Ultravioleta e sua Carcinogênese na Pele Humana.............................. 38
3.3.1 Anatomia da Pele Humana.................................................................................... 38
3.3.2 Efeitos Biológicos da Radiação Ultravioleta Solar na Pele Humana..................... 41
3.3.3 Carcinogênese da Radiação Ultravioleta Solar na Pele Humana......................... 42
3.3.4 Tipos de Pele......................................................................................................... 44
3.3.5 Efeitos Imediatos na Pele Humana........................................................................ 46
3.3.6 Efeitos Tardios na Pele Humana........................................................................... 47
3.4 Parâmetros para Exposição Solar............................................................................ 50
3.4.1 Histórico das Normas e Recomendações Internacionais...................................... 50
3.4.2 Definição do Índice Ultravioleta............................................................................. 53
3.4.3 Fotoproteção.......................................................................................................... 55
XX
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................................... 59
4.1 Definições da Área de Estudo: A Região Ilhéus/Itabuna-Bahia................................ 59
4.2 Tipos de Estudo........................................................................................................ 60
4.3 Aspectos Éticos........................................................................................................ 61
4.4 Amostragem.............................................................................................................. 61
4.5 Materiais e Métodos.................................................................................................. 62
4.5.1 Medidas da Radiação Ultravioleta Solar................................................................ 62
4.5.2 Estudos do Comportamento e Hábitos individuais á Exposição Solar.................. 63
4.5.3 Avaliação Clinica Dermatológica e Biópsia de Pele.............................................. 63
4.5.4 Banco de Dados dos Resultados Anatomopatológicos......................................... 64
4.5.5 Métodos de Análises dos Dados Apurados........................................................... 64
INTRODUÇÃO
1
2
1. INTRODUÇÃO
2
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dinâmica social, pois já não podemos destacar interesses como este das relações
humanas. As áreas urbanas – locais de intensa desigualdade social e ambiental –
sempre foram associadas a espaços não naturais, estranhos e muitas vezes opostas
à natureza, fato que legitimou por muito tempo a prática ambientalista de proteção e
conservação somente nas ditas áreas “naturais”. Os aspectos sociais e todos os
entraves e dilemas urbanos no que diz respeito à saúde parecem não fazer sentido
enquanto políticas públicas (TORRES, 2000).
É preciso pensar nos processos que conduzem a evolução no mundo da vida,
observando-os como um processo da dinâmica do sistema industrial em
transformação, pois já não é mais apenas sobre a questão dos recursos naturais
que se trata. É necessário repensar os paradigmas da sociedade e rever conceitos e
utopias (HABERMAS, 1987). É um novo momento onde:
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6
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Tabela 1. Estimativas, para o ano 2008, de número de casos novos por câncer, em
homens e mulheres, segundo localização:
Localização Primária Estimativa de casos novos
Neoplasia Maligna Masculino Feminino Total
Próstata 49.530 - 49.530
Mama Feminina - 49.400 49.400
Cólon e Reto 12.490 14.500 26.990
Estômago 14.080 7.720 21.800
Colo do útero - 18680 18680
Cavidade oral 10.380 3.780 14.160
Esôfago 7.900 2.650 10.550
Leucemias 5.220 4.320 9.540
Traquéia, Brônquio e Pulmão 17.810 9.600 27.270
Pele Melanoma 2.950 2.970 5.920
Outras localizações 55.610 62.270 117.880
Subtotal 175.970 175.750 351.720
Pele não Melanoma 55.890 59.120 115.010
Total das Neoplasias 231.860 234.870 466.730
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A B
Figura 01 - Carcinoma Espinocelular (A) lesão nodular e (B) infiltração com área
ulcerada
Fonte: SAMPAIO; REVITTI, 2001.
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Figura 2. Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100 mil homens
e mulheres, estimadas para o ano de 2008, segundo a Unidade da Federação
(câncer de pele não melanoma).
Fonte: Instituto Nacional de Câncer, 2008.
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(Figura 3).
Figura 3. Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100 mil homens
e mulheres, estimadas para o ano de 2008, segundo a Unidade da Federação
(Melanoma maligno da pele).
Fonte: Instituto Nacional de Câncer, 2008.
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2. OBJETIVOS
2.1: Geral
• Estudar a variação anual dos índices de radiação UV no eixo Ilhéus-Itabuna, o
grau de informação, atos de prevenção à exposição ao sol e a freqüência de
câncer de pele na população atendida em serviço de Dermatologia na cidade
de Itabuna-Bahia
2.2: Específicos
• Realizar medida da intensidade anual de Radiação Ultravioleta na região
Ilhéus-Itabuna.
