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-RESUMO
-PALAVRAS-CHAVES
Container ISO, aço Corten, conforto higrotérmico, C.A.D., adobe, Dry Standard, Dry
High Cube, combustíveis fósseis, bioplástico.
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-INTRODUÇÃO
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transporte que é dada através de uma revisão que é feita a cada 5 anos segundo a
norma da ISO 668 de 1995 (revisada em 2013).
Segundo dados da World Shipping Council (WSC, 2014), existem atualmente
mais de 18 milhões de container ISO no uso marítimo circulando pelo mundo, e, cerca
de 5% desse total são descartados por ano. Carbonari e Barth (2015) diz que a vida
útil de um container no setor marítimo vai de 10 a 15 anos, após esse período, perdem
seu uso nesse setor, passando a se acumular em extensos depósitos nas regiões
portuárias, o que vira um problema para o meio ambiente, apesar de, com o decorrer
do tempo, passar a não servir mais para a função de cargas portuárias, apresenta um
potencial como um recurso material para a construção de edifícios.
O container surge na construção civil como uma alternativa de inovação
tecnológica, pois apresentam alta resistência mecânica e grande durabilidade, além
de colaborar com a industrialização do processo construtivo juntamente à modulação.
A reutilização dos mesmos teve início na década de 90 e foi estabelecida
principalmente na Holanda, Inglaterra e Japão, em escritórios, hotéis e habitações
estudantis, e após isso foi disseminada e adaptada para residências unifamiliares.
(OCCHI, 2016). A primeira construção modular feita por containers no Brasil foi
projetada pelo arquiteto Danilo Corbas no ano de 2011, e se localiza em Cotia (São
Paulo). Na construção fora utilizados 4 containers, sendo uma construção de 2
pavimentos com 196m² de área total. (ARCHDAILY, 2016).
Carbonari e Barth (2015) citam Slawik (2010), ao dizer que os containers têm
características que podem trazer vários benefícios para a construção de edificações,
entre elas tem a questão de serem pré-fabricados, compactos, modulares e poderem
ser instalados provisoriamente. São facilmente empilhados e podem ser conectados
através de parafusos e sodas metálicas, conferindo flexibilidade ao projeto,
possibilitando adiantar o processo de montagem e desmontagem, podendo se adaptar
às necessidades dos usuários. Em contrapartida, há a necessidade de executar
tratamentos diversos ao container para que ele assuma a característica de habitação
e forneça o mínimo de conforto que exige a mesma. Neste caso, há a necessidade de
tratamento acústico e térmico, além dos sistemas energéticos e hidráulicos, que
haverão de ser implantados no módulo.
O uso desse material na construção ainda é pouco explorado no Brasil, porém
CORBAS (2012), diz que sua utilização na construção no país tem tido um aumento
significativo nos últimos anos, despertando o interesse de construtores, empresas
especializadas e instituições e um exemplo atual do seu uso se dá através dos
canteiros de obras como instalações provisórias, residências e comércios.
Temos exemplos de edificações feitas com containers de abrangência nacional,
como o Madero Container, que eram restaurantes de beira de estrada, que atualmente
está presente em 16 estados do Brasil, e no Estados Unidos, tem uma unidade em
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Miami. Cada restaurante desses pode ser instalado em uma média de 20 dias e é
composto por 8 containers High Cube 40 reutilizados. A ideia de reutilizar containers
surgiu em 2008, e o foco era transforma-los em lojas multimarcas, criando unidades
modulares de construção rápida e com atributos ecológicos.
Diante do exposto, observa-se uma tendência nacional ao aumento do uso dos
módulos de container, atualmente direcionados para comércios e habitações. Essa
tendência se dá pelas vantagens que a mesma traz, pela crescente aceitação da
população, ao aumento do numero de edificações já existentes no país e também à
disponibilidade destes produtos em portos marítimos.
O presente artigo de cunho exploratório, busca identificar e avaliar os aspectos
projetuais, construtivos e os pontos positivos e negativos do uso do container na
adaptação para uso em moradias, questionando se seria uma saída mais sustentável,
que deve atender a exigências do conforto ambiental, proporcionando qualidade de
uma habitação que se equipara a uma construção convencional, e se é
economicamente viável, levando em consideração as questões técnicas, funcionais e
estéticas.
Para o desenvolvimento do mesmo, usou-se de revisões bibliográficas sobre a
utilização de materiais alternativos na construção, analisou-se obras de arquitetos
renomados brasileiros que trabalharam ou trabalham com container, como o próprio
Danilo Corbas, usou-se pesquisas exploratórias, além de consultas a empresas do
setor, a fim de obter informações práticas voltadas para o empreendimento, questões
de custos, materiais e afins. A importância desse artigo, consiste no maior
conhecimento sobre o assunto, esperando que contribua para o crescimento da
utilização do mesmo na área civil do nosso País.
