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John Palmer
SUMÁRIO
A magnitude dos escores em ESP pode ser demonstrada por uma variedade de
medidas, dependendo das circunstâncias. A mais simples situação é quando um
tratamento experimental idêntico leva alguns sujeitos ao acerto acima do acaso e
outros sujeitos abaixo do acaso. Tal resultado pode ser analisado por testes de
variância, e há dois tipos básicos que foram usados. O mais direto é quando a
unidade da análise é a totalidade do escore do sujeito num teste de ESP, e a medida
aqui é chamada variância entre-sujeitos ou somente variância-sujeito. Embora o atual
teste estatístico seja algo mais complicado, a variação do escore ESP do sujeito é
essencialmente o desvio de escore (o número obtido de acertos menos o número
esperado pelo acaso), ao quadrado. O desvio de escore poderá ser positivo ou
negativo, dependendo se o total de acerto estiver acima ou abaixo do acaso, e o
quadrado remova o sinal, em efeito fazendo a variância da contagem impassível na
direção do escore. Assim, o tamanho reflete somente a magnitude dos escores.
Quando os fatores que influenciam os escores agem no mesmo caminho sobre
todos (ou a maioria) dos sujeitos num dado experimento ou numa condição
experimental, espera-se a contagem nesta condição se alinham geralmente no mesmo
lado da linha do acaso. Se os escores são bastante suficientes sua média será
significantemente diferente do acaso, indicando alta magnitude. A fim de demonstrar
um efeito de magnitude como distinto de um efeito de direção num dado experimento,
é necessário explorar o fato de que nem todos os sujeitos serão afetados igualmente
pelo tratamento experimental. Vamos dizer, por exemplo, que você tem um teste
psicológico, A, que é programado para medir a eficácia de uma manipulação
experimental X. Presuma, além disso, que a média geral do experimento é positiva. Se
você então correlaciona escores de A com os escores ESP, e a correlação é positiva,
você tem a evidência de que os sujeitos para os quais a manipulação tinha o efeito
pretendido eram os sujeitos que produziram a mais alta magnitude de escores ESP.
De modo oposto, deixe-nos dizer que a média geral foi negativa antes que positiva.
Nesta circunstância, você poderia esperar uma correlação negativa entre A e ESP,
porque isto poderia demonstrar que os sujeitos para os quais a manipulação foi mais
efetiva foram novamente aqueles que produziram os mais extremos escores ESP, porém
desta vez numa direção negativa. Assim nós agora sabemos que a manipulação X
efetua a magnitude da contagem. Contudo, permanece para ser explicado porque a
manipulação produziu acerto-psi numa instância e erro-psi noutra. Isto deve ser causado
por um diferente fator direcional, que nós poderíamos designar de Y. Eu poderei
chamar este modelo, ilustrado na figura 1, de modelo de interação. Eu usarei como o
fator X neste exemplo se ou não o sujeito passou por uma experiência fora-do-corpo
(OBE) durante a sessão, a qual, como nós veremos mais tarde, é uma variável que
atualmente combina com o modelo. A variável Y é desconhecida, novamente
representando o atual estado da situação.
Contudo, este alto carneiro também manifestou baixa variância de escores, que
parecia contradizer os achados de Rogers (1996, 1997), discutidos acima. Embora
isto seja tecnicamente correto, o fato permanece que a variância de escores e a
variância de sujeito são ambas medidas válidas da magnitude ESP. De fato, alta
variância sujeito combinada com a baixa variância de marcação representa altamente
uma marcação confiável na direção dos acertos ou dos erros, a qual é um dos mais
desejáveis padrões de marcação que um parapsicólogo poderia esperar encontrar. A
questão que necessita ser indagada é por que a magnitude ESP manifesta algumas vezes
uma variância de escores e em outras vezes como variância de sujeito. Um possível
fator relevante é aquele nos experimentos de Roger (1966, 1967), sujeitos que
completaram ou provavelmente pretendem completar múltiplas sessões, visto que nos
experimentos demonstrando a variância sujeito havia claramente de ser uma única
sessão.
