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1.

0 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
NOME: SERVIÇO DE ACOLHIMENTO PARA ADULTOS E FAMILIAS.

PÚBLICO ALVO:
Acolhimento provisório com estrutura para receber adultos e grupos familiares. Os
atendimentos serão fragmentados em duas unidades: Acolhimento Institucional e Casa de
Passagem, atendendo até 180 usuários/mês. É previsto para pessoas em situação de rua e
desabrigo por abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem
condições de se sustentarem.

ABRANGÊNCIA DO PROJETO (TERRITÓRIO):

Municipal.

PRAZO DE EXECUÇÃO:
365 dias.
VALOR GLOBAL DO PROJETO:
R$126.000,00 preencher mediante tabela financeira

2. DA ORGANIZAÇÃO
NOME:

ABRASCE - Associação Brasileira de Apoio à Saúde, a Cultura e a Educação.

ENDEREÇO:

RUA: Frei Caneca, nº 1407, 1º andar, sala 109 - BAIRRO: Consolação

MUNICÍPIO: São Paulo - ESTADO: SP - CEP: 01307-003


TELEFONE: (11) 3288-8650 - EMAIL: contato@abrascesocial.org.br
CNPJ: 09.428.862/0001-94

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2.1 REPRESENTANTE LEGAL
NOME: Wágner Stefani
CPF: 063.219.268-25
ENDEREÇO: Rua José Dantas Motta, 47
BAIRRO: Casa Verde
MUNICÍPIO: São Paulo
ESTADO: SP
CEP: 02535-090
TELEFONE: (11) 3288-8650 CELULAR (11) 98722-6931
EMAIL: wagnerstefani@bol.com.br

3. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A Associação Brasileira de Apoio a Saúde, a Cultura e a Educação - ABRASCE, foi


fundada em 15 de janeiro de 2008, em São Paulo, capital do estado de São Paulo. A
criação deu-se sob a modalidade de organização de utilidade pública e de interesse social.
As muitas demandas que a capital de São Paulo demonstra existirem a céu aberto, tais
como a proliferação da desigualdade, o empobrecimento da população, a necessidade dos
municípios se engajarem nas comunidades carentes a fim de oferecer arte e cultura,
educação como meio de instrumentalizar a juventude que pouco consegue sonhar, entre
outras ações, foi a motivação principal da criação da ABRASCE.
A Associação foi idealizada pela junção de profissionais que, com experiências diversas,
entendiam que, apesar de tudo que contribuíam cotidianamente com a vida em sociedade,
ainda não era suficiente.
O foco na saúde fica evidenciado no nome da organização por conta da ideia de que saúde
é tudo o que movimenta o ser humano. Seja a saúde física, emocional, da alma, do espírito,
enfim, a composição perfeita que move o ser humano é estar em equilíbrio com todas as
suas nuances.
O diferencial que a ABRASCE traz é reunir um corpo profissional qualificado em áreas
diversas do conhecimento, com experiência capaz de resolver problemas que se
apresentem imediatamente, assim como planejar ações que podem movimentar o universo
para o qual desenvolvem propostas. Essas propostas são pensadas em curto, médio e longo
prazo, sempre com o conceito de avaliação sistemática, que se dá no andamento do
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processo de trabalho. As competências que o conhecimento e a experiência de profissionais
pode trazer é um diferencial que dá credibilidade e disposição para a organização superar
desafios e ir em busca de conquistas cada vez mais significativas para a sociedade de
maneira geral.
O conceito da ABRASCE é ser ferramenta, instrumento que contribui para o
desenvolvimento dos potenciais humanos em seu contexto global.

4. ÁREA DE ATUAÇÃO:

Dentre suas variadas áreas de atuação destacam-se as atividades na área da saúde,


educação, cultura, esporte, lazer, informática, integração digital, meio ambiente e
assistência social. Seu principal objetivo é valorizar as várias formas de expressão da
sociedade aumentando o desempenho técnico, social e econômico na prestação de
serviços à comunidade.
 Promove também cidadania por meio da gestão eficiente das políticas sociais em
que atua, com total transparência na administração dos recursos envolvidos,
complementando as ações do Estado, antes de responsabilidade exclusiva do
primeiro setor.

