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Project Management Institute

UM GUIA DO CONHECIMENTO EM
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
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304.358.004.001
ÍNDICE
PREFÁCIO DA QUARTA EDIÇÃO ........................................................................................... XXII
SEÇÃO I - A ESTRUTURA DO gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS ...............................................1
CAPíTUlO 1 - InTRODUÇÃO .....................................................................................................3
1.1 Objetivo do Guia PMBOK® ....................................................................................... 4
1.2 O que é um projeto? ................................................................................................ 5
1.3 O que é gerenciamento de projetos? ...................................................................... 6
1.4 Relacionamento entre gerenciamento de projetos,
gerenciamento de programas e gerenciamento de portfólios ...............................7
1.4.1 gerenciamento de portfólios ....................................................................... 8
1.4.2 gerenciamento de programas ..................................................................... 9
1.4.3 Projetos e planejamento estratégico ........................................................ 10
1.4.4 Escritório de projetos ................................................................................ 11
1.5 gerenciamento de projetos e gerenciamento de operações ............................... 12
1.6 Papel de um gerente de projetos .......................................................................... 13
1.7 Conhecimento em gerenciamento de projetos..................................................... 13
1.8 Fatores ambientais da empresa ........................................................................... 14
CAPíTUlO 2 - CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO ...............................................15
2.1 O Ciclo de vida do projeto — visão geral ............................................................. 15
2.1.1 Características do ciclo de vida do projeto .............................................. 16
2.1.2 Relações entre o ciclo de vida do projeto e do produto ........................... 18
2.1.3 Fases do projeto ........................................................................................ 18
2.2 Projeto versus trabalho operacional..................................................................... 22
2.3 Partes interessadas ............................................................................................... 23
2.4 Influências organizacionais no gerenciamento de projetos ................................ 27
2.4.1 Culturas e estilos organizacionais ............................................................ 27
2.4.2 Estrutura organizacional ........................................................................... 28
2.4.3 Ativos de processos organizacionais ....................................................... 32
SEÇÃO II - O PADRÃO DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS DE UM PROjETO .......................35

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I
ínDICE

CAPíTUlO 3 - PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO ..............37


3.1 Interações comuns em processos de gerenciamento de projetos ...................... 39
3.2 grupos de processos de gerenciamento de projetos .......................................... 41
3.3 grupo de processos de iniciação .......................................................................... 44
3.3.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto ........................................... 45
3.3.2 Identificar as partes interessadas ............................................................ 46
3.4 grupo de processos de planejamento .................................................................. 46
3.4.1 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto ................................. 48
3.4.2 Coletar os requisitos.................................................................................. 49
3.4.3 Definir o escopo ......................................................................................... 49
3.4.4 Criar a estrutura analítica do projeto (EAP).............................................. 49
3.4.5 Definir as atividades .................................................................................. 50
3.4.6 Sequenciar as atividades .......................................................................... 50
3.4.7 Estimar os recursos das atividades .......................................................... 50
3.4.8 Estimar as durações das atividades ......................................................... 51
3.4.9 Desenvolver o cronograma ....................................................................... 51
3.4.10 Estimar os custos ...................................................................................... 52
3.4.11 Determinar o orçamento ........................................................................... 52
3.4.12 Planejar a qualidade .................................................................................. 52
3.4.13 Desenvolver o plano de recursos humanos.............................................. 53
3.4.14 Planejar as comunicações ........................................................................ 53
3.4.15 Planejar o gerenciamento dos riscos ....................................................... 53
3.4.16 Identificar os riscos ................................................................................... 54
3.4.17 Realizar a análise qualitativa dos riscos .................................................. 54
3.4.18 Realizar a análise quantitativa dos riscos................................................ 54
3.4.19 Planejar as respostas aos riscos .............................................................. 55
3.4.20 Planejar as aquisições .............................................................................. 55
3.5 grupo de processos de execução ......................................................................... 55
3.5.1 Orientar e gerenciar a execução do projeto ............................................. 57
3.5.2 Realizar a garantia da qualidade .............................................................. 57
3.5.3 Mobilizar a equipe do projeto ................................................................... 57
3.5.4 Desenvolver a equipe do projeto............................................................... 58

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II
ínDICE

3.5.5 gerenciar a equipe do projeto ................................................................... 58


3.5.6 Distribuir as informações .......................................................................... 58
3.5.7 gerenciar as expectativas das partes interessadas ................................ 59
3.5.8 Conduzir as aquisições ............................................................................. 59
3.6 grupo de processos de monitoramento e controle .............................................. 59
3.6.1 Monitorar e controlar o trabalho do projeto ............................................. 61
3.6.2 Realizar o controle integrado de mudanças............................................. 61
3.6.3 verificar o escopo ...................................................................................... 61
3.6.4 Controlar o escopo..................................................................................... 62
3.6.5 Controlar o cronograma ............................................................................ 62
3.6.6 Controlar os custos.................................................................................... 62
3.6.7 Realizar o controle da qualidade .............................................................. 63
3.6.8 Reportar o desempenho ............................................................................ 63
3.6.9 Monitorar e controlar os riscos................................................................. 63
3.6.10 Administrar as aquisições......................................................................... 64
3.7 grupo de processos de encerramento .................................................................. 64
3.7.1 Encerrar o projeto ou fase ......................................................................... 65
3.7.2 Encerrar as aquisições .............................................................................. 65
SEÇÃO III - AS ÁREAS DE COnhECIMEnTO EM gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS ...............67
SEÇÃO III InTRODUÇÃO - DIAgRAMAS DE FlUXO DE DADOS ...............................................69
CAPíTUlO 4 - gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO ...........................................71
4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto ........................................................ 73
4.1.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto: entradas ........................... 75
4.1.2 Desenvolver o termo de abertura do projeto: ferramentas e técnicas .... 77
4.1.3 Desenvolver o termo de abertura do projeto: saídas ............................... 77
4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto ............................................. 78
4.2.1 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: entradas ................. 78
4.2.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto:
ferramentas e técnicas.............................................................................. 81
4.2.3 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: saídas ..................... 81
4.3 Orientar e gerenciar a execução do projeto ........................................................ 83

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III
ínDICE

4.3.1 Orientar e gerenciar a execução do projeto: entradas............................. 85


4.3.2 Orientar e gerenciar a execução do projeto: ferramentas e técnicas ..... 86
4.3.3 Orientar e gerenciar a execução do projeto: saídas ................................ 87
4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto ........................................................ 89
4.4.1 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: entradas ............................ 90
4.4.2 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: ferramentas e técnicas ..... 92
4.4.3 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: saídas ................................ 92
4.5 Realizar o controle integrado de mudanças......................................................... 93
4.5.1 Realizar o controle integrado de mudanças: entradas ............................ 97
4.5.2 Realizar o controle integrado de mudanças: ferramentas e técnicas..... 98
4.5.3 Realizar o controle integrado de mudanças: saídas ................................ 98
4.6 Encerrar o projeto ou fase ..................................................................................... 99
4.6.1 Encerrar o projeto ou fase: entradas ...................................................... 101
4.6.2 Encerrar o projeto ou fase: ferramentas e técnicas ............................... 101
4.6.3 Encerrar o projeto ou fase: saídas .......................................................... 101
CAPíTUlO 5 - gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO .................................................103
5.1 Coletar os requisitos ........................................................................................... 105
5.1.1 Coletar os requisitos: entradas ............................................................... 106
5.1.2 Coletar os requisitos: ferramentas e técnicas ....................................... 107
5.1.3 Coletar os requisitos: saídas ................................................................... 109
5.2 Definir o escopo ................................................................................................... 112
5.2.1 Definir o escopo: entradas ...................................................................... 113
5.2.2 Definir o escopo: ferramentas e técnicas ............................................... 114
5.2.3 Definir o escopo: saídas .......................................................................... 115
5.3 Criar a EAP ........................................................................................................... 116
5.3.1 Criar a EAP: entradas............................................................................... 117
5.3.2 Criar a EAP: ferramentas e técnicas ....................................................... 118
5.3.3 Criar a EAP: saídas .................................................................................. 121
5.4 verificar o escopo ................................................................................................ 123
5.4.1 verificar o escopo: entradas ................................................................... 124
5.4.2 verificar o escopo: ferramentas e técnicas ............................................ 124
5.4.3 verificar o escopo: saídas ....................................................................... 125

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Iv
ínDICE

5.5 Controlar o escopo .............................................................................................. 125


5.5.1 Controlar o escopo: entradas .................................................................. 126
5.5.2 Controlar o escopo: ferramentas e técnicas .......................................... 127
5.5.3 Controlar o escopo: saídas ...................................................................... 128
CAPíTUlO 6 - gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO ..................................................129
6.1 Definir as atividades............................................................................................ 133
6.1.1 Definir as atividades: entradas ............................................................... 134
6.1.2 Definir as atividades: ferramentas e técnicas........................................ 134
6.1.3 Definir as atividades: saídas ................................................................... 135
6.2 Sequenciar as atividades .................................................................................... 136
6.2.1 Sequenciar as atividades: entradas........................................................ 137
6.2.2 Sequenciar as atividades: ferramentas e técnicas ................................ 138
6.2.3 Sequenciar as atividades: saídas ........................................................... 141
6.3 Estimar os recursos das atividades.................................................................... 141
6.3.1 Estimar os recursos das atividades: entradas ....................................... 143
6.3.2 Estimar os recursos das atividades: ferramentas e técnicas ................ 144
6.3.3 Estimar os recursos das atividades: saídas ........................................... 145
6.4 Estimar as durações das atividades ................................................................... 146
6.4.1 Estimar as durações das atividades: entradas ...................................... 147
6.4.2 Estimar as durações das atividades: ferramentas e técnicas ............... 149
6.4.3 Estimar as durações das atividades: saídas .......................................... 151
6.5 Desenvolver o cronograma ................................................................................. 152
6.5.1 Desenvolver o cronograma: entradas ..................................................... 153
6.5.2 Desenvolver o cronograma: ferramentas e técnicas ............................. 154
6.5.3 Desenvolver o cronograma: saídas......................................................... 157
6.6 Controlar o cronograma ...................................................................................... 160
6.6.1 Controlar o cronograma: entradas .......................................................... 161
6.6.2 Controlar o cronograma: ferramentas e técnicas .................................. 162
6.6.3 Controlar o cronograma: saídas ............................................................. 163
CAPíTUlO 7 - gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO...............................................165
7.1 Estimar os custos ................................................................................................ 168
7.1.1 Estimar os custos: entradas.................................................................... 169

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v
ínDICE

7.1.2 Estimar os custos: ferramentas e técnicas ............................................ 171


7.1.3 Estimar os custos: saídas ....................................................................... 174
7.2 Determinar o orçamento ..................................................................................... 174
7.2.1 Determinar o orçamento: entradas ......................................................... 175
7.2.2 Determinar o orçamento: ferramentas e técnicas ................................. 177
7.2.3 Determinar o orçamento: saídas............................................................. 178
7.3 Controlar os custos ............................................................................................. 179
7.3.1 Controlar os custos: entradas ................................................................. 181
7.3.2 Controlar os custos: ferramentas e técnicas ......................................... 181
7.3.3 Controlar os custos: saídas ..................................................................... 187
CAPíTUlO 8 - gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO ...........................................189
8.1 Planejar a qualidade ............................................................................................ 192
8.1.1 Planejar a qualidade: entradas ............................................................... 193
8.1.2 Planejar a qualidade: ferramentas e técnicas ........................................ 195
8.1.3 Planejar a qualidade: saídas ................................................................... 200
8.2 Realizar a garantia da qualidade ........................................................................ 201
8.2.1 Realizar a garantia da qualidade: entradas ........................................... 203
8.2.2 Realizar a garantia da qualidade: ferramentas e técnicas .................... 204
8.2.3 Realizar a garantia da qualidade: saídas ............................................... 205
8.3 Realizar o controle da qualidade ........................................................................ 206
8.3.1 Realizar o controle da qualidade: entradas ............................................ 207
8.3.2 Realizar o controle da qualidade: ferramentas e técnicas .................... 208
8.3.3 Realizar o controle da qualidade: saídas................................................ 213
CAPíTUlO 9 - gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO ........................215
9.1 Desenvolver o plano de recursos humanos ....................................................... 218
9.1.1 Desenvolver o plano de recursos humanos: entradas ........................... 219
9.1.2 Desenvolver o plano de recursos humanos: ferramentas e técnicas ... 220
9.1.3 Desenvolver o plano de recursos humanos: saídas ............................... 222
9.2 Mobilizar a equipe do projeto ............................................................................. 225
9.2.1 Mobilizar a equipe do projeto: entradas ................................................. 226
9.2.2 Mobilizar a equipe do projeto: ferramentas e técnicas ......................... 227
9.2.3 Mobilizar a equipe do projeto: saídas ..................................................... 229
9.3 Desenvolver a equipe do projeto ........................................................................ 229

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vI
ínDICE

9.3.1 Desenvolver a equipe do projeto: entradas ............................................ 231


9.3.2 Desenvolver a equipe do projeto: ferramentas e técnicas..................... 232
9.3.3 Desenvolver a equipe do projeto: saídas ................................................ 235
9.4 gerenciar a equipe do projeto ............................................................................. 236
9.4.1 gerenciar a equipe do projeto: entradas ................................................ 237
9.4.2 gerenciar a equipe do projeto: ferramentas e técnicas ......................... 238
9.4.3 gerenciar a equipe do projeto: saídas .................................................... 241
CAPíTUlO 10 - gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO ...............................243
10.1 Identificar as partes interessadas ...................................................................... 246
10.1.1 Identificar as partes interessadas: entradas.......................................... 247
10.1.2 Identificar as partes interessadas: ferramentas e técnicas .................. 248
10.1.3 Identificar as partes interessadas: saídas .............................................. 250
10.2 Planejar as comunicações .................................................................................. 251
10.2.1 Planejar as comunicações: entradas ...................................................... 253
10.2.2 Planejar as comunicações: ferramentas e técnicas .............................. 253
10.2.3 Planejar as comunicações: saídas.......................................................... 256
10.3 Distribuir as informações.................................................................................... 258
10.3.1 Distribuir as informações: entradas ....................................................... 259
10.3.2 Distribuir as informações: ferramentas e técnicas ................................ 260
10.3.3 Distribuir as informações: saídas ........................................................... 260
10.4 gerenciar as expectativas das partes interessadas .......................................... 261
10.4.1 gerenciar as expectativas das partes interessadas: entradas .............. 263
10.4.2 gerenciar as expectativas das partes interessadas:
ferramentas e técnicas............................................................................ 264
10.4.3 gerenciar as expectativas das partes interessadas: saídas .................. 265
10.5 Reportar o desempenho ...................................................................................... 266
10.5.1 Reportar o desempenho: entradas.......................................................... 267
10.5.2 Reportar o desempenho: ferramentas e técnicas .................................. 268
10.5.3 Reportar o desempenho: saídas ............................................................. 270
CAPíTUlO 11 - gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO .............................................273
11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos ................................................................. 276
11.1.1 Planejar o gerenciamento dos riscos: entradas ..................................... 278
11.1.2 Planejar o gerenciamento dos riscos: ferramentas e técnicas ............. 279

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vII
ínDICE

11.1.3 Planejar o gerenciamento dos riscos: saídas......................................... 279


11.2 Identificar os riscos ............................................................................................. 282
11.2.1 Identificar os riscos: entradas ................................................................ 284
11.2.2 Identificar os riscos: ferramentas e técnicas ......................................... 286
11.2.3 Identificar os riscos: saídas .................................................................... 288
11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos ............................................................ 289
11.3.1 Realizar a análise qualitativa dos riscos: entradas ............................... 290
11.3.2 Realizar a análise qualitativa dos riscos: ferramentas e técnicas ........ 291
11.3.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos: saídas ................................... 293
11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos.......................................................... 294
11.4.1 Realizar a análise quantitativa dos riscos: entradas ............................. 295
11.4.2 Realizar a análise quantitativa dos riscos: ferramentas e técnicas...... 296
11.4.3 Realizar a análise quantitativa dos riscos: saídas ................................. 300
11.5 Planejar as respostas aos riscos ........................................................................ 301
11.5.1 Planejar as respostas aos riscos: entradas............................................ 302
11.5.2 Planejar as respostas aos riscos: ferramentas e técnicas .................... 303
11.5.3 Planejar as respostas aos riscos: saídas ............................................... 305
11.6 Monitorar e controlar os riscos........................................................................... 308
11.6.1 Monitorar e controlar os riscos: entradas .............................................. 309
11.6.2 Monitorar e controlar os riscos: ferramentas e técnicas....................... 310
11.6.3 Monitorar e controlar os riscos: saídas .................................................. 311
CAPíTUlO 12 - gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO ......................................313
12.1 Planejar as aquisições ........................................................................................ 316
12.1.1 Planejar as aquisições: entradas ............................................................ 319
12.1.2 Planejar as aquisições: ferramentas e técnicas .................................... 321
12.1.3 Planejar as aquisições: saídas ................................................................ 324
12.2 Conduzir as aquisições ....................................................................................... 328
12.2.1 Conduzir as aquisições: entradas ........................................................... 330
12.2.2 Conduzir as aquisições: ferramentas e técnicas ................................... 331
12.2.3 Conduzir as aquisições: saídas............................................................... 333
12.3 Administrar as aquisições .................................................................................. 335
12.3.1 Administrar as aquisições: entradas ...................................................... 337
12.3.2 Administrar as aquisições: ferramentas e técnicas .............................. 338
12.3.3 Administrar as aquisições: saídas .......................................................... 340
12.4 Encerrar as aquisições ........................................................................................ 341

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vIII
ínDICE

12.4.1 Encerrar as aquisições: entradas ........................................................... 343


12.4.2 Encerrar as aquisições: ferramentas e técnicas .................................... 343
12.4.3 Encerrar as aquisições: saídas ............................................................... 344
REFERênCIAS .......................................................................................................................345
SEÇÃO Iv - APênDICES ........................................................................................................347
glOSSÁRIO.................................................................................................................... 347
ínDICE REMISSIvO ........................................................................................................ 347
APênDICE A - MUDAnÇAS nA QUARTA EDIÇÃO ..................................................................349
A.1 Consistência e esclarecimento ........................................................................... 349
A.1.1 Consistência ............................................................................................ 349
A.1.2 Esclarecimento ........................................................................................ 350
A.2 Mudanças nos processos.................................................................................... 352
A.3 Capítulo 4—Mudanças no gerenciamento da integração do projeto ............... 352
A.4 Capítulo 5—Mudanças no gerenciamento do escopo do projeto ..................... 353
A.5 Capítulo 6—Mudanças no gerenciamento do tempo do projeto....................... 353
A.6 Capítulo 7—Mudanças no gerenciamento dos custos do projeto .................... 354
A.7 Capítulo 8—Mudanças no gerenciamento da qualidade do projeto ................. 354
A.8 Capítulo 9—Mudanças no gerenciamento dos recursos humanos do projeto ... 355
A.9 Capítulo 10—Mudanças no gerenciamento das comunicações do projeto ..... 355
A.10 Capítulo 11—Mudanças no gerenciamento dos riscos do projeto ................... 356
A.11 Capítulo 12—Mudanças no gerenciamento das aquisições do projeto ........... 356
A.12 Apêndices ............................................................................................................ 357
A.13 glossário .............................................................................................................. 357
APênDICE B - EvOlUÇÃO DE UM gUIA DO COnhECIMEnTO
EM gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS DO PMI ......................................................................359
B.1 Desenvolvimento inicial ...................................................................................... 359
B.2 1986–87 Atualização ........................................................................................... 360
B.3 1996 Atualização ................................................................................................. 361
Comitê de padrões............................................................................................... 365
Colaboradores...................................................................................................... 365
Revisores ............................................................................................................. 366
Equipe de produção ............................................................................................. 367
B.4 2000 Atualização ................................................................................................. 367

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IX
ínDICE

grupo consultivo dos membros do programa de padrões


de gerenciamento de projetos do PMI ................................................................ 369
Equipe do projeto de atualização do Guia PMBOK® ........................................... 369
Colaboradores...................................................................................................... 369
Revisores ............................................................................................................. 370
Contribuições aos documentos anteriores ......................................................... 372
Equipe de produção ............................................................................................. 372
B.5 Atualização da Terceira Edição ........................................................................... 373
Mudanças estruturais ......................................................................................... 373
Mudanças nos nomes dos processos ................................................................ 373
Eliminação das designações de processo essencial e facilitador .................... 374
Estilos de redação ............................................................................................... 374
Capítulo 1 – Mudanças na introdução ............................................................... 374
Capítulo 2 – Mudanças no ciclo de vida e organização do projeto................... 375
Capítulo 3 – Mudanças nos processos de gerenciamento
de projetos de um projeto .............................................................. 375
Capítulo 4 – Mudanças no gerenciamento de integração do projeto ............... 375
Capítulo 5 – Mudanças no gerenciamento do escopo do projeto ..................... 376
Capítulo 6 – Mudanças no gerenciamento de tempo do projeto ...................... 377
Capítulo 7 – Mudanças no gerenciamento de custos do projeto ...................... 377
Capítulo 8 – Mudanças no gerenciamento da qualidade do projeto ................ 378
Capítulo 9 – Mudanças no gerenciamento de recursos humanos do projeto .. 378
Capítulo 10 – Mudanças no gerenciamento das comunicações do projeto ..... 379
Capítulo 11 – Mudanças no gerenciamento de riscos do projeto ..................... 379
Capítulo 12 – Mudanças no gerenciamento de aquisições do projeto ............. 380
glossário .............................................................................................................. 380
APênDICE C - COlABORADORES E REvISORES DOGUIA PMBOK® – QUARTA EDIÇÃO .......381
C.1 Equipe principal do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição ......................... 381
C.2 Subequipes do projeto de atualização do Guia PMBOK® 2004 .......................... 382
C.3 Colaboradores relevantes ................................................................................... 382
C.4 Membros da equipe de operações do Guia PMBOK®—Quarta edição .............. 382
C.5 Colaboradores de conteúdo do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição ............. 383
C.6 Revisores de conteúdo do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição............... 384
C.7 Membros da equipe do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição ................... 385
C.8 Revisores e colaboradores da versão preliminar final ...................................... 387

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X
ínDICE

C.9 grupo consultivo dos membros de padrões do PMI (em inglês MAg) .............. 393
C.10 Funcionários colaboradores .............................................................................. 393
C.11 Membros do comitê de verificação de traduções .............................................. 394
APênDICE D - EXTEnSõES DA ÁREA DE APlICAÇÃO ..........................................................395
D.1 necessidade de extensões da área de aplicação .............................................. 395
D.2 Critérios para desenvolvimento de extensões da área de aplicação ................ 396
D.3 Publicação e formato das extensões da área de aplicação .............................. 397
D.4 Processo de desenvolvimento e manutenção das extensões
da área de aplicação ........................................................................................... 397
APênDICE E - FOnTES DE InFORMAÇõES ADICIOnAIS SOBRE
gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS .........................................................................................399
E.1 Organizações profissionais e técnicas ............................................................... 399
E.2 Editoras comerciais ............................................................................................. 401
E.3 vendedores de serviços e produtos.................................................................... 402
E.4 Instituições educacionais ................................................................................... 402
APênDICE F - RESUMO DAS ÁREAS DE COnhECIMEnTO
EM gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS ...................................................................................403
F.1 gerenciamento da integração do projeto ........................................................... 403
F.2 gerenciamento do escopo do projeto ................................................................. 404
F.3 gerenciamento do tempo do projeto .................................................................. 404
F.4 gerenciamento dos custos do projeto ................................................................ 405
F.5 gerenciamento da qualidade do projeto ............................................................ 405
F.6 gerenciamento dos recursos humanos do projeto ............................................ 405
F.7 gerenciamento das comunicações do projeto ................................................... 406
F.8 gerenciamento dos riscos do projeto ................................................................. 406
F.9 gerenciamento das aquisições do projeto ......................................................... 407
APênDICE g - REDE DE RElACIOnAMEnTO ........................................................................409
g.1 liderança ............................................................................................................ 409
g.2 Desenvolvimento da equipe ................................................................................ 410
g.3 Motivação ............................................................................................................ 410
g.4 Comunicação ....................................................................................................... 411
g.5 Influência ............................................................................................................. 411
g.6 Processo decisório ............................................................................................. 412

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XI
ínDICE

g.7 Conhecimento político e cultural ........................................................................ 412


g.8 negociação .......................................................................................................... 413
g.9 Referências .......................................................................................................... 413
glOSSÁRIO...........................................................................................................................415
1. Inclusões e exclusões ......................................................................................... 415
2. ACRÔnIMOS COMUnS ......................................................................................... 416
3. Definições ............................................................................................................ 418
ínDICE REMISSIvO ...............................................................................................................447

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XII
LISTA DE TAbELAS E fIGURAS
Figura 1-1. Interações de gerenciamento de projetos, programas e portfólios ..................................8
Tabela 1-1. Resumo comparativo de gerenciamento de projetos, programas e portfólios .................9
Figura 2-1. nível típico de custos e pessoal ao longo do seu ciclo de vida .......................................16
Figura 2-2. Impacto da variável com base no tempo decorrido do projeto .......................................17
Figura 2-3. Exemplo de projeto de fase única .....................................................................................19
Figura 2-4. Exemplo de um projeto de três fases ...............................................................................21
Figura 2-5. Exemplo de um projeto com fases sobrepostas ..............................................................21
Figura 2-6. A relação entre as partes interessadas e o projeto .........................................................24
Tabela 2-1. Influências organizacionais nos projetos .........................................................................28
Figura 2-7. Organização funcional.......................................................................................................29
Figura 2-8. Organização matricial fraca ..............................................................................................29
Figura 2-9. Organização matricial balanceada ...................................................................................30
Figura 2-10. Organização matricial forte...............................................................................................30
Figura 2-11. Organização projetizada....................................................................................................31
Figura 2-12. Organização composta ......................................................................................................31
Figura 3-1. grupos de processos de gerenciamento de projetos .......................................................40
Figura 3-2. Os grupos de processos interagem em uma fase ou em um projeto ..............................41
Figura 3-3. Interações nos processos de gerenciamento de projetos ...............................................42
Tabela 3-1. Mapeamento de grupos de processos de gerenciamento de
projetos e áreas de conhecimento ......................................................................................43
Figura 3-4. limites do projeto ..............................................................................................................44
Figura 3-5. grupo de processos de iniciação ......................................................................................45
Figura 3-6. Desenvolver o termo de abertura do projeto: entradas e saídas.....................................46

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XIII
Figura 3-7. Identificar as partes interessadas: entradas e saídas .....................................................46
Figura 3-8. grupo de processos de planejamento ..............................................................................47
Figura 3-9. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: entradas e saídas ..........................48
Figura 3-10. Coletar os requisitos: entradas e saídas ..........................................................................49
Figura 3-11. Definir o escopo: entradas e saídas..................................................................................49
Figura 3-12. Criar a estrutura analítica do projeto (EAP): entradas e saídas ......................................49
Figura 3-13. Definir as atividades: entradas e saídas ..........................................................................50
Figura 3-14. Sequenciar as atividades: entradas e saídas ...................................................................50
Figura 3-15. Estimar os recursos das atividades: entradas e saídas ..................................................50
Figura 3-16. Estimar as durações das atividades: entradas e saídas..................................................51
Figura 3-17. Desenvolver o cronograma: entradas e saídas ................................................................51
Figura 3-18. Estimar os custos: entradas e saídas ...............................................................................52
Figura 3-19. Determinar o orçamento: entradas e saídas ....................................................................52
Figura 3-20. Planejar a qualidade: entradas e saídas ..........................................................................52
Figura 3-21. Desenvolver o plano de recursos humanos: entradas e saídas ......................................53
Figura 3-22. Planejar as comunicações: entradas e saídas .................................................................53
Figura 3-23. Planejar o gerenciamento dos riscos: entradas e saídas ................................................53
Figura 3-24. Identificar os riscos: entradas e saídas............................................................................54
Figura 3-25. Realizar a análise qualitativa dos riscos: entradas e saídas...........................................54
Figura 3-26. Realizar a análise quantitativa dos riscos: entradas e saídas ........................................54
Figura 3-27. Planejar as respostas aos riscos: entradas e saídas .......................................................55
Figura 3-28. Planejar as aquisições: entradas e saídas .......................................................................55
Figura 3-29. grupo de processos de execução .....................................................................................56
Figura 3-30. Orientar e gerenciar a execução do projeto: entradas e saídas ......................................57

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XIv
Figura 3-31. Realizar a garantia da qualidade: entradas e saídas .......................................................57
Figura 3-32. Mobilizar a equipe do projeto: entradas e saídas ............................................................57
Figura 3-33. Desenvolver a equipe do projeto: entradas e saídas .......................................................58
Figura 3-34. gerenciar a equipe do projeto: entradas e saídas............................................................58
Figura 3-35. Distribuir as informações: entradas e saídas ..................................................................58
Figura 3-36. gerenciar as expectativas das partes interessadas: entradas e saídas .........................59
Figura 3-37. Conduzir as aquisições: entradas e saídas ......................................................................59
Figura 3-38. grupo de processos de monitoramento e controle ..........................................................60
Figura 3-39. Monitorar e controlar o trabalho do projeto: entradas e saídas ......................................61
Figura 3-40. Realizar o controle integrado de mudanças: entradas e saídas .....................................61
Figura 3-41. verificar o escopo: entradas e saídas...............................................................................61
Figura 3-42. Controlar o escopo: entradas e saídas .............................................................................62
Figura 3-43. Controlar o cronograma: entradas e saídas .....................................................................62
Figura 3-44. Controlar os custos: entradas e saídas ............................................................................62
Figura 3-45. Realizar o controle da qualidade: entradas e saídas .......................................................63
Figura 3-46. Reportar o desempenho: entradas e saídas .....................................................................63
Figura 3-47. Monitorar e controlar os riscos: entradas e saídas .........................................................63
Figura 3-48. Administrar as aquisições: entradas e saídas .................................................................64
Figura 3-49. grupo de processos de encerramento ..............................................................................65
Figura 3-50. Encerrar o projeto ou fase: entradas e saídas..................................................................65
Figura 3-51. Encerrar as aquisições: entradas e saídas.......................................................................65
Figura III-1. legenda do diagrama de fluxo de dados .........................................................................69
Figura 4-1. visão geral do gerenciamento da integração do projeto .................................................73
Figura 4-2. Desenvolver o termo de abertura do projeto:
entradas, ferramentas e técnicas e saídas ......................................................................74

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Xv
Figura 4-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver o termo de abertura do projeto ......74
Figura 4-4. Desenvolver o termo de abertura do projeto: entradas,
ferramentas e técnicas e saídas .......................................................................................78
Figura 4-5. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver
o plano de gerenciamento do projeto ...............................................................................79
Figura 4-6. Orientar e gerenciar a execução do projeto:
entradas, ferramentas e técnicas e saídas ......................................................................84
Figura 4-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Orientar e gerenciar a execução do projeto........84
Figura 4-8. Monitorar e controlar o trabalho do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .....89
Figura 4-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Monitorar e controlar o trabalho do projeto .......90
Figura 4-10. Realizar o controle integrado de mudanças:
entradas, ferramentas e técnicas e saídas ......................................................................95
Figura 4-11. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar o controle integrado de mudanças .......96
Figura 4-12. Encerrar o projeto ou fase: entradas, ferramentas e técnicas e saídas........................100
Figura 4-13. Diagrama de fluxo de dados do processo Encerrar o projeto ou fase ..........................100
Figura 5-1. visão geral do gerenciamento do escopo do projeto:
entradas, ferramentas e técnicas e saídas ....................................................................104
Figura 5-2. Coletar os requisitos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ................................105
Figura 5-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos ...................................106
Figura 5-4. Definir o escopo: entradas, ferramentas e técnicas e saídas........................................112
Figura 5-5. Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo ..........................................113
Figura 5-6. Criar a EAP: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ................................................116
Figura 5-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP ...................................................117
Figura 5-8. Exemplo de estrutura analítica do projeto com alguns ramais
decompostos até o nível de pacotes de trabalho...........................................................119
Figura 5-9. Exemplo de uma estrutura analítica de projeto organizada por fases .........................119
Figura 5-10. Exemplo de decomposição com entregas principais.....................................................120
Figura 5-11. verificar o escopo: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .....................................123
Figura 5-12. Diagrama de fluxo de dados do processo verificar o escopo .......................................123

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XvI
Figura 5-13. Controlar o escopo: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ...................................125
Figura 5-14. Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo ......................................126
Figura 6-1. visão geral do gerenciamento do tempo do projeto ......................................................131
Figura 6-2. Resumo do desenvolvimento do cronograma ................................................................132
Figura 6-3. Definir as atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ................................133
Figura 6-4. Diagrama de fluxo de dados do processo Definir as atividades ...................................133
Figura 6-5. Sequenciar as atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .........................136
Figura 6-6. Diagrama de fluxo de dados do processo Sequenciar as atividades ............................137
Figura 6-7. Método do diagrama de precedência .............................................................................139
Figura 6-8. Estimar os recursos das atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas.........142
Figura 6-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Estimar os recursos das atividades ...........142
Figura 6-10. Estimar as durações das atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas........146
Figura 6-11. Diagrama de fluxo de dados do processo Estimar as durações das atividades ..........147
Figura 6-12. Desenvolver o cronograma: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ......................152
Figura 6-13. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver o cronograma .........................153
Figura 6-14. Cronograma do projeto—Exemplos de gráficos ............................................................158
Figura 6-15. Resumo do controle do cronograma: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .......160
Figura 6-16. Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o cronograma ..............................161
Figura 7-1. visão geral do gerenciamento dos custos do projeto ....................................................167
Figura 7-2. Estimar os custos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .....................................169
Figura 7-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Estimar os custos ........................................169
Figura 7-4. Determinar o orçamento: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ..........................175
Figura 7-5. Diagrama de fluxo de dados do processo Determinar o orçamento .............................175
Figura 7-6. linha de base de custos, gastos e requisitos de recursos financeiros.........................178

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XvII
Figura 7-7. Controlar os custos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ..................................180
Figura 7-8. Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar os custos .....................................180
Figura 7-9. valor agregado, valor planejado e custos reais .............................................................183
Figura 7-10. índice de desempenho para término (IDPT) ...................................................................186
Figura 8-1. visão geral do gerenciamento da qualidade do projeto ................................................191
Figura 8-2. Planejar a qualidade: entradas, ferramentas e técnicas e saídas.................................192
Figura 8-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar a qualidade ...................................193
Figura 8-4. Custo da qualidade ..........................................................................................................195
Figura 8-5. Exemplo de um gráfico de controle ................................................................................196
Figura 8-6. gráfico de controle de medições consecutivas com limites fixados ............................197
Figura 8-7. Fluxograma de processos ...............................................................................................199
Figura 8-8. Realizar a garantia da qualidade: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .............202
Figura 8-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar a garantia da qualidade................202
Figura 8-10. Realizar o controle da qualidade: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .............206
Figura 8-11. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar o controle da qualidade ................207
Figura 8-12. Fontes clássicas de problemas a considerar .................................................................209
Figura 8-13. Segmento sobre o ambiente expandido por brainstorming ..........................................209
Figura 8-14. histograma.......................................................................................................................210
Figura 8-15. Diagrama de Pareto .........................................................................................................211
Figura 8-16. Diagrama de dispersão ...................................................................................................212
Figura 9-1. visão geral do gerenciamento dos recursos humanos do projeto ................................217
Figura 9-2. Desenvolver o plano de recursos humanos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas.......218
Figura 9-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver o plano de recursos humanos......218
Figura 9-4. Formatos de definição dos papéis e responsabilidades ................................................220

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XvIII
Figura 9-5. Matriz de responsabilidades (MR) usando um formato RACI ........................................221
Figura 9-6. histograma de recursos ilustrativo.................................................................................224
Figura 9-7. Mobilizar a equipe do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ..................226
Figura 9-8. Diagrama de fluxo do processo Mobilizar a equipe do projeto .....................................226
Figura 9-9. Desenvolver a equipe do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .............230
Figura 9-10. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver a equipe do projeto ................231
Figura 9-11. gerenciar a equipe do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas..................236
Figura 9-12. Diagrama de fluxo de dados do processo gerenciar a equipe do projeto ....................237
Figura 10-1. visão geral do gerenciamento das comunicações do projeto .......................................244
Figura 10-2. Identificar as partes interessadas: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ...........246
Figura 10-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Identificar as partes interessadas ..............247
Figura 10-4. Exemplo de grade de poder/interesse com as partes interessadas .............................249
Figura 10-5. Exemplo de matriz de análise de partes interessadas ..................................................251
Figura 10-6. Planejar as comunicações: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .......................252
Figura 10-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar as comunicações ..........................252
Figura 10-8. Modelo básico de comunicação......................................................................................255
Figura 10-9. Distribuir as informações: entradas, ferramentas e técnicas e saídas.........................258
Figura 10-10. Diagrama de fluxo de dados do processo Distribuir as informações ...........................259
Figura 10-11. gerenciar as expectativas das partes interessadas:
entradas, ferramentas e técnicas e saídas ....................................................................262
Figura 10-12. Diagrama de fluxo de dados do processo
gerenciar as expectativas das partes interessadas ......................................................262
Figura 10-13. Reportar o desempenho: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ...........................266
Figura 10-14. Diagrama de fluxo de dados do processo Reportar o desempenho ..............................267
Figura 10-15. Exemplo tabular de relatório de desempenho................................................................271
Figura 11-1. visão geral do gerenciamento dos riscos do projeto .....................................................274

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XIX
Figura 11-2. Planejar o gerenciamento dos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .........277
Figura 11-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar o gerenciamento dos riscos .........277
Figura 11-4. Exemplo de uma estrutura analítica dos riscos (EAR) ...................................................280
Figura 11-5. Definição de escalas de impactos para quatro objetivos do projeto ............................281
Figura 11-6. Identificar os riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas..................................282
Figura 11-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Identificar os riscos ....................................283
Figura 11-8. Realizar a análise qualitativa dos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas........289
Figura 11-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar a análise qualitativa dos riscos ......290
Figura 11-10. Matriz de probabilidade e impacto .................................................................................292
Figura 11-11. Realizar a análise quantitativa dos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .....295
Figura 11-12. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar a análise quantitativa dos riscos ........295
Figura 11-13. Faixas de estimativas de custos do projeto coletadas durante a entrevista sobre riscos .....297
Figura 11-14. Exemplos de distribuições de probabilidades usadas com frequência ........................298
Figura 11-15. Diagrama da árvore de decisão ......................................................................................299
Figura 11-16. Resultados da simulação de riscos de custos ...............................................................300
Figura 11-17. Planejar as respostas aos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .............302
Figura 11-18. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar as respostas aos riscos ................302
Figura 11-19. Monitorar e controlar os riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ...............308
Figura 11-20. Diagrama de fluxo de dados do processo de Monitorar e controlar os riscos .............309
Figura 12-1. visão geral do gerenciamento das aquisições do projeto .............................................314
Figura 12-2. Planejar as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .............................317
Figura 12-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar as aquisições ................................318
Figura 12-4. Conduzir as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas ............................329
Figura 12-5. Diagrama de fluxo de dados do processo Conduzir as aquisições ...............................329
Figura 12-6. Administrar as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .......................335

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XX
Figura 12-7. Diagrama de fluxo de dados da administração das aquisições ....................................336
Figura 12-8. Encerrar as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas .............................342
Figura 12-9. Diagrama de fluxo de dados do encerramento das aquisições ....................................342
Tabela A1. Diferenciação entre o plano de gerenciamento do projeto e os documentos do projeto....350
Tabela A2. Elementos do termo de abertura e declaração do escopo.............................................351
Tabela A3. Mudanças no Capítulo 4 ..................................................................................................352
Tabela A4. Mudanças no Capítulo 5 ..................................................................................................353
Tabela A5. Mudanças no Capítulo 6 ..................................................................................................353
Tabela A6. Mudanças no Capítulo 7 ..................................................................................................354
Tabela A7. Mudanças no Capítulo 8 ..................................................................................................354
Tabela A8. Mudanças no Capítulo 9 ..................................................................................................355
Tabela A9. Mudanças no Capítulo 10 ................................................................................................355
Tabela A10. Mudanças no Capítulo 11 ................................................................................................356
Tabela A11. Mudanças no Capítulo 12 ................................................................................................356
Tabela B1. Mudanças estruturais .....................................................................................................373
Tabela B2. Mudanças no Capítulo 4 ..................................................................................................376
Tabela B3. Mudanças no Capítulo 5 ..................................................................................................376
Tabela B4. Mudanças no Capítulo 6 ..................................................................................................377
Tabela B5. Mudanças no Capítulo 7 ..................................................................................................377
Tabela B6. Mudanças no Capítulo 8 ..................................................................................................378
Tabela B7. Mudanças no Capítulo 9 ..................................................................................................378
Tabela B8. Mudanças no Capítulo 10 ................................................................................................379
Tabela B9. Mudanças no Capítulo 11 (não foram feitas mudanças nos nomes) ............................379
Tabela B10. Mudanças no Capítulo 12 ................................................................................................380

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XXI
PREFÁCIO DA QUARTA EDIÇÃO
Este documento substitui o Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia
PMBOK®) – Terceira edição. Desde a sua publicação, o Project Management Institute (PMI) recebeu milhares
de recomendações valiosas para melhorias do Guia PMBOK® – Terceira edição, que foram revisadas e, quando
adequado, incorporadas à quarta edição.

Como resultado dessas inserções e do crescimento do Conjunto de conhecimentos em gerenciamento de


projetos, os voluntários do PMI prepararam uma versão atualizada do Guia PMBOK®. O termo de abertura do
projeto para a atualização do Guia PMBOK® – Terceira edição era para:

1. Revisar o padrão, de modo a não conflitar com nenhum outro padrão do PMI.
2. Assegurar que as informações contidas no padrão fossem consistentes em termos de conceito e claras
em sua redação, e que a terminologia fosse bem definida e congruente com a das outras publicações.
3. Pesquisar o modo como os ciclos de vida estão sendo usados em projetos no momento e revisá-
los ou expandi-los, conforme necessário.
4. Examinar os cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos e os 44 processos de descrição
de gerenciamento de projetos para determinar se a combinação, exclusão ou adição de novos processos
acrescentaria clareza ao padrão.
5. Assegurar que atualizações às Áreas de conhecimento sejam congruentes com o trabalho realizado
para definir os processos, as entradas e as saídas definidos pelo grupo de padrões.
As principais diferenças entre a Terceira e a Quarta edições são resumidas a seguir:

1. Todos os nomes de processos estão no formato verbo-substantivo.


2. Foi empregada uma abordagem padrão à discussão de fatores ambientais da empresa e de ativos
de processos organizacionais.
3. Foi empregada uma abordagem padrão à discussão de mudanças, ações preventivas e corretivas
e reparos de defeitos.
4. O número de processos foi reduzido de 44 para 42. Dois processos foram excluídos, dois foram
adicionados e seis foram reconfigurados em quatro processos na Área de conhecimento em
gerenciamento das aquisições do projeto.
5. A fim de proporcionar clareza, uma distinção foi feita entre o plano de gerenciamento do projeto e
os documentos de projeto usados para gerenciá-lo.

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XXII
6. A distinção entre as informações no Termo de abertura do projeto e na Declaração do escopo do
projeto foi esclarecida.
7. Os diagramas de fluxo do processo no início dos Capítulos 4 a 12 foram excluídos.
8. Um diagrama de fluxo de dados foi criado para cada processo para mostrar os processos relacionados
às suas entradas e saídas.
9. Um novo apêndice foi adicionado para abordar as principais habilidades interpessoais usadas por
um gerente de projetos durante o gerenciamento.
O Guia PMBOK® – Quarta edição mantém a organização da terceira edição, sendo organizado em três seções:

A Seção 1, A estrutura do gerenciamento de projetos, oferece uma base à compreensão do gerenciamento


de projetos. Há dois capítulos nesta seção.

O Capítulo 1, Introdução, apresenta uma base e o objetivo do padrão. Ele define em que consiste
um projeto e discute o gerenciamento de projetos e a relação entre gerenciamento de projetos, de
programas e de portfólios. O papel do gerente de projetos também é discutido.

O Capítulo 2, Ciclo de vida e organização do projeto, fornece uma visão geral do ciclo de vida
do projeto e de sua relação com o ciclo de vida do produto. Ele descreve as fases e a relação não só
entre elas, mas com o próprio projeto. Também inclui uma visão geral da estrutura organizacional que
pode influenciar o projeto e a maneira como este é gerenciado.

A Seção 2, O padrão de gerenciamento de um projeto, define os processos de gerenciamento de projetos,


bem como as entradas e saídas de cada processo.

O Capítulo 3, Processos de gerenciamento de projetos em um projeto, define os cinco grupos


de processos: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e controle e Encerramento. Este
capítulo mapeia as Áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos para os grupos específicos
de processos de gerenciamento.

A Seção 3, As áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos, descreve as Áreas de conhecimento


em gerenciamento de projetos; lista os processos de gerenciamento de projetos e define as entradas, as
ferramentas e técnicas e as saídas de cada área. Cada um dos nove capítulos concentra-se em uma Área de
conhecimento específica.

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XXIII
O Capítulo 4, gerenciamento da integração do projeto, define os processos e as atividades que
integram os diversos elementos do gerenciamento de projetos. Este capítulo inclui:

• Desenvolver o termo de abertura do projeto;


• Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto;
• Orientar e gerenciar a execução do projeto;
• Monitorar e controlar o trabalho do projeto;
• Realizar o controle integrado de mudanças;
• Encerrar o projeto ou a fase.
O Capítulo 5, gerenciamento do escopo do projeto, descreve os processos relativos à garantia
de que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e apenas o trabalho necessário, para que seja
terminado com sucesso. Este capítulo inclui:

• Coletar os requisitos;
• Definir o escopo;
• Criar a EAP;
• Verificar o escopo;
• Controlar o escopo.
O Capítulo 6, gerenciamento do tempo do projeto, se concentra nos processos relativos ao término
do projeto no prazo correto. Este capítulo inclui:

• Definir as atividades;
• Sequenciar as atividades;
• Estimar os recursos das atividades;
• Estimar as durações das atividades;
• Desenvolver o cronograma;
• Controlar o cronograma.

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XXIv
O Capítulo 7, gerenciamento dos custos do projeto, descreve os processos envolvidos em
planejamento, estimativa, determinação do orçamento e controle de custos, de modo que o projeto
termine dentro do orçamento aprovado. Este capítulo inclui:
• Estimar os custos;
• Determinar o orçamento;
• Controlar os custos.
O Capítulo 8, gerenciamento da qualidade do projeto, descreve os processos envolvidos no
planejamento, monitoramento, controle e na garantia de que o projeto satisfará os requisitos de
qualidade especificados. Este capítulo inclui:
• Planejar a qualidade;
• Realizar a garantia da qualidade;
• Realizar o controle da qualidade.
O Capítulo 9, gerenciamento dos recursos humanos do projeto, descreve os processos envolvidos
no planejamento, contratação ou mobilização, desenvolvimento e gerenciamento da equipe do projeto.
Este capítulo inclui:
• Desenvolver o plano de recursos humanos;
• Mobilizar a equipe do projeto;
• Desenvolver a equipe do projeto;
• Gerenciar a equipe do projeto.
O Capítulo 10, gerenciamento das comunicações do projeto, identifica os processos relativos
à geração, coleta, disseminação, armazenamento e destinação final das informações do projeto de
forma oportuna e apropriada. Este capítulo inclui:
• Identificar as partes interessadas;
• Planejar as comunicações;
• Distribuir as informações;
• Gerenciar as expectativas das partes interessadas;
• Reportar o desempenho.

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XXv
O Capítulo 11, gerenciamento dos riscos do projeto, descreve os processos envolvidos na
identificação, análise e controle dos riscos do projeto. Este capítulo inclui:
• Planejar o gerenciamento dos riscos;
• Identificar os riscos;
• Realizar a análise qualitativa dos riscos;
• Realizar a análise quantitativa dos riscos;
• Planejar as respostas aos riscos;
• Monitorar e controlar os riscos.
O Capítulo 12, gerenciamento das aquisições do projeto, descreve os processos envolvidos na
compra ou aquisição de produtos, serviços ou resultados para o projeto. Este capítulo inclui:
• Planejar as aquisições;
• Conduzir as aquisições;
• Administrar as aquisições;
• Encerrar as aquisições;
Apêndices

glossário

O Guia PMBOK® – Quarta edição foi apresentado em um documento preliminar no início de 2008. Muitos
dos comentários enviados pelos revisores foram incorporados nesta edição final.

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XXvI
SEÇÃO I
A ESTRUTURA DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Capítulo 1
• Introdução
Capítulo 2
• Ciclo de vida e organização do projeto
1

CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
O Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) é um padrão reconhecido para
a profissão de gerenciamento de projetos. Um padrão é um documento formal que descreve normas, métodos,
processos e práticas estabelecidas. Assim como em outras profissões como advocacia, medicina e contabilidade,
o conhecimento contido nesse padrão evoluiu a partir das boas práticas reconhecidas de profissionais de
gerenciamento de projetos que contribuíram para o seu desenvolvimento.

Os dois primeiros capítulos do Guia PMBOK® são uma introdução aos principais conceitos no campo de
gerenciamento de projetos. O Capítulo 3 é o padrão para o gerenciamento de projetos. Como tal, ele resume os
processos, entradas e saídas que são considerados boas práticas na maioria dos projetos, a maior parte das
vezes. Os Capítulos de 4 a 12 são o guia para o conhecimento em gerenciamento de projetos. Eles ampliam
as informações do padrão descrevendo as entradas e saídas, bem como as ferramentas e técnicas usadas no
gerenciamento de projetos.

O Guia PMBOK® fornece diretrizes para o gerenciamento de projetos individuais. Ele define o gerenciamento e
os conceitos relacionados e descreve o ciclo de vida do gerenciamento de projetos e os processos relacionados.

Este capítulo define diversos termos-chave e identifica fatores ambientais externos e organizacionais internos que
cercam ou influenciam o sucesso de um projeto. Um resumo do Guia PMBOK® é apresentado nas seguintes seções:

1.1 Objetivo do Guia PMBOK®


1.2 O que é um projeto?
1.3 O que é gerenciamento de projetos?
1.4 Relações entre gerenciamento de projetos, gerenciamento de programas e gerenciamento
de portfólios
1.5 gerenciamento de projetos e gerenciamento de operações
1.6 Papel de um gerente de projetos
1.7 Conhecimento em gerenciamento de projetos
1.8 Fatores ambientais da empresa

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3
1 CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO

1.1 Objetivo do Guia PMBOK®


A crescente aceitação do gerenciamento de projetos indica que a aplicação de conhecimentos, processos,
habilidades, ferramentas e técnicas adequados pode ter um impacto significativo no sucesso de um projeto.
O Guia PMBOK® identifica esse subconjunto do conhecimento em gerenciamento amplamente reconhecido
como boa prática. “Amplamente reconhecido” significa que o conhecimento e as práticas descritas são
aplicáveis à maioria dos projetos na maior parte do tempo e que existe um consenso em relação ao seu
valor e sua utilidade. “Boa prática” significa que existe um consenso geral de que a aplicação correta dessas
habilidades, ferramentas e técnicas pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla gama de projetos.
Uma boa prática não significa que o conhecimento descrito deva ser sempre aplicado uniformemente em
todos os casos; a organização e/ou a equipe de gerenciamento do projeto é responsável por determinar o que
é apropriado para um projeto específico.

O Guia PMBOK® também fornece e promove um vocabulário comum dentro da profissão de gerenciamento
de projetos para se discutir, escrever e aplicar conceitos de gerenciamento de projetos. Esse vocabulário
padrão é um elemento essencial da profissão.

O Project Management Institute (PMI) considera este padrão como uma referência básica de gerenciamento
de projetos para seus programas de desenvolvimento profissional e certificações.

Como uma referência básica, esse padrão não é abrangente nem completo. Ele é um guia, ao invés de uma
metodologia. É possível usar metodologias e ferramentas distintas para implementar a estrutura. O Apêndice
D discute extensões da área de aplicação e o Apêndice E relaciona fontes de informações adicionais sobre
gerenciamento de projetos.

Além dos padrões que estabelecem diretrizes para processos, ferramentas e técnicas de gerenciamento
de projetos, o Código de Ética e Conduta Profissional do PMI (Project Management Institute Code of Ethics and
Professional Conduct) orienta os praticantes de gerenciamento de projetos e descreve as expectativas que
os praticantes têm de si mesmos e de outros. O mencionado código de ética e conduta é específico quanto à
obrigação básica de responsabilidade, respeito, justiça e honestidade. Ele exige que os profissionais demonstrem
um compromisso com a conduta ética e profissional. Além disso, transmite a obrigação de respeito às leis,
regulamentos e políticas organizacionais e profissionais. Como os profissionais são provenientes de culturas
e ambientes distintos, o mesmo é aplicado globalmente. Ao lidar com as partes interessadas, os profissionais
devem estar comprometidos com práticas honestas e justas e relacionamento respeitoso. O Código de Ética e
Conduta Profissional está publicado no site do PMI (http://www.pmi.org). A aceitação do código é um requisito
para a certificação Profissional de Gerenciamento de Projetos (PMP®) do PMI.

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4
CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO 1

1.2 O que é um projeto?


Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua
natureza temporária indica um início e um término definidos. O término é alcançado quando os objetivos tiverem
sido atingidos ou quando se concluir que esses objetivos não serão ou não poderão ser atingidos e o projeto for
encerrado, ou quando o mesmo não for mais necessário. Temporário não significa necessariamente de curta
duração. Além disso, geralmente o termo temporário não se aplica ao produto, serviço ou resultado criado pelo
projeto; a maioria dos projetos é realizada para criar um resultado duradouro. Por exemplo, um projeto para a
construção de um monumento nacional criará um resultado que deve durar séculos. Os projetos também podem
ter impactos sociais, econômicos e ambientais com duração mais longa que a dos próprios projetos.

Cada projeto cria um produto, serviço ou resultado exclusivo. Embora elementos repetitivos possam estar
presentes em algumas entregas do projeto, essa repetição não muda a singularidade fundamental do trabalho
do projeto. Por exemplo, prédios de escritórios são construídos com os materiais idênticos ou similares ou pela
mesma equipe, mas cada um é exclusivo – com diferentes projetos, circunstâncias, fornecedores, etc.

Um esforço de trabalho contínuo é geralmente um processo repetitivo porque segue os procedimentos


existentes de uma organização. Por outro lado, devido à natureza exclusiva dos projetos, pode haver incertezas
quantos aos produtos, serviços ou resultados criados pelo projeto. As tarefas podem ser novas para a equipe
do projeto, o que demanda planejamento mais dedicado do que outro trabalho rotineiro. Além disso, os projetos
são empreendidos em todos os níveis organizacionais. Um projeto pode envolver uma única pessoa, uma única
ou múltiplas unidades organizacionais.

Um projeto pode criar:


• Um produto que pode ser um item final ou um item componente de outro item;
• Uma capacidade de realizar um serviço, como funções de negócios que dão suporte à produção ou à
distribuição ou
• Um resultado, como um produto ou um documento (por exemplo, um projeto de pesquisa desenvolve
um conhecimento que pode ser usado para determinar se uma tendência está presente ou se um
novo processo beneficiará a sociedade).

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5
1 CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO

Exemplos de projetos incluem, mas não se limitam a:


• Desenvolvimento de um novo produto ou serviço;
• Efetuar uma mudança de estrutura, de pessoal ou de estilo de uma organização;
• Desenvolvimento ou aquisição de um sistema de informações novo ou modificado;
• Construção de prédio ou infraestrutura ou
• Implementação de um novo procedimento ou processo de negócios.

1.3 O que é gerenciamento de projetos?


O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às
atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através
da aplicação e integração apropriadas dos 42 processos agrupados logicamente abrangendo os 5 grupos.
Os 5 grupos de processos são:
• Iniciação;
• Planejamento;
• Execução;
• Monitoramento e controle e
• Encerramento.
Gerenciar um projeto inclui:
• Identificação dos requisitos;
• Adaptação às diferentes necessidades, preocupações e expectativas das partes interessadas à
medida que o projeto é planejado e realizado;
• Balanceamento das restrições conflitantes do projeto que incluem, mas não se limitam a:
○ Escopo;
○ Qualidade;
○ Cronograma;
○ Orçamento;
○ Recursos e
○ Risco.

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6
CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO 1

O projeto específico influenciará as restrições nas quais o gerente precisa se concentrar.

A relação entre esses fatores ocorre de tal forma que se algum deles mudar, pelo menos um outro fator
provavelmente será afetado. Por exemplo, se o cronograma for reduzido, muitas vezes o orçamento precisará
ser aumentado para incluir recursos adicionais a fim de realizar a mesma quantidade de trabalho em menos
tempo. Se não for possível um aumento no orçamento, o escopo ou a qualidade poderá ser reduzido para
entregar um produto em menos tempo com o mesmo orçamento. As partes interessadas no projeto podem
ter ideias divergentes quanto a quais fatores são os mais importantes, criando um desafio ainda maior. A
mudança dos requisitos do projeto pode criar riscos adicionais. A equipe do projeto deve ser capaz de avaliar
a situação e equilibrar as demandas a fim de entregar um projeto bem-sucedido.

Devido ao potencial de mudança, o plano de gerenciamento do projeto é iterativo e passa por uma
elaboração progressiva no decorrer do ciclo de vida do projeto. A elaboração progressiva envolve melhoria
contínua e detalhamento de um plano conforme informações mais detalhadas e específicas e estimativas
mais exatas tornam-se disponíveis. Isto é, conforme o projeto evolui, a equipe de gerenciamento poderá
gerenciar com um nível maior de detalhes.

1.4 Relacionamento entre gerenciamento de projetos, gerenciamento de


programas e gerenciamento de portfólios
Em organizações de gerenciamento de projetos maduras, o gerenciamento de projetos existe em um
contexto mais amplo regido pelo gerenciamento de programas e gerenciamento de portfólios. Conforme ilustra a
Figura 1-1, as estratégias e prioridades organizacionais estão vinculadas e possuem relações entre portfólios e
programas, bem como entre programas e projetos individuais. O planejamento organizacional impacta o projeto
através de uma priorização de projetos baseada em risco, financiamento e no plano estratégico da organização.
O planejamento organizacional pode orientar o financiamento e dar suporte aos projetos componentes com base
nas categorias de risco, linhas específicas de negócios ou tipos gerais de projetos, como infraestrutura e melhoria
de processos internos.

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7
1 CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO

Portfólio de
nível mais
• Estratégias e prioridades elevado • Estratégias e prioridades
• Elaboração progressiva • Elaboração progressiva
• Governança • Governança
• Deliberações das mudanças solicitadas • Deliberações das mudanças solicitadas
• Impactos das mudanças em outros • Impactos das mudanças em outros
portfólios, programas ou projetos portfólios, programas ou projetos
Portfólios de
• Relatórios de desempenho Projetos
nível inferior • Relatórios de desempenho
• Solicitações de mudança com • Solicitações de mudança com
impacto em outros portfólios, impacto em outros portfólios,
programas ou projetos programas ou projetos

• Estratégias e prioridades
• Elaboração progressiva
Programas • Governança
de nível • Deliberações das mudança solicitadas
mais elevado • Impactos das mudanças em outros Programas
portfólios, programas ou projetos
de nível
mais elevado
• Relatórios de desempenho
• Solicitações de mudança com
impacto em outros portfólios,
Programas de programas ou projetos
nível inferior
Projetos
Programas de
nível inferior
Projetos

Projetos

Projetos

Figura 1-1. Interações de gerenciamento de projetos, programas e portfólios

Os projetos, programas e portfólios possuem abordagens distintas. A Tabela 1-1 apresenta a comparação
de visões de projeto, programa e portfólio em vários domínios, incluindo mudança, liderança, gerenciamento
e outros.

1.4.1 gerenciamento de portfólios


Um portfólio refere-se a um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos, agrupados para facilitar
o gerenciamento eficaz desse trabalho a fim de atingir os objetivos estratégicos de negócios. Os projetos ou
programas do portfólio podem não ser necessariamente interdependentes ou diretamente relacionados. Por
exemplo, uma empresa de infraestrutura que tenha o objetivo estratégico de “maximizar o retorno sobre os
seus investimentos” pode compor um portfólio que inclua uma mescla de projetos em petróleo e gás, energia,
água, estradas, ferrovias e aeroportos. A partir dessa mescla, a empresa pode escolher gerenciar projetos
relacionados como um programa. Todos os projetos de energia podem ser agrupados como um programa de
energia. Da mesma forma, todos os projetos de água podem ser agrupados como um programa de água.

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8
CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO 1

O gerenciamento de portfólios se refere ao gerenciamento centralizado de um ou mais portfólios, que inclui


identificação, priorização, autorização, gerenciamento e controle de projetos, programas e outros trabalhos
relacionados, para atingir objetivos estratégicos específicos de negócios. O gerenciamento de portfólios se
concentra em garantir que os projetos e programas sejam analisados a fim de priorizar a alocação de recursos,
e que o gerenciamento do portfólio seja consistente e esteja alinhado às estratégias organizacionais.

Tabela 1-1. Resumo comparativo de gerenciamento de projetos, programas e portfólios

PROJETOS PROGRAMAS PORTFÓLIOS


Escopo Projetos possuem objetivos Os programas possuem um Os portfólios possuem um
definidos. O escopo é elaborado escopo maior e fornecem escopo de negócios que muda
progressivamente durante o benefícios mais significativos. com os objetivos estratégicos
ciclo de vida do projeto. da organização.

Mudança Os gerentes de projetos Os gerentes de programas Os gerentes de portfólios


esperam mudanças e devem esperar mudanças tanto monitoram continuamente
implementam processos de dentro como de fora do as mudanças ocorridas no
para manter as mudanças programa e estar preparados ambiente mais amplo da
gerenciadas e controladas. para gerenciá-las. organização.

Planejamento Os gerentes de projetos elaboram Os gerentes de programas Os gerentes de portfólios


progressivamente planos desenvolvem o plano geral do criam e mantêm comunicação
detalhados no decorrer do ciclo programa e criam planos de e processos necessários ao
de vida do projeto a partir de alto nível para orientar o portfólio global.
informações de alto nível. planejamento detalhado
no nível dos componentes.

Gerenciamento Os gerentes de projetos Os gerentes de programas Os gerentes de portfólios


gerenciam a equipe do projeto gerenciam a equipe do programa podem gerenciar ou coordenar
para atender aos objetivos e os gerentes de projetos; eles a equipe de gerenciamento
do projeto. proveem visão e liderança global. de portfólios.

Sucesso O sucesso é medido pela O sucesso é medido pelo grau O sucesso é medido em termos
qualidade do produto e do em que o programa atende às do desempenho agregado dos
projeto, pontualidade, necessidades e aos benefícios componentes do portfólio.
conformidade orçamentária para os quais foi executado.
e grau de satisfação do cliente.

Monitoramento Os gerentes de projetos Os gerentes de programas Os gerentes de portfólios


monitoram e controlam monitoram o progresso dos monitoram o desempenho
o trabalho de elaboração componentes do programa e os indicadores de valor
dos produtos, serviços ou para garantir que os objetivos, agregado da carteira.
resultados para os quais cronogramas, orçamento e
o projeto foi realizado. benefícios globais do mesmo
sejam atendidos.

1.4.2 gerenciamento de programas


Um programa é definido como um grupo de projetos relacionados, gerenciados de modo coordenado para
a obtenção de benefícios e controle que não estariam disponíveis se eles fossem gerenciados individualmente.
Os programas podem incluir elementos de trabalho relacionado fora do escopo de projetos distintos no
programa. Um projeto pode ou não fazer parte de um programa, mas um programa sempre terá projetos.

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9
1 CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO

O gerenciamento de programas é definido como o gerenciamento centralizado e coordenado de um


programa para atingir os objetivos e benefícios estratégicos do mesmo. Os projetos dentro de um programa
são relacionados através do resultado comum ou da capacidade coletiva. Se a relação entre projetos for
somente a de um cliente, vendedor, tecnologia ou recurso compartilhado, o esforço deve ser gerenciado como
um portfólio de projetos e não como um programa.

O gerenciamento de programas se concentra nas interdependências do projeto e ajuda a determinar a


melhor abordagem para gerenciá-los. As ações relacionadas a essas interdependências podem incluir:
• Solução de restrições e/ou conflitos de recursos que possam afetar múltiplos projetos no sistema;
• Alinhamento da orientação estratégica/organizacional que afeta as metas e objetivos do projeto e
do programa e
• Solução de problemas e gerenciamento de mudanças em uma estrutura de governança compartilhada.
Um exemplo de programa seria um novo sistema de satélite de comunicação com projetos para o design do
satélite e das estações terrestres, construção de cada uma delas, integração do sistema e lançamento do satélite.

1.4.3 Projetos e planejamento estratégico


Os projetos são frequentemente utilizados como meio de atingir o plano estratégico de uma organização. Os
projetos são normalmente autorizados como resultado de uma ou mais das seguintes considerações estratégicas:
• Demanda de mercado (por exemplo, uma companhia automobilística autorizando um projeto para
fabricar carros mais econômicos em resposta à escassez de gasolina);
• Oportunidade/necessidade estratégica de negócios (por exemplo, uma empresa de treinamento
autorizando um projeto para criar um novo curso a fim de aumentar a sua receita);
• Solicitação de cliente (por exemplo, uma companhia de energia elétrica autoriza um projeto de
construção de uma nova subestação para atender a um novo parque industrial);
• Avanço tecnológico (por exemplo, uma empresa de produtos eletrônicos autoriza um novo projeto
para desenvolver um laptop mais rápido, mais barato e menor após avanços obtidos em tecnologia
para memória e circuitos eletrônicos de computador) e
• Requisito legal (por exemplo, um fabricante de produtos químicos autoriza um projeto para estabelecer
diretrizes para o manuseio de um novo material tóxico).
Os projetos, em programas ou portfólios, são um meio de atingir metas e objetivos organizacionais, geralmente
no contexto de um planejamento estratégico. Embora um grupo de projetos em um programa possa ter benefícios
distintos, eles também podem contribuir para os benefícios do programa, para os objetivos do portfólio e para o
plano estratégico da organização.

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CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO 1

As organizações gerenciam portfólios com base em seu plano estratégico, o que pode ditar uma hierarquia
para o portfólio, programa ou projetos envolvidos. Um objetivo do gerenciamento de portfólios é maximizar
o valor do portfólio através do exame cuidadoso de seus componentes: os projetos e programas integrantes
e outros trabalhos relacionados. Os componentes que contribuem menos para os objetivos estratégicos do
portfólio podem ser excluídos. Dessa forma, o plano estratégico de uma organização torna-se o principal
fator de orientação para investimentos em projetos. Ao mesmo tempo, os projetos fornecem feedback aos
programas e portfólios através de relatórios de progresso e solicitações de mudança que possam impactar
outros projetos, programas ou portfólios. As necessidades dos projetos, incluindo as necessidades de recursos,
são encaminhadas e comunicadas no nível do portfólio, o qual, por sua vez, determina a orientação para o
planejamento organizacional.

1.4.4 Escritório de projetos


Um escritório de projetos (Project Management Office, PMO) é um corpo ou entidade organizacional à
qual são atribuídas várias responsabilidades relacionadas ao gerenciamento centralizado e coordenado dos
projetos sob seu domínio. As responsabilidades de um PMO podem variar desde fornecer funções de suporte
ao gerenciamento de projetos até ser responsável pelo gerenciamento direto de um projeto.

Os projetos apoiados ou administrados pelo PMO podem não estar relacionados de outra forma que não
seja por serem gerenciados conjuntamente. A forma, função e estrutura específicas de um PMO depende das
necessidades da organização à qual ele dá suporte.

Um PMO pode receber uma autoridade delegada para atuar como parte interessada integral e um importante
deliberante durante o início de cada projeto, fazer recomendações ou encerrar projetos, ou ainda tomar outras
medidas conforme a necessidade para manter os objetivos de negócios consistentes. Além disso, o PMO pode estar
envolvido na seleção, no gerenciamento e na mobilização de recursos de projetos compartilhados ou dedicados.

A principal função de um PMO é dar suporte aos gerentes de projetos de diversas maneiras, que incluem,
mas não se limitam a:
• Gerenciamento de recursos compartilhados entre todos os projetos administrados pelo PMO;
• Identificação e desenvolvimento de metodologia, melhores práticas e padrões de gerenciamento
de projetos;
• Orientação, aconselhamento, treinamento e supervisão;
• Monitoramento da conformidade com as políticas, procedimentos e modelos padrões de
gerenciamento de projetos por meio de auditorias do projeto;
• Desenvolvimento e gerenciamento de políticas, procedimentos, formulários e outras documentações
compartilhadas do projeto (ativos de processos organizacionais) e
• Coordenação das comunicações entre projetos.

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1 CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO

Os gerentes de projetos e os PMOs buscam objetivos diferentes e, por isso, são orientados por requisitos
diferentes. No entanto, todos esses esforços estão alinhados com as necessidades estratégicas da organização.
As diferenças entre o papel dos gerentes de projeto e de um PMO podem incluir:
• O gerente de projetos concentra-se nos objetivos especificados do projeto, enquanto o PMO gerencia
as principais mudanças do escopo do programa que podem ser vistas como possíveis oportunidades
para melhor alcançar os objetivos de negócios;
• O gerente de projetos controla os recursos atribuídos ao projeto para atender da melhor forma possível
aos objetivos do projeto, enquanto que o PMO otimiza o uso dos recursos organizacionais compartilhados
entre todos os projetos;
• O gerente de projetos gerencia as restrições (escopo, cronograma, custo e qualidade, etc.) dos projetos
individuais, enquanto o PMO gerencia as metodologias, padrões, o risco/oportunidade global e as
interdependências entre os projetos no nível da empresa.

