COMUM
CAS
Edições(es):
1a Edição: SO SAD LEMOS – 2019
2a Edição: SO SAD LEMOS – 2020
3a Edição: SO SAD LEMOS – 2021
Revisor(es) Pedagógico(s):
TEN PED FREDERICO – 2020 SO SAD LEMOS
Revisor(es) de Diagramação:
SO BFT DINIZ – 2020
SO BET MENDES JR – 2020
GUARATINGUETÁ - SP
2021
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.........................................................................................................................1
CAPÍTULO 1 - ESTADO E PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...................5
TÓPICO 1.1 - CONCEITO E OBJETIVOS..............................................................................5
TÓPICO 1.2 - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
BRASILEIRO................................................................................................................................8
TÓPICO 1.3 - PRINCÍPIOS EXPRESSOS CONSTITUCIONALMENTE...........................8
TÓPICO 1.4 - PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...............12
CAPÍTULO 2 - PODERES VINCULADOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.................18
TÓPICO 2.1 - PODERES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.............................................18
TÓPICO 2.2 - PODER DE POLÍCIA JUDICIÁRIA E DE POLÍCIA INVESTIGATIVA. 25
TÓPICO 2.3 - CARACTERÍSTICAS DO PODER DE POLÍCIA........................................27
TÓPICO 2.4 - ABUSO DE PODER..........................................................................................29
CAPÍTULO 3 - ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA........................................32
TÓPICO 3.1 - NOÇÕES BÁSICAS..........................................................................................32
TÓPICO 3.2 - ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ATENTAM
CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA..........................................34
CAPÍTULO 4 - FORÇAS ARMADAS E AERONÁUTICA...................................................37
TÓPICO 4.1 - FORÇAS ARMADAS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL (1988)............................................................................................37
TÓPICO 4.2 - ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA.....................................................39
CAPÍTULO 5 - RESPONSABILIDADES NA ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA42
TÓPICO 5.1 - RESPONSABILIDADE FUNCIONAL...........................................................42
TÓPICO 5.2 - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.............................................................44
TÓPICO 5.3 - RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL OU PESSOAL.................................46
TÓPICO 5.4 - CASOS FORTUITOS E MOTIVOS DE FORÇA MAIOR...........................47
TÓPICO 5.5 - GENERALIDADES..........................................................................................48
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................55
EEAR CAS - MILITARES NA ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA 1 / 63
APRESENTAÇÃO
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
Buscando atingir os objetivos específicos, a disciplina contará com uma carga horária de
38 (trinta e oito) tempos para instrução e 04 (quatro) tempos para avaliação, distribuídos em 02
(duas) unidades didáticas:
ESTADO
O Estado é uma criação humana destinada a manter a coexistência pacífica dos
indivíduos, a ordem social, de forma que os seres humanos consigam se desenvolver e
proporcionar o bem-estar a toda sociedade. Pode ser definido como o exercício de um poder
político, administrativo e jurídico, exercido dentro de um determinado território e imposto para
aqueles indivíduos que ali habitam.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A administração pública pode ser definida objetivamente como a atividade concreta e
imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e, subjetivamente,
como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função
administrativa do Estado (MORAES, 2007). Sob o aspecto operacional, administração pública é
o desempenho perene e sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado, em
benefício da coletividade (BEM, PRADO E DELFINO, 2013).
A administração pública pode ser direta, quando composta pelas suas entidades estatais
(União, Estados, Municípios e DF), que possuem personalidade jurídica própria, ou indireta
quando composta por entidades autárquicas, fundacionais, empresas públicas e sociedades de
economia mista (BEM, PRADO E DELFINO, 2013).
ELEMENTOS DO ESTADO
Não se confunde com a ideia de nação, que representa um grupo social com atributos
comuns: étnicos, culturais, língua e religião.
População, por sua vez, é o conjunto de residentes no território, sejam eles nacionais ou
estrangeiros (bem como os apátridas ou heimatlos). É um conceito meramente demográfico,
mais amplo do que a definição de povo.
PODERES DO ESTADO:
A existência de três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a ideia que haja um
equilíbrio entre eles, de modo que cada um dos três exerça um certo controle sobre os outros é,
sem dúvida, uma característica das democracias modernas. A noção da separação dos poderes foi
intuída por Aristóteles, ainda na Antiguidade, mas foi aplicada pela primeira vez na Inglaterra,
em 1653 (COSTA, 2018).