CORRELAÇÃO DE DIREÇÃO: CONFORTO
Eu hipotetizo que a direção da marcação de ESP é influenciada pelo conforto
dos sujeitos no teste de direção. Quando os sujeitos não estão confortáveis durante a
sessão independente de quão motivados eles possam para o acontecimento, a ansiedade
evocada pelo desconforto causa um evitamento do alvo levando ao erro.
Extroversão e Neuroticidade
Em contraste com a evidência para os correlatos de magnitude, muito da
evidência para os correlatos direcionais de ESP vem de um grande número de estudos os
resultados dos quais tem sido combinados pelas técnicas estatísticas tal como a meta-
análise. A um numero de anos passados, eu publiquei um revista de literatura na
qual conclui que sujeitos com marcações altas nos testes de extroversão da
personalidade e com marcações baixas nos teste de neuroticidade marcavam mais
positivamente em testes de ESP do que o faziam os mais extrovertidos ou sujeitos
neuróticos, mas a correlação com a neuroticidade somente ajudou quando sujeitos
foram testados • individualmente, de preferência do que em grupos (Palmer, 1977).
Ao mesmo tempo, interpretei essas relações como um efeito conforto, sugerindo que
o efeito da neuroticidade não se revela
em grupos de teste porque os grandes sujeitos neuróticos não poderiam ser tão
ansiosos num grupo estabelecido, onde eles poderiam "perder-se na multidão".
A correlação extroversão-ESP foi confirmada numa mais recente meta-análise
por Honorton, Ferrari e Bem (1990). Estes autores mantiveram, todavia, que a relação
era apenas válida para testes ESP de respostas-livres, porque naqueles testes de
escolha-forçada (como carta de adivinhação) onde a relação ocorreu, os sujeitos
sabiam suas marcações ESP antes que eles completassem o questionário de
personalidade. Os autores argumentaram que os sujeitos que conheciam que tinham
marcado bem num teste ESP poderiam ser motivados a descrever a si mesmos como
mais extrovertidos do que seriam ordinariamente.
Por esta época, eu havia examinado cada um dos três correlatos primários
hipotetizados de ESP de maneira separada. Contudo, há um grande corpo de dados
que pode ser interpretado como evidência providencial para a ação conjunta de dois
deles: espontaneidade e conforto. Eu me referi a uma longa série de testes ESP de
escolha-forçada numa sala de aula universitária por Gertrude Schmeidler, que
confirmou um altamente significante grau do efeito carneiro-bode (CBE) discutido
acima (Schmeidler & McConnell, 1958). Neste estudo, o CBE demonstra que os
crentes na ESP no contexto situacional de um teste marcaram mais positivamente do
que os não-crentes. É menos bem conhecido que Schmeidler também obteve destes
sujeitos respostas num teste projetivo de personalidade chamado Rorschach, com a
finalidade de ver se aquelas marcações poderiam separar aqueles sujeitos que
confirmaram o efeito carneiro-bode daqueles que não o fizeram (Schmeidler, 1960).
Sua análise original disse-lhe que o CBE era atribuível exclusivamente aos sujeitos
que, de acordo com o projeto particular de marcação Rorschach que ela usou, foram
socialmente bem ajustados. Todavia, ela ficou intrigada quando olhando para seus
dados mais acuradamente e descobriu que os sujeitos responsáveis por esta interação
eram aqueles próximos ao "ponto de corte" entre os sujeitos relativamente bem e
pobremente ajustados. Este estranho achado levou-a à questão de sua interpretação
original. Quando ela examinou estes subgrupos de meia-classe mais apuradamente,
concluiu que o subgrupo "bem ajustado" poderia ser caracterizado por "energético e
vitalidade impulsiva", visto que o outro subgrupo foi caracterizado ou
"constrangimento compulsivo e constrição" ou, secundariamente,
"superimpulsividade". Em outras palavras, foram os sujeitos que demonstraram que
poderiam ser chamados espontaneidade saudável, que estão mais responsivos para
o CBE
Estes resultados proporcionam uma excelente adaptação para o modelo
ilustrado na figura 1, com os sujeitos espontâneos preenchendo o papel de projetores
na figura. Se eu presumo que os carneiros estiveram mais confortáveis do que os
bodes na situação de
teste (veja abaixo), então isso explica a direção na qual os sujeitos
espontâneos manifestam sua psi.
CONCLUSÃO