1.5 gerenciamento de projetos e gerenciamento de operações


As operações são uma função organizacional que realiza a execução contínua de atividades que produzem
o mesmo produto ou fornecem um serviço repetitivo. Exemplos incluem: operações de produção, de fabricação e
de contabilidade. Embora temporários em natureza, os projetos podem ajudar a atingir os objetivos organizacionais
quando estão alinhados com a estratégia da organização. Às vezes, as organizações mudam suas operações, produtos
ou sistemas pela criação de iniciativas estratégicas de negócios. Os projetos exigem um gerenciamento de projetos
enquanto que as operações exigem gerenciamento de processos de negócios ou gerenciamento de operações. Os
projetos podem cruzar com as operações em vários pontos durante o ciclo de vida do produto, tais como:
• Na fase de encerramento de cada um;
• No desenvolvimento ou atualização de um novo produto, ou aumento de produção;
• Na melhoria de operações ou do processo de desenvolvimento do produto ou
• Até a venda de ativos das operações no final do ciclo de vida do produto.
Em cada ponto, as entregas e o conhecimento são transferidos entre o projeto e as operações para implementação
do trabalho entregue. Isso ocorre por meio da transferência de recursos do projeto para operações perto do término
do mesmo ou pela transferência de recursos operacionais para o projeto no seu início.

As operações são esforços permanentes que geram saídas repetitivas, com recursos designados a realizar
basicamente o mesmo conjunto de atividades, de acordo com os padrões institucionalizados no ciclo de vida
de um produto. Diferente da natureza contínua das operações, os projetos são esforços temporários.

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CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO 1

1.6 Papel de um gerente de projetos


O gerente de projetos é a pessoa designada pela organização executora para atingir os objetivos do projeto. O
papel de um gerente de projetos é diferente de um gerente funcional ou gerente de operações. Normalmente, o
gerente funcional está concentrado em proporcionar a supervisão de gerenciamento de uma área administrativa
e os gerentes de operações são responsáveis por um aspecto do negócio principal.

Dependendo da estrutura organizacional, um gerente de projetos pode se reportar a um gerente funcional.


Em outros casos, um gerente de projetos pode ser um dos vários gerentes de projetos que se reporta a um
gerente de portfólios ou de programas que é, em última instância, o responsável pelos projetos no âmbito da
empresa. Nesse tipo de estrutura, o gerente de projetos trabalha estreitamente com o gerente de portfólios
ou de programas para atingir os objetivos do projeto e garantir que o plano do mesmo esteja alinhado com o
plano do programa central.

Muitas das ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos são específicas ao gerenciamento de


projetos. No entanto, compreender e aplicar o conhecimento, as ferramentas e as técnicas reconhecidas como
boas práticas não é suficiente para um gerenciamento eficaz. Além de todas as habilidades da área específica
e das proficiências ou competências de gerenciamento geral exigidas, o gerenciamento de projetos eficaz
requer que o gerente tenha as seguintes três características:

.1 Conhecimento. Refere-se ao que o gerente de projetos sabe sobre gerenciamento de projetos.


.2 Desempenho. Refere-se ao que o gerente de projetos é capaz de realizar enquanto aplica seu
conhecimento em gerenciamento de projetos.
.3 Pessoal. Refere-se ao comportamento do gerente de projetos na execução do projeto ou de
alguma atividade relacionada. A efetividade pessoal abrange atitudes, principais características
de personalidade e liderança; a capacidade de orientar a equipe do projeto ao mesmo tempo
em que atinge objetivos e equilibra as restrições do mesmo.

1.7 Conhecimento em gerenciamento de projetos


O Guia PMBOK® é o padrão para gerenciar a maioria dos projetos na maior parte das vezes em vários tipos de
setores econômicos. Descreve os processos, ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos usados até a
obtenção de um resultado bem-sucedido.

Esse padrão é exclusivo ao campo de gerenciamento de projetos e tem relacionamento com outras disciplinas
de gerenciamento de projetos, como gerenciamento de programas e gerenciamento de portfólios.

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1 CAPíTUlO 1 − InTRODUÇÃO

Os padrões de gerenciamento de projetos não abordam todos os detalhes de todos os tópicos. Esse padrão
limita-se a projetos individuais e aos processos de gerenciamento de projetos amplamente reconhecidos
como boa prática. Outros padrões podem ser consultados para a obtenção de informações adicionais sobre
o contexto mais amplo no qual os projetos são realizados. O gerenciamento de programas é abordado em O
Padrão para Gerenciamento de Programas (The Standard for Program Management) e o gerenciamento de
portfólios é abordado em O Padrão para Gerenciamento de Portfólios (The Standard for Portfolio Management).
O exame das capacidades do processo de gerenciamento de projetos de uma empresa é abordado em Modelo
de Maturidade Organizacional em Gerenciamento de Projetos (Organizational Project Management Maturity
Model, OPM3®).

1.8 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa referem-se tanto aos fatores ambientais internos quanto externos que
cercam ou influenciam o sucesso de um projeto. Esses fatores são de qualquer uma ou de todas as empresas
envolvidas no projeto. Os fatores ambientais da empresa podem aumentar ou restringir as opções de gerenciamento
de projetos e podem ter uma influência positiva ou negativa no resultado. Eles são considerados como entradas
na maioria dos processos de planejamento.

Os fatores ambientais da empresa incluem, mas não se limitam a:


• Cultura, estrutura e processos organizacionais;
• Padrões governamentais ou do setor (por exemplo, regulamentos de agências reguladoras, códigos
de conduta, padrões de produto, padrões de qualidade e padrões de mão-de-obra);
• Infraestrutura (por exemplo, equipamentos e instalações existentes);
• Recursos humanos existentes (por exemplo, habilidades, disciplinas e conhecimento, tais como
projeto, desenvolvimento, departamento jurídico, contratação e compras);
• Administração de pessoal (por exemplo, diretrizes de recrutamento, retenção e, demissão, análises de
desempenho dos funcionários e registros de treinamento, política de horas extras e controle do tempo);
• Sistemas de autorização de trabalho da empresa;
• Condições do mercado;
• Tolerância a risco das partes interessadas;
• Clima político;
• Canais de comunicação estabelecidos da organização;
• Bancos de dados comerciais (por exemplo, dados padronizados de estimativa de custos, informações
sobre estudos de risco do setor e bancos de dados de riscos) e
• Sistemas de informações do gerenciamento de projetos (por exemplo, uma ferramenta automatizada,
como uma ferramenta de software para elaboração de cronogramas, um sistema de gerenciamento
de configuração, um sistema de coleta e distribuição de informações ou interfaces Web para outros
sistemas on-line automatizados).

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2

CAPÍTULO 2
CICLO DE VIDA E ORGANIZAÇÃO DO PROJETO
Os projetos e seu gerenciamento são executados em um ambiente mais amplo que o do projeto propriamente
dito. A compreensão desse contexto mais amplo ajuda a garantir que o trabalho seja conduzido em alinhamento
aos objetivos da empresa e gerenciado de acordo com as metodologias e práticas estabelecidas pela organização.
Este capítulo descreve a estrutura básica de um projeto, bem como outras considerações importantes, incluindo
como os mesmos impactam o trabalho operacional em andamento, a influência das partes interessadas além da
equipe de projeto imediata, e como a estrutura organizacional afeta o modo como a equipe é formada e como o
projeto é gerenciado e executado. As principais seções discutidas aqui são:

2.1 O Ciclo de vida do projeto — visão geral


2.2 Projeto versus trabalho operacional
2.3 Partes interessadas
2.4 Influências organizacionais no gerenciamento de projetos

2.1 O Ciclo de vida do projeto — visão geral


O ciclo de vida de um projeto consiste nas fases do mesmo que geralmente são sequenciais e que às vezes
se sobrepõem, cujo nome e número são determinados pelas necessidades de gerenciamento e controle da(s)
organização(ões) envolvidas , a natureza do projeto em si e sua área de aplicação. Um ciclo de vida pode ser
documentado com uma metodologia. O ciclo de vida pode ser definido ou moldado de acordo com aspectos
exclusivos da organização, indústria ou tecnologia empregada. Ao passo em que todos os projetos têm um
início e um fim definidos, as entregas e atividades específicas conduzidas neste ínterim poderão variar muito
de acordo com o projeto. O ciclo de vida oferece uma estrutura básica para o gerenciamento do projeto,
independentemente do trabalho específico envolvido.

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

2.1.1 Características do ciclo de vida do projeto


Os projetos variam em tamanho e complexidade. Não importa se grandes ou pequenos, simples ou complexos,
todos os projetos podem ser mapeados para a estrutura de ciclo de vida a seguir (veja a Figura 2-1):
• Início do projeto;
• Organização e preparação;
• Execução do trabalho do projeto e
• Encerramento do projeto.
Esta estrutura genérica de ciclo de vida é frequentemente referenciada na comunicação com a alta administração
ou outras entidades menos familiarizadas com os detalhes do projeto. Esta visão de alto nível pode oferecer um quadro
de referência comum para comparação de projetos – mesmo que, em sua natureza, eles não sejam semelhantes.

Início Organização Execução do trabalho Encer-


do projeto e preparação ramento do
projeto
Nível de custos e pessoal

Saídas do Termo de Plano de Entregas Arquivamento


gerenciamento abertura gerenciamento aceitas dos documentos
do projeto do projeto do projeto Tempo do projeto

Figura 2-1. nível típico de custos e pessoal ao longo do seu ciclo de vida

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

A estrutura genérica do ciclo de vida geralmente apresenta as seguintes características:


• Os níveis de custo e de pessoal são baixos no início, atingem um valor máximo enquanto o projeto
é executado e caem rapidamente conforme o projeto é finalizado. A linha pontilhada na Figura 2-1
ilustra este padrão típico.
• A influência das partes interessadas, os riscos e as incertezas (conforme ilustrado na Figura 2-2) são
maiores durante o início do projeto. Estes fatores caem ao longo da vida do mesmo.
• A capacidade de influenciar as características finais do produto do projeto, sem impacto significativo
sobre os custos, é mais alta no início e torna-se cada vez menor conforme o projeto progride para
o seu término. A Figura 2-2 ilustra a idéia de que os custos das mudanças e correções de erros
geralmente aumentam significativamente conforme o projeto se aproxima do término.

Alto Influência das partes interessadas, riscos e incertezas


Grau

Custo das mudanças

Baixo
Tempo do projeto

Figura 2-2. Impacto da variável com base no tempo decorrido do projeto

Dentro do contexto da estrutura genérica do ciclo de vida, um gerente de projetos pode determinar a necessidade
de um controle mais eficaz sobre certas entregas. Projetos grandes e complexos em particular podem requerer
este nível adicional de controle. Nestes casos, o trabalho realizado para atingir os objetivos do projeto pode se
beneficiar com a divisão formal em fases.

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

2.1.2 Relações entre o ciclo de vida do projeto e do produto


O ciclo de vida do produto consiste em fases do produto, geralmente sequenciais e não-sobrepostas,
determinadas pela necessidade de produção e controle da organização. A última fase do ciclo de vida de
um produto é geralmente a retirada de circulação do produto. Geralmente o ciclo de vida de um projeto está
contido em um ou mais ciclos de vida do produto. É necessário ter cuidado para distinguir o ciclo de vida do
projeto do ciclo de vida do produto. Todos os projetos têm um fim ou objetivo, mas nos casos onde o objetivo
é um serviço ou resultado, pode-se definir um ciclo de vida para o serviço ou resultado em vez de um ciclo de
vida de produto.

Quando a saída do projeto está relacionada a um produto, existem muitas relações possíveis. Por exemplo,
o desenvolvimento de um novo produto pode ser um projeto em si. Ao mesmo tempo, um produto existente
pode se beneficiar de um projeto para o acréscimo de novas funções ou características, ou pode-se criar um
projeto para desenvolver um novo modelo. Vários aspectos do ciclo de vida do produto prestam-se à execução
como projetos; por exemplo, a realização de um estudo de viabilidade, a condução de pesquisas de mercado,
a execução de campanhas publicitárias, a instalação de um produto, realização de dinâmicas de grupo e de
avaliações de produtos em mercados de teste, etc. Em cada um destes exemplos, o ciclo de vida do projeto
difere-se do ciclo de vida do produto.

Como um produto pode ter muitos projetos associados a ele, é possível obter ganhos de eficiência adicionais
gerenciando-se todos os projetos relacionados em conjunto. Por exemplo, uma série de projetos distintos pode
ser relacionada ao desenvolvimento de um novo automóvel. Cada projeto pode ser distinto, mas ainda assim
contribuir com uma entrega-chave necessária para levar o automóvel ao mercado. A supervisão de todos os
projetos por uma autoridade superior pode aumentar significativamente a probabilidade de sucesso.

2.1.3 Fases do projeto


As fases do projeto são divisões de um projeto onde controle adicional é necessário para gerenciar de
forma efetiva o término de uma entrega importante. Geralmente as fases são terminadas sequencialmente,
mas podem se sobrepor em algumas situações . A natureza de alto nível das fases de um projeto as torna um
elemento do ciclo de vida do projeto. Uma fase não é um grupo de processos de gerenciamento de projetos.

A estrutura de fases permite que o projeto seja segmentado em subconjuntos lógicos para facilitar o
gerenciamento, o planejamento e controle. O número de fases, a necessidade de fases e o grau de controle
aplicado depende do tamanho, grau de complexidade e impacto potencial do projeto. Independentemente do
número de fases que compõem um projeto, todas têm características semelhantes:

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

• Quando as fases são sequenciais, o encerramento de uma fase termina com alguma forma de
transferência ou entrega do produto do trabalho produzido como entrega da fase. O final desta
fase representa um ponto natural de reavaliação dos esforços em andamento e de modificação ou
término do projeto, caso necessário. Esses pontos também são chamados de saídas de fase, marcos,
passagens de fase, passagens de estágio, portões de decisão ou pontos de término.
• O trabalho tem um foco diferente de quaisquer outras fases. Isso geralmente envolve diferentes
organizações e conjuntos de habilidades.
• A principal entrega ou objetivo da fase requer um grau superior de controle para ser atingido com
sucesso. A repetição de processos entre todos os cinco grupos dos mesmos, conforme descrito no
Capítulo 3, proporciona o grau de controle adicional e define os limites da fase.
Embora muitos projetos possam ter nomes de fases similares com entregas similares, poucos são idênticos.
Alguns terão somente uma fase, conforme exibido na Figura 2-3. Outros projetos podem ter muitas fases. A Figura 2-4
mostra um exemplo de projeto com três fases. Fases distintas normalmente têm durações ou extensões diferentes.

Uma abordagem para o gerenciamento da instalação de uma rede de telecomunicações

Processos de monitoramento e controle

Processos Processos de Processos Processos de


de iniciação planejamento de execução encerramento

Figura 2-3. Exemplo de projeto de fase única

Não há uma forma única de definir a estrutura ideal para um projeto. Embora práticas comuns no setor
normalmente levem à utilização de uma estrutura preferida, projetos no mesmo setor, ou mesmo dentro da
mesma organização, podem apresentar variações significativas. Algumas organizações estabeleceram políticas
que padronizam todos os projetos, enquanto outras permitem que a equipe de gerenciamento escolha as
políticas mais apropriadas para seu projeto específico. Por exemplo, uma organização pode tratar um estudo
de viabilidade como uma tarefa rotineira da fase pré-projeto, outra pode tratar o mesmo estudo como a
primeira fase de um projeto e uma terceira pode tratar o estudo de viabilidade como um projeto distinto e
independente. Da mesma maneira, uma equipe de projeto pode dividir um projeto em duas fases onde uma
equipe diferente pode escolher gerenciar todo o trabalho como uma única fase. Muito depende da natureza do
projeto específico e do estilo da equipe de projeto ou da organização.

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

.1 governança de projetos ao longo do ciclo de vida


A governança de projetos oferece um método abrangente e consistente de controle e garantia de
sucesso do projeto. A abordagem da governança do projeto deve ser descrita no plano de gerenciamento
do projeto. A governança do projeto deve se adequar ao contexto mais amplo do programa ou da
organização patrocinadora.

Consideradas tais restrições e as limitações adicionais de tempo e orçamento, cabe ao gerente do


projeto e à equipe de gerenciamento do projeto determinar o método mais apropriado de execução
do projeto. Decisões devem ser tomadas sobre quais pessoas serão envolvidas, quais recursos
serão necessários e qual a abordagem geral adotada para o término do trabalho. Outra consideração
importante é se haverá mais de uma fase envolvida e, em caso afirmativo, determinar a estrutura de
fases específica do projeto individual.

A estrutura de fases propicia uma base formal para o controle. Cada fase é formalmente iniciada
para especificar o que é permitido e esperado dela. Uma análise do gerenciamento costuma ser feita
para se chegar a uma decisão sobre o início das atividades de uma fase. Isso se aplica em especial
quando uma fase anterior ainda não foi concluída. Um exemplo seria quando uma organização opta por
um ciclo de vida em que mais de uma fase do projeto avança simultaneamente. O início de uma fase é
também o momento de revalidar antigas premissas, analisar riscos e definir mais detalhadamente os
processos necessários para realizar a(s) entrega(s) da fase. Por exemplo, se uma fase específica não
exigir a compra de novos materiais ou equipamentos, não será necessário executar as atividades ou
processos de aquisição.

Uma fase de projeto é geralmente concluída e formalmente fechada com uma revisão das entregas
para que se determine o término e a aceitação. Pode ser realizada uma análise de final de fase com
os objetivos combinados de se obter autorização para encerrar a atual e iniciar a seguinte. O final de
uma fase representa um ponto natural de reavaliação do esforço em andamento e de modificação
ou término do projeto, se necessário. Considera-se uma boa prática avaliar as principais entregas e
o desempenho do projeto até a data em questão para a) determinar se o projeto deve continuar para
sua próxima fase e b) detectar e corrigir erros de forma eficaz. O término formal da fase não inclui
necessariamente uma autorização da seguinte. Por exemplo, se o risco for considerado grande demais
para que a continuação do projeto seja permitida ou se os objetivos não forem mais necessários, uma
fase poderá ser encerrada com a decisão de não se iniciar qualquer outra fase subsequente.

.2 Relações entre fases


Quando os projetos têm várias fases, estas são parte, em geral, de um processo sequencial projetado
para garantir um controle adequado do projeto e obter o produto, serviço ou resultado desejado. Contudo,
há situações em que um projeto pode se beneficiar de fases sobrepostas ou simultâneas.

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

Há três tipos básicos de relações entre fases:


• Uma relação sequencial, em que uma fase só poderá iniciar depois que a anterior terminar. A
Figura 2-4 mostra um exemplo de um projeto com fases inteiramente sequenciais. A natureza passo
a passo desta abordagem reduz incertezas, mas pode eliminar opções de redução do cronograma.
• Uma relação sobreposta, em que a fase tem início antes do término da anterior (veja a Figura 2-5).
Às vezes, ela pode ser aplicada como um exemplo da técnica de compressão de cronograma
denominada paralelismo. As fases sobrepostas podem aumentar o risco e resultar em retrabalho
caso uma fase subsequente progrida antes que informações precisas sejam disponibilizadas pela
fase anterior.

Uma abordagem para a limpeza de um local de tratamento de resíduos perigosos


Desativação dos serviços Remoção/Limpeza de resíduos Paisagismo
da instalação
Processos de monitoramento e controle Processos de monitoramento e controle Processos de monitoramento e controle

Processos Processos de Processos Processos de Processos Processos de Processos Processos de Processos Processos de Processos Processos de
de iniciação planejamento de execução encerramento de iniciação planejamento de execução encerramento de iniciação planejamento de execução encerramento

Figura 2-4. Exemplo de um projeto de três fases

Possível abordagem para construção de uma nova fábrica


Fase de concepção

Processos de monitoramento e controle


Fase de construção

Processos de monitoramento e controle


Processos Processos de Processos Processos de
de iniciação planejamento de execução encerramento

Initiating Processos de Processos Processos de


Processes planejamento de execução encerramento

Figura 2-5. Exemplo de um projeto com fases sobrepostas

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

• Uma relação iterativa, em que apenas uma fase está planejada a qualquer momento e o planejamento
da próxima é feito à medida que o trabalho avança na fase atual e nas entregas. Esta abordagem
é útil em ambientes muito indefinidos, incertos ou em rápida transformação, como pesquisas, mas
pode reduzir a capacidade de fornecer um planejamento de longo prazo. Nesses casos, o escopo
é gerenciado por entregas contínuas de incrementos do produto e priorização dos requisitos para
minimizar riscos do projeto e maximizar o valor comercial do produto. Essa relação também pode
fazer com que todos os membros da equipe (por exemplo, projetistas, desenvolvedores, etc.) tenham
que ficar disponíveis durante todo o projeto ou, pelo menos, por duas fases consecutivas.
Em projetos de várias fases, pode ocorrer mais de uma relação entre as mesmas durante o ciclo de
vida do projeto. Considerações como, por exemplo, o nível de controle necessário, a eficácia e o grau
de incerteza determinam a relação a ser aplicada entre as fases. Com base nessas considerações,
todas as três relações podem ocorrer entre fases diferentes de um único projeto.

2.2 Projeto versus trabalho operacional


As organizações realizam um trabalho para atingir um conjunto de objetivos. Em muitas delas, o trabalho
realizado pode ser categorizado como trabalho de projeto ou trabalho de operações.

Esses dois tipos de trabalho compartilham várias características, como se segue:


• Realizados por pessoas;
• Limitados por restrições, incluindo restrições de recursos;
• Planejados, executados, monitorados e controlados e
• Realizados para atingir objetivos organizacionais ou planos estratégicos.
Os projetos e as operações diferem principalmente no fato de que as operações são contínuas e produzem
produtos, serviços ou resultados repetitivos. Os projetos (juntamente com os membros da equipe e, muitas
vezes, a oportunidade) são temporários e terminam. Por outro lado, o trabalho de operações é contínuo e
mantém a organização ao longo do tempo. O trabalho operacional não termina quando seus objetivos atuais
são atingidos, mas, em vez disso, segue novas direções para apoiar os planos estratégicos da organização.

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

O trabalho de operações apóia o ambiente empresarial em que os projetos são executados. Como resultado,
há geralmente uma interação significativa entre os departamentos de operações e a equipe do projeto, pois
eles trabalham juntos para atingir os objetivos do projeto. Um exemplo disso é quando um projeto é criado
para reprojetar um produto. O gerente de projetos pode trabalhar com vários gerentes operacionais para
pesquisar as preferências do consumidor, redigir especificações técnicas, construir um protótipo, testá-lo e
iniciar a fabricação. A equipe fará interface com os departamentos operacionais para determinar a capacidade
de fabricação dos equipamentos atuais ou para determinar o momento mais adequado da transição das linhas
de produção para a fabricação do novo produto.

A quantidade de recursos fornecida pelas operações variará de acordo com o projeto. Um exemplo dessa
interação é quando pessoas de operações são designadas como recursos de projeto dedicados. Sua experiência
operacional é usada para executar e auxiliar no término das entregas do projeto trabalhando com o restante da
equipe do projeto para terminá-lo.

Dependendo da natureza do projeto, as entregas podem modificar ou contribuir para o trabalho das operações
existentes. Nesse caso, o departamento de operações integrará as entregas em práticas empresariais futuras.
Exemplos desses tipos de projetos incluem, mas não se limitam a:
• Desenvolvimento de um novo produto ou serviço que é adicionado à linha de produtos da organização
para ser comercializado e vendido;
• Instalação de produtos ou serviços que precisarão de suporte contínuo;
• Projetos internos que afetarão a estrutura, os recursos humanos ou a cultura de uma organização, ou
• Desenvolvimento, aquisição ou aperfeiçoamento do sistema de informações de um departamento
operacional.

2.3 Partes interessadas


As partes interessadas são pessoas ou organizações (por exemplo, clientes, patrocinadores, organização
executora ou o público) ativamente envolvidas no projeto ou cujos interesses podem ser positiva ou negativamente
afetados pela execução ou término do projeto. Elas também podem exercer influência sobre o projeto, suas
entregas e sobre os membros da equipe do projeto. A equipe de gerenciamento do projeto precisa identificar
as partes interessadas, tanto internas quanto externas, a fim de determinar os requisitos e as expectativas
de todas as partes envolvidas em relação ao projeto. Além disso, o gerente do projeto precisa gerenciar a
influência das várias partes interessadas em relação aos requisitos do projeto para garantir um resultado bem-
sucedido. A Figura 2-6 ilustra a relação entre o projeto, a sua equipe e outras partes interessadas comuns.

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

Ciclo de vida e organização do projeto

Partes interessadas no projeto

Outras partes Patrocinador Gerenciamento


Gerente de interessadas de operações Gerentes
portfólios funcionais
Equipe do projeto
Outros
Equipe de membros
Gerente de Fornecedores/
gerenciamento Gerente do da equipe
programas do projeto parceiros
projeto do projeto comerciais
Escritório Clientes/
de projetos usuários

O projeto

Figura 2-6. A relação entre as partes interessadas e o projeto

As partes interessadas possuem diversos níveis de responsabilidade e de autoridade quando participam


de um projeto e eles podem mudar ao longo do ciclo de vida do mesmo. Sua responsabilidade e autoridade
variam desde contribuições ocasionais em estudos e dinâmicas de grupo até o patrocínio total do projeto, que
inclui o fornecimento de apoio financeiro e político. As partes interessadas podem ter um impacto prejudicial
nos objetivos do projeto.

A identificação das partes interessadas é um processo contínuo e pode ser difícil. Por exemplo, algumas
pessoas poderiam argumentar que um trabalhador de linha de montagem cujo emprego no futuro depende
do resultado do projeto de design de um novo produto é uma parte interessada. A identificação das partes
interessadas e o entendimento de seu grau relativo de influência em um projeto é crítico. A não identificação
de uma parte interessada pode estender o cronograma e aumentar substancialmente os custos. Um exemplo
é o reconhecimento tardio de que o departamento jurídico é uma parte interessada significativa, gerando
atrasos e aumentando as despesas devido a requisitos legais.

As partes interessadas podem ter influência positiva ou negativa em um projeto. Algumas se beneficiam de
um projeto bem-sucedido, enquanto outras enxergam resultados negativos oriundos do sucesso de um projeto.
Por exemplo, líderes de negócios de uma comunidade que se beneficiará de um projeto de expansão industrial
através dos benefícios econômicos positivos à comunidade. No caso das partes interessadas com expectativas
positivas do projeto, seus interesses serão atendidos da melhor forma possível se ajudarem o mesmo a ter
sucesso. Os interesses das partes interessadas negativas seriam atendidos de melhor forma se impedissem o
progresso do projeto. Negligenciar as partes interessadas negativas pode aumentar a probabilidade de falha.
Uma parte importante da responsabilidade de um gerente de projetos é gerenciar as expectativas das partes
interessadas. Isso pode ser difícil pois elas em geral têm objetivos muito diferentes ou conflitantes. Parte da
responsabilidade do gerente é balancear esses interesses e garantir que a equipe do projeto interaja com as
partes interessadas de uma maneira profissional e cooperativa. As partes interessadas em projetos incluem:

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

• Clientes/usuários. Pessoas ou organizações que usarão o produto, serviço ou resultado do projeto.


Os clientes/usuários podem ser internos e/ou externos em relação à organização executora. Podem
existir também várias camadas de clientes. Por exemplo, os clientes de um novo produto farmacêutico
podem incluir os médicos que o receitam, os pacientes que o utilizam e as empresas de saúde
que pagam por ele. Em algumas áreas de aplicação, os termos clientes e usuários são sinônimos,
enquanto em outras, clientes se referem à entidade que adquire o produto do projeto e usuários são
os que o utilizarão diretamente.
• Patrocinador. A pessoa ou o grupo que fornece os recursos financeiros, em dinheiro ou em espécie,
para o projeto. Quando um projeto é concebido pela primeira vez, o patrocinador o defende. Isso
inclui servir de porta-voz para os níveis gerenciais mais elevados buscando obter o apoio de toda a
organização e promover os benefícios que o projeto trará. O patrocinador conduz o projeto através
do processo de comprometimento ou seleção até a autorização formal e desempenha um papel
significativo no desenvolvimento do escopo inicial e do termo de abertura.
Nas questões que estão além do controle do gerente do projeto, o patrocinador pode encaminhá-las
para níveis hierárquicos superiores. O patrocinador também pode se envolver em outras questões
importantes, como a autorização de mudanças no escopo, análises de final de fase e decisões de
continuação/cancelamento quando os riscos são particularmente altos.
• gerentes de portfólios/comitê de análise de portfólios. Os gerentes de portfólios são responsáveis
pela governança de alto nível de um conjunto de projetos ou programas, que podem ou não ser
interdependentes. Os comitês de análise de portfólios são geralmente constituídos por executivos
da organização que atuam como um painel de seleção de projetos. Eles analisam cada projeto de
acordo com o retorno sobre o investimento, o seu valor , os riscos associados à adoção do projeto e
outros atributos do mesmo.
• gerentes de programas. São responsáveis pelo gerenciamento de projetos relacionados de forma
coordenada visando obter benefícios e controle não disponíveis quando gerenciados individualmente.
Os gerentes de programas interagem com cada gerente de projetos para oferecer apoio e orientação
em projetos individuais.
• Escritório de projetos. Um escritório de projetos (Project Management Office, PMO) é um corpo ou
entidade organizacional à qual são atribuídas várias responsabilidades relacionadas ao gerenciamento
centralizado e coordenado dos projetos sob seu domínio. As responsabilidades de um PMO podem variar
desde o fornecimento de funções de apoio ao gerenciamento de projetos até a responsabilidade real pelo
gerenciamento direto de um projeto. O PMO pode ser uma parte interessada se ele tiver responsabilidade
direta ou indireta pelo resultado do projeto. O PMO pode oferecer, mas não se limita a:

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

○ Serviços de suporte administrativo, como políticas, metodologias e modelos;


○ Treinamento, aconselhamento e orientação de gerentes de projetos;
○ Suporte, orientação e treinamento em relação a como gerenciar projetos e usar as ferramentas;
○ Alinhamento dos recursos humanos dos projetos e/ou
○ Comunicação centralizada entre gerentes de projetos, patrocinadores , gerentes e outras
partes interessadas.
• gerentes de projetos. Os gerentes de projetos são designados pela organização executora para atingir
os objetivos do projeto. Este é um papel conspícuo com grandes desafios, de grande responsabilidade e
com prioridades mutáveis. Requer flexibilidade, bom senso, liderança forte e habilidades de negociação,
além de um conhecimento sólido das práticas de gerenciamento de projetos. Um gerente de projetos
precisa ser capaz de entender os detalhes do projeto, mas gerenciá-lo com uma perspectiva global.
Como responsável pelo sucesso do projeto, um gerente de projetos fica encarregado de todos os
aspectos do mesmo que incluem, mas não se limitam a:
○ Desenvolvimento do plano de gerenciamento do projeto e todos os planos componentes
relacionados
○ Manter o projeto na direção correta em relação ao cronograma e orçamento;
○ Identificação, monitoramento e resposta aos riscos e
○ Fornecimento de relatórios precisos e oportunos das métricas dos projetos.
O gerente de projetos é o líder responsável pela comunicação com todas as partes interessadas,
particularmente com o patrocinador , a equipe do projeto e outras principais partes interessadas. O
gerente de projetos ocupa o centro das interações entre as partes interessadas e o projeto em si.
• Equipe do projeto. Uma equipe de projeto é composta pelo gerente do projeto, pela equipe de
gerenciamento do projeto e por outros membros da equipe que executam o trabalho mas não estão
necessariamente envolvidos com o gerenciamento do projeto. Essa equipe é composta de pessoas
de grupos diferentes, com conhecimento de um assunto específico ou com um conjunto específico
de habilidades e que executam o trabalho do projeto.
• gerentes funcionais. Gerentes funcionais são pessoas-chave que desempenham uma função
gerencial dentro de uma área administrativa ou funcional do negócio, como recursos humanos,
finanças, contabilidade ou aquisições. Eles têm o seu próprio pessoal permanente para executar
o trabalho contínuo e têm uma diretiva clara para gerenciar todas as tarefas dentro de sua área
de responsabilidade funcional. O gerente funcional pode fornecer consultoria sobre determinado
assunto ou serviços ao projeto.

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

• gerenciamento de operações. Os gerentes de operações são indivíduos que têm uma função
gerencial em uma área de negócio principal, como pesquisa e desenvolvimento, design, fabricação,
aprovisionamento, teste ou manutenção. Diferentemente dos gerentes funcionais, este gerentes
lidam diretamente com a produção e manutenção dos produtos ou serviços vendíveis da empresa.
Dependendo do tipo de projeto, uma entrega formal acontece no seu término para passar a
documentação técnica e outros registros permanentes do mesmo para as mãos do grupo de
gerenciamento de operações apropriado. O gerenciamento de operações incorpora então o projeto
entregue nas operações normais e fornece o suporte de longo prazo.
• Fornecedores/parceiros comerciais. Vendedores, fornecedores, ou contratadas, são empresas
externas que assinam um contrato para fornecimento de componentes ou serviços necessários ao
projeto. Parceiros comerciais são também empresas externas, mas têm uma relação especial com a
empresa, às vezes obtida através de um processo de certificação. Os parceiros comerciais fornecem
consultoria especializada ou desempenham um papel específico, como instalação, personalização,
treinamento ou suporte.

2.4 Influências organizacionais no gerenciamento de projetos


A cultura, o estilo e a estrutura organizacionais influenciam a maneira como os projetos são executados. Os
projetos também podem ser influenciados pelo grau de maturidade da organização em relação ao gerenciamento
de projetos e seus sistemas de gerenciamento dos mesmos. Quando um projeto envolve entidades externas como
parte de joint ventures ou parcerias, ele será influenciado por mais de uma empresa. As seções a seguir descrevem
características e estruturas organizacionais de uma empresa, que provavelmente influenciarão o projeto.

2.4.1 Culturas e estilos organizacionais


As culturas e os estilos podem ter uma forte influência na capacidade de um projeto de atingir seus objetivos. Culturas
e estilos são normalmente conhecidos como “normas culturais”. As “normas” incluem um conhecimento comum com
relação a como abordar a execução do trabalho, quais meios são considerados aceitáveis para tal e quem tem influência
na facilitação da execução do trabalho.

A maioria das organizações desenvolveu culturas exclusivas, que se manifestam de inúmeras maneiras, incluindo,
mas não se limitando a:
• Visões compartilhadas, valores, normas, crenças e expectativas,
• Políticas, métodos e procedimentos;
• Visão das relações de autoridade e
• Ética do trabalho e horas de trabalho.

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

A cultura organizacional é um fator ambiental da empresa, conforme descrito na Seção 1.8. Portanto,
um gerente de projetos deve compreender os diferentes estilos e culturas organizacionais que podem afetar
um projeto. Por exemplo, em alguns casos, a pessoa no topo de um organograma pode ser uma autoridade
simbólica, que na verdade não está no comando. O gerente de projetos precisa saber quais pessoas na
organização são deliberantes e trabalhar com elas para influenciar o sucesso do projeto.

2.4.2 Estrutura organizacional


A estrutura organizacional é um fator ambiental da empresa que pode afetar a disponibilidade dos recursos
e influenciar a maneira como os projetos são conduzidos. As estruturas organizacionais variam de funcionais
a projetizadas, com diversas estruturas matriciais entre elas. A Tabela 2-1 mostra as principais características
relacionadas a projetos dos principais tipos de estruturas organizacionais.

Tabela 2-1. Influências organizacionais nos projetos


Estrutura da Matriz
organização
Caracterís- Funcional Matriz Projetizada
Matriz fraca balanceada Matriz forte
ticas do projeto

Autoridade do Pouca ou Baixa a Moderada Alta a


Limitada
gerente de projetos nenhuma moderada a alta quase total

Disponibilidade Pouca ou Baixa a Moderada Alta a


Limitada
de recursos nenhuma moderada a alta quase total

Quem controla o Gerente Gerente Gerente de Gerente de


Misto projetos projetos
orçamento do projeto funcional funcional

Papel do gerente
Tempo parcial Tempo parcial Tempo integral Tempo integral Tempo integral
de projetos

Equipe administrativa
de gerenciamento Tempo parcial Tempo parcial Tempo parcial Tempo integral Tempo integral
de projetos

A organização funcional clássica, mostrada na Figura 2-7, é uma hierarquia em que cada funcionário possui
um superior bem definido. No nível superior, os funcionários são agrupados por especialidade, como produção,
marketing, engenharia e contabilidade. As especialidades podem ser subdivididas em organizações funcionais,
como engenharia mecânica e elétrica. Cada departamento em uma organização funcional fará o seu trabalho do
projeto de modo independente dos outros departamentos.

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

Coordenação Executivo-
do projeto chefe

Gerente Gerente Gerente


funcional funcional funcional

Equipe Equipe Equipe

Equipe Equipe Equipe

Equipe Equipe Equipe

(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)

Figura 2-7. Organização funcional

As organizações matriciais, conforme mostrado nas Figuras 2-8 a 2-10, são uma combinação de características
das organizações funcionais e projetizadas. As matrizes fracas mantêm muitas das características de uma
organização funcional e o papel do gerente de projetos é mais parecido com a de um coordenador ou facilitador
do que com o de um gerente de projetos propriamente dito. As matrizes fortes possuem muitas das características
da organização projetizada e podem ter gerentes de projetos em tempo integral com autoridade considerável e
pessoal administrativo trabalhando para o projeto em tempo integral. Enquanto a organização matricial balanceada
reconhece a necessidade de um gerente de projetos, ela não fornece a ele autoridade total sobre o projeto e sobre
seu financiamento. A Tabela 2-1 fornece detalhes adicionais das várias estruturas organizacionais matriciais.

Executivo-
chefe

Gerente Gerente Gerente


funcional funcional funcional

Equipe Equipe Equipe

Equipe Equipe Equipe

Equipe Equipe Equipe

(As caixas cinzas representam equipes Coordenação


envolvidas em atividades do projeto.) do projeto

Figura 2-8. Organização matricial fraca

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

Executivo-
chefe

Gerente Gerente Gerente


funcional funcional funcional

Equipe Equipe Equipe

Equipe Equipe Equipe

Gerente do projeto Equipe Equipe

Coordenação
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)
do projeto

Figura 2-9. Organização matricial balanceada

Executivo-
chefe

Gerente Gerente Gerente Chefe de gerentes


funcional funcional funcional de projetos

Equipe Equipe Equipe Gerente do projeto

Equipe Equipe Equipe Gerente do projeto

Staff Gerente do projeto


Equipe Equipe Equipe

(As caixas cinzas representam equipes


envolvidas em atividades do projeto.) Coordenação do projeto

Figura 2-10. Organização matricial forte

Na extremidade oposta do espectro para a organização funcional está a organização projetizada, mostrada
na Figura 2-11. Em uma organização projetizada, os membros da equipe são geralmente colocados juntos.
A maior parte dos recursos da organização está envolvida no trabalho do projeto e os gerentes de projetos
possuem grande independência e autoridade. As organizações projetizadas em geral possuem unidades
organizacionais denominadas departamentos, mas esses grupos se reportam diretamente ao gerente do
projeto ou oferecem serviços de suporte aos vários projetos.

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CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

Coordenação Executivo-
do projeto chefe

Gerente Gerente Gerente


do projeto do projeto do projeto

Equipe Equipe Equipe

Equipe Equipe Equipe

Equipe Equipe Equipe

(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)

Figura 2-11. Organização projetizada

Executivo-
chefe

Gerente Gerente Gerente Chefe de gerentes


funcional funcional funcional de projetos

Equipe Equipe Equipe Gerente do projeto

Equipe Equipe Equipe Gerente do projeto

Staff Gerente do projeto


Equipe Equipe Equipe

Coordenação do projeto B Coordenação do projeto A

(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)

Figura 2-12. Organização composta

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2 CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO

Muitas organizações envolvem todas essas estruturas em vários níveis, conforme mostrado na Figura 2-12
(organização composta). Por exemplo, mesmo uma organização fundamentalmente funcional pode criar uma
equipe de projeto especial para cuidar de um projeto crítico. Essa equipe pode ter muitas das características de
uma equipe de projeto em uma organização projetizada. A equipe pode incluir pessoal de diferentes departamentos
funcionais trabalhando em tempo integral, pode desenvolver seu próprio conjunto de procedimentos operacionais
e pode operar fora da estrutura hierárquica formal padrão.

2.4.3 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais incluem qualquer um ou todos os ativos relacionados a processos,
de quaisquer ou todas as organizações envolvidas no projeto e que podem ser usados para influenciar o sucesso
do projeto. Esses ativos de processos incluem planos formais e informais, políticas, procedimentos e diretrizes.
Os ativos de processos organizacionais também incluem as bases de conhecimento das organizações, como
lições aprendidas e informações históricas. Eles podem incluir cronogramas terminados, dados sobre riscos e
dados de valor agregado. Normalmente, a responsabilidade por atualizar e adicionar aos ativos de processos
organizacionais conforme necessário no transcorrer do projeto cabe aos membros da equipe de projeto. Os
ativos de processos organizacionais podem ser agrupados em duas categorias:

.1 Processos e procedimentos
Os processos e procedimentos da organização para a condução do trabalho incluem, mas não
se limitam a:
• Processos organizacionais padrões, como padrões, políticas (por exemplo, política de segurança
e saúde, de ética e de gerenciamento de projetos), ciclos de vida padrão de produtos e projetos, e
políticas e procedimentos de qualidade (por exemplo, auditorias de processos, metas de melhorias,
listas de verificação e definições padronizadas de processos para uso na organização);
• Diretrizes padronizadas, instruções de trabalho, critérios de avaliação de propostas e critérios
de medição de desempenho;
• Modelos (por exemplo, modelos de risco, estrutura analítica do projeto, diagrama de rede do
cronograma do projeto e contrato);
• Diretrizes e critérios para adaptação do conjunto de processos padrão da organização de modo
a satisfazer as necessidades específicas do projeto;
• Requisitos de comunicação da organização (por exemplo, tecnologia de comunicação específica
disponível, mídia de comunicação permitida, política de retenção de registros e requisitos
de segurança);
• Diretrizes ou requisitos de encerramento do projeto (por exemplo, auditorias finais do projeto,
avaliações do projeto, validação do produto e critérios de aceitação);

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32
CAPíTUlO 2 − CIClO DE vIDA E ORgAnIzAÇÃO DO PROjETO 2

• Procedimentos de controles financeiros (por exemplo, relatório de horas, análises obrigatórias


de gastos e despesas, códigos contábeis e cláusulas contratuais padrões);
• Procedimentos de gerenciamento de questões e defeitos que definem os seus controles,
identificação e solução de questões e defeitos e acompanhamento dos seus itens de ação;
• Procedimentos de controle de mudanças, inclusive os passos para modificação de padrões,
políticas, planos e procedimentos oficiais da empresa, ou de qualquer documento do projeto, e
o modo como quaisquer mudanças serão aprovadas e validadas;
• Procedimentos de controle de riscos, inclusive categorias de risco, definição de probabilidade e
matriz de probabilidade e impacto e
• Procedimentos de priorização, aprovação e emissão de autorizações de trabalho.
.2 Base de conhecimento corporativa
A base de conhecimento organizacional corporativa para armazenamento e recuperação de informações
inclui, mas não se limita a:
• Bancos de dados de medição de processos usados para coletar e disponibilizar dados de medição
de processos e produtos;
• Arquivos do projeto (por exemplo, linhas de base de escopo, custo, cronograma e qualidade, linhas
de base de medição de desempenho, cronogramas de projeto, diagramas de rede do cronograma
do projeto, registros de riscos, ações de resposta planejadas e impacto definido dos riscos);
• Bases de conhecimento de informações históricas e lições aprendidas (por exemplo, registros e
documentos de projetos, todas as informações e documentação de encerramento dos projetos,
informações sobre os resultados de decisões de seleção de projetos anteriores e do desempenho
de projetos anteriores, assim como informações do esforço de gerenciamento dos riscos);
• Bancos de dados de gerenciamento de questões e defeitos, que contêm o status dos mesmos,
informações de controle, solução de problemas e defeitos e resultados de itens de ação;
• Bancos de dados de gerenciamento de configuração, que contêm as versões e linhas de base de
todas os padrões, políticas, procedimentos e quaisquer outros documentos oficiais de projetos
da empresa e
• Bancos de dados financeiros, que contêm informações como horas de mão-de-obra, custos
incorridos, orçamentos e qualquer estouro dos custos do projeto.

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SEÇÃO II
O PADRÃO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE UM PROJETO
Capítulo 3
• Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

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35
3

CAPÍTULO 3
PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM UM PROJETO
O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às
atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos. Esta aplicação de conhecimentos requer o gerenciamento
eficaz de processos apropriados.

Um processo é um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas, que são executadas para alcançar um
produto, resultado ou serviço predefinido. Cada processo é caracterizado por suas entradas, as ferramentas e
as técnicas que podem ser aplicadas e as saídas resultantes. Como foi explicado nos Capítulos 1 e 2, o gerente
de projetos deve considerar os ativos de processos organizacionais e os fatores ambientais da empresa.
Devem ser considerados para todos os processos, mesmo que não estejam explicitamente listados como
entradas na especificação do processo. Os ativos de processos organizacionais fornecem diretrizes e critérios
para adaptação dos processos da organização às necessidades específicas do projeto. Os fatores ambientais
da empresa podem restringir as opções de gerenciamento do projeto.

Para que um projeto seja bem-sucedido, a equipe do projeto deve:


• Selecionar os processos apropriados necessários para cumprir os objetivos do projeto;
• Usar uma abordagem definida que possa ser adotada para atender aos requisitos;
• Cumprir os requisitos para atender às necessidades e expectativas das partes interessadas e
• Obter um equilíbrio entre as demandas concorrentes de escopo, tempo, custo, qualidade, recursos
e riscos, para gerar o produto, o serviço ou o resultado especificado.
Os processos do projeto também são executados pela equipe do projeto e, em geral, podem ser classificados
em uma de duas categorias principais:
• Os processos de gerenciamento de projetos garantem o fluxo eficaz do projeto ao longo de sua
existência. Esses processos abrangem as ferramentas e as técnicas envolvidas na aplicação de
habilidades e capacidades descritas nas Áreas de Conhecimento (Capítulos 4 até 12).
• Os processos orientados a produtos especificam e criam o produto do projeto. Em geral, são definidos
pelo ciclo de vida do projeto (conforme discutido na Seção 2.1.2) e variam de acordo com a área
de aplicação. O escopo do projeto não pode ser definido sem algum entendimento básico de como
criar o produto especificado. Por exemplo, diversas técnicas e ferramentas de construção devem ser
consideradas ao determinar a complexidade geral da casa que será construída.

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37
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

Este padrão descreve apenas os processos de gerenciamento de projetos. Embora os processos orientados
a produtos estejam fora do escopo deste padrão, não devem ser ignorados pelo gerente de projetos. Os
processos de gerenciamento de projetos e os processos orientados a produtos sobrepõem-se e interagem ao
longo da vida de um projeto.

Os processos de gerenciamento de projetos são aplicados globalmente e nos mais variados setores
econômicos e indústrias. “Boa prática” significa que existe um acordo geral de que a aplicação dos processos
de gerenciamento de projetos pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla série de projetos.

Isso não significa que os conhecimentos, as habilidades e os processos


descritos sempre devem ser aplicados de forma uniforme em todos os projetos.
Para qualquer projeto específico, o gerente do projeto, em colaboração com a
equipe do projeto, sempre é responsável por determinar quais processos são
apropriados e o grau de rigor apropriado para cada um.

Os gerentes de projetos e suas equipes devem abordar com cuidado cada processo e as entradas e saídas
que o constituem. Este capítulo deve ser usado como um guia para os processos que devem ser considerados
ao gerenciar o projeto. Este esforço é conhecido como adequação.

O gerenciamento de projetos é um empreendimento integrado, e requer que cada processo de projeto ou


produto seja alinhado e conectado de forma apropriada com os outros processos para facilitar a coordenação.
As ações adotadas durante um processo em geral afetam esse e outros processos relacionados. Por exemplo,
uma mudança no escopo costuma afetar o custo do projeto, mas talvez não afete o plano de comunicações
ou a qualidade do produto. Com frequência, essas interações entre processos requerem compensações
entre os requisitos e os objetivos do projeto, e as compensações de desempenho específicas vão variar de
um projeto para outro e de uma organização para outra. O gerenciamento de projetos bem-sucedido inclui
gerenciar ativamente essas interações para cumprir os requisitos do patrocinador, do cliente e de outras partes
interessadas. Em algumas circunstâncias, um processo ou conjunto deles deverá ser iterado várias vezes para
alcançar o resultado desejado.

Os projetos existem em uma organização e não podem operar como um sistema fechado. Requerem a
entrada de dados da organização e de externos, e entregam capacidades à organização. Os processos de
projeto podem gerar informações para aprimorar o gerenciamento de projetos futuros.

Este padrão descreve a natureza dos processos de gerenciamento de projetos em termos da integração
entre os processos, suas interações e seus objetivos. Os processos de gerenciamento de projetos são
agrupados em cinco categorias, conhecidas como grupos de processos de gerenciamento de projetos (ou
grupos de processos):

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38
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

• grupo de processos de iniciação. São os processos realizados para definir um novo projeto
ou uma nova fase de um projeto existente através da obtenção de autorização para iniciar o projeto
ou a fase;
• grupo de processos de planejamento. Os processos realizados para definir o escopo do projeto,
refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação necessário para alcançar os objetivos para os
quais o projeto foi criado;
• grupo de processos de execução. Os processos realizados para executar o trabalho definido no
plano de gerenciamento do projeto para satisfazer as especificações do mesmo;
• grupo de processos de monitoramento e controle. Os processos necessários para acompanhar,
revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto, identificar todas as áreas nas quais serão
necessárias mudanças no plano e iniciar as mudanças correspondentes;
• grupo de processos de encerramento. Os processos executados para finalizar todas as atividades
de todos os grupos de processos, visando encerrar formalmente o projeto ou a fase.
O restante deste capítulo fornece informações de gerenciamento de projetos para um único projeto
organizado como uma rede de processos intervinculados, detalha os processos e inclui as seguintes
seções principais:

3.1 Interações comuns em processos de gerenciamento de projetos


3.2 grupos de processos de gerenciamento de projetos
3.3 grupo de processos de iniciação
3.4 grupo de processos de planejamento
3.5 grupo de processos de execução
3.6 grupo de processos de monitoramento e controle
3.7 grupo de processos de encerramento

3.1 Interações comuns em processos de gerenciamento de projetos


Os processos de gerenciamento de projetos são apresentados como elementos distintos com interfaces
bem definidas. Porém, na prática eles se sobrepõem e interagem de formas que não são detalhadas
integralmente aqui. Os profissionais de gerenciamento de projetos mais experientes reconhecem que há
mais de uma forma de gerenciar um projeto. Os grupos de processos necessários e os processos que os
constituem são guias para a aplicação de conhecimentos e habilidades de gerenciamento de projetos
apropriados durante o projeto. A aplicação dos processos de gerenciamento de projetos é iterativa e muitos
deles são repetidos durante o projeto.

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39
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

A natureza integradora do gerenciamento de projetos requer que o grupo de processos de monitoramento


e controle interaja com os outros grupos de processos, conforme mostra a Figura 3-1. Além disso, como o
gerenciamento de um projeto é um esforço finito, o grupo de processos de iniciação começa o projeto e o grupo
de processos de encerramento o termina.

Processos de
monitoramento e controle
Processos de
planejamento

Entrar em fase/ Processos Processos de Sair de fase/


iniciar projeto de iniciação encerramento encerrar o projeto

Processos de
execução

Figura 3-1. grupos de processos de gerenciamento de projetos

Os grupos de processos de gerenciamento de projetos são vinculados pelas saídas que produzem.
Raramente os grupos de processos são eventos distintos ou que ocorrem uma única vez; são atividades
sobrepostas que ocorrem ao longo de todo o projeto. A saída de um processo em geral torna-se uma entrada
em outro processo ou é uma entrega do projeto. O grupo de processos de planejamento fornece ao grupo de
processos de execução o plano de gerenciamento e os documentos do projeto à medida que o projeto avança,
e com frequência envolve atualizações no plano de gerenciamento e documentos do projeto. A Figura 3-2
ilustra como os grupos de processos interagem e mostra o nível de sobreposição em diversas ocasiões. Se o
projeto estiver dividido em fases, os grupos de processos interagem dentro de cada fase.

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CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

Grupo de Grupo de Grupo de Grupo de processos Grupo de


processos processos processos de monitoramento processos de
de iniciação de planejamento de execução e controle encerramento
Nível de
interação
entre
processos

Início Fim
TEMPO

Figura 3-2. Os grupos de processos interagem em uma fase ou em um projeto

Um exemplo disso seria a saída de uma fase de concepção, que requer a aceitação do cliente para o
documento de concepção. Quando estiver disponível, o documento de concepção fornece a descrição do
produto para os grupos de processos de planejamento e execução em uma ou mais fases posteriores. Quando
um projeto é dividido em fases, os grupos de processos são usados conforme apropriado para orientar o
projeto com eficácia em direção à conclusão de forma controlada. Em projetos com várias fases, os processos
são repetidos em cada fase até que os critérios para a conclusão das fases sejam cumpridos. Informações
adicionais sobre os ciclos de vida e as fases dos projetos são fornecidas no Capítulo 2.

3.2 grupos de processos de gerenciamento de projetos


As seções a seguir identificam e descrevem os cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos
necessários em qualquer projeto. Esses grupos têm dependências claras e em geral são executados na mesma
sequência em qualquer projeto. Eles independem de áreas de aplicação ou setores. Os grupos de processos
individuais e os processos constituintes individuais com frequência são iterados antes da conclusão do projeto.
Os processos constituintes podem ter interações dentro de um grupo e entre os grupos de processos. A natureza
dessas interações varia de um projeto para outro e podem ou não ser executadas em uma ordem específica.

O diagrama de fluxo de processos, Figura 3-3, fornece um resumo geral do fluxo básico e das interações
entre grupos de processos e partes interessadas específicas. Um grupo de processos inclui os processos de
gerenciamento de projetos que o constituem e que estão vinculados pelas respectivas entradas e saídas, onde
o resultado de um processo torna-se a entrada de outro. Os grupos de processos não são fases do projeto.
Quando projetos complexos ou de grande porte são separados em fases ou subprojetos distintos tal como
estudo de viabilidade, desenvolvimento de conceito, design, protótipo, construção, teste, etc.), todos os grupos
de processos normalmente seriam repetidos para cada fase ou subprojeto.

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41
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

A Tabela 3-1 reflete o mapeamento dos 42 processos nos cinco Grupos de processos de gerenciamento
de projetos e nas nove Áreas de conhecimento de gerenciamento de projetos. Os processos são mostrados no
grupo em que a maior parte das atividades ocorre. Por exemplo, quando um processo que normalmente ocorre
no grupo de planejamento é atualizado no grupo de execução, não é considerado um novo processo.

• Declaração do trabalho do projeto


• Business case
Iniciador ou • Contrato
patrocinador Grupo de
do projeto processos • Documentos
de iniciação de aquisição

• Registro
das partes
interessadas • Termo
• Estratégia para de abertura
gerenciamento do projeto
das partes
interessadas

Grupo de
• Ativos de processos processos
organizacionais de planejamento
• Fatores
ambientais
da empresa

Grupo de
• Plano de processos de
gerenciamento monitoramento
Documentos do projeto e controle
Empresa/ do projeto
organização

• Decisões de fazer
ou comprar
• Calendários
• Acordos de • Critérios para
dos recursos
cooperação seleção de fontes

Grupo de
Cliente • Requisitos processos
de execução
• Solicitações de
mudança aprovadas
• Medições do
controle da qualidade
• Propostas • Relatórios de
• Produto, serviço dos fornecedores desempenho
ou resultado final
• Adjudicação • Entregas
do contrato • Solicitações de mudança
de aquisição • Informações sobre
Fornecedores o desempenho do trabalho
• Fornecedores selecionados

Grupo de
processos de
encerramento
• Entregas aceitas
• Documentos de aquisição

OBS.: As linhas pontilhadas mais escuras representam os relacionamentos entre grupos de processos; as linhas pontilhadas mais claras são externas aos grupos de processos.

Figura 3-3. Interações nos processos de gerenciamento de projetos

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42
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3
Tabela 3-1. Mapeamento de grupos de processos de gerenciamento de projetos e áreas de conhecimento
Grupo de processos de gerenciamento de projetos

Grupo de
Áreas de Grupo de Grupo de Grupo de processos de Grupo de
conhecimento processos processos de processos de monitoramento processos de
de iniciação planejamento execução e controle encerramento

4. Gerenciamento 4.1 Desenvolver o 4.2 Desenvolver 4.3 Orientar e 4.4 Monitorar e 4.6 Encerrar o
da integração termo de abertura o plano de gerenciar a controlar o projeto ou fase
do projeto do projeto gerenciamento execução do trabalho do projeto
do projeto projeto 4.5 Realizar o
controle integrado
de mudanças

5. Gerenciamento 5.1 Coletar os 5.4 Verificar o


do escopo requisitos escopo
do projeto 5.2 Definir o escopo 5.5 Controlar o
5.3 Criar a EAP escopo

6. Gerenciamento 6.1 Definir as 6.6 Controlar o


do tempo atividades cronograma
no projeto 6.2 Sequenciar
as atividades
6.3 Estimar os
recursos das
atividades
6.4 Estimar as
durações das
atividades
6.5 Desenvolver
o cronograma

7. Gerenciamento 7.1 Estimar 7.3 Controlar os


dos custos os custos custos
do projeto 7.2 Determinar
o orçamento

8. Gerenciamento 8.1 Planejar 8.2 Realizar a 8.3 Realizar o


da qualidade a qualidade garantia da controle da
do projeto qualidade qualidade

9. Gerenciamento 9.1 Desenvolver o 9.2 Mobilizar a


dos recursos plano de recursos equipe do projeto
humanos humanos 9.3 Desenvolver a
do projeto equipe do projeto
9.4 Gerenciar a
equipe do projeto

10. Gerenciamento 10.1 Identificar 10.2 Planejar as 10.3 Distribuir 10.5 Reportar
das as partes comunicações as informações o desempenho
comunicações interessadas 10.4 Gerenciar as
do projeto expectativas das
partes interessadas

11. Gerenciamento 11.1 Planejar o 11.6 Monitorar e


dos riscos gerenciamento controlar os riscos
do projeto dos riscos
11.2 Identificar
os riscos
11.3 Realizar a
análise qualitativa
dos riscos
11.4 Realizar a
análise quantitativa
dos riscos
11.5 Planejar as
respostas aos
riscos

12. Gerenciamento 12.1 Planejar 12.2 Conduzir 12.3 Administrar 12.4 Encerrar as
das aquisições as aquisições as aquisições as aquisições aquisições
do projeto

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43
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

3.3 grupo de processos de iniciação


O grupo de processos de iniciação consiste nos processos realizados para definir um novo projeto ou uma
nova fase de um projeto existente, obtendo autorização para tal. Nos processos de iniciação, o escopo inicial é
definido e os recursos financeiros iniciais são comprometidos. As partes interessadas internas e externas que
vão interagir e influenciar o resultado geral do projeto são identificadas. Se ainda não foi designado, o gerente
do projeto será selecionado. Estas informações são capturadas no termo de abertura do projeto e no registro
das partes interessadas. Quando o termo de abertura do projeto é aprovado, o projeto se torna oficialmente
autorizado. Embora a equipe de gerenciamento do projeto possa ajudar a escrever o termo de abertura do
projeto, a aprovação e o financiamento são externos aos limites do projeto (Figura 3-4).

Como parte do grupo de processos de iniciação, muitos projetos grandes ou complexos podem ser divididos
em fases separadas. Nesses projetos, os processos de iniciação são realizados durante fases subsequentes
para validar as decisões tomadas durante os processos originais de desenvolvimento do termo de abertura
do projeto e de identificação das partes interessadas. O uso dos processos de iniciação no início de cada fase
ajuda a manter o foco do projeto na necessidade empresarial para qual o mesmo foi criado. Os critérios para o
sucesso são verificados e a influência e os objetivos das partes interessadas do projeto são analisados. Então
é decidido se o projeto deve ser continuado, adiado ou interrompido.

Em geral, o envolvimento dos clientes e de outras partes interessadas durante a iniciação aumenta a
probabilidade de propriedade compartilhada, aceitação da entrega e satisfação do cliente e das outras
partes interessadas.

Limites
do Projeto

Processos de
Monitoramento e Controle
Processos de Entregas Usuários
Planejamento do Projeto Finais

Iniciador/ Entradas
Patrocinador do Projeto
Processos
de Iniciação
Processos de
Encerramento
do Projeto

Registros Ativos de
Processos
de Execução do Projeto Processos

Figura 3-4. limites do projeto

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44
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

Os processos de iniciação podem ser executados por processos organizacionais, de programas ou de


portfólios externos ao escopo de controle do projeto. Por exemplo, antes de se iniciar um projeto, a necessidade
de requisitos de alto nível pode ser documentada como parte de uma iniciativa organizacional maior. A
viabilidade do novo empreendimento pode ser determinada com um processo de avaliação de alternativas.
São desenvolvidas descrições claras dos objetivos do projeto, incluindo os motivos por que um projeto
específico é a melhor alternativa para cumprir os requisitos. A documentação para esta decisão também pode
conter a declaração inicial do escopo do projeto, entregas, duração do projeto e uma previsão dos recursos
para a análise do investimento da organização. Como parte dos processos de iniciação, o gerente do projeto
recebe a autoridade para aplicar recursos organizacionais às atividades subsequentes do projeto.

Gerenciamento Gerenciamento das


da integração comunicações do projeto
do projeto

4.1 10.1
Desenvolver o Identificar
termo de abertura as partes
do projeto interessadas

A seta circular tracejada indica que o processo é parte da Área de


Conhecimento de Gerenciamento da Integração do Projeto. Esta
Área de Conhecimento coordena e unifica os processos das outras
Áreas de Conhecimento.

Figura 3-5. grupo de processos de iniciação

O grupo de processos de iniciação (Figura 3-5) inclui os seguintes processos de gerenciamento


de projetos (Figuras 3-6 e 3-7):

3.3.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto


Desenvolver o termo de abertura do projeto é o processo de desenvolvimento de um documento que
formalmente autoriza um projeto ou uma fase e a documentação dos requisitos iniciais que satisfaçam as
necessidades e expectativas das partes interessadas. Em projetos com várias fases, este processo é usado
para validar ou refinar as decisões tomadas durante a iteração anterior de Desenvolver o termo de abertura
do projeto.

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45
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

Entradas Saídas
.1 Declaração do trabalho .1 Termo de abertura
do projeto do projeto
.2 Business case
.3 Contrato
.4 Fatores ambientais
da empresa
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-6. Desenvolver o termo de abertura do projeto: entradas e saídas

3.3.2 Identificar as partes interessadas


Identificar as partes interessadas é o processo de identificação de todas as pessoas ou organizações
que podem ser afetadas pelo projeto e de documentação das informações relevantes relacionadas aos seus
interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto.

Entradas Saídas
.1 Termo de abertura .1 Registro das partes
do projeto interessadas
.2 Documentos de aquisição .2 Estratégia para
.3 Fatores ambientais gerenciamento das
da empresa partes interessadas
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-7. Identificar as partes interessadas: entradas e saídas

3.4 grupo de processos de planejamento


O Grupo de processos de planejamento consiste nos processos realizados para estabelecer o escopo total
do esforço, definir e refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação necessário para alcançar esses objetivos.
Os processos de planejamento desenvolvem o plano de gerenciamento e os documentos do projeto que serão
usados para executá-lo. A natureza multidimensional do gerenciamento de projetos cria realimentações
periódicas de feedback para análise adicional. À medida que mais informações ou características do projeto
são coletadas e entendidas, pode ser necessário um planejamento adicional. Mudanças significativas ocorridas
ao longo do ciclo de vida do projeto acionam uma necessidade de revisitar um ou mais dos processos de
planejamento e possivelmente, alguns dos processos de iniciação. Este detalhamento progressivo do plano de
gerenciamento do projeto com frequência é denominado “planejamento por ondas sucessivas”, indicando que
o planejamento e a documentação são processos iterativos e contínuos.

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CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

Gerenciamento
do tempo do projeto
Gerenciamento 6.3
6.1
do escopo do projeto Estimar os
Definir as
atividades recursos
5.1 das atividades
Coletar
os requisitos
6.4 Gerenciamento
6.2
Estimar as dos custos do projeto
Sequenciar
durações
as atividades
das atividades
5.2 7.1
Definir Estimar
o escopo os custos
6.5
Desenvolver
o cronograma

5.3 7.2
Criar a EAP Determinar
o orçamento

Gerenciamento das Gerenciamento Gerenciamento da


aquisições do projeto da integração do projeto qualidade do projeto

12.1 4.2 8.1


Planejar Desenvolver o Planejar
as aquisições plano de a qualidade
gerenciamento
do projeto

Gerenciamento
dos recursos
humanos do projeto
Gerenciamento dos
riscos do projeto 9.1
Desenvolver
o plano de
11.1 11.3 recursos humanos
Planejar o Realizar a análise
gerenciamento qualitativa Gerenciamento das
dos riscos dos riscos comunicações do projeto

10.2
11.2 11.4 Planejar as
Identificar Realizar a análise comunicações
os riscos quantitativa
dos riscos

11.5 A seta circular tracejada indica que o processo é parte da Área de Conhecimento
de Gerenciamento da Integração do Projeto. Esta Área de Conhecimento
Planejar as
coordena e unifica os processos das outras Áreas de Conhecimento.
respostas
aos riscos

Figura 3-8. grupo de processos de planejamento

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47
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

O plano de gerenciamento e os documentos do projeto desenvolvidos como saídas do grupo de processos


de planejamento explorarão todos os aspectos de escopo, tempo, custos, qualidade, comunicação, risco e
aquisições. As atualizações resultantes de mudanças aprovadas durante o projeto podem ter um impacto
significativo sobre partes do plano de gerenciamento e dos documentos do projeto. As atualizações nesses
documentos fornecem maior precisão em relação ao cronograma, custos e requisitos de recursos para cumprir
o escopo definido para o projeto.

A equipe do projeto deve estimular o envolvimento de todas as partes interessadas apropriadas ao


planejar o projeto e desenvolver o plano de gerenciamento e os documentos do mesmo. Como o processo de
feedback e refinamento não pode continuar indefinidamente, os procedimentos definidos pela organização
determinam quando o esforço de planejamento inicial termina. Esses procedimentos serão afetados pela
natureza do projeto, pelos limites definidos para o mesmo, pelas atividades de monitoramento e controle
apropriadas e também pelo ambiente em que o projeto será executado.

Outras interações no grupo de processos de planejamento dependem da natureza do projeto. Por exemplo,
para alguns projetos, haverá pouco ou nenhum risco identificável após a execução de um planejamento
significativo. Nessa ocasião, a equipe poderá reconhecer que as metas de custos e cronograma são
muito agressivas e, portanto, envolvem consideravelmente mais risco do que o entendimento anterior.
Os resultados das iterações são documentados como atualizações no plano de gerenciamento ou nos
documentos do projeto.

O grupo de processos de planejamento (Figura 3-8) inclui os processos de gerenciamento de projetos


identificados nas Figuras 3-9 até 3-28 (consulte as Seções 3.4.1 até 3.4.20):

3.4.1 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto


Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto é o processo de documentação das ações necessárias
para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares. O plano de gerenciamento do projeto
torna-se a fonte principal de informações sobre como o mesmo será planejado, executado, monitorado,
controlado e encerrado.

Entradas Saídas
.1 Termo de abertura .1 Plano de gerenciamento
do projeto do projeto
.2 Saídas dos processos
de planejamento
.3 Fatores ambientais
da empresa
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-9. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: entradas e saídas

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48
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.4.2 Coletar os requisitos


Coletar os requisitos é o processo de definir e documentar as necessidades das partes interessadas para
alcançar os objetivos do projeto.

Entradas Saídas
.1 Termo de abertura .1 Documentação dos
do projeto requisitos
.2 Registro das partes .2 Plano de gerenciamento
interessadas dos requisitos
.3 Matriz de rastreabilidade
dos requisitos

Figura 3-10. Coletar os requisitos: entradas e saídas

3.4.3 Definir o escopo


Definir o escopo é o processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do produto.

Entradas Saídas
.1 Termo de abertura .1 Declaração do escopo
do projeto do projeto
.2 Documentação .2 Atualizações dos
dos requisitos documentos do projeto
.3 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-11. Definir o escopo: entradas e saídas

3.4.4 Criar a estrutura analítica do projeto (EAP)


Criar a estrutura analítica do projeto (EAP) é o processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto
em componentes menores e de gerenciamento mais fácil.

Entradas Saídas
.1 Declaração do escopo .1 EAP
do projeto .2 Dicionário da EAP
.2 Documentação .3 Linha de base do escopo
dos requisitos .4 Atualizações dos
.3 Ativos de processos documentos do projeto
organizacionais

Figura 3-12. Criar a estrutura analítica do projeto (EAP): entradas e saídas

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3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

3.4.5 Definir as atividades


Definir as atividades é o processo de identificação das ações específicas a serem realizadas para produzir
as entregas do projeto.

Entradas Saídas
.1 Linha de base do escopo .1 Lista das atividades
.2 Fatores ambientais .2 Atributos das atividades
da empresa .3 Lista dos marcos
.3 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-13. Definir as atividades: entradas e saídas

3.4.6 Sequenciar as atividades


Sequenciar as atividades é o processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as
atividades do projeto.

Entradas Saídas
.1 Lista das atividades .1 Diagramas de rede do
.2 Atributos das atividades cronograma do projeto
.3 Lista dos marcos .2 Atualizações dos
.4 Declaração do escopo documentos do projeto
do projeto
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-14. Sequenciar as atividades: entradas e saídas

3.4.7 Estimar os recursos das atividades


Estimar os recursos das atividades é o processo de estimativa dos tipos e quantidades de material, pessoas,
equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.

