Você está na página 1de 59

Copyright 2012 por Editora Central Gospel

Dados Internacionais de Catalogação na


Publicação (CIP)
GERÊNCIA EDITORIAL E DE
PRODUÇÃO
Gilmar Vieira Chaves MALAFAIA, Silas
Vencendo situações difíceis
COORDENAÇÃO
Rio de Janeiro: 2012
EDITORIAL
64 páginas
Patrícia Nunan
ISBN: 978.85.7689.282-3
1. Bíblia - Vida cristã I. Título II.
COORDENAÇÃO
DE DESIGN
Marcos Henrique Barboza

PESQUISA, ESTRUTURAÇÃO
E COPIDESQUE Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total

Friedrich Gustav Schmid Jr. ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios

Patrícia Nunan (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos etc), a não


ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica.
REVISÃO FINAL As citações bíblicas utilizadas neste livro foram extraídas da
Débora Silvestre Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo indicação
Queila Martins específica, e visam incentivar a leitura das Sagradas
Escrituras.
CAPA
Este livro está de acordo com as mudanças propostas pelo
Marcos Henrique Barboza
novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor a partir de

DIAGRAMAÇÃO janeiro de 2009.


Luiz Felipe Rolim

IMPRESSÃO E
ACABAMENTO
Esdeva
a
1 edição: setembro/2012

Editora Central Gospel Ltda

Estrada do Guerenguê, 1851 - Taquara


Cep: 22.713-001
Rio de Janeiro - RJ
TEL: (21)2187-7000
www.editoracentralgospel.com
SILAS MALAFAIA

VENCENDO SITUAÇÕES DIFÍCEIS

CENTRAL
GOSPEL
Sumário

Apresentação ............................................. 7

Capítulo 1 - Como identificar uma


tempestade e lidar com ela ....................... 9
A força do vento contrário e do
mar revolto ........... ....................................13
Mantendo a calma e redobrando
os esforços ...............................................15
Crendo no socorro de Jesus ......................23

Capítulo 2 - Por que Deus permite que


situações difíceis aconteçam? ............... 27
Para conhecermos a nós mesmos
e sermos purificados .................................28
Para conhecermos mais e
melhor quem é Jesus ................................31
Para aprimorar a nossa fé .........................34
Para aprendermos
a ajudar aos outros ....................................37

Capítulo 3 - Como manter o equilíbrio e


vencer as situações difíceis ................... 41
Creia que Deus está com você ..................42
Mantenha o medo sob controle ..................43
Não desista de lutar ..................................45
Clame por Jesus .......................................46
Siga à risca as instruções
dadas por Jesus ........................................48
Glorifique a Deus pela vitória
concedida a você ......................................51
Compartilhe sua
experiência com outros..............................55
A PRESENTAÇÃO

Situações difíceis que neste livro


também serão chamadas de tempestades, são
problemas graves do dia a dia pelos quais
passamos e que podem vir a ameaçar -nos por
causarem grande impacto sobro o curso dos
acontecimentos em nossa vida. tssas
situações sempre criam trans tornos e
colocam-nos diante de desafios que, às vezes,
são grandes demais para a nossa limitada
capacidade de resolução.
Discutiremos nos capítulos a seguir a
natureza de algumas situações difíceis que
costumamos enfrentar, veremos por que
Deus pode permitir que elas nos
sobrevenham e daremos algumas dicas para
superá-las. Os textos bí blicos que usaremos
para ilustrar as situações difíceis da vida e os
conceitos destacados neste livro são Marcos
4.35-41 e Mateus 14.22 -32, onde são
relatadas duas tempestades pelas quais os
discípulos de Jesus passaram.
No Capítul o 1, falaremos sobre o que nor -
malmente é considerada uma situação difícil
e
enfatizaremos a necessidade de termos fé
para vencer todas as tempestades da vida. No
Capítulo 2, discutiremos por que Deus às
vezes permite que crises e ad versidades se
abatam sobre nós. No Capítulo 3,
destacaremos algumas atitudes que nos
ajudam a vencer as situações difíceis.
As dificuldades na vida são um tema
bastante extenso e complexo, trazendo
muitos desdobramentos. Por isso, nosso
objetivo com este livro foi trazer uma
análise sucinta, mas prática, baseada na
Bíblia, para ajudar o povo de Deus a encara r
a adversidade como algo comum a todo se r
humano e como uma oportunidade para
conhecer melhor a si mesmo e ao Senhor, de
modo a superar os desafios e cresce r
espiritual e emocionalmente.
Sendo assim, ao ler essa mensagem, você
constatará que existe, sim, uma maneira de
superar o impossível: crendo no poder de
Deus acima de todas as coisas e agindo em
conformidade com Sua Palavra.
Boa leitura!
Capítulo 1

COMO IDENTIFICAR UMA TEMPESTADE E


LIDAR COM ELA

O que é uma tempestade para você? Você


já enfrentou alguma situação tão difícil que
se viu como um marujo num mar
encapelado?
Viver uma adversidade é de certa
maneira algo muito parecido com enfrentar
uma tempestade em alto-mar. Sentimos que
estamos à deriva, à mercê de forças muito
superiores às nossas, desestabilizados e
vulneráveis, e que, mesmo assim, ainda
teremos de ter atitudes efi cazes para
garantir nossa sobrevivênc ia àquela situaçã o
imprevisível e fora do nosso controle.
Então, a primeira coisa a fazer antes de
estabelecermos um plano de ação diante de
uma tempestade é sabermos se realmente se
VENC ENDO SITUAÇÕES DIFÍCEIS

trata de uma tempestade ou se é um


problema corriqueiro da vida, em relação ao
qual estamos fazendo "tempestade em copo
d'água".
Como saber a diferença? Não é fácil
saber se a situação em que nos encontramos
é mesmo uma tempestade ou se estamos
simplesmente exagerando. Muitas ve zes,
supervalorizamos determinadas situações,
porque temos uma visão distorcida dela, e
acabamos achando que uma ventania seguida
de uma chuva forte, mas passageira, é uma
tempestade, quando, na verdade, não é. Por
isso, precisamos avaliar o tipo de proble ma
que estamos enfrentando e identificar se é
uma tempestade ou apenas mais uma
dificuldade do dia a dia.
As tempestades são situações dificílimas,
graves, eventos realmente incomuns.
Acredito que o principal indicativo de que a
adversidade vivenciada por nós seja, de fato,
uma tempesta de é a nossa pequenez diante
dela, algo que não foi causado por nós e cuja
intensidade e duração dos efeitos não
tenhamos controle algum.
Enfatizo isso porque há casos em que,
por estarmos fragilizados, não percebemos
que te mos como resolver o problema com
uma atitude
SIL AS M AL AFAIA

