Você está na página 1de 9

Índice

Introdução..........................................................................................................................4

1. Supervisão escolar.........................................................................................................5

2. Métodos e técnicas da supervisão escolar.....................................................................5

Conclusão........................................................................................................................10

Referências bibliográficas...............................................................................................11

3
Introdução

O trabalho em alusão faz uma descrição sobre os métodos e técnicas da supervisão


escolar com imbuído de trazer a luz da razão qual é procedimento usada na supervisão
escolar para cada método e as técnicas que englobam a actividade de supervisão escolar.
Este trabalho tem como objecto de estudo os procedimentos técnicos para a realização
da supervisão escolar.

O tema em questão reveste-se de grande importância visto que para cada actividade
existe um conjunto de técnicas usadas para sua execução. Desta feita, é a partir desta
pesquisa que o estudante deste curso se afirma com conhecimentos sólidos que
futuramente serão úteis no desempenho das suas actividades ou tarefas. Portanto, é
importante ressaltar que a existência dos métodos e técnicas ajudam na planificação de
uma boa prática de supervisão.

Para a elaboração do presente trabalho usou-se as fontes bibliográficas referentes ao


processo de supervisão escolar, e por outro lado usou-se o método descritivo como
auxiliar que ajudar na descrição do conteúdo em estudo através de leitura, interpretação
e síntese.

Portanto, quanto a sua estrutura, o trabalho segue a seguinte ordem: introdução, 1.


Supervisão; 2. Métodos e técnicas da supervisão escolar, conclusão e referencias
bibliográficas.

4
1. Supervisão escolar

É preciso primeiro buscar o conceito da supervisão escolar que pode ser compreendida
como Seria esse conjunto de actividades desenvolvidas por profissionais da educação,
permitindo melhor acompanhamento das actividades educativas, quer a nível do ensino
ou de desenvolvimento curricular.

Nas escolas, muitas vezes, são os directores, os directores adjuntos que fazem esse
trabalho, em alguns casos são enviados elementos da Direcção Provincial, para fazer
esse acompanhamento, ajudando os professores nas actividades que apresentarem
dificuldades. É prática das escolas optarem por assistências mútuas das aulas entre
professores, isso quanto a nós expressa o verdadeiro sentido da supervisão pedagógica.
(Cfr. DUARTE et all, 2008).

A supervisão escolar, necessário ao bom andamento das acções da educação, deve ser
praticada com cuidado e conhecimento de causa. É importante uma formação
complementar para o educador que resolver assumir o compromisso de supervisionar os
trabalhos escolares. Na actualidade, o supervisor deverá ser um profissional consciente
de seu papel de mediador do trabalho docente, de facilitador das acções pedagógicas, de
orientador de práticas condizentes com o cenário onde se foca o seu trabalho. A
supervisão perpassa a função burocrática e prioriza as acções pedagógicas.

2. Métodos e técnicas da supervisão escolar

Por método pode ser entendido como estratégias ou vias que facilitam a realização de
qualquer actividade a ser realizada. Ou então, pode-se considerar a metodologia um
conjunto de procedimentos técnicos que auxiliam o pesquisador a resolver um dado
problema.

Na perspectiva de SILVA & MENEZES (2001:26), metodologia “é a explicação


minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método
(caminho) do trabalho de pesquisa”.

2.1. Método científico

5
O método científico consiste na observação da prática docente, para a posteriori, num
contacto individualizado, orientar o professor com vista à superação de eficiências
identificadas pela observação do supervisor. O objectivo deste método é conduzir ao
aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem, partindo da observação da
prática docente.
Na perspectiva de Alves (2006), o método científico respeita as seguintes etapas:
 Reunião individual do supervisor com o professor, a fim de explicar-lhe como
funciona o método e obter seu consentimento para observá-lo na turma;
 Análise e interpretação dos dados colhidos durante a observação em turma;
 Reunião individual com o professor, para expor-lhe os resultados da observação
e, através de diálogo amigável, orientá-lo para superação dos aspectos negativos
constatados;
 Depois, novo observação em turma, para observação da melhoria ou não do seu
desempenho;
 E, a seguir, nova reunião individual.
O supervisor, para observação em sala de aula, pode efectuar anotações, utilizar fichas,
gravador e filmar, cujos testemunhos poderão melhor convencer o professor do que
simplesmente palavras. O uso de elementos tecnológicos pode permitir ao professor
rever e reouvir o seu desempenho.