A primeira etapa do estudo traz um aprofundamento relativo aos tipos de
estruturas mais utilizadas na construção civil, um pequeno histórico do uso e
surgimento de cada, e implantação no Brasil.
A segunda etapa trata do histórico do container ISO, tratando de seu
surgimento, seus usos primários, da evolução do container como material de carga
marítima, até virar matéria prima da arquitetura, trazendo uma relação completa sobre
os materiais que foram escolhidos para construir um container, normas aplicadas ao
uso, modelos atuais existentes, entre outros.
A terceira etapa tratara da parte econômico-financeira, observando se os
orçamentos de uma obra em container seria o melhor e ou ideal para a construção de
casas populares, avaliando o custo-benefício da obra, falando sobre os materiais mais
indicados para o uso, sobre táticas e saídas sustentáveis, possibilidades de
deslocamento e tempo de execução de obra. Ainda na terceira etapa, veremos
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questões voltadas para o conforto acústico e térmico, tratando da importância de cada
um à obra, de que modo é feito e qual os materiais e revestimentos utilizados.
A quarta etapa mostrará exemplos de edifícios habitacionais já construídos,
podendo compreender como cada um é planejado, sua organização espacial,
objetivos já alcançados, a inovação que cada um traz e a possibilidade de
verticalização dos mesmos. Todo esse conhecimento se dará através de plantas
baixas, cortes esquemáticos e perspectivas do conjunto, além do memorial descritivo
de cada projeto, podendo assim, observar e analisar cada ponto existente nos
mesmos.
Os tipos de estruturas mais utilizadas na área civil são compostos por madeira,
concreto e aço, tendo destaque para as estruturas de concreto e de aço, que no brasil,
são as mais utilizadas.
Everaldo Pletz fala sobre o uso da madeira no decorrer da história em uma
entrevista dada ao site madeira e construção, em 2016, e lá ele dizia:
Os primeiros projetos técnicos, se assim podemos chamar os primeiros
desenhos de detalhes construtivos, são chineses, com mais de 1000 anos de
idade. Depois disto, os japoneses aperfeiçoaram estes detalhes. Mais tarde
os europeus se destacaram na produção de novas técnicas de construção
usando a madeira. O primeiro grande questionamento sobre a sua utilização
ocorreu no século XIX, quando surgiram as estruturas de aço e de concreto
armado. O segundo grande questionamento foi patrocinado pelos
movimentos ambientalistas, já na segunda metade do século XX.
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Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), primeira siderúrgica instalada no país, em
1946, que a importação do aço não se fazia mais necessária, pois passaria a ser
substituído por produto de fabricação nacional. A partir de 2003, seu ritmo de
crescimento aumentou, pois, o mercado começou a exigir cada vez mais, obras
executadas de forma mais rápida, com maior qualidade, preocupando-se com o bom
desempenho das edificações unida à sustentabilidade dos materiais e da obra como
um todo.
O concreto, entre os 3 analisados, é o material mais antigo utilizado nas
construções. Como diz Helene e Levy, o concreto participa da história das civilizações
a mais ou menos 5 mil anos. A história do concreto na humanidade evoluiu com o
tempo de acordo com o desenvolvimento das civilizações, e abaixo, podemos ver os
marcos dessa evolução, através do The European Cement Association (CEMBREAU
1995):
Fonte: CEMBREAU-(1995)
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estabelecida no País e a utilização do concreto passa a ser regida pelas normas da
ABNT.
Além dos três tipos de estruturas citados como principais acima, há outras
alternativas de materiais a serem utilizados em estruturas civis, como por exemplo o
adobe, o bambu, alvenaria estrutural, E o container.
O adobe foi o primeiro material a ser utilizado com o princípio de modulação, e
unido a pedra e madeira, configuram-se como uma constante na história da
arquitetura. (Junior, IPHAN). Atualmente o tijolo de adobe é utilizado, geralmente,
como alvenaria de vedação, podendo ser utilizado como alvenaria estrutural se
observado alguns cuidados a serem tomados. No mais, é uma boa saída caso se
queira construir visando a consciência ecológica. Esse material chegou ao Brasil
através da colonização portuguesa, apesar de que os índios já utilizavam técnicas
parecidas, como a utilização do pau-a-pique. No século XXI, as edificações rurais no
brasil eram predominantemente feitas em adobe, como exemplo temos a igreja de
nossa senhora do rosário em Pirenópolis (GO), que além do adobe, utilizava taipa de
pilão, alvenaria de pedra e madeira em sua construção. Devido a industrialização do
século XIX, que trazia a oferta de produtos industrializados, a utilização da arquitetura
vernacular acabou perdendo seu espaço. (VENDRAMI, 2015).