• Estudar e descrever:
O grau de informação e os hábitos de prevenção a exposição ao sol que
influenciam o surgimento do câncer de pele;
O conhecimento que a população alvo tem sobre o índice UV;
A incidência e os tipos histológicos do câncer de pele;
Condições socioeconômicas (idade, sexo, grau de instrução, profissão,
local de trabalho e renda familiar)
Os principais riscos da exposição à radiação solar relacionados com
câncer de pele.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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1
International Programme on Chemical Safety (United Nations Environment
Programme, International Labour Organisation, World Health Organization).
Environmental health criteria
160: ultraviolet radiation. Geneva: World Health Organization, 1994.
2
National Radiological Protection Board. Health effects from ultraviolet radiation:
report of an advisory group on non-ionising radiation. Vol 13, no 1. Oxfordshire:
National Radiological
Protection Board, 2002.
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22
Para esse autor, a distribuição dos casos de câncer de pele, no país, está
associada não só aos níveis de RUV, mas também a cor da pele e hábitos de
exposição ao sol, uma vez que, na região nordeste, com predominância de
indivíduos negros e mulatos, a incidência é quase 85% menor que nas regiões sul e
sudeste. Os resultados alcançados indicam a necessidade de campanhas
educacionais e de prevenção do câncer de pele, bem como serviços de saúde mais
eficientes, para atendimento adequado à população e formulação de uma base de
dados mais confiáveis.
Okuno e Vilela (2005), num ensaio direcionado aos temas atuais da Física,
apontando a sua aproximação com a Medicina, apresentam as bases físicas da
RUV, assim como grandezas e unidades de medida utilizadas, discutem sobre os
efeitos biológicos e a carcinogênese da RUV, bem como as normas e
recomendações para exposição ao sol. Nesse ensaio, as autoras ratificam estudos
anteriores que comprovam a correlação existente entre a exposição à RUV e a
incidência do câncer de pele.
Szklo coordenador do programa de prevenção e vigilância do Instituto
Nacional do Câncer (2007) estudou o comportamento relativo á exposição e
proteção solar. O inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco para doenças e
agravos não transmissíveis, um estudo transversal de base populacional realizado
em 2002/2003, cuja população alvo foi composta por indivíduos com idade igual ou
superior a 15 anos, residentes no Distrito Federal e em 15 capitais brasileiras. O
número de indivíduos que responderam, de forma completa, às perguntas sobre
exposição e proteção à radiação solar foi de 16.999, uma das conclusões do estudo:
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E = h.f (1)
h.c
E =_
λ (2)
3 -6
1 micrômetro é igual a 0,000001m ou 10 m =1000 nanômetros.
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4
.
NESME-RIBES, E.; THUILLIER, G. Histoire solaire et climatique. Paris, France: Belin, 2000
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de carbono (CO2), assim como o vapor d’água, atua como um eficiente absorvedor
de radiação de ondas longas. Notadamente, o uso generalizado de combustíveis
fósseis é responsável pelo incremento nos totais de CO2 na atmosfera e o
conseqüente desequilíbrio climático global.
Segundo Kirchhoff (1995), o ozônio (O3) desempenha um importante papel
para os seres vivos devido as suas características peculiares, pois, na troposfera,
ele é considerado um poluente, em virtude do seu poder oxidante. Contudo, na
camada estratosférica, em torno de 15 a 30 km de altitude, ele absorve a radiação
ultravioleta (RUV), compreendida na faixa de 280 a 320 nm.
Em condições atmosféricas de céu limpo, aproximadamente 11% da RUV é
atenuada pelo ozônio, 14% pelos aerossóis e 25% pelo ar seco (SHERRY; JUSTUS,
1983 apud ASSUNÇÃO, 2003).
O processo de absorção da radiação solar pela atmosfera se dá através da
dissociação, fotoionização, vibração e transição rotacional de moléculas na alta
atmosfera. Essa energia absorvida é capaz de alterar a temperatura, composições
químicas e inúmeras outras propriedades da partícula.
No processo de espalhamento, denominado de espalhamento de Rayleigh ou
simplesmente espalhamento molecular, ocorre a obstrução da radiação solar por
partículas presentes na atmosfera terrestre. A direção e intensidade do
espalhamento dependerão do tamanho da partícula e do comprimento de onda
eletromagnética incidente. Quanto menor o comprimento de onda, mais fortemente
será espalhado (KIRCHORF, 1995, ASSUÇÃO, 2003).