simples. Assim, nada fazemos e ficamos


reféns da situação, permitindo que ela se
agrave e transforme-se em uma tempestade
devastadora.
Existem pessoas que vivenciam crises fi-
nanceiras porque gastam mais do que
recebem e não querem cortar gastos. Se
fizessem isto, o problema cessaria. Outras
sofrem por não serem promovidas, mas
recusam-se a estudar, trabalhar com
diligência ou a buscar novas oportunidades
em empresas em que poderiam ser mais
valorizadas.
Há pais que têm muitos dissabores por
não dar bons exemplos e por recusar -se a
exercer sua autoridade com os filhos.
Deixam os "pirralhos" fazerem o que
querem; depois, queixam -se e con tinuam nã o
fazendo nada para reverter a situação.
Esses pais se veem como impotentes,
quando, na verdade, não o são. Bastaria
posiciona - rem-se da forma correta para
resolver o proble ma. Mas não querem ter
trabalho. E educar dá trabalho; muito
trabalho.
Sem falar de quem insiste em namorar
uma pessoa atribulada, e vive reclamando
porque o sofrimento não tem fim. Não terá
mesmo, se ele não cair fora enquanto há
tempo!
Esses são exemplos de situações diante
das quais temos escolhas e algum controle
enquanto o problema não t oma grandes
proporções. Mas existem certas situações
difíceis que não criamos e sobre as quais não
exercemos controle em re lação à intensidade
e à duração delas — uma enfermidade grave;
um divórcio súbito pela deci são unilateral
do outro cônjuge; um luto ou crise
financeira causada pela morte inesperada de
um ente querido; ou qualquer outra coisa
provocada por fatores externos e aleatórios
que tragam insta bilidade, aflição, sofrimento
intenso e prolongado.
Situações inesperadas como essas podem
arrastar-nos para um turbilhão de problemas
se não lutarmos com todas as forças para não
sermos tragados por elas.
Nesses momentos cruciais, o que fazer?
Como passar pela tempestade sem sucumbir
ao medo, ao desespero, e perder tudo o que
conquistamos? Como a Palav ra de Deus nos
instrui a agir em meio à tempestade? O que
esperar do Senhor na hora da tormenta?
Como perseverar até alcançar a calmaria?
Com base nos episódios narrados em
Marcos 4.35-41 e em Mateus 14.22 -32,
vamos ressaltar
SIL AS M AL A f;A (A

o que caracteriza uma tempestade para,


depois, analisar que atitudes dos discípulos
de Jesus os ajudaram a vencer a adversidade
e a sair ilesos dessa situação difícil.

A força do vento contrário e


do mar revolto

E, naquele dia. sendo já tarde. [Jesus] disse-lhes:

Passemos para a outra margem. E eles, deixando a mul-


tidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e
havia também com ele outros barquinhos. E levantou-se
grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do
barco, de maneira que já se enchia de água.
Marcos 4.35-37

E logo ordenou Jesus que os seus discípulos en-


trassem no barco e fossem adiante, para a outra banda,
enquanto despedia a multidão. E, despedida a multidão,
subiu ao monte para orar à parte. E, chegada já a tarde ,
estava ali só. E o barco estava já no meio do mar, açoitado
pelas ondas, porque o vento era contrário. Mas, à quarta
vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles...
Mateus 14.22-25
V E N C E N D O S ITU A Ç Õ ES D I F Í C E I S

Essas duas passagens bíblicas não são


relatos diferentes sobre um mesmo episódio.
Essas tempestades ocorreram em momentos
distintos. Contudo, em ambas vemos
elementos comuns: a força do vento
encapelou o mar, amedrontou os discípulos,
impediu momentaneamente que eles
chegasse m ao seu destino e quase os levou a
naufragar.
Segundo o texto em Marcos 4, os
discípulos de Jesus estavam enfrentando um
grande temporal de vento , um vento muito
forte no mar da Galileia (na verdade um
lago), de modo que subiam as ondas por cima
do barco , de maneira que já se enchia de água. E,
de acordo com Ma teus 14, o barco deles foi
fortemente açoitado pelas ondas , porque o vento
era contrário.
De modo semelhante, quando o nosso
problema é uma tempestade, nosso barco,
que simboliza nossa estrutura, é sacudido
pelo vento e pelas ondas bravias. Isso nos faz
sentir angús tia e medo ante a possibilidade
de perecermos, uma vez que estamos diante
de algo cuja força é muito superior à nossa.
Em uma verdadeira tempestade, algo po -
deroso — representado pelo ve nto contrário
SIL AS M AL AFAIA

— surge de repente, com fúria, e transtorna


o ambiente em que estamos— representado
pelo mar —, de modo que nossas emoções,
nossa mente e até nosso corpo ficam
fragilizados pela situação.
A imagem do vento sacudindo as águas e
estas açoitando o barco, invadindo -o e
podendo levá-lo a pique alude à ideia de que
a pessoa no barco está à mercê de coisas
incontroláveis e furiosas que se abatem
sobre ela, podendo a qualquer momento
perecer. Isto porque os element os da
tempestade — o vento forte e o mar
encapelado — têm um caráter devastador.
Assim, é comum a pessoa que se encontra
numa tempestade se apavorar. Mas ela não
deve, em hipótese alguma, entregar os
pontos antes de receber o socorro divino.

Mantendo a calma e redobrando os esforços

Os discípulos de Jesus sentiram medo,


mas não se deixaram vencer pela
tempestade. Eles fizeram a parte que lhes
cabia.
Na primeira tempestade, clamaram pela
ajuda de Jesus; e remaram muito, para que o
barco em que estavam não fosse a pique.
Na segunda tempestade, relatada em
Mateus 14, os discípulos haviam zarpado há
mais de nove horas. Estavam no meio do
lago quando a tempes tade os apanhou. Iss o
significa que, se voltassem atrás,
percorreriam a mesma distância para chegar
ao seu destino. Então, resolveram seguirem
frente. Eles remaram muito, mas, ainda
assim, não conse guiam chegar à praia.
O vento contrário era tão intenso, que,
depois de tanto tempo remando, eles mal
haviam saído do lugar on de se encontravam
quando a tempes tade os pegou. Então, Jesus
chegou, repreendeu o vento, acalmou o mar,
e eles puderam chegar à margem do lago.
Sabe o que aprendemos com isso? Que
durante uma tempestade que se abata sobre a
nossa vida, devemos controlar o medo, para
que nosso potencial não seja inibido e não
venhamos a perecer.
Em meio à fúria daquilo que ameaça
tragar-nos, devemos aumentar a chama da fé
e esforçar-nos ainda mais para alcançar
nosso objetivo, certos de que o Senhor está
vendo a nossa luta e de que Ele chegará no
momento certo para nos dar a vitória de que
precisamos.
Muitos cristãos se enganam ao pensar
que a presença de Jesus no barco da vida
deles significa que não enfrentarão
tempestade alguma. Então, quando começam
a passar por dificuldades mais sérias, pensam
logo em desistir de remar ou em pular do
barco. Mas não devem fazer isto em hipótese
alguma, pois só pioraria a situação e os
levaria a perecer. Eles precisam remar mais
forte, crer que Jesus está prese nte, que Ele
não é indiferente ao problema deles e que
Ele vai manifestar-se em seu favor.
A presença de Jesus conosco não
significa que a tempestade eventualmente
não açoitará nossa embarcação, e sim que
jamais naufraga remos! Jesus é Deus. Ele está
no controle de tudo. Basta uma palavra dele
para esse vento contrário cessar, o mar se
acalmar, e chegarmos ao porto desejado.
Ao contrário do que os pregadores de
um evangelho triunfalista anunciam, todos
nós passamos por situações difíceis a
aflitivas. Sendo assim, promessas do tipo
"venha para Jesus, porque, se você é pobre,
ficará rico; se é empre gado, vai virar patrão;
se não tem casa própria e carro, terá ambos;
se até hoje não casou, vai se
VENC ENDO SITUAÇÕES DIFÍCEIS