A utilização do bambu como material construtivo, em países como Japão,
China, Tailândia e outros países do Oriente se dá a mais ou menos 3.000 anos. Esse
material tem potencial para a construção de habitações, pontes e afins, porém, no
Brasil, sua cultura não foi difundida, pois o conceito que realmente foi difundido sobre
o mesmo, é que se trata de um material vulnerável que necessita de um tratamento
especial contra insetos, pois caso contrário, seu desempenho deixara a desejar, o que
acabou acarretando na inutilização do material, apesar de configurar outra saída
ecológica e sustentável. (GONÇALVES, 2014).
A alvenaria teve seu uso dado por civilizações assírias e persas desde 10.000
a.C., com o uso de tijolos queimados ao sol. Em meados de 3.000 a.C., já se fazia
uso de tijolos de barro queimados nos fornos e por volta dos séculos XIX e XX, houve
a racionalização de modelos para obras de maior porte feitas em alvenaria, porem,
ainda haviam construções que eram feitas com altas espessuras de parede, cerca de
1,80m, o que hoje, representaria uma necessidade de em média 0,30cm. (CAMPOS);
(RICHTER, 2007).
A partir do momento que o concreto e o aço passaram a ser altamente
utilizados, possibilitando a construção de estruturas altas e esbeltas, a alvenaria
acabou sendo destinada a ser utilizada em edificações de pequeno porte, ou ate
mesmo, sendo utilizada apenas como elemento de fechamento.
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A utilização no Brasil se deu a partir do início do século XVII. A partir dos anos
70, com princípios validados e critérios melhores definidos, a alvenaria passou, de
fato, a ser tratada como uma tecnologia estrutural. Foi consolidada na década de 80,
quando já haviam normalizações oficiais consistentes e amplas. (RICHTER, 2007). A
primeira construção feita com estrutura de alvenaria armada foi feita em São Paulo,
se trata de um complexo habitacional, o “Central Parque da Lapa”, construído em
1966, tendo futuramente, a implantação de mais quatro edificios de 12 pavimentos
cada no conjunto, construídos no ano de 1972.
A utilização de alvenaria não armada no brasil teve uso inicial em 1977, através de
uma construção também em São Paulo, de um edifício de nove pavimentos em blocos
sílico-calcário. (CAMPOS).
Já entrando no assunto container, seu uso voltado para a area civil teve início
nos anos 90 por alguns locais como Holanda e Inglaterra, com projetos de escritórios
hotéis habitações e afins. (OCCHI, 2016). No Brasil, seu uso começou a ser feito em
meados do ano de 2011, em São Paulo, tendo como primeira construção, a chamada
casa container, projeto de Danilo Corbas. Atualmente já é possível observar diversos
projetos feitos utilizando o container como modulo construtivo, pois com o tempo, seu
uso e sua aceitação foram aumentando de acordo com o conhecimento que as
pessoas iam obtendo sobre com o passar dos anos. (ARCHDAILY, 2016).
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2 – SURGIMENTO DO CONTAINER.
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fabricação de containers em nosso território, baseada nas normas dessa
padronização.
Em quesito definição, pode se dizer, resumidamente, que o container é feito
por um material resistente, destinado a transportar mercadorias com segurança,
inviolabilidade e rapidez, atendendo, porém, as condições técnicas e de segurança
previstas pela legislação nacional e pelas convenções internacionais ratificadas no
Brasil. Em relação aos tipos, inicialmente existiam seis tipos diferentes de containers,
sendo eles: o Open Top, que é aberto em cima e é destinado ao transporte de
mercadorias que só podem ser acomodadas pela parte de cima por algum motivo
especial, o container Tank ou container-tanque, destinado a transporte de granel
especialmente liquido, o Collapsible, que se trata de um container desmontável,
facilitando o seu transporte estando vazio, o Livestock, que é destinado a carga de
animais vivos, o Ventilated, que como o próprio nome diz, é o container ventilado,
destinado geralmente a carga de mercadorias que necessitem de ventilação, e por
último, o Reefer, que é refrigerado, e destinado a manter cargas a níveis baixos de
temperatura. (Amigos do Comex).
