SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
UNIDADE 1 - A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA FILOSOFIA .................................. 5
UNIDADE 2 - SITUANDO A FILOSOFIA NAS DIVERSAS ÉPOCAS......................... 15
UNIDADE 3 - AS CONCEPÇÕES E OS MÉTODOS DA FILOSOFIA ......................... 17
UNIDADE 4 - OBJETOS DE ESTUDO – OS GRANDES TEMAS ................................ 23
UNIDADE 5 - OS RAMOS DA FILOSOFIA ................................................................... 42
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 50
3
INTRODUÇÃO
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As doutrinas de C. S. Peirce (v. peirciano), W. James (v. jamesiano1), J. Dewey (v. deweyano) e do
literato alemão Friedrich J. C. Schiller (1759-1805), cuja tese fundamental é que a verdade de uma
doutrina consiste no fato de que ela seja útil e propicie alguma espécie de êxito ou satisfação
(FERREIRA, 2004)
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Concordando com Sponville (2002, p. 11) filosofar é pensar por conta própria;
mas só se consegue fazer isso de um modo válido, apoiando-se primeiro no
pensamento dos outros, em especial dos grandes filósofos do passado. A filosofia
não é apenas uma aventura; é também, um trabalho, que requer esforços, leituras,
ferramentas.
No começo o homem acreditava nos mitos, mas algo aconteceu que o fez
mudar seu modo de pensar. Ele deixou de recorrer aos mitos para explicar o
universo e inaugurou um sistema de pensamento que permeia toda a civilização
ocidental até os dias de hoje.
Quanto ao seu valor, a filosofia deve ser estudada, não por causa de
quaisquer respostas exatas às suas questões, uma vez que, em regra, não é
possível saber que alguma resposta exata é verdadeira, mas antes por causa das
próprias questões; porque estas questões alargam a nossa concepção do que é
possível, enriquecem a nossa imaginação intelectual e diminuem a certeza
dogmática que fecha a mente à especulação; mas acima de tudo porque, devido à
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Para Prado Jr (1981) a Filosofia seria isso mesmo: uma especulação infinita e
desregrada em torno de qualquer assunto ou questão, ao sabor de cada autor, de
suas preferências e mesmo de seus humores. Na verdade, existem pensadores ou
especuladores que afirmam caber à Filosofia simplesmente sugerir questões e
propor problemas, fazer perguntas cujas respostas não têm maior interesse, e com o
fim único de estimular a reflexão, aguçar a curiosidade.
Para o filósofo cristão alemão Johannes Hessen, como quer que se entenda e
defina o que é Filosofia, não pode ser negado que nesta se realiza sempre um auto-
exame do Espírito.
A matéria e o espírito
O pensamento é a ideia que fazemos das coisas; algumas dessas ideias vêm-
nos ordinariamente das nossas sensações e correspondem a objetos materiais;
outras, como as de Deus, filosofia, infinito, do próprio pensamento não
correspondem a objetos materiais. Temos ideias, pensamentos, sentimentos, porque
vemos e sentimos.
Campos de investigação
próprios, critérios próprios e meios próprios para saber o que é o verdadeiro e como
alcançá-lo em tudo o que investiguemos (GILES, 2006).
Ela também está voltada para a definição das virtudes morais e das virtudes
políticas, tendo como objeto central de suas investigações a moral e a política, isto
é, as ideias e práticas que norteiam os comportamentos dos seres humanos tanto
como indivíduos quanto como cidadãos.
É feita, pela primeira vez, uma separação radical entre, de um lado a opinião
e as imagens das coisas, trazidas pelos nossos órgãos dos sentidos, nossos
hábitos, pelas tradições, pelos interesses, e, de outro lado, as ideias. As ideias se
referem à essência íntima, invisível, verdadeira das coisas e só podem ser
alcançadas pelo pensamento puro, que afasta os dados sensoriais, os hábitos
recebidos, os preconceitos, as opiniões (GILES, 2006).
próprio homem, o qual não deixa de ser um animal curioso que investiga, que deseja
saber o porquê de toda existência, inclusiva a sua (GILES, 2006).
Isso nos leva a inferir que o homem é o tema mais privilegiado da Filosofia, e
do seu entorno fazem parte o universo e a sociedade onde vive.