2.2. Método não directivo

O método não directivo estimula o professor na autoconsciência sobre a sua prática


docente, numa dinâmica de análise, avaliação e interpretação de si e dos resultados da
sua actuação. Neste método é o professor que relata ao supervisor as suas dificuldades e
traça ele mesmo o seu plano de auto-aperfeiçoamento.

O supervisor toma esse plano como base de trabalho, orientando o professor na


delineação do mesmo e/ou observando as aulas do professor. Após observação da
prática, o supervisor reúne individualmente com o professor, parafraseando aquilo que o
professor disse ou pretendeu fazer em contexto de prática lectiva, em torno das questões
definidas no plano de auto-aperfeiçoamento, a fim de receber feedback do professor no
sentido de confirmar se era mesmo aquilo que o professor pretendia dizer ou fazer.
Neste processo dialéctico o supervisor vai colocando questões que conduzam o
professor a reflectir, analisar e aprofundar as suas próprias ideias. Os passos seguintes

6
do plano são sempre autopropostos pelo professor. É o professor quem toma as
decisões.

2.3. Método de faces múltiplas ou misto

O método de faces múltiplas ou misto na perspectiva de Nerici (1981:93) “consiste na


planificação das mais variadas técnicas de supervisão”, selecionando-as de entre as que
caracteristicamente se apropriem melhor a cada professor ou situação. Este método dá
maior liberdade ao supervisor mas exige deste maior segurança e preparação para
aplicação e combinação adequada das mais variadas técnicas.

2.4. Método de ajuda mútua ou interpessoal

O método de ajuda mútua ou interpessoal consiste em trabalho integrado entre


supervisor e professor, visando ao aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem e,
ao mesmo tempo, aperfeiçoamento, por cooperação mútua, do supervisor e professor
(NÉRICI, 1981:94).

A aplicação deste método requer a observação da prática docente pelo supervisor, tendo
por base uma ficha estruturada em trabalho conjunto entre professor e supervisor.
Posteriormente, há lugar a um diálogo individual entre professor e supervisor, onde os
dois se debruçam sobre as observações e tecem, cada qual, a sua avaliação. Deste
diálogo deverá resultar a aceitação de falhas das duas partes e culminar na estruturação
de um plano de aperfeiçoamento para as duas partes. Passado algum tempo a prática
lectiva volta a ser observada e o supervisor e o professor voltam a reunir para discussão
e avaliação do observado.

2.5. Método por osmose

O método por osmose consiste em promover experiências pedagógicas com a


colaboração de professores voluntários, na esperança de provocar contágio nos demais
professores (NERICI, 1981:96).

O papel do supervisor passa por conquistar voluntários para a aplicação de novos


procedimentos didácticos. Uma vez encontrados professores dispostos a abraçar este
desafio o supervisor acompanha-os e ajuda-os na aplicação do projecto. No seguimento
da aplicação de cada nova experiência, o supervisor e o professor reúnem-se para uma

7
avaliação. Se as experiências conquistarem novos adeptos, o supervisor predispõe-se a
ajudá-los na prática dessas novas experiências.

2.6. Método de pesquisa em acção

O método de pesquisa em acção é um método cujos intervenientes devem ser


voluntários interessados na solução de um problema ou dificuldade, podendo ser
operacionalizado individualmente ou em grupo. Este consiste no estudo de um ou vários
problemas mais ou menos complexos, por pessoas interessadas nos mesmos e através de
uma série de sessões. A caracterização do procedimento deste método respeita cinco
etapas: “identificação do problema, análise o problema, formulação de hipóteses,
experiência em acção e avaliação.” (NÉRICI, 1981:99).