Se tratando dos tempos atuais, há dados que mostram que os contêineres
representavam cerca de 60% do comercio marítimo no planeta, isso no ano de 2010,
totalizando mais de 4 trilhões de dólares em movimento no mundo. Em 2012, já se
contabilizavam cerca de 20,5 milhões de containers distribuídos por todos os lugares.
O sucesso da implantação e estabilização do container na área de transporte, se dá,
em grande parte, devido à padronização mundial e sua forma, tamanho e engenharia
convencional, o tornando a ferramenta ideal para esta área. Nos últimos anos, o alto
volume de containers disponíveis, possibilitou que sua utilização fosse além do que
apenas transportar cargas, começando a ser usado em áreas voltadas para
construção, em diferentes áreas, seja comerciais ou residenciais, e assim o leque de
opções de uso desse modulo se abriu, sendo reconhecido como uma estrutura
alternativa para a construção civil, e hoje em dia há restaurantes, escritórios e até
residências que foram feitas com o uso do container como matéria prima arquitetônica.
(“Locares e Locação”).
O uso do container como recipiente de transporte pode ser feito por um prazo
máximo de 10 anos, porém o container tem uma vida real de em média 100 anos, ou
seja, o mesmo ficaria descartado sem uso durante cerca de 90 anos. (OCCHI, 2016;
RANGEL, 2015). Após o prazo dos 10 anos, o container passa a ser descartado, pois
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os materiais existentes na estrutura do container podem se encontrar com riscos de
contaminação devido as cargas ou até mesmo por conta dos materiais trabalhados na
manutenção dessas caixas metálicas, como o piso de madeira, que recebe aplicação
de pesticidas visando aumentar sua vida útil e conserva-lo por maior tempo, porém,
tendo que ser trocado por completo com o tempo . É importante ressaltar que para o
uso como habitação, é necessário jatear o aço do container com algum abrasivo e
repintar com tinta não toxica, evitando que haja contaminações aos futuros
moradores.
Os containers passaram a ser destinados para funções diversas na area da
arquitetura, sendo usados como edificações residenciais, comerciais, institucionais e
afins. O uso do container vem ganhando espaço com o decorrer do tempo, pois além
de um material reaproveitado, ele reduz impactos ambientais, além de trazer um
menor custo e uma obra sem tantos resíduos em relação aos materiais convencionais,
fora que a retirada desse material da natureza acaba por reduzir os impactos
causados à sustentabilidade, favorecendo a preservação ambiental.
Atualmente, existem alguns outros tipos de container, além dos citados
anteriormente, sendo eles da categoria Dry, tendo medidas como 20 a 40 pés, no qual
o de 20 pés chamado de Dry Standard, e o de 40 pés, que é o Dry High Cube. Ambos
modelos apresentam aberturas laterais, tendo suas larguras iguais, mudando apenas
o comprimento e a altura de cada. Esses dois modelos são os mais utilizados nos dias
de hoje na area de construção civil, pois as suas medidas são mais favoráveis e
proporciona maior facilidade no atendimento de normas especificas construtivas.
(OCCHI 2016). Segue abaixo a especificação de medidas de ambos:
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Em relação a adaptação arquitetônica do modulo, as esquadrias e adaptações
do aço devem ser feitas por pessoas especializadas em corte e solda dessa estrutura,
enquanto que a fundação de um edifício em container, deve-se considerar o tamanho
e o porte dessa construção, porém, como os containers já vem com arestas que
funcionam como apoio do mesmo, é possível utilizar sapatas de 80x80x60 em cada
aresta, sendo reforçadas com o uso de uma broca de 25 cm de diâmetro e 4 metros
de profundidade.
O uso do container é feito normalmente para construções de 1 a 2 pavimentos,
ou construções com pé direito duplo, porém, segundo OCCHI, a empresa Delta
Containers, garante que há a possibilidade de construção de até 9 pavimentos,
empilhando assim, 9 containers, tendo peso máximo de 25 toneladas por modulo.
Para fazer uso do container na arquitetura, são necessários alguns cuidados
específicos, além do revestimento que tem que ser feito com tinturas não toxicas, e
os cortes na chapa por profissionais especializados, há também a necessidade de
tratamentos térmicos, visando que a condutibilidade térmica das chapas feitas de aço
Corten tornam indispensável esse tratamento. Além disso, há a necessidade de
proteção antichamas nas paredes internas e no teto, podendo também fazer uso de
isopor para o isolamento acústico do lugar. Em relação a pintura de oxidação feita
para evitar a corrosão, essa só poderá ser aplicada, no caso de uso de 2 ou mais
containers, após a soldagem dos módulos estar completa e o aço resfriado. Todos os
espaços vazios que sobrarem deverão ser preenchidos com uma espuma de
poliuretano, visando evitar riscos de infiltração. Essa espuma pode oferecer alguns
riscos ao meio ambiente, por ser feita com base de petróleo e ter a necessidade de
uso de combustíveis fósseis no seu transporte, porem pode-se fazer uso de opções
alternativas, como os bioplásticos, que fazem uso de óleos vegetais no lugar de
combustíveis fosseis, podendo ser usado no lugar do poliuretano, não causando
grandes impactos ambientais. (OCCHI 2016).