5. OBJETO DA PARCERIA:

Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias, por meio da Secretaria


Municipal de Assistência Social do Município de São Vicente – Diretoria de Proteção
Social Especial de Alta Complexidade e organização social ABRASCE, a formalizar termo
colaboração, conforme documento que tipifica os serviços – Tipificação Nacional dos
Serviços Socioassitenciais – Resolução 109 de 11 de novembro de 2009.

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6. APRESENTAÇÃO DO PROJETO:

Oferta de atendimento integral que garanta condições de estadia, convívio, endereço de


referência, para acolher com privacidade pessoas em situação de rua e desabrigo por
abandono, migração, ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem condições de
autos sustento. Deverá garantir proteção integral ao usuário, além de garantir privacidade,
o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos familiares,
raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual.
O atendimento prestado irá ser personalizado e em pequenos grupos, afim de favorecer o
convívio e/ou fortalecimento do vínculo familiar e comunitário, bem como a utilização dos
equipamentos e serviços disponíveis na rede. As regras de convivência serão construídas
de forma participativa e coletiva, em assembleias, a fim de assegurar a autonomia dos
usuários, conforme perfis.
Funcionará com características residenciais, ambiente acolhedor e estrutura física
adequada, visando o desenvolvimento de relações mais próximas do ambiente familiar. A
unidade deve ser organizada de forma a atender aos requisitos previstos nos regulamentos
existentes e às necessidades dos usuários, oferecendo condições de habitabilidade, higiene,
salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade.

7. DESCRIÇÃO DA REALIDADE:

Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação


de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas
com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta,
vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo
compelidas a utilizar a rua como espaço de permanência e sustento, por caráter temporário
ou de forma permanente. Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a estarem

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em situação de rua estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido,
desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.
Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no
século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em
situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter
sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos
utilizam as ruas como estratégia e meio de sobrevivência. No Brasil, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma
pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto
São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram
divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas se encontram em situação de rua
no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram
parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, as políticas
públicas ainda são insuficientes como resposta a essa demanda social. As Organizações
Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de
amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Isso
posto, neste contexto dá-se a importância de haver Acolhimentos Institucionais e Casas de
Passagem com o objetivo de acolher e garantir a proteção integral dos usuários
encaminhados pela rede a fim de permanecer um período acolhido diante da demanda
apresentada.

8. FORMA DE EXECUÇÃO

Os usuários terão acesso ao serviço através de Abordagem Social de Rua, CREAS – Centro
de Referência Especializado de Assistência Social, CENTRO POP – Centro de Referência
especializado para População de Rua, CRAS – Centro de Referência em Assistência Social
e por demais unidades e serviços da PMSV- Prefeitura Municipal de são Vicente e SEAS –
Secretaria de Assistência Social.

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Chegando ao serviço será realizada acolhida e recepção do usuário, bem como, ofertado
produtos de higiene e roupas para higiene pessoal, logo após oferta de alimentação.
Após os primeiros cuidados e dentro das condições do usuário será realizada escuta para
obter informações sobre o caso e assim construir o Plano de Ação Individual (PAI),
constando atendimentos ligados à Rede SocioAssistencial, como orientação e apoio para
obtenção de documentação pessoal, encaminhamento de usuários/dependentes de
substâncias psicoativas para serviços da rede de saúde, encaminhamento de
usuários/dependentes de substâncias psicoativas para Unidades de reabilitação,
encaminhamento para política de educação (educação de jovens e adultos, etc.),
encaminhamento para serviços/Unidades das demais políticas públicas, encaminhamento
para órgãos de defesa de direitos (Defensoria Pública, Poder Judiciário, Ministério Público,
Conselho Tutelar etc.).

Também haverá buscativa de familiares do atendido para o restabelecimento e/ou


fortalecimento do vínculo e retorno familiar e/ou comunitário através de encaminhamento
a família, além de mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio.
Durante o período pré-estabelecido no serviço de acolhimento o usuário tem questões
particulares trabalhadas como autoestima e autonomia. O usuário tem prazo de permanecia,
prazo este estabelecido no PAI em atendimento técnico, e será preparado o para
desligamento do serviço, garantindo que o mesmo tenha superado a demanda que o trouxe
para o acolhimento institucional.