casar" não condizem com a realidade aludida


nas Escrituras, tampouco com o que Jesus
disse a Seus seguidores antes de morrer,
ressuscitar e ascender ao céu sobre o preç o
de segui-lo até o fim.
É verdade que Jesus pode realmente
operar milagres em todas as áreas. Ele t em
poder para libertar, curar, salvar e
transformar a vida daquele que o reconhece
como Salvador e Se nhor. Mas quem prega
um evangelho triunfa lista, da glorificação
sem passar pela cruz, cria uma falácia a
partir da premissa absolutamente verdadeira
da onipotência divina.
Além disso, o fato de uma pessoa não
conquistar exatamente o que deseja e que
pediu a Deus não pode ser visto como
fracasso na fé. Isso gera nas pessoas um
complexo de inferio ridade, porque imaginam
que outros tiveram fé e alcançaram o
milagre, enquanto elas não creram o
suficiente para obter o que esperavam.
Algumas chegam até a pensar que
decepciona ram Deus ou que Ele promete
coisas que não cumpre.
Jesus pode fazer qualquer coisa, mas a
essência do evangelho não é o materialismo
SIL AS M AL AFAIA

nem o aqui e o agora. Jesus morreu na cruz


para salvar a nossa alma e dar-nos vida
eterna. Assim, um cristão, mesmo vivendo
em santidade, tendo muita fé e orando
intensamente por algo que de seja, pode não
receber isso, se Deus achar que não é o
melhor para ele. Afinal, quando Jesus
ensinou sobre persistirmos na oração, disse:

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e


abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que
busca encontra; e, ao que bate, se abre.
Mateus 7.7,8

Mas logo em seguida observou:

Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o


seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe
dará uma serpente? Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar
boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que
está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?
Mateus 7.9-11

De uma coisa você pode ter certeza:


Deus o ama e tem o melhor para sua vida,
ainda que você não perceba que melhor é
este. E o
excelente de Deus para nós faz com que Ele
nos conduza por caminhos que às vezes não
entendemos e que permita tempestades em
nossa trajetória rumo ao crescimento
espiritual e ao milagre.
Haverá lutas, tribulações e tempestades
durante nossa vida nesta terra. Jesus jamais
disse o contrário. Todos nós conhecemos o
famoso alerta do Mestre em João 16.33:
Tenho-vos dito isso , para que em mim tenhais paz;
no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo;
eu venci o mundo.
Se você já leu o Novo Testamento, espe -
cialmente as cartas de Paulo sabe que ele foi
um homem com uma bagagem teológica
tremenda e uma grande e consistente fé.
Paulo orava, e pessoas eram libertas,
curadas, batizadas com Espírito Santo. Como
lemos em Atos 19.11,12, Paulo era capaz de
atos maravilhosos:

£ Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas

extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se


levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades
fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.

O próprio Paulo observou: Os sinais do


meu apostolado foram manifestados entre vós,
SIL AS M AL AFAIA

com toda a paciência , por sinais, prodígios e


maravilhas (2 Coríntios 12.12). No entanto,
ele não escapou da escola do sofrimento.
Não deixou de experimentar abatimento
devido a lutas, perseguições e tribulaç ões.
Leia o relato dele em 2 Coríntios 11.23 -28; é
uma síntese de tudo quanto ele havia
passado até então:

[Estive] Em trabalhos, muito mais; em açoites, mais

do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte,


muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de
açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma
vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e
um dia passei no abismo; em viagens, muitas vezes; em
perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos
da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na
cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em
perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em
vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas
vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me
oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.

Em suas cartas, Paulo disse coisa do tipo:

Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a


nossa carne não teve repouso algum; antes, em
tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por
dentro.
2 Coríntios 7.5

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados;


perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não
desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo
sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no
nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também
em nossos corpos.
2 Coríntios 4.8-1 0

Se Paulo, Pedro, João e outros


seguidores de Cristo passaram por lutas,
dificuldades, açoites e tempestades
tremendas, por que alguns acham que não
irão passar por nada? Como alguém pode
dizer em sã consciência que não
enfrentaremos lutas, adversidades ou
tempestades?
A questão não é o que nós passamos,
mas como reagimos a isso e com a ajuda de
quem contamos. E nós, assim como aqueles
santos homens de Deus, podemos conta r com
a orien tação do Espírito Santo e com a
intervenção amorosa e eficaz de Jesus. Ele é
o mesmo ontem , e hoje , e eternamente (Hebreus
13.8).
SIL AS M AL AFAIA

Crendo no socorro de Jesus

As tempestades descritas em Marcos e


em Mateus representavam forças além da
capacidade humana. Mas o Deus que criou o
vento e o mar, a Terra e tudo que nela há,
tem poder para guardar -nos em meio à
tempestade até fazer com que ela cesse, após
ela ter cumprido seus propósitos.
O poder de Deus não pode ser
comparado à fúria de uma tempestade; ele é
infinitamente maior. Essa foi uma das lições
que os discípulos de Jesus aprenderam ao
enfrentar duas tempes tades e serem
socorridos pelo Filho de Deus.
Quando a água invadiu o barco dos dis -
cípulos, e o vento o lançou para lá e para cá,
eles viram que o fato de conhecerem bem
aquele lago e de terem habilidade de
marinheiros experientes não estava evitando
que fossem engolidos por aquela tempestade
devastadora. Só Jesus poderia salvá -los.
Então, foi exatamen - te para o Filho de Deus
que apelaram. E não ficaram decepcionados,
pois foram socorridos em tempo oportuno e
perguntaram: Mas quem é este que até o vento e
o mar lhe obedecem? (Marcos 4.41b). E após a
segunda tempestade,
adoraram Jesus e reconheceram: És
verdadeiramente o Filho de Deus (Mateus
14.33b).
Não sei que situação difícil você está
enfrentando e há quanto tempo o vento está
açoitando seu barco, encapelando as ondas
do mar da vida e arremedando sua
embarcação para lá e para cá , consumindo
suas energias. Mas sei que, se Jesus estiver
com você, Ele lhe concederá a vitória tão
desejada e o fará chegar ao seu destino com
segurança.
Então, clame a Jesus e continue
remando. Espere com paciência no Senhor
(Salmo 40.1). Não dê lugar ao pavor e ao
descontrole. Não entregue os pontos quando
a adversidade se abater sobre sua vida. Jesus
está vindo. Creia! Ele di rá: "Vento, cesse
agora; mar, cala-te e aquieta-te ", e toda
angústia em seu coração dará lugar à alegria
e à gratidão a Deus.
Não menospreze a fúria da tempestade,
mas também não a superestime a ponto de
pensar que ela vai derrotar você e levá -lo à
destruição. Tenha fé em Deus. Creia que Ele
vai usar a adversidade a seu favor e que, no
final, você constatará que a salvação vem
dele.
É isso que o autor do Salmo 107
indireta- mente nos lembra nos versículos
23 a 30 ( N T L H ) :
Alguns viajaram em navios nos oceanos, ganhando a