Entradas Saídas
.1 Lista das atividades .1 Requisitos de recursos
.2 Atributos das atividades das atividades
.3 Calendários dos recursos .2 Estrutura analítica dos
.4 Fatores ambientais recursos
da empresa .3 Atualizações dos
.5 Ativos de processos documentos do projeto
organizacionais

Figura 3-15. Estimar os recursos das atividades: entradas e saídas

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CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.4.8 Estimar as durações das atividades


Estimar as durações das atividades é o processo de estimativa do número de períodos de trabalho que
serão necessários para executar atividades específicas com os recursos estimados.

Entradas Saídas
.1 Lista das atividades .1 Estimativas de duração
.2 Atributos das atividades das atividades
.3 Requisitos de recursos .2 Atualizações dos
das atividades documentos do projeto
.4 Calendários dos recursos
.5 Declaração do escopo
do projeto
.6 Fatores ambientais
da empresa
.7 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-16. Estimar as durações das atividades: entradas e saídas

3.4.9 Desenvolver o cronograma


Desenvolver o cronograma é o processo de análise de sequências das atividades, suas durações, recursos
necessários e restrições, visando criar o cronograma do projeto.

Entradas Saídas
.1 Lista das atividades .1 Cronograma do projeto
.2 Atributos das atividades .2 Linha de base do
.3 Diagramas de rede do cronograma
cronograma do projeto .3 Dados do cronograma
.4 Requisitos de recursos .4 Atualizações dos
das atividades documentos do projeto
.5 Calendários dos recursos
.6 Estimativas de duração
das atividades
.7 Declaração do escopo
do projeto
.8 Fatores ambientais
da empresa
.9 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-17. Desenvolver o cronograma: entradas e saídas

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51
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

3.4.10 Estimar os custos


Estimar os custos é o processo de desenvolvimento de uma estimativa dos recursos monetários necessários
para executar as atividades do projeto.
Entradas Saídas
.1 Linha de base do escopo .1 Estimativas de custos
.2 Cronograma do projeto das atividades
.3 Plano de recursos humanos .2 Base das estimativas
.4 Registro dos riscos .3 Atualizações dos
.5 Fatores ambientais documentos do projeto
da empresa
.6 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-18. Estimar os custos: entradas e saídas

3.4.11 Determinar o orçamento


Determinar o orçamento é o processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou
pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada.

Entradas Saídas
.1 Estimativas de custos .1 Linha de base do
das atividades desempenho de custos
.2 Base das estimativas .2 Requisitos de recursos
.3 Linha de base do escopo financeiros do projeto
.4 Cronograma do projeto .3 Atualizações dos
.5 Calendários dos recursos documentos do projeto
.6 Contratos
.7 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-19. Determinar o orçamento: entradas e saídas

3.4.12 Planejar a qualidade


Planejar a qualidade é o processo de identificação dos requisitos e/ou padrões de qualidade do projeto e do
produto, além da documentação de como o projeto atingirá a conformidade.

Entradas Saídas
.1 Linha de base do escopo .1 Plano de gerenciamento
.2 Registro das partes da qualidade
interessadas .2 Métricas da qualidade
.3 Linha de base do .3 Listas de verificação
desempenho de custos da qualidade
.4 Linha de base do .4 Plano de melhorias no
cronograma processo
.5 Registro dos riscos .5 Atualizações dos
.6 Fatores ambientais documentos do projeto
da empresa
.7 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-20. Planejar a qualidade: entradas e saídas

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CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.4.13 Desenvolver o plano de recursos humanos


Desenvolver o plano de recursos humanos é o processo de identificação e documentação de papéis,
responsabilidades, habilidades necessárias e relações hierárquicas do projeto, além da criação de um plano
de gerenciamento de pessoal.

Entradas Saídas
.1 Requisitos de recursos .1 Plano de recursos
das atividades humanos
.2 Fatores ambientais
da empresa
.3 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-21. Desenvolver o plano de recursos humanos: entradas e saídas

3.4.14 Planejar as comunicações


Planejar as comunicações é o processo de determinação das necessidades de informação das partes
interessadas no projeto e definição de uma abordagem de comunicação.

Entradas Saídas
.1 Registro das partes .1 Plano de gerenciamento
interessadas das comunicações
.2 Estratégia para .2 Atualizações dos
gerenciamento das documentos do projeto
partes interessadas
.3 Fatores ambientais
da empresa
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-22. Planejar as comunicações: entradas e saídas

3.4.15 Planejar o gerenciamento dos riscos


Planejar o gerenciamento dos riscos é o processo de definição de como conduzir as atividades de
gerenciamento dos riscos de um projeto.

Entradas Saídas
.1 Declaração do escopo .1 Plano de gerenciamento
do projeto dos riscos
.2 Plano de gerenciamento
dos custos
.3 Plano de gerenciamento
do cronograma
.4 Plano de gerenciamento
das comunicações
.5 Fatores ambientais da
empresa
.6 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-23. Planejar o gerenciamento dos riscos: entradas e saídas

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53
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

3.4.16 Identificar os riscos


Identificar os Riscos é o processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de documentação
de suas características.
Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento
.1 Registro dos riscos
dos riscos
.2 Estimativas de custos
das atividades
.3 Estimativas de duração
das atividades
.4 Linha de base do escopo
.5 Registro das partes
interessadas
.6 Plano de gerenciamento
dos custos
.7 Plano de gerenciamento
do cronograma
.8 Plano de gerenciamento
da qualidade
.9 Documentos do projeto
.10 Fatores ambientais
da empresa
.11 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-24. Identificar os riscos: entradas e saídas

3.4.17 Realizar a análise qualitativa dos riscos


Realizar a análise qualitativa dos riscos é o processo de priorização de riscos para análise ou ação adicional
através da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto.
Entradas Saídas
.1 Registro dos riscos
.1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento
dos riscos
dos riscos
.3 Declaração do escopo
do projeto
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-25. Realizar a análise qualitativa dos riscos: entradas e saídas

3.4.18 Realizar a análise quantitativa dos riscos


Realizar a análise quantitativa dos riscos é o processo de analisar numericamente o efeito dos riscos
identificados nos objetivos gerais do projeto.
Entradas Saídas
.1 Registro dos riscos
.1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento
dos riscos
dos riscos
.3 Plano de gerenciamento
dos custos
.4 Plano de gerenciamento
do cronograma
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-26. Realizar a análise quantitativa dos riscos: entradas e saídas


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CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.4.19 Planejar as respostas aos riscos


Planejar as respostas aos riscos é o processo de desenvolvimento de opções e ações para aumentar as
oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.
Entradas Saídas
.1 Registro dos riscos .1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento dos riscos
dos riscos .2 Decisões contratuais
relacionadas a riscos
.3 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto
.4 Atualizações dos
documentos do projeto

Figura 3-27. Planejar as respostas aos riscos: entradas e saídas

3.4.20 Planejar as aquisições


Planejar as aquisições é o processo de documentação das decisões de compras do projeto, especificando
a abordagem e identificando fornecedores em potencial.

Entradas Saídas
.1 Linha de base do escopo .1 Plano de gerenciamento
.2 Documentação dos das aquisições
requisitos .2 Declarações do trabalho
.3 Acordos de cooperação das aquisições
.4 Registro dos riscos .3 Decisões de fazer ou
.5 Decisões contratuais comprar
relacionadas a riscos .4 Documentos de aquisição
.6 Requisitos de recursos .5 Critérios para seleção de
das atividades fontes
.7 Cronograma do projeto .6 Solicitações de mudança
.8 Estimativas de custos
das atividades
.9 Linha de base do
desempenho de custos
.10 Fatores ambientais da
empresa
.11 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-28. Planejar as aquisições: entradas e saídas

3.5 grupo de processos de execução


O Grupo de processos de execução consiste nos processos realizados para concluir o trabalho definido no
plano de gerenciamento do projeto de forma a cumprir as especificações do projeto. Este grupo de processos
envolve coordenar pessoas e recursos e também integrar e executar as atividades do projeto em conformidade
com o plano de gerenciamento do mesmo (Figura 3-29).

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3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

Gerenciamento dos
recursos humanos
do projeto
9.2
Mobilizar a
equipe do projeto

9.3
Desenvolver a
Gerenciamento da equipe do projeto
qualidade do projeto

8.2
Realizar 9.4
a garantia Gerenciar a
da qualidade equipe do projeto
Gerenciamento da
integração do projeto

4.3
Gerenciamento das
Orientar
e gerenciar comunicações do projeto
a execução
do projeto
10.3
Distribuir
as informações

Gerenciamento das
aquisições do projeto
10.4
Gerenciar as
12.2
expectativas
Conduzir as
das partes
aquisições
interessadas

A seta circular tracejada indica que o processo é parte da Área de Conhecimento de Gerenciamento da Integração
do Projeto. Esta Área de Conhecimento coordena e unifica os processos das outras Áreas de Conhecimento.

Figura 3-29. grupo de processos de execução

Durante a execução do projeto, os resultados poderão requerer atualizações no planejamento e mudanças


nas linhas de base. Isso pode incluir mudanças nas durações previstas para as atividades, na produtividade e
na disponibilidade dos recursos e riscos imprevistos. Essas variações podem afetar o plano de gerenciamento
ou os documentos do projeto, e podem exigir uma análise detalhada e o desenvolvimento de respostas
apropriadas de gerenciamento de projetos. Os resultados da análise podem acionar solicitações de mudança
que, se forem aprovadas, poderão modificar o plano de gerenciamento ou os outros documentos do projeto e
talvez exigir a definição de novas linhas de base. Uma grande parte do orçamento do projeto será consumida
na execução dos processos do grupo de processos de execução. Esse grupo inclui os seguintes processos de
gerenciamento de projetos (Figuras 3-30 até 3-37):

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56
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.5.1 Orientar e gerenciar a execução do projeto


Orientar e gerenciar a execução do projeto é o processo de realização do trabalho definido no plano de
gerenciamento do projeto para atingir os objetivos do mesmo.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Entregas
do projeto .2 Informações sobre o
.2 Solicitações de desempenho do trabalho
mudança aprovadas .3 Solicitações de mudança
.3 Fatores ambientais da .4 Atualizações do plano de
empresa gerenciamento do projeto
.4 Ativos de processos .5 Atualizações dos
organizacionais documentos do projeto

Figura 3-30. Orientar e gerenciar a execução do projeto: entradas e saídas

3.5.2 Realizar a garantia da qualidade


Realizar a garantia da qualidade é o processo de auditoria dos requisitos de qualidade e dos resultados
das medições do controle da qualidade para garantir que sejam usados os padrões de qualidade e definições
operacionais apropriados.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Atualizações dos ativos de
do projeto processos organizacionais
.2 Métricas da qualidade .2 Solicitações de mudança
.3 Informações sobre o .3 Atualizações do plano de
desempenho do trabalho gerenciamento do projeto
.4 Medições do controle .4 Atualizações dos
da qualidade documentos do projeto

Figura 3-31. Realizar a garantia da qualidade: entradas e saídas

3.5.3 Mobilizar a equipe do projeto


Mobilizar a equipe do projeto é o processo de confirmação da disponibilidade dos recursos humanos e
obtenção da equipe necessária para terminar as designações do projeto.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Designações do pessoal
do projeto do projeto
.2 Fatores ambientais da .2 Calendários dos recursos
empresa .3 Atualizações do plano de
.3 Ativos de processos gerenciamento do projeto
organizacionais

Figura 3-32. Mobilizar a equipe do projeto: entradas e saídas

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57
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

3.5.4 Desenvolver a equipe do projeto


Desenvolver a equipe do projeto é o processo de melhoria de competências, da interação da equipe e do
ambiente global da equipe para aprimorar o desempenho do projeto.

Entradas Saídas
.1 Designações do pessoal .1 Avaliações do desempenho
do projeto da equipe
.2 Plano de gerenciamento .2 Atualizações dos fatores
do projeto ambientais da empresa
.3 Calendários dos recursos

Figura 3-33. Desenvolver a equipe do projeto: entradas e saídas

3.5.5 gerenciar a equipe do projeto


Gerenciar a equipe do projeto é o processo de acompanhar o desempenho dos membros da equipe, fornecer
feedback, resolver questões e gerenciar mudanças para otimizar o desempenho do projeto.

Entradas Saídas
.1 Designações do pessoal .1 Atualizações dos fatores
do projeto ambientais da empresa
.2 Plano de gerenciamento .2 Atualizações dos ativos de
do projeto processos organizacionais
.3 Avaliações do .3 Solicitações de mudança
desempenho da equipe .4 Atualizações do plano de
.4 Relatórios de desempenho gerenciamento do projeto
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-34. gerenciar a equipe do projeto: entradas e saídas

3.5.6 Distribuir as informações


Distribuir as informações é o processo de colocar as informações relevantes à disposição das partes
interessadas no projeto conforme planejado.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Atualizações dos ativos de
do projeto processos organizacionais
.2 Relatórios de desempenho
.3 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-35. Distribuir as informações: entradas e saídas

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58
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.5.7 gerenciar as expectativas das partes interessadas


Gerenciar as expectativas das partes interessadas é o processo de comunicação e interação com as partes
interessadas para atender às suas necessidades e resolver as questões à medida que ocorrerem.
Entradas Saídas
.1 Registro das partes .1 Atualizações dos ativos de
interessadas processos organizacionais
.2 Estratégia para .2 Solicitações de mudança
gerenciamento das .3 Atualizações do plano de
partes interessadas gerenciamento do projeto
.3 Plano de gerenciamento .4 Atualizações dos
do projeto documentos do projeto
.4 Registro das questões
.5 Registro das mudanças
.6 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-36. gerenciar as expectativas das partes interessadas: entradas e saídas

3.5.8 Conduzir as aquisições


Conduzir as aquisições é o processo de obtenção de respostas de fornecedores, seleção de um fornecedor
e adjudicação de um contrato.
Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Fornecedores selecionados
do projeto .2 Adjudicação do contrato
.2 Documentos de aquisição de aquisição
.3 Critérios para seleção .3 Calendários dos recursos
de fontes .4 Solicitações de mudança
.4 Lista dos fornecedores .5 Atualizações do plano de
qualificados gerenciamento do projeto
.5 Propostas dos fornecedores .6 Atualizações dos
.6 Documentos do projeto documentos do projeto
.7 Decisões de fazer ou comprar
.8 Acordos de cooperação
.9 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-37. Conduzir as aquisições: entradas e saídas

3.6 grupo de processos de monitoramento e controle


O Grupo de processos de monitoramento e controle consiste nos processos necessários para acompanhar,
revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto, identificar todas as áreas nas quais serão necessárias
mudanças no plano e iniciar as mudanças correspondentes. O principal benefício deste grupo de processos é que
o desempenho do projeto é observado e mensurado de forma periódica e uniforme para identificar variações em
relação ao plano de gerenciamento do mesmo. O grupo de processos de monitoramento e controle também inclui:
• Controlar as mudanças e recomendar ações preventivas em antecipação a possíveis problemas;
• Monitorar as atividades do projeto em relação ao plano de gerenciamento e à linha de base de
desempenho do mesmo e
• Influenciar os fatores que poderiam impedir o controle integrado de mudanças, para que somente as
mudanças aprovadas sejam implementadas.

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59
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

Este monitoramento contínuo fornece à equipe do projeto uma visão melhor sobre a saúde do mesmo
e identifica quaisquer áreas que requeiram atenção adicional. O grupo de processos de monitoramento e
controle não apenas monitora e controla o trabalho que está sendo feito durante um grupo de processos,
mas também monitora e controla o projeto inteiro. Em projetos com várias fases, o grupo de processos de
monitoramento e controle coordena as fases do projeto para implementar ações corretivas ou preventivas, a
fim de que o projeto mantenha a conformidade com o plano de gerenciamento do mesmo. Esta revisão pode
resultar em atualizações recomendadas e aprovadas para o plano de gerenciamento do projeto. Por exemplo,
uma data de término de atividade não cumprida pode exigir ajustes no plano de pessoal atual, dependência de
horas extras ou compensações entre os objetivos de orçamento e cronograma.

Gerenciamento do Gerenciamento do
escopo do projeto tempo do projeto

5.4 6.6
Verificar Controlar o
o escopo cronograma Gerenciamento dos
custos do projeto

5.5 7.3
Controlar Controlar
o escopo os custos
Gerenciamento da
integração do projeto

4.4
Monitorar e
Gerenciamento das controlar o Gerenciamento da
aquisições do projeto trabalho do projeto qualidade do projeto

8.3
12.3
Realizar o
Administrar 4.5 controle
as aquisições Realizar o da qualidade
controle integrado
de mudanças

Gerenciamento dos Gerenciamento das


riscos do projeto comunicações do projeto

11.6 10.5
Monitorar Reportar o
e controlar Desempenho
os riscos

A seta circular tracejada indica que o processo é parte da Área de Conhecimento de Gerenciamento da Integração
do Projeto. Esta Área de Conhecimento coordena e unifica os processos das outras Áreas de Conhecimento.

Figura 3-38. grupo de processos de monitoramento e controle

O Grupo de Processos de Monitoramento e Controle (Figura 3-38) inclui os seguintes processos de


gerenciamento de projetos (Figuras 3-39 até 3-48):

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60
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.6.1 Monitorar e controlar o trabalho do projeto


Monitorar e controlar o trabalho do projeto é o processo de acompanhamento, avaliação e regulação do
progresso para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento do projeto. O
monitoramento inclui relatórios de status, medições do progresso e previsões. Os relatórios de desempenho
fornecem informações sobre o desempenho do projeto com relação a escopo, cronograma, custo, recursos,
qualidade e risco, que podem ser usadas como entradas para outros processos.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Solicitações de mudança
do projeto .2 Atualizações do plano de
.2 Relatórios de desempenho gerenciamento do projeto
.3 Fatores ambientais da .3 Atualizações dos
empresa documentos do projeto
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-39. Monitorar e controlar o trabalho do projeto: entradas e saídas

3.6.2 Realizar o controle integrado de mudanças


Realizar o controle integrado de mudanças é o processo de avaliação de todas as solicitações de mudança,
aprovação de mudanças e gerenciamento das mesmas em entregas, ativos de processos organizacionais,
documentos e plano de gerenciamento do projeto.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Atualizações do andamento
do projeto das solicitações de mudança
.2 Informações sobre o .2 Atualizações do plano de
desempenho do trabalho gerenciamento do projeto
.3 Solicitações de mudança .3 Atualizações dos
.4 Fatores ambientais da documentos do projeto
empresa
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-40. Realizar o controle integrado de mudanças: entradas e saídas

3.6.3 verificar o escopo


Verificar o escopo é o processo de formalização da aceitação das entregas terminadas do projeto.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Entregas aceitas
do projeto .2 Solicitações de mudança
.2 Documentação dos .3 Atualizações dos
requisitos documentos do projeto
.3 Matriz de rastreabilidade
dos requisitos
.4 Entregas validadas

Figura 3-41. verificar o escopo: entradas e saídas

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61
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

3.6.4 Controlar o escopo


Controlar o escopo é o processo de monitoramento do andamento do escopo do projeto e do produto e
gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições de desempenho
do projeto do trabalho
.2 Informações sobre o .2 Atualizações dos ativos de
desempenho do trabalho processos organizacionais
.3 Documentação dos .3 Solicitações de mudança
requisitos .4 Atualizações do plano de
.4 Matriz de rastreabilidade gerenciamento do projeto
dos requisitos .5 Atualizações dos
.5 Ativos de processos documentos do projeto
organizacionais

Figura 3-42. Controlar o escopo: entradas e saídas

3.6.5 Controlar o cronograma


Controlar o cronograma é o processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu
progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições de desempenho
do projeto do trabalho
.2 Cronograma do projeto .2 Atualizações dos ativos de
.3 Informações sobre o processos organizacionais
desempenho do trabalho .3 Solicitações de mudança
.4 Ativos de processos .4 Atualizações do plano de
organizacionais gerenciamento do projeto
.5 Atualizações dos
documentos do projeto

Figura 3-43. Controlar o cronograma: entradas e saídas

3.6.6 Controlar os custos


Controlar os custos é o processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu
orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base dos custos.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições de desempenho
do projeto do trabalho
.2 Requisitos de recursos .2 Previsões do orçamento
financeiros do projeto .3 Atualizações dos ativos de
.3 Informações sobre o processos organizacionais
desempenho do trabalho .4 Solicitações de mudança
.4 Ativos de processos .5 Atualizações do plano de
organizacionais gerenciamento do projeto
.6 Atualizações dos
documentos do projeto

Figura 3-44. Controlar os custos: entradas e saídas

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62
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

3.6.7 Realizar o controle da qualidade


Realizar o controle da qualidade é o processo de monitoramento e registro dos resultados da execução das
atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições do controle
do projeto da qualidade
.2 Métricas da qualidade .2 Alterações validadas
.3 Listas de verificação .3 Entregas validadas
da qualidade .4 Atualizações dos ativos de
.4 Medições de processos organizacionais
desempenho do trabalho .5 Solicitações de mudança
.5 Solicitações de .6 Atualizações do plano de
mudança aprovadas gerenciamento do projeto
.6 Entregas .7 Atualizações dos
.7 Ativos de processos documentos do projeto
organizacionais

Figura 3-45. Realizar o controle da qualidade: entradas e saídas

3.6.8 Reportar o desempenho


Reportar o desempenho é o processo de coleta e distribuição de informações sobre o desempenho, inclusive
relatórios de andamento, medições do progresso e previsões.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Relatórios de desempenho
do projeto .2 Atualizações dos ativos de
.2 Informações sobre o processos organizacionais
desempenho do trabalho .3 Solicitações de mudança
.3 Medições de
desempenho do trabalho
.4 Previsões do orçamento
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 3-46. Reportar o desempenho: entradas e saídas

3.6.9 Monitorar e controlar os riscos


Monitorar e controlar os riscos é o processo de implementação de planos de respostas aos riscos,
acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos riscos e
avaliação do processo de risco durante todo o projeto.

Entradas Saídas
.1 Registro dos riscos .1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento dos riscos
do projeto .2 Atualizações dos ativos de
.3 Informações sobre o processos organizacionais
desempenho do trabalho .3 Solicitações de mudança
.4 Relatórios de desempenho .4 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto
.5 Atualizações dos
documentos do projeto

Figura 3-47. Monitorar e controlar os riscos: entradas e saídas


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63
3 CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO

3.6.10 Administrar as aquisições


Administrar as aquisições é o processo de gerenciamento dos relacionamentos das aquisições e
monitoramento dos desempenhos dos contratos, fazendo mudanças e correções conforme necessário.

Entradas Saídas
.1 Documentos de aquisição .1 Documentos de aquisição
.2 Plano de gerenciamento .2 Atualizações dos ativos de
do projeto processos organizacionais
.3 Contrato .3 Solicitações de mudança
.4 Relatórios de desempenho .4 Atualizações do plano de
.5 Solicitações de mudança gerenciamento do projeto
aprovadas
.6 Informações sobre o
desempenho do trabalho

Figura 3-48. Administrar as aquisições: entradas e saídas

3.7 grupo de processos de encerramento


O Grupo de processos de encerramento consiste nos processos executados para finalizar todas as atividades,
de todos os grupos de processos de gerenciamento do projeto, visando completar formalmente o projeto ou a
fase, ou obrigações contratuais. Este grupo de processos, quando concluído, verifica se os processos definidos
estão completos em todos os grupos de processos para encerrar o projeto ou uma fase do projeto, da forma
apropriada e definir formalmente que o projeto ou a fase do projeto estão concluídos. No encerramento do
projeto ou da fase podem ocorrer as seguintes atividades:
• Obter aceitação do cliente ou patrocinador;
• Fazer uma revisão pós-projeto ou de final de fase;
• Registrar os impactos da adequação de qualquer processo;
• Documentar as lições aprendidas;
• Aplicar as atualizações apropriadas aos ativos de processos organizacionais;
• Arquivar todos os documentos relevantes no sistema de informações do gerenciamento de projetos
(SIGP), para serem usadas como dados históricos e
• Encerrar as aquisições.

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64
CAPíTUlO 3 − PROCESSOS DE gEREnCIAMEnTO DE PROjETOS EM UM PROjETO 3

Gerenciamento da Gerenciamento das


integração do projeto aquisições do projeto

4.6 12.4
Encerrar o Encerrar
projeto ou a fase as aquisições

A seta circular tracejada indica que o processo é parte da Área de


Conhecimento de Gerenciamento da Integração do Projeto. Esta
Área de Conhecimento coordena e unifica os processos das outras
Áreas de Conhecimento.

Figura 3-49. grupo de processos de encerramento

O Grupo de Processos de Encerramento (Figura 3-49) inclui os seguintes processos de gerenciamento de


projetos (Figuras 3-50 e 3-51):

3.7.1 Encerrar o projeto ou fase


Encerrar o projeto ou fase é o processo de finalização de todas as atividades de todos os grupos de processos
de gerenciamento para terminar formalmente o projeto ou a fase.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Transição do produto,
do projeto serviço ou resultado final
.2 Entregas aceitas .2 Atualizações dos ativos de
.3 Ativos de processos processos organizacionais
organizacionais

Figura 3-50. Encerrar o projeto ou fase: entradas e saídas

3.7.2 Encerrar as aquisições


Encerrar as aquisições é o processo de finalizar cada aquisição do projeto.

Entradas Saídas
.1 Plano de gerenciamento .1 Aquisições encerradas
do projeto .2 Atualizações dos ativos de
.2 Documentos de processos organizacionais
aquisição

Figura 3-51. Encerrar as aquisições: entradas e saídas

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65
SEÇÃO III
AS ÁREAS DE CONHECIMENTO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
• Introdução
Capítulo 4
• Gerenciamento da integração do projeto
Capítulo 5
• Gerenciamento do escopo do projeto
Capítulo 6
• Gerenciamento do tempo do projeto
Capítulo 7
• Gerenciamento dos custos do projeto
Capítulo 8
• Gerenciamento da qualidade do projeto
Capítulo 9
• Gerenciamento dos recursos humanos do projeto
Capítulo 10
• Gerenciamento das comunicações do projeto
Capítulo 11
• Gerenciamento dos riscos do projeto
Capítulo 12
• Gerenciamento das aquisições do projeto
Referências

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67
SEÇÃO III InTRODUÇÃO − DIAgRAMAS DE FlUXO DE DADOS

SEÇÃO III INTRODUÇÃO


DIAGRAMAS DE fLUxO DE DADOS
Um diagrama de fluxo de dados é fornecido em cada capítulo de Área de Conhecimento (do Capítulo 4 ao
Capítulo 12). É uma descrição, em nível conciso, das entradas e saídas que fluem através de todos os processos
dentro de uma área específica de conhecimento. Embora os processos estejam aqui apresentados como elementos
distintos com interfaces bem definidas, na prática eles são interativos e podem se sobrepor e interagir de modos
que não estão detalhados aqui.

Processo externo à
Área de Conhecimento

Externo a um Processo
Processos dentro de uma
Área de Conhecimento
Relações internas à Área de conhecimento
Relações externas à Área de conhecimento
Fluxo de processos

Os diagramas de fluxo de dados mostram passos básicos e interações. Muitas interações adicionais são possíveis.

Figura III-1. legenda do diagrama de fluxo de dados

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69
4

CAPÍTULO 4
GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO DO PROJETO
O Gerenciamento da integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias para identificar, definir,
combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades dos grupos de processos de gerenciamento. No
contexto de gerenciamento de projetos, integração inclui características de unificação, consolidação, articulação e
ações integradoras que são essenciais para o término do projeto, para gerenciar com sucesso as expectativas das
partes interessadas e atender aos requisitos. O gerenciamento da integração do projeto requer que sejam feitas
escolhas sobre alocação de recursos, concessões entre objetivos e alternativas conflitantes e gerenciamento de
dependências mútuas entre as áreas de conhecimento. Os processos de gerenciamento de projetos são geralmente
introduzidos como distintos e com fronteiras comuns definidas, enquanto na prática, os mesmos sobrepõem-se e
interagem de maneiras que não podem ser completamente detalhadas no Guia PMBOK® (PMBOK® Guide).

A figura 4-1 fornece um resumo dos processos de gerenciamento da integração de projetos, que são:

4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto—O processo de desenvolvimento de um documento


que formalmente autoriza um projeto ou uma fase e a documentação dos requisitos iniciais que
satisfaçam as necessidades e expectativas das partes interessadas.
4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto—O processo de documentação das ações
necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares.
4.3 Orientar e gerenciar a execução do projeto—O processo de realização do trabalho definido no
plano de gerenciamento do projeto para atingir os objetivos do projeto.
4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto—O processo de acompanhamento, revisão e regulação
do progresso para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento
do projeto.
4.5 Realizar o controle integrado de mudanças—O processo de revisão de todas as solicitações
de mudança, aprovação de mudanças e gerenciamento de mudanças nas entregas, ativos de
processos organizacionais, documentos de projeto e plano de gerenciamento do projeto.
4.6 Encerrar o projeto ou fase—O processo de finalização de todas as atividades de todos os grupos
de processos de gerenciamento do projeto para terminar formalmente o projeto ou a fase.

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71
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

A necessidade do Gerenciamento da integração do projeto fica evidente em situações onde processos


distintos interagem. Por exemplo, uma estimativa de custos necessária para um plano de contingência
envolve a integração dos processos nas áreas de conhecimentos de custos, tempo e riscos. Quando riscos
adicionais associados às várias alternativas de preenchimento de vagas são identificados, então um ou mais
desses processos podem ser reconsiderados. As entregas do projeto também podem precisar ser integradas
às operações em progresso da organização executora ou da organização do cliente, ou ao planejamento
estratégico de longo prazo que considera problemas ou oportunidades futuras. O Gerenciamento da integração
do projeto também inclui as atividades necessárias para gerenciar documentos e assegurar consistência no
plano de gerenciamento do projeto e entregas.

A maioria dos praticantes de gerenciamento de projetos sabe que não há uma única maneira de se gerenciar
um projeto. Eles aplicam conhecimentos em gerenciamento, habilidades e processos necessários com ordens
e rigor diferentes para atender o desejado desempenho do projeto. No entanto, a idéia de que um processo
distinto não é exigido, não significa que este não deva ser discutido. O gerente e a equipe devem sempre
discutir todos os processos para determinar o nível de execução de cada processo para cada projeto. Se há
mais do que uma fase, o mesmo nível de rigor deve ser usado nos processos dentro de cada fase.

A natureza integrativa de projetos e gerenciamento pode ser entendida considerando-se outros tipos de
atividades realizadas durante a execução de um projeto. São exemplos de algumas atividades realizadas pela
equipe de gerenciamento:
• Analisar e entender o escopo. Isto inclui os requisitos do projeto e produto, critérios, premissas,
restrições e outras influências relacionadas ao projeto, e como cada um será gerenciado ou discutido
dentro do mesmo.
• Entender como capturar a informação identificada e transformá-la em um plano de gerenciamento
do projeto usando uma abordagem estruturada como descrita no Guia PMBOK® (PMBOK® Guide).
• Realizar atividades para produzir as entregas do projeto.
• Medir e monitorar todos os aspectos do progresso do projeto e tomar as medidas necessárias para
atender os objetivos do mesmo.
Entre os processos dos grupos de processos de gerenciamento do projeto as ligações são frequentemente
realimentadas. O grupo de processos de planejamento fornece ao grupo de processos de execução, um plano de
gerenciamento do projeto documentado no início do projeto, facilitando as atualizações do plano de gerenciamento,
se mudanças ocorrerem durante o progresso do mesmo.

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72
CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

Gerenciamento da
integração do projeto

4.1 Desenvolver o Termo 4.2 Desenvolver o plano 4.3 Orientar e gerenciar


de Abertura do Projeto de gerenciamento do projeto a execução do projeto

.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas


.1 Declaração do trabalho .1 Termo de abertura do projeto .1 Plano de gerenciamento
do projeto .2 Saídas dos processos de do projeto
.2 Business Case planejamento .2 Solicitações de mudança
.3 Contrato .3 Fatores ambientais da empresa aprovadas
.4 Fatores ambientais da empresa .4 Ativos de processos .3 Fatores ambientais da empresa
.5 Ativos de processos organizacionais .4 Ativos de processos
organizacionais organizacionais
.2 Ferramentas e técnicas
.2 Ferramentas e técnicas .1 Opinião especializada .2 Ferramentas e técnicas
.1 Opinião especializada .1 Opinião especializada
.3 Saídas .2 Sistema de informações do
.3 Saídas .1 Plano de gerenciamento gerenciamento de projetos
.1 Termo de abertura do projeto do projeto
.3 Saídas
.1 Entregas
.2 Informações sobre o
4.4 Monitorar e controlar 4.5 Realizar o controle desempenho do trabalho
o trabalho do projeto integrado de mudanças .3 Solicitações de mudança
.4 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto
.1 Entradas .1 Entradas .5 Atualizações dos documentos
.1 Plano de gerenciamento .1 Plano de gerenciamento do projeto
do projeto do projeto
.2 Relatórios de desempenho .2 Informações sobre o
.3 Fatores ambientais da empresa desempenho do trabalho 4.6 Encerrar o
.4 Ativos de processos .3 Solicitações de mudança projeto ou fase
organizacionais .4 Fatores ambientais da empresa
.5 Ativos de processos
.2 Ferramentas e técnicas organizacionais .1 Entradas
.1 Opinião especializada .1 Plano de gerenciamento
.2 Ferramentas e técnicas do projeto
.3 Saídas .1 Opinião especializada .2 Entregas aceitas
.1 Solicitações de mudança .2 Reuniões de controle de .3 Ativos de processos
.2 Atualizações do plano de mudanças organizacionais
gerenciamento do projeto
.3 Atualizações dos documentos .3 Saídas .2 Ferramentas e técnicas
do projeto .1 Atualizações do andamento .1 Opinião especializada
das solicitações de mudança
.2 Atualizações do plano de .3 Saídas
gerenciamento do projeto .1 Transição do produto, serviço
.3 Atualizações dos documentos ou resultado final
do projeto .2 Atualizações dos ativos de
processos organizacionais

Figura 4-1. visão geral do gerenciamento da integração do projeto

4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto


Desenvolver o termo de abertura do projeto é o processo de desenvolvimento de um documento que
formalmente autoriza um projeto ou uma fase e a documentação dos requisitos iniciais que satisfaçam
as necessidades e expectativas das partes interessadas. Estabelece uma parceria entre a organização
executora e a organização solicitante (ou cliente, no caso de projetos externos). O termo de abertura do
projeto formalmente o inicia. Um gerente de projetos é identificado, selecionado e designado o mais cedo
possível, preferivelmente enquanto o termo de abertura está sendo desenvolvido e sempre antes do início do
planejamento. É recomendado que o gerente de projetos participe do desenvolvimento do termo de abertura,
uma vez que este supre o gerente com a autoridade para usar recursos nas atividades do projeto.

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73
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

Projetos são autorizados por alguém externo ao mesmo, tais como um patrocinador, um escritório de
projetos ou um comitê diretivo de portfólio. O iniciador do projeto, ou patrocinador, deve estar num nível que
seja apropriado para financiá-lo. Eles criam o termo de abertura ou transmitem esta tarefa ao gerente de
projetos. A assinatura do iniciador no termo de abertura autoriza o projeto. Projetos são autorizados devido a
necessidades dos negócios internos ou a influências externas. Isso normalmente provoca a criação de uma
análise de necessidades, business case, ou descrição da situação que o projeto tratará. A abertura do mesmo
conecta-o à estratégia e ao trabalho em progresso da organização.

A figura 4-2 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas deste processo, o diagrama de fluxo de
dados é mostrado na Figura 4-3.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Declaração do trabalho .1 Termo de abertura do
do projeto .1 Opinião especializada projeto
.2 Business Case
.3 Contrato
.4 Fatores ambientais da
empresa
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 4-2. Desenvolver o termo de abertura do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Iniciador/ Gerenciamento da integração do projeto


Patrocinador 5.1
do projeto Coletar os
requisitos
4.1
Desenvolver o
• Contratos
termo de abertura • Termo de
• Declaração do trabalho
do projeto do projeto abertura
do projeto 5.2
• Business Case
Definir o escopo
• Ativos de processos
organizacionais
• Fatores ambientais 4.2
da empresa Desenvolver o plano
10.1
de gerenciamento
Identificar as
Empresa/ do projeto
partes interessadas
Organização

Figura 4-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver o termo de abertura do projeto

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74
CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

4.1.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto: entradas


.1 Declaração do trabalho do projeto
A declaração do trabalho (DT) é uma descrição narrativa dos produtos e serviços a serem fornecidos
pelo projeto. Para projetos internos, o iniciador ou patrocinador produz a declaração do trabalho com
base nos requisitos das necessidades dos negócios, produtos, ou serviços. Para projetos externos, a
declaração do trabalho pode ser recebida do cliente como parte de um documento de licitação, por
exemplo, solicitação de proposta, solicitação de informações, solicitação de preços, ou como parte de
um contrato. A DT informa:
• necessidade de negócios. Uma necessidade de negócios de uma organização pode ser baseada
numa demanda de mercado, avanço tecnológico, requisito legal, ou regulamentação de governo.
• Descrição do escopo do produto. Documenta as características do produto que o projeto estará
encarregado de criar. A descrição deve documentar também a relação entre os produtos e serviços
sendo criados e a necessidade de negócios a qual o projeto se dedicará.
• Plano estratégico. O Plano estratégico documenta os objetivos estratégicos da organização. Por
isso, todos os projetos devem estar alinhados ao plano estratégico.
.2 Business Case
O business case, ou documento semelhante, fornece informações necessárias do ponto de vista de
um negócio, para determinar se o projeto justifica ou não o investimento. Normalmente, a necessidade
de negócios e a análise de custo benefício estão contidas no business case para justificar o projeto.
A organização solicitante ou o cliente, no caso de projetos externos, podem escrever o business case.
Este é criado como um resultado de um ou mais dos seguintes fatores:
• Demanda de mercado (por exemplo, uma companhia automobilística autoriza um projeto para
construir carros mais eficientes e econômicos em resposta à escassez de gasolina);
• Necessidade organizacional (por exemplo, uma empresa de treinamento autoriza um projeto
para criar um novo curso visando aumentar sua receita);
• Solicitação do cliente (por exemplo, uma companhia elétrica autoriza um projeto para construir
uma nova subestação para atender um novo parque industrial);
• Avanço tecnológico (por exemplo, uma empresa de produtos eletrônicos autoriza um novo projeto
para desenvolver um laptop mais rápido, mais barato e menor após avanços na tecnologia de
memória de computador e componentes eletrônicos);

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4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

• Um requisito legal (por exemplo, um fabricante de tintas autoriza um projeto para estabelecer
diretrizes para o manuseio de materiais tóxicos);
• Impactos ecológicos (por exemplo, uma firma empreende um projeto para diminuir o seu impacto
ambiental) ou
• Necessidade social (por exemplo, uma organização não-governamental em um país em
desenvolvimento autoriza um projeto para fornecer sistemas de água potável, banheiros
públicos e educação sanitária às comunidades com alta incidência de cólera).
No caso de projetos com múltiplas fases, o business case pode ser revisado periodicamente para
assegurar que o projeto está na direção correta para proporcionar os benefícios de negócios. Nas fases
iniciais do ciclo de vida do projeto, o uso de revisões periódicas do business case pela organização
patrocinadora também auxilia na confirmação de que o mesmo ainda é necessário à organização.

.3 Contrato
Um contrato é uma entrada se o projeto estiver sendo realizado por um cliente externo.

.4 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo de desenvolvimento do termo
de abertura do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Padrões governamentais ou industriais;
• Infraestrutura organizacional e
• Condições do mercado.
.5 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de desenvolvimento do
termo de abertura do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Processos organizacionais padronizados, políticas e definições padronizadas de processos
para uso na organização;
• Modelos (por exemplo, modelo do termo de abertura do projeto) e
• Informações históricas e base de conhecimento de lições aprendidas.

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76
CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

4.1.2 Desenvolver o termo de abertura do projeto: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
A opinião especializada é usada frequentemente para avaliar as entradas necessárias para desenvolver
o termo de abertura do projeto. Essa opinião e especialização são aplicadas a qualquer detalhe técnico e
de gerenciamento durante esse processo. Essa especialização é oferecida por qualquer grupo ou pessoa
com conhecimento ou treinamento especializado e está disponível a partir de diversas fontes, inclusive:
• Outras unidades dentro da organização;
• Consultores;
• Partes interessadas, inclusive clientes ou patrocinadores;
• Associações profissionais e técnicas;
• Setores econômicos;
• Especialistas no assunto e
• Escritório de projetos.

4.1.3 Desenvolver o termo de abertura do projeto: saídas


.1 Termo de abertura do projeto
O termo de abertura do projeto documenta as necessidades do negócio, o entendimento atual das
necessidades do cliente, e o novo produto, serviço ou resultado que pretende satisfazer, tais como:
• Propósito ou justificativa do projeto;
• Objetivos mensuráveis do projeto e critérios de sucesso relacionados;
• Requisitos de alto nível;
• Descrição do projeto em alto nível;
• Riscos de alto nível;
• Resumo do cronograma de marcos;
• Resumo do orçamento;

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4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

• Requisitos para aprovação do projeto (o que constitui o sucesso do projeto, quem decide se o
projeto é bem sucedido, e quem assina o projeto);
• Gerente do projeto, responsabilidade, nível de autoridade designados e
• Nome e autoridade do patrocinador ou outra(s) pessoa(s) que autoriza o termo de abertura
do projeto.

4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto


Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto é o processo de documentação das ações necessárias para
definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares. O plano de gerenciamento do projeto define
como o mesmo é executado, monitorado e controlado e encerrado. O conteúdo do plano de gerenciamento
do projeto variará dependendo da área de aplicação e complexidade do mesmo. O plano de gerenciamento
é desenvolvido através de uma série de processos integrados até o encerramento do projeto. Esse processo
resulta num plano de gerenciamento do projeto que é progressivamente elaborado através de atualizações,
controladas e aprovadas pelo processo Realizar o controle integrado de mudanças (Seção 4.5).

A figura 4-4 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas deste processo, e o diagrama de fluxo de
dados é mostrado na Figura 4-5.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Termo de abertura do .1 Plano de gerenciamento
projeto .1 Opinião especializada do projeto
.2 Saídas dos processos de
planejamento
.3 Fatores ambientais da
empresa
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 4-4. Desenvolver o termo de abertura do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

4.2.1 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: entradas


.1 Termo de abertura do projeto
Descrito na Seção 4.1.3.1.

.2 Saídas dos processos de planejamento


As saídas de muitos dos processos de planejamento descritos nos Capítulos 5 até 12 são integradas para
criar o plano de gerenciamento do projeto. Quaisquer linhas de base e planos auxiliares de gerenciamento
que sejam saídas de outros processos de planejamento são entradas para este processo. Além disso,
atualizações a esses documentos podem requerer atualizações do plano de gerenciamento do projeto.

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

5.2 Definir • Declaração do 5.4


o escopo escopo do projeto Gerenciamento da Verificar o escopo
integração do projeto

5.3 Criar • Linha de base 5.5


a EAP 4.1 Controlar o escopo
do escopo
Desenvolver o
termo de abertura
do Projeto
6.6
Empresa/ • Ativos de processos
Controlar o
Organização organizacionais
• Termo de abertura cronograma
• Fatores ambientais do projeto
da empresa

4.2 7.3
5.1 Coletar • Documentação Desenvolver o plano Controlar os custos
os requisitos dos requisitos de gerenciamento
• Plano de gerenciamento • Plano de
dos requisitos do projeto gerenciamento
do projeto 8.2
Realizar a garantia
7.2 Determinar • Linha de base do
da qualidade
o orçamento desempenho de custos 4.3
Orientar e gerenciar
a execução 8.3
do projeto Realizar o controle
6.5 Desenvolver • Linha de base da qualidade
o cronograma do cronograma
4.4
Monitorar e 9.2
controlar o trabalho Mobilizar a equipe
8.1 Planejar • Plano de gerenciamento do projeto do projeto
da qualidade
a qualidade
• Plano de melhorias
no processo 4.5 9.3
Realizar o controle Desenvolver a
9.1 Desenvolver o integrado de equipe do projeto
• Plano de gerenciamento mudanças
plano de recursos dos recursos humanos
humanos 9.4
• Atualizações Gerenciar a equipe
do plano de 4.6 do projeto
gerenciamento
10.2 Planejar as do projeto Encerrar o projeto
• Plano de gerenciamento
comunicações das comunicações
ou fase
10.3
Distribuir as
informações
11.1 Planejar o
• Plano de gerenciamento 10.4
gerenciamento dos riscos
dos riscos Gerenciar as
expectativas das
partes interessadas
12.1 Planejar • Plano de gerenciamento
as aquisições das aquisições

10.5 11.6 12.2 12.3 12.4


Reportar o Monitorar e Conduzir as Administrar as Encerrar as
desempenho controlar os riscos aquisições aquisições aquisições

Figura 4-5. Diagrama de fluxo de dados do processo


Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto

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79
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

.3 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo de desenvolvimento do plano
de gerenciamento do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Padrões governamentais ou industriais;
• Sistema de informações do gerenciamento de projetos (por exemplo, uma ferramenta automatizada,
como um software para elaboração de cronogramas, um sistema de gerenciamento de configuração,
um sistema de coleta e distribuição de informações ou interfaces Web para outros sistemas
online automatizados);
• Estrutura e cultura organizacionais;
• Infraestrutura (por exemplo, equipamentos e instalações existentes) e
• Administração de pessoal (por exemplo, diretrizes para contratações e demissões, revisões de
desempenho de empregados, e registros de treinamento).
.4 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de desenvolvimento do
plano de gerenciamento do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Diretrizes padrão, instruções de trabalho, critérios de avaliação de propostas e critérios de medição
de desempenho;
• Modelo de plano de gerenciamento do projeto—Elementos do plano de gerenciamento do projeto
que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados, a:
○ Diretrizes e critérios para adequação do conjunto de processos padrão da organização para
satisfazer as necessidades específicas do projeto e
○ Diretrizes para o encerramento do projeto ou requisitos como validação de produtos e critérios
de aceitação;
• Procedimentos de controle de mudanças, inclusive os passos para modificação dos padrões,
políticas, planos e procedimentos oficiais da empresa, ou quaisquer documentos do projeto que
serão modificados e como essas mudanças serão aprovadas e validadas;
• Arquivos de projetos passados (por exemplo, escopo, custo, cronograma e linhas de base da
medição de desempenho, calendários do projeto, diagramas de rede do cronograma do projeto,
registros dos riscos, ações de resposta planejadas e impacto de risco definido);

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

• Informações históricas e bases de conhecimento de lições aprendidas e


• Bases de conhecimento de gerenciamento de configuração, contendo versões e linhas de base
de todos os padrões, políticas, procedimentos oficiais da empresa e quaisquer documentos
de projetos.

4.2.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
Durante o desenvolvimento do plano de gerenciamento do projeto, a opinião especializada é
usada para:
• Adequar o processo para atender às necessidades do projeto;
• Desenvolver detalhes técnicos e de gerenciamento para serem incluídos no plano de gerenciamento
do projeto;
• Determinar recursos e níveis de habilidades necessárias para executar o trabalho do projeto;
• Determinar o nível de gerenciamento de configuração a ser usado no projeto e
• Determinar quais documentos do projeto estarão sujeitos ao processo formal de controle
de mudanças.

4.2.3 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: saídas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto integra e consolida todos os planos de gerenciamento auxiliares
e linhas de base dos processos de planejamento, incluindo, mas não estando limitado a:
• O ciclo de vida selecionado para o projeto e os processos que serão aplicados a cada fase;
• Resultados das adequações feitas pela equipe de gerenciamento do projeto como a seguir:
○ Processos de gerenciamento de projeto selecionados pela equipe de gerenciamento do projeto,
○ Nível de implementação de cada processo selecionado,
○ Descrições das ferramentas e técnicas a serem usadas para efetuar aqueles processos, e
○ Como os processos selecionados serão utilizados para gerenciar o projeto específico, inclusive
as dependências e interações entre esses processos, e as entradas e saídas essenciais.
• Como o trabalho será executado para completar os objetivos do projeto;
• Um plano de gerenciamento de mudanças que documenta como as mudanças serão monitoradas
e controladas;

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4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

• Um plano de gerenciamento de configuração que documenta como o gerenciamento de


configuração será realizado;
• Como a integridade das linhas de base da medição do desempenho será mantida;
• Necessidades e técnicas para comunicação entre as partes interessadas e
• Revisões chave de gerenciamento do conteúdo, abrangência e melhor momento para facilitar o
tratamento de questões em aberto e decisões pendentes.
O plano de gerenciamento do projeto pode ser em nível resumido ou detalhado e pode ser composto
de um ou mais planos auxiliares. Cada plano auxiliar é detalhado até o ponto requisitado pelo específico
projeto. Uma vez que o plano de gerenciamento tenha sido estabelecido, somente pode ser modificado
quando uma solicitação de mudança é gerada e aprovada através do processo Realizar o controle
integrado de mudanças.

As linhas de base incluem, mas não estão limitadas a:


• Linha de base do cronograma;
• Linha de base do desempenho de custos e
• Linha de base do escopo.
Os planos auxiliares incluem, mas não estão limitados, a:
• Plano de gerenciamento do escopo (introdução do Capítulo 5);
• Plano de gerenciamento dos requisitos (Seção 5.1.3.2);
• Plano de gerenciamento do cronograma (introdução do Capítulo 6);
• Plano de gerenciamento dos custos (introdução do Capítulo 7);
• Plano de gerenciamento da qualidade (Seção 8.1.3.1);
• Plano de melhorias no processo (Seção 8.1.3.4);
• Plano de gerenciamento dos recursos humanos (Seção 9.1.3.1);
• Plano de gerenciamento das comunicações (Seção 10.2.3.1);
• Plano de gerenciamento dos riscos (Seção 11.1.3.1) e
• Plano de gerenciamento das aquisições (Seção 12.1.3.1).
Frequentemente o escopo, o cronograma e a linha de base de custos serão combinados numa
linha de base de medição de desempenho que é usada como uma linha de base geral do projeto com
a qual o desempenho integrado pode ser comparado. A linha de base de medição de desempenho
é usada para medições de valores agregados.

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

4.3 Orientar e gerenciar a execução do projeto


Orientar e gerenciar a execução do projeto é o processo de realização do trabalho definido no plano de
gerenciamento do projeto para atingir os objetivos. Essas atividades incluem, mas não estão limitadas a:
• Executar as atividades para realizar os objetivos do projeto;
• Criar as entregas do projeto;
• Formar, treinar e gerenciar os membros da equipe designados para o projeto;
• Obter, gerenciar e usar recursos, inclusive materiais, ferramentas, equipamentos e instalações;
• Implementar os padrões e os métodos planejados;
• Estabelecer e gerenciar os canais de comunicação do projeto, tanto externos como internos à equipe
do projeto;
• Gerar dados do projeto, tais como custo, cronograma, progresso técnico e da qualidade e informações
sobre o andamento do projeto para facilitar previsões;
• Emitir solicitações de mudança e adaptar mudanças aprovadas no escopo do projeto, planos, e ambiente;
• Gerenciar riscos e implementar atividades de resposta a riscos;
• Gerenciar vendedores e fornecedores e
• Coletar e documentar lições aprendidas e implementar as atividades de melhorias nos processos aprovados.
O gerente de projetos, juntamente com a equipe do projeto, orienta o desempenho das atividades planejadas
e gerencia as diversas interfaces técnicas e organizacionais que existem dentro do projeto. O processo Orientar
e gerenciar a execução do projeto é diretamente afetado pela área de aplicação do projeto. Entregas são
produzidas como saídas de processos realizados para completar o trabalho planejado e agendado no plano de
gerenciamento do projeto. As informações sobre o desempenho do trabalho e a situação atual de finalização
das entregas e o que já foi alcançado, são coletadas como parte da execução do projeto e são alimentadas
no processo de relatório de desempenho. As informações sobre o desempenho do trabalho serão utilizadas
também como entrada no grupo de processos de monitoramento e controle.

Orientar e gerenciar a execução do projeto também requer a implementação de mudanças aprovadas, incluindo:
• Ação corretiva. Orientação documentada para que o trabalho do projeto seja executado de modo que
seu desempenho futuro esperado fique de acordo com o plano de gerenciamento.
• Ação preventiva. Uma orientação documentada para a realização de uma atividade que pode reduzir
a probabilidade de consequências negativas associadas aos riscos do projeto.
• Reparo de defeito. A identificação documentada formalmente de um defeito em um componente do
projeto com a recomendação para reparar o defeito ou substituir completamente o componente.

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4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

A figura 4-6 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas deste processo e o diagrama de fluxo de
dados é mostrado na Figura 4-7.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Entregas
do projeto .1 Opinião especializada .2 Informações sobre o
.2 Solicitações de mudança .2 Sistema de informações do desempenho do trabalho
aprovadas gerenciamento de projetos .3 Solicitações de mudança
.3 Fatores ambientais da .4 Atualizações do plano de
empresa gerenciamento do projeto
.4 Ativos de processos .5 Atualizações dos
organizacionais documentos do projeto

Figura 4-6. Orientar e gerenciar a execução do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento da integração do projeto

4.2 4.5
Desenvolver o plano Realizar o controle
de gerenciamento integrado de
do projeto mudanças

• Solicitações de
Empresa/ mudança aprovadas
• Atualizações Documentos
Organização do plano de • Solicitações do projeto
gerenciamento de mudança
do projeto
• Ativos de processos • Plano de
organizacionais gerenciamento
• Fatores ambientais do projeto 4.3
da empresa Orientar e gerenciar 8.3
• Atualizações dos
a execução documentos Realizar o controle
do projeto do projeto da qualidade
• Entregas
• Informações sobre
o desempenho do
trabalho 10.5
Reportar o
desempenho

11.6
Monitorar e
controlar os riscos

5.5 6.6 7.3 8.2 12.3


Controlar Controlar o Controlar Realizar a garantia Administrar
o escopo cronograma os custos da qualidade as aquisições

Figura 4-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Orientar e gerenciar a execução do projeto

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

4.3.1 Orientar e gerenciar a execução do projeto: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
Descrito na Seção 4.2.3.1.

.2 Solicitações de mudança aprovadas


Como parte do processo Realizar o controle integrado de mudanças, o andamento de um controle
indicará que algumas mudanças foram aprovadas e outras não. As solicitações aprovadas são agendadas
para implementação pela equipe do projeto. Essas, autorizadas e documentadas, ampliam ou limitam
o escopo. Também podem modificar políticas, planos de gerenciamento de projetos, procedimentos,
custos ou orçamentos, ou revisar cronogramas. Podem ainda, requerer a implementação de ações
preventivas ou corretivas.

.3 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo Orientar e gerenciar a execução
do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Cultura e estrutura organizacional, da companhia ou do cliente;
• Infraestrutura (por exemplo, equipamentos e instalações existentes);
• Administração de pessoal (por exemplo, diretrizes para contratações e demissões, análises de
desempenho de empregados, e registros de treinamento);
• Tolerância a riscos das partes interessadas e
• Sistema de informações do gerenciamento de projetos (por exemplo, um conjunto de ferramentas
automatizadas, como um software para elaboração de cronogramas, um sistema de gerenciamento
de configuração, um sistema de coleta e distribuição de informações ou interfaces Web para
outros sistemas online automatizados).

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4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

.4 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Orientar e gerenciar
a execução do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Diretrizes padronizadas e instruções de trabalho;
• Requisitos de comunicação que definem os meios de comunicação permitidos, retenção de
registros e requisitos de segurança;
• Procedimentos de gerenciamento de questões e defeitos que definem controles de questões e
defeitos, identificação e resolução de questões e defeitos, e acompanhamento de itens de ação;
• Banco de dados para medição de processos usado para coletar e disponibilizar dados de
medição de processos e produtos;
• Arquivos de projetos passados (por exemplo, escopo, custo, cronograma e linhas de base da
medição de desempenho, calendários do projeto, diagramas de rede do cronograma do projeto,
registros dos riscos, ações de resposta planejadas e impacto de risco definido) e
• Banco de dados para gerenciamento de questões e defeitos contendo o andamento histórico de
questões e defeitos, resolução de questões e defeitos, e resultados de itens de ação.

4.3.2 Orientar e gerenciar a execução do projeto: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
A opinião especializada é usada para acessar as entradas necessárias para orientar e gerenciar a
execução do plano de gerenciamento do projeto. Essa opinião e especialização são aplicadas a todo
detalhe técnico e de gerenciamento durante esse processo. Essa competência é fornecida pelo gerente
de projetos e a equipe de gerenciamento através de conhecimento especializado ou treinamento.
Competência adicional é disponibilizada por outras fontes, inclusive:
• Outras unidades dentro da organização;
• Consultores;
• Partes interessadas, inclusive clientes ou patrocinadores e
• Associações profissionais e técnicas.

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

.2 Sistema de informações do gerenciamento de projetos


O sistema de informações do gerenciamento de projetos, parte dos fatores ambientais da empresa,
proporciona acesso a uma ferramenta automatizada, tal como um software para agendamentos, um
sistema de gerenciamento de configuração, um sistema de coleta e distribuição de informações, ou
interfaces Web para outros sistemas online automatizados usados durante o trabalho de orientação e
gerenciamento da execução do projeto.

4.3.3 Orientar e gerenciar a execução do projeto: saídas


.1 Entregas
Uma entrega aprovada é qualquer produto, resultado ou capacidade para realizar um serviço exclusivo
e verificável e que deve ser produzido para concluir um processo, uma fase ou um projeto.

.2 Informações sobre o desempenho do trabalho


As informações das atividades do projeto são rotineiramente coletadas durante o progresso do mesmo.
Essas podem estar relacionadas a vários resultados de desempenho incluindo, mas não limitados a:
• Situação das entregas;
• Progresso do cronograma e
• Custos incorridos.
.3 Solicitações de mudança
Quando questões são encontradas enquanto o trabalho do projeto está sendo executado, solicitações
de mudança são emitidas que podem modificar políticas ou procedimentos, escopo, custo ou orçamento,
cronograma ou qualidade do mesmo. Outras solicitações de mudança abrangem ações preventivas ou
corretivas necessárias para prevenir impactos negativos posteriormente. Solicitações de mudança podem
ser diretas ou indiretas, iniciadas internamente ou externamente, e podem ser opcionais ou legalmente/
contratualmente obrigatórias, e podem incluir:
• Ação corretiva. Orientação documentada para que o trabalho do projeto seja executado de modo
que seu desempenho futuro esperado fique de acordo com o plano de gerenciamento do projeto.
• Ação preventiva. Uma orientação documentada para a realização de uma atividade que pode
reduzir a probabilidade de consequências negativas associadas aos riscos do projeto.

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4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

• Reparo de defeito. A identificação formalmente documentada de um defeito em um componente


do projeto com a recomendação para reparar o defeito ou substituir completamente o componente.
• Atualizações. Mudanças em documentações formalmente controladas, planos, etc., para refletir
ideias ou conteúdos modificados ou adicionais.
.4 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto
Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não
estão limitados, a:
• Plano de gerenciamento dos requisitos;
• Plano de gerenciamento do cronograma;
• Plano de gerenciamento dos custos;
• Plano de gerenciamento da qualidade;
• Plano de gerenciamento dos recursos humanos;
• Plano de gerenciamento das comunicações;
• Plano de gerenciamento dos riscos;
• Plano de gerenciamento das aquisições e
• Linhas de base do projeto.
.5 Atualizações dos documentos do projeto
Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados, a:
• Documentos dos requisitos;
• Registros de projeto (questões, premissas, etc.);
• Registro dos riscos e
• Registro das partes interessadas.

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto


Monitorar e controlar o trabalho do projeto é o processo de acompanhamento, revisão e ajuste do progresso
para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento. O monitoramento é um
aspecto do gerenciamento executado do início ao término do projeto. Ele inclui a coleta, medição e distribuição
das informações de desempenho e a avaliação das medições e tendências para efetuar melhorias no processo.
O monitoramento contínuo fornece à equipe de gerenciamento uma compreensão clara da saúde do projeto,
identificando quaisquer áreas que possam requerer atenção especial. O controle inclui a determinação de
ações corretivas ou preventivas ou o replanejamento e acompanhamento dos planos de ação para definir se as
ações tomadas resolveram a questão de desempenho. O processo Monitorar e controlar o trabalho do projeto
concerne à(ao):
• Comparação do desempenho real do projeto com o plano de gerenciamento do projeto;
• Avaliação do desempenho para determinar se quaisquer ações corretivas ou preventivas são indicadas
e então recomendá-las se necessário;
• Identificação, análise e acompanhamento de novos riscos e o monitoramento de riscos existentes,
garantindo que sejam identificados, que o seu acompanhamento seja reportado e que os planos
apropriados de resposta a riscos sejam implementados;
• Manutenção de uma base de informações precisas e oportunas a respeito do produto(s) do projeto e
suas relativas documentações do início ao término do projeto;
• Fornecimento de informações para dar suporte ao relatório de andamento, medição de progresso
e previsão;
• Fornecimento de previsões para a atualização do custo e informações do cronograma atuais e
• Monitoramento da execução das mudanças aprovadas conforme ocorrem.
A figura 4-8 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas deste processo e o diagrama de fluxo de
dados é mostrado na Figura 4-9.
Entradas Ferramentas Saídas
e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Solicitações de mudança
do projeto .1 Opinião especializada .2 Atualizações do plano de
.2 Relatórios de desempenho gerenciamento do projeto
.3 Fatores ambientais da .3 Atualizações dos
empresa documentos do projeto
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 4-8. Monitorar e controlar o trabalho do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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89
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

Gerenciamento da integração do projeto

4.2
Desenvolver o plano
de gerenciamento
do projeto

10.5
• Atualizações do Documentos
Reportar o plano de gerenciamento
desempenho do projeto do projeto
• Plano de gerenciamento • Atualizações dos
do projeto documentos do
• Relatórios de 4.4 projeto
desempenho Monitorar e
controlar o trabalho
do projeto

• Solicitações
de mudança

• Ativos de processos
organizacionais
• Fatores ambientais 4.5
da empresa Realizar o controle
integrado de
Empresa/ mudanças
Organização

Figura 4-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Monitorar e controlar o trabalho do projeto

4.4.1 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
Descrito na Seção 4.2.3.1.

.2 Relatórios de desempenho
Os relatórios devem ser preparados através das atividades de detalhamento, realizações, marcos,
questões identificadas e problemas da equipe do projeto. Relatórios de desempenho podem ser utilizados
para relatar as informações chave, inclusive, mas não limitadas a(o):
• Situação atual;
• Realizações significativas no período;
• Atividades agendadas;
• Previsões e
• Questões diversas.

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90
CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

.3 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo Monitorar e controlar o trabalho
do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Padrões governamentais ou industriais (por exemplo, padrões de agências reguladoras, padrões
de produtos, qualidade e manufatura);
• Sistema de autorização de trabalho da empresa;
• Tolerância a riscos das partes interessadas e
• Sistema de informações do gerenciamento de projetos (por exemplo, um conjunto de ferramentas
automatizadas, como um software para elaboração de cronogramas, um sistema de gerenciamento
de configuração, um sistema de coleta e distribuição de informações ou interfaces Web para
outros sistemas online automatizados).
.4 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Monitorar e controlar o
trabalho do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Requisitos de comunicação da organização;
• Procedimentos de controles financeiros (por exemplo, relatório de tempo, códigos de contabilidade,
revisões de gastos e desembolsos e cláusulas de contrato padrão);
• Procedimentos de gerenciamento de questões e defeitos;
• Procedimentos de controle de risco, incluindo categorias de riscos, definição de probabilidade e
matriz de probabilidade e impacto;
• Bancos de dados para medição de processos usado para disponibilizar dados de medição de
processos e produtos e
• Bancos de dados de lições aprendidas.

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91
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

4.4.2 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
A opinião especializada é usada pela equipe de gerenciamento do projeto para interpretar as
informações fornecidas pelos processos de monitoramento e controle. O gerente de projetos, em
colaboração com a equipe, determina as ações necessárias para assegurar que o desempenho do
projeto alcance as expectativas.

4.4.3 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: saídas


.1 Solicitações de mudança
Como resultado das comparações dos resultados planejados com os reais, solicitações de mudança
que podem expandir, ajustar ou reduzir o escopo do projeto ou produto podem ser emitidas. As mudanças
podem causar impacto no plano de gerenciamento, documentos ou entregas de produto. Mudanças
podem incluir, mas não estão limitadas, ao seguinte:
• Ação corretiva. Uma diretriz documentada para que o trabalho do projeto seja executado de
modo que seu desempenho futuro esperado fique de acordo com o plano de gerenciamento.
• Ação preventiva. Uma orientação documentada para a realização de uma atividade que pode
reduzir a probabilidade de consequências negativas associadas aos riscos do projeto.
• Reparo de defeito. A identificação formalmente documentada de um defeito em um componente do
projeto com a recomendação para reparar o defeito ou substituir completamente o componente.
.2 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto
Elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão
limitados, a:
• Plano de gerenciamento do cronograma;
• Plano de gerenciamento dos custos;
• Plano de gerenciamento da qualidade;
• Linha de base do escopo;
• Linha de base do cronograma e
• Linha de base do desempenho de custos.

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

.3 Atualizações dos documentos do projeto


Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados, a:
• Previsões;
• Relatórios de desempenho e
• Registro das questões.

4.5 Realizar o controle integrado de mudanças


Realizar o controle integrado de mudanças é o processo de revisão de todas as solicitações, aprovação e
gerenciamento de mudanças em entregas, ativos de processos organizacionais, documentos de projeto e plano
de gerenciamento do projeto. O processo Realizar o controle integrado de mudanças é conduzido do início ao
término do projeto. O plano de gerenciamento do projeto, a declaração do escopo e outras entregas são mantidas
através do gerenciamento cuidadoso e contínuo das mudanças, ou através da rejeição ou da aprovação das
mesmas, assegurando assim que somente as mudanças aprovadas são incorporadas à linha de base revisada.

O processo Realizar o controle integrado de mudanças inclui as seguintes atividades de gerenciamento de


mudanças em níveis diferentes de detalhes, com base no progresso do projeto de execução:
• Influenciar os fatores que tentam evitar o controle integrado de mudanças para que somente as
mudanças aprovadas sejam implementadas;
• Revisar, analisar e aprovar as solicitações de mudança imediatamente, que é essencial já que uma
decisão lenta pode afetar negativamente o tempo, custo ou viabilidade de uma mudança;
• Gerenciar as mudanças aprovadas;
• Manter a integridade das linhas de base liberando somente as mudanças aprovadas para serem
incorporadas ao plano de gerenciamento do projeto e aos documentos do projeto;
• Revisar, aprovar ou rejeitar todas as ações corretivas e preventivas recomendadas;
• Coordenar as mudanças através de todo o projeto (por exemplo, uma mudança proposta no cronograma
frequentemente afetará o custo, o risco, a qualidade e a equipe) e
• Documentar o impacto completo das solicitações de mudança.

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As mudanças podem ser solicitadas por qualquer parte interessada envolvida no projeto. Embora possam ser
iniciadas verbalmente, devem ser sempre registradas de maneira escrita e introduzidas no gerenciamento de
mudanças e/ou no sistema de gerenciamento de configurações. As solicitações de mudança estão condicionadas
ao processo especificado no controle de mudança e sistemas de controle de configuração. Esses processos de
solicitação podem precisar de informações a respeito dos impactos estimados no tempo e custos.

Toda solicitação documentada de mudança deve ser aprovada ou rejeitada por alguma autoridade dentro
da equipe de gerenciamento do projeto ou organização externa. Em muitos projetos, o gerente recebe
autoridade para aprovar certos tipos de solicitações de mudança como definido nas documentações de papéis
e responsabilidades do projeto. Sempre que necessário, o processo Realizar o controle integrado de mudanças
inclui um comitê de controle de mudança (CCM) responsável pela aprovação ou rejeição das solicitações. Os
papéis e responsabilidades desses comitês são claramente definidos dentro dos procedimentos de controle de
configuração e mudanças e são aceitos pelas partes interessadas apropriadas. Muitas organizações de grande
porte possuem uma estrutura de comitês em vários níveis, dividindo as responsabilidades entre os mesmos.
Se o projeto estiver sendo fornecido por meio de um contrato, então algumas mudanças propostas podem
precisar ser aprovadas pelo cliente de acordo com o contrato.

Solicitações de mudança aprovadas podem requerer novas ou revisadas estimativas de custos, sequências de
atividades, datas de cronograma, requisitos de recursos e análise de alternativas de resposta aos riscos. Essas
mudanças podem requerer ajustes ao plano de gerenciamento do projeto ou a outros planos/documentos de
gerenciamento do projeto. O nível de controle de mudança aplicado depende da área de aplicação, complexidade
do projeto específico, requisitos contratuais e o contexto e ambiente no qual o projeto é executado.

Um sistema de gerenciamento de configuração com controle integrado de mudanças fornece uma maneira
padronizada, efetiva e eficiente de gerenciar, de maneira centralizada, as mudanças e linhas de base aprovadas
dentro de um projeto. O controle de configuração é focado na especificação das entregas e dos processos,
enquanto o controle de mudanças é focado na identificação, documentação e controle de mudanças e as
linhas de base do produto. A aplicação do sistema de gerenciamento em todo o projeto, incluindo processos de
controle de mudanças, alcança três objetivos principais:
• Estabelece um método evolutivo para consistentemente identificar e solicitar mudanças nas linhas
de base estabelecidas e avaliar o valor e efetividade dessas mudanças;
• Proporciona oportunidades de validar e aprimorar o projeto continuamente considerando o impacto
de cada mudança e
• Fornece à equipe de gerenciamento do projeto o mecanismo para que se comunique, consistentemente,
todas as mudanças aprovadas e rejeitadas às partes interessadas.