Sua formulação definitiva, porém, foi estabelecida por Montesquieu, na obra “O Espírito
das Leis”, publicada em 1748, e seu subtítulo é “Da relação que as leis devem ter com a
constituição de cada governo, com os costumes, com o clima, com a religião, com o comércio,
etc.” “É preciso que, pela disposição das coisas, o poder retenha o poder”, afirma Montesquieu,
propondo que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário sejam divididos entre pessoas
diferentes. Com isso, o filósofo francês estabelecia uma teoria a partir da prática que verificara
na Inglaterra, onde morou por dois anos. A influência da obra de Montesquieu pode ser medida
pelo fato de a tripartição de poderes ter se tornado a regra em todos os países democráticos
modernos e contemporâneos (OLIVIERI, 2013).
Para que você compreenda melhor esses Princípios, estes serão discutidos
com maiores detalhes nos parágrafos a seguir.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Este princípio, junto ao de controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu com o
Estado de Direito e constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais.
Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da
atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício
O Administrador Público não pode agir, nem mesmo deixar de agir, senão de acordo com
o que dispõe a Lei. Para que a administração possa atuar, não basta à inexistência de proibição
legal, é necessária para tanto a existência de determinação ou autorização de atuação
administrativa na lei. Por sua vez, os particulares podem fazer tudo o que a Lei não proíba;
entretanto, a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei autorizar.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Por tal princípio, temos que a Administração Pública tem que manter uma posição de
neutralidade em relação aos seus administrados, não podendo prejudicar nem mesmo privilegiar
quem quer que seja. Dessa forma, a Administração pública deve servir a todos, sem distinção ou
versões pessoais ou partidárias, buscando sempre atender ao interesse público.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Tal princípio vem expresso na Constituição Federal no caput do artigo 37, que trata
especificamente da moral administrativa, onde se refere à ideia de probidade e boa-fé. A partir da
Constituição de 1988, a moralidade passou ao status de princípio constitucional; dessa maneira,
pode-se dizer que um ato imoral do ponto de vista administrativo é também um ato
inconstitucional.
Além do agente público que praticou o ato imoral, o particular que tenha concorrido
com a conduta, com ou sem objetivo de beneficiar-se, poderá ser responsabilizado. Logo, a
moralidade administrativa é um princípio que deverá ser observado por todos, administradores
públicos e administrados.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Por este princípio constitucional, temos que a administração tem o dever de oferecer
transparência de todos os atos que praticar e de todas as informações que estejam armazenadas
em seus bancos de dados referentes aos administrados. Portanto, se a Administração Pública tem
atuação na defesa e busca aos interesses coletivos, todas as informações e atos praticados devem
ser acessíveis aos cidadãos, para lhes propiciar o controle da legitimidade da conduta dos
agentes administrativos.
Por tal razão, os atos públicos devem ter divulgação oficial como requisito de sua
eficácia, salvo as exceções previstas em lei, em que o sigilo deve ser mantido e preservado. Na
esteira desse raciocínio, é necessário mencionar alguns incisos do art. 5º da Constituição, que
estabelecem regramentos para a divulgação de informações:
Inciso XIV (“é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional”). O escopo principal é harmonizar o acesso à
informação com a proteção ao exercício profissional.
Inciso XXXIII (“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado”). Tem por finalidade salvaguardar a segurança da sociedade quando
estabelece situações que serão protegidas pelo sigilo em razão de sua relevância.
Inciso LX (“a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa
da intimidade ou o interesse social o exigirem”). Objetiva proteger a intimidade e o interesse
social nos processos judiciais e administrativos.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
O constitucionalista Alexandre de Moraes (2008) define o princípio da eficiência como
aquele que “impõe à Administração Pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do
bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra,
transparente, participativa, eficaz, sem burocracia, e sempre em busca da qualidade, primando
pela adoção dos critérios legais e morais necessários para a melhor utilização possível dos
recursos públicos, de maneira a evitar desperdícios e garantir-se uma maior rentabilidade social”.
público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os
melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração
Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do
serviço público".
Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você saiu inteiro desse nosso
primeiro contato com este tema tão apaixonante!