vida nos mares; eles viram o que o SENHOR Deus faz, as


coisas maravilhosas que realiza nos mares. Ele dava
ordem, e um vento forte começava a soprar e a levantar as
ondas. Os navios subiam bem alto e depois mergulhavam
nas profundezas. No meio desse perigo, os homens
ficavam apavorados. Tropeçavam e andavam balançando
como bêbados; e toda a sua prática de marinheiros não
adiantava nada. Então, na sua angústia, gritavam por
socorro, e o SENHOR Deus os livrava das suas aflições. Ele
acalmava a tempestade, e as ondas ficavam quietas. Eles se
alegravam porque o mar tinha ficado calmo; e assim Deus
os levava em segurança para o porto desejado.

Ao ler esse texto, você pode estar pen -


sando: "Como assim Deus dava ordem , e um
vento forte começava a soprar e a levantar as
ondas e, depois, Ele acalmava a tempestade , e
as ondas ficavam quietas ? Então quer dizer que
nem sempre a tempestade de problemas que
se abate sobre o justo pode ser não apenas
algo permitido pelo Senhor,mas até
ordenado por Ele com um propósito
específico?"
Sim, isso mesmo. Se você ler os
versículos que antecedem o re lato sobre as
tempestades em Marcos 4 e em Mateus 14,
constatará que foi o próprio Jesus quem
propôs que os discípulos entrassem no barc o
e se lançassem ao mar.
Você acha que Ele não sabia que uma
tempestade estava a caminho? Claro que
sabia. E se você analisar o que Jesus disse
depois que os discípulos passaram por aquela
provação — Por que sois tão tímidos? Ainda não
tendes fé? (Marcos 4.40b) e Homem de pequena
fé , por que duvidaste? (Mateus 14.31 b) —,
verá que o Mestre tinha um propósito
específico em mente ao fazer com que eles
vivenciassem aquela situação difícil: ampliar
o conhecimento deles sobre quem Ele é e
produzir fé no coração dos Seus discípulos.
"Então, pastor, quer dizer que Deus tem
algum objetivo ao permitir essa tribulação
que tem me afligido?" Sim, Ele tem. No
capítulo a seguir, vamos expor algumas
razões para Deus permitir que tempestades
nos apanhem no meio de nossa caminhada
cristã.
C APÍT ULO 2
Por que D E U S PERMITE QUE

SITUAÇÕES DIFÍCEIS ACONTEÇAM?

A pergunta mais comum entre aqueles


que estão vivenciando o dia mau é: "Meus
Deus, por que isso está acontecendo comigo?
Por que essa tempestade justo agora, quando
eu estava quase chegando onde queria?"
É claro que não tenho a pretensão de
desven dar todas as razões par a isso, mas eu
gostaria de destacar pelo menos quatro
motivos por que Deus permite a adversidade
em determinados períodos: conhecermos
melhor a nós mesmos, conhecermos melhor
Jesus, ter a nossa fé ampliada e ajudar outros
que estejam passando por situações seme-
lhantes as que vivenciamos.
Para conhecermos a nós mesmos
e sermos purificados

O primeiro motivo por que Deus


permite que vivenciemos situações difíceis,
tempesta des, é para promover o nosso
autoconhecimen to, a correção de nossa visão
errada sobre nós mesmos, sobre os outros e
sobre a vida de um modo geral, bem como a
purificação de nossas motivações erradas e
egoístas.
Às vezes, pensamos que somos mais do
que realmente somos. A soberba nos atinge
em cheio: "Louvado seja eu!", "glória a
mim!" Muitas bênçãos e vitórias, mesmo as
mais reles, podem deixar-nos
excessivamente confiantes. E não é somente
o rico que se torna vaid oso, que fica
convencido; existem, com perdão da má
palavra, muitos pobres metidos a besta.
Tanta gente se gaba de tantas coisas.
Porém basta uma simples doença ou alguma
outra dificuldade qualquer para nos
desestabilizar por completo, acabar com
todo o nosso orgulho.
Quando Deus nos manda a tempestade,
nenhum desses "super-homens" resiste,
sejam eles machões, ricos ou inteligentes.
S ÍLA S M ALA FA IA

O salmista Davi confessa no Salmo 40.12:

Porque males sem número me têm rodeado; as


minhas iniquidades me prenderam, de modo que não
posso olhar para cima; são mais numerosas do que os
cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu
coração.

A situação dele era a pior possível. Mas Davi


termina o Salmo 40.1 7 dizendo o seguinte:

Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de


mim: tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te
detenhas, ó meu Deus.

O rei Davi era de fato riquíssimo e


muito poderoso. Mas ele, como todo mundo
que está atravessando tribulações e
tempestades, viu quem realmente ele era:
um ser humano frágil e cheio de limitações.
Sendo assim, podemos afirmar que
muitas vezes Deus permite que a tempestade
nos atinja para fazer com que desçamos do
pedestal em que estamos para o nível ao qual
realmente pertence mos. O Senhor faz is so
para que seja destruída a soberba que
poderia levar-nos à queda.
A soberba é uma das coisas que mais
deixa Deus indignado. Justamente por isso,
Ele permite que a tempestade nos assole,
para que vejamos quão frágeis e limitados
somos diante de coisas muito maiores que
nós, e aprendamos a colocar -nos no noss o
devido lugar.
Paulo disse uma coisa interessante em 2
Coríntios 12.7,8:

E, para que me não exaltasse pelas excelências das


revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um
mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não
me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor, para
que se desviasse de mim.

Ao enviar o espinho na carne, é como se


Deus dissesse: "Deixe -me mandar uma tem -
pestadezinha para afligir o rapa z, para que
ele não fique muito metido a besta com tud o
o que revelei a ele".
Enquanto Paulo não entendia o porquê
da tribulação, ele orou pedindo para Deus
livrá-lo. Mas, o Senhor lhe respondeu: A
minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza. Sabe o que o apóstol o
concluiu? De boa vontade , pois, me gloriarei nas
minhas fraquezas,
S IL AS M A L A F A I A

para que em mim habite o poder de Cristo (2


Coríntios 12.9).
Paulo aprendeu que ao permitir a
tempestade em nossa vida, Deus possibilita
que nos conheçamos melhor, que saibamos,
de verdade, quem somos.