Segundo Chauí (2003), Politzer (2001) e outros autores, existem três formas
de concebermos a filosofia, sendo elas: a forma metafísica, a positivista e a crítica.
Vários são os métodos que foram utilizados pela Filosofia, cada um a seu
tempo. Abaixo temos alguns exemplos, os quais serão explicados em tópicos
adiante.
MÉTODO HERMENÊUTICO
SIGNIFICADO
VERDADE/
TEXTO
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SISTEMA DE INTERPRETAÇÃO DA
HERMENÊUTICA
MÉTODO CARTESIANO
EVIDÊNCIA
ANÁLISE
SÍNTESE
ENUMERAÇÃO
MÉTODO FENOMENOLÓGICO
INTERPRETAÇÃO
COISA-EM-SI
TEXTO
MÉTODO SOCRÁTICO
Metafísica
Epistemologia
O mesmo autor acima infere que na era moderna, a partir do século XVII em
diante - como resultado do trabalho de Descartes (1596-1650) e Locke (1632-1704)
em associação com a emergência da ciência moderna - que a epistemologia tem
ocupado um plano central na filosofia.
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Ética e Moral
Embora este curso tenha uma apostila voltada para os Tópicos de Ética,
nunca é demais deixar algumas palavras sobre ela.
O termo ética deriva de uma palavra grega que significa “costume” e, por isso,
a ética foi definida com frequência como a doutrina dos costumes, principalmente no
pensamento de orientação mais empirista.
Nesse sentido Vasquéz (1999, p. 38) nos ensina que “as normas morais
derivam de um poder sobre-humano, cujos mandamentos constituem os princípios e
as normas morais fundamentais.”
Estética e Arte
Pauli (1997) nos coloca que no âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais
podem ser particularmente destacados:
Lógica e Linguagem
A lógica (do grego clássico logos, que significa palavra, pensamento, ideia,
argumento, relato, razão ou princípio) é uma ciência de índole matemática e
fortemente ligada à Filosofia. Já que o pensamento é a manifestação do
conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é preciso estabelecer
algumas regras para que essa meta possa ser atingida. Assim, a lógica é o ramo da
filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto,
um instrumento do pensar. Desse modo, aprender a lógica não constitui um fim em
si. Ela só tem sentido enquanto meio de garantir que nosso pensamento proceda
corretamente a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros. Enfim, a lógica trata dos
argumentos, isto é, das conclusões a que chegamos através da apresentação de
evidências que a sustentam. O principal organizador da lógica clássica foi
Aristóteles, com sua obra chamada Organon. Ele divide a lógica em formal e
material.
maior parte do raciocínio “normal” pode ser capturada pela lógica, desde que se seja
capaz de encontrar o método certo para traduzir a linguagem corrente para essa
lógica.
Enfim, a Lógica filosófica está muito mais preocupada com a conexão entre a
Linguagem Natural e a Lógica.
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Vamos explica o que vem a ser o "ismo". É uma posição filosófica ou científica
que sustenta algo sobre uma ideia, um fato, um sistema, uma política, um programa,
uma circunstância, etc. É uma ideia central a nortear o adepto perante o mundo ou
em face de determinadas coisas. É um método ou conjunto de valores, é um
principio ou conjunto de princípios explicativos sobre alguma coisa ou algum fato. É
uma filosofia ou um modo de ver o mundo ou determinado problema. Para Grayling
(1996) há tantas definições de “ismos” quase quantos “ismos” há. Cada um tem seu
contexto histórico em que surge e se desenvolve. Ocorre, muitas vezes, que, após
passar a ser moda ou um sistema de ideias dominante, o “ismo” cai no ostracismo.
(1) O que é que Realismo: Conhecer é apreender a realidade existente na experiência interna
conhecemos? (atos da consciência) ou na experiência externa (objetos do mundo sensível).
Os objetos existem independentemente dos sujeitos.
Os próprios objetos,
ou as representações, Idealismo: Nega a existência do real. A realidade é reduzida a ideias: o mundo
em nós, dos sensível é um mero produto do pensamento. Os objetos só existem enquanto
mesmos? representações, não têm uma existência independente.