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O 2 + hν → O + O .............................................(5)
O + O 2 + M → O3 + M .......... (6)
O 3 + hν → O + O 2 (7)
O3 + O → O2 + O2 (8)
40
41
NO 2 + O → NO + O 2 (9)
NO + O 3 → NO 2 + O 2 (10 )
Cl + O 3 → ClO + O 2 ( 11 )
ClO + O → Cl + O 2 ( 12)
41
42
A pele com cerca de 1,82 m2, é o maior órgão do corpo humano e um dos
mais importantes. Cada uma das estruturas que a compõe possui uma ou mais
funções, muitas das quais com um papel vital na manutenção da saúde. {Tabela 3}
(SAMPAIO; REVITTI, 2007).
42
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b) Epiderme:
A epiderme é formada por um epitélio estratificado escamoso queratinizado
que contém quatro camadas: a camada basal, espinhosa, granulosa e córnea.
As células da epiderme, por sua vez, podem ser divididas em quatro grupos:
as células troncos, as proliferativas, as diferenciadas e as funcionais. A epiderme
possui ainda células dendrídicas (melanócitos e células e Langerhans) e células
neuroendócrinas (células de Merkel).
A camada basal é formada por células germinativas da epiderme e
compreendem tanto células tronco como células proliferativas. São responsáveis
pela constante reposição de células escamosas da epiderme. Uma troca completa
da epiderme se completa a cada 70 dias.
As células da camada espinhosa são as células em diferenciação, poligonais
com núcleos vesiculosos e nucléolos pouco evidentes, apresentando ainda inúmeras
junções intercelulares (desmossomos).
Os grânulos de queratohialina são típicos da camada granulosa composta por
células ditas funcionais, achatadas com núcleos de cromatina densa.
As células da camada córnea são desprovidas de núcleo, muito achatadas e
totalmente queratinizadas (escamas).
Os melanócitos são responsáveis pela produção de melanina e distribuição
desta entre as células da epiderme. Estão situados na camada basal da epiderme
43
44
c) Derme:
É formada por tecido conjuntivo e contêm vasos, nervos e anexos cutâneos,
além de células inflamatórias como linfócitos, histiócitos e mastócitos. É dividida em
derme papilar e derme reticular.
A derme papilar é delimitada superiormente pela epiderme e inferiormente
pela derme reticular e plexo vascular. É altamente irregular e contém as papilas
dérmicas.
A derme reticular repousa entre a derme papilar e a hipoderme. As fibras
colágenas têm uma orientação paralela nesta região.
e) Anexos cutâneos:
As glândulas sebáceas consistem em vários lóbulos contendo lipídios, cada
lóbulo sendo composto por uma camada externa de células pequenas e cuboidais
ou achatadas, germinativas e uma zona interna composta por células grandes com
citoplasma amplo cheio de vacúolos contendo lipídios e núcleos centrais
comprimidos. A secreção drena através do ducto sebáceo para dentro do folículo
piloso a daí para a superfície da pele.
As glândulas sudoríparas são compostas por uma camada externa de células
contráteis mioepiteliais e uma camada interna de células secretoras. Podem ser do
tipo écrino ou apócrino. Englobando o folículo piloso há um tecido fibroso perianexial
que é separado da bainha epitelial da raiz pela membrana basal do pelo. A bainha
epitelial da raiz consiste distalmente a entrada do ducto sebáceo, somente das
células da camada espinhosa, proximalmente a este último, todas as camadas da
epiderme estão presentes. A matriz do pelo é composta por células mais internas
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FONTE: Adaptado de Fitzpatrick e Bolognia, 1995 Melanin: Its role in human photopro tection. Ov. Park,
Valdenmar Pub. Co., 177-82
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Foto envelhecimento
A exposição prolongada e freqüente à radiação solar provoca a deterioração
gradual da pele. As alterações nos componentes dérmicos, como desarranjos das
fibras colágenas, deterioração das fibras elásticas e dilatação dos vasos sangüíneos
ocorrem devido à ação cumulativa da RUV. A pele exposta à luz solar adquire uma
cor ligeiramente amarelada, com predominância de rugas e pregas. A pele perde a
elasticidade e fica mais flácida. Os primeiros sinais do fotoenvelhecimento podem
surgir já na terceira década de idade, uma vez que está intimamente relacionado ao
tipo de pele e hábitos individuais de exposição ao sol.
Câncer de pele
De acordo com Sampaio e Revitti (2007) existem três tipos de câncer de pele
que são classificados de acordo com a sua ordem de gravidade: o Carcinoma
Basocelular (CBC) e o Carcinoma Espinocelular (CEC), ambos denominados Câncer
de Pele Não-Melanoma (CPNM) e o Melanoma Maligno (MM).