2.7. Método clínico

O método clínico consiste fundamentalmente em tornar o supervisor amigo do


professor, para que a confiança mútua seja a mola propulsora do trabalho de seu
aperfeiçoamento pedagógico.

Este método persegue 5 etapas: “reunião de pré-


observação, observação, análise e estratégia, reunião de
supervisão e análise de pós-reunião. Na reunião de pré-
observação procura-se dirimir tensões entre as partes, o
supervisor procura apurar as intenções do professor,
orientando o professor para uma maior eficiência das
mesmas; estabelece-se um contrato. Numa segunda etapa
o supervisor observa a actividade do professor (a realidade
(NÉRICI, 1981:113)

do ensino) a fim de poder orientá-lo. O supervisor vai dando informações ao professor


de modo a que este vá se reavaliando e reformulando a sua prática. A terceira etapa
exige que seja o professor a analisar os dados recolhidos da observação da sua prática e
a definir uma estratégia de superação. A etapa de reunião de supervisão prevê o
acompanhamento e análise dos resultados obtidos na aplicação das novas estratégias. O
supervisor faz o levantamento das dificuldades do professor procurando estimular,
apoiar e orientar. A última etapa pretende não só avaliar o nível de consonância entre
professor e supervisor, mas também reequacionar a actuação do supervisor.

2.8. Técnicas Directa e indirecta da Supervisão

8
As técnicas em supervisão podem ser agrupadas em “indirectas e directas”. As técnicas
directas são as que se caracterizam por um processo de recolha directa de informação
em observação ou do contacto com as pessoas e situações, como: observação do
professor; reuniões; entrevistas, visitas, excursões; demonstrações; trabalho em
comissão, leitura e redacção. Segundo Alarcão e Tavares (2003), as técnicas indirectas
caracterizam-se pela recolha de dados de forma indirecta, sem observação directa do
processo ensino-aprendizagem e sem contacto directo com as pessoas nele envolvidas,
baseando-se, sobretudo, em fontes documentais, como: análise do processo individual
ou currículo, conhecimento do corpo discente, estudo do currículo, consulta de horários
e material didáctico disponível, consulta de cadernetas, etc.

9
Conclusão

Neste trabalho abordou-se os métodos que por muita importância deve ser usados no
âmbito da supervisão escolar porque a acção pedagógica é complexa, por essa razão
exige um acompanhamento no sentido de permitir a troca de experiência entre os
profissionais da educação com a finalidade de melhorar a qualidade dos serviços
educativos prestados na escola.

É preciso tomar os métodos com seriedade e a partir disso o profissional saber como irá
se posicionar e com qual método e técnicas vai trabalhar mediante as facilidades que ele
terá para operacionalizar o método.

Portanto, através do uso desses métodos, observaremos de forma constante o


desenvolvimento dos profissionais da educação, sobretudo os professores no seu campo
de actuação.

10
Referências bibliográficas

ALARCÃO, I. & TAVARES J. Supervisão da Prática Pedagógica: Uma perspectiva


de desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina. 2003.

ALVES, N. Educação e supervisão: o trabalho colectivo na escola. Cortez: SP. 2006.

Duarte, Stela; Pereira, José Luís; Francisco, Zulmira. Manual de Supervisão de Práticas
Pedagógicas. Educar-UP, Maputo, 2008.

NERICI, I. G. (1981). Introdução à Supervisão Escolar. São Paulo: Editora Atlas, S. A.


1981.
SILVA, Edna Lúcia da & MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e
elaboração da dissertação.3ª ed. Florianopólis: Laboratório do Ensino a Distância. São
Paulo, 2001.

11

Você também pode gostar