Quando se exige que uma obra seja feita dentro de um prazo pequeno e de um
orçamento baixo, o container se destaca como material estrutural adequado para a
situação. Esse caso ocorreu em Amsterdã, na Holanda, no ano de 2002, quando
houve uma necessidade urgente de uma solução arquitetônica para abrigar uma
comunidade de estudantes. Como exigência da prefeitura, a ideia para o alojamento
deveria ser original, de rápida execução, e baixos custos, pois Amsterdã já não tinha
espaços disponíveis para prédios convencionais, que além de serem onerosos,
demandam muito tempo de execução. A solução adotada foi fazer uso de containers
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pré-moldados para construção de um condomínio, hoje chamado de Vila Estudantil
Keetwonen, porem, por ser uma ideia até entao nova, haviam pessoas que se sentiam
desconfiadas do mesmo, e para ser aprovada, foi necessário fazer alguns ajustes.
Esse projeto foi idealizado pela Tempohousing, que teve que montar na China uma
fábrica exclusiva visando obter capacidade de lidar com a legislação rígida dos prédios
holandeses. A produção teve início em 2005, com um ritmo de execução de 50
unidades habitacionais por semana, e após as casas estarem completamente prontas,
tanto interior como exterior, foram enviadas para Amsterdã para serem montadas,
sendo colocadas uma em cima da outra, como se fossem peças de lego. As chaves
foram entregues aos estudantes novos no final de 2005, e já em 2006, em junho, o
condomínio já dispunha de mais de mil apartamentos, e o medo que existia em relação
ao uso do container tornar a casa fria, pequena e barulhenta, ficou pra trás e o projeto
tornou-se um sucesso, sendo reconhecido como a maior cidade de containers do
mundo, além de o segundo alojamento mais procurado em Amsterdã. O condomínio
dispõe de supermercado, cafés, escritórios, áreas esportivas e lavanderias.
Atualmente há uma lista de espera de cerca de um ano de espera para a ocupação.
(ECO DESENVOLVIMENTO, 2010).
Com esses projetos exemplificando seu uso, vemos na prática que o container se caracteriza como
uma boa escolha, uma boa saída construtiva para os casos em que há a necessidade de um baixo
custo de obra, seja ela voltada para habitações sociais, alojamentos, escritórios e afins. Além de ser
um material resistente, com pequeno tempo de execução e tudo o que já foi dito sobre ele, ainda se
mostra ser um material, que mesmo sendo uma caixa, dispõe de flexibilidade de definição de forma,
quando aglomerado com outros, logo, além de funcional, há a possibilidade de construir um edifício
icônico, representativo por si só, não havendo a necessidade de manter a edificação com forma de
uma simples caixa.
Não há como taxar um preço especifico de obra pois isso dependeria muito da
localização e do porte da obra em questão, mas podemos conseguir determinar
preços médios para algumas tipologias. Um container que será usado para construção
de uma residência, com revestimento, tendo mais ou menos 14m², divididos entre
quarto banheiro e cozinha, sairia em uma média de 15 a 17 mil, no caso de ser uma
construção de 28m², sendo um quarto, banheiro, sala e cozinha, o valor a se gastar é
de uma média de 22 a 24 mil, valores notavelmente bem inferiores a uma obra
convencional. No caso de estabelecer uma residência sem revestimento, esses custos
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de obra diminuem, saindo de 10 a 12 mil uma obra de 14m², e de 16 a 18 mil uma de
28m², tendo suas divisões idênticas ao caso anterior de residências com revestimento.
Esses valores estipulam quanto sairia para uma pessoa que quisesse algo como uma
quitinete ou algo bem intimista que abrigasse a si próprio ou a duas pessoas, servindo
também como alternativa para pessoas que não dispõe de um grande valor para obter
sua própria casa, assim como pode servir para programas governamentais de
habitações sociais.
