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Cabeamento Residencial

Por Eng. Eduardo Freitas

A abertura de mercado e a desestatização do setor de telecomunicações no Brasil,


ocorrida nestes últimos anos, causaram a popularização de tecnologias e serviços, em
uma velocidade nunca vista antes.

Sistemas que eram utilizados exclusivamente em ambientes corporativos, também estão


sendo implantados em residências.

A necessidade de maior conforto, informação e segurança, não foram os únicos


motivadores desta mudança.

A residência como complemento do escritório ou profissionais que optaram em


trabalhar em casa, criou uma demanda de serviços de telecomunicações de maior
capacidade.

A modernização das redes de telecomunicações brasileiras e a globalização da


tecnologia propiciaram o desenvolvimento de ambientes residenciais com infraestrutura
compatível a pequenas empresas, possuindo todos os serviços de comunicação e
segurança disponíveis atualmente.

As linhas telefônicas digitais e seus serviços agregados, computadores, intranet, internet


de acesso rápido (banda larga), televisão paga (cabo ou satelital), interfonia inteligente e
controle de acesso, além de equipamentos de vigilância eletrônica, são exemplos de
sistemas implantados em uma residência. Porém, é comum encontrar vários destes
sistemas instalados sem uma infraestrutura de cabeamento adequada, comprometendo o
desempenho destes equipamentos e a segurança dos moradores.

Todos estes serviços e equipamentos necessitam de uma rede de cabos de alta


performance devidamente instalados, que raramente encontramos nas residências atuais.
Cabeamento Residencial
Com esta invasão de sistemas corporativos nas instalações de uma residência faz-se
necessário à implantação de um cabeamento genérico de telecomunicações e de sinais
de controle, que permitam o funcionamento dos equipamentos adequadamente.

Para que uma rede seja implantada de forma a atender aos requisitos destes sistemas, é
necessário o planejamento prévio, através da execução de projeto por pessoal
especializado. Da mesma forma, é crucial o emprego de mão-de-obra qualificada para a
instalação e o teste desta rede.

A norma dominante no Brasil, que trata do assunto de Cabeamento Residencial, é a


ANSI/TIA/EIA 570A (Residential Telecommunications Cabling Standard – 1999), de
origem norte-americana, a qual define padrões e referências para o correto
dimensionamento de um cabeamento residencial.

ANSI/TIA/EIA 570A
O conceito principal de um cabeamento estruturado residencial é prover uma
distribuição interna de cabos de alta performance, com o intuito de permitir a
automação, controle e transmissão de sinais, garantindo flexibilidade, longevidade
perante novas tecnologias, conveniência e conforto.

A norma define dois graus de distribuição interna de cabeamento, baseados em serviços


e sistemas que poderão ser suportados dentro de cada residência. O grau 1 provém um
cabeamento básico, que atingem os requisitos mínimos para serviços de
telecomunicações (telefonia, dados e televisão). Já o grau 2 provém um cabeamento que
atendem os requisitos atuais (básicos) e também os futuros serviços de
telecomunicações multimídia.

Para o grau 1, a norma recomenda a utilização de um canal UTP (cabo de par trançado
não blindado) – Categoria 3 (performance mínima) e um canal Coaxial (Série 6) por
tomada. Como o Grau 2 deve prever uma maior quantidade de equipamentos e
necessitará de uma maior capacidade de transmissão, a norma recomenda a implantação
de 2 canais UTP – categoria 5e ou superior, dois canais coaxiais (série 6) e como
opcional, um par de fibras ópticas por tomada.

Componentes
Uma solução de cabeamento residencial, baseado na norma ANSI/TIA/EIA 570 A, é
composta por diversos componentes, que juntos, formam os canais de transmissão e
conexão, necessários para a formação de uma rede de cabos de alta performance, de
acordo com os graus atribuídos em cada projeto.

Para definirmos o grau de um sistema de cabeamento residencial, necessitamos termos


com clareza, as reais e verdadeiras aplicações para o ambiente, sempre consultando os
futuros usuários. Estes parâmetros nos permitirão definir o número de canais e a
performance mínima do sistema.

Link original:
http://utiletec.com/2011/05/24/cabeamento-residencial/

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