Retórica e Oratória
Ontologia e Cosmologia
T
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Social e política
Educação
Mente
Religião
A mesma autora discute ainda que, mesmo que tenhamos uma consciência
contemporânea pós-moderna marcada pelo conhecimento científico, avanços
tecnológicos e um ceticismo atuante, a proliferação de seitas, religiões e culturas
misteriosas precisam ser estudadas filosoficamente, sendo tema recorrente da
Filosofia da Religião, assim como o próprio repensar e desvendar das religiões já
constituídas e consolidadas.
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Dois outros problemas igualmente muito discutidos são o papel dos milagres
enquanto provas da existência de Deus, a que David Hume levantou fortes
objeções, e o problema do mal (TEIXEIRA (1) 2008).
Entre nós, a filosofia da religião certamente não é uma prioridade. Para isso
há diversas razões. Por um lado, em nossa época, predomina a consciência
marcada pelo saber científico, pela técnica e pela crítica iluminista, centrada na
imanência. Tal postura ignora o pensamento religioso. Por outro, nas últimas
décadas, a teologia pulverizou-se em tantas teologias que, no meio cristão, a única
coisa comum que sobrou parece reduzir-se ao recurso à Bíblia (PAULI, 1997).
Para Zilles (2006), o diálogo entre filosofia e religião é tão antigo como a
própria filosofia. A partir da tensão desafiadora entre conhecimento autônomo e fé
gratuita, desenvolveram-se sistemas filosóficos e projetos teológicos. Mas, se, no
passado distante, a religião pertencia aos temas centrais da reflexão filosófica, nos
tempos modernos e recentes, o problema dos fenômenos religiosos é cada vez mais
marginalizado. O homem moderno, esclarecido, evita argumentos religiosos como
evita falar de Deus. Consideram-se tais coisas reservadas ao púlpito ou
simplesmente pertencentes à esfera íntima e privada de cada pessoa ou, então,
quando muito, busca-se espaço para a crítica do conceito de Deus e de religião.
Por outro lado, a filosofia não consegue demonstrar religião, mas pode
mostrar seus fundamentos. Pode mostrar que se trata de um fenômeno original e
colocá-lo ao lado de outros; descobrir os vestígios da religião e seus símbolos na
cultura secularizada. A filosofia, segundo Wittgenstein, pode mostrar como são
estreitos os limites da linguagem e da racionalidade. O espaço limitado pela
linguagem e pela razão é pequeno para nele viver. Mostrando os limites da
linguagem e do pensamento, indica para além dos mesmos (ZILLES, 2006).
Analítica
A Hermenêutica
Também pode ser entendida como ciência ou técnica que tem por objetivo
exclusivo, interpretar textos religiosos, especialmente as Sagradas Escrituras.
Para Schleiermacher a hermenêutica não visa o saber teórico, mas sim o uso
prático, isto é, a práxis ou a técnica da boa interpretação de um texto falado ou
escrito. Trata-se aí da “compreensão”, que se tornou desde então o conceito básico
e a finalidade fundamental de toda a questão hermenêutica. Schleiermacher define a
hermenêutica como “reconstrução histórica e divinatória, objetiva e subjetiva, de um
dado discurso” (COLLINSON, 2006).
A maiêutica
A maiêutica foi um método criado por Sócrates que a definiu como o momento
do parto intelectual da procura da verdade no interior do homem, ou seja, “parir”
ideias complexas a partir de perguntas simples e articuladas dentro de determinado
contexto.
REFERÊNCIAS
DUTRA, Delamar José Volpato. O que é filosofia, professor? E para que serve?
Florianópolis: UFSC, 2005.
GILES, Thomas Ransom. O que filosofiar? 3 ed. São Paulo: EPU, 2006. 60 p.
MEGALE, Januário Francisco. Alguns ismos das Ciências Sociais. Disponível em:
<http://www.culturapro.org.> Acesso em: mai. 2008.
MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
PRADO Jr., Caio. O que é filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1981 (Primeiros
Passos, 37).
ZILLES, Urbano. Situação atual da filosofia da religião. Rev. Trim. da PUCRS Porto
Alegre v. 36 Nº 151 Mar. 2006 p. 239-271.