Todas as intervenções são registradas em prontuários através de relato técnico diante dos
atendimentos particularizados e demais intervenções técnicas. Se o caso apresentar a
necessidade haverá discussões de caso sobre o atendido em reuniões com equipe técnica.

9. DESCRIÇÃO DAS METAS

 Atender de maneira integral indivíduos e/ou famílias em situação de extremo risco,


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violência e violação de direitos, com ruptura de vínculos familiares e/ou sociais.
 Promover acesso à rede socioassistencial, aos demais órgãos do Sistema de Garantia de
Direitos e às demais políticas públicas setoriais a fim de proporcionar sua inclusão.
 Desenvolver condições para a independência e autocuidado, bem como promover
acesso à rede de qualificação e requalificação profissional com vistas à inclusão
produtiva.
 Possibilitar a convivência comunitária, bem como, buscar restabelecer vínculos
familiares e comunitários.

10. INDICADORES

INDICADORES MEIOS DE PERIODICIDADE


VERIFICAÇÃO
Relatório individual Semanal
Plano de Atendimento Atualizado constantemente
Individual
Usuários do serviço Reunião para discussão de Quinzenal
caso
Reunião de Rede Mensal
Relatório Mensal Mensal

10. RESULTADOS ESPERADOS

De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2014) devemos


contribuir para a redução das violações dos direitos socioassitenciais, seus agravamentos
ou reincidência; proteção social às famílias e indivíduos em situação de rua; redução de
danos provocados por situações violadoras de direitos; construção de novos projetos de
vida. Nesse processo de proteção social, buscar-se-á aproximação e/ou retorno ao convívio
familiar, tratamento para uso abusivo de drogas diante das particularidades dos sujeitos,
retornos para as procedências conforme desejo dos usuários, inserção no mundo do

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trabalho (capacitação e renda). Assim, o objetivo maior será ofertar a proteção social as
pessoas em situação de rua no intuito de romper com as violações de direitos que foram
intensificadas nesse momento de Pandemia COVID19, considerando as singularidades
trazidas por esses sujeitos de direitos diante da política pública no âmbito da seguridade
social que os asseguram e amparam.

11. EQUIPE TÉCNICA

Assistentes sociais – sem vínculos empregatícios com a Organização Social e vinculados


pela PMSV com jornada semanal e atribuições em consonância com as normativas
operacionais e de RH vigentes para o desenvolvimento da presente proposta.
Psicólogos - sem vínculos empregatícios com a Organização Social e vinculados pela
PMSV com jornada semanal e atribuições em consonância com as normativas operacionais
e de RH vigentes para o desenvolvimento da presente proposta.