A ação cumulativa da RUV é considerada o principal agente etiológico para o
desenvolvimento das três formas de câncer cutâneo (Armstrong e Kricher, 2001,
apud Silva, 2007). Todavia, muitos pesquisadores ainda não chegaram a um
consenso quanto ao estabelecimento de padrões e reconhecimento de agentes
condicionantes e desencadeantes dessa enfermidade.
O Carcinoma Basocelular é o mais freqüente e menos agressivo dos
cânceres cutâneos, pois raramente produz metástase. Origina-se do crescimento
desordenado das células basais da epiderme e seus apêndices e comumente
apresenta-se na forma nodular-ulcerativa com placas de pigmentação variável
(Figura 16). Desenvolve-se em indivíduos de pele clara, com idade superior aos 30
anos. Apesar de possuir malignidade local, podendo atingir cartilagem e ossos, o
CBC tem quase 100% de cura.
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A B
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A B
Figura 17 - (A) Carcinoma Espinocelular, lesão vegetante e (B) infiltração com área ulcerada. Fonte: da pesquisa.
A B
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Figura 19. Barreiras físicas de proteção contra a radiação ultravioleta. Fonte: WHO,
2002
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Desde então, a previsão diária do IUV, fornecida por meio de uma rede
interativa de informações de previsão do tempo (TV, rádio, jornais e internet),
associada à realização de campanhas de disseminação do IUV, tem sido uma
ferramenta eficiente de orientação da população para uma exposição segura à
radiação solar. Estudos recentes realizados nos EUA demonstraram que
aproximadamente 2/3 da população já ouviram alguma informação sobre o IUV e
cerca de 40% dos entrevistados utilizam a previsão do IUV como medida preventiva
para exposição ao sol (KINNEY et al., 2000).
Conforme publicação de Vanicek et al. (2000), atualmente, a previsão do IUV
é fornecida para o público europeu através de boletins meteorológicos diários. A
divulgação do IUV nesses países tem permitido à população adequar suas
atividades ao ar livre, seja de lazer ou laborais, evitando exposição excessiva ao sol.
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400 nm
I UV = k er ∫E λ .S er ( λ ).dλ (13)
280 nm
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Figura 21 - Proteção química e física contra a radiação solar. Fonte: TOVO, 2004 apud
SILVA, 2007)
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Ultra proteção, para loiros, de cabelos ruivos e pele clara. Protege durante
15
longos períodos sob o sol. Muito pouco bronzeamento.
É o bloqueador solar, recomendado para pessoas que possuem uma pele
30
pré-cancerosa. Bloqueia quase todos os raios danosos.
A ação protetora dos filtros solares não aumenta de forma linear com o FPS.
Um protetor solar com FPS 30 bloqueia 96,7% da radiação UVB incidente,
enquanto um protetor solar com FPS 40 bloqueia 97,5%, representando um
aumento de proteção em menos de 1% (SAMPAIO; REVITTI, 2007).
Para melhor aproveitamento e eficiência do filtro solar deve-se observar
também a forma de aplicação do produto e o seu uso correto. Por isso, é
imprescindível seguir as recomendações de cada fabricante, para garantir uma
exposição segura ao sol. Em nenhum momento, o uso tópico de filtro solar deve
ser um indicativo para o aumento do tempo de exposição ao sol de forma
inadvertida. O filtro solar nada mais é que uma maneira de proteger a pele dos
efeitos nocivos da RUV.
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PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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que é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e
esperança média de vida, Itabuna configura-se com um índice de 0,748,
considerado como médio (PNUD, 2000)i5.
Figura 22: Mapa região Ilhéus -Itabuna Figura 23: Mapa do município de
Itabuna-Bahia
Fonte: IBGE, 2009.
5
1.Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 09 de março de 2009. 2.Estimativas da população para 1º de
julho de 2008 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2008). Página visitada em 5 de
setembro de 2008. 3.Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 09 de março de 2009.
4.Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro
de 2007). Página visitada em 09 de março de 2009. 5.MOTTA, Diana Meirelles da; Cesar Ajara (Junho de 2001).
Configuração da Rede Urbana do Brasil (em português). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Página
visitada em 24 de julho de 2009. 6.Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística - IBGE.
65
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67
4.4 Amostragem
O presente trabalho teve uma população escolhida por amostragem de
conveniência de indivíduos de todas as idades, sexo, etnia, de qualquer localização
e tempo de domicilio que procuraram o serviço público do ambulatório Dermatologia
do Hospital de Base de Itabuna (HBLEM) e de Cabeça e Pescoço da Santa Casa de
Misericórdia de Itabuna (SCMI). Excluindo da avaliação dermatológica e biópsia de
pele o paciente com lesão benigna.