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

Algumas das atividades do gerenciamento de configuração inclusas no processo integrado de controle de


mudanças são as seguintes:
• Identificação da configuração. A seleção e identificação de um item de configuração fornece a
base pela qual a configuração de um produto é definida e verificada, produtos e documentos são
rotulados, mudanças são gerenciadas e a responsabilidade é mantida.
• Registro da situação da configuração. Informações são registradas e reportadas indicando quando
os dados apropriados, a respeito do item de configuração, devem ser fornecidos. Essas informações
incluem uma lista de identificação de configurações aprovadas, andamento das propostas de mudanças
na configuração e andamento da execução das mudanças aprovadas.
• verificação e auditoria da configuração. A verificação e auditorias da configuração garantem que a
composição dos itens de configuração de um projeto está correta e que as mudanças correspondentes
foram registradas, avaliadas, acompanhadas e corretamente efetuadas. Isso assegura que os requisitos
funcionais, definidos na documentação da configuração, foram atendidos.
A figura 4-10 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas deste processo, o diagrama de fluxo de
dados é mostrado na Figura 4-11.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Atualizações do
do projeto .1 Opinião especializada andamento das
.2 Informações sobre o .2 Reuniões de controle de solicitações de mudança
desempenho do trabalho mudanças .2 Atualizações do plano de
.3 Solicitações de mudança gerenciamento do projeto
.4 Fatores ambientais da .3 Atualizações dos
empresa documentos do projeto
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 4-10. Realizar o controle integrado de mudanças: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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95
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

5.4
Verificar o escopo

5.5
Controlar o escopo

6.6
Controlar o
cronograma

7.3
Controlar os custos Gerenciamento da integração do projeto

8.2
4.4 4.2
Realizar a garantia
Monitorar e Desenvolver o plano
da qualidade
controlar o trabalho de gerenciamento
do projeto do projeto
8.3 • Plano de
Realizar o controle gerenciamento
da qualidade do projeto Documentos
• Atualizações do projeto
9.4 do plano de
• Solicitações gerenciamento
Gerenciar a equipe de mudança 4.5 do projeto
do projeto Realizar o controle
integrado de • Atualizações dos
10.4 mudanças documentos do
Gerenciar as projeto
8.3
expectativas das Realizar o controle
• Informações sobre • Atualizações do
partes interessadas da qualidade
o desempenho andamento das
do trabalho solicitações de
10.5 mudança
Reportar o
desempenho 4.3
Orientar e 12.3
gerenciar o projeto Administrar
11.6 as aquisições
Monitorar e
controlar os riscos

12.1
Planejar as
aquisições

12.2
Conduzir as
aquisições

12.3
Administrar
as aquisições

• Ativos de processos organizacionais


• Fatores ambientais da empresa

Empresa/
Organização

Figura 4-11. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar o controle integrado de mudanças

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

4.5.1 Realizar o controle integrado de mudanças: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
Descrito na Seção 4.3.3.2.

.2 Informações sobre o desempenho do trabalho


Descrito na Seção 4.3.3.2.

.3 Solicitações de mudança
Todos os processos de monitoramento e controle, e vários processos de execução, produzem solicitações
de mudança como saída. Essas podem incluir ação corretiva, ação preventiva e reparos de defeitos.
No entanto, ações corretivas e preventivas normalmente não afetam as linhas de base do projeto,
somente o desempenho em relação às mesmas.

.4 Fatores ambientais da empresa


O seguinte fator ambiental da empresa pode influenciar o processo Realizar o controle integrado
de mudanças: sistema de informações do gerenciamento de projetos (por exemplo, uma ferramenta
automatizada, como um software para elaboração de cronogramas, um sistema de gerenciamento
de configuração, um sistema de coleta e distribuição de informações ou interfaces Web para outros
sistemas online automatizados). Essa não é uma lista completa, mas deve ser considerada na maioria
dos projetos.

.5 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Realizar o controle integrado
de mudanças do projeto incluem, mas não estão limitados, a:
• Procedimentos de controle de mudanças, inclusive os passos para modificação dos padrões,
políticas, planos e procedimentos oficiais da empresa, ou quaisquer documentos do projeto que
serão modificados e como essas mudanças serão aprovadas e validadas;
• Procedimentos para a aprovação e emissão de autorizações de mudanças;
• Bancos de dados para medição de processos, usados para coletar e disponibilizar dados de medição
de processos e produtos;

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97
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

• Arquivos de projetos (por exemplo, escopo, custo, cronograma e linhas de base de medição de
desempenho, calendários do projeto, diagramas de rede do cronograma do projeto, registros
dos riscos, ações de resposta planejadas e impacto definido dos riscos) e
• Base de conhecimento de gerenciamento de configuração contendo versões e linhas de base de todos
os padrões, políticas, procedimentos oficiais da empresa e quaisquer documentos de projetos.

4.5.2 Realizar o controle integrado de mudanças: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
Além da opinião especializada da equipe de gerenciamento do projeto, pode-se solicitar o fornecimento
de opinião especializada das partes interessadas e que essas participem do comitê de controle de
mudanças. Tal opinião especializada é aplicada a quaisquer detalhes técnicos e gerenciais durante este
processo e pode ser provida por várias fontes, por exemplo:
• Consultores;
• Partes interessadas, inclusive clientes ou patrocinadores;
• Associações profissionais e técnicas;
• Setores econômicos;
• Especialistas no assunto e
• Escritório de projetos.
.2 Reuniões de controle de mudanças
Um comitê de controle de mudanças é responsável pela reunião e revisão das solicitações de mudança
e aprovação ou rejeição das mesmas. Os papéis e responsabilidades desses comitês são claramente
definidos e consentidos pelas partes interessadas apropriadas. Todas as decisões do comitê de controle
de mudanças são documentadas e comunicadas às partes interessadas, a título de informação e para
ações de acompanhamento posterior.

4.5.3 Realizar o controle integrado de mudanças: saídas

Se uma solicitação de mudança for considerada exequível, mas fora do escopo do projeto, a sua aprovação
requer uma mudança de linha de base. Se uma solicitação de mudança não for considerada exequível, a mesma
será rejeitada e possivelmente devolvida ao solicitante para o fornecimento de informações adicionais.

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CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

.1 Atualizações do andamento das solicitações de mudança


As solicitações de mudança são processadas de acordo com o sistema de controle de mudanças,
pelo gerente de projetos ou por um membro da equipe designado. As solicitações de mudança aprovadas
serão realizadas pelo processo Orientar e gerenciar a execução do projeto. O andamento de todas as
mudanças, aprovadas ou não, será atualizado no registro de solicitação de mudanças como parte das
atualizações dos documentos do projeto.

.2 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão
limitados, a:
• Quaisquer planos auxiliares e
• Linhas de base que estejam sujeitas ao processo formal de controle de mudanças.
Mudanças nas linhas de base devem mostrar somente as alterações a partir do tempo atual para
frente. Os desempenhos passados não podem ser modificados. Isso protege a integridade das linhas
de base e os dados históricos de desempenhos passados.

.3 Atualizações dos documentos do projeto


Os documentos do projeto que podem ser atualizados, como resultado do processo Realizar o controle
integrado de mudanças, incluem o registro de solicitações das mesmas e quaisquer documentos que
estejam sujeitos ao processo formal de controle de mudanças.

4.6 Encerrar o projeto ou fase


Encerrar o projeto ou fase é o processo de finalização de todas as atividades, de todos os grupos de processos
de gerenciamento do projeto, para encerrar formalmente o projeto ou a fase. Durante o encerramento do projeto,
o gerente revisará todas as informações prévias dos encerramentos de fases anteriores, assegurando que todo
o trabalho do projeto está completo e que o mesmo alcançou seus objetivos. Já que o escopo é medido em
comparação com o plano de gerenciamento, o gerente revisará o documento para garantir a conclusão antes do
encerramento do projeto. O processo Encerrar o projeto ou fase determina os procedimentos para investigar ou
documentar os motivos de ações realizadas se o mesmo é encerrado antes da sua conclusão.

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99
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

Isso inclui todas as atividades necessárias para administrar o encerramento do projeto ou de uma fase,
inclusive metodologias passo a passo que tratam das:
• Ações e atividades necessárias para satisfazer a conclusão ou critérios de saída para a fase ou o projeto;
• Ações e atividades necessárias para transferir os produtos, serviços ou resultados do projeto para a
próxima fase ou produção e/ou operações e
• Atividades necessárias para coletar registros do projeto ou da fase, auditar o sucesso ou fracasso do
projeto, coletar lições aprendidas e arquivar informações do projeto para o uso futuro da organização.
A figura 4-12 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas deste processo e o diagrama de fluxo de
dados é mostrado na Figura 4-13.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Transição do produto,
do projeto .1 Opinião especializada serviço ou resultado final
.2 Entregas aceitas .2 Atualizações dos ativos de
.3 Ativos de processos processos organizacionais
organizacionais

Figura 4-12. Encerrar o projeto ou fase: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento da integração do projeto


5.4
Verificar o escopo
4.2
Desenvolver o plano
de gerenciamento
• Plano de
gerenciamento do projeto
• Entregas aceitas
do projeto

4.6
• Ativos de processos
organizacionais
Encerrar o Cliente
projeto ou fase • Transição do produto,
serviço ou resultado final

• Atualizações dos ativos


Organização de processos organizacionais

Figura 4-13. Diagrama de fluxo de dados do processo Encerrar o projeto ou fase

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100
CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO 4

4.6.1 Encerrar o projeto ou fase: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
Descrito na Seção 4.2.3.1.

.2 Entregas aceitas
As entregas que foram aceitas através do processo Verificar o escopo na Seção 5.4.

.3 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o encerramento do projeto ou fase
incluem, mas não estão limitados, a:
• Diretrizes ou requisitos de encerramento do projeto ou fase (por exemplo, auditorias do projeto,
avaliações do projeto e critérios de transição) e
• Informações históricas e base de conhecimento de lições aprendidas (por exemplo, registros
e documentos do projeto, todas as informações e documentação de encerramento do projeto,
informações a respeito dos resultados prévios tanto das decisões de seleção de projetos como
das informações de desempenho de projetos, além de informações do esforço realizado no
gerenciamento dos riscos do projeto).

4.6.2 Encerrar o projeto ou fase: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
A opinião especializada é aplicada quando as atividades de encerramento administrativo são
executadas. Esses especialistas asseguram que o encerramento do projeto ou fase é feito com os
padrões apropriados.

4.6.3 Encerrar o projeto ou fase: saídas


.1 Transição do produto, serviço ou resultado final
Esta saída se refere à transição de um produto, serviço ou resultado final que o projeto foi autorizado
a produzir (no caso de encerramento de fase, o produto, serviço ou resultado intermediário da fase).

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101
4 CAPíTUlO 4 − gEREnCIAMEnTO DA InTEgRAÇÃO DO PROjETO

.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que são atualizados como resultado do processo Encerrar
o projeto ou fase incluem, mas não estão limitados, a:
• Arquivos de projeto. Documentação resultante das atividades do projeto, por exemplo, plano de
gerenciamento do projeto, escopo, custo, cronograma ou calendários do projeto, registros dos
riscos, documentação de gerenciamento de mudança, ações planejadas de resposta a riscos e
impacto de risco.
• Documentos de encerramento de projeto ou fase. Documentos de encerramento de projeto
ou fase, consistindo de documentação formal indicando a conclusão do projeto ou fase e a
transferência das entregas do projeto concluído ou fase concluída para outros, tais como um grupo
de operações ou para a próxima fase. Durante o encerramento, o gerente de projetos revisará a
documentação de fases anteriores e de aceitação do cliente a partir da verificação do escopo
(Seção 5.4) e do contrato (se aplicável), assegurando de que todos os requisitos foram concluídos
antes da finalização do encerramento. Se o projeto foi encerrado antes da sua conclusão, a
documentação formal indica por que o mesmo foi encerrado e formaliza os procedimentos da
transferência das entregas acabadas e inacabadas do projeto cancelado para outros.
• Informação histórica. As informações históricas e das lições aprendidas são transferidas à base
de conhecimento para o uso em projetos ou fases futuros. Isso pode incluir informações a respeito
de questões e riscos assim como técnicas que funcionaram bem que podem ser aplicadas em
projetos futuros.

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102
5

CAPÍTULO 5
GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO
O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para assegurar que o projeto inclui
todo o trabalho necessário, e apenas o necessário, para terminar o projeto com sucesso. Esse gerenciamento
está relacionado principalmente com a definição e controle do que está e do que não está incluso no projeto.
A figura 5-1 fornece um resumo dos processos de gerenciamento do escopo do projeto, que inclui o seguinte:

5.1 Coletar os requisitos—O processo de definição e documentação das necessidades das partes
interessadas para alcançar os objetivos do projeto.
5.2 Definir o escopo—O processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do
produto.
5.3 Criar a EAP—O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes
menores e mais facilmente gerenciáveis.
5.4 verificar o escopo—O processo de formalização da aceitação das entregas terminadas do
projeto.
5.5 Controlar o escopo—O processo de monitoramento do progresso do escopo do projeto e escopo
do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.
Esses processos interagem entre si e com os de outras áreas de conhecimento. Podem envolver esforços
de uma ou mais pessoas, com base nas necessidades do projeto. Cada processo ocorre pelo menos uma vez
em todo projeto e em uma ou mais fases do mesmo, se este for assim dividido. Embora os processos estejam
aqui apresentados como componentes distintos com interfaces bem definidas, na prática eles se sobrepõem
e interagem de formas não detalhadas aqui. As interações entre os processos são discutidas em detalhes no
Capítulo 3, Processos de Gerenciamento de Projetos. No contexto do projeto, o termo escopo pode se referir ao:
• Escopo do produto. As características e funções que descrevem um produto, serviço ou resultado;
e/ou
• Escopo do projeto. O trabalho que precisa ser realizado para entregar um produto, serviço ou
resultado com as características e funções especificadas.
Os processos usados para gerenciar o escopo, assim como as ferramentas e técnicas de suporte, variam
de acordo com a área de aplicação e normalmente são definidos como parte do ciclo de vida do projeto. A
declaração detalhada aprovada do escopo do projeto e suas respectivas EAP e dicionário da EAP são a linha de
base para o escopo do projeto. A linha de base do escopo é então monitorada, verificada e controlada no ciclo
de vida do projeto.

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103
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

Embora aqui não seja mostrado como um processo distinto, o trabalho envolvido na execução dos cinco
processos de gerenciamento do escopo do projeto é precedido por um esforço de planejamento feito pela equipe
de gerenciamento do projeto. Esse esforço é parte do processo Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto
(Seção 4.2), que produz um plano de gerenciamento do escopo fornecendo diretrizes sobre como o escopo do
projeto será definido, documentado, verificado, gerenciado e controlado. O plano de gerenciamento do escopo
pode ser formal ou informal, altamente detalhado ou conciso, dependendo das necessidades do projeto.

Gerenciamento do
escopo do projeto

5.1 Coletar os requisitos 5.2 Definir o escopo 5.3 Criar a EAP

.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas


.1 Termo de abertura do projeto .1 Termo de abertura do projeto .1 Declaração do escopo do
.2 Registro das partes interessadas .2 Documentação dos requisitos projeto
.3 Ativos de processos .2 Documentação dos requisitos
.2 Ferramentas e Técnicas organizacionais .3 Ativos de processos
.1 Entrevistas organizacionais
.2 Dinâmicas de grupo .2 Ferramentas e Técnicas
.3 Oficinas .1 Opinião especializada .2 Ferramentas e Técnicas
.4 Técnicas de criatividade .2 Análise de produto .1 Decomposição
em grupo .3 Identificação de alternativas
.5 Técnicas de tomadas de .4 Oficinas .3 Saídas
decisão em grupo .1 EAP
.6 Questionários e pesquisas .3 Saídas .2 Dicionário da EAP
.7 Observações .1 Declaração do escopo do projeto .3 Linha de base do escopo
.8 Protótipos .2 Atualizações dos documentos .4 Atualizações dos documentos
do projeto do projeto
.3 Saídas
.1 Documentação dos requisitos
.2 Plano de gerenciamento
dos requisitos 5.5 Controlar o escopo
.3 Matriz de rastreabilidade
dos requisitos .1 Entradas
.1 Plano de gerenciamento
do projeto
.2 Informações sobre o
5.4 Verificar o escopo desempenho do trabalho
.3 Documentação dos requisitos
.1 Entradas .4 Matriz de rastreabilidade dos
.1 Plano de gerenciamento requisitos
do projeto .5 Ativos de processos
.2 Documentação dos requisitos organizacionais
.3 Matriz de rastreabilidade dos
requisitos .2 Ferramentas e Técnicas
.4 Entregas validadas .1 Análise de variação

.2 Ferramentas e Técnicas .3 Saídas


.1 Inspeção .1 Medições de desempenho
do trabalho
.3 Saídas .2 Atualizações dos ativos de
.1 Entregas aceitas processos organizacionais
.2 Solicitações de mudança .3 Solicitações de mudança
.3 Atualizações dos documentos .4 Atualizações do plano de
do projeto gerenciamento do projeto
.5 Atualizações dos documentos
do projeto

Figura 5-1. visão geral do gerenciamento do escopo do projeto:


entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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104
CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

A conclusão do escopo do projeto é comparada ao plano de gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1).


A conclusão do escopo do produto é comparada aos requisitos do produto (Seção 5.1). Os processos de
gerenciamento do escopo do projeto precisam estar bem integrados aos das outras áreas de conhecimento
para que o trabalho resulte na entrega do escopo do produto especificado.

5.1 Coletar os requisitos


Processo de definir e documentar as funções e funcionalidades do projeto e do produto necessárias
para atender às necessidades e expectativas das partes interessadas. O sucesso do projeto é diretamente
influenciado pela atenção na captura e gerenciamento dos requisitos do projeto e do produto. Os requisitos
incluem as necessidades quantificadas e documentadas, e as expectativas do patrocinador, cliente e outras
partes interessadas. Estes requisitos precisam ser obtidos, analisados e registrados com detalhes suficientes
para serem medidos uma vez que a execução do projeto se inicie. Coletar os requisitos é definir e gerenciar
as expectativas do cliente. Estes requisitos se transformam na fundação da EAP. O planejamento do custo,
cronograma e da qualidade são todos construídos com base nesses requisitos. O desenvolvimento dos
requisitos começa com uma análise da informação contida no termo de abertura do projeto (Seção 4.1.3.1) e
no registro das partes interessadas (Seção 10.1.3.1).

Muitas organizações os categorizam em requisitos do projeto e requisitos do produto. Os requisitos do


projeto podem incluir os de negócios, de gerenciamento do projeto, de entrega, etc. Os requisitos do produto
podem incluir informações sobre os requisitos técnicos, de segurança, de desempenho, etc.

A figura 5-2 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas do processo Coletar os requisitos; a Figura
5-3 fornece um resumo do fluxo básico e interações dentro do processo.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Termo de abertura .1 Documentação dos
do projeto .1 Entrevistas requisitos
.2 Registro das partes .2 Dinâmicas de grupo .2 Plano de gerenciamento
interessadas .3 Oficinas dos requisitos
.4 Técnicas de criatividade .3 Matriz de rastreabilidade
em grupo dos requisitos
.5 Técnicas de tomadas de
decisão em grupo
.6 Questionários e pesquisas
.7 Observações
.8 Protótipos

Figura 5-2. Coletar os requisitos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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105
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

Gerenciamento do escopo do projeto


4.1 • Documentação 4.2
Desenvolver dos requisitos Desenvolver o plano
o termo de de gerenciamento
• Plano de
abertura do projeto gerenciamento do projeto
dos requisitos
• Termo de abertura
do projeto 5.1 • Documentação
Coletar dos requisitos 12.1
os requisitos Planejar as
• Registro das
partes interessadas • Matriz de aquisições
rastreabilidade
10.1 • Documentação dos requisitos
Identificar dos requisitos
as partes
interessadas
5.2 5.4
Definir o escopo Verificar o escopo

5.3 5.5
Criar a EAP Controlar o escopo

Figura 5-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos

5.1.1 Coletar os requisitos: entradas


.1 Termo de abertura do projeto
O termo de abertura do projeto é usado para fornecer os requisitos e a descrição do produto
em alto nível para que os requisitos detalhados do produto possam ser desenvolvidos. O termo de
abertura do projeto é descrito na Seção 4.1.

.2 Registro das partes interessadas


O registro das partes interessadas é usado para identificar as partes que podem fornecer
informações detalhadas sobre requisitos do projeto e do produto. O registro das partes interessadas
é descrito na Seção 10.1.

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106
CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

5.1.2 Coletar os requisitos: ferramentas e técnicas


.1 Entrevistas
Uma entrevista é um meio formal ou informal de se descobrir informações das partes interessadas
através de conversas diretas com as mesmas. Normalmente é feita através de perguntas preparadas
ou espontâneas e do registro das respostas. São frequentemente conduzidas individualmente, mas
podem envolver múltiplos entrevistadores e/ou entrevistados. Entrevistar participantes experientes,
partes interessadas e especialistas no assunto do projeto pode auxiliar na identificação e definição
das características e funções das entregas desejadas.

.2 Dinâmicas de grupo
As dinâmicas de grupo unem as partes interessadas pré-qualificadas e especialistas no assunto
para aprender a respeito das suas expectativas e atitudes sobre um produto, serviço ou resultado
proposto. Um moderador treinado guia o grupo através de uma discussão interativa, planejada para
ser mais informal do que uma entrevista individual.

.3 Oficinas
Oficinas são sessões focadas que unem as partes interessadas multifuncionais para definir
os requisitos do produto. É considerada uma técnica primária para definir rapidamente requisitos
multifuncionais e de reconciliar as diferenças entre as partes interessadas. Por causa da sua natureza
de grupo interativa, sessões bem dirigidas podem gerar confiança, desenvolver relações e aprimorar a
comunicação entre os participantes, o que pode levar ao consenso entre as partes interessadas. Outro
benefício dessa técnica é que problemas podem ser descobertos e resolvidos mais rapidamente do
que em sessões individuais.

Por exemplo, oficinas chamadas de sessões de Joint Application Design (JAD) são usadas na
indústria de desenvolvimento de software. Essas são focadas em unir os usuários e a equipe de
desenvolvimento para aperfeiçoar o processo de desenvolvimento do software. Na indústria de
manufatura, o Desdobramento da Função de Qualidade (QFD) é um exemplo de outra técnica de
oficina que ajuda na determinação de características críticas para o desenvolvimento de um novo
produto. A QFD começa com a coleta das necessidades do cliente, também conhecida como a Voz
do Cliente (VOC). Essas necessidades são então objetivamente classificadas e priorizadas e as metas
para alcançá-las são estabelecidas.

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107
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

.4 Técnicas de criatividade em grupo


Muitas atividades em grupo podem ser organizadas para identificar os requisitos do projeto e do
produto. Algumas das técnicas de criatividade em grupo que podem ser usadas são:
• Brainstorming. Uma técnica usada para gerar e coletar múltiplas ideias relacionadas aos
requisitos do projeto e do produto.
• Técnica de grupo nominal. Essa técnica amplia o brainstorming adicionando um processo
de votação para ordenar as melhores ideias e as levando para um brainstorming adicional
ou priorização.
• A técnica Delphi. Um seleto grupo de especialistas responde questionários e fornece
comentários a respeito das respostas de cada rodada de coleta de requisitos. Para manter o
anonimato, as respostas só ficam disponíveis ao facilitador.
• Mapas mentais. Ideias criadas através de brainstorming individuais são consolidadas num
único mapa mental que reflete a existência de atributos comuns e diferenças de entendimento,
além de gerar novas ideias.
• Diagrama de afinidade. Essa técnica permite que um grande número de ideias seja organizado
em grupos para revisão e análise.
.5 Técnicas de tomada de decisão em grupo
A tomada de decisões em grupo é um processo de avaliação de múltiplas alternativas onde uma
resolução com ações futuras é esperada. Essas podem ser utilizadas para gerar, classificar e priorizar
os requisitos do produto.

Existem muitos métodos para se chegar a uma decisão em grupo, por exemplo:
• Unanimidade. Todos concordam com uma única solução.
• Maioria. Suporte de mais de 50% dos membros do grupo.
• Pluralidade. O maior bloco no grupo decide, mesmo que a maioria não seja alcançada.
• Ditadura. Um indivíduo decide pelo grupo.
Quase todos os métodos descritos previamente podem ser aplicados às técnicas de grupo usadas
no processo Coletar os requisitos.

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CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

.6 Questionários e Pesquisas
Questionários e pesquisas são conjuntos escritos de questões projetadas para acumular rapidamente
informações a partir de um amplo número de entrevistados. Questionários e/ou pesquisas são mais
apropriados para grandes audiências, quando uma resposta rápida é necessária e quando uma análise
estatística é apropriada.

.7 Observações
As observações fornecem uma maneira direta de se examinar indivíduos em seu ambiente e como
desempenham o seu trabalho ou tarefas e executam processos. É particularmente útil para processos
detalhados quando as pessoas que usam o produto têm dificuldade ou relutam em expressar os
seus requisitos. A observação, também chamada em Inglês de “job shadowing” é normalmente feita
externamente pelo observador examinando o usuário executando o seu trabalho. Também pode
ser feita por um “observador participante” que de fato realiza um processo ou procedimento para
experimentar como o mesmo é feito e descobrir requisitos escondidos.

.8 Protótipos
Construir um protótipo é um método para se obter respostas iniciais sobre os requisitos através
de um modelo funcional do produto esperado, antes de construí-lo. Já que protótipos são tangíveis,
eles permitem que as partes interessadas façam experiências com um modelo do seu produto final
ao invés de somente discutirem representações abstratas dos seus requisitos. Protótipos suportam
o conceito de elaboração progressiva, pois são usados em ciclos iterativos de criação de modelos
em tamanho natural, experimentos de usuário, geração de opiniões e revisão do protótipo. Quando
suficientes ciclos de coletas de feedback forem realizados, os requisitos obtidos do mesmo estarão
completos para se partir para a fase de concepção ou construção.

5.1.3 Coletar os requisitos: saídas


.1 Documentação dos requisitos
A documentação descreve como os requisitos individuais atendem às necessidades do negócio
para o projeto. Esses podem começar em um alto nível e progressivamente se tornar mais detalhados
conforme mais detalhes são conhecidos. Antes das linhas de base serem estabelecidas, os requisitos
devem ser não-ambíguos (mensuráveis e passíveis de testes), investigáveis, completos, consistentes
e aceitáveis para as principais partes interessadas. O formato de um documento de requisitos
pode variar de uma simples lista categorizada por partes interessadas e prioridades a formas mais
elaboradas contendo um resumo executivo, descrições detalhadas e anexos.

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5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

Os componentes da documentação podem incluir, mas não estão limitados a:


• A necessidade do negócio ou oportunidade a ser aproveitada, descrevendo as limitações da
situação atual e por que o projeto foi empreendido;
• Objetivos do negócio e do projeto para permitir rastreamento;
• Requisitos funcionais descrevendo processos de negócio, informações e interação com o
produto de forma apropriada a ser documentada textualmente numa lista de requisitos, em
modelos ou ambos;
• Requisitos não funcionais, tais como nível de serviço, desempenho, cuidados, segurança,
atendimento a leis e regulações, suportabilidade, retenção/descarte, etc.;
• Requisitos de qualidade;
• Critérios de aceitação;
• Regras de negócio declarando os princípios diretrizes da organização;
• Impactos em outras áreas organizacionais tais como a central de atendimento, força de vendas,
áreas de tecnologia;
• Impactos em outras entidades internas ou externas à organização;
• Requisitos de suporte e treinamento e
• Premissas e restrições dos requisitos.
.2 Plano de gerenciamento dos requisitos
O plano de gerenciamento dos requisitos documenta como os mesmos serão analisados,
documentados e gerenciados do início ao fim do projeto. A relação fase a fase, descrita na Seção
2.1.3.2, influencia fortemente como os requisitos são gerenciados. O gerente de projetos deve escolher
a relação mais efetiva para o projeto e documentar essa abordagem no plano de gerenciamento dos
requisitos. Muitos dos documentos do mesmo são baseados nessa relação.

Os componentes do plano de gerenciamento dos requisitos podem incluir, mas não estão limitados a:
• Como as atividades dos requisitos serão planejadas, rastreadas e relatadas;
• Atividades de gerenciamento da configuração tais como: de que modo as mudanças dos
requisitos do produto, serviço ou resultado serão iniciadas, como os impactos serão analisados,
como serão rastreados, monitorados e relatados, assim como os níveis de autorização
necessários para aprovar tais mudanças;

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110
CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

• Processo de priorização dos requisitos;


• Métricas do produto que serão usadas e os argumentos que justificam usá-las e
• Estrutura de rastreabilidade, ou seja, que atributos dos requisitos serão captados na matriz de
rastreabilidade e a que outros documentos de requisitos do projeto estarão ligados.
.3 Matriz de rastreabilidade dos requisitos
Uma tabela que liga os requisitos às suas origens e os rastreia durante todo o ciclo de vida do
projeto. A utilização de uma matriz de rastreabilidade ajuda a garantir que cada requisito adiciona
valor de negócio através da sua ligação aos objetivos de negócio e aos objetivos do projeto. Fornece
um meio de rastreamento do início ao fim do ciclo de vida do projeto, ajudando a garantir que os
requisitos aprovados na documentação sejam entregues no final do projeto. Finalmente, fornece uma
estrutura de gerenciamento das mudanças do escopo do produto.

Esse processo inclui, mas não está limitado ao delineamento dos:


• Requisitos das necessidades do negócio, oportunidades, metas e objetivos;
• Requisitos para os objetivos do projeto;
• Requisitos para as entregas do escopo/EAP do projeto;
• Requisitos para o design do produto;
• Requisitos para o desenvolvimento do produto;
• Requisitos para o teste de estratégia e de cenários e
• Requisitos de alto nível para requisitos mais detalhados.
Os atributos associados a cada requisito devem ser registrados na matriz de rastreabilidade. Esses
auxiliam a definição de informações chave a respeito do requisito. Os atributos típicos usados na
matriz podem incluir: um identificador único, uma descrição textual do requisito, os argumentos para a
sua inclusão, proprietário, fonte, prioridade, versão, acompanhamento atual (tal como ativo, cancelado,
adiado, adicionado, aprovado) e a data de conclusão. Atributos adicionais para garantir que o requisito
satisfaça às partes interessadas podem incluir estabilidade, complexidade e critérios de aceitação.

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5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

5.2 Definir o escopo


Definir o escopo é processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do produto. A
preparação detalhada da declaração do escopo é crítica para o sucesso e baseia-se nas entregas principais,
premissas e restrições que são documentadas durante a iniciação do projeto. Durante o planejamento, o
escopo é definido e descrito com maior especificidade conforme as informações a respeito do projeto são
conhecidas. Os riscos existentes, premissas e restrições são analisados para verificar sua integridade; riscos
adicionais, premissas e restrições são adicionados conforme necessário. A figura 5-4 mostra as entradas,
ferramentas e técnicas e saídas do processo Definir o escopo; a Figura 5-5 fornece um resumo do fluxo básico
e interações dentro do processo.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Termo de abertura .1 Declaração do escopo
do projeto .1 Opinião especializada do projeto
.2 Documentação .2 Análise de produto .2 Atualizações dos
dos requisitos .3 Identificação de documentos do projeto
.3 Ativos de processos alternativas
organizacionais .4 Oficinas

Figura 5-4. Definir o escopo: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

5.2.1 Definir o escopo: entradas


.1 Termo de abertura do projeto
O termo de abertura fornece a descrição em alto nível do projeto e das características do produto.
Também contém os requisitos de aprovação do projeto. O termo de abertura do projeto é descrito na
Seção 4.1.3.1. Se o mesmo não for usado pela organização executora, então informações similares
precisam ser adquiridas ou desenvolvidas e usadas como base para a declaração detalhada do escopo
do projeto.

.2 Documentação dos requisitos


Descrito na Seção 5.1.3.1.

Gerenciamento do escopo do projeto

5.1
Coletar
os requisitos
4.1
Desenvolver o Documentos
termo de • Documentação do projeto
abertura do projeto dos requisitos • Atualizações
dos documentos
do projeto
• Termo de abertura
do projeto 4.2
5.2
• Declaração do Desenvolver o plano
Definir o escopo
escopo do projeto de gerenciamento
do projeto
• Ativos de processos
organizacionais
6.2
Empresa/ 5.3 Sequenciar
Organização Criar a EAP as atividades

6.4
Estimar as
durações
das atividades

6.5
Desenvolver
o cronograma

11.3 11.1
Realizar a análise Planejar o
qualitativa gerenciamento
dos riscos dos riscos

Figura 5-5 Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo

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5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

.3 Ativos de processos organizacionais


Exemplos dos ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Definir o
escopo do projeto incluem, mas não estão limitados a:
• Políticas, procedimentos e modelos para a declaração do escopo de um projeto;
• Arquivos de projetos anteriores e
• Lições aprendidas em fases ou projetos anteriores.

5.2.2 Definir o escopo: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
A opinião especializada é usada frequentemente para analisar as informações necessárias para
desenvolver a declaração do escopo do projeto. Tal opinião e especialidade são aplicadas a qualquer
detalhe técnico. Essa especialização é oferecida por qualquer grupo ou pessoa com conhecimento ou
treinamento especializado e está disponível a partir de diversas fontes, inclusive:
• Outras unidades dentro da organização;
• Consultores;
• Partes interessadas, inclusive clientes ou patrocinadores,
• Associações profissionais e técnicas;
• Setores econômicos e
• Especialistas no assunto.
.2 Análise de produto
Para projetos que têm um produto como entrega, ao invés de um serviço ou resultado, a análise
de produto pode ser uma ferramenta efetiva. Cada área de aplicação tem um ou mais métodos
usualmente aceitos para transformar as descrições em alto nível do produto em entregas tangíveis.
Inclui técnicas tais como a decomposição do produto, análise de sistemas, análise de requisitos,
engenharia de sistemas, engenharia de valor e análise de valor.

.3 Identificação de alternativas
A identificação de alternativas é uma técnica usada para gerar diferentes métodos para se executar
e desempenhar o trabalho do projeto. Várias técnicas comuns de gerenciamento podem ser usadas tais
como brainstorming, pensamento lateral, comparações em pares, etc.

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CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

.4 Oficinas
Descrição na Seção 5.1.2.3.

5.2.3 Definir o escopo: saídas


.1 Declaração do escopo do projeto
Descreve detalhadamente as entregas do projeto e o trabalho necessário para criar as mesmas.
Fornece também um entendimento comum do escopo do projeto entre as partes interessadas. Pode
conter exclusões explícitas do escopo que podem auxiliar o gerenciamento das expectativas das
partes interessadas. Possibilita que a equipe desempenhe um planejamento mais detalhado, direciona
o trabalho da mesma durante a execução e fornece a linha de base para avaliar se as solicitações de
mudança ou trabalho adicional estão contidos no escopo ou são externos aos limites do projeto.

O grau e o nível de detalhe no qual a declaração do escopo do projeto define o trabalho que será
executado e o que será excluído pode determinar quão bem a equipe de gerenciamento do projeto
pode controlar o escopo. A declaração detalhada inclui, seja diretamente ou por referência a outros
documentos, o seguinte:
• Descrição do escopo do produto. Elabora progressivamente as características do
produto, serviço ou resultado descritos no termo de abertura do projeto e na documentação
dos requisitos.
• Critérios de aceitação do produto. Define o processo e critérios de aceitação de produtos,
serviços ou resultados concluídos.
• Entregas do projeto. As entregas incluem tanto as saídas que compõem o produto ou serviço do
projeto, como os resultados auxiliares, tais como relatórios e documentação de gerenciamento
do projeto. As entregas podem ser descritas em nível conciso ou em grande detalhe.
• Exclusões do projeto. Identifica de modo geral o que é excluído do projeto. Declarar
explicitamente o que está fora do escopo do projeto ajuda no gerenciamento das expectativas
das partes interessadas.
• Restrições do projeto. Lista e descreve as restrições específicas associadas com o escopo
que limitam as opções da equipe, por exemplo, um orçamento pré-definido ou quaisquer datas
impostas ou marcos do cronograma comunicados pelo cliente ou organização executora.
Quando um projeto é feito sob contrato, as cláusulas contratuais geralmente serão restrições.
Informações sobre as restrições podem ser listadas na declaração do escopo do projeto ou em
um registro separado.

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5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

• Premissas do projeto. Lista e descreve as premissas específicas do projeto associadas com


o escopo e o impacto potencial dessas premissas se forem provadas falsas. As equipes de
projetos frequentemente identificam, documentam e validam as premissas como parte do seu
processo de planejamento. Informações sobre as premissas podem ser listadas na declaração
do escopo do projeto ou em um registro separado.
.2 Atualizações dos documentos do projeto
Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados a:
• Registro das partes interessadas;
• Documentação dos requisitos e
• Matriz de rastreabilidade dos requisitos.

5.3 Criar a EAP


Criar a EAP é o processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e
de gerenciamento mais fácil. A estrutura analítica do projeto (EAP) é uma decomposição hierárquica orientada
às entregas do trabalho a ser executado pela equipe para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas
requisitadas, sendo que cada nível descendente da EAP representa uma definição gradualmente mais detalhada
da definição do trabalho do projeto. A EAP organiza e define o escopo total e representa o trabalho especificado
na atual declaração do escopo do projeto aprovada (veja Figuras 5-6 e 5-7).

O trabalho planejado é contido dentro dos componentes de nível mais baixo da EAP , que são chamados
de pacotes de trabalho. Um pacote de trabalho pode ser agendado, ter seu custo estimado, monitorado e
controlado. No contexto da EAP, o trabalho se refere a produtos de trabalho ou entregas que são o resultado do
esforço e não o próprio esforço. A figura 5-4 mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas do processo
Criar a EAP; a Figura 5-3 fornece um resumo do fluxo básico e interações dentro do processo.

Para informações específicas a respeito das estruturas analíticas de projetos, consulte The Practice Standard
for Work Breakdown Structures– Segunda Edição [1]1.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Declaração do escopo .1 EAP
do projeto .1 Decomposição .2 Dicionário da EAP
.2 Documentação dos .3 Linha de base do escopo
requisitos .4 Atualizações dos
.3 Ativos de processos documentos do projeto
organizacionais

Figura 5-6. Criar a EAP: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

1
Os números em negrito entre parênteses refere-se à lista de referências no final deste manual.

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CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

Documentos
Gerenciamento do escopo do projeto do projeto

5.1 5.2
Coletar Definir o escopo
os requisitos 4.2
Desenvolver o plano
de gerenciamento
do projeto
• Documentação • Declaração do
dos requisitos escopo do projeto
Empresa/ • Atualizações 6.1
Organização dos documentos Definir as
do projeto atividades
5.3
Criar a EAP
• Ativos de processos
• Linha de base
organizacionais do escopo 7.1
Estimar
os custos

7.2
Determinar
o orçamento

8.1
Planejar
a qualidade

11.2
Identificar
os riscos

12.1
Planejar
as aquisições

Figura 5-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP

5.3.1 Criar a EAP: entradas


.1 Declaração do escopo do projeto
Descrito na Seção 5.1.2.3.

.2 Documentação dos requisitos


Descrito na Seção 5.1.3.1.

.3 Ativos de processos organizacionais

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5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Criar a EAP incluem,
mas não estão limitados a:
• Políticas, procedimentos e modelos para a EAP;
• Arquivos de projetos anteriores e
• Lições aprendidas de projetos anteriores.

5.3.2 Criar a EAP: ferramentas e técnicas


.1 Decomposição
Decomposição é a subdivisão das entregas do projeto em componentes menores e mais gerenciáveis,
até que as entregas do trabalho estejam definidas no nível de pacotes de trabalho. O nível de pacote de
trabalho é o mais baixo na EAP, é o ponto onde o custo e a duração das atividades para o trabalho podem
ser estimados e gerenciados com confiança. O nível de detalhe dos pacotes de trabalho variará com o
tamanho e complexidade do projeto.

A decomposição do trabalho completo do projeto em pacotes de trabalho geralmente envolve as


seguintes atividades:
• Identificação e análise das entregas e seu trabalho relacionado;
• Estruturação e organização da EAP;
• Decomposição dos níveis mais altos da EAP em componentes detalhados em menor nível;
• Desenvolvimento e designação de códigos de identificação aos componentes da EAP e
• Verificação de que o grau de decomposição do trabalho é necessário e suficiente.
Uma parte de uma EAP com alguns ramos decompostos até o nível de pacote de trabalho é
mostrada na Figura 5-8.

A estrutura da EAP pode ser criada de várias maneiras, tais como:


• Usando fases do ciclo de vida do projeto como o primeiro nível de decomposição, com o
produto e entregas inseridos no segundo nível, como mostrado na Figura 5-9;
• Usando entregas principais como o primeiro nível de decomposição, como mostrado na
Figura 5-10 e
• Usando subprojetos que podem ser desenvolvidos por organizações externas à equipe do
projeto, tal como um trabalho contratado. O fornecedor então desenvolve a estrutura de
suporte da decomposição do trabalho contratado como parte do trabalho.

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CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

Projeto

Fase 1 Fase 2 Entrega 3 Subprojeto 4 Subprojeto n

Entrega 2.1 Entrega 2.2 Entrega 2.3 Entrega 4.1 Entrega 4.m

Entrega 2.2.1 Entrega 2.2.2 Entrega 4.1.1 Entrega 4.1.2 Entrega 4.1.x

Pacote de trabalho
Pacote de trabalho 2.2.2.1 Pacote de trabalho Pacote de trabalho
2.2.1.1
3.1 4.1.2.1
Subproject 2.2.2.2
Pacote de trabalho Pacote de trabalho
Pacote de trabalho
3.2 4.1.2.2
2.2.1.2

Pacote de trabalho Pacote de trabalho


Pacote de trabalho
3.3 4.1.2.3
Pacote de trabalho 2.2.2.2.1
2.2.1.3
Pacote de trabalho
Pacote de trabalho
3.4
2.2.2.2.2

Figura 5-8. Exemplo de estrutura analítica do projeto com alguns ramais


decompostos até o nível de pacotes de trabalho

Produto
Software Versão 5.0

Gerenciamento Requisitos Projeto Integração


Construção
do projeto do produto detalhado e teste

Planejamento Software Software Software Software

Documentação Documentação Documentação Documentação


Reuniões do usuário do usuário do usuário do usuário

Materiais dos Materiais dos Materiais dos Materiais dos


Administração programas de programas de programas de programas de
treinamentos treinamentos treinamentos treinamentos

A EAP é somente ilustrativa. Não tem a intenção de representar o escopo completo de nenhum projeto específico,
nem de ser a única maneira de se organizar uma EAP neste tipo de projeto.

Figura 5-9. Exemplo de uma estrutura analítica de projeto organizada por fases

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119
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

Sistema da
aeronave

Gerenciamento Veículo Equipamento Teste e


Treinamento Dados Instalações
do projeto aéreo de suporte avaliação

Gerenciamento Treinamento Modelos em


Pedidos ES de nível Construções
da engenharia nos tamanho
de sistemas técnicos organizacional básicas
equipamentos natural

Treinamento
Atividades de Dados de ES de nível Instalações de Teste
sobre as
suporte do GP engenharia intermediário manutenção operacional
instalações

Treinamento Dados de ES de nível de Teste de


em serviços gerenciamento armazenamento desenvolvimento

Teste

Sistema de
Estrutura da Sistema de Sistema de
Motor controle de
aeronave comunicações navegação
incêndio

A EAP é somente ilustrativa. Não tem a intenção de representar o escopo completo de nenhum projeto específico,
nem de ser a única maneira de se organizar uma EAP neste tipo de projeto.

Figura 5-10. Exemplo de decomposição com entregas principais

A decomposição dos componentes do nível mais alto da EAP requer a subdivisão do trabalho
para cada uma das entregas ou subprojetos em seus componentes fundamentais, onde representam
produtos, serviços ou resultados verificáveis. A EAP pode ser estruturada como uma lista sumarizada,
uma estrutura analítica organizacional, um diagrama de espinha de peixe ou outro método. A verificação
da precisão da decomposição requer a determinação de que os componentes do nível mais baixo da
EAP sejam necessários e suficientes para a conclusão das entregas do nível mais alto correspondentes.
Entregas diferentes podem ter níveis diferentes de decomposição. Para se chegar a um pacote de
trabalho, o trabalho de algumas entregas precisa ser decomposto somente até o próximo nível, enquanto
para outras são necessários níveis adicionais de decomposição. Conforme o trabalho é decomposto em
níveis maiores de detalhe, a habilidade de planejá-lo, gerenciá-lo e controlá-lo aumenta. Contudo, uma
decomposição excessiva pode resultar num esforço de gerenciamento improdutivo, uso ineficiente de
recursos e na diminuição da eficiência durante a execução do trabalho.

A decomposição pode não ser possível para uma entrega ou subprojeto que serão efetuados num
futuro distante. A equipe de gerenciamento do projeto normalmente espera até que a entrega ou
subprojeto sejam clarificados para que os detalhes da EAP possam ser desenvolvidos. Às vezes, essa
técnica é chamada de planejamento em ondas sucessivas.

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120
CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

A EAP representa todo produto e trabalho do projeto, inclusive o trabalho de gerenciamento do mesmo.
Todo o trabalho nos níveis mais baixos tem que escalar aos níveis mais altos para que nada seja omitido
e nenhum trabalho extra seja executado. Ocasionalmente, isso é chamado da regra dos 100%.

O PMI Practice Standard for Work Breakdown Structures fornece diretrizes para a geração,
desenvolvimento e aplicação de estruturas analíticas de projetos. Esse padrão contém exemplos de
modelos de EAP específicos de setores econômicos e que podem ser ajustados aos projetos de uma
área de aplicação distinta.

5.3.3 Criar a EAP: saídas


.1 EAP
A EAP é uma decomposição hierárquica orientada à entrega do trabalho a ser executado pela equipe
para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas requisitadas, com cada nível descendente da EAP
representando uma definição gradualmente mais detalhada do trabalho do projeto. É finalizada pela
determinação de contas de controle para os pacotes de trabalho e por um identificador exclusivo de
um código de contas. Esses identificadores produzem uma estrutura para a sumarização hierárquica de
custos, cronograma e informações sobre recursos. Uma conta de controle é um ponto de controle do
gerenciamento onde o escopo, custo e cronograma são integrados e comparados ao valor agregado para
uma medição do desempenho. Essas contas são localizadas em pontos de gerenciamento selecionados
na EAP. Cada uma pode incluir um ou mais pacotes de trabalho, mas cada um deles tem que estar
associado a somente uma conta de controle.

.2 Dicionário da EAP
O dicionário da EAP é um documento gerado pelo processo Criar a EAP que a suporta. Fornece
descrições mais detalhadas dos componentes da EAP, inclusive dos pacotes de trabalho e contas de
controle. As informações incluem, mas não estão limitadas a:
• Código de identificador da conta;
• Descrição do trabalho;
• Organização responsável pela execução;

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121
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

• Lista dos marcos do cronograma;


• Atividades do cronograma associadas;
• Recursos necessários;
• Estimativa de custos;
• Requisitos de qualidade;
• Critérios de aceitação;
• Referências técnicas e
• Informações do contrato.
.3 linha de base do escopo
A linha de base do escopo é um componente do plano de gerenciamento do projeto. Os
componentes da mesma incluem:
• Declaração do escopo do projeto. Inclui a descrição do escopo do produto, as entregas do
projeto e define os critérios de aceitação do usuário em relação ao produto.
• EAP. Define cada entrega e a decomposição das entregas em pacotes de trabalho.
• Dicionário da EAP. Possui uma descrição detalhada do trabalho e documentação técnica para
cada elemento da EAP.
.4 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados à
documentação dos requisitos. Se solicitações de mudança aprovadas resultarem do processo
Criar a EAP, então a documentação dos requisitos pode precisar ser atualizada para incluir as
mudanças aprovadas.

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122
CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

5.4 verificar o escopo


Verificar o escopo é o processo de formalização da aceitação das entregas concluídas do projeto. Inclui a
revisão das entregas com o cliente ou patrocinador para assegurar que foram concluídas satisfatoriamente e
obter deles a aceitação formal das mesmas. A verificação do escopo difere do controle de qualidade, pois está
interessada principalmente na aceitação das entregas, enquanto que o segundo se interessa com a precisão das
mesmas e o alcance dos requisitos de qualidade especificados para elas. O controle de qualidade é normalmente
feito antes da verificação do escopo, mas os dois processos podem ser executados paralelamente. A figura
5-11 fornece as entradas, ferramentas e técnicas e saídas associadas. O diagrama de fluxo de processos,
Figura 5-12, é um resumo geral do fluxo básico e interações dentro desse processo.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Entregas aceitas
do projeto .1 Inspeção .2 Solicitações de mudança
.2 Documentação dos .3 Atualizações dos
requisitos documentos do projeto
.3 Matriz de rastreabilidade
dos requisitos
.4 Entregas validadas

Figura 5-11. verificar o escopo: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento do escopo do projeto

5.1 4.5
4.2
Coletar Realizar o controle
Desenvolver o plano
os requisitos integrado de
de gerenciamento
do projeto mudanças

• Documentação
dos requisitos
8.3 • Matriz de rastreabilidade 4.6
Realizar o dos requisitos Encerrar o
controle projeto ou fase
da qualidade • Solicitações
• Linha de base de mudança
do escopo
• Entregas validadas 5.4 • Entregas aceitas
Verificar
o escopo Documentos
do projeto
• Atualizações dos
documentos
do projeto

Figura 5-12 Diagrama de fluxo de dados do processo verificar o escopo

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123
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

5.4.1 verificar o escopo: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto descrito na Sessão 4.2.3.1 contém a linha de base do
escopo. Os componentes da mesma incluem:
• Declaração do escopo do projeto. Inclui a descrição do escopo do produto, as entregas do
projeto e define o critério de aceitação do usuário em relação ao produto.
• EAP. Define cada entrega e a decomposição das entregas em pacotes de trabalho.
• Dicionário da EAP. Possui uma descrição detalhada do trabalho e documentação técnica para
cada elemento da EAP.
.2 Documentação dos requisitos
Essa documentação lista todos os requisitos do projeto, do produto, técnicos e outros tipos
que devem estar presentes juntamente com os respectivos critérios de aceitação. Está descrita na
Seção 5.1.3.1.

.3 Matriz de rastreabilidade dos requisitos.


A matriz de rastreabilidade dos requisitos liga os requisitos às suas origens, e os acompanha ao
longo do ciclo de vida do projeto, e é descrita na Seção 5.1.3.3.

.4 Entregas validadas
Entregas validadas foram concluídas e verificadas quanto às suas precisões pelo processo Realizar
o controle da qualidade.

5.4.2 verificar o escopo: ferramentas e técnicas


.1 Inspeção
Inclui atividades tais como medição, exame e verificação para determinar se o trabalho e as
entregas atendem aos requisitos e aos critérios de aceitação do produto. Inspeções às vezes são
chamadas revisões, revisões do produto, auditorias e ensaios. Em algumas áreas de aplicação, esses
diferentes termos têm significados menos amplos e específicos.

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124
CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

5.4.3 verificar o escopo: saídas


.1 Entregas aceitas
As entregas que estão de acordo com os critérios de aceitação são formalmente assinadas e
aprovadas pelo cliente ou patrocinador. A documentação formal, recebida do cliente ou patrocinador
confirmando a aceitação formal das entregas do projeto pelas partes interessadas é encaminhada ao
processo Encerrar o projeto ou fase (4.6).

.2 Solicitações de mudança
As entregas finalizadas que não foram formalmente aceitas são documentadas, juntamente com
as razões para a sua rejeição. Essas podem exigir uma solicitação de mudança visando o reparo de
defeitos. As solicitações são processadas para revisão e distribuição no processo Realizar o controle
integrado de mudanças (ver Seção 4.5).

.3 Atualizações dos documentos do projeto


Os documentos que podem ser atualizados como resultado do processo Verificar o escopo incluem
quaisquer documentos que definam o produto ou relatem o progresso da conclusão do produto.

5.5 Controlar o escopo


É o processo de monitoramento do andamento do escopo do projeto e do produto e gerenciamento das
mudanças feitas na linha de base do escopo. O controle do escopo do projeto assegura que todas as mudanças
solicitadas e ações corretivas ou preventivas são processadas através do processo Realizar o controle integrado
de mudanças (ver Seção 4.5). O controle do escopo do projeto é usado também para gerenciar as mudanças
reais quando essas ocorrerem e é integrado aos outros processos de controle. As mudanças não controladas são
frequentemente chamadas de scope creep. A mudança é inevitável, exigindo, portanto, algum tipo de processo de
controle de mudanças. A figura 5-13 fornece as entradas, ferramentas e técnicas e saídas associadas; o diagrama
do fluxo de processos , Figura 5-14, fornece um resumo do fluxo básico e interações dentro deste processo.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições de desempenho
do projeto .1 Análise de variação do trabalho
.2 Informações sobre o .2 Atualizações dos ativos de
desempenho do trabalho processos organizacionais
.3 Documentação dos .3 Solicitações de mudança
requisitos .4 Atualizações do plano de
.4 Matriz de rastreabilidade gerenciamento do projeto
dos requisitos .5 Atualizações dos
.5 Ativos de processos documentos do projeto
organizacionais

Figura 5-13. Controlar o escopo: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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125
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

4.2 Gerenciamento do escopo do projeto


Desenvolver o plano Documentos
de gerenciamento do projeto
do projeto 5.1
Coletar os
• Plano de • Atualizações requisitos • Atualizações
gerenciamento do plano de dos documentos
do projeto gerenciamento do projeto
do projeto • Documentação
dos requisitos
4.3 • Matriz de rastreabilidade 4.5
Orientar e gerenciar dos requisitos Realizar o
a execução
controle integrado
do projeto
de mudanças
• Informações sobre o • Solicitações
desempenho do trabalho 5.5 de mudança
Controlar 10.5
o escopo Reportar o
• Medições de desempenho
• Ativos de processos desempenho
organizacionais do trabalho
• Atualizações dos
ativos de processos
Empresa/ organizacionais
Organização

Figura 5-14. Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo

5.5.1 Controlar o escopo: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém a seguinte informação,
utilizada para controlar o escopo:
• linha de base do escopo. É comparada aos resultados reais para determinar se uma mudança,
ação corretiva ou preventiva é necessária.
• Plano de gerenciamento do escopo. O plano de gerenciamento do escopo descreve como
este será gerenciado e controlado.
• Plano de gerenciamento das mudanças. Define o processo para gerenciar mudanças no
projeto.
• Plano de gerenciamento da configuração. Define os itens que são configuráveis, aqueles que
requerem controle formal de mudança e o processo para controlar as mudanças desses itens.

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126
CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO 5

• Plano de gerenciamento dos requisitos. Pode incluir como as atividades de requisitos serão
planejadas, acompanhadas e relatadas e como as mudanças dos requisitos do produto, serviço
ou resultado serão iniciadas. Também descreve como os impactos serão analisados e os níveis
de autorização necessários para aprovar tais mudanças.
.2 Informações sobre o desempenho do trabalho
Informações a respeito do progresso do projeto, tais como quais entregas foram iniciadas, os seus
progressos e quais foram concluídas.

.3 Documentação dos requisitos


Descrito na Seção 5.1.3.1.

.4 Matriz de rastreabilidade dos requisitos


Descrito na Seção 5.1.3.3.

.5 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Controlar o escopo
incluem, mas não estão limitados a:
• Políticas, procedimentos e diretrizes existentes, formais ou informais, relacionadas ao controle
do escopo.
• Métodos de monitoramento e informação a serem utilizados.

5.5.2 Controlar o escopo: ferramentas e técnicas


.1 Análise de variação
Medições de desempenho do projeto são usadas para avaliar a magnitude de variação a partir
da linha de base do escopo. Aspectos importantes do controle do escopo incluem a determinação da
causa e grau de divergência relativa à linha de base do escopo (Seção 5.3.3.3) e a decisão se ações
corretivas ou preventivas são necessárias.

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127
5 CAPíTUlO 5 − gEREnCIAMEnTO DO ESCOPO DO PROjETO

5.5.3 Controlar o escopo: saídas


.1 Medições de desempenho do trabalho
As medições podem incluir desempenho técnico planejado vs. real ou outras medições de
desempenho do escopo. Essa informação é documentada e comunicada às partes interessadas.

.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, mas não estão
limitados a:
• Causas das variações;
• Ação corretiva escolhida e suas razões e
• Outros tipos de lições aprendidas a partir do controle do escopo do projeto.
.3 Solicitações de mudança
A análise do desempenho do escopo pode resultar numa solicitação de mudança da linha de base
ou de outros componentes do plano de gerenciamento do projeto. Solicitações de mudança podem
incluir ações preventivas ou corretivas e reparos de defeitos. As solicitações são processadas para
revisão e distribuição de acordo com o processo Realizar o controle integrado de mudanças (ver
Seção 4.5).

.4 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


• Atualizações da linha de base do escopo. Se as solicitações de mudança aprovadas afetam
o escopo do projeto, então a declaração deste, a EAP e o dicionário da EAP são revisados e
publicados novamente para refletir as alterações aprovadas.
• Outras atualizações da linha de base. Se as solicitações de mudança aprovadas afetam o
escopo do projeto, então as linhas de base dos custos e do cronograma correspondentes são
revisadas e publicadas novamente para refletir as alterações aprovadas.
.5 Atualizações dos documentos do projeto
Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados a:
• Documentação dos requisitos e
• Matriz de rastreabilidade dos requisitos.

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128
6

CAPÍTULO 6
GERENCIAMENTO DO TEMPO DO PROJETO
O Gerenciamento do tempo do projeto inclui os processos necessários para gerenciar o término pontual do
projeto. A figura 6-1 fornece um resumo dos processos de gerenciamento do tempo do projeto, que são:

6.1 Definir as atividades—O processo de identificação das ações específicas a serem realizadas para
produzir as entregas do projeto.
6.2 Sequenciar as atividades—O processo de identificação e documentação dos relacionamentos
entre as atividades do projeto.
6.3 Estimar os recursos das atividades—O processo de estimativa dos tipos e quantidades de material,
pessoas, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.
6.4 Estimar as durações das atividades—O processo de estimativa mais próxima possível do
número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas
com os recursos estimados.
6.5 Desenvolver o cronograma—O processo de análise das sequências das atividades, suas durações,
recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o cronograma do projeto.
6.6 Controlar o cronograma—O processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização
do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma.
Esses processos interagem entre si e com os de outras áreas de conhecimento. Podem envolver esforços
de um grupo ou de uma pessoa, com base nas necessidades do projeto. Cada processo ocorre pelo menos
uma vez em todo projeto e em uma ou mais fases do mesmo, se for divididos em fases. Embora os processos
estejam aqui apresentados como componentes distintos com interfaces bem definidas, na prática eles podem
se sobrepor e interagir de modos que não foram detalhados aqui. As interações processuais são discutidas em
detalhes no Capítulo 3.

Alguns profissionais experientes fazem uma distinção entre a informação do cronograma do projeto impressa
(cronograma) e os dados e cálculos que o produziram, fazendo referência ao mecanismo de agendamento
preenchido com dados do projeto como o modelo de cronograma. Contudo, na prática geral o cronograma e o
modelo são chamados de cronograma. Portanto, o Guia PMBOK® usa o termo cronograma. Em alguns projetos,
especialmente aqueles de escopo menor, a definição, o sequenciamento, a estimativa de recursos, a estimativa
das durações das atividades e o desenvolvimento do cronograma estão tão estreitamente conectados que são
vistos como um único processo que pode ser realizado por uma pessoa em um período de tempo relativamente
curto. Esses processos são aqui representados como distintos pois as ferramentas e técnicas para cada um
deles são diferentes.

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129
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

Embora não seja aqui mostrado como um processo distinto, o trabalho envolvido na execução dos seis
processos de gerenciamento do tempo do projeto é precedido por um trabalho de planejamento pela equipe
de gerenciamento. Esse planejamento faz parte do processo Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto
(Seção 4.2), que produz um sistema de gerenciamento do cronograma que seleciona uma metodologia e
uma ferramenta de elaboração de cronograma, assim como estabelece os critérios para o desenvolvimento e
controle do cronograma. Uma metodologia de elaboração do cronograma define as regras e abordagens para
o seu processo. Algumas das metodologias mais conhecidas incluem o método do caminho crítico (MCC) e o
método da corrente crítica.

Os processos de gerenciamento do tempo do projeto e suas ferramentas e técnicas associadas são


documentados no plano de gerenciamento do cronograma. O mesmo é contido no plano de gerenciamento do
projeto ou é um plano auxiliar, podendo ser formal ou informal, altamente detalhado ou generalizado, baseado
nas necessidades do projeto e deve incluir os limites de controle apropriados.

O desenvolvimento do cronograma usa as saídas dos processos de definição das atividades, o sequenciamento
e estimativa dos recursos e durações das mesmas em combinação com a ferramenta de elaboração de cronograma
que o produz. O cronograma finalizado e aprovado é a linha de base que será usada no processo Controlar o
cronograma (6.6). Conforme as atividades do projeto estão sendo desenvolvidas, a maioria do esforço na área de
conhecimento de gerenciamento do tempo do projeto ocorrerá no processo Controlar o cronograma (Seção 6.0),
visando assegurar o término pontual do trabalho do projeto. A Figura 6-2 fornece um resumo que mostra como a
metodologia e a ferramenta de elaboração de cronograma e as saídas dos processos de gerenciamento do tempo
do projeto interagem para criar um cronograma.

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130
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

Visão geral do gerenciamento


do tempo do projeto

6.1 Definir as atividades 6.2 Sequenciar 6.3 Estimar os


as atividades recursos das atividades

.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas


.1 Linha de base do escopo .1 Lista das atividades .1 Lista das atividades
.2 Fatores ambientais da empresa .2 Atributos das atividades .2 Atributos das atividades
.3 Ativos de processos .3 Lista dos marcos .3 Calendários dos recursos
organizacionais .4 Declaração do escopo do .4 Fatores ambientais da empresa
projeto .5 Ativos de processos
.2 Ferramentas e Técnicas .5 Ativos de processos organizacionais
.1 Decomposição organizacionais
.2 Planejamento em ondas .2 Ferramentas e Técnicas
sucessivas .2 Ferramentas e Técnicas .1 Opinião especializada
.3 Modelos .1 Método do diagrama de .2 Análise de alternativas
.4 Opinião especializada precedência (MDP) .3 Dados publicados para auxílio
.2 Determinação de dependência a estimativas
.3 Saídas .3 Aplicação de antecipações e .4 Estimativa “bottom-up”
.1 Lista das atividades esperas .5 Software de gerenciamento
.2 Atributos das atividades .4 Modelos de diagrama de rede de projetos
.3 Lista dos marcos de cronograma
.3 Saídas
.3 Saídas .1 Requisitos de recursos das
6.4 Estimar as .1 Diagramas de rede do atividades
cronograma do projeto .2 Estrutura analítica dos recursos
durações das atividades .2 Atualizações dos documentos .3 Atualizações dos documentos
do projeto do projeto
.1 Entradas
.1 Lista das atividades
.2 Atributos das atividades
.3 Requisitos de recursos das 6.5 Desenvolver 6.6 Controlar
atividades o cronograma o cronograma
.4 Calendários dos recursos
.5 Declaração do escopo do .1 Entradas .1 Entradas
projeto .1 Lista das atividades .1 Plano de gerenciamento do
.6 Fatores ambientais da empresa .2 Atributos das atividades projeto
.7 Ativos de processos .3 Diagramas de rede do .2 Cronograma do projeto
organizacionais cronograma do projeto .3 Informações sobre o
.4 Requisitos de recursos desempenho do trabalho
.2 Ferramentas e Técnicas das atividades .4 Ativos de processos
.1 Opinião especializada .5 Calendários dos recursos organizacionais
.2 Estimativa análoga .6 Estimativas de duração
.3 Estimativa paramétrica das atividades .2 Ferramentas e Técnicas
.4 Estimativas de três pontos .7 Declaração do escopo do .1 Análise de desempenho
.5 Análise de reservas projeto .2 Análise de variação
.8 Fatores ambientais da empresa .3 Software de gerenciamento
.3 Saídas
.9 Ativos de processos de projetos
.1 Estimativas de duração
organizacionais .4 Nivelamento de recursos
das atividades
.5 Análise de cenário E-se
.2 Atualizações dos documentos .2 Ferramentas e Técnicas .6 Ajuste de antecipações e
do projeto .1 Análise de rede do cronograma esperas
.2 Método do caminho crítico .7 Compressão de cronograma
.3 Método da corrente crítica .8 Ferramenta de elaboração de
.4 Nivelamento de recursos cronograma
.5 Análise de cenário E-se
.6 Aplicação de antecipações .3 Saídas
e esperas .1 Medições de desempenho
.7 Compressão de cronograma do trabalho
.8 Ferramenta de elaboração .2 Atualizações dos ativos de
de cronograma processos organizacionais
.3 Solicitações de mudança
.3 Saídas .4 Atualizações do plano de
.1 Cronograma do projeto gerenciamento do projeto
.2 Linha de base do cronograma .5 Atualizações dos documentos
.3 Dados do cronograma do projeto
.4 Atualizações dos documentos
do projeto

Figura 6-1. visão geral do gerenciamento do tempo do projeto

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131
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

Dados específicos do
projeto (EAP, Atividades,
Recursos, etc.)

Método de
Ferramenta Modelo de Informações
elaboração de
de cronograma cronograma do projeto
cronograma
Por
exemplo
MCC Gera

Saídas

Cronograma
do projeto

Exemplos de cronogramas de projetos:

Diagrama de rede

Lista das Gráfico de barras


atividades

Figura 6-2. Resumo do desenvolvimento do cronograma

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132
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

6.1 Definir as atividades


Definir as atividades é o processo de identificação das ações específicas a serem realizadas para produzir as
entregas do projeto. O processo Criar a EAP identifica as entregas no nível mais baixo da estrutura analítica
do projeto (EAP), o pacote de trabalho. Esses pacotes são tipicamente decompostos em componentes
menores chamados atividades que representam o trabalho necessário para completar o pacote de
trabalho. As atividades proporcionam uma base para a estimativa, desenvolvimento do cronograma,
execução e monitoramento e controle do trabalho do projeto. Implícitos neste processo estão a definição e
o planejamento das atividades de desenvolvimento do cronograma de tal modo que os objetivos do projeto
sejam alcançados. Veja Figuras 6-3 e 6-4.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Linha de base do escopo .1 Lista das atividades
.2 Fatores ambientais da .1 Decomposição .2 Atributos das atividades
empresa .2 Planejamento em ondas .3 Lista dos marcos
.3. Ativos de processos sucessivas
organizacionais .3 Modelos
.4 Opinião especializada

Figura 6-3. Definir as atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

5.3 Gerenciamento do tempo do projeto


Criar a EAP

• Linha de base
do escopo 6.1
Definir as
atividades
• Ativos de processos
organizacionais
• Fatores ambientais
da empresa
• Lista dos marcos • Lista das atividades
• Atributos das atividades

6.2 6.4
Empresa/
Sequenciar as Estimar as
Organização
atividades durações das
atividades

6.3 Scope Baseline


Estimar 6.5
os recursos Desenvolver
das atividades o cronograma

Figura 6-4. Diagrama de fluxo de dados do processo Definir as atividades

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133
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

6.1.1 Definir as atividades: entradas


.1 linha de base do escopo
As entregas do projeto, restrições e premissas documentadas na linha de base do escopo do projeto
(Seção 5.3.3.3) são explicitamente consideradas durante a definição das atividades.

.2 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo Definir as atividades incluem,
mas não estão limitados ao sistema de informações do gerenciamento de projetos (SIGP).

.3 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Definir as atividades
incluem, mas não estão limitados a:
• Políticas, procedimentos e diretrizes existentes relacionados ao planejamento formal e informal
de atividades, tais como a metodologia de elaboração do cronograma, que são considerados no
desenvolvimento das definições de atividades e
• Base de conhecimento de lições aprendidas contendo informações históricas sobre listas das
atividades usadas em projetos anteriores similares.

6.1.2 Definir as atividades: ferramentas e técnicas


.1 Decomposição
A técnica de decomposição, como é aplicada na definição de atividades, envolve a subdivisão dos
pacotes de trabalho do projeto em componentes menores, mais gerenciáveis, chamados atividades.
Essas atividades representam o esforço necessário para completar um pacote de trabalho. O processo
Definir as atividades define as saídas finais como atividades ao invés de entregas, como é feito no
processo Criar a EAP (Seção 5.3).

A lista das atividades, EAP, e o dicionário da EAP podem ser desenvolvidos tanto sequencialmente
como paralelamente, com ambos servindo de base para o desenvolvimento da lista final das atividades.
Cada pacote de trabalho dentro da EAP é decomposto em atividades menores, necessárias para a
produção das entregas do pacote de trabalho. O envolvimento de membros da equipe na decomposição
pode gerar resultados melhores e mais precisos.

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134
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

.2 Planejamento em ondas sucessivas


O planejamento em ondas sucessivas é uma forma de planejamento com elaboração progressiva,
onde o trabalho a ser executado num futuro próximo é planejado em detalhes e o trabalho futuro é
planejado nos níveis mais altos da EAP. Portanto, um trabalho pode existir em vários níveis de detalhamento
dependendo de onde está no ciclo de vida do projeto. Por exemplo, durante o planejamento estratégico
inicial, quando a informação está menos definida, os pacotes de trabalho podem ser decompostos até
o nível dos marcos. Conforme mais é conhecido a respeito dos eventos vindouros num futuro próximo,
podem ser decompostos em atividades.

.3 Modelos
Uma lista padrão das atividades ou uma parte da lista das atividades de um projeto anterior
é frequentemente utilizada como modelo para um projeto novo. As informações dos atributos de
atividades relacionadas presentes nos modelos também podem conter também outras informações
descritivas úteis para a definição das atividades. Modelos também podem ser usados para identificar
os marcos típicos dos cronogramas.