Para conhecermos mais e melhor


quem é Jesus

Deus também permite que a tempestade


sobrevenha para conscientizar -nos acerca de
quem é Jesus. As pessoas não fazem ideia de
quem realmente Ele é. Alguns acham que
Ele foi um filósofo, um grande profeta, um
revolucionário. Mas isso não passa de
conversa fiada. Jesus é muito mais que um
mestre evoluído.
No Evangelho de João, há diversas
declarações de Jesus que revelam quem Ele
de fato é:

EJesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que


vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá
sede.
João 6.35

Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a


luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas
terá a luz da vida.
João 8 . 1 2
Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-
se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
João 1 0 . 9

Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida


pelas ovelhas.
João 1 0 . 1 1

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê


em mim, ainda que esteja morto, viverá.
João 1 1 . 2 5

Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém


vem ao Pai senão por mim.
João 1 4 . 6

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.


João 1 5 . 1

Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim,


e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada
podereis fazer.
João 1 5.5

Jesus é a manifestação em carne do Deus


cheio de glória, majestade e poder. Mas, a
fim
SIL AS M AL AFAIA

de revelar quem Ele é para nós, o Pai às


vezes envia uma tempestade, para que
possamos conhecer de perto o Cristo em
quem afirmamos crer.
A tempestade pode ser entendida, então,
como uma oportunidade para Jesus revelar
quem Ele é e dar uma amostra do Seu infindo
poder. Isso é algo muito import ante, porque
muitas pessoas possuem um conhecimento su -
perficial de nosso Senhor Jesus Cristo. Na ver -
dade, de um modo geral, elas costumam ter um
| conhecimento limitadíssimo sobre Ele. Então,
quando vem a tempestade, passam a conhecer
melhor o Filho do D eus vivo e verdadeiro, que
veio salvar a humanidade. Foi isso que
aconteceu com os primeiros
discípulos. Lembra a primeira tempestade?
Eles , ainda não conheciam bem quem era o
Mestre
e, surpresos por este ter ordenado o fim da
tempestade, perguntaram: Quem é este que até
o vento e o mar lhe obedecem? (Marcos 4.41b)
Mas após a segunda tempestade, eles
declararam: És verdadeiramente o Filho de Deus
(Mateus 14.33b).
Os discípulos aprenderam mais sobre quem
era o Filho de Deus a partir da primeira
tempestade.
A proximidade de Jesus e o socorro na hora
da tribulação possibilitou -lhes um
conhecimento mais profundo sobre o Mestre
e o Seu poder. Esse conhe cimento prático foi
fruto da experiência deles ao passarem por
aquela e por outras si tuações difíceis.
Depois de passar três anos com Jesus e
testemunhar inúmeros milagres, Pedro deu
um testemunho público sobre o Cristo a
quem ele anunciava:

E em nenhum outro há salvação, porque também


debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os
homens, pelo qual devamos ser salvos.
Atos 4.12
E João também:

E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu


entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no
que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo.
Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
1 João 5.20

Para aprimorar a nossa fé

Outro motivo para Deus permitir as


tempestades em nossa vida é o
aprimoramento da nossa fé.
S I L AS M AL AFAI A

Se prestarmos atenção às narrativas nos


Evangelhos de Marcos e de Mateus, constata-
remos que, no primeiro relato, os discípulos,
desesperados com a fúria do vento e do mar,
acordaram Jesus dizendo que estavam
perdidos. Jesus deu uma ordem, e a
tempestade cessou.
Os discípulos acordaram Jesus devido a
um princípio observa do pela escola judaica, a
qual diferia da grega em relação ao papel do
mestre e o do discípulo.
A escola judaica era rígida; o discípulo
tinha de imitar o mestre em tudo. Já, na
escola grega, apesar de o discípulo imitar o
mestre, ele podia desenvolver um estilo e
pensamento próprios.
Seguindo o modelo da escola judaica, os
discípulos acordaram Jesus porque, sendo Ele
o Mestre, esperavam que lhes dissesse como
deviam proceder naquela situação. Eles não
acordaram Jesus achando que Ele poderia
acalmar o vento e o mar.
Eles o chamaram com muito respeito:
"Mestre, rabi, o que devemos fazer agora em
meio a esta tempestade?" E qual foi a
resposta de Jesus a eles? Por que sois tão
tímidos? Ainda não tendes fé? (Marcos 4.40b).
Jesus cobrou fé.
Mais tarde, durante a outra tempestade
em que os mesmos discípulos estavam
envolvidos, Jesus não estava no barco. De
repente, Ele apareceu andando sobre as
ondas. Eles, com medo, pensaram que era um
fantasma. Jesus os acalmou, dizendo: "Sou
eu, não temam". Então, Pedro propôs: Senhor ,
se és tu , manda-me ir ter contigo por cima das
águas (Mateus 14.28b).
Pedro também andou sobre as águas,
como o Mestre. Contudo, quando o discípulo
tirou os olhos de Jesus e reparou na força do
vento e das ondas, começou a afu ndar, e
clamou por ajuda. E logo Jesus , estendendo a
mão , segurou- -o e disse-lhe: Homem de pequena
fé , por que duvidaste? (Mateus 14.31).
Note que, em Marcos 4, Jesus disse que
os discípulos não tinham fé; já, em Mateus
14, Ele afirmou que os discípulos t inham
uma pequena fé. Esta cresceu de um episódio
para outro. Assim, quando Jesus entrou no
barco, eles não perguntaram: Mas quem é este
que até o vento e o mar lhe obedecem? Eles se
ajoelharam e adoraram Jesus, dizendo: És
verdadeiramente
o Filho de Deus (Mateus 14.33b). Isso indica a
nova dimensão que a fé dos discípulos
atingiu.
As tempestades que assolam a nossa vida
também têm como objetivo aprimorar a
nossa fé. Por isso, não devemos em hipótese
alguma reclamar delas, achando que são
castigos de Deus. Devemos vê -las como um
instrumento que Ele usa para fazer nossa fé
crescer. O Se nhor tem a intenção de levar-
nos a patamares superiores; pretende fazer
coisas que nem imaginamos. Por isso e para
isso, estamos sendo preparados.