67
68
68
69
69
70
70
71
71
72
APRESENTAÇÃO
E
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
72
73
73
74
3. O horário de valores mais altos de IUV médio em todos os meses foi achado no
período entre 12:00 a 18:00 hs
4. O mês de março acusou as médias mais altas do ano.
74
75
Figura 26. Valores Médios mensais dos índices de UV por intervalo de horas do dia
75
76
Figura 26. Valores Médios mensais dos índices de UV por intervalo de horas do dia
(cont.)
76
77
77
78
78
79
79
80
80
81
81
82
82
83
83
84
ângulo solar zenital, que em estações situadas entre os trópicos, apresenta valor
mínimo duas vezes ao ano. Com os Índices UV calculados, pode-se determinar o
período do ano, para cada estação de observação no qual o Índice UV atinge
valores altos ou muito altos. Esta é uma, informação relevante para o trabalho de
educação do comportamento da população visando a proteção da radiação solar.
84
85
GRAFICO : GENERO
Masculino
40,0%
Feminino
60,0%
40
30
30
%
20
19 18
10 13
10
6
0
0
11
21
31
41
51
61
71
81
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
0
IDADE
85
86
Analfabeto
ESCOLARIDADE
0 10 20 30 40 50 60 70
Outras
Atividade com expos
10,0%
19,9%
70,0%
86
87
Frequência %
Até 2 s.m 374 59,6
2 a 5 s.m 225 35,9
Acima de 5
19 3,0
s.m
Total 618 98,6
Não responderam 9 1,4
Total 627 100,0
87
88
Figura 32 : População e etnia dos estados de São Paulo e Bahia (Fonte: IBGE,
2009)
Negros 52
Branca 26 Negro 23
COR DO CABELO
COR DOS OLHOS
COR DA PELE
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
% % %
88
89
6
1.PENA, S.D.; SANTOS, F.R.; BIANCHI, N.O.; BRAVI, C.M.; CARNESE, F.R.; ROTHHAMMER, F.; GERELSAIKHAN, T. et
al. ‘A major founder Ychromosome haplotype in Amerindians’, in Nature Genetics, v. 11, p. 15, 1995.
2. CIÊNCIA HOJE • vol. 27 • nº 159. Abril de 2000.
89
90
30%
Alta
Moderada
Baixa
30%
40%
90
91
91
92
Não me recordo 17
0 10 20 30 40 50 60
92
93
93
94
94
95
Antes das 10 h 29
Após as 15 horas 7
O dia todo 17
0 10 20 30 40
95
96
Nunca tive 74
QUEIMADURA SOLAR
Só uma vez 14
Até 3 vezes
Acima de 3 vezes
0 20 40 60 80
96
97
Em qualquer época 14
USA PROTETOR SOLAR
Somente no verão 10
Nunca uso 40
0 10 20 30 40 50
97
98
FATOR DE PROTEÇÃO
Menor que 4
Entre 4 e 8 5
Entre 8 e 15 14
Entre 15 e 30 30
Acima de 30 7
0 10 20 30 40 50
FREQUENCIA (%)
98
99
De acordo com os entrevistados, 19% das pessoas não utilizam o filtro solar
devido ao alto custo do produto. Em torno de 5% dos indivíduos entrevistados
declararam que muitas pessoas não fazem uso do filtro solar, porque considera um
incômodo a aplicação do produto pelo corpo, enquanto cerca de 7% não empregam
o produto simplesmente por preguiça. Outros 16% não o utilizam devido à falta de
informação, 9% alegam outros motivos como, por exemplo, não usam o filtro protetor
porque não se expõem ao sol ou a falta de costume (Gráfico 9).