.4 Opinião especializada
Membros da equipe do projeto ou outros especialistas, que tenham experiência e habilidade no
desenvolvimento de declarações detalhadas do escopo de projetos, em EAP e cronogramas, podem
fornecer opiniões técnicas sobre a definição de atividades.

6.1.3 Definir as atividades: saídas


.1 lista das atividades
A lista das atividades é uma lista abrangente que inclui todas as atividades necessárias no projeto.
Inclui o identificador e uma descrição do escopo do trabalho de cada atividade em detalhe suficiente
para assegurar que os membros da equipe entendam qual trabalho precisa ser executado.

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135
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.2 Atributos das atividades


Os atributos ampliam a descrição da atividade através da identificação dos múltiplos componentes
associados a cada atividade. Os componentes de cada atividade evolvem através do tempo. Durante os
estágios iniciais do projeto, eles incluem o identificador (ID) da atividade, o ID da EAP e o nome da atividade;
quando completos podem incluir códigos das atividades e sua descrição, atividades predecessoras,
sucessoras, relações lógicas, antecipações e esperas (Seção 6.2.2.3), requisitos de recursos, datas
impostas, restrições e premissas. Podem ser usados para identificar a pessoa responsável pela execução
do trabalho, área geográfica, ou local onde o trabalho tem que ser realizado e o tipo de atividades como
o nível de esforço (NDE), esforço distinto e esforço distribuído. São usados para o desenvolvimento do
cronograma e para a seleção, sequenciamento e classificação das atividades planejadas no cronograma
de várias maneiras, quando na elaboração de relatórios. O número de atributos varia de acordo com a
área de aplicação.

.3 lista dos marcos


Um marco é um ponto ou evento significativo no projeto. A lista dos marcos identifica todos os
marcos do projeto e indica se os mesmos são obrigatórios, tais como aqueles exigidos por contrato,
ou opcionais, tais como os baseados em informação histórica.

6.2 Sequenciar as atividades


Sequenciar as atividades é processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades
do projeto. Essas são sequenciadas usando relações lógicas. Cada atividade e marco, com exceção do primeiro
e do último, são conectados a pelo menos um predecessor e um sucessor. O uso de tempo de antecipação
ou de espera pode ser necessário entre as atividades para dar suporte a um cronograma de projeto realista e
executável. O sequenciamento pode ser executado através do uso de software de gerenciamento de projetos ou
do uso de técnicas manuais ou automatizadas. Veja as Figuras 6-5 e 6-6.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Lista das atividades .1 Diagramas de rede do
.2 Atributos das atividades .1 Método do diagrama de cronograma do projeto
.3 Lista dos marcos precedência (MDP) .2 Atualizações dos
.4 Declaração do escopo .2 Determinação de documentos do projeto
do projeto dependência
.5 Ativos de processos .3 Aplicação de
organizacionais antecipações e esperas
.4 Modelos de diagrama
de rede de cronograma

Figura 6-5. Sequenciar as atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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136
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

Gerenciamento do tempo do projeto

6.1
Definir as
atividades

5.2 • Lista das atividades


Definir o • Atributos das atividades
escopo • Lista dos marcos

• Declaração do
escopo do projeto 6.2
Sequenciar as Documentos
atividades • Atualizações dos do projeto
• Ativos de processos documentos do
organizacionais projeto

• Diagramas de rede
do cronograma do projeto
Empresa/
Organização

6.5
Desenvolver o
cronograma

Figura 6-6. Diagrama de fluxo de dados do processo Sequenciar as atividades

6.2.1 Sequenciar as atividades: entradas


.1 lista das atividades
Descrito na Seção 6.1.3.1.

.2 Atributos das atividades


Descrito na Seção 6.1.3.2. Os atributos das atividades podem descrever uma sequencia necessária
de eventos ou relações definidas de predecessores ou sucessores.

.3 lista dos marcos


Descrito na Seção 6.1.3.3. A lista dos marcos pode conter datas agendadas para marcos específicos.

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137
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.4 Declaração do escopo do projeto


A declaração do escopo do projeto (Seção 5.2.3.1) contém a descrição do escopo do produto, que
inclui as características do mesmo que podem afetar o sequenciamento das atividades, tal como
a disposição física de uma fábrica a ser construída ou interfaces de subsistemas num projeto de
software. Enquanto esses efeitos são frequentemente aparentes na lista das atividades, a descrição
do escopo do produto é geralmente revisada para assegurar a precisão.

.5 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Sequenciar as atividades
incluem, mas não estão limitados a, arquivos de projetos da base de conhecimento da corporação
usada para a metodologia de elaboração do cronograma.

6.2.2 Sequenciar as atividades: ferramentas e técnicas


.1 Método do diagrama de precedência (MDP)
O MDP é um método usado no Método do Caminho Crítico (MCC) para a construção de um diagrama
de rede do cronograma do projeto e que utiliza quadrados ou retângulos, chamados de nós, para
representar as atividades e conectá-las com flechas que indicam as relações lógicas que existem
entre elas. A Figura 6-7 mostra um simples diagrama de rede do cronograma do projeto desenhado
através do MDP. Esta técnica é chamada também de Atividade no Nó (ANN), sendo o método usado
pela maior parte dos pacotes de software de gerenciamento de projetos.

O MDP inclui quatro tipos de dependências ou relações lógicas:


• Término para início (TI). O início da atividade sucessora depende do término da atividade
predecessora.
• Término para término (TT). O término da atividade sucessora depende do término da atividade
predecessora.
• Início para início (II). O início da atividade sucessora depende do início da atividade predecessora.
• Início para término (IT). O término da atividade sucessora depende do início da atividade
predecessora.
No MDP, término para início é o tipo mais comumente usado de relação de precedência. A relação
início para término é raramente usada mas foi incluída aqui para se ter uma lista completa dos tipos
de relação MDP.

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138
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

.2 Determinação de dependência
Três tipos de dependências são usadas para definir a sequência entre as atividades:
• Dependências obrigatórias. As dependências obrigatórias são aquelas exigidas contratualmente
ou inerentes à natureza do trabalho. A equipe do projeto define quais dependências são obrigatórias
durante o processo de sequenciamento das atividades. Geralmente envolvem limitações físicas,
tais como num projeto de construção onde é impossível erguer a superestrutura antes que a
fundação tenha sido concluída, ou num projeto de componentes eletrônicos, onde um protótipo
tem que ser construído antes de ser testado. Às vezes são chamadas também de dependências
hard logic.

A B

II

C D E

Início H F G Término
TI + 15

II + 10

I J

TT
K L

Figura 6-7. Método do diagrama de precedência

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139
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

• Dependências arbitradas. A equipe do projeto define quais dependências são arbitradas durante
o processo de sequenciamento das atividades. Às vezes são chamadas de lógica preferida,
lógica preferencial ou soft logic. São estabelecidas com base no conhecimento das melhores
práticas numa área de aplicação específica ou em algum aspecto singular do projeto onde uma
sequência específica é desejada, mesmo que hajam outras sequências aceitáveis. Devem ser
totalmente documentadas já que podem criar valores de folga total arbitrários e posteriormente
limitar as opções de agendamento. Quando técnicas de paralelismo são aplicadas, essas
dependências devem ser revisadas e consideradas para modificação ou remoção.
• Dependências externas. A equipe de gerenciamento do projeto define quais dependências são
externas durante o processo de sequenciamento das atividades. Envolvem um relação entre
as atividades do projeto e as não pertencentes ao mesmo. Tais dependências normalmente
não estão sob o controle da equipe do projeto. Por exemplo, a atividade de teste num projeto
de software pode depender da entrega de hardware de uma fonte externa, ou audiências
ambientais com o governo podem precisar ser feitas antes que a preparação do local possa ser
iniciada num projeto de construção.
.3 Aplicação de antecipações e esperas
A equipe de gerenciamento do projeto determina as dependências que podem requerer uma
antecipação ou uma espera, visando definir precisamente a relação lógica entre elas. O uso de
antecipações e esperas não deve substituir a lógica de desenvolvimento do cronograma. As atividades
e suas premissas relacionadas devem ser documentadas.

Uma antecipação permite um aceleramento da atividade sucessora. Por exemplo, num projeto
para construir um novo edifício de escritórios, o paisagismo poderia ser agendado para começar duas
semanas antes do término agendado dos itens da lista. Isso seria mostrado como um término para
início com uma antecipação de 2 semanas.

Uma espera direciona um retardo na atividade sucessora. Por exemplo, uma equipe de redação
técnica pode iniciar a edição do rascunho de um grande documento quinze dias após ter começado a
escrevê-lo. Isso poderia ser mostrado como um início para início com uma espera de quinze dias.

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140
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

.4 Modelos de diagrama de rede de cronograma


Modelos de diagramas de rede de cronograma padronizados podem ser usados para agilizar a
preparação de redes de atividades do projeto. Podem incluir um projeto inteiro ou somente uma parte
dele. As partes do diagrama de redes de um projeto são com frequência chamadas de sub-redes
ou fragmentos de rede. Os modelos de sub-redes são especialmente úteis quando um projeto inclui
várias entregas idênticas ou quase idênticas, tais como andares num alto prédio de escritórios, testes
clínicos num projeto de pesquisa farmacêutico, módulos de programas de codificação num projeto de
software, ou a fase inicial de um projeto de desenvolvimento.

6.2.3 Sequenciar as atividades: saídas


.1 Diagramas de rede do cronograma do projeto
Os diagramas de rede do cronograma do projeto são mostras esquemáticas das atividades do
cronograma e as relações lógicas entre elas, também chamadas de dependências. A Figura 6-7 ilustra
um diagrama de rede do cronograma do projeto. Um diagrama de rede pode ser produzido manualmente
ou através do uso de um software de gerenciamento de projetos. Pode incluir detalhes do projeto todo
ou ter somente uma ou mais atividades de resumo. Uma descrição sumarizada pode acompanhar o
diagrama e descrever a abordagem básica usada para sequenciar as atividades. Quaisquer sequências
incomuns de atividades dentro da rede devem ser totalmente descritas nesse texto.

.2 Atualizações dos documentos do projeto


Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados a:
• Lista das atividades;
• Atributos das atividades e
• Registro dos riscos.

6.3 Estimar os recursos das atividades


Estimar os recursos das atividades é o processo de estimativa dos tipos e quantidades de material, pessoas,
equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade. Veja Figuras 6-8 e 6-9. O
processo Estimar os recursos das atividades é estreitamente coordenado junto com o processo Estimar os custos
(Seção 7.1). Por exemplo:

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141
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

• Uma equipe de um projeto de construção precisa estar familiarizada com as legislações de construção
locais. Geralmente, tal conhecimento está facilmente disponível em fornecedores locais. Contudo, se o
serviço de mão de obra local carece de experiência em técnicas de construção incomuns ou especializadas,
o custo adicional de um consultor pode ser a maneira mais efetiva de assegurar o conhecimento das
legislações de construção locais.
• Uma equipe de planejamento do setor automotivo precisa estar familiarizada com as mais recentes
técnicas de montagem automatizada. O conhecimento necessário pode ser obtido através da
contratação de um consultor, do envio de um projetista a um seminário de robótica, ou da inclusão
de alguém da produção como um membro da equipe do projeto.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Lista das atividades .1 Requisitos de recursos
.2 Atributos das atividades .1 Opinião especializada das atividades
.3 Calendários dos recursos .2 Análise de alternativas .2 Estrutura analítica dos
.4 Fatores ambientais da .3 Dados publicados para recursos
empresa auxílio a estimativas .3 Atualizações dos
.5 Ativos de processos .4 Estimativa “bottom-up” documentos do projeto
organizacionais .5 Software de gerenciamento
de projetos

Figura 6-8. Estimar os recursos das atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento do tempo do projeto


9.2
Mobilizar a
equipe do projeto 6.1
Definir as
atividades Documentos
• Calendários • Estrutura do projeto
dos recursos • Lista das analítica
atividades dos recursos
• Atributos
das atividades • Atualizações
dos documentos
12.2 do projeto
Conduzir as 6.3 9.1
aquisições Estimar os Desenvolver o
recursos das plano de
atividades • Requisitos de recursos humanos
recursos das
• Ativos de processos
atividades
organizacionais
• Fatores ambientais
da empresa 12.1
Planejar as
6.4 aquisições
6.5
Estimar as
Empresa/ Desenvolver
durações das
Organização o cronograma
atividades

Figura 6-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Estimar os recursos das atividades

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142
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

6.3.1 Estimar os recursos das atividades: entradas


.1 lista das atividades
A lista das atividades (Seção 6.1.3.1) identifica as atividades que necessitarão recursos.

.2 Atributos das atividades


Os atributos das atividades (Seção 6.1.3.2), desenvolvidos durante os processos de definição
e sequenciamento das mesmas fornecem as entradas principais de dados para serem usadas na
estimativa dos recursos necessários para cada atividade do cronograma da lista das atividades.

.3 Calendario dos recursos


Informação sobre quais recursos (tais como pessoal, equipamento e material) estão potencialmente
disponíveis durante o período de atividades planejado, descritos nas Seções 9.2.3.2 e 12.2.3.3, é
usada para a estimativa de utilização do recurso. Especificam quando e por quanto tempo os recursos
identificados estarão disponíveis durante o projeto. Esta informação pode estar no nível da atividade ou
do projeto. Este conhecimento inclui a consideração de atributos tais como a experiência e/ou nível de
habilidade do recurso, assim como as várias localizações geográficas de onde vêm esses recursos e
quando poderão estar disponíveis.

O calendario dos recursos composto inclui a disponibilidade, capacidades e habilidades dos recursos
humanos (Seção 9.2). Por exemplo, durante as fases iniciais de um projeto de planejamento de engenharia,
o pool de recursos pode incluir um grande número de engenheiros juniores e seniores. Durante as fases
mais futuras do mesmo projeto, contudo, o grupo pode ser limitado a aqueles indivíduos que têm o
conhecimento a respeito do projeto como resultado de terem trabalhado nas fases iniciais do mesmo.

.4 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais que podem influenciar o processo Estimar os recursos das atividades incluem,
mas não estão limitados a disponibilidade e habilidades do recurso.

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6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.5 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Estimar os recursos das
atividades incluem, mas não estão limitados a:
• Políticas e procedimentos a respeito da mobilização e desmobilização de pessoal;
• Políticas e procedimentos relacionados ao aluguel e compra de suprimentos e equipamentos e
• Informação histórica a respeito dos tipos de recursos usados para trabalhos semelhantes de
projetos anteriores.

6.3.2 Estimar os recursos das atividades: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
A opinião especializada frequentemente é necessária para se avaliar as entradas relacionadas aos
recursos deste processo. Qualquer grupo ou pessoa com conhecimento especializado em planejamento
e estimativa de recursos pode fornecer tal opinião.

.2 Análise de alternativas
Muitas atividades do cronograma têm métodos alternativos para a sua realização. Incluem o uso de
vários níveis de capacidade ou habilidades dos recursos, tamanhos ou tipos diferentes de máquinas,
ferramentas diferentes (manuais versus automatizadas) e decisões de fazer ou comprar a respeito dos
recursos (Seção 12.1.3.3).

.3 Dados publicados para auxílio a estimativas


Muitas firmas publicam rotineiramente índices de produção atualizados e custos unitários de
recursos para um abrangente conjunto de negócios de mão-de-obra, material e equipamento para
diferentes países e localizações geográficas dentro dos mesmos.

.4 Estimativa Bottom-Up
Quando uma atividade não pode ser estimada com um grau razoável de confiança, o trabalho
dentro da atividade é decomposto em mais detalhes. As necessidades do recurso são estimadas. Essas
estimativas são então agregadas numa quantidade total para cada um dos recursos da atividade. As
atividades podem ou não ter interdependências entre si que podem afetar a aplicação e o uso dos
recursos. Se existirem dependências, este padrão de utilização de recursos é refletido e documentado
na estimativa de recursos da atividade.

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144
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

.5 Software de gerenciamento de projetos


Um software de gerenciamento de projetos tem a capacidade de auxiliar no planejamento, organização
e gerenciamento do pool de recursos e no desenvolvimento de estimativas dos recursos. Dependendo
da sofisticação do software, a estrutura analítica de recursos, a disponibilidade de recursos, as taxas dos
recursos e os vários calendários dos recursos podem ser definidos para apoiar a otimização do seu uso.

6.3.3 Estimar os recursos das atividades: saídas


.1 Requisitos de recursos das atividades
A saída do processo Estimar os recursos das atividades identifica os tipos e as quantidades de
recursos necessários para cada atividade do pacote de trabalho. Esses requisitos podem então ser
agregados para determinar os recursos estimados para cada pacote de trabalho. A quantidade de
detalhes e o nível de especificidade das descrições dos requisitos de recurso podem variar com
a sua área de aplicação. A documentação dos requisitos de recursos para cada atividade pode
incluir a base de estimativa para cada recurso, assim como as premissas que foram feitas na
determinação de quais tipos de recursos são aplicados, suas disponibilidades e quais quantidades
são usadas.

.2 Estrutura analítica dos recursos


A estrutura analítica dos recursos é uma estrutura hierárquica dos recursos identificados organizada
por categoria e tipo de recursos. Exemplos de categorias incluem mão-de-obra, material, equipamento e
suprimentos. Os tipos podem incluir o nível de habilidade, de graduação ou outras informações conforme
apropriado ao projeto. A estrutura analítica dos recursos é útil na organização e no relato dos dados do
cronograma com informações sobre a utilização dos recursos.

.3 Atualizações dos documentos do projeto


Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados a:
• Lista das atividades;
• Atributos das atividades e
• Calendários dos recursos.

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145
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

6.4 Estimar as durações das atividades


Estimar as durações das atividades é o processo de estimativa do número de períodos de trabalho que
serão necessários para terminar as atividades específicas com os recursos estimados. A estimativa das
durações das atividades utiliza informações sobre as atividades do escopo do projeto, tipos de recursos
necessários, quantidades estimadas de recursos e calendario dos recursos. As entradas para as estimativas
de duração da atividade se originam da pessoa ou grupo na equipe do projeto que está mais familiarizado com
a natureza do trabalho na atividade específica. A estimativa da duração é elaborada progressivamente e o
processo considera a qualidade e a disponibilidade dos dados de entrada. Por exemplo, conforme o trabalho de
engenharia e planejamento do projeto se desenvolve, dados mais detalhados e precisos se tornam disponíveis
e a precisão das estimativas de duração melhora. Portanto, a estimativa da duração pode ser assumida como
sendo progressivamente mais precisa e de melhor qualidade. Veja Figuras 6-10 e 6-11.

Esse processo requer que a quantidade do esforço de trabalho necessário e que a quantidade de recursos
a ser aplicada para completar a atividade sejam estimados; esses são usados para aproximar o número
de períodos de trabalho (duração da atividade) necessários para o término da atividade. Todos os dados e
premissas que suportam a estimativa são documentados para cada estimativa de duração de atividade.

A maior parte dos pacotes de software de gerenciamento de projetos para elaboração de cronogramas
manipulará essa situação através do uso de um calendário do projeto e calendários alternativos de recursos
de trabalho-período que são normalmente identificados pelos recursos que requerem períodos de trabalho
específicos. Além da lógica de sequenciamento, as atividades serão executadas de acordo com o calendário
do projeto e os calendários de recurso apropriados.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Lista das atividades .1 Estimativas de duração
.2 Atributos das atividades .1 Opinião especializada das atividades
.3 Requisitos de recursos .2 Estimativa análoga .2 Atualizações dos
das atividades .3 Estimativa paramétrica documentos do projeto
.4 Calendários dos recursos .4 Estimativas de três pontos
.5 Declaração do escopo .5 Análise de reservas
do projeto
.6 Fatores ambientais da
empresa
.7 Ativos de processos
organizacionais

Figura 6-10. Estimar as durações das atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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146
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

5.2
Definir o escopo

• Declaração do
escopo do projeto
Gerenciamento do tempo do projeto
9.2
6.3
Mobilizar a equipe 6.1
Estimar os
do projeto Definir as
recursos das
atividades Documentos
atividades
• Calendários do projeto
dos recursos
• Lista das atividades • Requisitos de recursos
• Atributos das atividades das atividades

• Atualizações
12.2 dos documentos
Conduzir as 6.4 do projeto
Estimar as 11.2
aquisições
durações das Identificar
atividades • Estimativas de os riscos
duração das
• Ativos de processos atividades
organizacionais
• Fatores ambientais
da empresa

6.5
Empresa/ Desenvolver o
Organização cronograma

Figura 6-11. Diagrama de fluxo de dados do processo Estimar as durações das atividades

6.4.1 Estimar as durações das atividades: entradas


.1 lista das atividades
Descrito na Seção 6.1.3.1.

.2 Atributos das atividades


Descrito na Seção 6.1.3.2.

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147
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.3 Requisitos de recursos das atividades


Os requisitos de recursos estimados da atividade (Seção 6.3.3.1) terão um efeito na duração da
mesma, já que os recursos designados para ela e a disponibilidade deles influenciarão significativamente
a duração da maioria das atividades. Por exemplo, se recursos adicionais ou com menor nível de
habilidade são designados para uma atividade, pode ocorrer uma perda de eficiência ou produtividade
devido a um aumento nas necessidades de comunicação, treinamento e coordenação.

.4 Calendários dos recursos


Os calendários dos recursos (Seção 6.3.1.1), desenvolvidos como parte do processo Estimar os
recursos das atividades, podem incluir o tipo, disponibilidade e capacidades dos recursos humanos
(Seção 9.2.3.2). O tipo, a quantidade, a disponibilidade e a capacidade, quando aplicáveis, de tanto os
recursos de equipamento como de material e que poderiam influenciar significativamente a duração
de atividades do cronograma, são também considerados. Por exemplo, quando um membro da equipe
júnior e um sênior são designados para trabalhar em período integral, pode-se esperar que o membro
sênior complete uma atividade em menos tempo que o membro júnior.

.5 Declaração do escopo do projeto


As restrições e premissas da declaração do escopo do projeto (Seção 5.2.3.1) são consideradas durante
a estimativa das durações da atividade. Exemplos de premissas incluem, mas não estão limitados a:
• Condições existentes;
• Disponibilidade de informações e
• Duração dos períodos de preparação de relatórios.
Exemplos de restrições incluem, mas não estão limitados a:
• Disponibilidade de recursos com habilidades e
• Termos do contrato e requisitos.
.6 Fatores ambientais da empresa
Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo Estimar as durações das
atividades são, mas não estão limitados a:
• Banco de dados de estimativas de duração e outros dados de referência;
• Métricas de produtividade e
• Informações comerciais publicadas.

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CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

.7 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Estimar as durações
das atividades incluem, mas não estão limitados a:
• Informação histórica sobre duração;
• Calendários do projeto;
• Metodologia de elaboração do cronograma e
• Lições aprendidas.

6.4.2 Estimar as durações das atividades: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
A opinião especializada, guiada por informações históricas, pode fornecer informações sobre
estimativas de duração ou durações máximas recomendadas para as atividades a partir de projetos
anteriores similares. Pode também ser usada para determinar se seria recomendável combinar
diferentes métodos de estimativas e como reconciliar as diferenças entre eles.

.2 Estimativa análoga
A estimativa análoga usa parâmetros tais como duração, orçamento, tamanho, peso e complexidade
de um projeto anterior similar como base para a estimativa dos mesmos parâmetros ou medidas
para um projeto futuro. Quando usada para estimar durações, está técnica conta com a duração
real de projetos semelhantes anteriores como base para se estimar a duração do projeto atual. É
uma abordagem que estima o valor bruto, algumas vezes ajustado para diferenças conhecidas da
complexidade do projeto.

É frequentemente usada para estimar a duração do projeto quando há uma quantidade limitada
de informações detalhadas sobre o mesmo, por exemplo nas suas fases iniciais. A estimativa análoga
usa informações históricas e opinião especializada.

Geralmente, é menos dispendiosa e consome menos tempo que outras técnicas, mas normalmente
é também menos precisa. Estimativas análogas de custo podem ser aplicadas a um projeto ou
segmentos do mesmo e podem ser usadas em conjunto com outros métodos. A estimativa análoga é
mais confiável quando as atividades anteriores são semelhantes de fato e não apenas aparentemente,
além da equipe do projeto que prepara as estimativas possui a habilidade técnica necessária.

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149
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.3 Estimativa Paramétrica
A estimativa paramétrica utiliza uma relação estatística entre dados históricos e outras variáveis
(por exemplo, metros quadrados em construção) para calcular uma estimativa para parâmetros da
atividade, tais como custo, orçamento e duração.

As durações das atividades podem ser determinadas quantitativamente através da multiplicação


da quantidade de trabalho a ser executado pelas horas de mão-de-obra por unidade de trabalho. Por
exemplo, a duração da atividade pode ser estimada no planejamento de um projeto pelo número de
desenhos multiplicado pelo número de horas de mão-de-obra por desenho, ou ainda, uma instalação
de cabo multiplicando-se os metros de cabo pelo número de horas de mão-de-obra por metro
instalado. Por exemplo, se o recurso designado é capaz de instalar 25 metros de cabo por hora, a
duração total necessária para a instalação de 1.000 metros seria de 40 horas. (1.000 metros divididos
por 25 metros por hora).

Esta técnica pode produzir altos níveis de precisão dependendo da sofisticação e dos dados
básicos colocados no modelo. Estimativas paramétricas de tempo podem ser aplicadas a um projeto
ou segmentos do mesmo, em conjunto com outros métodos de estimativa.

.4 Estimativas de três pontos


A precisão das estimativas de duração da atividade pode ser aperfeiçoada considerando-se as
incertezas das estimativas e riscos. Este conceito se originou com a Técnica de Revisão e Avaliação
de Programa (PERT). PERT usa três estimativas para definir uma faixa aproximada para a duração de
uma atividade:
• Mais provável (tM). A duração da atividade, dados os prováveis recursos a serem designados, sua
produtividade, expectativas realistas de disponibilidade para executar a atividade, dependências
de outros participantes e interrupções.
• Otimista (tO). A duração da atividade é baseada na análise do melhor cenário para a atividade.
• Pessimista (tP). A duração da atividade é baseada na análise do pior cenário para a atividade.
A análise PERT calcula a duração Esperada da atividade (tE) usando uma média ponderada dessas
três estimativas:

tO + 4tM + tP
tE =
6

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150
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

Estimativas de duração baseadas nessa equação (ou até mesmo usando uma média simples dos
três pontos) podem fornecer mais precisão e os três pontos esclarecem a faixa de variabilidade das
estimativas de duração.

.5 Análise de reservas
As estimativas de duração podem incluir reservas para contingências, (às vezes chamadas de reservas
de tempo ou buffers) no cronograma geral do projeto para considerar as incertezas do cronograma. A
reserva para contingências pode ser uma porcentagem da duração estimada da atividade, um número fixo
de períodos de trabalho, ou pode ser desenvolvida através do uso de métodos de análise quantitativa.

À medida que informações mais precisas sobre o projeto se tornam disponíveis, a reserva para
contingências pode ser usada, reduzida ou eliminada. Contingências devem ser claramente identificadas
na documentação do cronograma.

6.4.3 Estimar as durações das atividades: saídas


.1 Estimativas de duração das atividades
As estimativas de duração das atividades são avaliações quantitativas do número provável de
períodos de trabalho que serão necessários para completar uma atividade. As estimativas de duração
não incluem nenhuma espera como descrito na Seção 6.2.2.3. Podem incluir algumas indicações da
faixa de resultados possíveis. Por exemplo:
• 2 semanas ± 2 dias para indicar que a atividade levará pelo menos oito dias e não mais de doze
(assumindo-se uma semana de trabalho de cinco dias).
• 15% probabilidade de exceder três semanas para indicar uma alta probabilidade – 85% – de
que a atividade levará três semanas ou menos.
.2 Atualizações dos documentos do projeto
Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não estão limitados a:
• Atributos das atividades e
• Premissas feitas no desenvolvimento da estimativa da duração da atividade, tais como níveis
de habilidade e disponibilidade.

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151
6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

6.5 Desenvolver o cronograma


Desenvolver o cronograma é o processo de análise de sequências das atividades, suas durações, recursos
necessários e restrições do cronograma visando criar o cronograma do projeto. A entrada das atividades, durações e
recursos na ferramenta de elaboração de cronograma gera um cronograma com datas planejadas para completar
as atividades do projeto. O desenvolvimento de um cronograma de projeto aceitável é frequentemente um
processo iterativo. Determina as datas planejadas de início e de término para as atividades e marcos do projeto.
Pode requerer a análise e revisão das estimativas de duração e de recursos para criar um cronograma aprovado
do projeto que pode servir como linha de base para acompanhar o seu progresso. A revisão e a manutenção de
um cronograma realísta continua sendo executada durante todo o projeto à medida que o trabalho progride, o
plano de gerenciamento do projeto muda e a natureza dos eventos de riscos evolui. Veja Figuras 6-12 e 6-13.

Para informações mais específicas a respeito de desenvolvimento de cronogramas, refira-se ao Practice


Standard for Scheduling [2].

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Lista das atividades .1 Cronograma do projeto
.2 Atributos das atividades .1 Análise de rede do .2 Linha de base do
.3 Diagramas de rede do cronograma cronograma
cronograma do projeto .2 Método do caminho crítico .3 Dados do cronograma
.4 Requisitos de recursos .3 Método da corrente crítica .4 Atualizações dos
das atividades .4 Nivelamento de recursos documentos do projeto
.5 Calendários dos recursos .5 Análise de cenário E-se
.6 Estimativas de duração .6 Aplicação de antecipações
das atividades e esperas
.7 Declaração do escopo .7 Compressão de
do projeto cronograma
.8 Fatores ambientais da .8 Ferramenta de elaboração
empresa de cronograma
.9 Ativos de processos
organizacionais

Figura 6-12. Desenvolver o cronograma: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

Gerenciamento do tempo do projeto

6.1 6.3 Documentos


5.2 Definir as Estimar os recursos
Definir o escopo do projeto
atividades das atividades

• Declaração do
escopo do projeto • Lista das atividades • Requisitos de recursos 4.2
• Atributos das atividades das atividades Desenvolver o plano
de gerenciamento
9.2 do projeto
6.4
Mobilizar a equipe 6.2
Estimar as • Linha de base do cronograma
do projeto Sequenciar
durações das
as atividades
atividades
• Calendários 7.1
dos recursos • Estimativas de duração Estimar os custos
• Diagramas de rede
das atividades
do cronograma do
• Dados do
projeto
cronograma
12.2 7.2
• Atualizações dos
Conduzir as 6.5 documentos do Determinar
aquisições Desenvolver o projeto o orçamento
cronograma
• Crono-
• Ativos de processos grama
do projeto 12.1
organizacionais Planejar as
• Fatores ambientais
aquisições
da empresa
6.6
Controlar o
Empresa/ cronograma 8.1
Organização Planejar a
qualidade
• Linha de base
do cronograma

Figura 6-13. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver o cronograma

6.5.1 Desenvolver o cronograma: entradas


.1 lista das atividades
Descrito na Seção 6.1.3.1.

.2 Atributos das atividades


Descrito na Seção 6.1.3.2.

.3 Diagramas de rede do cronograma do projeto


Descrito na Seção 6.2.3.1.

.4 Requisitos de recursos das atividades


Descrito na Seção 6.3.3.1.

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6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.5 Calendários dos recursos


Descrito na Seção 6.3.1.3.

.6 Estimativas de duração das atividades


Descrito na Seção 6.4.3.1.

.7 Declaração do escopo do projeto


A declaração do escopo do projeto (Seção 5.2.3.1) contém premissas e restrições que podem
gerar um impacto no desenvolvimento do cronograma do projeto.

.8 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo Desenvolver o cronograma
incluem, mas não estão limitados à ferramenta de elaboração do cronograma que pode ser usada no
desenvolvimento do mesmo.

.9 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Desenvolver o cronograma
incluem, mas não estão limitados a:
• A metodologia de elaboração do cronograma e
• Calendário do projeto.

6.5.2 Desenvolver o cronograma: ferramentas e técnicas


.1 Análise de rede do cronograma
A análise de rede do cronograma é uma técnica que gera o cronograma do projeto. Usa várias
técnicas analíticas, tais como o método do caminho crítico, o método da corrente crítica, análise
e-se e o nivelamento de recursos para calcular as datas de início e término mais cedo e mais tarde
para as partes incompletas das atividades do projeto. Alguns caminhos da rede podem ter pontos
de convergência ou divergência que podem ser identificados e usados na análise de compressão de
cronograma ou outras análises.

.2 Método do caminho crítico


O método do caminho crítico calcula as datas teóricas de início e término mais cedo e início e término
mais tarde, para todas as atividades, sem se considerar quaisquer limitações de recursos, executando
uma análise dos caminhos de ida e de volta através da rede do cronograma. As datas resultantes de início
e término mais cedo e início e término mais tarde não são necessariamente o cronograma do projeto,
mas sim uma indicação dos períodos de tempo dentro dos quais a atividade poderia ser agendada,
dadas as durações do projeto, relações lógicas, antecipações, esperas e outras restrições conhecidas.

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CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

As datas calculadas de início e de término mais cedo e início e término mais tarde, podem ser
afetadas pela folga total da atividade, que fornece flexibilidade ao cronograma e pode ser positiva,
negativa ou zero. Em qualquer caminho da rede, a flexibilidade do cronograma pode ser medida pela
diferença positiva entre as datas mais tarde e mais cedo, e é chamada de “folga total”. Os caminhos
críticos têm uma folga total igual a zero ou negativa e as atividades do cronograma que estão no caminho
crítico são chamadas “atividades críticas”. Um caminho crítico é normalmente caracterizado por uma
folga total igual a zero no caminho crítico. Redes podem ter múltiplos caminhos quase críticos. Ajustes
às durações da atividade, relações lógicas, antecipações e esperas e outras restrições do cronograma
podem ser necessários para produzir caminhos com folga total zero ou negativa. Uma vez que a folga
total para um caminho da rede tenha sido calculada, a folga livre, isto é, a quantidade de tempo que uma
atividade pode ser atrasada sem atrasar a data de início mais cedo de qualquer atividade imediatamente
sucessora dentro do caminho crítico, pode também ser determinada.

.3 Método da corrente crítica


A corrente crítica é uma técnica de análise de rede do cronograma que modifica o cronograma
do projeto para que se leve em conta a limitação de recursos. Inicialmente, o diagrama de rede
do cronograma do projeto é construído usando-se como entradas as estimativas de durações com
suas dependências necessárias e suas restrições definidas. O caminho crítico é então calculado.
Depois do mesmo ter sido identificado, a disponibilidade do recurso é informada e o resultado do
cronograma restrito por recursos é determinado. O cronograma resultante frequentemente tem um
caminho crítico diferente.

O caminho crítico restrito por recursos é conhecido como a corrente crítica. O método da corrente
crítica adiciona buffers de duração que são atividades sem trabalho do cronograma para gerenciar
as incertezas. Um buffer, colocado no final da corrente crítica, é conhecido como o buffer do projeto
e protege a data alvo de término contra o seu desvio ao longo da corrente crítica. Buffers adicionais,
conhecidos como buffers de alimentação, são colocados em cada ponto que uma cadeia de tarefas
dependentes que não está na corrente crítica, alimenta ou converge para a corrente crítica. Portanto,
os buffers de alimentação protegem a corrente crítica contra o seu desvio ao longo das cadeias de
alimentação. O tamanho de cada buffer deve levar em conta a variabilidade na duração da cadeia de
tarefas dependentes que leva a esse buffer. Uma vez que as atividades buffer do cronograma estão
determinadas, as atividades planejadas são agendadas para as suas datas planejadas de início e de
término mais tarde possíveis. Consequentemente, ao invés de gerenciar a folga total dos caminhos da
rede, o método da corrente crítica foca no gerenciamento das durações restantes dos buffers contra
as durações restantes das cadeias de tarefas.

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6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.4 nivelamento de recursos
O nivelamento de recursos é uma técnica de análise de rede do cronograma aplicada a um cronograma
que já foi analisado pelo método do caminho crítico. Pode ser usado quando recursos divididos ou críticos
só estão disponíveis em determinados momentos, em quantidades limitadas ou para manter o uso de
recursos num nível constante. É necessário quando os recursos foram distribuídos demais, tal como
quando um recurso foi designado para duas ou mais atividades durante o mesmo período de tempo;
quando recursos divididos ou críticos só estão disponíveis em certos momentos ou em quantidades
limitadas. Frequentemente pode causar a mudança do caminho crítico original.

.5 Análise de cenário “E- se”


Esta é uma análise da pergunta “E se a situação representada pelo cenário ‘X’ acontecer?”. Uma
análise de rede do cronograma é feita usando o cronograma para computar os diferentes cenários, tal
como atrasar a entrega de um componente principal, prolongar as durações específicas de engenharia
ou introduzir fatores externos, tal como uma greve ou uma mudança no processo de licenciamento.
O resultado da análise de cenário “E-se” pode ser usado para avaliar se o cronograma do projeto é
praticável sob condições adversas e para preparar planos de contingência e de resposta para superar
ou mitigar o impacto de situações inesperadas. A simulação envolve o cálculo de múltiplas durações
de projeto com diferentes conjuntos de hipóteses das atividades. A técnica mais comum é a Análise
de Monte Carlo (Seção 11.4.2.2), na qual uma distribuição das possíveis durações de atividades é
definida para cada atividade e usada para calcular uma distribuição de possíveis resultados para o
projeto como um todo.

.6 Aplicação de antecipações e esperas


Antecipações e esperas (Seção 6.2.3) são refinamentos aplicados durante a análise da rede para
produzir um cronograma viável.

.7 Compressão de cronograma
A compressão de cronograma encurta o cronograma do projeto sem mudar o escopo do mesmo,
para respeitar as restrições do cronograma, datas impostas ou outros objetivos do cronograma. As
técnicas de compressão de cronograma incluem:
• Compressão. Uma técnica de compressão na qual as compensações entre custo e cronograma
são analisadas para determinar como obter a maior quantidade de compressão com o mínimo
incremento de custo. Exemplos de compressão poderiam incluir a aprovação de horas extras,
recursos adicionais ou o pagamento para a aceleração da entrega das atividades no caminho
crítico. A compressão funciona somente para as atividades onde recursos adicionais encurtarão
a sua duração. A compressão nem sempre produz uma alternativa viável e pode resultar num
maior risco e/ou custo.

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156
CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

• Paralelismo. Uma técnica de compressão de cronograma na qual fases ou atividades normalmente


executadas em sequência são executadas em paralelo. Um exemplo é a construção da fundação
de um prédio antes que todos os desenhos arquitetônicos tenham sido terminados. O paralelismo
pode resultar na repetição de trabalho e aumento de risco. O paralelismo funciona somente se as
atividades podem ser sobrepostas para encurtar a duração.
.8 Ferramenta para desenvolvimento do cronograma
Ferramentas automatizadas para o desenvolvimento do cronograma aceleram o processo do
mesmo gerando datas de início cedo e tarde baseadas nas entradas das atividades, diagramas de
rede, recursos e durações das atividades. Uma ferramenta de desenvolvimento do cronograma pode
ser usada em conjunto com outros aplicativos de software de gerenciamento de projetos assim como
com métodos manuais.

6.5.3 Desenvolver o cronograma: saídas


.1 Cronograma do projeto
O cronograma do projeto inclui pelo menos uma data de início e de término planejadas para cada
atividade. Se o planejamento de recursos é feito numa fase inicial, então o cronograma do projeto
permaneceria preliminar até as designações dos recursos serem confirmadas e as datas de início e
término agendadas serem estabelecidas. Esse processo normalmente acontece antes do término do
plano de gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1). O cronograma alvo de um projeto também pode ser
realizado com as datas de início e de término alvo definidas para cada atividade. Pode ser apresentado
num formato resumido, algumas vezes chamado de cronograma mestre ou cronograma de marcos, ou
apresentado detalhadamente. Embora um cronograma possa ser apresentado em formato tabular, é com
mais frequência apresentado graficamente, usando-se um ou mais dos seguinte formatos:
• gráficos de marcos. Esses gráficos assemelham-se aos gráficos de barras, porém identificam
somente o início ou término agendado para as entregas mais importantes e interfaces externas
chaves. Um exemplo está representado no cronograma de marcos da Figura 6-14.
• gráfico de barras. Esses gráficos, onde as barras representam as atividades, mostra as datas de
início e término da atividade, assim como as durações esperadas. Esses são relativamente de fácil
leitura e são frequentemente usados em apresentações gerenciais. Para controle e comunicação
gerencial, a atividade mais ampla e mais abrangente, algumas vezes chamada de atividade
sumarizadora, é usada entre marcos ou através de múltiplos pacotes de trabalho interdependentes,
sendo mostrada em relatórios de gráfico de barras. Um exemplo está representado no cronograma
resumo da Figura 6-14 que é apresentado num formato estruturado EAP.
• Diagramas de rede do cronograma do projeto. Esses diagramas, com informações sobre as
datas das atividades, normalmente mostra tanto a lógica da rede do projeto como suas atividades
do seu caminho crítico. Podem ser apresentados no formato de diagrama de atividade no nó,
como mostrado na Figura 6-7, ou no formato de diagrama de rede do cronograma com escala
de tempo que às vezes é chamado de gráfico de barras lógico, como mostrado no cronograma
detalhado na Figura 6-14. Esse exemplo mostra como cada pacote de trabalho é planejado
como uma série de atividades relacionadas.

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6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

Cronograma de marcos
Unidades Projetar a estrutura de tempo do cronograma
Identificador de
Descrição da atividade
da atividade calendário Período 1 Período 2 Período 3 Período 4 Período 5

1.1.MB Fornecer entrega do novo produto Z - Iniciado 0

1.1.1.M1 Componente 1 - Completo 0

1.1.2.M1 Componente 2 - Completo 0

1.1.MF Fornecer entrega do novo produto Z - Terminado 0

Data dos dados


Cronograma resumo

Unidades Projetar a estrutura de tempo do cronograma


Identificador de
Descrição da atividade
da atividade calendário Período 1 Período 2 Período 3 Período 4 Período 5

1.1 Fornecer entrega do novo produto Z 120

1.1.1 Pacote de trabalho 1 – Desenvolver componente 1 67

1.1.2 Pacote de trabalho 2 – Desenvolver componente 2 53


53
1.1.3 Pacote de trabalho 3 – Integrar componentes

Data dos dados


Cronograma detalhado com relações lógicas

Unidades Projetar a estrutura de tempo do cronograma


Identificador de
Descrição da atividade
da atividade calendário Período 1 Período 2 Período 3 Período 4 Período 5

1.1.MB Fornecer entrega do novo produto Z - Iniciado 0


II
1.1.1 Pacote de trabalho 1 – Desenvolver componente 1 67

1.1.1.D Projetar componente 1 20


TI
1.1.1.B Construir componente 1 33

1.1.1.T Testar componente 1 14

1.1.1.M1 Componente 1 - Completo 0

1.1.2 Pacote de trabalho 2 – Desenvolver componente 2 53

1.1.2.D Projetar componente 2 14

1.1.2.B Construir componente 2 28

1.1.2.T Testar componente 2 11

1.1.2.M1 Componente 2 - Completo 0

1.1.3 Pacote de trabalho 3 – Integrar componentes 53

1.1.3.G Integrar componentes 1 e 2 14

1.1.3.T Testar produto integrado Z 32

1.1.3.P Entregar produto Z 7

1.1.MF Fornecer entrega do novo produto Z - Terminado 0

Data dos dados

Figura 6-14. Cronograma do projeto—Exemplos de gráficos

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CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

A Figura 6-14 mostra o cronograma para um projeto exemplo sendo executado, com o trabalho em
progresso relatado pela data dos dados, que às vezes é também chamado de até a data presente ou
data de andamento. Para um cronograma simples de projeto, a Figura 6-14 mostra graficamente um
cronograma de marcos, um cronograma resumo e um cronograma detalhado. A Figura 6-14 também
mostra visualmente as relações entre os três diferentes níveis de apresentação do cronograma.

.2 linha de base do cronograma


Uma linha de base do cronograma é uma versão específica do cronograma do projeto desenvolvido
a partir da análise de rede do mesmo. É aceita e aprovada pela equipe de gerenciamento como a linha
de base do cronograma com datas de início da linha de base e datas de término da linha de base. A
linha de base do cronograma é um componente do plano de gerenciamento do projeto.

.3 Dados do cronograma
Os dados de apoio do cronograma para compor o cronograma do projeto incluem pelo menos os
marcos, as atividades, os atributos das atividades e a documentação de todas as premissas e restrições
identificadas. A quantidade de dados adicionais varia de acordo com a área de aplicação. As informações
frequentemente fornecidas como detalhes de suporte incluem, mas não se limitam a:
• Requisitos de recursos por período de tempo, frequentemente na forma de um histograma
de recursos;
• Cronogramas alternativos, tais como melhor ou pior caso, não nivelado por recurso ou nivelado
por recurso, com ou sem datas impostas e
• Alocação das reservas para contingências.
Os dados do cronograma incluem itens como histogramas de recursos, projeções de fluxo de caixa
e cronogramas de pedidos e entregas.

.4 Atualizações dos documentos do projeto


Documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não se limitam a:
• Requisitos de recursos das atividades. O nivelamento dos recursos pode ter um efeito
significativo nas estimativas preliminares dos tipos e quantidades de recursos necessários.
Se a análise do nivelamento de recursos muda os requisitos de recursos do projeto, então os
mesmos são atualizados.

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6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

• Atributos das atividades. Os atributos das atividades (Seção 6.1.3.2) são atualizados para
incluir quaisquer requisitos de recursos revisados ou quaisquer outras revisões geradas pelo
processo Desenvolver o cronograma.
• Calendário. O calendário para cada projeto pode usar diferentes unidades como base para
desenvolver o cronograma do projeto.
• Registro dos riscos. O registro dos riscos pode precisar ser atualizado para refletir oportunidades
ou ameaças percebidas através das premissas de agendamento.

6.6 Controlar o cronograma


Controlar o cronograma é o processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu
progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma. Veja a Figura 6-15 e a Figura
6-16. O controle do cronograma está relacionado a:
• Determinação da situação atual do cronograma do projeto;
• Influência nos fatores que criam mudanças no cronograma;
• Determinação de que o cronograma do projeto mudou e
• Gerenciamento das mudanças reais conforme ocorrem.
O controle do cronograma é um componente do processo Realizar o controle integrado de mudanças (Seção 4.5).

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições de desempenho
do projeto .1 Análise de desempenho do trabalho
.2 Cronograma do projeto .2 Análise de variação .2 Atualizações dos ativos de
.3 Informações sobre o .3 Software de gerenciamento processos organizacionais
desempenho do trabalho de projetos .3 Solicitações de mudança
.5 Ativos de processos .4 Nivelamento de recursos .4 Atualizações do plano de
organizacionais .5 Análise de cenário E-se gerenciamento do projeto
.6 Ajuste de antecipações .5 Atualizações dos
e esperas documentos do projeto
.7 Compressão de
cronograma
.8 Ferramenta de elaboração
de cronograma

Figura 6-15. Resumo do controle do cronograma: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

Gerenciamento do tempo do projeto


4.3
Orientar e
gerenciar a 6.5
execução do projeto Desenvolver
o cronograma Documentos
• Informações sobre
o desempenho do do projeto
trabalho • Cronograma do projeto
• Linha de base do cronograma
4.2 • Atualizações dos
Desenvolver o plano documentos do
de gerenciamento projeto
do projeto 6.6 10.5
Controlar o Reportar o
• Medições de desempenho
cronograma do trabalho desempenho
• Plano de
gerenciamento
do projeto • Solicitações
de mudança
4.5
• Atualizações do plano de Realizar o controle
gerenciamento do projeto integrado de
mudanças
• Ativos de processos
organizacionais
Empresa/
Organização
• Atualizações dos ativos de
processos organizacionais

Figura 6-16. Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o cronograma

6.6.1 Controlar o cronograma: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém o plano de gerenciamento
do cronograma e a linha de base do mesmo. O plano de gerenciamento do cronograma descreve como
este será gerenciado e controlado. A linha de base do cronograma é comparada aos resultados reais
para determinar se uma mudança, ação corretiva ou preventiva é necessária.

.2 Cronograma do projeto
A versão mais recente do cronograma do projeto com a anotações indicando atualizações, atividades
terminadas e atividades iniciadas até a data dos dados indicada.

.3 Informações sobre o desempenho do trabalho


Informações a respeito do progresso do projeto, tais como quais atividades foram iniciadas, os seus
progressos e quais foram concluídas.

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6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.4 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Controlar o cronograma
incluem, mas não se limitam a:
• Políticas, procedimentos e diretrizes existentes, formais ou informais, relacionadas ao controle
do cronograma;
• Ferramentas de controle do cronograma e
• Métodos de monitoramento e relato das informações a serem utilizados.

6.6.2 Controlar o cronograma: ferramentas e técnicas


.1 Análise de desempenho
As análises de desempenho medem, comparam e analisam o desempenho do cronograma como
as datas reais de início e término, porcentagem completa e duração restante para o trabalho em
andamento. Se o gerenciamento do valor agregado (GVA) for utilizado, a variação de prazos (VPR)
(Seção 7.3.2.1) e o índice de desempenho de prazos (IDP) (Seção 7.3.2.3) são usados para avaliar a
magnitude de variações do cronograma. Uma parte importante do controle de cronograma é decidir se
a variação do mesmo requer ação corretiva. Por exemplo, um grande atraso em qualquer atividade que
não esteja no caminho crítico pode ter um pequeno efeito no cronograma geral do projeto, enquanto
um atraso muito menor numa atividade crítica ou quase crítica pode requerer uma ação imediata.

Se o projeto usar o método da corrente crítica (6.5.2.3) para desenvolver o cronograma, comparar
o tamanho do buffer restante com o tamanho do buffer necessário para proteger a data de entrega
pode ajudar na determinação da condição do cronograma. A diferenças entre o buffer necessário e o
restante pode determinar se uma ação corretiva é apropriada.

.2 Análise de variação
Medições de desempenho do cronograma (VPR, IDP) são usadas para avaliar a magnitude de
variação à linha de base do cronograma. A variação da folga total também é um componente essencial
de planejamento para avaliar o desempenho de tempo do projeto. Aspectos importantes do controle
do cronograma do projeto incluem a determinação da causa e grau de divergência relativos à linha de
base do cronograma (Seção 6.5.3.2) e a decisão se ação corretiva ou preventiva é necessária.

.3 Software de gerenciamento de projetos


Um software de gerenciamento de projetos para agendamento fornece a habilidade de se rastrear
datas planejadas versus datas reais e prever os efeitos de mudanças no cronograma.

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CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO 6

.4 nivelamento de recursos
O nivelamento de recursos, como descrito na Seção 6.5.2.4, é usado para otimizar a distribuição
de trabalho entre os recursos.

.5 Análise de cenário “E-se”


A análise de cenário “E-se”é usada para revisar vários cenários alinhando o cronograma com o
plano. Descrito na Seção 6.5.2.5.

.6 Ajuste de antecipações e esperas


O ajuste de antecipações e esperas é usado para encontrar maneiras de se alinhar atividades do
projeto atrasadas com o plano.

.7 Compressão de cronograma
As técnicas de compressão de cronograma são usadas para encontrar maneiras de se alinhar
atividades do projeto atrasadas com o plano. Descrito na Seção 6.5.2.7.

.8 Ferramenta para desenvolvimento do cronograma


Os dados do cronograma são atualizados e compilados no cronograma para refletir o progresso
real do projeto e o trabalho restante a ser terminado. A ferramenta de elaboração de cronograma e os
dados de suporte do cronograma são usados em conjunto com métodos manuais ou outro software de
gerenciamento de projeto para realizar a análise de rede do cronograma, atualizando o mesmo.

6.6.3 Controlar o cronograma: saídas


.1 Medições de desempenho do trabalho
Os valores da VPR e do IDP calculados para os componentes da EAP, em particular os pacotes de
trabalho e contas de controle, são documentados e comunicados às partes interessadas.

.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, mas não se limitam a:
• Causas das diferenças;
• Ação corretiva escolhida e as razões e
• Outros tipos de lições aprendidas a partir do controle do cronograma do projeto.

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6 CAPíTUlO 6 − gEREnCIAMEnTO DO TEMPO DO PROjETO

.3 Solicitações de mudança
A análise de variação do cronograma, conjuntamente às revisões dos relatórios de análise de
progresso, resultados de medições de desempenho e modificações no cronograma do projeto podem
resultar em solicitações de mudança na linha de base do cronograma e/ou de outros componentes
do plano de gerenciamento. As solicitações são processadas para revisão e distribuição através
do processo Realizar o controle integrado de mudanças (4.5). As ações preventivas podem incluir
mudanças recomendadas para reduzir a probabilidade de variações negativas do cronograma.

.4 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não
estão limitados a:
• linha de base do cronograma. Mudanças na linha de base do cronograma são incorporadas
em resposta às solicitações de mudança aprovadas (Seção 4.4.3.1) relacionadas com mudanças
de escopo do projeto, recursos das atividades ou estimativas de durações das atividades.
• Plano de gerenciamento do cronograma.
• linha de base dos custos. A linha de base dos custos pode ser atualizada para refletir mudanças
causadas pelas técnicas de compressão.
.5 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não se limitam a:
• Dados do cronograma. Novos diagramas de rede do cronograma do projeto podem ser
desenvolvidos para mostrar durações restantes aprovadas e modificações no plano de trabalho.
Em alguns casos, atrasos no cronograma do projeto podem ser tão severos que o desenvolvimento
de um novo cronograma alvo com datas de início e de término previstas é necessário para fornecer
dados realistas para conduzir o trabalho e para medir o desempenho e progresso.
• Cronograma do projeto. Um cronograma do projeto atualizado será gerado a partir dos dados
do cronograma atualizado para refletir as mudanças no cronograma e gerenciar o projeto.

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164
7

CAPÍTULO 7
GERENCIAMENTO DOS CUSTOS DO PROJETO
O gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em estimativas, orçamentos e
controle dos custos, de modo que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado. A figura 7-1
fornece um resumo dos processos de gerenciamento dos custos do projeto, que inclui o seguinte:

7.1 Estimar os custos—O processo de desenvolvimento de uma estimativa de custos dos recursos
monetários necessários para terminar as atividades do projeto.
7.2 Determinar o orçamento—O processo de agregação dos custos estimados de atividades
individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base autorizada dos custos.
7.3 Controlar os custos—O processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização
do seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base dos custos.
Esses processos interagem entre si, bem como com os de outras áreas de conhecimento. Podem envolver
esforços de um grupo ou de uma pessoa, com base nas necessidades do projeto. Cada processo ocorre
pelo menos uma vez em todo projeto e em um ou mais fases do mesmo, se for divididos em fases. Embora
os processos sejam apresentados como elementos distintos com interfaces bem definidas, na prática eles
podem se sobrepor e interagir de formas não detalhadas aqui. As interações dos processos são analisadas em
detalhes no Capítulo 3.

Em alguns projetos, especialmente aqueles com menor escopo, a estimativa e orçamento de custos são
interligados tão firmemente que são vistos como um processo único que pode ser realizado por uma pessoa
num período de tempo relativamente curto. Esses processos são aqui representados como distintos pois as
ferramentas e técnicas para cada um são diferentes. A habilidade de influenciar o custo é maior nos estágios
iniciais do projeto, tornando crítica a definição inicial do escopo (Seção 5.2).

O trabalho envolvido na execução dos três processos do gerenciamento dos custos do projeto é precedido
por um esforço de planejamento da equipe de gerenciamento. Esse esforço é parte do processo Desenvolver
o plano de gerenciamento do projeto (Seção 4.2), que produz um plano de gerenciamento dos custos que
delimita o formato e estabelece o critério para o planejamento, estruturação, estimativa, orçamento e controle
dos custos do projeto. Os processos de gerenciamento dos custos e suas ferramentas e técnicas associadas
são normalmente selecionadas durante a definição do ciclo de vida do projeto (Seção 2.1) e são documentadas
no plano de gerenciamento dos custos. Por exemplo, o plano de gerenciamento dos custos pode estabelecer
o seguinte:

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165
7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

• nível de exatidão. As estimativas de custo das atividades aderirão a um arredondamento dos


dados numa precisão prescrita (por exemplo $100, $1.000), baseada no escopo das atividades e
magnitude do projeto e podem incluir uma quantia para contingências.
• Unidades de medida. Cada unidade usada em medições (como horas e dias de pessoal, semanas
ou preço global) é definida para cada um dos recursos.
• Associações com procedimentos organizacionais. A estrutura analítica do projeto (EAP) (Seção
5.3.3.1) fornece a estrutura para o plano de gerenciamento dos custos, gerando consistência com
as estimativas, orçamentos e controle de custos. O componente da EAP usado para a contabilidade
de custos do projeto é chamado de conta de controle (CC). Cada conta de controle recebe um
código único ou número(s) de conta que se conecta(m) diretamente ao sistema de contabilidade da
organização executora.
• limites de controle. Limites de variação para monitoramento do desempenho de custo podem
ser especificados para indicar uma quantidade de variação combinada a ser permitida antes que
alguma ação seja necessária. Tipicamente os limites são expressos como porcentagem de desvio
da linha de base do plano.
• Regras para medição do desempenho. As regras para medição do desempenho do gerenciamento
do valor agregado (GVA, EVM em Inglês) são estabelecidas. Por exemplo, o plano de gerenciamento
dos custos poderia:
○ Definir a EAP e os pontos onde medições das contras de controle serão feitos;
○ Estabelecer as técnicas de medição do valor agregado (por exemplo, marcos ponderados,
fórmula fixa, porcentagem completa, etc.) a serem empregadas e
○ Especificar as equações de cálculo do gerenciamento do valor agregado para determinar as
previsões projetadas da estimativa no término (ENT) e outras metodologias de rastreamento.
Para informações mais especificas a respeito do gerenciamento do valor agregado, consulte The
Practice Standard for Earned Value Management [3].
• Formatos de relatórios. Os formatos e frequências para vários relatórios de custos são definidos.
• Descrições dos processos. Descrições de cada um dos três processos de gerenciamento dos custos
são documentadas.
Todas essas informações são incluídas no plano de gerenciamento dos custos, um componente do
plano de gerenciamento do projeto, ou como texto no corpo do plano ou como apêndices. Esse plano de
gerenciamento dos custos pode ser formal ou informal, altamente detalhado ou conciso, dependendo das
necessidades do projeto.

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166
CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

Visão geral do gerenciamento


dos custos do projeto

7.2 Determinar
7.1 Estimar os custos 7.3 Controlar os custos
o orçamento
.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas
.1 Linha de base do escopo .1 Estimativas de custos .1 Plano de gerenciamento
.2 Cronograma do projeto das atividades do projeto
.3 Plano de recursos humanos .2 Bases de estimativas .2 Requisitos de recursos
.4 Registro dos riscos .3 Linha de base do escopo financeiros do projeto
.5 Fatores ambientais da empresa .4 Cronograma do projeto .3 Informações sobre o
.6 Ativos de processos .5 Calendários dos recursos desempenho do trabalho
organizacionais .6 Contratos .4 Ativos de processos
.7 Ativos de processos organizacionais
2. Ferramentas e Técnicas organizacionais
.1 Opinião especializada .2 Ferramentas e Técnicas
.2 Estimativa análoga .2 Ferramentas e Técnicas .1 Gerenciamento do valor
.3 Estimativa paramétrica .1 Agregação de custos agregado
.4 Estimativa “bottom-up” .2 Análise de reservas .2 Previsão
.5 Estimativas de três pontos .3 Opinião especializada .3 Índice de desempenho para
.6 Análise de reservas .4 Relações históricas término (IDPT)
.7 Custo da qualidade .5 Reconciliação dos limites .4 Análise de desempenho
.8 Software de estimativa de de recursos financeiros .5 Análise de variação
gerenciamento de projetos .6 Software de gerenciamento
.9 Análise de proposta de .3 Saídas de projetos
fornecedor .1 Linha de base do desempenho
dos custos .3 Saídas
.3 Saídas .2 Requisitos de recursos .1 Medições de desempenho
.1 Estimativas de custos financeiros do projeto do trabalho
das atividades .3 Atualizações dos documentos .2 Previsões do orçamento
.2 Bases das estimativas do projeto .3 Atualizações dos ativos de
.3 Atualizações dos documentos processos organizacionais
do projeto .4 Solicitações de mudança
.5 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto
.6 Atualizações dos documentos
do projeto

Figura 7-1. visão geral do gerenciamento dos custos do projeto

O gerenciamento dos custos do projeto deve considerar os requisitos das partes interessadas para captura
de custos. As diferentes partes interessadas medirão os custos do projeto de maneiras diferentes em tempos
diferentes. Por exemplo, o custo de um item adquirido pode ser medido quando a decisão de aquisição é
tomada ou comprometida, o pedido é feito, o item é entregue, ou o custo real é incorrido ou registrado para os
propósitos de contabilidade do projeto.

O gerenciamento dos custos do projeto preocupa-se principalmente com o custo dos recursos necessários
para completar as atividades do projeto. Esse deve considerar também o efeito das decisões de projeto no
custo recorrente subsequente do uso, manutenção e suporte do produto, serviço ou resultado do projeto. Por
exemplo, limitar o número de revisões do design pode reduzir o custo do projeto mas poderia assim aumentar
os custos operacionais do cliente.

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167
7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

Em muitas organizações, o prognóstico e a análise do desempenho financeiro em perspectiva do


produto do projeto é feito fora do mesmo. Em outras, como o projeto de instalações fundamentais, o
gerenciamento dos custos do projeto pode incluir esse trabalho. Quando esses prognósticos e análises
são incluídos, o gerenciamento dos custos do projeto pode recorrer a processos adicionais e a inúmeras
técnicas gerais de gerenciamento como retorno do investimento, fluxo de caixa descontado e análise da
recuperação do investimento.

O esforço de planejamento do gerenciamento dos custos ocorre nas fases iniciais do planejamento do
projeto e fornece a estrutura para cada processo do gerenciamento dos custos para que o desempenho dos
mesmos seja eficiente e coordenado.

7.1 Estimar os custos


Estimar os custos é o processo de desenvolvimento de uma estimativa dos recursos monetários necessários
para executar as atividades do projeto. Veja as Figuras 7-2 e 7-3. As estimativas de custo são um prognóstico
baseado na informação conhecida num determinado momento. Incluem a identificação e a consideração
das alternativas de custo para iniciar e terminar o projeto. Compensações de custos e riscos devem ser
consideradas, como fazer versus comprar, comprar versus alugar e o compartilhamento de recursos para
alcançar custos otimizados para o projeto.

Estimativas de custos são geralmente expressas em unidades de alguma moeda (por exemplo, dólar, euro,
iene, etc.), embora em alguns casos outras unidades de medida, como horas ou dias de pessoal, sejam usadas
para facilitar as comparações através da eliminação dos efeitos das flutuações das moedas.

As estimativas de custos devem ser refinadas durante o curso do projeto para refletir detalhes adicionais
que se tornarem disponíveis. A precisão da estimativa de um projeto aumentará conforme o mesmo progride
no seu ciclo de vida. Portanto, a estimativa de custos é um processo iterativo de fase para fase. Por exemplo,
um projeto na fase inicial poderia ter uma ordem de grandeza (ROM sigla do inglês) estimada na faixa de
±50%. Mais tarde, conforme mais informações são conhecidas, as estimativas podem estreitar para uma faixa
de ±10%. Em algumas organizações, existem diretrizes para quando tais refinamentos podem ser feitos e o
grau de exatidão esperado.

Fontes de entradas de informações são derivadas das saídas dos processos do projeto em outras áreas de
conhecimento. Após serem recebidas, todas essas informações ficarão disponíveis como entradas para os três
processos de gerenciamento dos custos.

Os custos são estimados para todos os recursos que serão cobrados do projeto. Isso inclui, mas não se limita
a mão de obra, materiais, equipamentos, serviços e instalações, assim como categorias especiais como provisão
para inflação ou custos de contingências. Uma estimativa de custo é uma avaliação quantitativa dos custos
prováveis dos recursos necessários para completar a atividade.

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CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Linha de base do escopo .1 Estimativas de custos
.2 Cronograma do projeto .1 Opinião especializada das atividades
.3 Plano de recursos .2 Estimativa análoga .2 Bases das estimativas
humanos .3 Estimativa paramétrica .3 Atualizações dos
.4 Registro dos riscos .4 Estimativa “bottom-up” documentos do projeto
.5 Fatores ambientais .5 Estimativas de três pontos
da empresa .6 Análise de reservas
.6 Ativos de processos .7 Custo da qualidade
organizacionais .8 Software de estimativa de
gerenciamento de projetos
.9 Análise de proposta de
fornecedor

Figura 7-2. Estimar os custos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

5.3
Gerenciamento dos
Criar a EAP • Linha de custos do projeto Documentos
base do escopo • Atualizações do projeto
dos documentos
7.1 do projeto
6.5
Estimar
Desenvolver
• Cronograma do projeto os custos
o cronograma • Estimativas
de custos 12.1
das atividades
9.1 Planejar
Desenvolver o plano • Bases das as aquisições
• Plano de recursos
de recursos humanos humanos estimativas

11.2 11.2
Identificar 7.2 Identificar
• Registro dos riscos Determinar
os riscos os riscos
o orçamento

• Ativos de processos
Empresa/ organizacionais
• Fatores ambientais da empresa
Organização

Figura 7-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Estimar os custos

7.1.1 Estimar os custos: entradas


.1 linha de base do escopo
• Declaração do escopo do projeto. A declaração do escopo (Seção 5.2.3.1) fornece a
descrição do produto, o critério de aceitação, as entregas chave, os limites, as premissas e
restrições do projeto. Uma premissa básica que precisa ser definida durante a estimativa de
custos do projeto é se as estimativas serão limitadas somente aos custos diretos do projeto ou
se incluirão também os custos indiretos. Os custos indiretos são aqueles que não podem ser
diretamente rastreados até um projeto específico e portanto serão acumulados e igualmente
distribuídos entre múltiplos projetos através de algum procedimento aprovado e documentado
de contabilidade. Uma das restrições mais comuns para muitos projetos é um orçamento
limitado. Exemplos de outras restrições são datas de entregas exigidas, recursos habilitados
disponíveis e políticas organizacionais.

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7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

• Estrutura analítica do projeto. A estrutura analítica do projeto EAP (Seção 5.3.3.1) fornece as
relações entre todos os componentes do projeto e suas entregas (Seção 4.3.3.1).
• Dicionário da EAP. O dicionário da EAP (Seção 5.3.3.2) e declarações de trabalho detalhadas
relacionadas fornecem uma identificação das entregas e uma descrição do trabalho em cada
componente da EAP necessário para produzir cada entrega.
Informações adicionais que podem ser encontradas na linha de base do escopo que incluem
requisitos com implicações contratuais e legais são saúde, segurança, proteção, desempenho,
ambiente, seguro, direitos de propriedades intelectuais, licenças e autorizações. Todas essas
informações devem ser consideradas durante o desenvolvimento das estimativas de custos.

.2 Cronograma do projeto
O tipo e a quantidade dos recursos e a quantidade de tempo que esses recursos são aplicados
para completar o trabalho do projeto são fatores primordiais na determinação do custo do projeto.
Os recursos das atividades do cronograma e suas respectivas durações são usados como entradas
chave para este processo. Estimar os recursos das atividades (Seção 6.3) envolve a determinação
da disponibilidade e quantidades necessárias de pessoal e material para executar as atividades do
projeto. É coordenado intimamente com a estimativa de custos. As estimativas de durações das
atividades (Seção 6.4.3.1) afetarão as estimativas de custos em qualquer projeto onde o orçamento
inclua um subsídio para o custo de financiamento (inclusive cobranças de juros) e onde os recursos
são aplicados por unidade de tempo para a duração da atividade. As estimativas de durações das
atividades podem afetar também as estimativas de custos que possuem custos sensíveis ao tempo
incluídos nas mesmas, como acordos ou dissídios coletivos da mão de obra ou materiais com
variações de custos sazonais.

.3 Plano de recursos humanos


Atributos de recrutamento do projeto, índices de pessoal e reconhecimentos/prêmios relacionados
(Seção 9.1.3.1) são componentes necessários para o desenvolvimento das estimativas de custos do
projeto.

.4 Registro dos riscos


O registro dos riscos (Seção 11.2.3.1) deve ser revisto para considerar os custos de mitigação
de riscos. Riscos, que podem ser ameaças ou oportunidades, tipicamente tem um impacto tanto
na atividade como nos custos do projeto como um todo. Como uma regra geral, quando um projeto
experimenta um evento de risco negativo, o custo de curto prazo do projeto normalmente aumentará
e às vezes haverá um atraso no cronograma do projeto.

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CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

.5 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que influenciam o processo de estimativa de custos incluem,
mas não se limitam a:
• Condições do mercado. As condições do mercado descrevem que produtos, serviços e
resultados estão disponíveis no mercado, de quem e sob que condições e termos. As condições de
oferta e demanda regionais e/ou globais influenciam grandemente os custos dos requisitos.
• Informações comerciais publicadas. As informações de taxas de custos de recursos são
frequentemente disponíveis em bancos de dados comerciais que acompanham os custos de
recursos humanos e fornecem custos padrão para material e equipamento. Listas publicadas
de preços de vendedores são outra fonte de informações.
.6 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que influenciam o processo Estimar os custos incluem,
mas não se limitam, a:
• Políticas de estimativa de custos;
• Modelos de estimativa de custos;
• Informações históricas e
• Lições aprendidas.

7.1.2 Estimar os custos: ferramentas e técnicas


.1 Opinião especializada
As estimativas de custos são influenciadas por muitas variáveis como taxas de mão-de-obra,
custo de materiais, inflação, fatores de risco e outras. A opinião especializada, guiada por informações
históricas, fornece um discernimento valioso sobre o ambiente e informações de projetos passados
similares. Pode também ser usada para determinar se métodos de estimativas devem ser combinados
e como reconciliar as diferenças entre eles.

