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Folha 1

1.1 - Envelhecimento da população – Mundial


A população mundial está a envelhecer e todos os países do mundo estão a
assistir a um crescimento no número e na proporção de pessoas idosas da
sua população.   
O envelhecimento populacional está prestes a tornar-se numa das transformações
sociais mais significativas do século XXI, com implicações transversais a todos
os setores da sociedade
- no mercado laboral e financeiro;
- na procura de bens e serviços como a habitação, nos transportes e na proteção social;
- e nas estruturas familiares e laços intergeracionais.
Estima-se que o número de idosos, com 60 anos ou mais, duplique até 2050 e
mais do que triplique até 2100, passando de 962 milhões em 2017 para 2,1 mil
milhões em 2050 e 3,1 mil milhões em 2100.
Níveis e tendências no envelhecimento populacional
Em todo o mundo, a população com 60 anos ou mais está a crescer mais
rapidamente do que todos os grupos etários mais jovens. A população com mais
de 60 anos está a crescer a uma taxa de cerca de 3% ao ano. Em 2017 estimava-
se que, em todo o mundo, 962 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais –
representando 13% da população global.
1.Envelhecimento da população – europa
Atualmente, a Europa tem a maior percentagem da população com 60 anos
ou mais (25%).
O envelhecimento rápido também ocorrerá noutras partes do mundo e até 2050
todas as regiões do mundo, exceto África, terão quase um quarto ou mais das
respetivas populações com mais de 60 anos.
Globalmente, o número de pessoas com 80 anos ou mais deverá triplicar até 2050
passando de 137 milhões, em 2017, para 425 milhões em 2050.
As pessoas mais velhas são cada vez mais vistas como contribuintes para o
desenvolvimento, cujas competências devem estar interligadas com políticas e
programas transversais. No entanto, nas próximas décadas, muitos países irão
enfrentar pressões fiscais e políticas na esfera dos sistemas públicos de saúde,
providência e proteção social para a população com a faixa etária mais avançada.
Folha 2

1.Envelhecimento da população – Portugal
• Portugal, assim como outros países da Europa, tem vindo a registar nas
últimas décadas profundas transformações demográficas caracterizadas,
entre outros aspetos, pelo aumento da longevidade e da população idosa e
pela redução da natalidade e da população jovem.
• Em 2015, as pessoas com 65 ou mais anos representavam 20,5% de toda a
população residente em Portugal. Neste mesmo ano, a esperança de vida
atingiu os 77,4 anos para homens e 83,2 anos para as mulheres.
• Muito embora o aumento da longevidade da população portuguesa seja um
facto apreciável, a qualidade dos anos de vida ganhos apresenta ainda um
potencial para melhorar.
• Considerando o conceito de Envelhecimento Ativo proposto em 2002 pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), esta melhoria dependerá muito do
empenho de cada um, enquanto agente da sua própria saúde, participação e
segurança, e da sociedade como um todo, para que sejam garantidas as
oportunidades para tal, à medida que as pessoas envelhecem.
• A continuidade do desenvolvimento de políticas transversais e de
estratégias de atuação multidisciplinares, flexíveis e de proximidade, que
permitam que todas as pessoas idosas possam desfrutar de uma vida ativa e
saudável, é um imperativo ético
• Aumentar a capacidade funcional das pessoas idosas é um ponto de
referência para a formulação de um modelo orientador de intervenção que
defina prioridades, parâmetros de monitorização e avaliação, e imprima
dinâmicas e sinergias de cooperação entre interventores e instituições no
âmbito dos diversos Programas Prioritários e outros Programas e projetos
da saúde e vários parceiros empenhados na melhoria dos padrões de saúde,
de participação, de segurança e de investigação.
• O envelhecimento ativo e saudável é definido como o processo de
otimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, para a
melhoria da qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem bem
como o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade
funcional, que contribui para o bem-estar das pessoas idosas, sendo a
capacidade funcional o resultado da interação das capacidades intrínsecas
da pessoa (físicas e mentais) com o meio.
Folha 3
1.2 - Promoção da qualidade de vida
A promoção de um envelhecimento ativo e saudável ao longo do ciclo de vida
tem sido um caminho apontado como resposta aos desafios relacionados com a
longevidade e o envelhecimento da população
As condições de saúde são determinantes no envelhecimento ativo, mas a
promoção do envelhecimento ativo não se restringe à promoção de
comportamentos saudáveis. É essencial considerar os fatores ambientais e
pessoais, como os determinantes económicos, sociais e culturais, o ambiente
físico, o sistema de saúde, o sexo e outros determinantes (OMS, 2002). A
família, a comunidade e a sociedade têm um forte impacto na forma como se
envelhece.
• A qualidade de vida é, claramente, a tónica dominante do envelhecimento
ativo, podendo esta ser definida como a perceção do indivíduo acerca da
sua posição na vida, no contexto cultural e de valores no qual vive, e em
relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (OMS,
1997)
• As três componentes fundamentais no conceito de qualidade de vida nas
pessoas idosas são:
• o bem-estar financeiro,
• a saúde e
• o suporte e integração sociais.
• Cada uma destas componentes pode ser afetada por situações que surgem
no percurso de vida, nomeadamente, a reforma, a perda de um emprego, a
viuvez, o divórcio, problemas de saúde, a perda ou separação de uma
pessoa próxima, a migração, entre outras.
• A interdependência e a solidariedade entre gerações são princípios
importantes do envelhecimento ativo – a criança de ontem é o adulto de
hoje e a avó ou avô de amanhã. A família, a comunidade e a sociedade têm
um forte impacto na forma como se envelhece.
• A qualidade de vida das pessoas idosas depende dos riscos e oportunidades
que experimentaram ao longo do ciclo de vida, bem como da maneira como
as gerações seguintes fornecem ajuda mútua e apoio quando necessário
(OMS, 2002).
• O objetivo principal, do conceito de “envelhecimento saudável”, é o bem-
estar, um conceito holístico que contempla todos os elementos e
componentes da vida valorizados pela pessoa. Assim, mais do que o
resultado do sucesso e da motivação individual, o envelhecimento saudável
é o reflexo dos hábitos de vida, do suporte e das oportunidades garantidas
pela sociedade para a manutenção da funcionalidade das pessoas idosas e
para permitir que vivenciem aquilo que valorizam (OMS, 2015).
• Muito ainda pode ser feito para melhorar a qualidade dos anos de vida que
temos vindo a ganhar. Neste sentido, as Metas de Saúde constantes do
Plano Nacional de Saúde – Revisão e Extensão a 2020 (MS, 2015)
perspetivam mudanças significativas relativas ao processo de
envelhecimento, durante o ciclo de vida, até 2025 destacando-se:
- reduzir a mortalidade prematura (<70 anos) para um valor inferior a 20%
- aumentar a esperança de vida saudável aos 65 anos de idade em 30%;
- reduzir a prevalência do consumo de tabaco na população com 15 ou mais
anos e eliminar a exposição ao fumo ambiental; e
- controlar a incidência e a prevalência de excesso de peso e obesidade na
população infantil e escolar.

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