Eu uso protetor 44
Falta de informação 16
Incomodo
Preguiça 7
Outros motivos 9
0 10 20 30 40 50
Marca 18
ESCOLHA DO PROTEOR
Resistência a água 9
Proteção UVA 31
Forma galênica(gel,c
Cósmetica (Perfume,
Preço 35
Anti-envelheciento
0 10 20 30 40
99
100
Óculos escuros 26
Bonés/chapéus 25
Guarda-sol 7
Vestimenta adequada 6
0 10 20 30 40
100
101
Sim
45,2%
Não
54,8%
101
102
102
103
100
80
60
Escolaridade
%
40
Analfabeto
0 Até Sup.Completo
Sim Não
Uso de Protetor
80
60
Escolaridade
40
%
Analfabeto
Conhecimento do IUVAB
103
104
104
105
Cor
Branco Asiático Não Branco Total
Queimadura Sim 64 (40,3%) 25 (39,7%) 74 (18,7%) 163 (26,4%)
Não 95 (59,7%) 38 (60,3%) 321 (81,3%) 454 (73,6%)
Total 159 (100%) 63 (100%) 395 (100%) 617 (100%)
105
106
80
% 60
40
Cor
20 Branco
Asiático
0 Não Branco
Sim Não
Uso de Protetor
106
107
80
60
%
40
Queimadura
20
Sim
0 Não
Sim Não
Uso de Protetor
80
60
%
40
Gênero
20
Feminino
0 Masculino
Sim Não
Uso de Protetor
107
108
80
60
%
40
Renda
20 Até 2 s.m
2 a 5 s.m
0 Acima de 5 s.m
Sim Não
Uso de Protetor
108
109
80
60
40
% Renda
20 Até 2 s.m
2 a 5 s.m
0 Acima de 5 s.m
Sim Não
IUVAB
80
60
%
40
Profissão
20
Uso de Protetor
109
110
Tipo de Profissão
110
111
100
80
60
40
Profissão
20
IUVAB
80
60
Escolaridade
%
40
Analfabeto
20 Até Fund.Completo
Profissão
111
112
Escolaridade
112
113
CARCINOMA ESPINOCELU
32,6%
CARCINOMA BASOCELULA
58,7%
113
114
30
30
Frequencia
20
16
10
0
Feminino Masculino
Genero
Na análise por faixa etária (Gráfico 26) destacou dados alarmantes, uma vez
que a faixa etária de incidência do câncer cutâneo vem diminuindo. Esses resultados
podem estar associados à mudança nos hábitos de exposição ao sol, como, por
exemplo, o uso de bronzeamento e o aumento de atividades realizadas ao ar livre,
conforme afirma Diffey (2000).
14
12
10
0
23 - 33 33 - 43 43 - 53 53 - 63 63 - 73 73 - 83 83 - 93
114
115
80
60
%
40
20
0
C
Tr
M
ab
em
em
úl
on
tip
eç
co
br
br
la
a
os
os
e
Su
In
Pe
fe
pe
sc
rio
oç
rio
re
o
re
s
s
115
116
100
80
90
70
80
60 70
50 60
% 50
%
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
SIMÉTRICA ASSIMÉTRICA REGULARES IRREGULARES
70 80
60
50 60
%
%
40
40
30
20
20
10
0 0
UNICA VARIADA MENOR QUE 6mm MAIOR QUE 6mm
116
117
40
%
30
20
10
0
An
At
At
At
é
é
al
Fu
En
Su
fa
be
nd
s.
p.C
to
M
C
om
éd
om
io
p.
p.
C
om
p.
Quando pesquisado em relação à renda familiar 72,7% dos entrevistados
recebem até 2 salários mínimos, seguidos de 18,2% que declararam receber de 2 a
5 salários mínimos e apenas 9,1% ganham mais de 5 salários mínimos (Gráfico 29).
80
60
%
40
20
0
Até 2 s.m 2 a 5 s.m Acima de 5 s.m
117
118
IRREGULARMENTE 80
60
%
40
NÃO 20
0
Sem Exposição Com Exposição
118
119
FREQUÊNCIA %
Sim 9 20,0
Não 36 80,0
Total 45 100,0
80
60
%
40
20
0
Sim Não
Os efeitos em longo prazo derivam do fato da ação dos UV sobre a pele ser
cumulativa e dependem da dose total de radiação solar recebido e da qualidade da
fotoproteção natural do indivíduo. São a heliodermia ou envelhecimento cutâneo,
que se verifica essencialmente nas áreas foto expostas e a fotocarcinogênese,
provocada por alterações diretas na célula da pele ou em seu DNA causando
mutação genética. Para os tumores epiteliais (exceto para o melanoma) o risco é
dose-dependente. Enquanto os RUVB têm um espectro de eritema e carcinogênese
sobreponível, os RUVA são pouco eritemogênicos, mas têm alto potencial
carcinogênico (OKUNO, 2005; ROELANDTS, 2007).
Partindo deste raciocínio foi perguntado aos indivíduos com câncer de pele
sobre o histórico da exposição solar na infância e 88,1% dos entrevistados
responderam que expuseram ao sol na infância sem proteção e apenas 11,9%
declararam que não ficaram expostos ao sol na infância (Gráfico 33).