.2 Estimativa análoga
Estimativa análoga de custos usa os valores de parâmetros, como escopo, custo, orçamento e
duração ou medidas de escala como tamanho, peso e complexidade de um projeto anterior semelhante,
como base para estimar o mesmo parâmetro ou medida para um projeto atual. Esta técnica conta com
o custo real de projetos anteriores semelhantes como base ao se estimar os custos do projeto atual.
É uma abordagem que estima o valor bruto, algumas vezes ajustado para diferenças conhecidas da
complexidade do projeto.

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171
7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

É frequentemente usada para estimar um parâmetro quando há uma quantidade limitada de


informações detalhadas sobre o projeto, por exemplo nas suas fases iniciais. Usa informações históricas
e opinião especializada.

Geralmente, é menos dispendiosa e consome menos tempo que outras técnicas, mas normalmente
é também menos precisa. Estimativas análogas de custos podem ser aplicadas a um projeto ou
segmentos do mesmo, em conjunto com outros métodos de estimativa. É mais confiável quando
os projetos anteriores são semelhantes de fato e não só assim aparentam ser e a equipe do projeto
preparando as estimativas tem a habilidade técnica necessária.

.3 Estimativa paramétrica
A estimativa paramétrica utiliza uma relação estatística entre dados históricos e outras variáveis
(por exemplo, metros quadrados em construção) para calcular uma estimativa para parâmetros da
atividade, como custo, orçamento e duração. Esta técnica pode produzir altos níveis de precisão
dependendo da sofisticação e dos dados básicos usados no modelo. Estimativas paramétricas de
custos podem ser aplicadas a um projeto ou segmentos do mesmo, em conjunto com outros métodos
de estimativa.

.4 Estimativa bottom-up
A estimativa bottom-up é um método para estimar um componente do trabalho. O custo de
pacotes de trabalho individuais ou atividades é estimado com o maior nível de detalhes especificado.
O custo detalhado é então resumido nos níveis mais altos e utilizado em subsequentes relatórios e
rastreamento. O custo e a precisão da estimativa de custos bottom-up geralmente são influenciados
pelo tamanho ou complexidade da atividade individual ou pacote de trabalho.

.5 Estimativas de três pontos


A precisão das estimativas de custos de uma atividade pontual pode ser aperfeiçoada
considerando-se as variabilidades e riscos. Este conceito se originou com a Técnica de Revisão e
Avaliação de Programa (PERT). PERT usa três estimativas para definir uma faixa aproximada para
o custo de uma atividade:
• Mais provável (cM). O custo da atividade, baseado num esforço de avaliação realista para o
trabalho necessário e quaisquer outros gastos previstos.
• Otimista (cO). Os custos da atividade são baseados na análise do melhor cenário para a
atividade.
• Pessimista (cP). Os custos da atividade são baseados na análise do pior cenário para a
atividade.

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CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

A análise PERT calcula o custo esperado da atividade (cE) usando uma média ponderada
dessas três estimativas:

cO + 4cM + cP
cE =
6

Estimativas de custos baseadas nessa equação (ou até mesmo numa média simples dos três
pontos) podem fornecer mais precisão e os três pontos esclarecem a faixa de variabilidade das
estimativas de custos.

.6 Análise de reservas
As estimativas de custos podem incluir reservas de contingências (algumas vezes chamadas de
subsídios para contingências) para considerar os custos das incertezas. A reserva para contingências
pode ser uma porcentagem do custo estimado, um número fixado ou pode ser desenvolvida através
do uso de métodos de análise quantitativa.

Conforme informações mais precisas sobre o projeto se tornam disponíveis, a reserva para
contingências pode ser usada, reduzida ou eliminada. Contingências devem ser claramente
identificadas na documentação de custos. As reservas para contingências são parte dos requisitos de
recursos financeiros.

.7 Custo da qualidade (CDQ)


As premissas sobre custos da qualidade (Seção 8.1.2.2) podem ser usadas para preparar a estimativa
de custos da atividade.

.8 Software para estimativas em gerenciamento de projetos


Aplicativos para estimativas em gerenciamento de projetos, planilhas computadorizadas, simulações
e ferramentas estatísticas estão se tornando amplamente aceitos como auxílio nas estimativas de
custos. Essas ferramentas podem simplificar o uso de algumas técnicas de estimativa de custos e
portanto facilitar uma rápida consideração das alternativas em estimativas de custos.

.9 Análise de proposta de fornecedor


Os métodos de estimativa de custos incluem a análise de quanto o projeto custaria baseado nas
respostas das cotações dos fornecedores qualificados. Quando projetos são concedidos a um vendedor
sob processos competitivos, um trabalho adicional de estimativa de custos pode ser requisitado da
equipe do projeto para se examinar os preços de entregas individuais e derivar um custo que suporte
o custo total final do projeto.

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173
7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

7.1.3 Estimar os custos: saídas


.1 Estimativas de custos das atividades
As estimativas de custos das atividades são avaliações quantitativas dos prováveis custos
necessários para executar o trabalho do projeto. As mesmas podem ser apresentadas em formato
resumido ou em detalhes. Os custos são estimados para todos os recursos que são aplicados na
estimativa de custos da atividade. Isso inclui, mas não se limita a mão de obra direta, materiais,
equipamentos, serviços, instalações, tecnologia da informação e categorias especiais tais como
provisão para inflação ou custos de contingências. Os custos indiretos, se incluídos na estimativa do
projeto, podem ser incluídos no nível da atividade ou em níveis mais altos.

.2 Bases das estimativas


A quantia e tipo de detalhes adicionais que suportam a estimativa de custos variam por área de
aplicação. Independentemente do nível de detalhe, a documentação de suporte deve fornecer um
entendimento claro e completo a respeito de como a estimativa de custos foi derivada.

Os detalhes de suporte para estimativas de custos das atividades podem incluir:


• Documentação das bases para a estimativa (por exemplo, como foi desenvolvida);
• Documentação de todas as premissas adotadas;
• Documentação de quaisquer restrições conhecidas;
• Indicação da faixa das estimativas possíveis (por exemplo, $10.000 (±10%) para indicar que o
custo do item é esperado estar numa faixa de valores) e
• Indicação do nível de confiança da estimativa final.
.3 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não se limitam ao registro
dos riscos.

7.2 Determinar o orçamento


Determinar o orçamento é o processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou
pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada. Essa linha de base inclui todos
os orçamentos autorizados, mas exclui as reservas de gerenciamento. Consulte as Figuras 7-4 e 7-5.

Os orçamentos do projeto compõem os recursos financeiros autorizados para executar o projeto. O


desempenho dos custos do projeto será medido em relação ao orçamento autorizado.

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CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Estimativas de custos .1 Linha de base do
das atividades .1 Agregação de custos desempenho de custos
.2 Bases das estimativas .2 Análise de reservas .2 Requisitos de recursos
.3 Linha de base do escopo .3 Opinião especializada financeiros do projeto
.4 Cronograma do projeto .4 Relações históricas .3 Atualizações dos
.5 Calendários dos recurso .5 Reconciliação dos limites documentos do projeto
.6 Contratos de recursos financeiros
.7 Ativos de processos
organizacionais

Figura 7-4. Determinar o orçamento: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

5.3
Criar a EAP • Linha de base
do escopo Gerenciamento dos
custos do projeto

6.5 7.1
Desenvolver Estimar os custos
o cronograma • Cronograma
do projeto Documentos
• Estimativas de custos do projeto
das atividades
• Bases das estimativas
9.2 • Atualizações
Mobilizar a dos documentos
equipe do projeto do projeto
7.2 12.1
Determinar Planejar as
o orçamento aquisições
• Linha de base
• Calendários do desempenho
dos recursos de custos
12.2 • Contratos 8.1
• Requisitos de recursos Planejar
Conduzir financeiros do projeto
as aquisições a qualidade

7.3 4.2
• Ativos de processos Controlar Desenvolver o plano
Empresa/ organizacionais os custos de gerenciamento
Organização do projeto

Figura 7-5. Diagrama de fluxo de dados do processo Determinar o orçamento

7.2.1 Determinar o orçamento: entradas


.1 Estimativas de custos das atividades
As estimativas de custos (Seção 7.1.3.1) para cada atividade dentro de um pacote de trabalho são
agregadas para obter uma estimativa de custos para cada pacote.

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7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

.2 Bases das estimativas


Detalhes de suporte para as estimativas de custos devem ser especificados como descrito na
Seção 7.1.3.2. Quaisquer premissas básicas sobre a inclusão ou exclusão de custos indiretos no
orçamento do projeto são especificadas na base das estimativas.

.3 linha de base do escopo


• Declaração do escopo. Limitações formais por período para o gasto dos recursos financeiros
do projeto podem ser exigidas pela organização, por um contrato (Seção 12.2.3.2) ou por
outras entidades como agências governamentais. Essas restrições dos recursos são indicadas
na declaração do escopo do projeto.
• Estrutura analítica do projeto. A EAP (Seção 5.3.3.1) fornece as relações entre todas as
entregas do projeto e seus vários componentes.
• Dicionário da EAP. O dicionário da EAP (Seção 5.3.3.2) e as declarações de trabalho detalhadas
relacionadas fornecem uma identificação das entregas e uma descrição do trabalho em cada
componente da EAP necessário para produzir cada entrega.
.4 Cronograma do projeto
O cronograma do projeto (Seção 6.5.3.1), como parte do plano de gerenciamento do projeto, inclui
datas de início e término planejadas para as atividades, os marcos, os pacotes de trabalho, os pacotes
de planejamento e contas de controle do projeto. Essas informações podem ser usadas para agregar
custos nos períodos do calendário em que os custos são planejados a incorrerem.

.5 Calendários dos recursos


Os calendários dos recursos fornecem informações sobre quais recursos são designados para o
projeto e quando os mesmos são alocados. Essas informações podem ser usadas para indicar os custos
dos recursos durante o projeto.

.6 Contratos
Informações contratuais relevantes e custos relacionados a produtos, serviços ou resultados que
foram comprados são incluídos durante a determinação do orçamento.

.7 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que influenciam o processo Determinar o orçamento
incluem, mas não se limitam a:
• Políticas, procedimentos e diretrizes existentes, formais ou informais, relacionadas ao
orçamento de custos;
• Ferramentas para orçamento de custos e
• Métodos de elaboração de relatórios.

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176
CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

7.2.2 Determinar o orçamento: ferramentas e técnicas


.1 Agregação de custos
As estimativas de custos são agregadas por pacotes de trabalho de acordo com a EAP. As estimativas
de custos do pacote de trabalho são então agregadas para os níveis de componentes mais altos da EAP
(como contas de controle) e enfim para o projeto todo.

.2 Análise de reservas
A análise de reservas de orçamento pode estabelecer tanto as reservas de contingência como
as reservas gerenciais para o projeto. As reservas de contingência são provisões para mudanças
imprevistas, mas potencialmente necessárias e que podem resultar de riscos ocorridos que foram
identificados no registro dos mesmos. As reservas gerenciais são orçamentos reservados para
mudanças não planejadas no escopo e custos do projeto. Pode ser requisitado que o gerente do
projeto obtenha aprovação antes de comprometer ou gastar a reserva gerencial. As reservas não
fazem parte da linha de base de custos do projeto, mas podem ser incluídas no orçamento total do
mesmo. Não são incluídas como parte dos cálculos de medição do valor agregado.

.3 Opinião especializada
Opinião fornecida baseada em especialização numa área de aplicação, área de conhecimento,
disciplina, setor econômico, etc. adequada para a atividade que está sendo realizada e que deve ser
usada durante a determinação do orçamento. Essa especialização pode ser oferecida por qualquer grupo
ou pessoa com formação, conhecimento, habilidade, experiência ou treinamento especializado. A opinião
especializada está disponível em várias fontes, incluindo, mas não se limitando a:
• Outras unidades dentro da organização executora;
• Consultores;
• Partes interessadas, inclusive clientes;
• Associações profissionais e técnicas e
• Setores econômicos.
.4 Relações históricas
Quaisquer relações históricas que resultam em estimativas paramétricas ou análogas envolvem o
uso de características de projetos (parâmetros) para desenvolver modelos matemáticos para prever
o custo total do projeto. Tais modelos podem ser simples (por exemplo, a construção residencial é
baseada num custo por metro quadrado) ou complexos (por exemplo, um modelo de custo para o
desenvolvimento de software usa múltiplos fatores separados de ajuste, cada qual com numerosos
pontos internos).

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177
7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

Tanto o custo como a exatidão de modelos análogos e paramétricos podem variar amplamente.
Esses são provavelmente mais confiáveis quando:
• Informações históricas usadas para desenvolver o modelo são precisas,
• Os parâmetros usados no modelo são facilmente quantificáveis e
• Os modelos podem ser ajustados quanto a sua escala, de tal modo que funcionam para projetos
grandes e pequenos e em diferentes fases de um projeto.
.5 Reconciliação dos limites de recursos financeiros
A utilização de fundos deve ser reconciliada com quaisquer limites de recursos de fundos
alocados ao projeto. Uma variação entre os limites de recursos e os gastos planejados às vezes
provocará a necessidade de reagendamento do trabalho visando o nivelamento das taxas de gastos.
Isso pode ser atingido através da colocação de restrições de datas impostas para o trabalho no
cronograma do projeto.

7.2.3 Determinar o orçamento: saídas


.1 linha de base do desempenho de custos
A linha de base do desempenho de custos é um orçamento no término (ONT) autorizado,
sincronizado com o tempo, para medir, monitorar e controlar o desempenho de custos geral do projeto.
É desenvolvido como um acúmulo dos orçamentos aprovados por período de tempo e é tipicamente
mostrado numa curva com formato em S, como ilustrado na Figura 7-6. Na técnica de gerenciamento
do valor agregado, a linha de base do desempenho de custos é chamada de linha de base da medição
do desempenho (PMB sigla em inglês).

Requisitos de
recursos financeiros
Valores cumulativos

Linha de base dos custos

Despesas

Tempo

Figura 7-6. linha de base de custos, gastos e requisitos de recursos financeiros

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178
CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

.2 Requisitos de recursos financeiros do projeto.


Os requisitos de recursos financeiros totais e periódicos (por exemplo, quadrimestralmente,
anualmente) são derivados a partir da linha de base de custos. A mesma incluirá gastos projetados
mais responsabilidades antecipadas. O financiamento frequentemente ocorre em incrementos não
contínuos nas suas quantias, conforme aparecem nos patamares mostrados na Figura 7-6. Os
recursos totais necessários são aqueles incluídos na linha de base de custos, mais as reservas de
gerenciamento, se existirem.

.3 Atualizações dos documentos do projeto


Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não se limitam a:
• Registro dos riscos;
• Estimativa de custos e
• Cronograma do projeto.

7.3 Controlar os custos


Controlar os custos é o processo de monitoramento do progresso do projeto para atualização do seu
orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base dos custos. Veja Figuras 7-7 e 7-8.
A atualização do orçamento envolve o registro dos custos reais gastos até a data. Qualquer aumento do
orçamento autorizado somente pode ser aprovado através do processo de Controle integrado de mudanças
(4.5). Monitorar os gastos dos recursos financeiros sem se considerar o valor do trabalho sendo realizado
para tais gastos tem pequeno valor para o projeto, a não ser permitir que a equipe fique dentro dos limites
dos recursos financeiros autorizados. Consequentemente, muito do esforço desprendido no controle de custos
envolve a análise da relação entre o consumo dos fundos do projeto e o trabalho físico sendo realizado para
tais gastos. A chave para o controle eficaz de custos é o gerenciamento da linha de base do desempenho de
custos aprovada e as mudanças na mesma.

O controle de custos do projeto inclui:


• Influenciar os fatores que criam mudanças na linha de base de custos autorizada;
• Assegurar que todas as solicitações de mudança sejam feitas de maneira oportuna;
• Gerenciar as mudanças reais conforme ocorrem;
• Assegurar que os gastos de custos não excedam os recursos financeiros autorizados, por período e
total do projeto;
• Monitorar o desempenho de custos para isolar e entender as variações a partir da linha de base de
custos;
• Monitorar o desempenho do trabalho em relação aos recursos financeiros gastos;

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179
7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

• Prevenir que mudanças não aprovadas sejam incluídas no relato do custo ou do uso de recursos;
• Informar as partes interessadas apropriadas a respeito de mudanças aprovadas e custos associados e
• Agir para manter os excessos de custos não previstos dentro de limites aceitáveis.
O controle de custos do projeto procura pelas causas de variações negativas e positivas e é parte do
processo de Controle integrado de mudanças (Seção 4.5).

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições de desempenho
do projeto .1 Gerenciamento do valor do trabalho
.2 Requisitos de recursos agregado .2 Previsões do orçamento
financeiros do projeto .2 Previsão .3 Atualizações dos ativos de
.3 Informações sobre o .3 Índice de desempenho processos organizacionais
desempenho do trabalho para término (IDPT) .4 Solicitações de mudança
.4 Ativos de processos .4 Análise de desempenho .5 Atualizações do plano de
organizacionais .5 Análise de variação gerenciamento do projeto
.6 Software de .6 Atualizações dos
gerenciamento de projetos documentos do projeto

Figura 7-7. Controlar os custos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento dos
• Plano de custos do projeto
4.2 gerenciamento
Desenvolver o plano do projeto
de gerenciamento 7.2
do projeto Determinar
• Atualizações o orçamento
do plano de
gerenciamento
do projeto
4.3 • Requisitos Documentos
de recursos • Atualizações do projeto
Orientar e financeiros
gerenciar a dos documentos
• Informações do projeto do projeto
execução do projeto sobre o
desempenho 7.3
do trabalho Controlar • Medições de
os custos desempenho 10.5
do trabalho
• Ativos de Reportar o
processos • Previsões desempenho
organizacionais do orçamento
Empresa/
Organização
• Solicitações 4.5
• Atualizações
de mudança Realizar o
dos ativos de
processos controle integrado
organizacionais de mudanças

Figura 7-8. Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar os custos

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180
CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

7.3.1 Controlar os custos: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém a seguinte informação,
utilizada para controlar os custos:
• linha de base do desempenho de custos. É comparada aos resultados reais para determinar
se uma mudança, ação corretiva ou preventiva é necessária.
• Plano de gerenciamento dos custos. O plano de gerenciamento dos custos descreve como os
custos do projeto serão gerenciados e controlados (Introdução ao Capítulo 7).
.2 Requisitos de recursos financeiros do projeto.
Os requisitos de recursos financeiros dos projetos são descritos na Seção 7.2.3.2

.3 Informações sobre o desempenho do trabalho


Informações sobre o desempenho do trabalho incluem informações do progresso do projeto, tais
como quais entregas foram iniciadas, os seus progressos e quais foram concluídas. As informações
podem incluir também custos que foram autorizados e incorridos e estimativas para completar o trabalho
do projeto.

4 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Controlar os custos
incluem, mas não se limitam a:
• Políticas, procedimentos e diretrizes existentes, formais ou informais, relacionadas ao controle
de custos;
• Ferramentas de controle de custos e
• Métodos de monitoramento e relato de informações a serem utilizados.

7.3.2 Controlar os custos: ferramentas e técnicas


.1 gerenciamento do valor agregado
O gerenciamento do valor agregado (GVA – EVM em Inglês), em suas várias formas, é um método
comumente usado para medição do desempenho. Integra as medidas de escopo, custos e cronograma
para auxiliar a equipe de gerenciamento a avaliar e medir o desempenho e progresso do projeto. É
uma técnica de gerenciamento de projetos que requer as informações de uma linha de base integrada
contra a qual o desempenho pode ser medido na duração do projeto. Os princípios do GVA podem ser
aplicados a todos os projetos em qualquer setor. O GVA desenvolve e monitora três dimensões chave
para cada pacote de trabalho e conta de controle:

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7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

• valor planejado. O valor planejado (VP) é o orçamento autorizado designado para o trabalho
a ser executado para uma atividade ou componente da estrutura analítica do projeto. Inclui o
trabalho autorizado em detalhes, mais o orçamento para o mesmo, distribuído por fase pela
vida do projeto. O total do VP algumas vezes é chamado de linha de base de medição do
desempenho (PMB sigla em inglês). O valor total planejado para o projeto também é conhecido
como Orçamento no Término (ONT).
• valor agregado. Valor agregado (VA) é o valor do trabalho terminado expresso em termos do
orçamento aprovado atribuído a esse trabalho para uma atividade ou componente da estrutura
analítica do projeto. É o trabalho autorizado que foi terminado, mais o orçamento autorizado para
o mesmo. O VA sendo medido deve ser relacionado à linha de base do VP, e o VA medido não
pode ser maior que o orçamento VP de um componente. O termo VA é frequentemente usado
para descrever a porcentagem completa de um projeto. Um critério de medição do progresso
deve ser estabelecido para cada componente da EAP para medir o trabalho em andamento. Os
gerentes de projeto monitoram o VA, tanto em incrementos para determinar a situação corrente
e de forma acumulativa para determinar as tendências de desempenho a longo prazo.
• Custo real. Custo real (CR) é o custo total incorrido e registrado na execução do trabalho
para uma atividade ou para um componente da estrutura analítica do projeto. É o custo total
incorrido na execução do trabalho que o VA mediu. O CR tem que corresponder em definição ao
que foi orçado para o VP e medido no VA (por exemplo, somente horas diretas, somente custos
diretos, ou todos os custos inclusive os indiretos). O CR não terá limite superior; tudo o que for
gasto para atingir o VA será medido.
As variações a partir da linha de base aprovada também serão monitoradas:
• variação de prazos. A variação de prazos (VPR) é uma medida do desempenho do cronograma
num projeto. É igual ao valor agregado (VA) menos o valor planejado (VP). A variação de prazos
do GVA é uma métrica útil pois pode indicar que um projeto está se atrasando em relação a
sua linha de base de tempo. A variação de prazos do GVA finalmente se igualará a zero quando
o projeto terminar, pois todos os valores planejados terão sido agregados. As VPRs do GVA são
melhor utilizadas em conjunto com a programação pelo método do caminho crítico (MCC) e
gerenciamento dos riscos. Equação: VPR = VA – VP.
• variação de custos. A variação de custos (VC) é a medida do desempenho dos custos num
projeto. É igual ao valor agregado (VA) menos o custo real (CR). A variação de custos no final
do projeto será a diferença entre o orçamento no término (ONT) e a quantia real gasta. A VC
do GVA é particularmente crítica pois indica a relação entre o desempenho físico e os custos
gastos. Qualquer VC do GVA negativa é, com frequência, irrecuperável no projeto. Equação:
VC = VA – CR.

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182
CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

Os valores da VPR e VC podem ser convertidos em indicadores de eficiência para refletir o


desempenho dos custos e dos prazos de qualquer projeto para serem comparados com todos os
outros projetos ou num portfólio de projetos. As variações e os índices são úteis para determinar o
andamento do projeto e fornecer uma base para a estimativa de custos e resultado dos prazos.
• índice de desempenho de prazos. O índice de desempenho de prazos (IDP) é uma medida
do progresso alcançado comparado ao progresso planejado num projeto. Ás vezes é usado
em conjunto com o índice de desempenho de custos (IDC) para prever as estimativas finais do
término do projeto. Um valor de IDP menor que 1.0 indica que menos trabalho foi executado do
que o planejado. Um valor de IDP maior que 1.0 indica que mais trabalho foi executado do que
o planejado. Uma vez que o IDP mede todo o trabalho do projeto, o desempenho no caminho
crítico deve também ser analisado para determinar se o projeto acabará antes ou depois da
data de término planejada. O IDP é igual a razão entre o VA e o VP. Equação: IDP = VA/VP.
• índice de desempenho de custos. O índice de desempenho de custos (IDC) é uma medida
do valor do trabalho executado comparado ao custo real ou progresso feito no projeto. É
considerado a métrica mais crítica do GVA e mede a eficiência de custos do trabalho executado.
Um valor de IDC menor que 1.0 indica um excesso de custo para o trabalho executado. Um valor
de IDC maior que 1.0 indica um desempenho de custo abaixo do limite até a data presente. O
IDC é igual a razão entre o VA e o CR. Equação: IDC = VA/CR.
Os três parâmetros de valor planejado, valor agregado e custo real podem ser monitorados e
relatados tanto de período a período (tipicamente semanalmente ou mensalmente) como de maneira
cumulativa. A Figura 7-9 usa curvas de formato em S para mostrar os dados do VA para um projeto
que está com um desempenho acima do orçamento e atrasado em relação ao plano de trabalho.

Orçamento
no
término
(ONT)
Valores cumulativos

Custos Valor
reais planejado
(CR) (VP)

Valor
agregado
(VA)
Data dos dados

Tempo

Figura 7-9. valor agregado, valor planejado e custos reais

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183
7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

.2 Previsão
Conforme o projeto progride, a equipe do projeto pode elaborar uma previsão para a estimativa
no término (ENT) que pode ser diferente do orçamento no término (ONT) baseado no desempenho
do projeto. Se for óbvio que o ONT não é mais viável, o gerente do projeto deve elaborar uma ENT
prevista. Elaborar uma previsão da ENT envolve a execução de estimativas ou prognósticos de
condições e eventos no futuro do projeto com base nas informações e conhecimento disponíveis
no momento da previsão. As previsões são geradas, atualizadas e emitidas novamente com base
nas informações sobre o desempenho do trabalho (Seção 4.3.3.2) fornecidas conforme o trabalho é
executado. As informações sobre o desempenho do trabalho englobam o desempenho passado do
projeto e quaisquer informações que poderiam impactar o mesmo no futuro.

As ENTs são tipicamente baseadas nos custos reais incorridos para o trabalho executado, mais
uma estimativa para terminar (EPT) o trabalho restante. É incumbência da equipe do projeto prever o
que a mesma pode enfrentar para executar a EPT, baseada na sua experiência até a presente data.
O método do GVA funciona bem em conjunto com previsões manuais dos custos necessários da ENT.
A abordagem de previsão de ENT mais comum é uma soma manual feita de maneira bottom-up pelo
gerente e a equipe do projeto.

O método de ENT bottom-up do gerente do projeto é baseado nos custos reais e na experiência
incorrida do trabalho executado e requer uma nova estimativa para completar o trabalho restante
do projeto. Este método pode ser problemático já que interfere na conduta do trabalho do projeto.
O pessoal que está executando o trabalho do mesmo tem que parar para fornecer uma EPT bottom-up
detalhada do restante do trabalho. Normalmente não há um orçamento separado para a elaboração
da EPT, portanto custos adicionais são incorridos para o projeto conduzir a mesma. Equação:
ENT = CR + EPT bottom-up.

A ENT feita manualmente pelo gerente do projeto pode ser rapidamente comparada com uma
variedade de ENTs calculadas que representam vários cenários de riscos. Enquanto os dados do GVA
podem rapidamente fornecer muitas ENTs estatísticas, somente três dos métodos mais comuns estão
descritos abaixo:
• Previsão da EnT para o trabalho EPT executado no ritmo orçado. Este método de ENT aceita
o desempenho do projeto real até a data (se favorável ou desfavorável) como representado
pelos custos reais e prevê que todo o trabalho EPT futuro será executado no ritmo orçado.
Quando o desempenho real é desfavorável, a premissa de que o desempenho futuro melhorará
deve ser aceita somente quando for suportada pela análise de riscos do projeto. Equação:
ENT = CR + ONT – VA.
• Previsão da EnT para o trabalho EPT executado ao IDC presente. Este método assume
que o que tem acontecido até agora no projeto tende a continuar no futuro. Assume-se que o
trabalho EPT a ser executado terá o mesmo índice de desempenho de custo cumulativo (IDC)
incorrido pelo projeto até a data. Equação: ENT = ONT / IDC cumulativo.

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CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

• Previsão EnT para o trabalho EPT considerando ambos os fatores IDP e IDC. Nesta
previsão, o trabalho EPT será executado numa taxa de eficiência que considera os índices de
desempenho de prazo e de custos. Pressupõe tanto um desempenho de custos negativo até
a data, como um requisito de se atender um prazo fixo compromissado pelo projeto. Este
método é mais útil quando o cronograma do projeto é um fator de impacto no esforço de
EPT. Variações deste método pesam o IDC e o IDP utilizando critérios diferentes (por exemplo,
80/20, 50/50 ou outra proporção) de acordo com o julgamento do gerente do projeto. Equação:
CR + [(ONT – VA) / (IDC cumulativo x IDP cumulativo)].
Cada uma dessas abordagens pode ser correta para qualquer dado projeto e fornecerá à equipe de
gerenciamento do mesmo com um sinal “de aviso” antecipado se as previsões ENT não estiverem dentro
dos limites de tolerância aceitáveis.

.3 índice de desempenho para término (IDPT)


O índice de desempenho para término (IDPT) é a projeção calculada do desempenho de custos
que deve ser atingido no trabalho restante para alcançar um objetivo de gerenciamento especificado,
como o ONT ou a ENT. Se for óbvio que o ONT não é mais viável, o gerente do projeto elabora uma
estimativa no término (ENT) prevista. Uma vez aprovada, a ENT efetivamente substitui a ONT como o
objetivo de desempenho de custos. Equação para o IDPT baseado na ONT: (ONT – VA) / (ONT – CR).

O IDPT é mostrado de forma conceitual na Figura 7-10.A equação para o IDPT é mostrada no canto
inferior esquerdo como sendo o trabalho restante (definido como o ONT menos o VA) dividido pelos
recursos financeiros restantes (que pode tanto ser o ONT menos o CR, como o ENT menos o CR).

Se o IDC cumulativo ficar abaixo do plano da linha de base (como mostrado na Figura 7-6), todo
o trabalho do projeto restante precisará ser imediatamente realizado na faixa do IDPT (ONT) (como
refletido na linha superior da Figura 7-6) para ficar dentro do limite do ONT autorizado. Se este
nível de desempenho é alcançável ou não é uma questão de julgamento baseada em um número
de considerações, inclusive riscos, cronograma e desempenho técnico. Uma vez que a gerência
reconhece que o ONT não é mais possível, o gerente do projeto preparará uma nova estimativa
no término (ENT) para o trabalho, e uma vez aprovada, o projeto trabalhará com o novo valor ENT.
Este nível de desempenho é mostrado como sendo a linha (IDPT). Equação para o IDPT baseado na
ENT: (ONT – VA) / (ENT – CR).

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7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

Data da situação

+ IDPT
(ONT)

Plano da linha
1.00 de base
IDPT
(ENT)

IDC
cumulativo

Equação:

Trabalho restante (ONT-VA)


= IDPT
Recursos financeiros restantes (ONT-CR) ou (ENT-CR)

Figura 7-10. índice de desempenho para término (IDPT)

.4 Análise de desempenho
As análises de desempenho comparam o desempenho de custos através do tempo, atividades do
cronograma ou pacotes de trabalho acima e abaixo do orçamento e recursos financeiros estimados
necessários para terminar o trabalho em progresso. Se o GVA estiver sendo utilizado, as seguintes
informações são determinadas:
• Análise de variação. Uma análise de variação usada no GVA compara o desempenho real do
projeto ao planejado ou esperado. As variações de custos e prazos são frequentemente as mais
analisadas.
• Análise das tendências. A análise das tendências examina o desempenho do projeto através
do tempo para determinar se o mesmo está melhorando ou piorando. As técnicas de análises
gráficas são valiosas para o entendimento do desempenho até a presente data e para
a comparação com objetivos de desempenho futuros na forma de ONT versus ENT e datas
de término.
• Desempenho do valor agregado. O gerenciamento do valor agregado compara o plano da
linha de base com o prazo real e desempenho de custos.

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CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO 7

.5 Análise de variação
Medições de desempenho de custos (VC, IDC) são usadas para avaliar a magnitude de variação à
linha de base de custos original. Aspectos importantes do controle de custos incluem a determinação
da causa e grau de divergência relativa à linha de base do desempenho de custos (Seção 7.2.3.1)
e a decisão se ação corretiva ou preventiva é necessária. A faixa percentual de variações aceitáveis
tenderá a diminuir conforme mais trabalho é concluído. As variações percentuais maiores permitidas
no início do projeto podem diminuir conforme o projeto se aproxima do final.

.6 Software de gerenciamento de projetos


Software de gerenciamento de projetos é frequentemente usado para monitorar as três dimensões
do GVA (VP, VA a CR), para mostrar tendências gráficas e para prever uma variedade de resultados
finais possíveis do projeto.

7.3.3 Controlar os custos: saídas


.1 Medições de desempenho do trabalho
Os valores da VC, VPR, IDC e do IDP calculados para os componentes da EAP, em particular os
pacotes de trabalho e contas de controle, são documentados e comunicados às partes interessadas.

.2 Previsões do orçamento
Tanto um valor ENT calculado por fórmula como um valor ENT bottom-up manual são documentados
e comunicados às partes interessadas.

.3 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, mas não estão
limitados a:
• Causas das diferenças;
• Ação corretiva escolhida e suas razões e
• Outros tipos de lições aprendidas a partir do controle de custos do projeto.
.4 Solicitações de mudança
A análise do desempenho do projeto pode resultar numa solicitação de mudança da linha de
base do desempenho de custos ou de outros componentes do plano de gerenciamento do projeto.
As solicitações podem incluir ações preventivas ou corretivas e são processadas para revisão e
distribuição através do processo de Realizar o controle integrado de mudanças (Seção 4.5).

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7 CAPíTUlO 7 − gEREnCIAMEnTO DOS CUSTOS DO PROjETO

.5 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre
outros:
• linha de base do desempenho de custos. Mudanças na linha de base do desempenho
de custos são incorporadas em resposta às mudanças aprovadas no escopo, recursos das
atividades ou estimativas de custos. Em alguns casos, variações de custos podem ser tão
severas que uma linha de base revisada é necessária para fornecer uma base realista para a
medição do desempenho.
• Plano de gerenciamento dos custos.
.6 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Estimativa de custos e
• Bases das estimativas.

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188
8

CAPÍTULO 8
GERENCIAMENTO DA QUALIDADE DO PROJETO
O gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos e as atividades da organização executora que
determinam as políticas de qualidade, os objetivos e as responsabilidades, de modo que o projeto satisfaça
às necessidades para as quais foi empreendido. Implementa o sistema de gerenciamento da qualidade por
meio de políticas e procedimentos com atividades de melhoria contínua de processos realizadas durante todo
o projeto, conforme apropriado.

A Figura 8-1 fornece uma visão geral dos processos de gerenciamento da qualidade do projeto, que inclui
os seguintes itens:

8.1 Planejar a qualidade—O processo de identificar os requisitos e/ou padrões de qualidade do projeto
e do produto, bem como documentar de que modo o projeto demonstrará a conformidade.
8.2 Realizar a garantia da qualidade—O processo de auditoria dos requisitos de qualidade e dos
resultados das medições do controle de qualidade para garantir que sejam usados os padrões de
qualidade e as definições operacionais apropriadas.
8.3 Realizar o controle da qualidade—O processo de monitoramento e registro dos resultados da
execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças
necessárias.
Esses processos interagem entre si e com os processos das outras áreas de conhecimento. Cada
processo pode envolver o esforço de uma ou mais pessoas ou grupos de acordo com os requisitos do projeto.
Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todo projeto e em uma ou mais fases do mesmo, se o projeto
for divididos em fases. Embora os processos sejam apresentados como elementos distintos com interfaces
bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir de formas não detalhadas aqui. As interações dos
processos são analisadas em detalhes no Capítulo 3.
O gerenciamento da qualidade do projeto engloba o gerenciamento do projeto e o produto do projeto, e
se aplica a todos os projetos, independentemente da natureza do produto. As medidas e técnicas de qualidade
do produto são específicas do tipo de produto resultante do projeto. Enquanto o gerenciamento da qualidade
de produtos de software utiliza abordagens e medidas diferentes de uma construção de uma usina nuclear,
as abordagens do gerenciamento da qualidade do projeto se aplicam aos dois tipos. Nos dois casos, deixar de
cumprir os requisitos de qualidade do produto ou do projeto pode ter consequências negativas graves para
uma ou todas as partes interessadas do projeto. Por exemplo:

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189
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

• Cumprir os requisitos do cliente sobrecarregando a equipe do projeto pode resultar em aumento de


atritos entre os funcionários, erros ou retrabalho.
• Cumprir os objetivos do cronograma do projeto apressando as inspeções de qualidade planejadas
pode resultar em erros não detectados.
Qualidade e grau não são a mesma coisa. Qualidade é “o grau com que um conjunto de características
inerentes atende aos requisitos [4]”. Grau é uma categoria atribuída aos produtos ou serviços que têm a mesma
utilidade funcional, mas diferentes características técnicas [5]. Embora um nível de qualidade que não cumpra
os requisitos de qualidade seja sempre um problema, um grau baixo pode não ser. Por exemplo, um produto de
software pode ter alta qualidade (sem defeitos óbvios, manual de fácil leitura) e um grau baixo (número limitado
de funcionalidades), ou ter baixa qualidade (muitos defeitos, documentação do usuário mal organizada) e um grau
alto (várias funcionalidades). O gerente do projeto e a equipe de gerenciamento do projeto são responsáveis por
gerenciar as compensações envolvidas para entregar os níveis necessários de qualidade e grau.
Precisão e exatidão não são equivalentes. Precisão significa que os valores de medições repetidas
estão agrupados e têm pouca dispersão. Exatidão significa que o valor medido está bem próximo do valor
correto. Medidas precisas não são necessariamente exatas. Uma medida muito exata não é necessariamente
precisa. A equipe de gerenciamento do projeto deve determinar níveis adequados de exatidão e precisão.
A abordagem básica do gerenciamento da qualidade descrita nesta seção pretende ser compatível
com os padrões ISO (International Organization for Standardization). Isso é compatível com as abordagens
proprietárias de gerenciamento da qualidade, como as recomendadas por Deming, Juran, Crosby e outros, e
as abordagens não-proprietárias, como gerenciamento da qualidade total (GQT), Seis Sigma, Análise de modos
e efeitos de falha (do inglês Failure Mode and Effect Analysis - FMEA), revisões de projeto, voz do cliente (do
inglês Voice Of the Customer - VOC), custo da qualidade (CDQ) e melhoria contínua.
O gerenciamento moderno da qualidade complementa o gerenciamento de projetos. As duas
disciplinas reconhecem a importância da:
• Satisfação do cliente. Entender, avaliar, definir e gerenciar as expectativas para que os requisitos
do cliente sejam atendidos. Para isso, é necessária uma combinação de conformidade com os
requisitos (para garantir que o projeto produza o que ele foi criado para produzir) e adequação ao
uso (o produto ou serviço devem satisfazer às necessidades reais).
• Prevenção ao invés de inspeção. Um dos princípios fundamentais do moderno gerenciamento
da qualidade determina que a qualidade deve ser planejada, projetada e incorporada—em vez de
inspecionada. O custo de prevenir os erros geralmente é muito menor do que o custo de corrigí-los
quando são encontrados pela inspeção.

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190
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

• Melhoria contínua. O ciclo PDCA (planejar-fazer-verificar-agir) é a base para a melhoria da qualidade


conforme definida por Shewhart e modificada por Deming. Além disso, as iniciativas de melhoria da
qualidade empreendidas pela organização executora, tais como GQT e Seis Sigma devem aprimorar
a qualidade do gerenciamento do projeto e também a qualidade do produto do projeto. Os modelos
de melhoria de processos incluem Malcolm Baldrige, Modelo de maturidade organizacional em
gerenciamento de projetos (Organizational Project Management Maturity Model, OPM3®) e Modelo
integrado de maturidade da capacidade (Capability Maturity Model Integrated, CMMI®).
• Responsabilidade da gerência. O sucesso exige a participação de todos os membros da equipe do
projeto, mas continua sendo a responsabilidade da gerência fornecer os recursos necessários ao êxito.
O custo da qualidade (CDQ) refere-se ao custo total de todos os esforços relativos à qualidade durante
todo o ciclo de vida do produto. As decisões do projeto podem impactar os custos operacionais da qualidade
como resultado de devoluções de produtos, reclamações de garantia e campanhas de recall. Portanto, devido à
natureza temporária do projeto, a organização patrocinadora pode optar por investir na melhoria da qualidade
dos produtos, principalmente na avaliação e prevenção de defeitos para reduzir o custo externo da qualidade.

Visão geral do gerenciamento


da qualidade do projeto

8.3 Realizar o controle


8.2 Realizar a garantia
8.1 Planejar a qualidade da qualidade
da qualidade
.1 Entradas
.1 Entradas .1 Entradas .1 Plano de gerenciamento
.1 Linha de base do escopo .1 Plano de gerenciamento do projeto
.2 Registro das partes do projeto .2 Métricas da qualidade
interessadas .2 Métricas da qualidade .3 Listas de verificação da
.3 Linha de base do desempenho .3 Informações sobre o qualidade
de custos desempenho do trabalho .4 Medições de desempenho
.4 Linha de base do cronograma .4 Medições do controle da do trabalho
.5 Registro dos riscos qualidade .5 Solicitações de mudança
.6 Fatores ambientais da empresa aprovadas
.7 Ativos de processos .2 Ferramentas e Técnicas
.1 Ferramentas e técnicas de .6 Entregas
organizacionais .7 Ativos de processos
Planejar a qualidade e
.2 Ferramentas e Técnicas Realizar o controle da organizacionais
.1 Análise de custo-benefício qualidade .2 Ferramentas e Técnicas
.2 Custo da qualidade .2 Auditorias de qualidade .1 Diagramas de causa e efeito
.3 Gráficos de controle .3 Análise de processos .2 Gráficos de controle
.4 Benchmarking .3 Fluxogramas
.5 Projeto de experimentos .3 Saídas
.1 Atualizações dos ativos de .4 Histograma
.6 Amostragem estatística .5 Diagrama de Pareto
.7 Fluxogramas processos organizacionais
.2 Solicitações de mudança .6 Gráfico de execução
.8 Metodologias proprietárias de .7 Diagrama de dispersão
gerenciamento da qualidade .3 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto .8 Amostragem estatística
.9 Ferramentas adicionais de .9 Inspeção
planejamento da qualidade .4 Atualizações dos documentos
do projeto .10 Revisão das solicitações de
.3 Saídas mudança aprovadas
.1 Plano de gerenciamento .3 Saídas
da qualidade .1 Medições do controle da
.2 Métricas da qualidade qualidade
.3 Listas de verificação da .2 Mudanças validadas
qualidade .3 Entregas validadas
.4 Plano de melhorias no processo .4 Atualizações dos ativos de
.5 Atualizações dos documentos processos organizacionais
do projeto .5 Solicitações de mudança
.6 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto
.7 Atualizações dos documentos
do projeto

Figura 8-1. visão geral do gerenciamento da qualidade do projeto


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191
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

8.1 Planejar a qualidade


Planejar a qualidade é o processo de identificação dos requisitos e/ou padrões de qualidade do projeto e do
produto, além da documentação de como o projeto demonstrará a conformidade. Consulte as Figuras 8-2 e 8-3.

O planejamento da qualidade deve ser realizado em paralelo com os outros processos de planejamento
do projeto. Por exemplo, modificações propostas no produto para atender aos padrões de qualidade
identificados podem exigir custos ou ajustes nos cronogramas e uma análise de riscos detalhada dos seus
impactos nos planos.

As técnicas de planejamento da qualidade aqui analisadas são as usadas com maior frequência nos projetos.
Existem muitas outras que podem ser úteis em determinados projetos ou em algumas áreas de aplicação.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Linha de base do escopo .1 Plano de gerenciamento
.2 Registro das partes .1 Análise de custo-benefício da qualidade
interessadas .2 Custo da qualidade .2 Métricas da qualidade
.3 Linha de base do .3 Gráficos de controle .3 Listas de verificação
desempenho de custos .4 Benchmarking da qualidade
.4 Linha de base do .5 Projeto de experimentos .4 Plano de melhorias
cronograma .6 Amostragem estatística no processo
.5 Registro dos riscos .7 Elaboração de fluxogramas .5 Atualizações dos
.6 Fatores ambientais da .8 Metodologias documentos do projeto
empresa proprietárias de
.7 Ativos de processos gerenciamento da
organizacionais qualidade
.9 Ferramentas adicionais
de planejamento da
qualidade

Figura 8-2. Planejar a qualidade: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

©2008 Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) - Quarta Edição

192
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

8.1.1 Planejar a qualidade: entradas


.1 linha de base do escopo
• Declaração do escopo do projeto. A declaração do escopo contém a descrição do projeto, as
principais entregas do projeto e os critérios de aceitação. A descrição do escopo do produto
contém com frequência detalhes de questões técnicas e outras preocupações que podem
afetar o planejamento da qualidade. A definição dos critérios de aceitação pode aumentar ou
diminuir significativamente os custos do projeto e os custos da qualidade. O cumprimento de
todos os critérios de aceitação implica que as necessidades do cliente foram atendidas.
• EAP. A EAP identifica as entregas, os pacotes de trabalho e as contas de controle usadas para
medir o desempenho do projeto.
• Dicionário da EAP. O dicionário da EAP define as informações técnicas para os elementos da EAP.

5.3 Gerenciamento da qualidade do projeto


Criar a EAP • Linha Documentos
de base • Atualizações dos do projeto
do escopo documentos do projeto

10.1
Identificar
as partes 8.1 • Plano de gerenciamento
Planejar 11.2
interessadas • Registro da qualidade
das partes a qualidade Identificar
interessadas os riscos
• Plano de
melhorias
7.2 • Métricas no processo
Determinar da qualidade
o orçamento • Linha de 4.2
base do Desenvolver o plano
desempenho de gerenciamento
de custos • Listas de
verificação do projeto
6.5 da qualidade
Desenvolver
o cronograma • Linha de
base do
cronograma 8.3 8.2
Realizar o controle Realizar a garantia
da qualidade da qualidade
11.2
Identificar
os riscos • Registro
dos riscos

• Ativos de
processos
Empresa/ organizacionais
Organização
• Fatores ambientais
da empresa

Figura 8-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar a qualidade

.2 Registro das partes interessadas


O registro das partes interessadas identifica as partes que têm um interesse específico ou impacto
na qualidade.

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193
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

.3 linha de base do desempenho de custos


A linha de base do desempenho de custos documenta a fase de tempo aceita, usada para medir
o desempenho dos custos (Seção 7.2.3.1).

.4 linha de base do cronograma


A linha de base do cronograma documenta as medidas de desempenho de prazos aceitas, incluindo
as datas de início e término (Seção 6.5.3.2).

.5 Registro dos riscos


O registro dos riscos contém informações sobre as ameaças e oportunidades que podem afetar os
requisitos de qualidade (Seção 11.2.3.1).

.6 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que influenciam o processo Planejar a qualidade incluem,
entre outros:
• Regulamentações de órgãos governamentais;
• Normas, padrões e diretrizes específicos da área de aplicação e
• Condições de trabalho/operacionais do projeto/produto que podem afetar a qualidade do projeto.
.7 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que influenciam o processo Planejar a qualidade incluem,
entre outros:
• Políticas, procedimentos e diretrizes organizacionais de qualidade;
• Bancos de dados históricos;
• Lições aprendidas de projetos anteriores e
• Política de qualidade, endossada pela alta administração, que define a meta da organização
executora em relação à qualidade. A política de qualidade da organização executora para
seus produtos com frequência pode ser adotada “como está” para uso pelo projeto. Se a
organização executora não tiver uma política de qualidade formal, ou se o projeto envolver várias
organizações executoras (como no caso de uma joint venture), a equipe de gerenciamento do
projeto precisará desenvolver uma política de qualidade para o projeto. Independentemente da
origem da política de qualidade, a equipe de gerenciamento do projeto deve garantir que as
partes interessadas do projeto estejam totalmente conscientes da política usada para o projeto
por meio da distribuição apropriada de informações.

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194
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

8.1.2 Planejar a qualidade: ferramentas e técnicas


.1 Análise de custo-benefício
Os principais benefícios de cumprir os requisitos de qualidade podem incluir menos retrabalho,
maior produtividade, custos mais baixos e aumento da satisfação das partes interessadas. Um
business case de cada atividade de qualidade compara o custo da etapa de qualidade com o
benefício esperado.

.2 Custo da qualidade (CDQ)


O custo da qualidade inclui todos os custos incorridos durante a vida do produto por investimentos
na prevenção do não-cumprimento dos requisitos, na avaliação do produto ou serviço quanto ao
cumprimento dos requisitos, e ao não-cumprimento dos requisitos (retrabalho). Os custos de falhas
geralmente são categorizados como internos (encontrados pelo projeto) e externos (encontrados pelo
cliente). Os custos de falhas também são chamados de custos da má qualidade. A Figura 8-4 fornece
alguns exemplos a serem considerados em cada área.

Custo de conformidade Custo da falta de conformidade

Prevenção de custos Custos de falhas internas


(Fabricar um produto de qualidade) (Falhas encontradas pelo projeto)
• Treinamento • Retrabalho
• Documentar processos • Descarte
• Equipamento
• Tempo para executar Custos de falhas externas
(Falhas encontradas pelo cliente)
do modo correto
• Responsabilidades
Custos de avaliação • Trabalho de garantia
(Avaliar a qualidade) • Perda de negócios
• Testes
• Perda de teste destrutivo Dinheiro gasto durante e após
• Inspeções o projeto devido a falhas

Dinheiro gasto durante o projeto


para evitar falhas

Figura 8-4. Custo da qualidade

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195
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

.3 gráficos de controle
Os gráficos de controle são usados para determinar se um processo é estável ou se tem um
desempenho previsível. Os limites de especificação superior e inferior se baseiam nos requisitos do
contrato. Eles refletem os valores máximo e mínimo permitidos. Pode haver penalidades associadas com
a ultrapassagem dos limites de especificação. Os limites de controle superior e inferior são definidos
pelo gerente do projeto e pelas partes interessadas apropriadas para refletir os pontos em que serão
adotadas ações corretivas para impedir a ultrapassagem dos limites de especificação. Para processos
repetitivos, os limites de controle geralmente são ± 3σ. Um processo é considerado fora de controle
quando um ponto de dados excede um limite de controle, ou se sete pontos consecutivos estiverem
acima ou abaixo da média.

Os gráficos de controle podem ser usados para monitorar vários tipos de variáveis de saída.
Embora sejam usados mais frequentemente para rastrear as atividades repetitivas necessárias para
produzir lotes manufaturados, os gráficos de controle também podem ser usados para monitorar
variações de custos e prazos, volume e frequência de mudanças no escopo ou outros resultados
de gerenciamento, para ajudar a determinar se os processos de gerenciamento do projeto estão
sob controle. A Figura 8-5 mostra um gráfico de controle que acompanha as horas registradas do
projeto. A Figura 8-6 mostra os defeitos do produto em comparação com os limites fixados.

Gráfico de controle de amostras

Limite de especificação superior


Limite de controle superior
Média - Objetivo
Real
Limite de controle inferior
Limite de especificação inferior

Gráficos de controle possuem três tipos comuns de linhas:


1. Limites de especificação superior e inferior
2. Limites de controle superior e inferior mostrando os valores
aceitáveis máximos sem tomada de ação
3. Valor planejado ou valor meta
As horas registradas para este projeto tiveram início lento. Ainda que sob
controle, se a tendência persistir, as horas gastas sairão de controle.

Figura 8-5. Exemplo de um gráfico de controle

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CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

Medições consecutivas com limites fixados


Defeitos encontrados

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Número da inspeção
Limite de especificação superior
Limite de controle superior
Meta
Real
Limite de controle inferior
Limite de especificação inferior

Figure 8-6. gráfico de controle de medições consecutivas com limites fixados

.4 Benchmarking
Benchmarking envolve a comparação de práticas de projetos reais ou planejados com as de
projetos comparáveis para identificar as melhores práticas, gerar ideias para melhorias e fornecer
uma base para medir o desempenho. Esses outros projetos podem estar na organização executora ou
fora dela, e podem estar dentro da mesma área de aplicação ou em outra área.

.5 Projeto de experimentos
O projeto de experimentos (Design Of Experiments - DOE) é um método estatístico para identificar os
fatores que podem influenciar variáveis específicas de um produto ou processo em desenvolvimento ou
em produção. O método DOE deve ser usado durante o processo Planejar a qualidade para determinar
o número e o tipo de testes e seu impacto no custo da qualidade.

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197
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

O DOE também desempenha um papel na otimização de produtos ou processos. Pode ser usado
para reduzir a sensibilidade do desempenho do produto a fontes de variações causadas por diferenças
ambientais ou de fabricação. Um aspecto importante dessa técnica é que ela fornece uma estrutura
estatística para a modificação sistemática de todos os fatores importantes, em vez de alterar os
fatores um de cada vez. A análise dos dados experimentais deve fornecer as condições ideais para
o produto ou processo, destacar os fatores que influenciam os resultados e revelar a presença de
interações e sinergia entre os fatores. Por exemplo, os projetistas de carros usam essa técnica para
determinar qual combinação de suspensão e pneus produzirá as características de condução mais
desejadas a um custo razoável.

.6 Amostragem estatística
A amostragem estatística envolve a escolha de parte de uma população de interesse para inspeção
(por exemplo, selecionar aleatoriamente 10 desenhos de engenharia em uma lista de 75). A frequência
e os tamanhos das amostras devem ser determinados durante o processo Planejar a qualidade para
que o custo da qualidade inclua o número de testes, descarte esperado, etc.

Existe um conjunto substancial de conhecimentos sobre amostragem estatística. Em algumas


áreas de aplicação, pode ser necessário que a equipe de gerenciamento do projeto esteja familiarizada
com uma variedade de técnicas de amostragem para garantir que a amostra selecionada realmente
represente a população de interesse.

.7 Fluxogramas
O fluxograma é uma representação gráfica de um processo que mostra as relações entre as
etapas do processo. Existem muitos estilos, mas todos os fluxogramas de processos mostram as
atividades, os pontos de decisão e a ordem de processamento. Durante o planejamento da qualidade,
a elaboração de fluxogramas pode ajudar a equipe do projeto a prever os problemas de qualidade
que podem ocorrer. Estar ciente sobre os problemas em potencial pode resultar no desenvolvimento
de procedimentos de teste ou abordagens para lidar com eles. A Figura 8-7 é um exemplo de um
fluxograma de processos de revisões de projeto.

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CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

1 2 3
Solicitação Cópia de Desenvolver
de projeto conformidade o artefato

NÃO

4
7 6 5 Artefato
Controle de
Fornecedores Saída do artefato aprovado
mudanças para
fabricam provas para provas especificações
SIM
NÃO
NÃO

8
9 10
Revisão/
Revisão/ Prova aprovada
aprovação de SIM SIM
aprovação retorna para
desenvolvimento
de GQ o fornecedor
do pacote

11
12
Especificações
Pedir
assinadas
materiais
(pacote e GQ)

Figura 8-7. Fluxograma de processos

.8 Metodologias proprietárias de gerenciamento da qualidade


Incluem Seis Sigma, Lean Seis Sigma, Desdobramento da função qualidade (Quality Function
Deployment, QFD), CMMI®, etc. Existem muitas outras metodologias—essa lista de exemplos não se
propõe a ser completa e não é uma lista de recomendações.

.9 Ferramentas adicionais de planejamento da qualidade


Outras ferramentas de planejamento da qualidade são usadas com frequência para definir melhor
os requisitos de qualidade e planejar atividades de gerenciamento da qualidade eficazes. Elas incluem,
entre outras:
• Brainstorming (definida na Seção 11.2.2.2).
• Diagramas de afinidade, usados para identificar visualmente os agrupamentos lógicos com
base em relacionamentos naturais.
• Análise do campo de força, que são diagramas das forças a favor e contra a mudança.
• Técnicas de grupos nominais, para permitir que as ideias passem pelo brainstorming em
pequenos grupos e depois sejam analisadas por um grupo maior.

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8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

• Diagramas matriciais, que incluem dois, três ou quatro grupos de informações e mostram
as relações entre fatores, causas e objetivos. Os dados de uma matriz são organizados em
linhas e colunas com células de interseção que podem ser preenchidas com informações que
descrevam os relacionamentos demonstrados entre os itens localizados na linha e na coluna.
• Matrizes de priorização, que fornecem uma forma de classificar um conjunto variado
de problemas e/ou questões (normalmente gerados durante o brainstorming) pela sua
importância.

8.1.3 Planejar a qualidade: saídas


.1 Plano de gerenciamento da qualidade
O plano de gerenciamento da qualidade descreve como a equipe de gerenciamento de
projetos implementará a política de qualidade da organização executora. É um componente ou
plano auxiliar do plano de gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1).

O plano de gerenciamento da qualidade fornece entradas para o plano geral de gerenciamento do


projeto e inclui o controle da qualidade, a garantia da qualidade e as abordagens de melhoria contínua
de processos para o projeto.

O plano de gerenciamento da qualidade pode ser formal ou informal, altamente detalhado ou


estruturado em termos gerais. O estilo e os detalhes são determinados pelos requisitos do projeto.
O plano de gerenciamento da qualidade deve ser revisado na parte inicial do projeto para garantir
que as decisões sejam baseadas em informações precisas. As vantagens dessa revisão incluem a
redução dos custos e dos atrasos no cronograma causados pelo retrabalho.

.2 Métricas da qualidade
Uma métrica da qualidade é uma definição operacional que descreve, em termos bem específicos,
um atributo do projeto ou do produto, e como o processo de controle da qualidade irá medi-lo. A
medição é um valor real. A tolerância define as variações aceitáveis nas métricas. Por exemplo, uma
métrica relacionada com o objetivo de qualidade de ficar dentro do orçamento aprovado em ± 10%
poderia ser medir o custo de cada entrega e determinar a variação percentual do orçamento aprovado
para essa entrega. As métricas da qualidade são usadas nos processos de garantia da qualidade e
de controle da qualidade. Alguns exemplos de métricas da qualidade incluem desempenho dentro do
prazo, controle do orçamento, frequência de defeitos, taxa de falha, disponibilidade, confiabilidade e
cobertura de testes.

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CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

.3 listas de verificação da qualidade


Uma lista de verificação é uma ferramenta estruturada, geralmente específica do componente,
usada para verificar se um conjunto de etapas necessárias foi executado. As listas de verificação variam
de simples a complexas com base nos requisitos e nas práticas do projeto. Muitas organizações têm
listas de verificação padronizadas disponíveis para garantir a consistência em tarefas realizadas com
frequência. Em algumas áreas de aplicação, também existem listas de verificação disponibilizadas
por associações profissionais ou fornecedores de serviços comerciais. As listas de verificação da
qualidade são usadas no processo de controle da qualidade.

.4 Plano de melhorias no processo


O plano de melhorias no processo é um plano auxiliar do plano de gerenciamento do projeto (Seção
4.2.3.1). O plano de melhorias no processo detalha as etapas de análise de processos para identificar
as atividades que aumentam o seu valor. As áreas a serem consideradas incluem:
• limites do processo. Descrevem a finalidade dos processos, seu início e fim, as entradas/
saídas, os dados necessários, o proprietário e as partes interessadas.
• Configuração do processo. Uma representação gráfica dos processos, com as interfaces
identificadas, usada para facilitar a análise.
• Métricas do processo. Junto com os limites de controle, permite a análise da eficiência do
processo.
• Metas para melhoria do desempenho. Orientam as atividades de melhorias no processo.
.5 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Registro das partes interessadas e
• Matriz de responsabilidades (Seção 9.1.2.1).

8.2 Realizar a garantia da qualidade


Realizar a garantia da qualidade é o processo de auditoria dos requisitos de qualidade e dos resultados
das medições do controle da qualidade para garantir que sejam usados os padrões de qualidade e definições
operacionais apropriados. Consulte as Figuras 8-8 e 8-9. Realizar a garantia da qualidade é um processo de
execução que usa dados criados durante o processo Realizar o controle da qualidade (Seção 8.3).

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201
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

O departamento de garantia da qualidade, ou organização similar, em geral supervisiona as atividades de


garantia da qualidade. O suporte da garantia da qualidade, independentemente do título da unidade, pode ser
fornecido à equipe do projeto, à gerência da organização executora, ao cliente ou ao patrocinador, bem como
a outras partes interessadas que não estejam envolvidas ativamente no trabalho do projeto.

O processo Realizar a garantia da qualidade também inclui a melhoria contínua do processo, que é um
meio iterativo de melhorar a qualidade de todos os processos. A melhoria contínua de processos reduz o
desperdício e elimina as atividades que não agregam valor, permitindo que os processos sejam operados com
níveis mais altos de eficiência e eficácia.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Atualizações dos ativos de
do projeto .1 Ferramentas e técnicas de processos organizacionais
.2 Métricas da qualidade Planejar a qualidade e .2 Solicitações de mudança
.3 Informações sobre o Realizar o controle da .3 Atualizações do plano de
desempenho do trabalho qualidade gerenciamento do projeto
.4 Medições do controle da .2 Auditorias de qualidade .4 Atualizações dos
qualidade .3 Análise de processos documentos do projeto

Figura 8-8. Realizar a garantia da qualidade: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento da qualidade do projeto

4.2 8.1 8.3


Desenvolver o plano Planejar Documentos
Realizar o controle
de gerenciamento a qualidade do projeto
da qualidade
do projeto

• Plano de • Medições do controle


gerenciamento • Métricas da da qualidade
da qualidade qualidade
• Plano de melhorias 4.5
no processo • Atualizações
dos documentos Realizar o controle
do projeto integrado de
• Atualizações do plano de 8.2 mudanças
gerenciamento do projeto Realizar a • Solicitações
garantia da de mudança
qualidade
• Informações sobre o
• Atualizações dos ativos Empresa/
desempenho do trabalho
de processos organizacionais
Organização
4.3
Orientar e
gerenciar a
execução do projeto

Figura 8-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar a garantia da qualidade

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202
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

8.2.1 Realizar a garantia da qualidade: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém as seguintes informações
que são usadas para garantir a qualidade:
• Plano de gerenciamento da qualidade. O plano de gerenciamento da qualidade descreve
como a garantia da qualidade será realizada dentro do projeto.
• Plano de melhorias no processo. O plano de melhorias no processo detalha os passos para
analisar os processos e identificar as atividades que aumentam o seu valor.
.2 Métricas da qualidade
Descritas na Seção 8.1.3.2.

.3 Informações sobre o desempenho do trabalho


As informações sobre o desempenho das atividades do projeto são coletadas regularmente durante o
projeto. Os resultados de desempenho que podem apoiar o processo de auditoria incluem, entre outros:
• Medições de desempenho técnico;
• Andamento das entregas do projeto;
• Progresso do cronograma e
• Custos incorridos.
.4 Medições do controle da qualidade
As medições do controle da qualidade são os resultados das atividades de controle da qualidade.
São usadas para analisar e avaliar os padrões e processos de qualidade da organização executora
(Seção 8.3.3.1).

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8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

8.2.2 Realizar a garantia da qualidade: ferramentas e técnicas


.1 Ferramentas e técnicas de Planejar a qualidade e Realizar o controle da qualidade
As ferramentas e técnicas de planejar a qualidade e realizar o controle da qualidade são analisadas
na Seção 8.1.2. A Seção 8.3.2 também pode ser usada para atividades de garantia da qualidade.

.2 Auditorias de qualidade
Uma auditoria da qualidade é uma revisão estruturada e independente para determinar se as
atividades do projeto estão cumprindo as políticas, os processos e os procedimentos da organização e
do projeto. Os objetivos de uma auditoria da qualidade são:
• Identificar todas as boas/melhores práticas que estão sendo implementadas;
• Identificar todas as lacunas/deficiências;
• Compartilhar as boas práticas utilizadas ou implementadas em projetos similares na organização
e/ou no setor;
• Oferecer apoio proativo de forma positiva para melhorar a implementação de processos, a fim
de ajudar a equipe a aumentar a produtividade e
• Destacar as contribuições de cada auditoria no repositório de lições aprendidas da organização.
Os esforços subsequentes para corrigir deficiências devem resultar em uma redução do custo
da qualidade e um aumento da aceitação do produto do projeto por parte do cliente. As auditorias
de qualidade podem ser programadas ou aleatórias, e podem ser realizadas por auditores internos
ou externos.

As auditorias de qualidade podem confirmar a implementação de solicitações de mudança


aprovadas, incluindo ações corretivas, reparos de defeitos e ações preventivas.

.3 Análise de processos
A análise de processos segue as etapas descritas no plano de melhorias no processo para identificar
as melhorias necessárias. Essa análise também examina os problemas ocorridos, as restrições
encontradas e as atividades sem valor agregado identificadas durante a operação dos processos.
A análise de processos inclui a análise de causas-raiz—uma técnica específica para identificar um
problema, descobrir as causas subjacentes que levaram a ele e desenvolver ações preventivas.

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204
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

8.2.3 Realizar a garantia da qualidade: saídas


.1 Atualizações dos ativos de processos organizacionais
Os elementos dos ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, mas
não se limitam, aos padrões de qualidade.

.2 Solicitações de mudança
A melhoria da qualidade inclui adotar ações para aumentar a eficiência e/ou a eficácia das políticas,
dos processos e dos procedimentos da organização executora. As solicitações de mudança são criadas
e usadas como entradas no processo Realizar o controle integrado de mudanças (Seção 4.5) para
permitir a consideração total das melhorias recomendadas. As solicitações de mudança podem ser
usadas para adotar ações corretivas ou preventivas, ou para realizar o reparo dos defeitos.

.3 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Plano de gerenciamento da qualidade;
• Plano de gerenciamento do cronograma e
• Plano de gerenciamento dos custos.
.4 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Relatórios de auditorias de qualidade;
• Planos de treinamento e
• Documentação dos processos.

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205
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

8.3 Realizar o controle da qualidade


Realizar o controle da qualidade é o processo de monitoramento e registro dos resultados da execução
das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias. O controle
da qualidade é realizado durante todo o projeto. Os padrões de qualidade incluem os processos do projeto
e as metas do produto. Os resultados do projeto incluem as entregas e os resultados do gerenciamento do
projeto, tais como desempenho de custos e de prazos. O controle da qualidade em geral é realizado por um
departamento de controle de qualidade ou uma unidade da organização com nome semelhante. As atividades
de controle da qualidade identificam as causas da baixa qualidade do processo ou produto e recomendam e/
ou executam as ações para eliminá-las. Consulte as Figuras 8-10 e 8-11.

A equipe de gerenciamento do projeto deve ter um conhecimento prático de controle estatístico da qualidade,
principalmente de amostragem e probabilidade, para ajudar a avaliar as saídas do controle da qualidade. Entre
outros assuntos, é recomendável que a equipe conheça as diferenças entre os seguintes pares de termos:
• Prevenção (manter os erros fora do processo) e inspeção (manter os erros fora do alcance do cliente).
• Amostragem de atributos (o resultado está em conformidade ou não está em conformidade)
e amostragem de variáveis (o resultado é classificado em uma escala contínua que mede o grau
de conformidade).
• Tolerâncias (intervalo especificado de resultados aceitáveis) e limites de controle (limites que podem
indicar se o processo está fora de controle).

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Medições do controle da
do projeto .1 Diagramas de causa qualidade
.2 Métricas da qualidade e efeito .2 Mudanças validadas
.3 Listas de verificação da .2 Gráficos de controle .3 Entregas validadas
qualidade .3 Fluxogramas .4 Atualizações dos ativos de
.4 Medições de .4 Histograma processos organizacionais
desempenho do trabalho .5 Diagrama de Pareto .5 Solicitações de mudança
.5 Solicitações de mudança .6 Gráfico de execução .6 Atualizações do plano de
aprovadas .7 Diagrama de dispersão gerenciamento do projeto
.6 Entregas .8 Amostragem estatística .7 Atualizações dos
.7 Ativos de processos .9 Inspeção documentos do projeto
organizacionais .10 Revisão das solicitações
de mudança aprovadas

Figura 8-10. Realizar o controle da qualidade: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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206
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

4.2 Gerenciamento da Atualizações dos


Desenvolver o plano
de gerenciamento
qualidade do projeto documentos
• Mudanças do projeto
do projeto validadas
8.1 • Atualizações
• Plano de gerenciamento Planejar dos documentos
da qualidade do projeto
a qualidade
4.2
4.3
Desenvolver o plano
Orientar e gerenciar
de gerenciamento
a execução • Atualizações
• Listas de verificação
do plano de
do projeto
do projeto da qualidade
gerenciamento
• Métricas da do projeto
• Entregas qualidade

• Solicitações 4.5
4.5 8.3 Realizar o controle
Realizar o de mudança
Realizar o controle integrado de
integrado controle mudanças
• Solicitações da qualidade
de mudanças de mudança
aprovadas • Medições de
desempenho • Medições do controle
do trabalho da qualidade • Entregas
5.5 validadas 5.4
Controlar Verificar o escopo
o escopo
8.2
Realizar a garantia
6.6 da qualidade
Controlar
o cronograma

7.3
Controlar
os custos

• Ativos de processos organizacionais


Empresa/ • Atualizações dos ativos de processos
Organização organizacionais

Figura 8-11. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar o controle da qualidade

8.3.1 Realizar o controle da qualidade: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém o plano de gerenciamento
da qualidade, que é usado para controlar a qualidade. O plano de gerenciamento da qualidade
descreve como o controle da qualidade será realizado no projeto.

.2 Métricas da qualidade
Descritas na Seção 8.1.3.2.

.3 listas de verificação da qualidade


Descritas na Seção 8.1.3.3.

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207
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

.4 Medições de desempenho do trabalho


As medições de desempenho do trabalho são usadas para produzir métricas das atividades do
projeto para avaliar o progresso real em comparação com o progresso planejado. Essas métricas
incluem, entre outras:
• Desempenho técnico planejado versus real;
• Desempenho dos prazos planejados versus reais e
• Desempenho dos custos planejados versus reais.
.5 Solicitações de mudança aprovadas
Como parte do processo Realizar o controle integrado de mudanças, uma atualização do andamento
do controle de mudanças indica que algumas mudanças foram aprovadas e outras não. As solicitações
de mudança aprovadas podem incluir modificações como reparos de defeitos, revisão dos métodos
de trabalho e revisão do cronograma. A implementação oportuna das mudanças aprovadas precisa
ser verificada.