Assim, para que o Estado possa atingir a finalidade principal que lhe foi imposta pelo
ordenamento jurídico, qual seja, o interesse público, é assegurada à administração pública uma
série de prerrogativas, não existentes no direito privado, para que se alcance a vontade da
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
Enquanto pela tutela a Administração exerce controle sobre outra pessoa jurídica por ela
mesma instituída, pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade
de anular ou convalidar os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos,
independentemente de recurso ao Poder Judiciário. É uma decorrência do princípio da
legalidade; se a Administração Pública está sujeita à lei, cabe-lhe, evidentemente, o controle da
legalidade.
Esse poder da Administração está consagrado em duas súmulas do STF. Pela de nº 346,
“a administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos”; e pela de nº 473, “a
administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial”.
Também se fala em autotutela para designar o poder que tem a Administração Pública de
zelar pelos bens que integram o seu patrimônio, sem necessitar de título fornecido pelo Poder
Judiciário. Ela pode, por meio de medidas de polícia administrativa, impedir quaisquer atos que
ponham em risco a conservação desses bens.
a) adequação: o meio utilizado deve ser compatível com o fim buscado (equilíbrio entre
meios e fins); b) exigibilidade: a conduta deve ser necessária, sendo o único meio menos
gravoso para alcançar o fim público; c) proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens têm
de superar as desvantagens.
Por esse motivo, sua prestação deve ser adequada, não podendo sofrer interrupções. A
interrupção de um serviço público prejudica toda a coletividade, que dele depende para a
satisfação de seus interesses e necessidades. Decorrência relevante do princípio da continuidade
dos serviços públicos é o fato de o texto constitucional tratar a greve dos servidores públicos
não como um direito autoexecutável, de forma plena, independente de regulação legal, mas
sim como um direito a ser exercido nos termos e limites definidos em lei específica, com o
escopo de evitar a paralisação de serviços essenciais para a sociedade
a) Povo.
b) Nação.
c) Cidadão.
d) Heimatlos.
2. Uma tribo indígena que vive isolada na Amazônia brasileira, compartilhando dos mesmos
costumes, ritos e idioma, pode ser conceituada como
a) Clã.
b) Povo.
c) Nação.
d) Confraria.
3. O Poder deve ser limitado, contido, havendo uma divisão das funções executiva, legislativa e
judiciária, com o objetivo de afastar o predomínio de uma esfera de poder sobre os demais,
assegurando a harmonia necessária para o pleno desenvolvimento do Estado. Qual o nome do
filósofo que propôs uma teoria tripartida dos Poderes?
a) Aristóteles.
b) Montesquieu.
c) Sócrates.
d) Ptolomeu.
4. O INSS, que é uma autarquia federal, compõe a estrutura da Administração Pública Indireta e
pode ser conceituada, na visão de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, como pertencente à
Administração Pública em sentido
a) Material.
b) Objetivo.
c) Estrutural.
d) Orgânico.
6. Segundo a administrativista Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2019, p. 67) “sendo Direito
Administrativo de elaboração pretoriana e não codificado, os princípios representam papel
relevante nesse ramo do direito, permitindo à Administração e ao Judiciário estabelecer o
necessário equilíbrio entre os direitos dos administrados e as prerrogativas da Administração”.
Assim, dois são os princípios fundamentais e que decorrem da bipolaridade do Direito
Administrativo, ou seja, da liberdade do indivíduo e da autoridade da Administração. Portanto,
são eles identificados como sendo:
a) Autotutela.
b) Razoabilidade.
c) Impessoalidade.
d) Supremacia do Interesse Público.
9. A greve dos servidores públicos não pode impactar diretamente a prestação de serviços
públicos essenciais à população, a exemplo dos atendimentos médicos de emergência nos
Hospitais Públicos. Essa característica é fruto do Princípio da(o)
a) Eficiência.
b) Impessoalidade.
c) Supremacia do Interesse Público.
d) Continuidade dos Serviços Públicos.
GABARITO
1) A 4) D 7) D
2) C 5) D 8) A
3) B 6) D 9) D
➢ são poderes irrenunciáveis, ou seja, o administrador não pode nunca abrir mão deles.
Não existe a possibilidade de negociação de poderes, porque sempre deverá haver a
promoção do interesse público;
➢ são condicionados, ou seja, restritos aos limites da lei. Por isso, quando a lei atribui um
poder, há uma linha que separa o exercício deste poder e o abuso;
➢ são aplicados sempre para a promoção da coletividade, para o Estado atingir, de fato, os
objetivos que a sociedade deseja.