119
120
80
60
%
40
20
0
Sim, sem proteção Não
120
121
121
122
CONCLUSÕES
E
RECOMENDAÇÕES
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
CONCLUSÕES:
122
123
123
124
124
125
RECOMENDAÇÕES:
As situações de alta vulnerabilidade sócio-ambiental ora apresentada,
apesar de não serem imutáveis, pois essa condição pode ser alterada através de
ações individuais, político-institucionais e sociais, quase que exclusivamente
relegam aos menos favorecidos, portanto com menor capacidade de reação às
situações de risco, menor chance de proteção contra as inúmeras enfermidades
existentes, entre as quais o câncer de pele.
Nesta pesquisa identificamos os fatores inter-relacionados com a
incidência do câncer de pele: a radiação ultravioleta (fator ambiental), o tipo de pele
(fator genético) e os aspectos socioculturais (comportamento à exposição a
radiação), este último é onde poderemos investir esforços preventivos, através de
educação para conhecimento da questão e mudança de atitude em relação a
exposição solar.
125
126
126
127
7. REFERÊNCIAS
127
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145
146
ANEXOS
12. EM QUE HORA DO DIA VOCÊ COSTUMA TOMAR BANHO DE SOL?
Antes das 10h Entre 10h e 15h Após as 15h Não tomo sol.
15. ALGUM FAMILIAR SEU APRESENTA OU JÁ APRESENTOU PROBLEMAS DE SAUDE DECORRENTES DA EXPOSIÇÃO EXCESSIVA
1. IDADE: _________ 2. SEXO: Feminino Masculino
AO SOL? QUAL PROBLEMA?
3. ATIVIDADE ECONÔMICA DESENVOLVIDA: _____________________________ Sim. ____________________________ Não
4. NÍVEL DE ESCOLARIDADE:
16. VOCÊ UTILIZA PROTETORES SOLARES NA FORMA DE LOÇÃO?
Analfabeto Ensino médio completo
Em qualquer época do ano Somente durante o verão
Ensino superior completo
Nunca uso
Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino superior incompleto
Quando vou tomar banho de sol Somente quando vou à praia/piscina
Ensino fundamental incompleto
20. EM DIAS ENSOLARADOS, VOCÊ FAZ USO DE OUTRO TIPO DE PROTEÇÃO SOLAR?
8. VOCÊ SE EXPÕE DE FORMA PROLONGADA E FREQÜENTE AO SOL OU TOMA BANHO DE SOL:
Óculos escuros Guarda-sol Não utilizo medias de proteção
Na sua casa Na praia ou clube No sítio ou fazenda Não me exponho
Bonés/chapéus Vestimenta adequada
No trabalho Na escola/universidade Em cidades montanhosas
146
147
DATA DA ENTREVISTA:----------------------------------------------------PRONTUÁRIO:---------------------------
NOME COMPLETO:--------------------------------------------------------------------------------------------------------
SEXO:
( ) MASCULINO ( ) FEMININO
COR:
( ) BRANCA ( ) NEGRA
( ) PARDA ( ) AMARELA
NACIONALIDADE:-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
OCUPAÇÃO ATUAL:------------------------------------------------------------------------------------------------------
QUEIXA PRINCIPAL:-----------------------------------------------------------------------------------------------------
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (TEMPO DE INÍCIO DAS LESÕES; LOCAL DE INÍCIO; DISTRIBUIÇÃO E ARRANJO DAS
LESÕES; TEMPO PARA DISSEMINAÇÃO; SINTOMATOLOGIA LOCAL E GERAL; TRATAMENTO REALIZADO; RESPOSTA
AO TRATAMENTO
147
148
( ) NUNCA FUMOU
( ) PAROU DE FUMAR
( ) FUMA ATUALMENTE
( ) FUMA EVENTUALMENTE (IRREGULARMENTE OU SOMENTE CIGARROS DE AMIGOS)
148
149
[ ] BOTAS
[ ] MEIAS 1. BORRACHA
[ ] LUVAS 2. ALGODÃO
[ ] TÊNIS 3. VINIL
[ ] MÁSCARAS 4. COURO
[ ] OUTRO
149
150
(TIPO DE PELE]
SOFRE BRONZEIA APÓS
TIPO CARACTERÍSTICA
QUEIMADURAS EXPOSIÇÃO
I. ( ) Sempre Raramente
Pele clara - pouca melanina
II.( ) Usualmente Às vezes
III.( ) Às vezes Usualmente
Pele morena - Qtd intermediária de melanina
IV.( ) Raramente Sempre
V. ( ) Pele mulata (naturalmente)
Pele escura - Muita proteção de melanina
VI.( ) Pele negra (naturalmente)
TIPOS DE LESÕES[REGRA A,B,C e D)
[ ]SIMETRICA [ ]ASSIMETRICA
[ ]BORDAS REGULARES [ ]BORDAS IRREGULARES
[ ]COR ÚNICA [ ]COR VARIADA
[ ]DIMESÃO < 6MM [ ]DIMENSÃO > 6MM
LOCALIZAÇÃO ATUAL DAS LESÕES;
[ ]CABEÇA [ ] FACE [ ]NARIZ [ ]COURO CABELUDO
ALTERAÇÕES EXTRACUTÂNEAS:
SUSPEITA DIAGNÓSTICA
1.______________________________2._________________________________________3._________________________
CONDUTA:
150
151
APENDICES
151
152
Termos histológicos:
a) Epiderme
Hiperceratose: Aumento da espessura da camada córnea.