.6 Entregas
Descritas na Seção 4.3.3.1.

.7 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Realizar o controle da
qualidade incluem, entre outros:
• Padrões e políticas de qualidade;
• Diretrizes padronizadas do trabalho e
• Procedimentos de relatórios de questões e defeitos e políticas de comunicação.

8.3.2 Realizar o controle da qualidade: ferramentas e técnicas


As sete primeiras das ferramentas e técnicas abaixo são conhecidas como as sete ferramentas básicas da
qualidade de Ishikawa.

.1 Diagramas de causa e efeito


Os diagramas de causa e efeito, também conhecidos como diagramas de Ishikawa ou diagramas
de espinha de peixe, ilustram como diversos fatores podem estar ligados a problemas ou efeitos
potenciais. As Figuras 8-12 e 8-13 são exemplos de diagramas de causa e efeito. Uma possível causa-
raiz pode ser revelada ao continuar a perguntar “por quê?” ou “como?” seguindo uma das linhas. Os
diagramas “Por quê-Por quê” e “Como-Como” podem ser usados na análise de causa e efeito. Os
diagramas de causa e efeito também são usados na análise de riscos (Seção 11.2.2.5).

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208
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

Tempo Máquina Método Material

Defeito
significativo

Energia Medição Funcionários Ambiente

Causas potenciais Efeito

Figura 8-12. Fontes clássicas de problemas a considerar

Erro de reserva de hotel


Sem filtro nas telas Clarão oriundo
das lâmpadas
halógenas Ruído e distrações
Política Iluminação no teto
Esquema Isolamento acústico insuficiente
Sapato formal exigido do lobby

Ambiente

Figura 8-13. Segmento sobre o ambiente expandido por brainstorming

.2 gráficos de controle
Os gráficos de controle estão descritos na Seção 8.1.2.3. Nesse processo, os dados adequados
são coletados e analisados para indicar a qualidade dos processos e produtos do projeto. Os gráficos
de controle ilustram como um processo se comporta com o passar do tempo e quando um processo
está sujeito a uma variação com causa especial, resultando em uma situação fora de controle. Eles
respondem graficamente à pergunta: “A variação desse processo está dentro dos limites aceitáveis?”
O padrão dos pontos de dados em um gráfico de controle pode revelar valores flutuantes aleatórios,
saltos repentinos nos processos ou uma tendência gradual de aumento de variação. Ao monitorar a
saída de um processo ao longo do tempo, o gráfico de controle pode ajudar a avaliar se a aplicação
das mudanças no processo resultou nas melhorias desejadas.

Quando um processo está dentro dos limites aceitáveis, ele está sob controle e não precisa ser
ajustado. Por outro lado, quando o processo está fora dos limites aceitáveis, ele precisa ser ajustado.
Sete pontos consecutivos fora do limite de controle superior ou inferior indicam que o processo está fora
de controle. O limite de controle superior e o limite de controle inferior geralmente são definidos como
± 3σ, onde 1σ corresponde a um desvio padrão.

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209
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

.3 Fluxogramas
Descrita na Seção 8.1.2.7, a elaboração de fluxogramas é usada durante o processo Realizar
o controle da qualidade para determinar as etapas do processo que não estão em conformidade e
identificar oportunidades potenciais de melhoria do processo. A elaboração de fluxogramas também é
usada na análise de riscos (Seção 11.2.2.5).

.4 histograma
Um histograma é um gráfico de barras verticais que mostra com que frequência ocorreu um
determinado estado de uma variável. Cada coluna representa um atributo ou uma característica
de um problema ou uma situação. A altura de cada coluna representa a frequência relativa da
característica. Essa ferramenta ajuda a ilustrar a causa mais comum dos problemas em um processo,
com a quantidade e a altura relativa das barras. A Figura 8-14 é um exemplo de um histograma não-
ordenado que mostra as causas do atraso na entrada por parte de uma equipe de projeto.

Causas de atraso no horário de entrada


35
30
25
20
15
10
5
0
Tempo Direcionamento Documentação Falha
Viagem
insuficiente da gerência do processo do sistema
Frequência 22 3 30 3 16

Figura 8-14. histograma

.5 Diagrama de Pareto
O diagrama de Pareto, ou gráfico de Pareto, é um tipo específico de histograma, ordenado por
frequência de ocorrência. Mostra quantos defeitos foram gerados por tipo ou categoria de causa
identificada (Figura 8-15). A ordem de classificação é usada para direcionar a ação corretiva. A equipe
do projeto deve abordar em primeiro lugar as causas que estão gerando o maior número de defeitos.

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210
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

Os diagramas de Pareto estão conceitualmente relacionados com a Lei de Pareto, que afirma que
em geral um número relativamente pequeno de causas é responsável pela maioria dos problemas ou
defeitos. Essa regra é conhecida como o princípio 80/20, onde 80% dos problemas se devem a 20%
das causas. Os diagramas de Pareto também podem ser usados para resumir vários tipos de dados
visando análises 80/20.

Diagrama de Pareto das causas de atraso no horário de entrada


40 100%

35 90%
80%

Porcentagem de defeitos
30
70%
25 60%
Taxa de defeitos

20 50%

15 40%
30%
10
20%
5 10%
0 0%
Instruções Tempo Falha do Direcionamento
Viagem Outros
do processo insuficiente sistema da gerência
Frequência 30 25 15 11 5 14
Acumulado 30% 55% 70% 81% 86% 100%
Ocorrências

Figura 8-15. Diagrama de Pareto

.6 gráfico de execução
Semelhante a um gráfico de controle sem a exibição dos limites, o gráfico de execução mostra o
histórico e o padrão de variação. O gráfico de execução é um gráfico de linhas que mostra os pontos
de dados plotados na ordem em que ocorreram. Os gráficos de execução mostram as tendências de
um processo ao longo do tempo, a variação ao longo do tempo, ou as deteriorações ou melhorias em
um processo ao longo do tempo. A análise das tendências é realizada usando os gráficos de execução
e envolve técnicas matemáticas para prever os resultados futuros com base nos resultados históricos.
A análise das tendências com frequência é usada para monitorar:

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211
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

• Desempenho técnico. Quantos erros ou defeitos foram identificados e quantos permanecem


sem correção?
• Desempenho dos custos e prazos. Quantas atividades por período foram concluídas com
variações significativas?
.7 Diagrama de dispersão
O diagrama de dispersão (Figura 8-16) mostra o relacionamento entre duas variáveis. Essa
ferramenta permite que a equipe de qualidade estude e identifique o relacionamento possível entre
as mudanças observadas em duas variáveis. São plotadas as variáveis dependentes e as variáveis
independentes. Quanto mais próximos estiverem os pontos em relação a uma linha diagonal, mais
próximo será o relacionamento entre eles. A Figura 8-16 mostra a correlação entre a data de entrega
do cartão de ponto e o número de dias de viagem por mês.

Entrega do cartão de ponto em dia (o ideal é zero)


8
Dias de entrega, cedo ou tarde

6
4
2
0
-2 0 5 10 15 20 25
-4
-6
Total de dias de viagem no mês

Figura 8-16. Diagrama de dispersão

.8 Amostragem estatística
Descrita na Seção 8.1.2.6. As amostras são selecionadas e testadas conforme definido no plano
de qualidade.

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212
CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO 8

.9 Inspeção
Uma inspeção é o exame de um produto de trabalho para determinar se está em conformidade
com os padrões documentados. Os resultados de uma inspeção geralmente incluem medições e
podem ser obtidos em qualquer nível. Por exemplo, é possível inspecionar os resultados de uma única
atividade ou o produto final de um projeto. As inspeções podem ser chamadas de revisões, revisões
por pares, auditorias ou homologações (em inglês, walkthroughs). Em algumas áreas de aplicação,
esses termos têm significados mais restritos e específicos. As inspeções também são usadas para
validar os reparos dos defeitos.

.10 Revisão das solicitações de mudança aprovadas


Todas as solicitações de mudança aprovadas devem ser revisadas para verificar se foram
implementadas conforme haviam sido aprovadas.

8.3.3 Realizar o controle da qualidade: saídas


.1 Medições do controle da qualidade
As medições do controle da qualidade são os resultados documentados das atividades de controle
da qualidade de acordo com o formato especificado durante o planejamento da qualidade.

.2 Mudanças validadas
Todos os itens alterados ou reparados são inspecionados e serão aceitos ou rejeitados antes do
fornecimento da notificação da decisão. Os itens rejeitados podem exigir retrabalho.

.3 Entregas validadas
Uma das metas do controle da qualidade é determinar a correção das entregas. Os resultados da
execução dos processos de controle da qualidade são as entregas validadas. As entregas validadas
constituem uma entrada para Verificar o escopo (5.4.1.4) para a obtenção do aceite formal.

.4 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os elementos dos ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem,
entre outros:
• listas de verificação concluídas. Quando são usadas listas de verificação, as listas concluídas
tornam-se parte dos registros do projeto (Seção 4.1.1.5).

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213
8 CAPíTUlO 8 − gEREnCIAMEnTO DA QUAlIDADE DO PROjETO

• Documentação de lições aprendidas. As causas das variações, o motivo por trás da ação
corretiva escolhida e outros tipos de lições aprendidas com o controle da qualidade são
documentados para inclusão no banco de dados histórico do projeto e da organização
executora. As lições aprendidas são documentadas durante todo o ciclo de vida do projeto,
caso contrário, no mínimo, durante o encerramento do projeto.
.5 Solicitações de mudança
Se as ações corretivas ou preventivas recomendadas ou um reparo em um defeito exigir uma
modificação no plano de gerenciamento do projeto, deverá ser iniciada uma solicitação de mudança
(Seção 4.4.3.1) de acordo com o processo Realizar o controle integrado de mudanças (4.5) definido.

.6 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Plano de gerenciamento da qualidade e
• Plano de melhorias no processo.
.7 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros, os padrões de qualidade.

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214
9

CAPÍTULO 9
GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HUMANOS DO PROJETO
O gerenciamento dos recursos humanos do projeto inclui os processos que organizam e gerenciam a
equipe do projeto. A equipe do projeto consiste nas pessoas com papéis e responsabilidades designadas para
a conclusão do projeto. O tipo e o número de membros da equipe do projeto podem mudar com frequência
ao longo do projeto. Os membros da equipe do projeto também podem ser referidos como pessoal do projeto.
Embora os papéis e responsabilidades específicas para os membros da equipe do projeto sejam designadas, o
envolvimento de todos os membros da equipe no planejamento do projeto e na tomada de decisões pode ser
benéfico. O envolvimento e a participação dos membros da equipe desde o início agrega seus conhecimentos
durante o processo de planejamento e fortalece o compromisso com o projeto.

A Figura 9-1 fornece um resumo dos processos de gerenciamento dos recursos humanos do projeto, que são:

9.1 Desenvolver o plano de recursos humanos—O processo de identificação e documentação de


funções, responsabilidades, habilidades necessárias e relações hierárquicas do projeto, além da
criação de um plano de gerenciamento do pessoal.
9.2 Mobilizar a equipe do projeto—O processo de confirmação da disponibilidade dos recursos
humanos e obtenção da equipe necessária para concluir as designações do projeto.
9.3 Desenvolver a equipe do projeto—O processo de melhoria de competências, interação da
equipe e ambiente global da equipe para aprimorar o desempenho do projeto.
9.4 gerenciar a equipe do projeto—O processo de acompanhar o desempenho de membros da
equipe, fornecer feedback, resolver questões e gerenciar mudanças para otimizar o desempenho
do projeto.
A equipe de gerenciamento de projetos é um subconjunto da equipe do projeto e é responsável pelas
atividades de gerenciamento do projeto e liderança, como iniciação, planejamento, execução, monitoramento,
controle e encerramento das várias fases do projeto. Este grupo também pode ser chamado de equipe principal,
equipe executiva, ou equipe de liderança. Para projetos menores, as responsabilidades de gerenciamento do
projeto podem ser compartilhadas por toda a equipe ou administradas exclusivamente pelo gerente de projetos.
O patrocinador do projeto trabalha com a equipe de gerenciamento de projetos, em geral com apoio em questões
como financiamento do projeto, esclarecimento do escopo e monitoramento do progresso, e influenciando
outras pessoas para beneficiar o projeto.

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215
9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

Gerenciar e liderar a equipe do projeto também inclui, entre outras atividades:


• Influenciar a equipe do projeto. Conhecer, e influenciar quando possível, os fatores de recursos
humanos que podem impactar o projeto. Isso inclui o ambiente da equipe, localizações geográficas
dos membros da equipe, comunicações entre as partes interessadas, questões políticas internas e
externas, questões culturais, singularidade organizacional e outros fatores de pessoal que podem
alterar o desempenho do projeto.
• Comportamento profissional e ético. A equipe de gerenciamento de projetos deve estar ciente, assumir
o compromisso e garantir que todos os membros da equipe tenham um comportamento ético.
Os processos de gerenciamento de projetos em geral são apresentados como processos distintos com
interfaces definidas; porém, na prática, eles se sobrepõem e interagem de formas que não podem ser
completamente detalhadas no Guia PMBOK®. Exemplos de interações que exigem planejamento adicional
incluem as seguintes situações:
• Depois que os membros da equipe inicial criam uma estrutura analítica do projeto, pode ser
necessário mobilizar pessoal adicional.
• Quando membros adicionais são incluídos na equipe, seus níveis de experiência (ou inexperiência)
podem aumentar ou reduzir o risco do projeto, criando a necessidade de atualizações complementares
no planejamento de riscos.
• Quando as durações das atividades são estimadas, orçadas, delimitadas ou planejadas antes da
identificação de todos os membros da equipe do projeto e seus níveis de competências, as durações
das atividades estarão sujeitas a alterações.

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216
CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

Visão geral do gerenciamento


dos recursos humanos do projeto

9.1 Desenvolver o plano 9.2 Mobilizar a 9.3 Desenvolver a


de recursos humanos equipe do projeto equipe do projeto
.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas
.1 Requisitos de recursos .1 Plano de gerenciamento .1 Designações do pessoal
das atividades do projeto do projeto
.2 Fatores ambientais da .2 Fatores ambientais da empresa .2 Plano de gerenciamento
empresa .3 Ativos de processos do projeto
.3 Ativos de processos organizacionais .3 Calendários dos recursos
organizacionais
.2 Ferramentas e Técnicas .2 Ferramentas e Técnicas
.2 Ferramentas e Técnicas .1 Pré-designação .1 Habilidades interpessoais
.1 Organogramas e descrições .2 Negociação .2 Treinamento
de cargos .3 Contratação .3 Atividades de construção
.2 Rede de relacionamentos .4 Equipes virtuais da equipe
.3 Teoria organizacional .4 Regras básicas
.3 Saídas .5 Agrupamento
.3 Saídas .1 Designações do pessoal .6 Reconhecimento e
.1 Plano de recursos humanos do projeto recompensas
.2 Calendários dos recursos
.3 Atualizações do plano de .3 Saídas
gerenciamento do projeto .1 Avaliação do desempenho
9.4 Gerenciar a da equipe
equipe do projeto .2 Atualizações dos fatores
ambientais da empresa
.1 Entradas
.1 Designações do pessoal
do projeto
.2 Plano de gerenciamento
do projeto
.3 Avaliação do desempenho
da equipe
.4 Relatórios de desempenho
.5 Ativos de processos
organizacionais
.2 Ferramentas e Técnicas
.1 Observação e conversas
.2 Avaliações de desempenho
do projeto
.3 Gerenciamento de conflitos
.4 Registro das questões
.5 Habilidades interpessoais
.3 Saídas
.1 Atualizações dos fatores
ambientais da empresa
.2 Atualizações dos ativos de
processos organizacionais
.3 Solicitações de mudança
.4 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto

Figura 9-1. visão geral do gerenciamento dos recursos humanos do projeto

©2008 Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) - Quarta Edição

217
9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

9.1 Desenvolver o plano de recursos humanos


Desenvolver o plano de recursos humanos é o processo de identificar e documentar papéis,
responsabilidades, habilidades necessárias e relações hierárquicas do projeto, e criar um plano de
gerenciamento de pessoal. (Consulte as Figuras 9-2 e 9-3.) O planejamento de recursos humanos é usado
para determinar e identificar recursos humanos com as habilidades necessárias para o êxito do projeto. O
plano de recursos humanos documenta papéis e responsabilidades do projeto, organogramas do projeto
e o plano de gerenciamento de pessoal, incluindo o cronograma para mobilização e liberação de pessoal.
Também pode incluir identificação de necessidades de treinamento, estratégias para construção da equipe,
planos para programas de reconhecimento e recompensas, considerações sobre conformidade, questões
de segurança e o impacto do plano de gerenciamento de pessoal sobre a organização.

É importante considerar a disponibilidade de recursos humanos escassos ou limitados, ou a concorrência


por eles. Os papéis do projeto podem ser designados para pessoas ou grupos. As pessoas ou os grupos
podem ser internos ou externos à organização executora do projeto. Outros projetos podem estar concorrendo
por recursos com as mesmas competências ou conjuntos de habilidades. Considerando esses fatores, os
custos do projeto, cronogramas, riscos, qualidade e outras áreas podem ser significativamente afetadas. Um
planejamento de recursos humanos eficaz deve considerar e planejar esses fatores, e desenvolver opções de
recursos humanos.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Requisitos de recursos .1 Plano de recursos humanos
das atividades .1 Organogramas e
.2 Fatores ambientais da descrições de cargos
empresa .2 Rede de relacionamentos
.3 Ativos de processos .3 Teoria organizacional
organizacionais

Figura 9-2. Desenvolver o plano de recursos humanos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

6.3
Estimar os
recursos das
Gerenciamento dos recursos
atividades humanos do projeto

• Requisitos de recursos
das atividades 9.1 4.2
Desenvolver o Desenvolver o plano
plano de recursos de gerenciamento
humanos do projeto
• Ativos de processos
organizacionais
• Fatores ambientais • Plano de
da empresa recursos humanos
7.1
Estimar os custos
Empresa/
Organização

Figura 9-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver o plano de recursos humanos

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218
CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

9.1.1 Desenvolver o plano de recursos humanos: entradas


.1 Requisitos de recursos das atividades
O planejamento de recursos humanos usa requisitos de recursos das atividades (Seção 6.3.3.1)
para determinar as necessidades de recursos humanos do projeto. Os requisitos preliminares de
pessoal e competências para os membros da equipe do projeto são elaborados progressivamente
como parte do processo de planejamento de recursos humanos.

.2 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa (seção 1.8) que podem influenciar o processo de desenvolver o
plano de recursos humanos incluem, entre outros:
• Cultura e estrutura da organização;
• Recursos humanos existentes;
• Políticas de administração de pessoal e
• Condições do mercado.
.3 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais (Seção 2.4.3) que podem influenciar a equipe do projeto no
processo de desenvolver o plano de recursos humanos incluem, entre outros:
• Processos e políticas padrão da organização e descrições de papéis padronizados;
• Modelos para organogramas e descrições de cargos e
• Informações históricas sobre estruturas organizacionais que funcionaram em projetos anteriores.

©2008 Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) - Quarta Edição

219
9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

9.1.2 Desenvolver o plano de recursos humanos: ferramentas e técnicas


.1 Organogramas e descrições de cargos
Existem diversos formatos para documentar os papéis e responsabilidades dos membros da
equipe. A maioria dos formatos correspondem a um de três tipos (Figura 9-4): hierárquico, matricial
e em formatos de texto. Além disso, algumas designações do projeto estão listadas em planos
de gerenciamento do projeto auxiliares, como os planos de riscos, qualidade ou comunicações.
Independentemente do método usado, o objetivo é garantir que cada pacote de trabalho tenha um
responsável claro, e que todos os membros da equipe entendam seus papéis e responsabilidades.

GP
MR Papel
Responsabilidades

Autoridade

Gráfico organizacional Gráfico matricial Em formato


hierárquico de responsabilidades de texto

Figura 9-4. Formatos de definição dos papéis e responsabilidades


• gráficos hierárquicos. A estrutura de organograma tradicional pode ser usada para mostrar
posições e relações em um formato gráfico de cima para baixo. As estruturas analíticas do
projeto (EAPs) projetadas para mostrar como as entregas do projeto são desdobradas em
pacotes de trabalho fornecem um método para ver as áreas de responsabilidade de alto nível.
Enquanto a EAP mostra um desdobramento das entregas do projeto, a estrutura analítica
organizacional (EAO) é organizada de acordo com os departamentos, as unidades ou equipes
da organização, com as atividades ou os pacotes de trabalho do projeto listados sob cada
departamento. Um departamento operacional, como tecnologia da informação ou compras,
pode ver todas as suas responsabilidades de projeto observando sua parte da EAO. A estrutura
analítica dos recursos (EAR) é outro gráfico hierárquico usado para desdobrar o projeto por
tipos de recursos. Por exemplo, uma estrutura analítica dos recursos pode representar todos
os soldadores e equipamentos de solda que estão sendo usados em diferentes áreas de um
navio, embora possam estar dispersos em diferentes segmentos da EAO e da EAP. A estrutura
analítica dos recursos é útil para monitorar os custos do projeto e pode ser alinhada com o
sistema de contabilidade da organização. Pode incluir outras categorias de recursos, além das
categorias de recursos humanos.

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220
CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

• gráficos matriciais. Uma matriz de responsabilidades (MR) é usada para ilustrar as conexões
entre pacotes de trabalho ou atividades e os membros da equipe do projeto. Em projetos
maiores, as MRs podem ser desenvolvidas em vários níveis. Por exemplo, uma MR de alto nível
pode definir que um grupo ou uma unidade da equipe do projeto é responsável por algo em
cada componente da EAP, enquanto MRs de nível mais baixo são usadas no grupo para designar
papéis, responsabilidades e níveis de autoridade para atividades específicas. O formato matricial
mostra todas as atividades associadas a uma pessoa e todas as pessoas associadas a uma
atividade. Isso também garante que apenas uma pessoa seja responsável por cada tarefa, para
evitar confusão. Um exemplo de MR é um gráfico RACI (Responsible, Accountable, Consult and
Inform [Responsável pela execução, Responsável pela aprovação, é Consultado e Informado]),
mostrado na Figura 9-5. O exemplo de gráfico mostra o trabalho a ser feito na coluna da
esquerda como atividades. Os recursos designados podem ser mostrados como pessoas ou
grupos. O RACI é apenas um tipo de MR; o gerente de projetos pode selecionar outras opções,
como designações de “liderança” e “recurso”, conforme apropriado para o projeto. O RACI é
especialmente importante quando a equipe tem recursos internos e externos, para garantir
divisões claras de papéis e expectativas.

Gráfico RACI Indivíduo

Atividade Ana João Carlos Cláudia Sueli

Definir A R I I I

Projetar I A R C C

Desenvolver I A R C C

Teste A I I R I
R = Responsável pela execução A = Responsável pela aprovação C = Consultado I = Informado

Figura 9-5. Matriz de responsabilidades (MR) usando um formato RACI


• Em formatos de texto. As responsabilidades de membros da equipe que requerem descrições
detalhadas podem ser especificadas em formatos de texto. Normalmente em forma de uma lista
organizada ou formulário, esses documentos fornecem informações como responsabilidades,
autoridade, competências e qualificações. Os documentos são conhecidos por diversos nomes,
incluindo descrições de cargos e formulários de papel-responsabilidade-autoridade. Esses
documentos podem ser usados como modelos para futuros projetos, especialmente quando as
informações são atualizadas no projeto atual com a aplicação das lições aprendidas.

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9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

• Outras seções do plano de gerenciamento do projeto. Algumas responsabilidades relacionadas


a gerenciar o projeto são listadas e explicadas em outras seções do plano de gerenciamento do
projeto. Por exemplo, o registro dos riscos inclui os donos dos riscos, o plano de comunicações
inclui os membros da equipe responsáveis pelas atividades de comunicação e o plano de
qualidade designa os responsáveis por realizar as atividades de garantia da qualidade e
controle da qualidade.
.2 Rede de relacionamentos
O desenvolvimento de uma rede de relacionamentos (também conhecida como networking) envolve
a interação formal e informal com outras pessoas na organização, no setor ou no ambiente profissional.
É uma forma construtiva de entender os fatores políticos e interpessoais que terão impacto na eficácia
de diversas opções de gerenciamento de pessoal. As atividades de desenvolvimento da rede de
relacionamentos em recursos humanos incluem correspondências proativas, reuniões de almoço,
conversas informais durante reuniões e eventos, congressos do setor e simpósios. O desenvolvimento
da rede de relacionamentos pode ser uma técnica útil no início de um projeto. Também pode ser
um método eficaz para aprimorar o desenvolvimento do profissional de gerenciamento de projetos
durante o projeto e após o encerramento.

.3 Teoria organizacional
A teoria organizacional fornece informações sobre a forma como as pessoas, as equipes e as
unidades organizacionais se comportam. O uso eficaz dessas informações pode reduzir o tempo, o
custo e o esforço necessários para criar as saídas do planejamento de recursos humanos e aumentar
a probabilidade de que o planejamento seja eficaz. É importante reconhecer que diferentes estruturas
organizacionais têm diferentes respostas individuais, desempenhos individuais e características de
relacionamentos pessoais.

9.1.3 Desenvolver o plano de recursos humanos: saídas


.1 Plano de recursos humanos
O plano de recursos humanos, como parte do plano de gerenciamento do projeto, fornece
orientação sobre como os recursos humanos do projeto devem ser definidos, mobilizados, gerenciados,
controlados e, por fim, liberados. O plano de recursos humanos deve incluir, entre outros itens:
• Papéis e responsabilidades. É necessário abordar os seguintes tópicos ao listar os papéis e
responsabilidades necessárias para concluir um projeto:
○ Papel. A designação que descreve a parte de um projeto pela qual uma pessoa é responsável
e responde pelos resultados. Exemplos de papéis de projeto: engenheiro civil, assessor
jurídico, analista de negócios e coordenador de testes. A clareza do papel em relação a
autoridade, responsabilidades e limites deve ser documentada.

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CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

○ Autoridade. O direito de aplicar recursos do projeto, tomar decisões e assinar aprovações.


Exemplos de decisões que precisam de autoridade clara incluem a seleção de um método
para concluir uma atividade, aceitação da qualidade e como responder às variações no
projeto. Os membros da equipe atuam melhor quando seus níveis de autoridade individuais
correspondem às suas responsabilidades individuais.
○ Responsabilidade. O trabalho que se espera que um membro da equipe do projeto execute
para concluir as atividades do projeto.
○ Competência. A habilidade e a capacidade necessárias para concluir atividades do projeto.
Se os membros da equipe do projeto não têm as competências necessárias, o desempenho
pode ser prejudicado. Quando essas incompatibilidades são identificadas, respostas
proativas (como treinamento, contratação, mudanças no cronograma ou mudanças no
escopo) são iniciadas.
• Organogramas do projeto. Um organograma do projeto é uma exibição gráfica dos membros
da equipe do projeto e suas relações hierárquicas. Pode ser formal ou informal, altamente
detalhado ou amplamente estruturado, dependendo das necessidades do projeto. Por exemplo,
o organograma do projeto para uma equipe de resposta a desastres com 3.000 pessoas terá
mais detalhes do que um organograma de um projeto interno com 20 pessoas.
• Plano de gerenciamento de pessoal. O plano de gerenciamento de pessoal, como parte
do plano de recursos humanos, que integra o plano de gerenciamento do projeto, descreve
quando e como os requisitos de recursos humanos serão atendidos. O plano de gerenciamento
de pessoal pode ser formal ou informal, altamente detalhado ou amplamente estruturado,
dependendo das necessidades do projeto. O plano é atualizado continuamente durante o
projeto para direcionar as ações recorrentes de mobilização e desenvolvimento dos membros
da equipe. As informações no plano de gerenciamento de pessoal variam de acordo com a área
de aplicação e o tamanho do projeto, mas os itens que devem ser considerados incluem:
○ Mobilização do pessoal. Algumas questões surgem ao planejar a mobilização dos
membros da equipe do projeto. Por exemplo, os recursos humanos virão de dentro da
organização ou de fontes externas contratadas? Os membros da equipe precisarão
trabalhar em um local central necessário para o projeto? Quanto apoio o departamento
de recursos humanos e os gerentes funcionais da organização podem fornecer à equipe
de gerenciamento de projetos?

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9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

○ Calendários dos recursos. O plano de gerenciamento de pessoal descreve os intervalos


de tempo necessários para membros da equipe do projeto, individual ou coletivamente,
e também quando as atividades de mobilização (como o recrutamento) devem começar.
Uma ferramenta para representações gráficas de recursos humanos é um histograma
de recursos. Este gráfico de barras ilustra quantas horas uma pessoa, um departamento
ou uma equipe de projeto inteira serão necessários a cada semana ou mês durante o
projeto. O gráfico pode incluir uma linha horizontal que representa o número máximo de
horas disponíveis de um recurso específico. As barras que se estendem além do número
máximo de horas disponíveis identificam a necessidade de uma estratégia de nivelamento
de recursos; por exemplo, adicionar mais recursos ou modificar o cronograma. Um exemplo
de histograma de recursos é ilustrado na Figura 9-6.

300

275
Carga horária para projetistas sênior

250

225

200

175

150

125

100

75

50
40
25

0
9 16 23 30 6 13 20 27 6 13 20 27 3 10 17 24 1 8 15 22
jan fev mar abr mai

Figura 9-6. histograma de recursos ilustrativo


○ Plano de liberação de pessoal. Determinar o método e a ocasião para liberar membros
da equipe beneficia o projeto e os membros da equipe. Quando membros da equipe são
liberados de um projeto, os custos associados a esses recursos não são mais lançados no
projeto, o que reduz os custos do projeto. A motivação melhora quando transições suaves
para os projetos futuros já estão planejadas. Um plano de liberação de pessoal também
ajuda a reduzir os riscos de recursos humanos que podem ocorrer durante ou no fim de
um projeto.

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○ Necessidades de treinamento. Se os membros da equipe que serão designados podem não


ter as competências necessárias, um plano de treinamento pode ser desenvolvido como
parte do projeto. O plano também pode incluir formas de ajudar os membros da equipe a
obter certificações que comprovariam sua capacidade para beneficiar o projeto.
○ Reconhecimento e recompensas. Critérios claros para recompensas e um sistema planejado
para seu uso ajudam a promover e reforçar os comportamentos desejados. Para serem
eficazes, o reconhecimento e as recompensas devem se basear em atividades e desempenho
que possam ser controlados por uma pessoa. Por exemplo, um membro da equipe que será
recompensado por cumprir os objetivos de custos deve ter um nível de controle apropriado
sobre as decisões que afetam as despesas. Criar um plano com prazos definidos para
distribuição de recompensas garante que o reconhecimento ocorra e não seja esquecido.
O reconhecimento e as recompensas são parte do processo de desenvolvimento da equipe
do projeto (Seção 9.3).
○ Conformidade. O plano de gerenciamento de pessoal pode incluir estratégias para
cumprimento das regulamentações do governo aplicáveis, contratos com sindicatos e
outras políticas de recursos humanos estabelecidas.
○ Segurança. Políticas e procedimentos que protegem os membros da equipe contra riscos
de segurança podem ser incluídos no plano de gerenciamento de pessoal e no registro
dos riscos.

9.2 Mobilizar a equipe do projeto


Mobilizar a equipe do projeto é o processo de confirmação da disponibilidade dos recursos humanos e
obtenção da equipe necessária para concluir as designações do projeto. Consulte as Figuras 9-7 e 9-8. A equipe
de gerenciamento do projeto pode ou não ter controle direto sobre a seleção dos membros da equipe devido
a acordos de negociação coletiva, uso de pessoal subcontratado, ambiente de projeto em estrutura matricial,
relações hierárquicas internas ou externas, ou diversos outros motivos. É importante que os seguintes fatores
sejam considerados durante o processo de mobilização da equipe do projeto:
• O gerente de projetos ou a equipe de gerenciamento de projetos deve negociar com eficácia e
influenciar outras pessoas que estejam em uma posição de fornecer os recursos humanos necessários
para o projeto.
• Deixar de mobilizar os recursos humanos necessários para o projeto pode afetar os cronogramas e
orçamentos, a satisfação do cliente, a qualidade e os riscos. Pode reduzir a probabilidade de êxito e,
em última instância, resultar em cancelamento do projeto.
• Se os recursos humanos não estiverem disponíveis devido a restrições, fatores econômicos ou
designações anteriores para outros projetos, o gerente de projetos ou a equipe do projeto pode
precisar designar recursos alternativos, talvez com menos competências, desde que não ocorra
infração de requisitos jurídicos, regulatórios, obrigatórios ou outros critérios específicos.

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9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

Esses fatores devem ser considerados e planejados nas etapas de planejamento do projeto. O gerente de
projetos ou a equipe de gerenciamento de projetos deverá refletir o impacto de qualquer indisponibilidade
de recursos humanos necessários no cronograma, no orçamento, nos riscos, na qualidade, nos planos de
treinamento e nos outros planos de gerenciamento do projeto, conforme necessário.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Designações do pessoal
do projeto .1 Pré-designação do projeto
.2 Fatores ambientais da .2 Negociação .2 Calendários dos recursos
empresa .3 Contratação .3 Atualizações do plano de
.3 Ativos de processos .4 Equipes virtuais gerenciamento do projeto
organizacionais

Figura 9-7. Mobilizar a equipe do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento dos recursos 6.3


4.2
Desenvolver o plano
humanos do projeto Estimar os
de gerenciamento recursos das
• Plano de
do projeto atividades
recursos
humanos
• Atualizações do plano
6.4
de gerenciamento
9.2 Estimar as
do projeto
Mobilizar a durações das
equipe do projeto • Calendários atividades
dos recursos

• Ativos de processos • Designações do


pessoal do projeto 6.5
organizacionais
• Fatores ambientais
Desenvolver
da empresa o cronograma

Empresa/
Organização 9.4 9.3
Gerenciar a Desenvolver a 7.2
equipe do projeto equipe do projeto Determinar
o orçamento

Figura 9-8. Diagrama de fluxo do processo Mobilizar a equipe do projeto

9.2.1 Mobilizar a equipe do projeto: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém o plano de recursos
humanos, que inclui as seguintes informações usadas para orientação sobre como os recursos
humanos do projeto devem ser definidos, mobilizados, gerenciados, controlados e, por fim, liberados.
Ele inclui:
• Papéis e responsabilidades definindo os cargos, as habilidades e as competências que o
projeto demanda;

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CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

• Organogramas do projeto indicando quantas pessoas são necessárias e


• Plano de gerenciamento de pessoal delineando os períodos de tempo em que cada membro
da equipe do projeto será necessário e outras informações importantes para mobilizar a
equipe do projeto.
.2 Fatores ambientais da empresa
Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo de mobilizar a equipe do
projeto incluem, entre outros:
• Informações existentes para recursos humanos, incluindo quem está disponível, seus níveis
de competência, a experiência anterior, o interesse em trabalhar no projeto e sua referência
de custos;
• Políticas de administração de pessoal, por exemplo, as que afetam a terceirização;
• Estrutura organizacional, conforme descrita na Seção 2.4.2 e
• Local ou vários locais.
.3 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de mobilização da equipe
do projeto incluem, entre outros, as políticas, os processos e os procedimentos padrão da organização.

9.2.2 Mobilizar a equipe do projeto: ferramentas e técnicas


.1 Pré-designação
Quando os membros da equipe do projeto são selecionados com antecedência, eles são considerados
pré-designados. Esta situação pode ocorrer se o projeto é resultado de pessoas específicas sendo
prometidas como parte de uma proposta em concorrência, se o projeto depende dos conhecimentos
de pessoas específicas, ou se algumas designações do pessoal são definidas no termo de abertura
do projeto.

.2 negociação
As designações do pessoal são negociadas em muitos projetos. Por exemplo, a equipe de
gerenciamento do projeto poderá precisar negociar com:
• Gerentes funcionais, para garantir que o projeto receba pessoal com as competências adequadas
e no prazo necessário e que os membros da equipe do projeto estarão capazes, dispostos e
autorizados a trabalhar no projeto até que suas responsabilidades sejam concluídas;
• Outras equipes de gerenciamento de projetos na organização executora, para designar de
forma apropriada recursos humanos escassos ou especializados e

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9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

• Organizações, fornecedores, prestadores de serviços e contratados externos, para obter


recursos humanos apropriados, escassos, especializados, qualificados, certificados ou de
outro tipo especificado. É necessário dedicar atenção especial ao negociar políticas, práticas,
processos, diretrizes, normas jurídicas e outros critérios com partes externas.
A capacidade da equipe de gerenciamento do projeto para influenciar outras pessoas tem um
papel importante na negociação das designações do pessoal, assim como as questões políticas das
organizações envolvidas. Por exemplo, um gerente funcional vai ponderar os benefícios e a visibilidade
de projetos concorrentes ao determinar onde designar as pessoas com desempenho excepcional
solicitadas por diversas equipes de projeto.

.3 Contratação
Quando a organização executora não tem o pessoal interno necessário para concluir um projeto,
os serviços necessários poderão ser contratados de fontes externas. Isso pode envolver a contratação
de consultores individuais ou subcontratação de trabalho de outra organização.

.4 Equipes virtuais
O uso de equipes virtuais cria novas possibilidades de mobilizar membros da equipe do projeto.
As equipes virtuais podem ser definidas como grupos de pessoas com um objetivo compartilhado
que executam seus papéis sem se encontrarem pessoalmente na maior parte do tempo. A
disponibilidade de comunicações eletrônicas (como e-mail, audioconferências, reuniões pela Internet
e videoconferências) viabilizou essas equipes. O formato de equipe virtual permite:
• Formar equipes com pessoas da mesma empresa que moram em áreas geográficas dispersas;
• Acrescentar conhecimentos especiais a uma equipe de projeto, mesmo quando o especialista
não está na mesma área geográfica;
• Incorporar funcionários que trabalham em escritórios residenciais;
• Formar equipes com pessoas que trabalham em turnos ou horários diferentes;
• Incluir pessoas com limitações de mobilidade ou incapacidades e
• Implementar projetos que teriam sido ignorados devido aos custos com viagens.
O planejamento das comunicações torna-se cada vez mais importante em um ambiente de
equipe virtual. Poderá ser necessário um prazo adicional para definir expectativas claras, facilitar as
comunicações, desenvolver protocolos para solucionar conflitos, incluir pessoas no processo decisório
e compartilhar o crédito pelos êxitos.

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9.2.3 Mobilizar a equipe do projeto: saídas


.1 Designações do pessoal do projeto
O pessoal do projeto estará pronto quando pessoas apropriadas tiverem sido designadas pelos
métodos descritos anteriormente. A documentação dessas designações pode incluir um diretório da
equipe do projeto, memorandos para membros da equipe, e inclusão de nomes em outras partes do
plano de gerenciamento do projeto, como organogramas e cronogramas.

.2 Calendários dos recursos


Os calendários dos recursos documentam os períodos de tempo durante os quais cada membro
da equipe do projeto pode trabalhar no projeto. A criação de um cronograma confiável (Seção 6.5.3.1)
depende de um bom entendimento dos conflitos de cronograma de cada pessoa, incluindo férias e
compromissos com outros projetos, para documentar com precisão a disponibilidade dos membros
da equipe.

.3 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre
outros, o plano de recursos humanos: por exemplo, quando pessoas específicas são designadas para
papéis e responsabilidades do projeto, talvez não exista uma correspondência exata entre os requisitos
de pessoal indicados no plano de recursos humanos e a pessoa.

9.3 Desenvolver a equipe do projeto


Desenvolver a equipe do projeto é o processo de melhoria de competências, interação e ambiente global
da equipe para aprimorar o desempenho do projeto. Os gerentes de projetos devem adquirir habilidades para
identificar, construir, manter, motivar, liderar e inspirar as equipes de projetos a alcançar um alto desempenho
da equipe e cumprir os objetivos do projeto. Consulte as Figuras 9-9 e 9-10.

O trabalho em equipe é um fator essencial para o êxito do projeto, e desenvolver equipes de projetos
eficazes é uma das responsabilidades primárias do gerente de projetos. Os gerentes de projetos devem criar
um ambiente que facilite o trabalho em equipe. Os gerentes de projetos devem motivar a equipe continuamente
fornecendo desafios e oportunidades, oferecendo feedback e apoio conforme necessário e reconhecendo e
recompensando o bom desempenho. Uma equipe de alto desempenho pode ser alcançada usando comunicações
abertas e eficazes, desenvolvendo a confiança entre os membros da equipe, administrando conflitos de forma
construtiva e estimulando soluções de problemas e tomadas de decisão de forma colaborativa. O gerente
de projetos deve solicitar o apoio da administração e/ou influenciar as partes interessadas apropriadas para
mobilizar os recursos necessários para desenvolver equipes de projeto eficazes.

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Os gerentes de projetos atuais operam em um ambiente global e trabalham em projetos caracterizados


por diversidade cultural. Com frequência, os membros da equipe têm experiência em setores diversos, vários
idiomas e, às vezes, operam na ‘’linguagem da equipe’’, adotando uma linguagem ou uma norma que não é a
sua nativa. A equipe de gerenciamento de projetos deve aproveitar as diferenças culturais, concentrar-se em
desenvolver e apoiar a equipe do projeto ao longo do ciclo de vida do mesmo, e promover o trabalho de forma
interdependente, em um clima de confiança mútua. Desenvolver a equipe do projeto melhora as habilidades
das pessoas, as competências técnicas, o ambiente global da equipe e o desempenho do projeto. Requer
comunicação clara, oportuna, eficaz e eficiente entre os membros da equipe ao longo da vida do projeto. Os
objetivos de desenvolver uma equipe de projeto incluem, entre outros:
• Aprimorar os conhecimentos e as habilidades dos membros da equipe para aumentar sua
capacidade de concluir as entregas do projeto, reduzir os custos, reduzir os cronogramas e melhorar
a qualidade;
• Aprimorar os sentimentos de confiança e consenso entre os membros da equipe para melhorar a
motivação, reduzir os conflitos e aumentar o trabalho em equipe e
• Criar uma cultura de equipe dinâmica e coesa para aumentar a produtividade individual e da equipe,
o espírito de equipe e a cooperação, e habilitar o treinamento e mentoria entre os próprios membros
da equipe para compartilhar conhecimentos e experiências.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Designações do pessoal .1 Avaliações do
do projeto .1 Habilidades interpessoais desempenho da equipe
.2 Plano de gerenciamento .2 Treinamento .2 Atualizações dos fatores
do projeto .3 Atividades de construção ambientais da empresa
.3 Calendários dos recursos da equipe
.4 Regras básicas
.5 Agrupamento
.6 Reconhecimento e
recompensas

Figura 9-9. Desenvolver a equipe do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

Gerenciamento dos
recursos humanos do projeto

9.2
Mobilizar a
4.2 equipe do projeto
Desenvolver o plano
de gerenciamento • Designações do pessoal do projeto
• Plano de
do projeto recursos • Calendários dos recursos
humanos
Empresa/
9.3
12.2 Organização
Desenvolver a • Atualizações dos
Conduzir equipe do projeto fatores ambientais
as aquisições • Calendários da empresa
dos recursos
• Avaliações do
desempenho da equipe

9.4
Gerenciar a
equipe do projeto

Figura 9-10. Diagrama de fluxo de dados do processo Desenvolver a equipe do projeto

9.3.1 Desenvolver a equipe do projeto: entradas


.1 Designações do pessoal do projeto
O desenvolvimento da equipe começa com uma lista dos membros da equipe do projeto. Os
documentos de designações do pessoal do projeto (Seção 9.2.3.1) identificam as pessoas que estão
na equipe.

.2 Plano de gerenciamento do projeto


O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém o plano de recursos
humanos (Seção 9.1.3.1), que identifica as estratégias e os planos de treinamento para desenvolver
a equipe do projeto. Itens como recompensas, feedback, treinamento adicional e ações disciplinares
podem ser acrescentados ao plano como resultado de avaliações periódicas do desempenho da
equipe e outras formas de gerenciamento da equipe do projeto.

.3 Calendários dos recursos


Os calendários dos recursos identificam as ocasiões em que os membros da equipe do projeto
podem participar de atividades de desenvolvimento da equipe.

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9.3.2 Desenvolver a equipe do projeto: ferramentas e técnicas


.1 habilidades interpessoais
Também conhecidas como “habilidades não-técnicas” (soft skills), são especialmente importantes
para o desenvolvimento da equipe. A equipe de gerenciamento do projeto pode reduzir muito os
problemas e aumentar a cooperação se entender os sentimentos dos membros da equipe do projeto,
prever suas ações, reconhecer suas preocupações e fizer um acompanhamento das questões. As
habilidades como empatia, influência, criatividade e facilitação de grupo são ativos valiosos ao
administrar a equipe do projeto.

.2 Treinamento
O treinamento inclui todas as atividades com o objetivo de aprimorar as competências dos membros
da equipe de projetos. O treinamento pode ser formal ou informal. Exemplos de métodos incluem o
treinamento na sala de aula, o online, o baseado em computador, o feito no trabalho com orientação de
outro membro da equipe de projetos, a mentoria e a orientação. Se os membros da equipe do projeto
não têm as habilidades gerenciais ou técnicas necessárias, essas podem ser desenvolvidas como
parte do trabalho do projeto. O treinamento agendado ocorre conforme definido no plano de recursos
humanos. O treinamento não-planejado ocorre como resultado de observação, conversas e avaliações
de desempenho do projeto realizadas durante o processo de gerenciamento da equipe do projeto.

.3 Atividades de construção da equipe


As atividades de construção da equipe podem variar desde uma apresentação de cinco minutos
durante uma reunião de avaliação do andamento até uma experiência em outro local com um facilitador
profissional com o objetivo de aprimorar as habilidades interpessoais. O objetivo das atividades de
construção da equipe é ajudar membros individuais da equipe a trabalhar juntos com eficácia. As
estratégias para construção da equipe são especialmente valiosas quando os membros trabalham em
locais remotos, sem o benefício do contato presencial. Comunicações e atividades informais podem
ajudar a desenvolver confiança e estabelecer bons relacionamentos de trabalho.

Uma das habilidades mais importantes ao desenvolver um ambiente de equipe envolve lidar com
problemas da equipe do projeto e discuti-los como questões da equipe. A equipe inteira deve ser
estimulada a trabalhar de forma colaborativa para solucionar esses problemas. Para desenvolver
equipes de projeto eficazes, os gerentes de projetos devem obter apoio da alta administração, obter o
compromisso dos membros da equipe, criar recompensas e reconhecimentos apropriados, criar uma
identidade de equipe, gerenciar conflitos com eficácia, promover confiança e comunicação aberta
entre os membros da equipe e, acima de tudo, prover uma boa liderança.

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Como um processo contínuo, o desenvolvimento da equipe é essencial para o êxito do projeto.


Embora o desenvolvimento da equipe seja essencial no início de um projeto, é um processo sem
fim. As mudanças em um ambiente de projeto são inevitáveis e, para gerenciá-las com eficácia,
um esforço de desenvolvimento de equipe contínuo ou renovado deve ser aplicado. O gerente de
projetos deve monitorar continuamente a atuação e o desempenho da equipe para determinar se são
necessárias ações para prevenir ou corrigir diversos problemas da equipe.

Uma teoria afirma que as equipes podem passar por cinco etapas de desenvolvimento. Em geral,
essas etapas ocorrem em ordem. Porém, não é incomum que uma equipe fique bloqueada em uma
etapa específica ou regrida para uma etapa anterior. Além disso, os projetos com membros da equipe
que trabalharam juntos no passado podem pular uma etapa.
• Formação. Nesta fase, a equipe se encontra e é informada sobre o projeto e quais são seus
papéis e responsabilidades formais. Os membros da equipe tendem a ser independentes e
a não estarem tão abertos nesta fase. Para obter mais informações, consulte a escada de
desenvolvimento de equipes de Tuckman [6].
• Conflito. Nesta fase, a equipe começa a considerar o trabalho do projeto, as decisões técnicas
e a abordagem de gerenciamento de projetos. Se os membros da equipe não estiverem
colaborativos e receptivos a ideias e pontos de vista diferentes, o ambiente pode se tornar
destrutivo.
• Acordo. Na fase de acordo, os membros da equipe começam a trabalhar juntos e adotam
hábitos e comportamentos de trabalho que apoiam a equipe. Os membros da equipe começam
a desenvolver uma confiança mútua.
• Desempenho. As equipes que alcançam a etapa de desempenho funcionam como uma unidade
bem organizada. São interdependentes e solucionam os problemas com segurança e eficácia.
• Dispersão. Na fase de dispersão, a equipe conclui o trabalho e se desliga do projeto.
A duração de uma etapa específica depende da dinâmica, do tamanho e da liderança da equipe.
Os gerentes de projetos devem ter um bom entendimento da dinâmica da equipe para orientar os
membros durante todas as etapas de forma eficaz.

.4 Regras básicas
As regras básicas definem expectativas claras sobre o comportamento aceitável dos membros
da equipe do projeto. Um compromisso com diretrizes claras desde o início reduz os equívocos no
entendimento e aumenta a produtividade. Discutir as regras básicas permite que os membros da
equipe descubram quais valores são importantes para os outros. Todos os membros da equipe do
projeto compartilham a responsabilidade pela aplicação das regras definidas.

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9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

.5 Agrupamento
O agrupamento envolve colocar alguns dos membros mais ativos da equipe do projeto, ou todos,
no mesmo local físico para aprimorar sua capacidade de atuar como uma equipe. O agrupamento
pode ser temporário, como em ocasiões estrategicamente importantes durante o projeto ou durante
o projeto inteiro. As estratégias de agrupamento podem incluir uma sala de reuniões da equipe,
lugares para publicação de cronogramas, e outras utilidades que aprimoram a comunicação e o
sentimento de pertencer a uma comunidade. Embora o agrupamento seja considerado uma boa
estratégia, às vezes o uso de equipes virtuais é inevitável.

.6 Reconhecimento e recompensas
Parte do processo de desenvolvimento da equipe envolve reconhecer e recompensar o
comportamento desejável. Os planos originais sobre formas de recompensar as pessoas são
desenvolvidos durante o processo de desenvolvimento do plano de recursos humanos. É importante
reconhecer que uma recompensa específica concedida a qualquer indivíduo só será eficaz se satisfaz
uma necessidade valorizada pelo indivíduo. As decisões de conceder prêmios são tomadas, formal
ou informalmente, durante o processo de gerenciamento da equipe do projeto com as avaliações de
desempenho do projeto (Seção 9.4.2.2). As diferenças culturais devem ser consideradas ao determinar
reconhecimento e recompensas. Por exemplo, pode ser difícil desenvolver recompensas apropriadas
para a equipe em uma cultura que estimula o individualismo.

Somente o comportamento desejável deve ser recompensado. Por exemplo, a disposição para
fazer horas extras a fim de cumprir um objetivo de cronograma apertado deve ser recompensada
ou reconhecida; a necessidade de fazer horas extras como resultado de planejamento inadequado
pelo membro da equipe não deve ser recompensada. Porém, os membros da equipe não devem ser
punidos por planejamento inadequado e expectativas não realistas impostos pela alta administração.
As recompensas do tipo ganha-perde (soma zero), que apenas um número limitado de membros da
equipe podem obter (por exemplo, membro da equipe do mês), podem prejudicar a coesão da equipe.
Recompensar o comportamento que todos podem alcançar, como entregar os relatórios de progresso
no prazo, tende a aumentar o apoio entre os membros da equipe.

As pessoas ficam motivadas se sentem que são valorizadas na organização e que este valor
é demonstrado pelas recompensas que recebem. Em geral, o dinheiro é considerado pela maioria
como um aspecto muito tangível de qualquer sistema de recompensas, mas outras recompensas
intangíveis também são eficazes. A maioria dos membros da equipe de projetos são motivados por
uma oportunidade para crescer, obter realizações e aplicar suas habilidades profissionais a novos
desafios. O reconhecimento público do bom desempenho cria um reforço positivo. Uma boa estratégia
para gerentes de projetos é conceder à equipe todo o reconhecimento possível durante o ciclo de vida
do projeto e não depois que o projeto é concluído.

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234
CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

9.3.3 Desenvolver a equipe do projeto: saídas


.1 Avaliações do desempenho da equipe
À medida que esforços de desenvolvimento da equipe do projeto (como treinamento, construção
da equipe e agrupamento) são implementados, a equipe de gerenciamento do projeto realiza
avaliações formais ou informais da eficácia da equipe do projeto. As estratégias e atividades eficazes
para desenvolvimento da equipe devem aumentar o desempenho da equipe, o que aumenta a
probabilidade de cumprir os objetivos do projeto. Os critérios para avaliação do desempenho da
equipe devem ser determinados por todas as partes apropriadas e incorporados nas entradas do
desenvolvimento da equipe do projeto. Isso é especialmente importante em projetos relacionados a
contratos ou negociações coletivas.

O desempenho de uma equipe bem-sucedida é mensurado em termos de êxito técnico de acordo


com objetivos acordados para o projeto, desempenho em relação ao cronograma (conclusão no prazo)
e desempenho em relação ao orçamento (conclusão de acordo com restrições financeiras). As equipes
de alto desempenho são caracterizadas por esse comportamento orientado a tarefas e a resultados.
Elas também exibem qualidades específicas relacionadas ao trabalho e às pessoas, que representam
medidas indiretas de desempenho do projeto.

A avaliação da eficácia de uma equipe pode incluir indicadores como:


• Melhorias em habilidades que permitam que as pessoas realizem as tarefas com mais eficácia;
• Melhorias em competências que ajudam a equipe a ter melhor desempenho como equipe;
• Redução na taxa de rotatividade do pessoal e
• Aumento na coesão da equipe em que os membros da equipe compartilham informações e
experiências abertamente e se ajudam para melhorar o desempenho geral do projeto.
Como resultado da realização de uma avaliação do desempenho geral da equipe, a equipe de
gerenciamento do projeto pode identificar o treinamento, a orientação, a mentoria, a assistência
ou as mudanças necessárias para melhorar o desempenho da equipe. Isso também deve incluir a
identificação dos recursos adequados ou necessários para alcançar e implementar as melhorias
identificadas na avaliação. Esses recursos e recomendações para melhoria da equipe devem ser
bem documentados e encaminhados às partes apropriadas. Isso é especialmente importante quando
os membros da equipe são sindicalizados, estão envolvidos em acordos coletivos, obrigados por
cláusulas contratuais de desempenho ou outras situações relacionadas.

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235
9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

.2 Atualizações dos fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem ser atualizados como resultado do processo
de desenvolvimento da equipe do projeto incluem, entre outros, fatores de administração de
pessoal, incluindo atualizações dos registros de treinamento de funcionários e nas avaliações de
suas habilidades.

9.4 gerenciar a equipe do projeto


Gerenciar a equipe do projeto é o processo de acompanhar o desempenho de membros da equipe,
fornecer feedback, resolver questões e gerenciar mudanças para otimizar o desempenho do projeto.
Consulte as Figuras 9-11 e 9-12. A equipe de gerenciamento do projeto observa o comportamento da
equipe, gerencia os conflitos, resolve questões e avalia o desempenho dos membros da equipe. Como
resultado do gerenciamento da equipe do projeto, as solicitações de mudança são encaminhadas, o plano de
recursos humanos é atualizado, as questões são resolvidas, são fornecidos comentários para as avaliações
de desempenho e as lições aprendidas são acrescentadas ao banco de dados da organização.

Gerenciar a equipe do projeto requer diversas habilidades de gerenciamento para estimular o trabalho em
equipe e integrar os esforços dos membros da equipe para criar equipes de alto desempenho. O gerenciamento
da equipe envolve uma combinação de habilidades, com ênfase especial em comunicação, gerenciamento
de conflitos, negociação e liderança. Os gerentes de projetos devem fornecer tarefas desafiadoras para os
membros da equipe e reconhecimento pelo alto desempenho.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Designações do pessoal .1 Atualizações dos fatores
do projeto .1 Observação e conversas ambientais da empresa
.2 Plano de gerenciamento .2 Avaliações de .2 Atualizações dos ativos de
do projeto desempenho do projeto processos organizacionais
.3 Avaliações do .3 Gerenciamento de .3 Solicitações de mudança
desempenho da equipe conflitos .4 Atualizações do plano de
.4 Relatórios de desempenho .4 Registro das questões gerenciamento do projeto
.5 Ativos de processos .5 Habilidades interpessoais
organizacionais

Figura 9-11. gerenciar a equipe do projeto: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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236
• Project management
plan updates

CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

Gerenciamento dos recursos


humanos do projeto

9.2 9.3
4.2 Mobilizar a equipe Desenvolver a
Desenvolver o plano do projeto equipe do projeto
de gerenciamento
do projeto
• Designações
• Avaliações do
do pessoal
desempenho
do projeto
• Plano de recursos da equipe
humanos • Atualizações do
plano de gerenciamento
do projeto
9.4 4.5
10.5 Realizar o controle
Reportar Gerenciar a
equipe do projeto • Solicitações integrado de
o desempenho mudanças
• Relatórios de mudança
de desempenho

Empresa/
Organização
• Ativos de processos
organizacionais
• Atualizações dos ativos
de processos organizacionais
• Atualizações dos fatores ambientais da empresa

Figura 9-12. Diagrama de fluxo de dados do processo gerenciar a equipe do projeto

9.4.1 gerenciar a equipe do projeto: entradas


.1 Designações do pessoal do projeto
As designações do pessoal do projeto (Seção 9.2.3.1) fornecem documentação que inclui a lista
de membros da equipe do projeto.

.2 Plano de gerenciamento do projeto


O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém o plano de gerenciamento
dos recursos humanos (Seção 9.1.3.1). O plano de recursos humanos inclui, entre outros itens:
• Papéis e responsabilidades;
• Organização do projeto e
• Plano de gerenciamento de pessoal.
.3 Avaliações do desempenho da equipe
A equipe de gerenciamento do projeto faz avaliações periódicas, formais ou informais, do
desempenho da equipe do projeto. Ao avaliar continuamente o desempenho da equipe do projeto,
é possível adotar ações para solucionar problemas, modificar a comunicação, abordar conflitos e
melhorar a interação da equipe.

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237
9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

.4 Relatórios de desempenho
Os relatórios de desempenho (Seção 10.5.3.1) fornecem documentação sobre a situação atual do
projeto em comparação com as previsões. As áreas de desempenho que podem ajudar o gerenciamento
da equipe do projeto incluem resultados de controle do cronograma, controle de custos, controle da
qualidade e verificação do escopo. As informações dos relatórios de desempenho e as previsões
relacionadas ajudam a determinar os requisitos futuros de recursos humanos, reconhecimento e
recompensas e atualizações do plano de gerenciamento de pessoal.

.5 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de gerenciar a equipe
do projeto incluem, entre outros:
• Certificados de reconhecimento;
• Boletins informativos;
• Websites;
• Sistemas de bônus;
• Recursos corporativos e
• Outros benefícios organizacionais.

9.4.2 gerenciar a equipe do projeto: ferramentas e técnicas


.1 Observação e conversas
Observação e conversas são usadas para manter o contato com o trabalho e as atitudes dos
membros da equipe do projeto. A equipe de gerenciamento do projeto monitora o progresso em
relação às entregas do projeto, realizações que são fonte de orgulho para os membros da equipe e
questões interpessoais.

.2 Avaliações de desempenho do projeto


Os objetivos para realizar avaliações de desempenho ao longo de um projeto podem incluir
esclarecimento de papéis e responsabilidades, feedback construtivo para os membros da equipe,
descoberta de questões desconhecidas ou não resolvidas, desenvolvimento de planos de treinamento
individuais e o estabelecimento de metas específicas para períodos de tempo futuros.

A necessidade de avaliações de desempenho do projeto formais ou informais depende da duração


do projeto, da complexidade do projeto, da política organizacional, de requisitos de contratos de
trabalho e da quantidade e qualidade da comunicação.

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238
CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

.3 gerenciamento de conflitos
Os conflitos são inevitáveis em um ambiente de projeto. As origens de conflitos incluem recursos
escassos, prioridades de cronograma e estilos de trabalho pessoais. As regras básicas da equipe,
as normas do grupo e práticas rigorosas de gerenciamento de projetos, como planejamento das
comunicações e definição de papéis, reduzem a quantidade de conflitos.

Um gerenciamento de conflitos bem-sucedido resulta em maior produtividade e em relacionamentos


de trabalho positivos. Quando o gerenciamento é adequado, as diferenças de opinião podem resultar
em aumento da criatividade e melhoria no processo decisório. Se as diferenças se tornam um fator
negativo, os membros da equipe do projeto são os responsáveis primários pela resolução. Se o conflito
se ampliar, o gerente de projetos deve ajudar a facilitar uma resolução satisfatória. O conflito deve
ser abordado o mais cedo possível e, em geral, com privacidade, usando uma abordagem direta e
colaborativa. Se o conflito perturbador continuar, procedimentos formais podem ser usados, incluindo
ações disciplinares.

Ao lidar com conflitos em um ambiente de trabalho, os gerentes de projetos devem reconhecer as


seguintes características dos conflitos e o processo de gerenciamento de conflitos:
• O conflito é natural e força uma busca de alternativas;
• O conflito é uma questão de equipe;
• A abertura resolve conflitos;
• A resolução de conflitos deve se concentrar em questões e não em personalidades e
• A resolução de conflitos deve se concentrar no presente e não no passado.
O êxito dos gerentes de projetos no gerenciamento das suas equipes de projetos com frequência
depende muito da capacidade para solucionar conflitos. Diferentes gerentes de projetos podem ter
diferentes estilos para resolução de conflitos. Os fatores que influenciam os métodos de resolução de
conflitos incluem:
• Importância relativa e intensidade do conflito;
• Pressão de prazo para resolver o conflito;
• Posição assumida pelas partes envolvidas e
• Motivação para resolver o conflito a longo ou curto prazo.

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239
9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

Existem seis técnicas gerais para resolver conflitos. Como cada uma delas tem o seu lugar e sua
função, não são apresentadas em nenhuma ordem específica:
• Retirada/Evitar. Recuar de uma situação de conflito efetivo ou potencial.
• Panos quentes/Acomodação. Enfatizar as áreas de acordo e não as diferenças.
• negociação. Encontrar soluções que trazem algum grau de satisfação para todas as partes.
• Imposição. Forçar um ponto de vista às custas de outro; oferece apenas soluções ganha-perde.
• Colaboração. Incorporar diversos pontos de vista e opiniões de diferentes perspectivas; resulta
em consenso e compromisso.
• Confronto/Solução de problemas. Tratar o conflito como um problema que deve ser
solucionado com o exame de alternativas; requer uma atitude de troca e diálogo aberto.
.4 Registro das questões
Durante o gerenciamento de uma equipe de projetos, sempre surgem questões. Um registro
por escrito documenta e ajuda a monitorar quem é responsável por resolver questões específicas
até um prazo definido. A resolução de questões aborda obstáculos que podem bloquear a equipe
e impedir que alcance suas metas.

.5 habilidades interpessoais
Os gerentes de projetos usam uma combinação de habilidades técnicas, humanas e conceituais
para analisar situações e interagir de forma apropriada com os membros da equipe. O uso de
habilidades interpessoais apropriadas ajuda os gerentes de projetos a aproveitar ao máximo os pontos
fortes de todos os membros da equipe.

Existe um amplo conjunto de conhecimentos sobre habilidades interpessoais que é apropriado


para trabalhos relacionados ou não a projetos. Esse conjunto de conhecimentos é extremamente
aprofundado e não é possível discutir todos os detalhes nesta publicação. Há uma cobertura abrangente
sobre algumas das habilidades interpessoais mais relevantes usadas no gerenciamento de projetos
no Apêndice G. Algumas das habilidades interpessoais que os gerentes de projetos usam com mais
frequência são discutidas brevemente abaixo.
• liderança. Os projetos bem-sucedidos requerem habilidades sólidas de liderança. A liderança
é importante em todas as fases do ciclo de vida do projeto. É especialmente importante
comunicar a visão e inspirar a equipe do projeto a alcançar o alto desempenho.
• Influência. Como os gerentes de projetos com frequência têm pouca ou nenhuma autoridade
direta sobre os membros da equipe em um ambiente matricial, sua capacidade para influenciar
as partes interessadas oportunamente é essencial para o êxito do projeto. As principais
habilidades de influência incluem:

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240
CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO 9

○ Capacidade para ser persuasivo e articular claramente os pontos e as posições;


○ Altos níveis de habilidades de escuta ativa e eficaz;
○ Considerar as diversas perspectivas em qualquer situação e
○ Coletar informações relevantes e críticas para abordar questões importantes e alcançar
acordos, mantendo a confiança mútua.
• Processo decisório eficaz. Envolve a capacidade para negociar e influenciar a organização e a
equipe de gerenciamento de projetos. Algumas diretrizes para o processo decisório incluem:
○ Foco nas metas que devem ser alcançadas;
○ Seguir um processo para a tomada de decisões;
○ Estudar os fatores ambientais;
○ Desenvolver qualidades pessoais dos membros da equipe;
○ Estimular a criatividade da equipe e
○ Gerenciar a oportunidade e o risco.

9.4.3 gerenciar a equipe do projeto: saídas


.1 Atualizações dos fatores ambientais da empresa
Os fatores ambientais da empresa que poderão requerer atualizações como resultado do processo
de gerenciar a equipe do projeto incluem, entre outros:
• Comentários para as avaliações de desempenho organizacionais e
• Atualizações das habilidades do pessoal.
.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que poderão requerer atualizações como resultado do
processo de gerenciar a equipe do projeto incluem, entre outros:
• Informações históricas e documentação de lições aprendidas;
• Modelos e
• Processos padrão da empresa.

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241
9 CAPíTUlO 9 − gEREnCIAMEnTO DOS RECURSOS hUMAnOS DO PROjETO

.3 Solicitações de mudança
As mudanças de pessoal, seja por opção ou por eventos incontroláveis, podem afetar o restante
do plano de gerenciamento do projeto. Quando as questões de pessoal atrapalham o plano de
gerenciamento do projeto, como a prorrogação do prazo ou estouro do orçamento, uma solicitação de
mudança pode ser executada pelo processo Realizar o controle integrado de mudanças. As mudanças
de pessoal podem incluir transferência de pessoas para outras tarefas, terceirização de parte do
trabalho e substituição de membros da equipe que se afastaram.

Ações preventivas podem ser desenvolvidas para reduzir a probabilidade e/ou o impacto dos
problemas antes que esses ocorram. Essas ações podem incluir treinamento para reduzir os problemas
durante as ausências de membros da equipe do projeto e esclarecimentos adicionais sobre os papéis
para garantir que todas as responsabilidades sejam cumpridas.

.4 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre
outros, o plano de gerenciamento de pessoal.

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242
10

CAPÍTULO 10
GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES DO PROJETO
O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as
informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de
maneira oportuna e apropriada. Os gerentes de projetos gastam a maior parte do seu tempo se comunicando
com os membros da equipe e outras partes interessadas do projeto, quer sejam internas (em todos os níveis
da organização) ou externas à organização. Uma comunicação eficaz cria uma ponte entre as diversas partes
interessadas envolvidas no projeto, conectando vários ambientes culturais e organizacionais, diferentes níveis
de conhecimento, e diversas perspectivas e interesses na execução ou nos resultados do projeto.

A Figura 10-1 fornece uma visão geral dos processos de gerenciamento das comunicações do projeto, que
inclui os seguintes itens:

10.1 Identificar as partes interessadas—O processo de identificação de todas as pessoas


ou organizações que podem ser afetadas pelo projeto e de documentação das informações
relevantes relacionadas aos seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto.
10.2 Planejar as comunicações—O processo de determinação das necessidades de informação
das partes interessadas no projeto e definição de uma abordagem de comunicação.
10.3 Distribuir as informações—O processo de colocar as informações necessárias à disposição
das partes interessadas no projeto, conforme planejado.
10.4 gerenciar as expectativas das partes interessadas—O processo de comunicação e interação
com as partes interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à
medida que ocorrerem.
10.5 Reportar o desempenho—O processo de coleta e distribuição de informações sobre o
desempenho, incluindo relatórios de andamento, medições do progresso e previsões.

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243
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

Visão geral do gerenciamento


das comunicações do projeto

10.1 Identificar as 10.2 Planejar 10.3 Distribuir


partes interessadas as comunicações as informações

.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas


.1 Termo de abertura do projeto .1 Registro das partes .1 Plano de gerenciamento
.2 Documentos de aquisição interessadas do projeto
.3 Fatores ambientais da empresa .2 Estratégia para .2 Relatórios de desempenho
.4 Ativos de processos gerenciamento das .3 Ativos de processos
organizacionais partes interessadas organizacionais
.3 Fatores ambientais da empresa
.2 Ferramentas e Técnicas .4 Ativos de processos .2 Ferramentas e Técnicas
.1 Análise de partes interessadas organizacionais .1 Métodos de comunicação
.2 Opinião especializada .2 Ferramentas de distribuição
.2 Ferramentas e Técnicas de informações
.3 Saídas .1 Análise de requisitos da
.1 Registro das partes interessadas comunicação .3 Saídas
.2 Estratégia para gerenciamento .2 Tecnologia das comunicações .1 Atualizações dos ativos de
das partes interessadas .3 Modelos de comunicações processos organizacionais
.4 Métodos de comunicação
.3 Saídas
10.4 Gerenciar as .1 Plano de gerenciamento
expectativas das das comunicações
partes interessadas .2 Atualizações dos documentos
do projeto
.1 Entradas
.1 Registro das partes interessadas
.2 Estratégia para gerenciamento 10.5 Reportar
das partes interessadas o desempenho
.3 Plano de gerenciamento
do projeto .1 Entradas
.4 Registro das questões .1 Plano de gerenciamento
.5 Registro das mudanças do projeto
.6 Ativos de processos .2 Informações sobre o
organizacionais desempenho do trabalho
.2 Ferramentas e Técnicas .3 Medições de desempenho
.1 Métodos de comunicação do trabalho
.2 Habilidades interpessoais .4 Previsões do orçamento
.3 Habilidades de gerenciamento .5 Ativos de processos
organizacionais
.3 Saídas
.1 Atualizações dos ativos de .2 Ferramentas e Técnicas
processos organizacionais .1 Análise de variação
.2 Solicitações de mudança .2 Métodos de previsão
.3 Atualizações do plano de .3 Métodos de comunicação
gerenciamento do projeto .4 Sistemas de distribuição
.4 Atualizações dos documentos de informações
do projeto .3 Saídas
.1 Relatórios de desempenho
.2 Atualizações dos ativos de
processos organizacionais
.3 Solicitações de mudança

Figura 10-1. visão geral do gerenciamento das comunicações do projeto

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244
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

Esses processos interagem entre si e com os processos das outras áreas de conhecimento. Cada processo
ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e, caso o projeto seja dividido em fases, pode ocorrer em
uma ou mais das fases do projeto. Embora os processos sejam apresentados como elementos distintos com
interfaces bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir de formas não detalhadas aqui.

