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CAPÍTULO 1
AÇOS ESTRUTURAIS
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INDICE
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CAPÍTULO 1 - AÇOS ESTRUTURAIS
1 INTRODUÇÃO - HISTÓRICO
No Brasil não existem estatísticas específicas de percenual de tipo de estrutura por metro
quadrado. Citando informações do Centro Brasileiro da Construção com Aço – cbca, obtidas
com base em levantamentos junto as fabricantes de estruturas metálicas, verifica-se que,
enquanto nos Estados Unidos 50% das edificações são construídas em aço e, no Reino Unido,
em 70% delas, no Brasil essa participação é de cerca de 15%.
Os dados mais recentes apontam ainda que, de uma demanda total em 2008 superior a 2,8
milhões de toneladas para construção em aço, os principais destaques foram os aços planos
revestidos, destinados a telhas, perfis steel framing e perfis drywall, que passaram de 502 mil
toneladas em 2007, para 729 mil toneladas (+ 45,1%) em 2008; e a demanda dos perfis e tubos
para estruturas que cresceu de 284 mil toneladas para 411 mil toneladas (+ 44,7%) no mesmo
período.
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2 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS ESTRUTURAS DE AÇO
Vantagens:
Desvantagens:
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3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Norma Título
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4 CARACTERÍSTICAS DO AÇO ESTRUTURAL
4.1 Composição
Sob o ponto de vista de sua fabricação, o aço estrutural tem uma grande variação, porém,
pode-se dizer de modo simplificado, que o elemento mais importante na formulação do aço é o
Carbono. As variações no teor desse material determinam principalmente alterações na
resistência e na maleabilidade do aço. Quanto maior o teor de Carbono, maior a resistência e
menos dútil o aço, ou seja, menos capaz de sofrer deformações sem romper. A classificação do
aço conforme o seu teor de Carbono está colocada a seguir:
São definidos como Aços Carbono que recebem elementos de liga (Cromo, Colúmbio, Cobre,
Manganês, Molibdênio, Níquel, Fósforo, Vanádio, etc) que melhoram a resistência ou outras
propriedades do aço sem alterar sua soldabilidade.
4.2 Propriedades
4.2.1 As principais propriedades mecânicas gerais do aço estrutural estão relacionadas a seguir
(NBR-8800-4.5.2.8):
a) Módulo de Elasticidade Tangente: E = 200.000 MPa;
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d) Coeficiente de Dilatação Térmica: βa = 1,2 x 10-6 oC-1;
σa
(kN/cm2)
fu
fy
fp
ductibilidade
encruamento
ε (m/m )
fp - Limite de proporcionalidade.
a) Ductibilidade:
É a propriedade que um material apresenta de se deformar sob ação de cargas. A esta
propriedade está associada a capacidade que estruturas construídas com materiais dúteis
apresentam de se deformar plasticamente, redistribuindo as tensões internas.
c) Temperatura:
Ao serem elevadas as temperaturas, os valores de fu, fy e E se reduzem.
Para a temperatura de 500 oC, as grandezas acima são reduzidas pela metade e para uma
temperatura acima desse valor se reduzem a quase zero. A NBR-8800 em seu item 1.6
remete o dimensionamento de estruturas metálicas sob o efeito de incêndio para outra norma,
a NBR 14323;
d) Fadiga:
Quando submetidos a ciclos de carga e descarga, o aço estrutural, como outros materiais pode
sofrer ruptura sob tensões menores que suas resistências nominais, que são obtidas, em geral,
a partir de ensaios estáticos. O anexo K da NBR 8800 trata deste fenômeno.
f) Corrosão:
O processo de corrosão compromete a resistência da estrutura pela redução da seção útil dos
perfis estruturais. O anexo N da NBR 8800 fornece informações gerais sobre o processo de
corrosão e indica alguns procedimentos preventivos.
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5 PRODUTOS SIDERÚRGICOS PARA ESTRUTURAS
Os aços estruturais são fornecidos em forma de perfis, chapas, barras, fios e cordoalhas.