PODER VINCULADO
No exercício do Poder Vinculado, a lei tipifica, de forma objetiva e clara, a situação em
que o agente público deve agir e que comportamento deve ser adotado. Preenchidos os requisitos
legais, o administrador é obrigado (poder-dever) a atuar de acordo com o previamente definido
em lei. Todos os requisitos ou elementos do ato administrativo são vinculados ou regrados, o que
permite que o ato seja objeto de controle de legalidade por parte do Poder Judiciário e da própria
Administração (autotutela).
Dessa maneira, no tocante aos atos vinculados, não é possível a administração pública
formular considerações de oportunidade e conveniência, sendo certo que sua atuação está
limitada nos estritos conteúdos legais.
c) demissão ex officio do oficial que tomar posse em cargo ou emprego público permanente
estranho à sua carreira (art. 142, § 3.º, II, da CF/1988, e art. 117 da Lei 6.880/1980).
PODER DISCRICIONÁRIO
Pelo Poder Discricionário, o administrador tem a liberdade de praticar a ação, observando
critérios de conveniência, necessidade, oportunidade e conteúdo do ato, mas dentro dos
limites impostos pela lei. A conveniência se identifica quando o ato interessa, convém ou satisfaz
ao interesse público. Há oportunidade quando o ato é praticado no momento adequado à
satisfação do interesse público.
PODER HIERÁRQUICO
O Poder Hierárquico é o poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as
funções de seus órgãos e a atuação de seus agentes, estabelecendo assim a relação de
subordinação. Importante esclarecer que hierarquia se caracteriza pela existência de níveis de
subordinação entre órgãos e agentes públicos, sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica
(MEIRELLES, 2007).
6.880/80 (Estatuto dos Militares), que reflete o pleno exercício do Poder Hierárquica no âmbito
da caserna.
PODER DISCIPLINAR
Quando houver apuração de infração funcional cometida por agente público, o poder
disciplinar decorrerá do poder hierárquico, na medida em que haverá descumprimento de dever
funcional, cabendo ao superior hierárquico o controle da atuação de seus subordinados. O
exercício do poder disciplinar é obrigatório (poder-dever), o que significa dizer que a infração
administrativa, uma vez identificada ou denunciada, deve ser apurada.
Constituição (DI PIETRO, 2018). Seria inaceitável que a sanção pudesse ser escolhida segundo
critérios de oportunidade e conveniência. Por outras palavras, deve haver uma relação de
adequação e proporção entre os fatos apurados e a penalidade aplicada.
No âmbito das Forças Armadas, o art. 14, § 2º, da Lei nº 6.880/80 (Estatuto dos Militares)
define os contornos da disciplina na esfera militar. Nesse diapasão, o Decreto nº 76.322, de 22 de
setembro de 1975, aprovou o Regulamento Disciplinar da Aeronáutica (RDAer), importante
ferramenta na contenção de desvios disciplinares cometidos pelos integrantes da Força Aérea
Brasileira, fruto do exercício do Poder Disciplinar no âmbito de convivência das Organizações
Militares.
PODER REGULAMENTAR
O Poder Regulamentar caracteriza-se como uma das formas pelas quais se expressa a
função normativa do Poder Executivo. Pode ser definido como aquilo que cabe ao Chefe do
Poder Executivo da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, no sentido de
editar normas complementares à lei, para sua fiel execução.
é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, conforme artigo 5º,
II, da Constituição; ele tem que se limitar a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser
cumprida pela Administração. Manifesta-se, ordinariamente, por meio de Decretos.
Há, ainda, os regimentos, pelos quais os órgãos colegiados estabelecem normas sobre o
seu funcionamento interno. Todos esses atos estabelecem normas que têm alcance limitado ao
âmbito de atuação do órgão expedidor. Não têm o mesmo alcance nem a mesma natureza que os
regulamentos baixados pelo Chefe do Executivo (DI PIETRO, 2008).
Em todas essas hipóteses, o ato normativo não pode contrariar a lei, nem criar direitos,
impor obrigações, proibições, penalidades que nela não estejam previstos, sob pena de ofensa ao
Princípio da Legalidade (arts. 5º, II, e 37,caput, da Constituição da República).
PODER DE POLÍCIA
A partir da Constituição Federal e das leis em nosso ordenamento jurídico, foram
conferidos vários direitos aos cidadãos, que, por sua vez, têm o seu pleno exercício vinculado ao
bem-estar social. Assim, é por meio do Poder de Polícia que a Administração limita o exercício
dos direitos individuais e coletivos com o objetivo de assegurar a ordem pública, estabelecendo
assim um nível aceitável de convivência social.