12. QUADRO RECURSOS HUMANOS

As funções necessárias para execução deste chamamento contam com


02 COORDENADOR

Gestão da entidade; Elaboração, em conjunto com a equipe técnica e demais


colaboradores, do projeto político-pedagógico do serviço de acolhimento;
Organização e gestão de pessoal, supervisão dos trabalhos desenvolvidos;
Articulação com a rede de serviços e com o Sistema de Garantia de Direitos.
09 OPERADORES SOCIAIS DIURNOS
Propiciar atividades culturais, esportivas e de iniciação ao trabalho com crianças
e adultos em situação de risco pessoal e social ou não; - Conviver e dialogar com
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população de rua adulta, favorecendo a grupalização, atividades de geração de
renda e encaminhamento para recursos da comunidade; - Apoiar e estimular
atividades comunitárias; - Participar e interagir na elaboração de projetos sociais
em conjunto com outros profissionais ou entidades voltados à ação comunitária;
- Manter-se atualizado em relação ao Estatutos e legislações em vigor; -
Executar outras atividades similares ou necessárias à realização de suas funções
específicas.
08 OPERADORES SOCIAIS NOTURNOS
Propiciar atividades culturais, esportivas e de iniciação ao trabalho com crianças
e adultos em situação de risco pessoal e social ou não; - Conviver e dialogar com
população de rua adulta, favorecendo a grupalização, atividades de geração de
renda e encaminhamento para recursos da comunidade; - Apoiar e estimular
atividades comunitárias; - Participar e interagir na elaboração de projetos sociais
em conjunto com outros profissionais ou entidades voltados à ação comunitária;
- Manter-se atualizado em relação ao Estatuto e Legislações em vigor; - Executar
outras atividades similares ou necessárias à realização de suas funções
específicas.
05 COZINHEIRAS
Receber os gêneros alimentícios, observando as quantidades e a qualidade dos
mesmos; armazenar corretamente os gêneros alimentícios, observando os prazos
de validade; preparar e servir mamadeiras e refeições, conforme instruções e
cardápios pré-estabelecidos por nutricionistas; recolher, lavar, secar e guardar
utensílios de copa e cozinha, mantendo a higiene, conservação e organização dos
utensílios e equipamentos, rotineira e imediatamente após o uso.
01 AUXILIAR DE COZINHA
Manter a higiene, conservação e organização da área física da cozinha e
depósito; registrar, diariamente, o número de refeições servidas e a aceitação por
parte dos usuários; preencher formulários de controle de estoque de gêneros
alimentícios, em conjunto com a Direção do Acolhimento; zelar pela guarda de
materiais e equipamentos de trabalho; participar das atividades pedagógicas
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desenvolvidas pela nutricionista; realizar outras atividades correlatas com a
função.
03 AUXILIAR LIMPEZA
Executar serviços de limpeza em geral (pisos, paredes, tetos, sanitários, pias, vidraças,
jardins); Utilização de produtos de limpeza; Transporte de móveis e objetos em geral;
Serviços de carga e descarga de materiais; Serviços de lavanderia (lavar e passar
roupas); executar outras tarefas compatíveis com a natureza da função.

13. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO (META, ETAPA, FASE)

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º


Atividades
mês mês mês mês mês mês mês mês mês mês mês mês
Assinatura do Termo de
Colaboração X

Planejamento de trabalho
X

Seleção de Pessoal
X

Relatório Mensal
X X X X X X X X X X X X

Início das atividades


X

Implantação do Projeto
X

Execução do Projeto
X X X X X X X X X X X X

Formação Continuada
X X X X X X X X X X X X
x
Supervisão e acompanhamento
operacional X X X X X X X X X X X X

Reuniões com os profissionais


envolvidos no Projeto
X X X X X X X X X X X X
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Avaliação periódica das atividades
X X X X X X X X X X X X

Prestação de contas
X X X X X X X X X X X X

INDICADORES DURAÇÃO
UNIDADE QUANTIDADE INCIO TERMINO
Acolhimento 180 24h por dia, sete dias na semana, por 365
Institucional para atendimentos/Mê dias.
Adultos. s

14. ACESSIBILIDADE

Está previsto acessibilidade na estrutura do Acolhimento, para atender de forma inclusiva


os usuários do serviço. Para auxiliar os atendidos, quartos e banheiros adaptos. Caso exista
a necessidade a Casa contará com cadeira de rodas para mobilidade nas dependências do
Acolhimento em casos mais graves.

15. ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TECNICO

São Vicente, 20 de Junho de 2021.

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Viviane Karina do Nascimento Moura
Coordenadora de serviços socioassistenciais CRP: 06/122083
Responsável Técnico

ANEXO III
PLANO DE TRABALHO

16. DESCRIÇÃO DO PROJETO:

1. MODALIDADE/ORGANIZAÇÃO

Organização da Sociedade Civil CNPJ

ABRASCE - Associação Brasileira de 09.428.862/0001-94


Apoio à Saúde, a Cultura e a Educação.