Sendo que os elementos estruturais das estruturas metálicas são constituídos primordialmente
por perfis metálicos. Abaixo estão colocadas as principais características e sua nomenclatura
em linhas gerais. O anexo A da NBR 8800 apresenta diversos tipos normalizados de aços
estruturais.
5.1 Barras:
As barras são produtos obtidos por laminação nas seções: circular, quadrada ou retangular
alongada (chamada “chata”). As barras são referidas pelo seu diâmetro ou pelas dimensões de
sua seção transversal no caso das barras chatas. Por exemplo:
Nomenclatura:
127 x 6,4 – indica barra chata com seção 127 mm por 6,4 mm (5”x ¼”)
Classes de resistência:
De acordo com a tabela A.2 da NBR 8800 as barras têm tensão de escoamento variando desde
250 MPa até 450 MPa e tensão de ruptura 400 MPa até 550 MPa.
5.2 Chapas:
As chapas também são elementos laminados com espessuras variadas e resistências variadas.
As chapas finas são as que têm espessuras de até 5,0 mm, acima desse valor estão as chapas
grossas.
De modo geral, pode-se referir uma chapa por CH 8 (chapa com 8,0 mm de espessura).
A NBR 8800 refere-se também a nomenclatura de acordo com várias classes de resistência,
por exemplo:
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5.3 Perfis Laminados, com seção I, H, C (ou U):
tf
h d
tf
bf
Os perfis estruturais podem ser laminados, soldados ou de chapa dobrada, esses últimos não
são definidos pela NBR 8800 mas em norma específica, de modo que não serão tratados no
presente texto. Existem inúmeros produtos, fabricados em padrões americanos (série
americana, perfis de faces, em geral, não paralelas) e padrões europeus (série européia, de
faces paralelas) de modo que serão fornecidas apenas denominações mais comuns e
exemplos. Como regra geral, sempre é necessário trabalhar com a tabela do fornecedor para
obter as propriedades do perfil.
A nomenclatura dos perfis I, H e C (ou U) segue uma regra geral, onde é fornecida a indicação
da forma do perfil seguida de sua altura total (d, em mm) e de sua massa linear (kg/m). Por
exemplo:
C (ou U) 254 x 22,7, perfil Tipo C (Channel, ou U), com d = 254,0 mm e massa linear 22,7
kg/m.
Perfil tipo viga soldada VS – com relação d/bf – 4,0 >= d/bf >= 2,0 (em geral
d/bf~=2,0)
Perfil tipo coluna viga soldada CVS – 1,0 >= d/bf >= 1,5 (em geral
d/bf~=1,5)
Exemplo: VS 200 x 23, viga soldada com d = 200,0 mm e massa linear 23 kg/m.
Perfil HPP d x massa linear – perfil H com faces paralelas e pesado (existem HPL e HPM,
leve e médio, respectivamente).
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Deve-se salientar, também, que a referência à altura do perfil e à sua massa linear é
frequentemente arredondada nos nomes de perfis das tabelas, de modo que deve-se consultar
os valores exatos nas próprias tabelas.
L 102 x 6,4, cantoneira de abas iguais com lado 102,0 mm e espessura 6,4 mm;
L 89 x 64 X 6,4, cantoneira de abas desiguais, com lados 89,0 e 64,0 mm, e espessura 6,4 mm.
A NBR 8800 em seu anexo A, tabelas A.1 e A.2, define as classes de resistência dos aços.
Aço de média resistência – MR 250, aço com tensão de escoamento, fy=250 MPa e fu=400
MPa;
Aço de alta resistência – AR 350, aço com tensão de escoamento, fy=350 MPa e fu=410 MPa ou
fu=485 MPa.
Existe também o aço com maior resistência à corrosão: COR AR 415, fy=415 MPa e fu=520
MPa.
Abaixo, estão colocadas as tabelas A.1 e A.2 da NBR 8800 para referência de classes
estruturais. A tabela A.2 traz os aços conforme a nomenclatura ASTM, nessa tabela, ressalte-se
o aço A36, equivalente ao MR250, e de larga utilização.
Obs.: As tabelas foram extraídas do projeto de revisão, mas são idênticas às da versão final da
NBR 8800.
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