Se há a necessidade de uma residência maior, seja por ter uma família grande,
ou ser destinada para algum uso distinto como alojamento estudantil, casas de
repouso e afins, ou se mesmo por puro luxo, houver a necessidade de uma casa
maior, podemos estipular uma média de preços para uma casa por exemplo, de 60
m², que seria o tamanho de um apartamento médio com 2 dormitórios espaçosos, com
revestimento e decoração, sairia numa média de 80 mil, sem incluir o valor do terreno,
pois esse varia de lugar e de cidade.
Custos a mais, como o de transporte do container, ocorrerão, porem é
importante fazer uma pesquisa entre empresas para conseguir o menor valor, pois
não é um valor único estipulado. (Casa e Construção).
Em relação ao preço do metro quadrado, de acordo com o site “CAS
engenharia”, a diretora da empresa Costa Container nos da a informação de que na
empresa dela, o metro quadrado de casas em container custa um valor de 1.500,00
reais, onde uma casa de 100 m² sairia a 150 mil e uma de 50m² sairia 75 mil, estando
inclusos os valores da compra do container, dos recortes que serão feitos, do
acabamento, do assentamento de piso e forro de gesso, das instalações elétricas e
hidráulicas, e do frete. Esses valores podem variar dependendo do acabamento
solicitado pelo cliente e do frete que varia pela distância. Na empresa Delta Container
o metro quadrado tem o mesmo valor que a Costa Container, de 1.500,00, e afirmam
que, uma casa de alto padrão feita com o uso de container sai em média 20% mais
em conta do que uma feita com alvenarias. Já o preço do container isolado pode ser
mais baixo caso seja reaproveitado, pois um container novo sem uso sairia numa
média de 2.700,00 dólares, e um que já foi utilizado sairia por exemplo a 1.500,00
dólares. Esse valor é cotado em dólar devido ao produto ser importado. (CAS
Engenharia, 2015).
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construído, independente das características climáticas externas, no caso dos locais
edificados. O conforto do morador de um edifício está diretamente ligado ao
desempenho térmico da construção em relação as condições locais climáticas,
porem pode depender das características dos materiais constituintes envoltórios em
função das exigências de conforto humano e do projeto arquitetônico. (COSTA,
SOUZA, 2015).
Com base nas necessidades humanas relativas ao conforto térmico, é
importante que se adote algumas instruções, para desenvolvimento de uma
construção arquitetônica apropriada, como conhecer o clima local de onde será
executado tal projeto, observando a temperatura do ar, umidade relativa radiação e
ventos, para que assim a escolha do partido arquitetônico tenha características
apropriadas ao clima e as funções do edifício, tendo que, após tomada tais decisões
e escolhas, fazer uma avaliação quantitativa do desempenho térmico que o edifício
terá. (TEIXEIRA, 2014).
Em seu artigo, Teixeira (2014) cita Frota e Schiffer (2007) ao dizer que os
mesmos trazem a informação de que a previsão da carga térmica que é originada
dentro do edifício é de extrema importância se referindo às decisões de projeto
relacionadas ao estilo arquitetônico que será empregado, logo, está associada
diretamente a demandas laborais e humanas, para todos tipos de climas. Por carga
térmica interna, pode se entender como sendo a presença humana, sistemas de
iluminação artificial, presença de motores e equipamentos, algum processo industrial
que possa ocorrer no interior da edificação assim como a própria incidência solar.
Entrando no ponto isolamento térmico aplicado ao container, há a
possibilidade de comprar esses módulos já trazendo seu próprio isolamento, porem
o custo para isso é bastante elevado, o que acaba por fazer que essa opção seja
rara na questão de escolhas de módulos, pois as temperaturas não condizem com o
necessário, podendo chegar a ficar frio demais em dias quentes, não tendo um
equilíbrio climático. Em containers que não vem com seu próprio isolamento térmico,
adotar medidas simples pode melhorar o desconforto que pode haver no seu interior,
medidas como usar um tom claro de revestimento exterior, inserir um telhado sobre
o container, fazer uso de no mínimo 15% da area do piso de ventilação natural unida
a varias aberturas ou no mínimo duas. (TEIXEIRA, 2014).
Há a possibilidade de estabelecer boas condições climáticas ao interior de
uma residência em container, já tratando do conforto acústico, através de
revestimentos termo acústicos, que são materiais diretamente ligados ao tratamento
acústico e térmico do lugar, independente de ser uma casa um escritório ou um
comercio. A função desses revestimentos é agir voltado para soluções especificas,
tendo como tarefa, diminuir o som externo e manter a temperatura com maior
agradabilidade. Os revestimentos mais comumente utilizados no Brasil são as lãs de
pet, lãs de vidro, isopor e lã de rocha, e todos funcionam como isolantes térmicos e
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acústicos. Esses revestimentos são inseridos durante a montagem do modulo
(container), logo, não ficam visíveis ao termino de todos os acabamentos, pois estão
inseridos dentro das paredes. (MIRANDA CONTAINER, 2015).