Endereço
12
Rua Frei Caneca, nº 1407, 4º andar, sala 417 Bairro Consolação

Cidade Estado CEP Telefone FAX


São Paulo SP 01307-003 (11) 3288-8650

E-mail
contato@abrascesocial.org.br
Nome do Represente Legal CPF
Wágner Stefani 063.219.268-25

2 – DADOS RESPONSÁVEL TECNICO

Nome do responsável pelo projeto CPF


331.314.318-06
Viviane Karina do Nascimento Moura

Endereço DDD/Telefone
Rua Raul Serapião Barroso 260 Esplanada dos (13) 988739297
Barreiros São Vicente - SP

RG/Órgão Cargo E-mail


41.644.065-4 / SSP Coordenadora de serviços vknm.psi@gmail.com
socioassitenciais

DESCRIÇÃO DO PROJETO

AREA DE ATENDIMENTO: ORGÃO/ENTIDADE FINANCIADOR


Assistência Social Prefeitura Municipal de São Vicente

TITULO DO PROJETO: PERIODO DE EXECUÇÃO


Serviço de Acolhimento Adulto e Família. 24h por dia, sete dias na semana por 365
“CASA DAVI” dias.

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OBJETO DA PARCERIA
Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias, por meio da Secretaria
Municipal de Assistência Social do Município de São Vicente – Diretoria de Proteção
Social Especial de Alta Complexidade e organização social ABRASCE, a formalizar termo
colaboração, conforme documento que tipifica os serviços – Tipificação Nacional dos
Serviços Socioassitenciais – Resolução 109 de 11 de novembro de 2009.

DESCRIÇÃO DA REALIDADE:
Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação
de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas
com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta,
vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo
compelidas a utilizar a rua como espaço de permanência e sustento, por caráter temporário
ou de forma permanente. Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a estarem
em situação de rua estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido,
desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.
Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no
século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em
situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter
sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos
utilizam as ruas como estratégia e meio de sobrevivência. No Brasil, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma
pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto
São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram
divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas se encontram em situação de rua
no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram
parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, as políticas
públicas ainda são insuficientes como resposta a essa demanda social. As Organizações
Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de
14
amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Isso
posto, neste contexto dá-se a importância de haver Acolhimentos Institucionais e Casas de
Passagem com o objetivo de acolher e garantir a proteção integral dos usuários
encaminhados pela rede a fim de permanecer um período acolhido diante da demanda
apresentada.

METODOLOGIA DE TRABALHO:
Os usuários terão acesso ao serviço através de Abordagem Social de Rua, CREAS – Centro
de Referência Especializado de Assistência Social, CENTRO POP – Centro de Referência
especializado para População de Rua, CRAS – Centro de Referência em Assistência Social
e por demais unidades e serviços da PMSV- Prefeitura Municipal de são Vicente e SEAS –
Secretaria de Assistência Social.
Chegando ao serviço será realizada acolhida e recepção do usuário, bem como, ofertado
produtos de higiene e roupas para higiene pessoal, logo após oferta de alimentação.
Após os primeiros cuidados e dentro das condições do usuário será realizada escuta para
obter informações sobre o caso e assim construir o Plano de Ação Individual (PAI),
constando atendimentos ligados à Rede SocioAssistencial, como orientação e apoio para
obtenção de documentação pessoal, encaminhamento de usuários/dependentes de
substâncias psicoativas para serviços da rede de saúde, encaminhamento de
usuários/dependentes de substâncias psicoativas para Unidades de reabilitação,
encaminhamento para política de educação (educação de jovens e adultos, etc.),
encaminhamento para serviços/Unidades das demais políticas públicas, encaminhamento
para órgãos de defesa de direitos (Defensoria Pública, Poder Judiciário, Ministério Público,
Conselho Tutelar etc.).

Também haverá buscativa de familiares do atendido para o restabelecimento e/ou


fortalecimento do vínculo e retorno familiar e/ou comunitário através de encaminhamento
a família, além de mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio.
Durante o período pré-estabelecido no serviço de acolhimento o usuário tem questões

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particulares trabalhadas como autoestima e autonomia. O usuário tem prazo de permanecia,
prazo este estabelecido no PAI em atendimento técnico, e será preparado o para
desligamento do serviço, garantindo que o mesmo tenha superado a demanda que o trouxe
para o acolhimento institucional.

