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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVÍNCIAL DE LUANDA


ADMINISTRAÇÃO DA CIDADE DO KILAMBA
ESCOLA PRIMÁRIA 16 DE JUNHO DE 2002

EDUCAÇÃO DE ADULTOS EM ANGOLA

O Docente
___________________________
Mauro Van-Dúnem

Luanda, 2021
LISTA DE INTEGRANTES

• Helena;
• Isabel;
• Luzia;
• Kilfanio.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecemos a Deus o grande e eterno poderoso por nos conceder
força e sabedoria para fazermos o presente trabalho, em seguida agradecemos aos nossos
pais por acreditarem nas nossas capacidades académicas e por terem financiado o presente
trabalho, agradecemos também aos professor por ter sempre paciência, boas atitudes e
temas pertinentes e também aos nossos colegas que temos certo conhecimento graças a
eles.
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 6
1.1. Educação de Adultos....................................................................................... 6
1.2. Subsistema de Educação de Adultos ............................................................... 6
1.2.1. Objectivos Específicos do Subsistema de Educação de Adultos ............... 7
1.2.2. Estrutura do Subsistema de Educação de Adultos..................................... 7
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 9
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 10
INTRODUÇÃO
A educação em Angola diz respeito ao conjunto de elementos formais que se
somam para formar do sistema de ensino do país, que mescla estabelecimentos de ensino
público, privado e comunitário/confessional.

Dada a característica do país, de colonização e independência tardia, o sistema


educacional angolano demorou sobremaneira para desenvolver-se, pautando-se em ciclos
de franca expansão, com períodos de praticamente dormência. A independência da nação
e sua subsequente vinculação ao bloco socialista, bem como as guerras colonial e civil,
influiu bastante no sistema de ensino da jovem nação.

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DESENVOLVIMENTO

Desde a edição pela Assembleia Nacional da República de Angola da Lei de Bases


do Sistema de Educação, Lei nº 13/2001, de 31 de Dezembro de 2001, o sistema de ensino
angolano passou a configurar-se em seis subsistemas, a saber: Subsistema da Educação
Pré-escolar, Subsistema do Ensino Geral, Subsistema do Ensino Técnico-Profissional,
Subsistema de Formação de Professores, Subsistema da Educação de Adultos e
Subsistema do Ensino Superior.

1.1. Educação de Adultos


O subsistema de Educação de Adultos foi criado para extirpar o fantasma do
analfabetismo que pairou sobre o país, principalmente após este abandonar a planificação
socialista e adotar um sistema de mercado. Embora tenha sofrido revés na década de
1990, vale a pena destacar que a erradicação do analfabetismo de adultos foi muito
vigorosa, pois em 1975 estimava-se que 85% da população era analfabeta, contra apenas
33% em 2009. Os piores indicadores quanto à alfabetização são registrados nas províncias
do Bengo, Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Cuando-Cubango e Cunene, acompanhado
principalmente as famílias e indivíduos em situação de extrema pobreza.
A "taxa de alfabetização" permanece baixa entre os que se formam no sistema de
ensino angolano, refletindo os problemas de qualidade e terminando naquilo que é
conhecido como o analfabetismo funcional. Considerava-se, ainda, que dos cerca de
2.500.000 alfabetizados nas sucessivas etapas, cerca de 45% (maioritariamente mulheres)
estivesse nessa condição.
Estima-se que 58.5% dos estudantes estejam em situação de atraso escolar de pelo
menos um ano, ou seja, pode-se considerar que quase metade das crianças e jovens na
faixa etária dos 12 aos 17 anos não se encontram integrados adequadamente em
programas de ensino correspondentes a sua idade. Ou seja, cerca de 2 milhões de pessoas
estão atrasadas escolarmente. Este grupo cria um "gargalo" no sub-sistema de ensino
geral.
Analfabetismo funcional: é a incapacidade que uma pessoa demonstra ao não
compreender textos simples. Tais pessoas, mesmo capacitadas a decodificar
minimamente as letras, geralmente frases, textos curtos e os números, não desenvolvem
habilidade de interpretação de textos e de fazer operações matemáticas. Também é
definido como analfabeto funcional o indivíduo maior de quinze anos possuidor de
escolaridade inferior a quatro anos letivos.

1.2. Subsistema de Educação de Adultos


a) O subsistema de educação de adultos constitui um conjunto integrado e
diversificado de processos educativos baseados nos princípios, métodos e tarefas
da andragogia e realiza-se na modalidade de ensino directo e /ou indirecto.
b) O subsistema de educação de adultos visa a recuperação do atraso escolar
mediante processos e métodos educativos intensivos e não intensivos, estrutura-

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se em classes e realiza-se em escolas oficiais, particulares, de parceria, nas escolas
polivalentes, em unidades militares, em centros de trabalho e em cooperativas ou
associações agro-silvo-pastoris, destinando-se à integração sócio- educativa e
económica do indivíduo a partir dos 15 anos de idade.