Para aprendermos a aj ud ar outros

Deus também pode permitir a


tempestade em nossa vida para nós
aprendermos a ajudar outras pessoas que
também estejam passando por tempestades.
Esse princípio é absolutamente fantástico.
Paulo o mencionou em 2 Coríntios 1.3,4:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus


Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda con-
solação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para
que também possamos consolar os que estiverem em
alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos
somos consolados de Deus.
VEN C END O SITU AÇ ÕES D IFÍC EIS

É necessário ajudar os que estão em


dificuldades. Deus nos ajuda a vencer o dia
mau, para que, com base nessa experiência,
possamos ajudar outros a vencerem a
tempestade também. Esse é um princípio
maravilhoso.
Imagine uma boa mulher casada com um
homem mau, adúltero, infiel e, ainda por
cima, violento. As pessoas lhe recomendam
que se separe, mas ela o ama e acredita que
Deus pode mudar aquela realidade. Então,
depois de dez anos, o homem se converte a
Cristo, arrepende-se de seu pecado, pede
perdão e muda de atitude.
Então, certo dia, aquela mulher se
depara com uma irmãzinha que está passando
pela mesma situação que a afligira no
passado. Então pode consolar e aconselha r a
irmã a não abandonar o marido, porque Deus
tem poder para conceder vitória sobre aquela
adversidade e transformar a realidade dela.
Esse é apenas um modo de uma pessoa
mais experiente na fé consolar e animar
outra que esteja fragilizada e pesarosa pela s
tempestades que ameaçam destruir tudo o
que ela conquistou.
38
Precisamos enfrentar as situações
difíceis da vida e aprender a ajudar outros! É
justamente aqui que reside a grandeza da
Igreja. Nós atravessamos juntos as
tempestades que, com a permissão de Deus,
assolam a nossa vida dentro de uma
comunidade, para que possamos ajudar
outros que estejam sentindo-se perdidos no
caos a também vencer suas tempestades.
Medite no que o apóstolo Paulo disse em
1 Tessalonicensses 5.11-1 5 ( N T L H ) :

Portanto, animem e ajudem uns aos outros, como


vocês têm feito até agora. Irmãos, pedimos a vocês que
respeitem aqueles que trabalham entre vocês, isto é,
aqueles que foram escolhidos pelo Senhor para guiá -los e
ensiná-los. Tratem essas pessoas com o maior respeito e
amor, por causa do trabalho que fazem. E vivam em paz
uns com os outros. Pedimos a vocês, irmãos, que
aconselhem com firmeza os preguiçosos, dêem coragem aos
tímidos, ajudem os fracos na fé e tenham paciência com
todos. Tomem cuidado para que ninguém pague o mal com
o mal. Pelo contrário, procurem em todas as ocasiões fazer
o bem uns aos outros e também aos que não são irmãos na
fé.
E há promessas maravilhosas no Salmo
112.1 b-9 para quem ajuda o próximo,
demonstrando o mesmo caráter de Cristo:

Bem-auenturado o homem que teme ao SENHOR,


que em seus mandamentos tem grande prazer. 7\ sua
descendência será poderosa na terra; a geração dos justos
será abençoada. Fazenda e riquezas haverá na sua casa, e a
sua justiça permanece para sempre. Aos justos nasce luz
nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo. Bem irá ao
homem que se compadece e empresta; disporá as suas
coisas com juízo. Na verdade, nunca será abalado; o justo
ficará em memória eterna. Não temerá maus rumores; o
seu coração está firme, confiando no SENHOR. 0 seu
coração, bem firmado, não temerá, até que ele veja
cumprido
o seu desejo sobre os seus inimigos. É liberal, dá aos
necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua
força se exaltará em glória.

Agora veremos o que caracteriza uma


tempestade e alguns dos propósitos de Deus
ao permitir que ela nos apanhe, veremos no
próximo capítulo que atitudes nos asseguram
vitória sobre a adversidade.
C APÍT ULO 3
C OMO manter o equilíbrio E
VE N CER S I TU AÇÕ ES DIFÍ CE IS

Vimos que eventualmente nos


deparamos com obstáculos, lutas, tribulações
de ordem espiritual ou material ao longo de
nossa jornada aqui e que o Senhor costuma
usar isso para ampliar nosso conhecimento e
nossa fé, aperfeiçoar-nos e fazer de nós uma
bênção para outros. Agora, destacaremos o
que fazer para enfrentarmos as tempestades
na vida, não permitindo que a avalanche de
problemas nos levem à catástrofe.
Entre as atitudes mais sábias estão: acre -
ditar que Deus está conosco e que nos dará
vitória; dominar o medo; lutar pela solução
do
problema; não entregar os pontos na hora em
que a situação ficar mais crítica; clamar por
Jesus; seguir à risca as instruções dele;
glorificar a Deus pela vitória concedida;
compartilhar sua experiência com outros,
estimulando a fé destes no Senhor.

Creia que Deus está com você

Já enfatizamos que a presença de Jesus


no barco da nossa vida não significa ausência
de tempestade; significa que jamais
naufragaremos. Também vimos que qualquer
tempestade, não importando a sua origem ou
a sua magnitude, não pode resistir ao poder e
à autoridade do Filho do Deus vivo que criou
todas as coisas e as tem sob Seu controle.
Você precisa tomar posse dessas realid ades.
Deve ter convicção de que serve a um
Senhor bom, maravilhoso, que o ama, que é
todo-poderoso e que detém o controle de
tudo. Ele prometeu estar com você sempre,
até a consumação dos séculos; por toda a
eternidade, e é fiel para cumprir isto.
Para estimular sua fé, quero lembrá -lo
do que Jesus estava fazendo durante a
tempestade
narrada em Marcos 4: tirando uma soneca. Os
discípulos estavam aterrorizados; Ele dormia
calmamente. Sabia que o Pai os guardava em
meio àquele mar encape lado. E na
tempestade narrada em Mateus 14, Jesus
caminhou por cima das ondas, demonstrando
controle absoluto da situação.
Então, não importa a tribulação que
você esteja vivenciando na sua casa, no seu
trabalho. Jesus está com você e irá conduzi -
lo em triunfo para fora dessa tempestade ou
dará uma ordem para que ela cesse, quando
tiver cumprido Seu propósito em sua vida.
Sinta a presença de Jesus aí, com você, nesse
barco que balança para lá e para cá. Talvez
pareça que Ele está dormindo ou desatento
ao seu problema, mas só parece. A qualquer
momento, Ele vai levantar -se a seu favor.

Mantenha o medo sob


controle

Outra coisa a fazer para superar uma


situação difícil é não deixar o medo se
transformar em pavor e paralisar -nos.

43
Há uma diferença bem clara entre medo
e pavor. O medo é um sentimento de
apreensão, um estado de alerta, diante de
uma ameaça. Ele é usado como um
mecanismo de defesa do psiquismo humano
contra algo que foge ao nosso controle. Já o
pavor é um medo intenso e incon trolável,
que nos faz perder o raciocínio lógico, de
modo a termos delírios e ilusões, vermos
todo o nosso potencial paralisado, e ser
tragados pelo problema, a tempestade que se
levantou contra nós.
Lembra-se do que os discípulos
pensaram quando, exaustos e apavorados,
viram Jesus vir ao encontro deles andando
sobre as águas? Pensaram que era um
fantasma, porque o medo era tão grande, que
a realidade já estava sendo distorcida.
O pavor pode levar-nos a ouvir vozes, a
ter visões, ou a interpretar de modo er róneo,
distorcido, a realidade que se apresenta
diante de nós.
Além disso, o pavor nos impede de
realizar tarefas corriqueiras ou leva -nos a
antecipar nossa ação, o que também é
prejudicial. Por isso, insisto em dizer que
temos de manter o medo sob contro le, para
que não se transforme em pavor.
Se quisermos vencer as situações
difíceis, devemos dominar o medo para
utilizar o nosso potencial ao máximo.