Dessa forma, podemos concluir que o Poder de Polícia é um poder de vigilância, cujo
objetivo maior é o bem-estar social, impedindo que os abusos dos direitos pessoais possam
ameaçar os direitos e interesses gerais da coletividade. Portanto, decorre do Poder de Polícia a
aplicação de sanções para fazer cumprir suas determinações, fundamentadas na lei, e, assim,
diversas são as sanções passíveis de aplicação, previstas nas mais variadas e esparsas leis
administrativas, que podem ser aplicadas no âmbito da atividade de polícia administrativa.
Assim, várias são as sanções decorrentes do poder de polícia administrativa, tais como:
multa administrativa; demolição de construções irregulares; apreensão de mercadorias com
entrada irregular no território nacional; interdição de estabelecimentos comerciais que estão em
desacordo com a lei; embargos administrativos a obras, entre outras atribuições.
Destarte, por funções de polícia investigativa devem ser entendidas as atribuições ligadas
à colheita de elementos informativos quanto à autoria e materialidade das infrações penais. Por
outro lado, a expressão polícia judiciária está relacionada às atribuições de auxiliar o Poder
Judiciário, cumprindo ordens judiciárias relativas à execução de mandados de prisão, busca e
apreensão, condução coercitiva de testemunhas, entre outras atribuições. Portanto, a Constituição
da República, no seu art. 144, § 4º, prevê que a Polícia Civil tem funções de polícia judiciária e
de apuração de infrações penais. Observa-se uma clara distinção entre as funções de polícia
judiciária e funções de apuração de delitos.
É imperioso destacar que uma mesma Polícia pode exercer diversas funções. Como
exemplo, quando um Policial Militar anda fardado pelas ruas, atua no exercício de funções
típicas de polícia administrativa, pois objetiva impedir a prática de crimes, preservando a ordem
pública.
Por sua vez, supondo a prática de um crime militar por um policial militar do Estado do
Rio de Janeiro, as investigações do delito ficarão sob a responsabilidade da própria Polícia
Militar em comento, cujo Encarregado (função similar, na Polícia Civil, à do Delegado), agirá no
exercício de função de polícia investigativa.
Por derradeiro, segundo o art. 8º, “c”, do Código de Processo Penal Militar (CPPM),
incumbe à polícia judiciária militar cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça
Militar, atribuição esta inerente às funções de polícia judiciária militar.
AUTOEXECUTORIEDADE
Constitui prerrogativa aos atos emanados por força do poder de polícia a característica da
autoexecutoriedade imediatamente a partir de sua edição; isso ocorre porque as decisões
administrativas trazem em si a força necessária para a sua autoexecução.
COERCIBILIDADE
Cumpre esclarecer que todo ato de Polícia tem caráter imperativo e obrigatório, ou seja,
temos a possibilidade de a administração pública, de maneira unilateral, criar obrigações para os
administrados, ou então impor-lhes restrições.
Dessa forma, não existe ato de polícia de cumprimento facultativo pelo administrado,
haja vista que todo o ato adotado com fundamento no Poder de Polícia admite a coerção estatal,
a fim de torná-lo efetivo, sendo certo que tal coerção independe de prévia autorização judicial.
DISCRICIONARIEDADE
Os atos discricionários são aqueles que a Administração Pública pode praticar com certa
liberdade de escolha e decisão, sempre dentro dos termos e limites legais, quanto ao seu
conteúdo, seu modo de realização, sua oportunidade e conveniência administrativa.
Não podemos perder de vista que toda a atuação administrativa, seja em que
esfera for, deve obediência ao princípio administrativo constitucional da Legalidade,
devidamente previsto no artigo 37 da Constituição Federal.
Assim, toda atuação administrativa pautada dentro dos limites legais, seja quanto à
competência do agente que executou a atividade administrativa ou então a forma em que foi
realizada, será considerada um ato legal e legítimo, desde que atenda ao interesse público. De
outra forma, o ato administrativo que for praticado com vícios de competência, ilegalidades,
ilegitimidades, ou, ainda, que contrarie o interesse público será considerado um ato ilegal,
praticado com abuso ou desvio de poder.