1.2.1. Objectivos Específicos do Subsistema de Educação de Adultos


São objectivos específicos do subsistema de educação de adultos:

• Aumentar o nível de conhecimentos gerais mediante a eliminação do


analfabetismo juvenil e adulto, literal e funcional;
• permitir a cada indivíduo aumentar os seus conhecimentos e desenvolver as suas
potencialidades, na dupla perspectiva de desenvolvimento integral do homem e
da sua participação activa no desenvolvimento social, económico e cultural,
desenvolvendo a capacidade para o trabalho através de uma preparação adequada
às exigências da vida activa;
• Assegurar o acesso da população adulta à educação, possibilitando-lhes a
aquisição de competências técnico-profissionais para o crescimento económico e
o progresso social do meio que a rodeia, reduzindo as disparidades existentes em
matéria de educação entre a população rural e a urbana numa perspectiva do
género;
• Contribuir para a preservação e desenvolvimento da cultura nacional, a protecção
ambiental, a consolidação da paz, a reconciliação nacional, a educação cívica,
cultivar o espírito de tolerância e respeito pelas liberdades fundamentais;
• transformar a educação de adultos num pólo de atracção e de desenvolvimento
comunitário e rural integrados, como factor de ADSA/ Sim à Educação.

1.2.2. Estrutura do Subsistema de Educação de Adultos


O subsistema da educação de adultos estrutura-se em:
• Ensino primário que compreende a alfabetização e a pós alfabetização;
• Ensino secundário que compreende os 1º e 2º ciclos. Os 1º e 2º ciclos do ensino
secundário organizam-se nos moldes previstos nos números 1 e 2,
respectivamente, do artigo 20º lei 13/01.

1.3. Importância da Educação


Educação de qualidade nos conecta com o desenvolvimento. A educação é um dos pilares
mais importantes na construção de uma cidadania participativa.
O tema é tão necessário que assegurar uma educação inclusiva, equitativa de
qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos é o
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável.
Além de ser um direito fundamental, a educação também impacta todas as demais
áreas de atuação, afinal, é a partir dela que os indivíduos se desenvolvem como cidadãos

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e profissionais. Além de aumentar as chances de uma pessoa conseguir um bom emprego,
esse recurso também é essencial para o desenvolvimento econômico de um país.
Combate à pobreza: De maneira ampla, quanto mais as pessoas adquirirem
conhecimento e se qualificam, maiores serão as oportunidades que terão no mercado de
trabalho, afinal, a educação é essencial para aprender, entre outras coisas, os
conhecimentos básicos utilizados no dia a dia, como a língua portuguesa como a
alfabetização.
Além disso, existem diversos dados que comprovam que quanto mais anos de estudos
maior é o rendimento de uma pessoa, o que é um fator determinante para superar a
pobreza. Logo, se todas as pessoas tivessem acesso a uma educação de qualidade, também
teriam mais chances de se desenvolverem, aprimorarem suas habilidades e aumentarem
sua empregabilidade.
Redução da violência: A violência, em muitos casos, é causada pela pobreza e
desigualdade social. Portanto, se a educação tem potencial para reduzir essa disparidade,
colocando todas as crianças dentro de uma escola para aprenderem com qualidade, logo,
ela também contribui para a conquista de uma sociedade menos violenta.
Outro aspecto positivo nesse sentido é que o conhecimento ajuda a ampliar barreiras, ter
contato com a diversidade e a tolerar as diferenças. Isso é um fator positivo para superar
a intolerância, que geralmente é uma das causas dos conflitos humanos.
Fortalecimento da democracia: O conhecimento é uma chave para criar cidadãos mais
críticos, conscientes e participativos em relação aos seus direitos e deveres. Nesse sentido,
a educação também é importante para orientar sobre o cumprimento dos chamados
deveres cívicos.
Portanto, a escolaridade também é um fator que contribui para ter eleitores ativos e mais
interessados em questões políticas, preocupados com o desenvolvimento e engajados
socialmente. Isso os torna mais exigentes, mas, também, mais comprometidos.
Crescimento econômico: Já mencionamos que a educação é capaz de fazer a economia
de um país crescer, mas como isso acontece? Bem, os países que têm na educação de
qualidade a base para o desenvolvimento de seus cidadãos, também têm uma força de
trabalho acima da média, mais capacitada e com empregos melhores.
Na prática, isso significa que as pessoas ganham mais dinheiro, consomem mais e
recolhem mais impostos. Isso dá ao governo ainda mais recursos para que possa investir
em melhorias sociais de diversos âmbitos, tanto na própria educação, como em saúde,
infraestrutura e assim por diante.

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CONCLUSÃO
Contudo, concluímos que o Governo e a sociedade em geral tem a
responsabilidade de contribuir para o melhoramento da educação dos adultos em Angola,
baixando assim, o nível de alfabetização em Angola e contribuindo para o
desenvolvimento do país.

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BIBLIOGRAFIA
Conselho de Ministros. Estratégia Integrada Para a Melhoria do Sistema de Educação-
2001-2002.
Ministério da Educação de Angola (2011). Plano Estratégico para a Revitalização da
Alfabetização 2012- 2017. Luanda: Edições MED

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