Não desista de Lutar

Outra atitude sábia ao enfrentarmos uma


tempestade é não desistir jamais de lutar até
que alcancemos um lugar seguro para
descansar.
Precisamos ser fortes e ter coragem,
porque as situações extremas podem ser não
apenas assustadoras, mas também toma r
muito do nosso tempo e consumir nossas
forças, daí a necessidade de mostrar-nos
determinados e sermos perseverantes.
O exemplo dos discípulos de Jesus é
muito importante para ilustrar essa
realidade. Eles remaram muito para chegar a
outra margem, mas não conseguiram porque
o vento contrário era muito forte. Mas nã o
desistiram. Eles não per mitiram que o barc o
fosse a pique. Resistiram bravamente até
Jesus os socorrer.
Continuemos, pois, como eles, sempre
em frente, porque somente assim chegaremos
ao outro lado.
VEN C END O SITU AÇ ÕES D IFÍC EIS

Clame por Jesus

Para vencermos as tempestades em nossa


vida, é fundamental clamarmos por Jesus. Foi
isso o que os discípulos fizeram. Na primeira
tempestade, eles acordaram o Rabi e
perguntaram - -Ihe: Mestre , não te importa que
pereçamos? (Marcos 4.38b). Na segunda,
enquanto Pedro afundava, clamou: Senhor ,
salva-me (Mateus 14.30b).
Vemos pessoas rogar pela ajuda de tan tas
outras, mas sem clamar a quem de direito,
Àquele que realmente pode ajudar.
Essas pessoas, quando estão diante de
uma situação difícil, ligam para parentes,
amigos, para "profetas"que fazem revelações
mirabolantes, mas elas não têm coragem de
dobrar os joelhos e clamar pela ajuda de
quem de fato tem poder para resolver a
situação: Jesus.
Quando estamos sendo engolfados por
uma tempestade, vivenciando problemas que
estão assolando-nos, devemos clamar
primeiro a Jesus, e depois aceitar a ajuda de
quem Ele enviar.
Não conheço ninguém que tenha
clamado a Ele e ficado sem resposta... Se
você está no meio de uma tempestade, clame
por socorro
S ILAS M A L A FA IA

a quem de direito. Diga: "Jesus, me ajuda!";


"Jesus, tem misericórdia. Socorre -me", "Jesus,
mostra-me uma saída!"
Quem sabe, esta noite, Ele responderá
ao seu clamor, trazendo a resposta necessária
para você sair dessa situação difícil de
suportar?!
Clame por Jesus e não saia de onde está,
a não ser que Ele ordene. Afinal, por pior
que seja uma tempestade no mar, o melhor
lugar para estarmos nessa hora é dentro do
barco. Se sairmos dele durante uma
tempestade, morreremos afogados mais
rápido que os que permanecerem na
embarcação.
Pedro só saiu do barco porque Jesus o
chamou: Vem (Mateus 14.29b). Jesus garantiu
a Pedro que ele estaria a salvo ali, andando
sobre as ondas. Se Jesus não tivesse ordenado
isso, Pedro se afogaria.
Nesse momento, Deus dirige uma
palavra àqueles que pensam em abandonar o
barco do seu casamento, da sua família, do
emprego porque está tudo conturbado: "Eu
estou com você. Não pule para fora do barc o
e não desista de remar. Estou vindo socorrer-
lhe e trazer bonança. Aguente mais um
pouco! No fim essa
VENCENDO SITUAÇÕES DÍFÍCEIS

situação redundará em crescimento para


você e em glória para mim!"

Siga à risca as instruções dadas por Jesus

Isso nos leva a outra atitude a ser


observada por quem está lutando para vencer
uma tempestade: depois de clamar e Jesus lhe
responder, siga à risca o que Ele lhe instruir;
obedecer é melhor do que sacrificar (1
Samuel 15.22). Não se deixe levar pelas
circunstâncias, pelo que você est á vendo e
apavorando-o. Não se estribe em seu própri o
entendimento. Confie em Deus, e faça o que
Ele lhe disser para fazer.
Quando Deus mandou Abraão partir, sair
do meio de sua parentela, sem um destino
definido, a fé do patriarca estava sendo
provada e aperfeiçoada pela obediência dele
a essa instrução divina.
Nossa obediência atesta nossa fé. Não
existe um elemento para agradar mais a Deus
do que a fé.
Em Hebreus 11.6, vemos que:

Sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário


que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e
que é galardoador dos que o buscam.
S I L AS M AL AF AI A

Se voltarmos aos relatos em Marcos 4 e


Mateus 14, sobre as tempestades, veremos
que os discípulos não entraram no barco para
atravessar o mar d a Galileia por vontade
própria nem a passeio. Eles estavam debaixo
da vontade do Senhor, tendo rece bido ordens
expressas para atravessar aquele lago.
Podemos confirmar isso em Mateus 14.22:

E logo ordenou Jesus que os seus discípulos en-

trassem no barco e fossem adiante, para a outra banda,


enquanto despedia a multidão.

E em Marcos 4.35:

E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos


para a outra margem.

Os discípulos estavam efetivamente sob


o comando de Jesus Cristo. E o que podemos
concluir com is so? Que, quando cremos em
Jesus e estamos seguindo na direção proposta
por Ele, nenhuma tempestade poderá
destruir-nos. Se obedecermos a Cristo,
nenhuma tempesta de nos impedirá de chegar
onde Ele disse que chegaríamos. Se formos
submissos à vontade do
VEN C END O SITU AÇ ÕES D IFÍC EIS

Senhor, conquistaremos a vitória e


chegaremos à outra margem.
Para vencer as tempestades na vida, obe -
deça a Jesus. Faça a vontade dele. Reconheça
a Sua autoridade. Admita que é um pecador,
arrependa-se de sua vida pregressa e peça
perdão a Deus. Aceite Jesus como o Senhor
da sua vida e permita que Ele entre no seu
barco e guie-o pelas águas bravias até o porto
desejado.
Em Mateus 7.24-27, há uma passagem
que ilustra com muita propriedade a
importância de obedecermos a Jesus:

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras


e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que
edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e
correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela
casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E
aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre,
compará-lo-ei ao homem insensato , que edificou a sua casa
sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopra-
ram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande
a sua queda.

50
S I L AS M AL AFAI A

A obediência a Jesus faz a nossa casa


espiritual e emocional ser edificada sobre a
rocha sólida. Em Jesus, resistimos ao vento,
aos temporais, e continuamos firmes.
A embarcação dos discípulos não naufra -
gou, e esses homens não morreram no meio
do mar porque estavam sob as ordens de
Jesus Cristo. E Ele tinha plena
responsabilidade em relaçãoaeles. Os
discípulos se encontravam sob o completo
domínio de Jesus e caminhavam na direção
apontada por Ele.
Se obedecermos a Cristo
incondicionalmente, Ele assumirá total
responsabilidade sobre nós. Je sus jamais nos
deixará sozinhos. O Senhor não permitirá
que o diabo ou tempestade alguma nos
destrua.