Paraceratose: Corresponde à retenção de núcleos picnóticos na camada córnea.
Disceratose: Ceratinização precoce das células epidérmicas, que mostram
precocemente núcleo picnótico e escuro, com citoplasma eosinofílico.
Hipergranulose: Aumento do número de células da camada granulosa.
Hipogranulose: Diminuição do número de células da camada granulosa.
Hiperplasia: Aumento do número de células da epiderme, que se mostra espessada.
Acantose: Aumento da espessura da camada espinhosa.
Atrofia: Redução das células espinhosas, com afinamento da epiderme.
Espongiose: Edema entre as células (intercelular) espinhosas, podendo resultar na
formação de vesículas intra-epidérmicas.
Balonização: edema intracelular.
Acantólise: Perda da coesão entre as células espinhosas, com formação de
espaços, vesículas ou bolhas intra-epidérmicas. Ao se individualizarem as células
tornam-se arredondadas, o núcleo bem corado e o citoplasma eosinofílico - célula
acantolítica.
b) Derme
Infiltrado celular: Pode ser monomorfonuclear, polimorfonuclear ou misto.
Degeneração do colágeno: Alterações estruturais e tintoriais do colágeno:
hialinização (confluência das fibras e aumento da eosinofilia) ou degeneração
basofílica.
Fibrose: Aumento dos fibroblastos e do colágeno, sendo que este se mostra
desarranjado.
Esclerose: Aumento e desarranjo do colágeno, sendo que este se mostra
eosinofílico, homogêneo, hialinizado e com diminuição do número de fibroblastos.
Papilomatose: É a projeção e alongamento das papilas dérmicas.
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Termos clínicos:
Mácula: Alteração da cor normal da pele. Pode ser hipocrômica, hipercrômica ou
acrômica.
Pápula: Lesão elevada com até 1 cm de diâmetro.
Nódulo: Elevação com mais de 1 cm de diâmetro.
Placa: Lesão elevada e plana, com mais de 1 cm de diâmetro.
Papiloma: Lesão formada por projeções digitiformes, e papilíferas, acima da
superfície da pele, com hiperplasia epidérmica.
Cisto: Cavidade contendo fluido ou material sólido e circundada por epitélio.
Vesícula: Elevação circunscrita, com menos de 1 cm de diâmetro e com líquido no
interior.
Bolha: Elevação circunscrita, com mais de 1 cm de diâmetro e com líquido no
interior.
Pústula: Coleção localizada de pus com até 1 cm.
Abscesso: Acúmulo localizado de pus com mais de 1 cm.
Púrpura: Sangramento na pele que permanece quando se faz vitropressão. Petéquia
quando até 1 cm e equimose quando acima deste tamanho.
Telangiectasia: Dilatação de capilares, vênulas ou arteríolas na superfície cutânea.
Desaparece a vitropressão.
Hematoma: Acúmulo de sangue na derme profunda ou subcutâneo.
Escama: Camada de células cornificadas na superfície cutânea.
Crosta: Placa irregular formada pelo ressecamento de exsudato composto de
serosidade (melicérica) ou sangue (hemática).
Exulceração: Perda parcial ou completa da epiderme (erosão). Não deixa cicatriz.
Úlcera: Perda completa da epiderme e parte da derme, deixando cicatriz.
Fissura: Solução de continuidade linear que vai da superfície da pele até a derme.
Atrofia: Diminuição da espessura da pele, principalmente da derme. Quando
associada à telangiectasia, hipo e hiperpigmentação, chama-se poiquilodermia.
Esclerose: Área de induração detectável pela palpação.
Liquenificação: Aumento da espessura da epiderme com acentuação dos sulcos
cutâneos, podendo estar associada a hiperpigmentação e descamação.
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