Dessa maneira, o abuso de poder ocorre diante de uma ilegitimidade, ou diante de uma
ilegalidade, cometida por agente público no exercício de suas funções administrativas, o que nos
autoriza a concluir que o abuso de poder é uma conduta ilegal cometida pelo agente público, e,
portanto, toda atuação fundamentada em abuso de poder é ilegal.
Importante destacar que é plenamente possível o abuso de poder assumir tanto a forma
Comissiva (ativa), quanto a omissiva, ou seja, o abuso tanto pode ocorrer devido a uma ação
ilegal do agente público, quanto de uma omissão considerada ilegal. O abuso de poder pode
ocorrer de duas maneiras: excesso de poder ou desvio de poder (desvio de finalidade).
a) Excesso de Poder: ocorre quando o agente público atua fora dos limites de sua
competência, ou seja, o agente público não tem a competência funcional prevista em lei
para executar a atividade administrativa.
a) A autoexecutoriedade.
b) A flexibilidade.
c) A seletividade.
d) A razoabilidade.
3. A instauração de Inquérito Policial Militar (IPM) no âmbito de uma Organização Militar, com
o objetivo de apurar indícios do cometimento do crime de deserção e de sua respectiva autoria
define o exercício do
GABARITO
1) B 4) C
2) A
3) C
Todos que, de alguma forma, lidam com a coisa pública devem adotar um
comportamento ético e moral, atuando de maneira honesta, honrada, imparcial e sempre
zelando para o fiel cumprimento de suas atribuições legais, buscando a satisfação do interesse
público, e não seu próprio interesse ou de terceiro.
A natureza jurídica da improbidade é de ação civil, não tendo prerrogativas de foro nem
de função, tendo a propositura da ação na Vara Cível, iniciando-se, em primeiro grau, com o Juiz
singular.
Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma da Lei Federal nº
8.429/92. (Art. 1º, caput)
Reputa-se agente público, para os efeitos da referida lei, todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no parágrafo anterior. (Art. 2º)
As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma direta ou indireta. (Art. 3º)
Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos
assuntos que lhe são afetos. (Art. 4º)
b) sujeito ativo: o agente público ou terceiro que induza ou concorra para a prática do ato
de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (arts. 1º e 3º);
a) praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;
c) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo;
GABARITO
1) D
2) B
Vale lembrar que nem sempre foi assim. Primeiramente, a Força Militar, expressão
utilizada na Constituição de 1824, era composta pela Força Armada de Mar e pela Força Armada
de Terra. Somente com a criação do antigo Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941,
é que surgiu o terceiro braço armado, denominado, à época, Forças Aéreas Nacionais. A
Constituição de 1946 foi a primeira a incorporar ao texto constitucional a composição tríplice
das Forças Armadas, o que foi mantido nas Constituições posteriores.
Quanto mais bem treinadas e aparelhadas forem as Forças Armadas brasileiras, maior
será o grau de intimidação à prática de atos internos ou externos que atentem contra a soberania
nacional, a garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem. Repressivamente, por meio
da força, para repelir agressões externas ou internas (ABREU, 2010).
Os membros das Forças Armadas são denominados militares. São vedados aos militares o
direito de greve, o de sindicalização e o de filiação partidária (CF, art. 142, § 3º, IV e V).
Caso o militar da ativa seja empossado em cargo, emprego público ou função pública
civil, duas situações poderão ocorrer, conforme a natureza do vínculo e nos termos da lei:
a) no caso do art. 142, § 3º, inciso II, o militar em atividade (da ativa) que tomar posse
em cargo ou emprego público civil PERMANENTE será transferido para a reserva, com a
ressalva do art. 37, inciso XVI, alínea “c” (“XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos
Exemplos:
1) o militar que obtiver aprovação no concurso para Auditor-Fiscal não poderá acumular
remunerações, devendo ser transferido para a reserva ao ocupar o cargo público de
Auditor;
2) outra situação, delineada no inciso XVI, “c”, do art. 37, refere-se ao militar, médico, que
presta concurso para uma Prefeitura (Administração Pública), podendo, nesse caso,
acumular remunerações, considerando a exceção constitucional.
b) no caso do art. 142, § 3º, inciso III, o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar
posse em cargo, emprego ou função pública civil TEMPORÁRIA, não eletiva (não eleitoral),
ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea
"c (conforme já visto, pode acumular nessa situação), ficará agregado ao respectivo quadro,
sendo, depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva.