Glorifique a Deus pela vitória


concedida a você

Quando se apossar da vitória, você deve


agradecer ao Senhor, tributar a Ele toda
honra e toda a glória e usufruir da bênção.
A gratidão é uma marca de uma pessoa
humilde, sensível e otimista, que espera o
melhor de Deus porque sabe que Ele tem
prazer em abençoar-nos.
A gratidão e a fé atraem o favor de Deus
e dos homens. Seja grato ao Senhor até pelas
lutas, sabendo que elas o farão crescer e
conhecer mais o amor e o poder do
Altíssimo! Reconheça que foi o socorro e a
ajuda dele que o fizeram sair dessa
tempestade e chegar a outra margem, onde
outros milagres esperavam por você.
A gratidão também tem a ver com a va -
lorização do que temos, do que somos e das
oportunidades que o Senhor nos concede.
Talvez, para contemplar o milagre q ue
tem pedido a Deus, você tenha de parar de
murmurar sobre o seu emprego, sua empresa,
sua família, ou querer livrar -se deles.
Se você orou, pedindo a Deus um
cônjuge, por que agora quer descartar o seu
casamento? Por uma paixão louca, idiota?
Para dar vazão à sua carne? Depois que a
paixão passar e você conseguir enxergar
melhor a realidade, vai arrepender -se por ter
jogado fora o amor da sua vida; por ter
escrito um final trágico para uma história
que começou feliz e por ter feito outras
pessoas sofrerem.
João disse que quem ama conhece a
Deus; porque Ele é amor. Essa é a essência do
Seu
SILAS M ALAFAIA

caráter. Não troque um amor duradouro e


verdadeiro por uma paixão passageira!

Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é


ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é
grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda
mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma
coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é
certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com
fé, esperança e paciência. 0 amor é eterno
1 Coríntios 13.4-8a (NTLH)

Se você pediu a Deus para ser pai ou


mãe, por que agora quer expulsar esse filho
de casa? Por que ele não correspondeu ao
que você imaginou para ele? Por que ele se
envolveu com drogas ou com quem não
devia? Você não diz que ama seu filho?
Então, por que não o ajuda? Por que não
dialoga com ele, não o perdoa, não luta em
oração para vê-lo liberto e restaurado pelo
Senhor? Por que só dirige a seu filho pala -
vras de reprovação e maldição?
Guarde sua língua! A boca do cristão
tem de ser fonte de vida, não de morte!
Alguém está pensando que é religioso? Se não
souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e
ele está enganando a si mesmo.
Tiago 1.26 (NTLH)

Diga ao seu filho que você o ama. Ore


por ele. Profetize a bênção de Deus na vida
dele! Os filhos são herança do Senhor (Salmo
127.3a)! Cuide dessa herança. Você prestará
contas a Deus quanto a ela!
Se você não sabe discernir a bênção de
Deus em sua vida e está quase jogando fora o
que Ele lhe deu, peça ao Senhor sabedoria e
para Ele abrir os seus olhos espirituais, antes
que você faça a besteira de jogar isso fora;
antes, seja um bom mordomo do Senhor.
Deus o ama e quer ajudá -lo a vencer os
desafios da vida. Coopere com Ele, evitando
desperdícios!
Pense bem, não jogue fora aquilo que
Deus lhe deu e não se envenene com
reclamações descabidas. O Senhor não
suporta murmuração e ingratidão! Seja grato.
Diga: "Pai, eu te dou graças por tudo.
Obrigado pela minha família, por esse
apartamento, esse emprego. Eu te louvo por
todas
as coisas, até por essa tempestade, pois sei
que me guardarás dela e me conduzirás à
bonança".
Abra a sua boca e dê glórias a Deus. Dê
graças a Ele por tudo o que é e por tudo o
que Ele lhe tem dado!

Sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões.


Isso é o que Deus quer de vocês por estarem unidos com
Cristo Jesus.
1 Tessalonicenses 5 . 1 8 ( NT L H )

Compartilhe sua experiência


com outros

Há uma vitória para a sua vida. Vem um


tempo de grandes vitórias e conquistas para
você e sua família. Seja o primeiro a usufruir
da bênção de Deus. Mas aprenda a
compartilhar com as pessoas aquilo que o
Altíssimo tem lhe proporcionado.
Não deseje que Deus abençoe apenas a
sua vida e a de sua família. Compartilhe a
bênção do Senhor sobre a sua vida. Quando
você faz isso, é o maior beneficiado. Quanto
mais você divide, mais Deus multiplica seus
recursos, se jam eles emocionais ou materiais.
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e
amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade,
humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns
aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim
fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de
caridade, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus,
para a qual também fostes chamados em um corpo, domine
em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo
habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria,
ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com
salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor
com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por
palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor jesus,
dando por ele graças a Deus Pai.
Colossenses 3 . 1 2 - 1 7

Jesus ensinou que devemos amar ao


próximo como a nós mesmos. Não podemos
ser indiferentes ao sofrimento e às
necessidades alheias. Ore por outros.
Aconselhe as pessoas que pedem sua
orientação. Compartilhe o amor, o eva ngelho
e os recursos materiais que o Senhor lhe deu.
Doe para o serviço social da igreja uma cesta
básica por mês e roupas em bom estado que
você não use mais.
Seja liberal e generoso. Tudo o que você é,
tem e faz é com permissão dele.
Conte a seus amigos, colegas de
trabalho, irmãos em Cristo e parentes as
maravilhas que o Altíssimo tem operado em
sua vida; como ele o salvou dessa e de outras
tempestades. Dessa for ma, você vai estimular
a fé dos outros em Jesus e cooperar para qu e,
quem sabe, eles também entreguem sua vida
a Cristo e sejam salvos.
Mesmo que você ainda não tenha saído
do turbilhão de problemas, glorifique a Deus
e dê testemunho de como Ele o ajudou até
aqui!
O Senhor está dizendo que você tem
vivido durante os últi mos anos sob
tempestades, mas que, agora, Ele dará um
basta a todas elas.
A tempestade na sua vida vai cessar por
obra e graça de Deus, e você viverá tempos
de brisa suave; navegará em mares de águas
tranquilas, movidos por ventos leves e
constantes, em dire- ção à vitória.
Será assim porque o Senhor detém o
poder de controlar essas tempestades. Então,
não se apavore. Deus está no controle. Seu
barco jamais naufragará. Jesus está
trabalhando incessantemente no plano
sobrenatural em seu favor.
VENCENDO SITUAÇÒES DI FÍCE IS

Deus sabe a hora certa para cada coisa


acontecer na nossa vida. No momento
adequado, ele chegará com o milagre. Creia
nisso acima de tudo e comunique essas boas -
novas a quem estiver ao seu redor. Declare
que toda essa adversidade logo se
transformará em bonança.
Que Deus o abençoe!

Você também pode gostar