Fonseca Filho, que é engenheiro e consultor em acústica, traz a
recomendação de uso de mantas isolantes, pois se caracteriza como algo
fundamental, sendo aplicada a todo o perímetro da caixa de aço que compõe o
container, incluindo paredes pisos e forro, podendo ser utilizado diversos tipos de
mantas, desde que se tenha uma boa densidade, de no mínimo 30 kg/m³, visando
melhorar a qualidade acústica e também, a térmica. Outros recursos a ser usado,
são as pinturas reflexíveis externas já citadas, o uso de vidros reflexivos nas
fachadas, uso de brises e esquadrias isolantes. Erika Fukunishi, arquiteta, mostra
uma possível solução para a parte superior da construção, que seria a utilização de
telhas térmicas, compostas por duas chapas de aço galvanizado, tendo entre elas o
material isolante. Também há a possibilidade de uso do telhado verde, que é uma
saída bastante interessante e sustentável, tem baixa carga estrutural além de baixo
custo de manutenção, e também protege a superfície termicamente, mesmo ao
receber maior radiação solar durante o verão. (NAKAMURA, AEC Web).
Para que uma obra se caracterize como sustentável, ela tem que fazer um
aproveitamento de recursos naturais, como da incidência solar e dos ventos,
trazendo melhorias ao conforto térmico do local, logo, o principio desse pensamento,
é diminuir o quanto puder o uso energia elétrica para tais fins. Para se ter um projeto
sustentável ambientalmente, é de suma importância que haja eficiência energética,
como por exemplo, fazer uso de lâmpadas energeticamente eficientes, que
consomem de 20% a 25% do que as lâmpadas convencionais consumiriam de
energia, além do que, essas energeticamente eficiente tem vida útil em média 10
vezes maior que as outras.
Os usos de isolamento acústico e térmico também colaboram na redução de
uma taxa de 60% do uso de energia voltado para refrigeração. O telhado verde além
de melhorar o conforto térmico, serve como isolante acústico também. A cobertura
vegetal, gramas ou plantas, é instalada em lajes ou telhados, e normalmente, a
aplicação é feita em telhados planos, porém, se forem tomadas as medidas certas,
há a possibilidade de implantar o telhado verde em telhados inclinados também.
Em relação ao sistema hidráulico, é de extrema importância fazer coletas de
águas de chuva, pois a mesma pode ser utilizada para lavagem de calçadas, de
roupas, carro, entre outros, evitando o desperdício de água tratada, que é um
elemento indispensável em inúmeros sentidos, na qual atualmente se encontra em
quantidades bem inferiores a antigamente.
O consumo de energia se dá 80% através de combustíveis fósseis, que é
causador do efeito estufa, e que está sendo utilizado de uma forma que levara ao
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seu esgotamento, logo, há a necessidade de procurar outras alternativas de
obtenção de energia, visando causar menos impactos e ser viável economicamente.
A energia solar fotovoltaica é uma dessas alternativas. Ela age transformando a
energia solar em energia elétrica através de painéis fotovoltaicos. Essa energia é
utilizada geralmente em regiões isoladas e tem como princípio a não utilização de
energia provinda de combustíveis fosseis.
Utilizar de todos esses métodos, ou grande parte, se necessário, trará
características sustentaveis a essas edificações feitas em container. Em síntese,
utilizar telhados verdes, placas fotovoltaicas, um mecanismo de coleta de agua da
chuva unidos aos trabalhos de revestimentos acústicos e térmicos, com aberturas
que permita uma boa ventilação natural, e superfícies reflexivas, atribuirá um bom
conforto bioclimático aos habitantes, além da obra, que não apresentará um custo
elevado devido às suas características sustentaveis.
Aqui podemos analisar na prática, projetos construídos com o container como material
estrutural, vendo um pouco de como foram feitos e o resultado que conferem ao final.
Segue abaixo exemplificações construídas:
Casa container:
• Arquitetos
Container Box
• Localização
Cotia, Brasil
• Autor
Danilo Corbas
• Área
196.0 m2
• Ano do projeto
2011
Brasília-2018
Fonte: Archdaily, 2016.