Exemplos:
2) Capitão designado para ocupar cargo público civil, temporário, na Advocacia da União.
Observação: nos dois casos, não poderá ultrapassar dois anos, sob pena de ser transferido
para a reserva.
os seus negócios e tem como competência principal preparar-se para o cumprimento de sua
destinação constitucional.
2. Qual a primeira Constituição a incorporar no seu texto a composição tríplice das Forças
Armadas?
a) Constituição de 1988.
b) Constituição de 1824.
c) Constituição de 1946.
d) Constituição de 1891.
GABARITO
1) B
2) C
3) A
Os Agentes da Administração são obrigados a zelar pela estrita observância, entre outros
aspectos, principalmente, dos Princípios da Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, da
Publicidade, da Transparência, da Eficácia, da Economicidade e da Eficiência no trato dos
assuntos que lhe são afetos.
d) pelo emprego irregular de bens e de valores públicos, inclusive daqueles sob sua guarda;
e) pelos compromissos que assumir em nome da OM sem que, para isso, esteja autorizado;
m) pelos atos ilegais praticados por agentes subordinados se, previamente comunicado, não
tenha adotado providências, em tempo, para evitar e corrigir esses atos;
p) pela falta de arrecadação de receita pública, quando de sua competência, bem como pelo
pagamento, recolhimento ou remessa de qualquer importância fora do prazo fixado;
s) pela falta de iniciativa para solucionar casos não previstos, cuja ação seja de sua alçada e
competência;
argumentação, seguida de registro escrito, deixar definida a sua discordância com relação ao
caso ou evento considerado.
Uma pessoa deve responder pelos atos de outra em igual intensidade. A responsabilidade
será solidária quando, em uma mesma obrigação, houver mais de um responsável pelo seu
cumprimento.
d) pelo emprego indevido dos bens, valores e dinheiros sob a sua guarda.
Os casos fortuitos e os motivos de força maior podem ser considerados para fins de
isenção de responsabilidade do Agente da Administração.
Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você está cada vez mais
interessado e “por dentro” dos assuntos estudados até aqui, Parabéns!
Vamos juntos seguir em frente?
Destarte, vale ressaltar que essa regra está insculpida no art. 37, § 6º, da Constituição da
República Federativa do Brasil, que estabelece a possibilidade de responsabilizar o agente
público (abrangendo, inclusive, o militar das Forças Armadas), nas situações de dano a terceiros.
Assim, a responsabilidade do Estado é objetiva, devendo arcar com o custo financeira da ação do
agente.
A isenção de culpa, quando for o caso, só beneficiará o responsável que tenha tomado as
providências adequadas e da sua alçada para evitar o prejuízo.
Todo agente responsável pelo cumprimento de ordens que, a seu ver, impliquem prejuízo
à União ou que contrariem dispositivos legais deverá ponderar a respeito com a autoridade que
as determinou, ressaltando as consequências da sua execução.
b) aos agentes que tenham agido com imprudência, imperícia ou negligência em relação
às providências de suas atribuições, no sentido de responsabilizar o agente culpado.
Nenhum agente responsável estará isento de prestar contas que, se necessário, serão
tomadas tendo em vista os superiores interesses da União. Todo ato administrativo praticado por
agente público estará sujeito ao exame dos órgãos de controle.
Responsabilidades na Administração da
Aeronáutica
Bem, agora que você já cumpriu mais essa etapa da missão, que tal
avaliar seu grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste
capítulo? Não se preocupe caso não saiba responder prontamente, o
importante é que você resolva as questões a seguir no seu tempo.
a) Solidária.
b) Pessoal.
c) Compartilhada.
d) Integral.
a) Um evento aleatório.
b) Um caso fortuito ou de força maior.
c) Um acontecimento inesperado e sem efeitos práticos.
d) Um incidente sem efeitos administrativos.
5. Os casos fortuitos e os motivos de força maior podem ser considerados para efeito de:
6. Qual procedimento deverá ser adotado pelo agente responsável pelo cumprimento de ordens
superiores que, a seu ver, contrariem dispositivos legais, podendo gerar prejuízos
administrativos?
GABARITO
1) B 4) B 7) C
2) D 5) C
3) B 6) B
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª. ed. São Paulo: Atlas,
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e atual. Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.
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PAVIONE, Lucas. Direito Administrativo. 2ª ed. rev., ampl e atual. Salvador: Ed.
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