Todas as intervenções são registradas em prontuários através de relato técnico diante dos
atendimentos particularizados e demais intervenções técnicas. Se o caso apresentar a
necessidade haverá discussões de caso sobre o atendido em reuniões com equipe técnica.

FORMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES:


Atender de maneira integral indivíduos e/ou famílias em situação de extremo risco,
violência e violação de direitos, com ruptura de vínculos familiares e/ou sociais,
promovendo acesso à rede socioassistencial, aos demais órgãos do Sistema de Garantia de
Direitos e às demais políticas públicas setoriais a fim de proporcionar sua inclusão, de
desenvolver condições para a independência e auto cuidado, bem como promover acesso à
rede de qualificação e requalificação profissional com vistas à inclusão produtiva.
Localização deve ser preferencialmente em áreas que não sejam muito distantes, do ponto
de vista geográfico, social e econômico do município. É importante que a construção se
mantenha sem placas seguindo o padrão arquitetônico das demais residências da
comunidade, espaço para moradia e endereço de referência. O espaço interno deve ser local
que comporte nos quartos a presença de camas, preferencialmente que possuam
acomodação para um máximo de 5 (cinco) pessoas em cada quarto; condições de repouso,
que contenha cozinha, refeitório, área de serviço ou espaço para lavagem e secagem de
roupas, espaço para convívio coletivo, espaço de estar, guarda de pertences, banheiros para
banho e higiene pessoal; acessibilidade de acordo com as normas da ABNT.
Necessário realizar adaptações de maneira a comportar uma sala para trabalhos
administrativos e acomodação de arquivo, mesa, equipamento telefônico, computadores,
impressoras e afins para o desenvolvimento da parte burocrática e institucional do local.
O local contará com cadeira de rodas (1) uma unidade para qualquer situação de

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emergência.
Podem ocorrer rodas de conversa, dança circular para os profissionais e para os atendidos e
outras PICs (práticas integrativas complementares), além de outros exercícios físicos em
parceria com a Educação e Esportes.
O Acolhimento Institucional é um espaço predominantemente de atendimento diário e
ininterrupto. Necessita ser desenvolvido por meio de atividades e ações que possam fazer
cumprir o que está descrito nos objetivos específicos a fim de que se efetivem as metas a
serem cumpridas.
Porém seu papel também é de articulação com serviços e órgãos da cidade. Receber a
visita de pessoas da comunidade e de outros serviços ajuda a abrir as portas da demanda
para o convívio social, assim como favorece a integração dos indivíduos nos ambientes de
outros serviços e espaços da comunidade, sempre respeitando as orientações da OMS –
Organização Mundial de Saúde, para o momento atual de pandemia. O trabalho requer
ainda uma tarefa burocrática de descrever em prontuários a situação de cada caso, sua
evolução, avanços e retrocessos além de diretrizes de atendimento, atuação, entre outros
registros, enfim uma construção de dados a partir do cotidiano das avaliações.
É importante que os registros e dados criados pela equipe possuam um espaço de
armazenamento e organização, sem que o trabalho acabe por se perder no que se refere a
burocracias, registros e organizações de controle. As avaliações cotidianas das ações são
parte importante do desenvolvimento do trabalho técnico e de aproximação dos operadores
e demais profissionais com os atendidos.
Há ainda a necessidade de registrar as ocorrências da casa em livro de registro de plantões,
bem como há necessidade de abertura de documento que liste a entrada de casos e sua
procedência, documentação e situação física e psíquica na entrada.

DESCRIÇÃO DE METAS QUANTITATIVAS:


 Número de casos atendidos, encaminhados aos serviços em alinhamento com as
necessidades apresentadas.
 Número de casos atendidos, sua frequência e participação nas atividades propostas e qual o
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efetivo envolvimento dos atendidos no que se refere a qualificação e requalificação
profissional e retorno à escola;
 Número de casos encaminhados a cada um dos serviços parceiros;
 Número de reuniões de rede realizadas;
 Número de casos de adultos e/ou famílias que apresentaram motivações para realização de
modificação do projeto de vida individual e familiar;
 Número de capacitações, formações, encontros, palestras que tiveram a participação de
profissionais da equipe;
 Número de casos que apresentaram avanços ou retrocessos na autonomia;
 Utilização do aplicativo pela equipe e pela rede de atendimento envolvida;

