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“Ori”, em Yorubá, significa literalmente “cabeça”.

No entanto, o conceito de Ori é muito mais amplo do que sua tradução literal. Ori pode ser
entendido como a partícula inteligente e primordial que vai nos acompanhar durante toda a
nossa jornada existencial, no Ọ̀ run (plano espiritual) e no Àiyé (plano material).

O Ori, ao ser criado por Olódùmarè (Deus), é dotado do livre arbítrio para escolher seu destino.
E assim o faz: o Ori diz a Olódùmarè qual será o seu destino, a sua razão de existir, o seu papel
na obra do criador.

Ọ̀ rúnmìlà-Ifá é o testemunho desse compromisso assumido pelo Ori perante Olódùmarè.


Ọ̀ rúnmìlà-Ifá é o “Èléri Ípìn”, o testemunho da criação. Ọ̀ rúnmìlà-Ifá conhece o destino de todo
Ori.

Em seu processo encarnatório, o Ori passa por Oníbodè (guardião do portal entre o Ọ̀ run e o
Àiyé) e lhe diz qual será seu destino sobre a Terra. Imediatamente, Oníbodè faz com que o Ori
se esqueça do seu destino, permitindo a sua passagem para o Àiyé.

Apesar desse esquecimento no processo encarnatório, o Ori é impregnado da essência desse


compromisso e, naturalmente, busca concretizar aquilo que se propôs a fazer.

No entanto, se o Ori estiver em desequilíbrio, nossa vida ficará em desarmonia. As escolhas e


as decisões tomadas pelo Ori serão prejudiciais a nós mesmos. Na maior parte das vezes,
quando as coisas na vida andam mal, é o nosso Ori que está fazendo escolhas ruins, nos
distanciando daquilo que nos propusemos a fazer.

Como Ọ̀ rúnmìlà-Ifá testemunhou a conversa do nosso Ori com Olódùmarè, através da consulta
oracular, por intermédio de um sacerdote, é possível consultarmos Ọ̀ rúnmìlà-Ifá para
recebermos as prescrições sobre o que precisamos fazer para alinharmos nosso Ori com o
destino que escolhemos ou, ainda, mudarmos o nosso destino – o que é possível em alguns
casos.

Por isso, valorize e cuide sempre do seu Ori, ele é muito importante para a sua felicidade.

Irê ô! Axé!

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