• Para esta construção foi feito uso do container Dry High Cube de 40 pés;
• Fica inserida num terreno de 860m² em um condomínio residencial na Granja
Viana em Cotia-SP;
• A casa tem dois pavimentos, sendo 3 quartos, sala de estar, sala de jantar com
cozinha gourmet integrada, escritório, 3 banheiros, área de serviço, garagem
coberta e varandas;
• Foi feito uso de sapatas isoladas, pequenas e rasas, sem o uso de armação ou
ferragens;
• A ventilação é cruzada dentro dos ambientes, pois há grandes aberturas e
janelas, evitando uso de ar condicionado, que gera alto consumo energético;
• Uso de telhado verde agindo na melhoria do desempenho térmico local;
• Uso de pintura ecológica, tintas a base d’água, sem cheiro, com baixa taxa de
compostos orgânicos voláteis;
Plantas baixas, cortes esquemáticos e maquete 3D do projeto:
Brasília-2018
Fonte de todas as imagens acima: Archdaily- 2016.
Casa Caterpillar:
Se trata de um projeto de Sebastian Irarrazaval, locado no chile, o projeto conta
com 5 containers de 40 pés, 6 de 20 pés e um aberto de 40 pés usado para a piscina.
Essa casa pré-fabricada foi construída nos arredores de Santiago, em uma área nova
de subúrbio residencial.
O projeto buscava a integração da volumetria e da paisagem. No local havia a
Cordilheira dos Andes ao fundo, o que serviria de destaque. Seu terreno tinha um
declive, onde os volumes da construção repousavam, meio que se misturando a ele.
O resultado obtido trouxe espaços inclinados, que servem tanto como claraboia assim
como local de cama dos dormitórios infantis.
A disposição que os containers tiveram facilitava a entrada de iluminação direta
e de circulação natural de ventos e os materiais usados foram pensados como uma
forma de redução de custos assim como a manutenção de sua vida útil.
Brasília-2018
Fonte: Arquiteto Sustentável, 2017.
Mods:
Locado nos Estados Unidos, este projeto exemplifica a opção de disposição de vários
módulos, empilhados visando formar um complexo residencial ou escritórios. O
formato do mesmo favorece o aproveitamento das coberturas dos containers
inferiores visando a criação de varandas ou telhados verdes. A escada de acesso é
externa e sem cobertura, o que acaba por não favorecer os moradores ou
trabalhadores em dias chuvosos.
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS.
6- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Brasília-2018
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais -
ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2015. ABRELPE. São Paulo.
Disponível em: < http://www.abrelpe.org.br/panorama_edicoes.cfm > Acesso em: 27
de mar. 2018.
HELENE, Paulo Roberto do Lago; LEVY, Salomon Mony. Estado da Arte’ Do concreto
como material de construção. Disponível em <
https://www4.uninove.br/ojs/index.php/exacta/article/viewFile/523/501 >. Acesso em
23 abr. 2018.
PLETZ, Everaldo. A história da construção com madeira. Jul. 2016. Disponível em: <
http://madeiraeconstrucao.com.br/a-historia-da-construcao-com-madeira/ > Acesso
em: 23 abr. 2018.
VENDRAMI, Júlia May. Construção Sustentável com Adobe. 31 Mar. 2015. Disponível
em: <http://pet.ecv.ufsc.br/2015/03/construcao-sustentavel-com-adobe/>. Acesso em:
29 mai. 2018.
Brasília-2018
Uso de Containers na Construção Civil. CAS Engenharia, 06 Jul. 2015. Disponível em:
<https://casengenharia.wordpress.com/2015/07/06/uso-de-containers-na-construcao-
civil/> . acesso em: 05 jun. 2018.
Casa Container: Preços, Projetos, Fotos e Dicas. Casa e Construção. Disponível em:
<https://casaeconstrucao.org/projetos/casa-container/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
Casa Container Granja Viana / Container Box. ARCHDAILY, 29 Nov. 2016. Disponível
em: <https://www.archdaily.com.br/br/800283/casa-container-granja-viana-container-
box>. Acesso em: 03 jun. 2018.
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COSTA, Vanessa Aparecida Caieiro da; SOUZA, Henor Artur de. Avaliação do
Desempenho Térmico de Habitação Utilizando Containers. XIII Encontro Nacional e
IX Encontro Latino-americano de Conforto no Ambiente Construído- ENLAC
ELACAC 2015.
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LACERDA, Bruno Vieira de. Projeto de casa contêiner utilizando conceitos
ambientalmente sustentáveis. Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Departamento Academico de Ambiental, curso de Engenharia Ambiental. 2016.
Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/7248> Acesso em:
20 Jun. 2018.
Brasília-2018