DESCRIÇÃO DE METAS QUALITATIVAS


Acolher e garantir proteção integral aos atendidos para que fiquem a salvo de violência
e/ou violações de direitos às quais estiveram sujeitos, a fim de garantir integralmente suas
vidas, tanto do ponto de vista físico quanto psíquico; Reconhecer em cada um dos
atendidos seu potencial, observando suas potencialidades; Facilitar o processo de
convivência entre os atendidos e seus familiares, tentando realizar as aproximações
necessárias para o convívio harmonioso em família quando isso for possível; Possibilitar
por meio do desenvolvimento de ações no trabalho cotidiano, a ampliação da rede de
pessoas com quem os atendidos convivem e compartilham cultura, trocas, vivências e
experiências; Facilitar a integração entre as pessoas atendidas a fim de que a partir da
relação cotidiana no ambiente institucional sejam possíveis as ampliações dos quadros
relacionais sociais; Viabilizar o acesso a benefícios, programas de transferência de renda,
serviços de políticas públicas setoriais, atividades culturais e de lazer, de esporte e
ocupacionais internas e externas; Contribuir para prevenir o agravamento de situações de
violência e/ou violação de direitos, negligência e ruptura de vínculos e, quando for o caso,
intervir e acionar os mecanismos necessários para dar respostas às condições observadas;
Respeitar a brevidade e a excepcionalidade da medida de proteção de Acolhimento
Institucional; empreendendo-se todos os esforços no sentido de manter o convívio familiar
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sempre que possível; Restabelecer vínculos familiares e/ou sociais; Garantir no serviço de
acolhimento que a opinião dos atendidos seja considerada, tanto no que tange às suas vidas
quanto as regras de convivência da casa; Acompanhar por meio de atendimentos e
prontuários os casos quanto as questões afetas a outras políticas setoriais básicas as quais
os mesmos tenham direito de acesso e permanência; Favorecer o surgimento e o
desenvolvimento de aptidões, capacidades e oportunidades para que os indivíduos façam
escolhas com autonomia, relacionando-as a interesses, vivências, desejos e possibilidades
do público. Divulgar de maneira genérica o trabalho que é realizado, direitos e
necessidades de inclusão social dos atendidos e estabelecimento de parcerias junto a
população de maneira geral a fim de que conheçam as ações e reduza - se os estressores
decorrentes do desconhecimento da particularidade do universo das pessoas, facilitando
desse modo, a inclusão dos casos no convívio social; Acompanhar os casos atendidos a fim
de que sejam acolhidos nos serviços em condições de dignidade, bem como que tenham
minimamente reparados ou minimizados os danos por vivências de violência e abusos;
Atuar em conjunto com os serviços da política pública de assistência social e demais
serviços de outras políticas públicas de atendimento a fim de preservar a identidade,
integridade e história de vida dos atendidos e de seus núcleos familiares, oferecendo-lhes
garantia de direitos, acesso e permanência aos serviços aos quais tem direito; Estabelecer
relação estreita e cotidiana com os serviços de apoio ao Acolhimento Institucional, sejam
eles da assistência social ou demais políticas públicas ou ainda serviços privados ou de
organizações sociais.

DEFINIÇÃO DOS INDICADORES:

 Instrumentais de maneira geral, incluindo prontuários, acionamento de equipes e


resolutividade quanto a intervenção assertiva.
 Elaboração de prontuários e relatórios mensais.
 Encaminhamento dos indivíduos e/ou familiares em atendimento para efetiva
garantia de benefícios e demais recursos aos quais tenham direitos, após
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preenchimento do cadastro único.

DIFERENCIAL:

É válido ressaltar que a empresa ABRASCE já atua no gerenciamento dos


Acolhimentos, o que traz experiência e capacidade técnica para continuar
desenvolvendo um eficiente, eficaz e efetivo trabalho.

CRONOGRAMA FINANCEIRO

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