A atividade de comunicação tem muitas dimensões em potencial, incluindo:


• Interna (dentro do projeto) e externa (cliente, outros projetos, os meios de comunicação, o público);
• Formal (relatórios, memorandos, instruções) e informal (emails, discussões ad hoc);
• Vertical (nos níveis superiores e inferiores da organização) e horizontal (com colegas);
• Oficial (boletins informativos, relatório anual) e não oficial (comunicações confidenciais);
• Escrita e oral e
• Verbal e não-verbal (inflexões da voz, linguagem corporal).
A maioria das habilidades de comunicação é comum para o gerenciamento geral e o gerenciamento do
projeto. Alguns exemplos:
• Ouvir ativamente e de modo eficaz;
• Perguntar, investigando ideias e situações para garantir um melhor entendimento;
• Educar a fim de aumentar o conhecimento da equipe para que ela seja mais eficaz;
• Levantar fatos para identificar ou confirmar as informações;
• Definir e administrar as expectativas;
• Persuadir uma pessoa ou empresa a executar uma ação;
• Negociar para conseguir acordos mutuamente aceitáveis entre as partes;
• Solucionar conflitos para evitar impactos negativos e
• Resumir, recapitular e identificar as etapas seguintes.

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245
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

10.1 Identificar as partes interessadas


É o processo de identificar todas as pessoas ou organizações que podem ser afetadas pelo projeto e de
documentar as informações relevantes relacionadas aos seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso
do projeto. Consulte as Figuras 10-2 e 10-3. As partes interessadas são pessoas e organizações, tais como
clientes, patrocinadores, a organização executora e o público, que estão ativamente envolvidas no projeto ou
cujos interesses podem ser positiva ou negativamente afetados pela execução ou pelo término do projeto.
Também podem exercer influência sobre o projeto e suas entregas. As partes interessadas podem estar em
diversos níveis da organização e ter diferentes níveis de autoridade, ou ser externas à organização executora
do projeto. A seção 2.3 identifica vários tipos de partes interessadas do projeto.

É fundamental para o sucesso do projeto identificar as partes interessadas desde o início e analisar seus
níveis de interesse, expectativas, importância e influência. Em seguida, é possível desenvolver uma estratégia
para abordar cada parte interessada e determinar o nível e a oportunidade para o envolvimento das partes
interessadas visando maximizar as influências positivas e mitigar os impactos negativos potenciais. A avaliação
e a estratégia correspondente devem ser revistas periodicamente durante a execução do projeto, para ajuste
de acordo com as mudanças em potencial.

A maioria dos projetos tem um grande número de partes interessadas. Como o tempo do gerente de
projetos é limitado e precisa ser usado com a maior eficiência possível, essas partes interessadas devem ser
classificadas de acordo com o interesse, a influência e o envolvimento no projeto. Isso permite que o gerente
de projetos se concentre nos relacionamentos necessários para garantir o sucesso do projeto.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Termo de abertura .1 Registro das partes
do projeto .1 Análise de partes interessadas
.2 Documentos de aquisição interessadas .2 Estratégia para
.3 Fatores ambientais da .2 Opinião especializada gerenciamento das
empresa partes interessadas
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 10-2. Identificar as partes interessadas: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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246
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

4.1
Desenvolver o termo 5.1
de abertura Coletar
do projeto Gerenciamento das comunicações do projeto os requisitos
• Termo de abertura
do projeto
10.1 8.1
Identificar Planejar
• Documentos as partes a qualidade
• Registro das
de aquisição interessadas partes interessadas

12.1 11.2
Planejar • Estratégia para
Identificar
as aquisições gerenciamento
os riscos
das partes
interessadas 10.2
Planejar as
comunicações
• Ativos de processos
organizacionais
• Fatores ambientais
da empresa
10.4
Gerenciar as
Empresa/ expectativas das
Organização partes interessadas

Figura 10-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Identificar as partes interessadas

10.1.1 Identificar as partes interessadas: entradas


.1 Termo de abertura do projeto
O termo de abertura do projeto pode fornecer informações sobre as partes internas e externas
envolvidas e afetadas pelo projeto, tais como patrocinadores, clientes, membros da equipe, grupos e
departamentos que participam do projeto e outras pessoas ou organizações afetadas.

.2 Documentos de aquisição
Se um projeto for o resultado de uma atividade de aquisição ou estiver baseado em um contrato
estabelecido, as partes desse contrato são as principais partes interessadas do projeto. Outras partes
relevantes, como fornecedores, também devem ser consideradas na lista de partes interessadas
do projeto.

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247
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

.3 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo de Identificar as partes
interessadas incluem, entre outros:
• Cultura e estrutura organizacional ou da companhia e
• Padrões governamentais ou do setor (como regulamentações e padrões dos produtos).
.4 Ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Identificar as partes
interessadas incluem, entre outros:
• Modelos para registro das partes interessadas;
• Lições aprendidas de projetos anteriores e
• Registros das partes interessadas de projetos anteriores.

10.1.2 Identificar as partes interessadas: ferramentas e técnicas


.1 Análise de partes interessadas
A análise de partes interessadas é uma técnica de coleta e análise sistemática de informações
quantitativas e qualitativas para determinar quais interesses devem ser considerados durante o
projeto. Identifica os interesses, as expectativas e a influência das partes interessadas e determina
seu relacionamento com a finalidade do projeto. Também ajuda a identificar os relacionamentos das
partes interessadas que podem ser alavancados para construir coalizões e parcerias potenciais para
aumentar a possibilidade de êxito do projeto.

A análise de partes interessadas geralmente segue as etapas descritas a seguir:


• Etapa 1: Identificar todas as partes interessadas potenciais do projeto e as informações
relevantes, como papéis, departamentos, interesses, níveis de conhecimentos, expectativas
e níveis de influência. As principais partes interessadas em geral são fáceis de identificar.
Incluem todas as pessoas com papel gerencial ou de tomada de decisões que são afetadas
pelo resultado do projeto, como o patrocinador, o gerente de projetos e o principal cliente.
○ A identificação de outras partes interessadas geralmente é feita entrevistando as partes
interessadas identificadas e expandindo a lista até que todas as partes sejam incluídas.

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248
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

• Etapa 2: Identificar o impacto ou apoio potencial que cada parte interessada poderia gerar
e classificá-los a fim de definir uma estratégia de abordagem. Em grandes comunidades
de partes interessadas, é importante priorizar as principais partes a fim de garantir o uso
eficiente de esforços para comunicar e gerenciar suas expectativas. Existem vários modelos de
classificação disponíveis, incluindo, entre outros:
○ Grau de poder/interesse, que agrupa as partes interessadas com base no seu nível de
autoridade (“poder”) e seu nível de preocupação (“interesse”) em relação aos resultados
do projeto;
○ Grau de poder/influência, que agrupa as partes interessadas com base no seu nível de
autoridade (“poder”) e no seu envolvimento ativo (“influência”) no projeto;
○ Grau de influência/impacto, que agrupa as partes interessadas com base no seu envolvimento
ativo (“influência”) no projeto e na sua habilidade para efetuar mudanças no planejamento
ou na execução do projeto (“impacto”) e
○ Modelo de importância relativa, que descreve as classes de partes interessadas com base
no seu poder (capacidade de impor sua vontade), na urgência (necessidade de atenção
imediata) e na legitimidade (seu envolvimento é apropriado).
A Figura 10-4 apresenta um exemplo de um modelo de representação de grau de poder/
interesse onde A até H representam a localização das partes interessadas genéricas.

Alto

•B

Manter Gerenciar
satisfeito com atenção
•H
•A
•F
Poder

•G •C

Monitorar Manter
(mínimo esforço) informado
•E
•D

Baixo
Baixo Interesse Alto

Figura 10-4. Exemplo de grade de poder/interesse com as partes interessadas

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10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

• Etapa 3: Avaliar como as principais partes interessadas provavelmente vão reagir ou responder
em várias situações, a fim de planejar como influenciá-las para aumentar seu apoio e mitigar os
impactos negativos em potencial.
.2 Opinião especializada
Para garantir uma ampla identificação e listagem das partes interessadas, deve-se solicitar a opinião
e o conhecimento de grupos ou pessoas que tenham treinamento ou conhecimento especializado na
área ou disciplina em questão, tais como:
• Alta administração;
• Outras unidades da organização;
• Principais partes interessadas identificadas;
• Gerentes de projetos que trabalharam em projetos da mesma área (diretamente ou por meio
de lições aprendidas);
• Especialistas no assunto da área de negócio ou do projeto;
• Grupos e consultores do setor e
• Associações técnicas e profissionais.
A opinião especializada pode ser obtida por meio de consultas individuais (reuniões particulares,
entrevistas, etc.) ou em formato de painel (discussões de grupo, pesquisas de opinião, etc.).

10.1.3 Identificar as partes interessadas: saídas


.1 Registro das partes interessadas
A principal saída deste processo de identificação é o registro das partes interessadas, que contém
todos os detalhes relativos às partes identificadas, incluindo, entre outros:
• Informações de identificação: nome, posição na organização, local, papel no projeto,
informações de contato;
• Informações de avaliação: requisitos essenciais, principais expectativas, influência potencial
no projeto, fase de maior interesse no ciclo de vida e
• Classificação das partes interessadas: interna/externa, apoiadora/neutra/resistente, etc.

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250
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

.2 Estratégia para gerenciamento das partes interessadas


Define uma abordagem para aumentar o apoio e minimizar os impactos negativos das partes
interessadas durante todo o ciclo de vida do projeto. Inclui elementos como:
• Principais partes interessadas que podem afetar o projeto de modo significativo;
• Nível de participação no projeto desejado para cada parte interessada identificada e
• Grupos de partes interessadas e sua administração (como grupos).
Uma forma comum de representar a estratégia de gerenciamento das partes interessadas é uma
matriz de análise de partes interessadas. Um exemplo de matriz em branco com os cabeçalhos das
colunas é fornecido na Figura 10-5.

Parte Interesse(s) da parte Avaliação do impacto Estratégias em potencial para


interessada interessada no projeto ganhar suporte ou reduzir obstáculos

Figura 10-5. Exemplo de matriz de análise de partes interessadas

Algumas das informações relativas a determinadas estratégias de gerenciamento das partes


interessadas podem ser confidenciais demais para serem incluídas em um documento compartilhado.
O gerente de projetos precisa avaliar o tipo de informação e o nível de detalhes a serem incluídos na
estratégia de gerenciamento das partes interessadas.

10.2 Planejar as comunicações


Planejar as comunicações é o processo de determinar as necessidades de informação das partes interessadas
no projeto e definir uma abordagem de comunicação. Consulte as Figuras 10-6 e 10-7. O processo Planejar
as comunicações responde às necessidades de informações e comunicação das partes interessadas; por
exemplo, quem precisa de quais informações, quando elas serão necessárias, como serão fornecidas e por
quem. Embora todos os projetos compartilhem a necessidade de comunicar as informações, as necessidades
em si e os métodos de distribuição variam muito. A identificação das necessidades de informações das
partes interessadas e a determinação dos meios adequados para atender a essas necessidades são fatores
importantes para o sucesso do projeto.

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251
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

O planejamento inadequado das comunicações poderá causar problemas, tais como atraso na entrega
de mensagens, comunicação de informações confidenciais para o público incorreto ou falta de comunicação
para algumas das partes interessadas necessárias. O plano de comunicações permite que o gerente de
projetos documente a abordagem para uma comunicação mais eficiente e eficaz com as partes interessadas.
Comunicação eficaz significa que as informações são fornecidas no formato correto, no tempo adequado
e com o impacto necessário. Comunicação eficiente significa fornecer somente as informações que são
necessárias. Na maioria dos projetos, o planejamento das comunicações é feito bem no início; por exemplo,
durante o desenvolvimento do plano de gerenciamento do projeto. Isso permite que os recursos adequados,
tais como tempo e orçamento, sejam alocados às atividades de comunicação. Os resultados desse processo
de planejamento devem ser revistos periodicamente durante todo o projeto e revisados conforme necessário
para garantir a aplicabilidade contínua.

O processo Planejar as comunicações está estreitamente vinculado aos fatores ambientais da empresa, já
que a estrutura da organização terá um efeito importante nos requisitos de comunicações do projeto.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Registro das partes .1 Plano de gerenciamento
interessadas .1 Análise de requisitos das comunicações
.2 Estratégia para das comunicações .2 Atualizações dos
gerenciamento das .2 Tecnologia das documentos do projeto
partes interessadas comunicações
.3 Fatores ambientais .3 Modelos de comunicações
da empresa .4 Métodos de comunicação
.4 Ativos de processos
organizacionais

Figura 10-6. Planejar as comunicações: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento das comunicações do projeto

10.1 Documentos
Identificar as do projeto
partes interessadas
Empresa/
Organização • Registro das partes interessadas
• Estratégia para gerenciamento
das partes interessadas • Atualizações
• Ativos de processos dos documentos
organizacionais do projeto
10.2 4.2
• Fatores ambientais Planejar as Desenvolver o plano
da empresa
comunicações de gerenciamento
• Plano de
do projeto
gerenciamento
das comunicações
11.1
Planejar o
gerenciamento
dos riscos

Figura 10-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar as comunicações

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252
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

10.2.1 Planejar as comunicações: entradas


.1 Registro das partes interessadas
Descrito na Seção 10.1.3.1.

.2 Estratégia para gerenciamento das partes interessadas


Descrita na Seção 10.1.3.2.

.3 Fatores ambientais da empresa


Todos os fatores ambientais da empresa são usados como entradas para esse processo, uma vez
que a comunicação precisa ser adaptada ao ambiente do projeto.

.4 Ativos de processos organizacionais


Todos os ativos de processos organizacionais são usados como entradas para o processo Planejar
as comunicações. Entre eles, as lições aprendidas e as informações históricas são particularmente
importantes porque podem fornecer uma visão melhor tanto das decisões tomadas em relação a
questões de comunicação como dos resultados dessas decisões em projetos anteriores semelhantes.
Assim, podem ser usadas como orientações para planejar as atividades de comunicação para o
projeto atual.

10.2.2 Planejar as comunicações: ferramentas e técnicas


.1 Análise de requisitos da comunicação
A análise de requisitos da comunicação determina os requisitos de informações das partes
interessadas do projeto. Esses requisitos são definidos com a combinação do tipo e do formato das
informações necessárias com uma análise do valor dessas informações. Os recursos do projeto são
gastos apenas na comunicação de informações que contribuam para o êxito ou quando a falta de
comunicação pode ocasionar falhas.

O gerente de projetos também deve considerar o número de canais ou caminhos de comunicação


em potencial como um indicador da complexidade de comunicações do projeto. O número total de
canais de comunicação em potencial é n(n-1)/2, onde n representa o número de partes interessadas.
Desse modo, um projeto com dez partes interessadas tem 10(10-1)/2 = 45 canais de comunicação
em potencial. Um componente fundamental do planejamento das comunicações reais do projeto,
portanto, é determinar e limitar quem se comunicará com quem e quem receberá cada informação.

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253
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

As informações que normalmente são usadas para determinar os requisitos de comunicação do


projeto incluem:
• Organogramas;
• Organização do projeto e relacionamentos de responsabilidade das partes interessadas;
• Disciplinas, departamentos e especialidades envolvidas no projeto;
• Logística de quantas pessoas estarão envolvidas no projeto e em que locais;
• Necessidades de informações internas (como comunicação entre organizações);
• Necessidades de informações externas (como comunicação com a mídia, o público ou os
fornecedores) e
• Informações do registro das partes interessadas e da estratégia de gerenciamento das partes
interessadas.
.2 Tecnologia das comunicações
Os métodos usados para transferir informações entre as partes interessadas do projeto podem
variar de modo significativo. Por exemplo, uma equipe de projeto pode usar diversas técnicas
como métodos de comunicação: desde conversas rápidas até reuniões longas, ou desde simples
documentos por escrito até materiais (como cronogramas e bancos de dados) que só possam ser
acessados online.

Os fatores que podem afetar o projeto incluem:


• Urgência da necessidade de informações. O sucesso do projeto depende de ter informações
atualizadas com frequência disponíveis imediatamente ou seria suficiente ter relatórios
impressos emitidos periodicamente?
• Disponibilidade de tecnologia. Já existem sistemas adequados ou as necessidades do
projeto exigem modificações? Por exemplo, as partes interessadas têm acesso à tecnologia de
comunicação selecionada?
• Equipe do projeto esperada. Os sistemas de comunicação propostos são compatíveis com a
experiência e os conhecimentos dos participantes do projeto ou será necessário um extenso
treinamento e aprendizado?
• Duração do projeto. É provável que haja mudanças na tecnologia disponível antes do término
do projeto?
• Ambiente do projeto. A equipe se reúne e trabalha em contato direto ou em um ambiente
virtual?

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CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

.3 Modelos de comunicações
Um modelo básico de comunicação, mostrado na Figura 10-8, demonstra como as informações
são enviadas e recebidas entre duas partes definidas como o emissor e o receptor. Os principais
componentes do modelo incluem:
• Codificação. Traduzir pensamentos ou ideias em uma linguagem que seja compreendida
pelos outros.
• Mensagem e feedback. A saída da codificação.
• Meio. O método usado para transmitir a mensagem.
• Ruído. Qualquer fator que interfira na transmissão e na compreensão da mensagem (como
distância, tecnologia desconhecida, falta de informações prévias).
• Decodificação. Reconverter a mensagem em pensamentos ou ideias significativas.
A Figura 10-8 ilustra um modelo de comunicação básico. A ação de confirmação da mensagem
é inerente ao modelo. A confirmação significa que o receptor sinalizou o recebimento da mensagem,
mas não necessariamente que concordou com ela. Outra ação é a resposta a uma mensagem, que
significa que o receptor decodificou, entendeu e está respondendo a mensagem.

Mensagem
Codificação Decodificação
Ruído
Emissor Meio Receptor
Ruído
Decodificação Codificação
Feedback - Mensagem

Figura 10-8. Modelo básico de comunicação

Os componentes do modelo de comunicação precisam ser considerados ao analisar as


comunicações do projeto. Como parte do processo de comunicação, o emissor é responsável por
tornar as informações claras e completas, de modo que o receptor possa recebê-las corretamente e
por confirmar se elas foram compreendidas adequadamente. O receptor é responsável por garantir
que as informações sejam recebidas integralmente, compreendidas corretamente e confirmadas.
Uma falha na comunicação pode ter um impacto negativo no projeto.

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10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

Existem muitos desafios no uso desses componentes para estabelecer uma comunicação eficaz
com as partes interessadas. Imagine uma equipe de projeto altamente técnica e multinacional. Para
que um membro da equipe comunique com êxito um conceito técnico para outro membro da equipe
em outro país, pode ser necessário codificar a mensagem no idioma apropriado, enviar a mensagem
usando diversas tecnologias e que o receptor decodifique a mensagem e responda ou forneça um
feedback. Qualquer ruído ao longo do caminho compromete o significado original da mensagem.

.4 Métodos de comunicação
Existem vários métodos de comunicação usados para compartilhar informações entre as partes
interessadas no projeto. Esses métodos podem ser classificados de um modo geral em:
• Comunicação interativa. Entre duas ou mais partes que estão realizando uma troca de
informações multidirecional. É a forma mais eficiente de garantir um entendimento comum
por todos os participantes sobre determinados tópicos. Inclui reuniões, telefonemas,
videoconferências, etc.
• Comunicação ativa (push). Encaminhada para destinatários específicos que precisam saber
das informações. Garante que as informações sejam distribuídas mas não verifica se chegaram
ou foram compreendidas pelo público-alvo. A comunicação ativa inclui cartas, memorandos,
relatórios, emails, faxes, correio de voz, comunicados de imprensa, etc.
• Comunicação passiva (pull). Usada para volumes muito grandes de informações ou para
um público muito grande, requer que os destinatários acessem o conteúdo da comunicação
a seu próprio critério. Esses métodos incluem sites de intranet, e-learning, repositórios de
conhecimentos, etc.
O gerente de projetos decide, com base nos requisitos de comunicações, quais métodos de
comunicações serão usados no projeto, como e quando.

10.2.3 Planejar as comunicações: saídas


.1 Plano de gerenciamento das comunicações
O plano de gerenciamento das comunicações faz parte, ou é um plano auxiliar, do plano de
gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1). Pode ser formal ou informal, altamente detalhado ou
amplamente estruturado, dependendo das necessidades do projeto.

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CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

Normalmente fornece:
• Requisitos de comunicações das partes interessadas;
• Informações a serem comunicadas, incluindo idioma, formato, conteúdo e nível de detalhes;
• Motivo da distribuição daquela informação;
• Intervalo de tempo e frequência para a distribuição das informações necessárias;
• Pessoa responsável por comunicar a informação;
• Pessoa responsável por autorizar a liberação de informações confidenciais;
• Pessoa ou grupos que receberão as informações;
• Métodos ou tecnologias usadas para transmitir as informações, como memorandos, email e/ou
comunicados de imprensa;
• Recursos alocados para as atividades de comunicação, incluindo tempo e orçamento;
• Processo de encaminhamento, identificando os prazos e a cadeia gerencial (nomes) para o
encaminhamento de questões que não podem ser solucionadas nos níveis mais baixos;
• Método para atualizar e refinar o plano de gerenciamento das comunicações com o progresso
e o desenvolvimento do projeto;
• Glossário da terminologia comum;
• Fluxogramas do fluxo de informações no projeto, fluxos de trabalho com a sequência de
autorização possível, lista de relatórios, planos de reuniões, etc.;
• Restrições de comunicação, normalmente derivadas de leis ou regulações específicas,
tecnologias, políticas organizacionais, etc.
O plano de gerenciamento das comunicações também pode incluir orientações e modelos para
reuniões de andamento do projeto, reuniões da equipe do projeto, reuniões eletrônicas e email. O uso
de um website e de um software de gerenciamento de projetos também pode ser incluído, caso sejam
usados no projeto.

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10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

.2 Atualizações dos documentos do projeto


Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Cronograma do projeto;
• Registro das partes interessadas e
• Estratégia para gerenciamento das partes interessadas.

10.3 Distribuir as informações


É o processo de colocar as informações necessárias à disposição das partes interessadas no projeto,
conforme planejado. Consulte as Figuras 10-9 e 10-10. Este processo é executado durante todo o ciclo de
vida do projeto e em todos os processos de gerenciamento. O foco aqui é principalmente no processo de
execução, que inclui a implementação do plano de gerenciamento das comunicações, bem como a resposta
a solicitações inesperadas de informações. A distribuição eficaz de informações inclui diversas técnicas,
tais como:
• Modelos de emissor-receptor. Realimentações de feedback e barreiras à comunicação.
• Escolha dos meios de comunicação. Situações específicas de quando comunicar por escrito ou
oralmente, quando escrever um memorando informal ou um relatório formal e quando comunicar
pessoalmente ou por email.
• Estilo de redação. Voz ativa ou passiva, estrutura das frases e escolha de palavras.
• Técnicas de gerenciamento de reuniões. Preparação de uma agenda e tratamento de conflitos.
• Técnicas de apresentação. Linguagem corporal e planejamento de apoios visuais.
• Técnicas de facilitação. Obtenção de consenso e superação de obstáculos.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Atualizações dos ativos de
do projeto .1 Métodos de comunicação processos organizacionais
.2 Relatórios de desempenho .2 Ferramentas de
.3 Ativos de processos distribuição das
organizacionais informações

Figura 10-9. Distribuir as informações: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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258
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

Gerenciamento das comunicações do projeto

10.5
4.2
Reportar o
Desenvolver o plano
desempenho
de gerenciamento
do projeto
• Relatórios de
desempenho
• Plano de gerenciamento
das comunicações
Empresa/ 10.3
Organização Distribuir as
• Ativos de processos informações
organizacionais

• Atualizações dos ativos


de processos organizacionais

Figura 10-10. Diagrama de fluxo de dados do processo Distribuir as informações

10.3.1 Distribuir as informações: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1) contém o plano de gerenciamento das
comunicações descrito na Seção 10.2.3.1.

.2 Relatórios de desempenho
Os relatórios de desempenho são usados para distribuir as informações sobre o andamento e o
desempenho do projeto, devem estar disponíveis antes das reuniões do projeto e devem ter o máximo
de precisão e atualização possível.

As previsões são atualizadas e republicadas com base nas medições de desempenho do trabalho
fornecidas durante a execução do projeto. Essas informações referem-se aos dados do desempenho
anterior do projeto que poderiam afetá-lo no futuro como, por exemplo, estimativas no término e
estimativas para terminar. As informações de previsão costumam ser geradas usando métodos de
valor agregado (consulte a Seção 7.3.2.2), mas é possível usar outros métodos, tais como analogia
com projetos anteriores, nova estimativa do trabalho restante, inclusão do impacto de eventos externos
no cronograma e outros. Essas informações devem estar disponíveis junto com as informações de
desempenho e outros dados importantes que precisam ser distribuídos para fins de tomada de
decisões. Os métodos de previsão estão descritos na Seção 10.5.2.2. Informações adicionais sobre os
relatórios de desempenho são fornecidas na Seção 10.5.3.1.

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259
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

.3 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais (consulte a Seção 2.4.3) que podem influenciar o processo
Distribuir as informações incluem, entre outros:
• Políticas, procedimentos e orientações relativas à distribuição de informações;
• Modelos e
• Informações históricas e lições aprendidas.

10.3.2 Distribuir as informações: ferramentas e técnicas


.1 Métodos de comunicação
Reuniões individuais e em grupo, conferências de vídeo e áudio, conversas por computador e
outros métodos de comunicações remotas são usados para distribuir as informações.

.2 Ferramentas de distribuição de informações


As informações do projeto podem ser distribuídas usando várias ferramentas, tais como:
• Distribuição de documentos impressos, sistemas manuais de arquivamento, comunicados de
imprensa e bancos de dados eletrônicos com acesso compartilhado;
• Ferramentas eletrônicas de conferência e comunicação, como email, fax, correio de voz,
telefone, videoconferência, reunião pela Internet, websites e publicação na web e
• Ferramentas eletrônicas de gerenciamento de projetos, como interfaces da web para pacotes
de software de gerenciamento de projetos e elaboração de cronogramas, pacotes de software
de apoio a reuniões e escritórios virtuais, portais e ferramentas colaborativas de gerenciamento
de trabalho.

10.3.3 Distribuir as informações: saídas


.1 Atualizações dos ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• notificações das partes interessadas. Podem ser fornecidas informações às partes
interessadas sobre questões solucionadas, mudanças aprovadas e a situação geral do projeto.

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CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

• Relatórios do projeto. Os relatórios formais e informais descrevem o andamento do projeto


e incluem lições aprendidas, registros de questões, relatórios de encerramento do projeto e
saídas de outras áreas de conhecimento (Capítulos 4 a 12).
• Apresentações do projeto. A equipe do projeto fornece informações de modo formal ou
informal a uma ou todas as partes interessadas do projeto. As informações e o método de
apresentação devem ser relevantes para as necessidades do público.
• Registros do projeto. Os registros do projeto podem incluir correspondência, memorandos,
atas de reuniões e outros documentos que descrevam o projeto. Essas informações, na medida
em que seja possível e apropriado, devem ser mantidas de maneira organizada. Os membros
da equipe também podem manter registros em um diário do projeto, que pode ser físico ou
eletrônico.
• Feedback das partes interessadas. As informações recebidas das partes interessadas em
relação às operações do projeto podem ser distribuídas e usadas para modificar ou melhorar o
seu desempenho futuro.
• Documentação das lições aprendidas. A documentação inclui as causas dos problemas,
o motivo por trás da ação corretiva escolhida e outros tipos de lições aprendidas sobre a
distribuição de informações. As lições aprendidas são documentadas e distribuídas para que
façam parte do banco de dados histórico tanto do projeto como da organização executora.

10.4 gerenciar as expectativas das partes interessadas


Gerenciar as expectativas das partes interessadas é o processo de comunicação e interação com as partes
interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à medida que ocorrerem. Consulte
as Figuras 10-11 e 10-12. O processo Gerenciar as expectativas das partes interessadas envolve as atividades
de comunicação dirigidas às partes interessadas para influenciar suas expectativas, abordar as preocupações
e solucionar as questões, tais como:
• Gerenciar ativamente as expectativas das partes interessadas para aumentar a probabilidade de
aceitação do projeto, negociando e influenciando seus desejos para alcançar e manter as metas
do projeto.
• Abordar as preocupações que ainda não se tornaram questões, geralmente relacionadas com a
prevenção de futuros problemas. Essas preocupações precisam ser reveladas e analisadas e os
riscos precisam ser avaliados.
• Esclarecer e solucionar as questões que foram identificadas. A solução pode resultar em uma
solicitação de mudança ou pode ser tratada fora do projeto como, por exemplo, ser adiada para outro
projeto ou fase, ou transferida para outra entidade organizacional.

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10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

O gerenciamento das expectativas ajuda a aumentar a probabilidade de sucesso do projeto, garantindo que
as partes interessadas entendam os benefícios e os riscos do projeto. Isso permite que elas apoiem ativamente o
projeto e ajudem na avaliação de riscos das escolhas do projeto. Com a previsão da reação das pessoas ao projeto,
é possível adotar ações preventivas para obter seu apoio ou minimizar os impactos negativos em potencial.

O gerente de projetos é responsável pelo gerenciamento das expectativas das partes interessadas.
O gerenciamento ativo das expectativas das partes interessadas diminui o risco de que o projeto deixe de
cumprir suas metas e seus objetivos devido a questões não-solucionadas das partes interessadas e limita os
transtornos durante o projeto.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Registro das partes .1 Atualizações dos ativos de
interessadas .1 Métodos de comunicação processos organizacionais
.2 Estratégia para .2 Habilidades interpessoais .2 Solicitações de mudança
gerenciamento das .3 Habilidades de .3 Atualizações do plano de
partes interessadas gerenciamento gerenciamento do projeto
.3 Plano de gerenciamento .4 Atualizações dos
do projeto documentos do projeto
.4 Registro das questões
.5 Registro das mudanças
.6 Ativos de processos
organizacionais

Figura 10-11. gerenciar as expectativas das partes interessadas:


entradas, ferramentas e técnicas e saídas

4.2 Gerenciamento das comunicações do projeto


Desenvolver o plano
de gerenciamento 10.1
do projeto Identificar
as partes
interessadas

Documentos • Atualizações do plano


do projeto • Registro das partes interessadas
de gerenciamento do projeto
• Estratégia para gerenciamento
das partes interessadas
• Plano de gerenciamento
• Registro das comunicações
das questões 10.4 4.5
• Registro
Gerenciar as Realizar o controle
das mudanças
expectativas das integrado de
• Atualizações dos documentos do projeto
partes interessadas mudanças
• Ativos de processos
Empresa/ organizacionais
• Solicitações de mudança
Organização

• Atualizações dos ativos


de processos organizacionais

Figura 10-12. Diagrama de fluxo de dados do processo


gerenciar as expectativas das partes interessadas

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CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

10.4.1 gerenciar as expectativas das partes interessadas: entradas


.1 Registro das partes interessadas
O registro das partes interessadas (consulte a Seção 10.1.3.1) é uma lista das partes interessadas
importantes para o projeto. É usado para garantir que todas as partes interessadas sejam incluídas
nas comunicações do projeto.

.2 Estratégia para gerenciamento das partes interessadas


O entendimento das metas e dos objetivos das partes interessadas é usado para determinar uma
estratégia para gerenciar as expectativas das partes interessadas. A estratégia é documentada no
documento de estratégia de gerenciamento das partes interessadas (consulte a Seção 10.1.3.2).

.3 Plano de gerenciamento do projeto


O plano de gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1) contém o plano de gerenciamento das
comunicações descrito na Seção 10.2.3.1. Os requisitos e as expectativas das partes interessadas
proporcionam um entendimento das metas, dos objetivos e do nível de comunicação necessários
durante o projeto. As necessidades e as expectativas são identificadas, analisadas e documentadas
no plano de gerenciamento das comunicações, que é um plano auxiliar do plano de gerenciamento
do projeto.

.4 Registro das questões


É possível usar um registro das questões ou dos itens de ação para documentar e monitorar
a solução das questões. O registro pode ser usado para facilitar a comunicação e garantir um
entendimento comum das questões. As questões em geral não crescem a ponto de se tornarem
um projeto ou uma atividade, mas normalmente são tratados a fim de manter relacionamentos de
trabalho bons e construtivos entre as diversas partes interessadas, incluindo os membros da equipe.

As questões são definidas e classificadas claramente com base na urgência e no impacto potencial.
Um responsável recebe a designação de um item de ação que deverá resolver e em geral é definida
uma data alvo para término. As questões não resolvidas podem ser uma das principais fontes de
conflitos e de atrasos no projeto.

.5 Registro das mudanças


O registro das mudanças é usado para documentar as modificações que ocorrem durante o projeto.
Essas mudanças e seu impacto no projeto em termos de tempo, custo e risco devem ser comunicadas
às partes interessadas apropriadas.

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.6 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Gerenciar as
expectativas das partes interessadas incluem, entre outros:
• Requisitos de comunicação da organização;
• Procedimentos de gerenciamento das questões;
• Procedimentos de controle das mudanças e
• Informações históricas sobre projetos anteriores.

10.4.2 gerenciar as expectativas das partes interessadas: ferramentas e técnicas


.1 Métodos de comunicação
Os métodos de comunicação identificados para cada parte interessada no plano de gerenciamento
das comunicações são usados durante o gerenciamento das partes interessadas.

.2 habilidades interpessoais
O gerente de projetos aplica as habilidades interpessoais adequadas para gerenciar as expectativas
das partes interessadas. Por exemplo:
• Estabelecimento de confiança;
• Solução de conflitos;
• Escuta ativa e
• Superação da resistência à mudança.
Mais informações sobre habilidades interpessoais podem ser encontradas no Apêndice G.

.3 habilidades de gerenciamento
O gerenciamento é o ato de dirigir e controlar um grupo de pessoas com o objetivo de coordenar
e harmonizar o grupo para atingir uma meta além do escopo do esforço individual. As habilidades de
gerenciamento usadas pelo gerente de projetos incluem, entre outras:
• Habilidades de apresentação;
• Negociação;
• Habilidades de redação e
• Capacidade de falar em público.

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264
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10.4.3 gerenciar as expectativas das partes interessadas: saídas


.1 Atualizações dos ativos de processos organizacionais
Os ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• As causas das questões;
• Os motivos por trás das ações corretivas escolhidas e
• As lições aprendidas com o gerenciamento das expectativas das partes interessadas.
.2 Solicitações de mudança
O gerenciamento das expectativas das partes interessadas pode resultar em uma solicitação de
mudança do produto ou do projeto. Também pode incluir ações corretivas ou preventivas, conforme
necessário.

.3 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre
outros, um plano de gerenciamento das comunicações, que é atualizado quando são identificados
requisitos de comunicação novos ou modificados. Por exemplo, algumas comunicações podem
não ser mais necessárias, um método de comunicação ineficaz pode ser substituído por outro,
ou um novo requisito de comunicação pode ser identificado.

.4 Atualizações dos documentos do projeto


Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Estratégia para gerenciamento das partes interessadas. Atualizada como resultado da
abordagem das preocupações e da resolução das questões. Por exemplo, pode ser determinado
que uma das partes interessadas tem necessidades adicionais de informações.
• Registro das partes interessadas. É atualizado quando há mudanças nas informações sobre
as partes interessadas, quando são identificadas novas partes interessadas ou se algumas das
partes interessadas não estiverem mais envolvidas ou não forem mais afetadas pelo projeto, ou
se forem necessárias outras atualizações para determinadas partes interessadas.
• Registro das questões. É atualizado quando são identificadas novas questões e as questões
atuais são resolvidas.

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265
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

10.5 Reportar o desempenho


Reportar o desempenho é o processo de coleta e distribuição de informações sobre o desempenho,
inclusive relatórios de andamento, medições do progresso e previsões. Consulte as Figuras 10-13 e 10-14.
O processo Reportar o desempenho envolve a coleta e a análise periódica da linha de base em relação aos
dados reais para entender e comunicar o andamento e o desempenho do projeto, bem como para prever os
resultados do projeto.

Os relatórios de desempenho precisam fornecer informações no nível adequado para cada público. O
formato pode variar desde um simples relatório de andamento até relatórios mais elaborados. Um relatório
de andamento simples pode mostrar informações do desempenho, como o percentual completo, ou painéis
de indicadores da situação de cada área (ou seja, escopo, cronograma, custo e qualidade). Os relatórios mais
elaborados podem incluir:
• Análise do desempenho anterior;
• Situação atual dos riscos e questões;
• Trabalho concluído durante o período;
• Trabalho a ser concluído no próximo período;
• Resumo das mudanças aprovadas no período e
• Outras informações relevantes que devem ser revistas e analisadas.
Um relatório completo também deve fornecer o término previsto do projeto (incluindo tempo e custo). Esses
relatórios podem ser elaborados periodicamente ou com base em exceções.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Relatórios de desempenho
do projeto .1 Análise de variação .2 Atualizações dos ativos de
.2 Informações sobre o .2 Métodos de previsão processos organizacionais
desempenho do trabalho .3 Métodos de comunicação .3 Solicitações de mudança
.3 Medições de .4 Sistemas de distribuição
desempenho do trabalho de informações
.4 Previsões do orçamento
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 10-13. Reportar o desempenho: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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266
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

4.2
Desenvolver o plano
de gerenciamento
Gerenciamento das comunicações do projeto 9.4
Gerenciar a equipe
do projeto do projeto
• Plano de gerenciamento
do projeto
10.5 11.6
Reportar o • Relatórios de Monitorar e
• Medições de desempenho
desempenho desempenho controlar os riscos
do trabalho
5.5
Controlar 12.3
o escopo Administrar
10.3 as aquisições
Distribuir as
6.6 informações
Controlar 4.4
o cronograma Monitorar e
controlar o trabalho
do projeto
7.3 • Previsões
Controlar do orçamento
os custos • Solicitações 4.5
• Informações de mudança
sobre o Realizar o controle
4.3 desempenho integrado
Orientar e do trabalho de mudanças
gerenciar a
execução do projeto
• Atualizações dos
ativos de processos
organizacionais
Empresa/
Organização
• Atualizações dos ativos
de processos organizacionais

Figura 10-14. Diagrama de fluxo de dados do processo Reportar o desempenho

10.5.1 Reportar o desempenho: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento do projeto fornece informações sobre as linhas de base do projeto. A
linha de base para medição do desempenho é um plano aprovado do trabalho do projeto em relação
ao qual a execução do projeto é comparada e os desvios são medidos para controle do gerenciamento.
A linha de base de medição do desempenho em geral integra os parâmetros de escopo, cronograma
e custos do projeto, mas também pode incluir parâmetros técnicos e de qualidade.

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267
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

.2 Informações sobre o desempenho do trabalho


São coletadas informações das atividades do projeto com os resultados de desempenho, tais como:
• Andamento das entregas;
• Progresso do cronograma e
• Custos incorridos.
.3 Medições de desempenho do trabalho
As informações de desempenho do trabalho são usadas para produzir métricas das atividades do
projeto a fim de avaliar o progresso real em comparação com o progresso planejado. Essas métricas
incluem, entre outras:
• Desempenho do cronograma planejado em relação ao real;
• Desempenho dos custos planejados em relação aos reais e
• Desempenho técnico planejado em relação ao real.
.4 Previsões do orçamento
As informações de previsão de orçamento presentes no controle de custos (7.3.3.2) fornecem
informações sobre os recursos financeiros adicionais que podem ser requeridos para o trabalho
restante, bem como estimativas para o término do trabalho total do projeto.

.5 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo Reportar o desempenho
incluem, entre outros:
• Modelos de relatórios;
• Políticas e procedimentos que definem as medidas e os procedimentos a serem usados e
• Limites de variação definidos para toda a organização.

10.5.2 Reportar o desempenho: ferramentas e técnicas


.1 Análise de variação
A análise de variação é uma visão do que causou a diferença entre o desempenho da linha de base
e o real. O processo de realizar a análise de variação pode variar dependendo da área de aplicação,
do padrão usado e do setor. As etapas comuns são:

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268
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

• Verificar a qualidade das informações coletadas para garantir que sejam completas, consistentes
com os dados anteriores e dignas de crédito em comparação com outras informações de
andamento ou do projeto;
• Determinar as variações, comparando as informações reais com a linha de base do projeto
e anotando todas as diferenças favoráveis e desfavoráveis para o resultado do projeto. O
gerenciamento do valor agregado usa equações específicas para quantificar as variações. A
técnica está explicada em detalhes na Seção 7.3.2.1.
• Determinar o impacto das variações nos custos e no cronograma do projeto, bem como em outras
áreas do projeto (ou seja, ajustes no desempenho da qualidade e mudanças no escopo, etc.).
Se for aplicável, analisar as tendências das variações e documentar quaisquer descobertas sobre
as fontes de variação e a área de impacto.

.2 Métodos de previsão
Previsão é o processo de prever o desempenho futuro do projeto com base no desempenho real
até a data. Os métodos de previsão podem ser classificados em diferentes categorias:
• Métodos de séries temporais. Os métodos de séries temporais usam os dados históricos
como base para estimar os resultados futuros. Exemplos de métodos nesta categoria podem
incluir valor agregado, média móvel, extrapolação, previsão linear, estimativa de tendências e
curva de crescimento.
• Métodos causais/econométricos. Alguns métodos de previsão usam a premissa de que é
possível identificar os fatores subjacentes que podem influenciar a variável que está sendo
prevista. Por exemplo, as vendas de guarda-chuvas podem estar associadas às condições
climáticas. Se as causas forem entendidas, é possível fazer projeções das variáveis que as
influenciam e usá-las na previsão. Exemplos de métodos nesta categoria incluem: análise de
regressão linear ou não-linear, média móvel autorregressiva (ARMA) e econometria.
• Métodos subjetivos. Os métodos de previsão subjetiva incorporam intuições, opiniões e
provavelmente, estimativas. Exemplos de métodos nessa categoria são previsões compostas,
pesquisas de opinião, método Delphi, criação de cenários, previsão tecnológica e previsão por
analogia.
• Outros métodos. Outros métodos podem incluir simulação, previsão probabilística e previsões
por conjunto.
.3 Métodos de comunicação
As reuniões de avaliação do andamento podem ser usadas para trocar e analisar informações
sobre o andamento e o desempenho do projeto. O gerente de projetos geralmente usa uma técnica de
comunicação ativa (push) (definida no item 10.2.2.4) para distribuir os relatórios de desempenho.

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269
10 CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO

.4 Sistemas de distribuição de informações


Um sistema de distribuição de informações fornece uma ferramenta padrão para que o gerente
de projetos possa coletar, armazenar e distribuir as informações para as partes interessadas sobre
os custos, o andamento do cronograma e o desempenho do projeto. Existem pacotes de software
que permitem que o gerente de projetos consolide os relatórios de diversos sistemas e facilitam
a distribuição dos relatórios para as partes interessadas do projeto. Exemplos dos formatos de
distribuição podem incluir tabelas, análise de planilhas e apresentações. Podem ser usados recursos
gráficos para criar representações visuais das informações de desempenho do projeto.

10.5.3 Reportar o desempenho: saídas


.1 Relatórios de desempenho
Os relatórios de desempenho organizam e resumem as informações coletadas e apresentam os
resultados das análises em comparação com a linha de base da medição do desempenho. Os relatórios
devem fornecer informações da situação e do progresso, no nível de detalhes requerido pelas várias
partes interessadas, conforme documentado no plano de gerenciamento das comunicações. Os
formatos comuns para os relatórios de desempenho incluem gráficos de barras, curvas S, histogramas
e tabelas. A análise de variação, a análise do valor agregado e os dados de previsão geralmente são
incluídos como parte dos relatórios de desempenho. A Figura 10-15 fornece uma exibição tabular dos
dados de valor agregado (Seção 7.3.2.1).

Os relatórios de desempenho são emitidos periodicamente e seu formato pode variar desde um
simples relatório de andamento até relatórios mais elaborados. Um relatório de andamento simples
pode mostrar somente informações do desempenho, como o percentual completo, ou painéis de
indicadores da situação de cada área (como escopo, cronograma, custo e qualidade). Os relatórios
mais elaborados podem incluir:
• Análise do desempenho anterior;
• Situação atual dos riscos e questões;
• Trabalho concluído durante o período dos relatórios;
• Trabalho a ser concluído durante o próximo período de relatórios;
• Resumo das mudanças aprovadas no período;
• Resultados da análise de variação;
• Término previsto do projeto (incluindo tempo e custo) e
• Outras informações relevantes a serem revistas e analisadas.

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270
CAPíTUlO 10 − gEREnCIAMEnTO DAS COMUnICAÇõES DO PROjETO 10

Valores Variação Índice de desempenho

Elemento da EAP Valor Valor Custo Cronograma Custo Cronograma Custo


planejado agregado real VA-VP VA-CR VA÷VP VA÷CR
(VP) (VA) (CR)
1.0 Plano pré-piloto 63,000 58,000 62,500 (5,000) (4,500) 0.92 0.93
2.0 Listas de verificação 64,000 48,000 46,800 (16,000) 1,200 0.75 1.03
3.0 Currículo 23,000 20,000 23,500 (3,000) (3,500) 0.87 0.85
4.0 Avaliação intermediária 68,000 68,000 72,500 – (4,500) 1.00 0.94
5.0 Suporte de implementação 12,000 10,000 10,000 (2,000) – 0.83 1.00
6.0 Manual de prática 7,000 6,200 6,000 (800) -200 0.89 1.03
7.0 Plano de lançamento 20,000 13,500 18,100 (6,500) (4,600) 0.68 0.75
Total 257,000 223,700 239,400 (33,300) (15,700) 0.87 0.93

Figura 10-15. Exemplo tabular de relatório de desempenho

.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados abrangem, entre outros, os
formatos dos relatórios e a documentação das lições aprendidas, incluindo as causas das questões,
o motivo por trás da ação corretiva escolhida e outros tipos de lições aprendidas sobre os relatórios
de desempenho. As lições aprendidas são documentadas para que façam parte do banco de dados
histórico do projeto e da organização executora.

.3 Solicitações de mudança
A análise do desempenho do projeto muitas vezes gera solicitações de mudança. Essas solicitações
de mudança são processadas por meio do processo Realizar o controle integrado de mudanças
(Seção 4.5) do seguinte modo:
• As ações corretivas recomendadas incluem mudanças que alinhem o desempenho futuro
esperado com o plano de gerenciamento do projeto e
• As ações preventivas recomendadas podem reduzir a probabilidade de ocorrência de um
desempenho negativo futuro para o projeto.

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271
11

CAPÍTULO 11
GERENCIAMENTO DOS RISCOS DO PROJETO
O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de planejamento, identificação, análise,
planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos de um projeto. Os objetivos do gerenciamento
dos riscos são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o
impacto dos eventos negativos no projeto.

A Figura 11-1 fornece um resumo dos processos de gerenciamento dos riscos do projeto, que são:

11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos—O processo de definição de como conduzir as atividades
de gerenciamento dos riscos de um projeto.
11.2 Identificar os riscos—O processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de
documentação de suas características.
11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos—O processo de priorização dos riscos para análise
ou ação adicional através da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência
e impacto.
11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos—O processo de analisar numericamente o efeito
dos riscos identificados, nos objetivos gerais do projeto.
11.5 Planejar as respostas aos riscos—O processo de desenvolvimento de opções e ações para
aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.
11.6 Monitorar e controlar os riscos—O processo de implementação de planos de respostas
aos riscos, acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais,
identificação de novos riscos e avaliação da eficácia dos processos de tratamento dos riscos
durante todo o projeto.

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273
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

Visão geral do gerenciamento


dos riscos do projeto

11.1 Planejar 11.2 Identificar 11.3 Realizar a análise


o gerenciamento dos riscos os riscos qualitativa dos riscos

.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas


.1 Declaração do escopo .1 Plano de gerenciamento .1 Registro dos riscos
do projeto dos riscos .2 Plano de gerenciamento
.2 Plano de gerenciamento .2 Estimativas de custos dos riscos
dos custos das atividades .3 Declaração do escopo
.3 Plano de gerenciamento do .3 Estimativas de duração do projeto
cronograma das atividades .4 Ativos de processos
.4 Plano de gerenciamento .4 Linha de base do escopo organizacionais
das comunicações .5 Registro das partes
.5 Fatores ambientais da empresa interessadas .2 Ferramentas e Técnicas
.6 Ativos de processos .6 Plano de gerenciamento .1 Avaliação de probabilidade e
organizacionais dos custos impacto dos riscos
.7 Plano de gerenciamento .2 Matriz de probabilidade
.2 Ferramentas e Técnicas do cronograma e impacto
.1 Reuniões de planejamento .8 Plano de gerenciamento .3 Avaliação de qualidade dos
e análise da qualidade dados sobre riscos
.9 Documentos do projeto .4 Categorização de riscos
.3 Saídas .5 Avaliação da urgência
.1 Plano de gerenciamento .10 Fatores ambientais da empresa
.11 Ativos de processos dos riscos
dos riscos .6 Opinião especializada
organizacionais
.2 Ferramentas e Técnicas .3 Saídas
.1 Revisões de documentação .1 Atualizações do registro
.2 Técnicas de coleta de dos riscos
11.4 Realizar a análise informações
quantitativa dos riscos .3 Análise de listas de verificação
.4 Análise de premissas 11.6 Monitorar e
.1 Entradas .5 Técnicas de diagramas controlar os riscos
.1 Registro dos riscos .6 Análise de forças, fraquezas,
.2 Plano de gerenciamento oportunidades e ameaças
.1 Entradas
dos riscos (SWOT)
.1 Registro dos riscos
.3 Plano de gerenciamento .7 Opinião especializada
.2 Plano de gerenciamento
dos custos do projeto
Saídas
.4 Plano de gerenciamento .3 Informações sobre o
.1 Registro dos riscos
do cronograma desempenho do trabalho
.5 Ativos de processos .4 Relatórios de desempenho
organizacionais 11.5 Planejar as
respostas aos riscos .2 Ferramentas e Técnicas
.2 Ferramentas e Técnicas .1 Reavaliação de riscos
.1 Técnicas de coleta e .2 Auditorias de riscos
apresentação de dados .1 Entradas
.3 Análises de variação
.2 Técnicas de modelagem e .1 Registro dos riscos
e tendências
análise quantitativa de riscos .2 Plano de gerenciamento
.4 Medição de desempenho
.3 Opinião especializada dos riscos
técnico
.3 Saídas .2 Ferramentas e Técnicas .5 Análise de reservas
.1 Atualizações do registro .1 Estratégias para riscos .6 Reuniões de andamento
dos riscos negativos ou ameaças
.3 Saídas
.2 Estratégias para riscos
.1 Atualizações do registro
positivos ou oportunidades
dos riscos
.3 Estratégias de respostas de
.2 Atualizações dos ativos de
contingência
processos organizacionais
.4 Opinião especializada
.3 Solicitações de mudança
.3 Saídas .4 Atualizações do plano de
.1 Atualizações do registro gerenciamento do projeto
dos riscos .5 Atualizações dos
.2 Decisões contratuais documentos do projeto
relacionadas a riscos
.3 Atualizações do plano de
gerenciamento do projeto
.4 Atualizações dos documentos
do projeto

Figura 11-1. visão geral do gerenciamento dos riscos do projeto


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274
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

Esses processos interagem entre si e com os processos das outras áreas de conhecimento. Cada processo
pode envolver o esforço de uma ou mais pessoas, de acordo com as necessidades do projeto. Cada processo
ocorre pelo menos uma vez em cada projeto e em uma ou mais fases do projeto, caso o projeto seja dividido
em fases. Embora os processos sejam apresentados como elementos distintos com interfaces bem-definidas,
na prática eles vão se sobrepor e interagir de forma não detalhadas aqui. As interações dos processos são
analisadas em detalhes no Capítulo 3, em Processos de gerenciamento de projetos em um projeto.

O risco do projeto é sempre futuro. O risco é um evento ou uma condição incerta que, se ocorrer, tem
um efeito em pelo menos um objetivo do projeto. Os objetivos podem incluir escopo, cronograma, custo e
qualidade. Um risco pode ter uma ou mais causas e, se ocorrer, pode ter um ou mais impactos. A causa
pode ser um requisito, uma premissa, uma restrição ou uma condição que crie a possibilidade de resultados
negativos ou positivos. Por exemplo, as causas podem incluir o requisito de uma autorização ambiental para
o trabalho ou limitações de pessoal designado para planejar o projeto. O evento de risco é que a agência
responsável pela autorização pode demorar mais do que o planejado para conceder a autorização ou, no caso
de uma oportunidade, o pessoal de planejamento disponível e designado, embora seja uma equipe reduzida,
possa conseguir terminar o serviço no prazo, realizando o trabalho com menor utilização de recursos. Se um
desses eventos incertos ocorrer, pode haver um impacto no custo, no cronograma ou no desempenho do
projeto. As condições de risco podem incluir aspectos do ambiente da organização ou do projeto que podem
contribuir para o risco do projeto, como práticas imaturas de gerenciamento de projetos, falta de sistemas
integrados de gerenciamento, vários projetos simultâneos ou dependência de participantes externos que não
podem ser controlados.

O risco do projeto tem origem na incerteza existente em todos os projetos. Os riscos conhecidos são aqueles
que foram identificados e analisados, possibilitando o planejamento de respostas. Determinados riscos não
podem ser gerenciados de forma proativa, o que sugere que a equipe do projeto deveria criar um plano de
contingência. Um risco do projeto que já ocorreu também pode ser considerado um problema.

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275
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

As organizações percebem o risco como o efeito da incerteza nos objetivos organizacionais e do projeto. As
organizações e as partes interessadas estão dispostas a aceitar vários graus de riscos, o que é chamado de
tolerância a riscos. Os riscos que ameaçam o projeto podem ser aceitos se estiverem dentro das tolerâncias
e em equilíbrio com as recompensas que podem ser obtidas ao assumir os riscos. Por exemplo, a adoção de
um cronograma com paralelismo (Seção 6.5.2.7) é um risco assumido para alcançar a recompensa criada por
uma data de término antecipada.

As pessoas e os grupos adotam atitudes em relação ao risco que influenciam o modo como respondem.
Essas atitudes em relação ao risco são orientadas pela percepção, por tolerâncias e outras tendenciosidades,
que devem ser explicitadas sempre que for possível. Deve-se desenvolver uma abordagem aos riscos que seja
consistente para cada projeto, e a comunicação sobre os riscos e como lidar com eles devem ser abertas e
sinceras. As respostas aos riscos refletem o equilíbrio da organização entre correr riscos e evitar riscos.

Para ter sucesso, a organização deve estar comprometida com uma abordagem proativa e consistente do
gerenciamento dos riscos durante todo o projeto. É preciso fazer uma escolha consciente em todos os níveis
da organização para identificar ativamente e buscar o gerenciamento eficaz dos riscos durante o ciclo de vida
do projeto. O risco existe a partir do momento em que o projeto é concebido. Avançar no projeto sem um foco
proativo no gerenciamento dos riscos aumenta o impacto que um risco realizado pode ter sobre o projeto e
pode levar ao fracasso do projeto.

11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos


Planejar o gerenciamento dos riscos é o processo de definição de como conduzir as atividades de
gerenciamento dos riscos de um projeto (consulte as Figuras 11-2 e 11-3). O planejamento cuidadoso e
explícito aumenta a probabilidade de sucesso para os outros cinco processos de gerenciamento dos riscos.
O planejamento dos processos de gerenciamento dos riscos é importante para garantir que o grau, o tipo e a
visibilidade do gerenciamento dos riscos sejam proporcionais tanto aos riscos como à importância do projeto
para a organização. O planejamento também é importante para fornecer tempo e recursos suficientes para as
atividades de gerenciamento dos riscos e para estabelecer uma base acordada para a avaliação dos riscos. O
processo de Planejar o gerenciamento dos riscos deve começar na concepção do projeto e ser concluído nas
fases iniciais do planejamento do projeto.

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276
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Declaração do escopo .1 Plano de gerenciamento
do projeto .1 Reuniões de dos riscos
.2 Plano de gerenciamento planejamento e análise
dos custos
.3 Plano de gerenciamento
do cronograma
.4 Plano de gerenciamento
das comunicações
.5 Fatores ambientais da
empresa
.6 Ativos de processos
organizacionais

Figura 11-2. Planejar o gerenciamento dos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

5.2
Definir o escopo
Gerenciamento dos riscos do projeto
• Declaração do escopo
do projeto
11.1
Planejar o
6.0
gerenciamento
Gerenciamento
dos riscos
do tempo
do projeto
• Plano de
• Plano de gerenciamento gerenciamento 4.2
do cronograma dos riscos
Desenvolver o
• Plano de gerenciamento plano de
dos custos gerenciamento
11.4 do projeto
7.0
Gerenciamento 11.2 Realizar a análise
dos custos Identificar quantitativa
do projeto os riscos dos riscos

• Plano de gerenciamento 11.3 11.5


das comunicações Realizar a análise Planejar
qualitativa as respostas
10.2 dos riscos aos riscos
Planejar as
comunicações

• Ativos de processos organizacionais


• Fatores ambientais da empresa

Empresa/
Organização

Figura 11-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar o gerenciamento dos riscos

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277
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

11.1.1 Planejar o gerenciamento dos riscos: entradas


.1 Declaração do escopo do projeto
A declaração do escopo do projeto fornece uma percepção clara do intervalo de possibilidades
associadas com o projeto e suas entregas e estabelece a estrutura para o nível de importância que o
esforço de gerenciamento dos riscos pode atingir. Descrita na Seção 5.2.3.1.

.2 Plano de gerenciamento dos custos


O plano de gerenciamento dos custos do projeto define como os orçamentos, as contingências e as
reservas de gerenciamento dos riscos serão reportadas e utilizadas. Descrito na Seção 7.0.

.3 Plano de gerenciamento do cronograma


O plano de gerenciamento do cronograma define como as contingências do cronograma serão
reportadas e utilizadas. Descrito na Seção 6.0.

.4 Plano de gerenciamento das comunicações


O plano de gerenciamento das comunicações do projeto define as interações que vão ocorrer no
projeto e determina quem estará disponível para compartilhar informações sobre diversos riscos e
respostas em diferentes momentos (e locais). Descrito na Seção 10.2.3.1.

.5 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo de Planejar o gerenciamento
dos riscos incluem, entre outros, as tolerâncias e atitudes em relação aos riscos que descrevem o grau
de risco que a organização pode suportar.

.6 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Planejar o
gerenciamento dos riscos incluem, mas não estão limitados a:
• Categorias de riscos;
• Definições comuns de conceitos e termos;
• Formatos da declaração de riscos;
• Modelos padrão;
• Papéis e responsabilidades;

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278
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

• Níveis de autoridade para tomada de decisões;


• Lições aprendidas e
• Registros das partes interessadas, que também são ativos críticos a serem revistos como
componentes para o estabelecimento de planos eficazes de gerenciamento dos riscos.

11.1.2 Planejar o gerenciamento dos riscos: ferramentas e técnicas


.1 Reuniões de planejamento e análise
As equipes dos projetos fazem reuniões de planejamento para desenvolver o plano de
gerenciamento dos riscos. Os participantes dessas reuniões podem incluir o gerente de projetos,
membros selecionados da equipe do projeto e das partes interessadas, pessoas da organização
com responsabilidade de gerenciar o planejamento de riscos e as atividades de execução e outros,
conforme necessário.

Os planos de alto nível para conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos são definidos
nessas reuniões. Os elementos de custos do gerenciamento dos riscos e as atividades do cronograma
serão desenvolvidos para inclusão no orçamento e no cronograma do projeto, respectivamente.
Abordagens para a utilização de reservas para contingências de riscos podem ser criadas ou revistas.
As responsabilidades de gerenciamento dos riscos serão atribuídas. Os modelos organizacionais
gerais para categorias de riscos e as definições de termos como níveis de risco, probabilidade por
tipo de risco, impacto por tipo de objetivo e a matriz de probabilidade e impacto serão adaptados
ao projeto específico. Se não existirem modelos para outras etapas do processo, eles podem ser
gerados nessas reuniões. Os resultados dessas atividades serão resumidos no plano de gerenciamento
dos riscos.

11.1.3 Planejar o gerenciamento dos riscos: saídas


.1 Plano de gerenciamento dos riscos
O plano de gerenciamento dos riscos descreve como o gerenciamento dos riscos será estruturado e
executado no projeto. Ele se torna um subconjunto do plano de gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1).
Esse plano contém as seguintes informações:
• Metodologia. Define as abordagens, ferramentas e fontes de dados que podem ser usadas
para realizar o gerenciamento dos riscos no projeto.
• Papéis e responsabilidades. Define o líder, o suporte e os membros da equipe de gerenciamento
dos riscos para cada tipo de atividade do plano de gerenciamento dos riscos e explica suas
responsabilidades.

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279
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

• Orçamento. Atribui recursos, estima os fundos necessários ao gerenciamento dos riscos para
inclusão na linha de base do desempenho de custos e estabelece os protocolos para aplicação
das reservas para contingências (Seção 7.2.3.1).
• Prazos. Define quando e com que frequência o processo de gerenciamento dos riscos será
realizado durante o ciclo de vida do projeto, estabelece os protocolos para aplicação das
reservas para contingências do cronograma e determina as atividades de gerenciamento dos
riscos a serem incluídas no cronograma do projeto (Seção 6.5.3.1).
• Categorias de riscos. Fornece uma estrutura que garante um processo abrangente de
identificação sistemática de riscos em um nível de detalhe consistente e contribui para a eficácia
e a qualidade do processo de Identificar os riscos. A organização pode usar uma estrutura de
categorização previamente preparada, que pode ter a forma de uma simples lista de categorias
ou pode ser organizada em uma estrutura analítica dos riscos (EAR). A estrutura analítica dos
riscos (EAR) é uma representação, organizada hierarquicamente, dos riscos identificados do
projeto, ordenados por categoria e subcategoria de risco, que identifica as diversas áreas e
causas de riscos potenciais. Um exemplo é apresentado na Figura 11-4.

Projeto

Gerenciamento
Técnico Externo Organizacional
do projeto

Requisitos Subcontratadas Dependências Estimativa


e fornecedores do projeto

Tecnologia Regulador Fontes Planejamento

Complexidade Mercado Financiamento Controle


e interfaces

Desempenho Cliente Priorização Comunicação


e confiabilidade

Qualidade Condições
climáticas

A estrutura analítica dos riscos (EAR) lista as categorias e subcategorias das quais riscos podem existir
em um projeto típico. Diferentes EARs serão apropriadas para diferentes tipos de projetos e organizações.
Um benefício desta abordagem é relembrar os participantes de um exercício de identificação de riscos a
respeito das muitas fontes a partir das quais podem surgir riscos.

Figura 11-4. Exemplo de uma estrutura analítica dos riscos (EAR)

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280
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

• Definições de probabilidade e impacto dos riscos. A qualidade e a credibilidade do processo de


Realizar a análise qualitativa dos riscos requerem a definição de diferentes níveis de probabilidades
e impactos dos riscos. As definições gerais dos níveis de probabilidade e impacto são adaptadas
a cada projeto durante o processo Planejar o gerenciamento dos riscos, para serem usadas no
processo Realizar a análise qualitativa dos riscos (Seção 11.3). A Figura 11-5 é um exemplo
de definições de impactos negativos que poderiam ser usadas na avaliação dos impactos de
riscos relativa a quatro objetivos do projeto. (Tabelas semelhantes podem ser definidas com a
perspectiva dos impactos positivos.) A figura ilustra as abordagens relativa e numérica (nesse
caso, não linear).

Condições definidas para as escalas de impacto de um risco nos objetivos principais do projeto
(Exemplos são mostrados somente para impactos negativos)

Escalas relativas ou numéricas são mostradas

Objetivo Muito baixo/0,05 Baixo/0,10 Moderado/0,20 Alto/0,40 Muito alto/0,80


do projeto
Aumento
insignificante <10% aumento 10-20% aumento 20-40% aumento >40% aumento
Custo
do custo do custo do custo do custo do custo

Aumento
insignificante <5% aumento 5-10% aumento 10-20% aumento <20% aumento
Tempo
do tempo do tempo do tempo do tempo do tempo

Redução do escopo Produto final do


Diminuição pouco Áreas secundárias Áreas principais
Escopo inaceitável para projeto é
notável do escopo do escopo afetadas do escopo afetadas
o patrocinador efetivamente inútil
Somente aplicações Redução da qualidade Redução da qualidade Produto final do
Degradação pouco
Qualidade muito exigentes requer aprovação inaceitável para projeto é
notável da qualidade
são afetadas do patrocinador o patrocinador efetivamente inútil
Esta tabela apresenta exemplos de definições de impacto dos riscos para quatro objetivos diferentes do projeto.
Eles devem ser ajustados no processo de Planejar o gerenciamento dos riscos para o projeto em questão e para os limites de
tolerância a riscos da organização. As definições de impacto podem ser desenvolvidas para as oportunidades de uma maneira similar.

Figura 11-5. Definição de escalas de impactos para quatro objetivos do projeto


• Matriz de probabilidade e impacto. Os riscos são priorizados de acordo com suas
implicações potenciais de afetar os objetivos do projeto. Uma abordagem típica de priorização
dos riscos é usar uma tabela de referência ou uma matriz de probabilidade e impacto (Seção
11.3.2.2). As combinações específicas de probabilidade e impacto que fazem com que um
risco seja classificado com importância “alta”, “moderada” ou “baixa”, com a importância
correspondente de planejamento de respostas aos riscos (Seção 11.5), normalmente são
definidas pela organização.
• Tolerâncias revisadas das partes interessadas. As tolerâncias das partes interessadas,
conforme se aplicam ao projeto específico, podem ser revisadas no processo de Planejar o
gerenciamento dos riscos.

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281
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

• Formatos dos relatórios. Definem como os resultados dos processos de gerenciamento dos
riscos serão documentados, analisados e comunicados. Descrevem o conteúdo e o formato do
registro dos riscos, bem como quaisquer outros relatórios de riscos necessários.
• Acompanhamento. Documenta como as atividades de risco serão registradas para benefício
do projeto atual, bem como para necessidades futuras e lições aprendidas e também se os
processos de gerenciamento dos riscos serão auditados e de que forma.

11.2 Identificar os riscos


Identificar os riscos é o processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de documentação
de suas características (consulte as Figuras 11-6 e 11-7). Os participantes das atividades de identificação de
riscos podem incluir os seguintes: gerente do projeto, membros da equipe do projeto, equipe de gerenciamento
dos riscos (se for designada), clientes, especialistas no assunto externos à equipe do projeto, usuários finais,
outros gerentes de projetos, partes interessadas e especialistas em gerenciamento de riscos. Embora essas
pessoas em geral sejam os principais participantes da identificação dos riscos, todo o pessoal do projeto deve
ser estimulado a identificar riscos.

Identificar os riscos é um processo iterativo porque novos riscos podem surgir ou se tornar conhecidos
durante o ciclo de vida do projeto. A frequência da iteração e os participantes de cada ciclo variam de acordo
com a situação. O formato das declarações de riscos deve ser consistente para garantir a capacidade de
comparar o efeito relativo de um evento de risco com outros no projeto. O processo deve envolver a equipe do
projeto de modo que possa desenvolver e manter um sentido de propriedade e responsabilidade pelos riscos
e pelas ações associadas de resposta a riscos. As partes interessadas externas à equipe do projeto podem
fornecer informações objetivas adicionais.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Registro dos riscos
dos riscos .1 Revisões de
.2 Estimativas de custos documentação
das atividades .2 Técnicas de coleta de
.3 Estimativas de duração informações
das atividades .3 Análise de listas
.4 Linha de base do escopo de verificação
.5 Registro das partes .4 Análise de premissas
interessadas .5 Técnicas de diagramas
.6 Plano de gerenciamento .6 Análise de forças,
dos custos fraquezas, oportunidades
.7 Plano de gerenciamento e ameaças (SWOT)
do cronograma .7 Opinião especializada
.8 Plano de gerenciamento
da qualidade
.9 Documentos do projeto
.10 Fatores ambientais da
empresa
.11 Ativos de processos
organizacionais

Figura 11-6. Identificar os riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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282
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

6.0 Gerenciamento dos riscos do projeto


Gerenciamento
do tempo
• Plano de gerenciamento do cronograma 11.1
do projeto
Planejar
o gerenciamento
dos riscos
7.0
Gerenciamento • Plano de gerenciamento dos custos
dos custos
• Plano de gerenciamento
do projeto dos riscos

• Linha de base do escopo


11.2
5.3 Identificar
Criar a EAP os riscos
7.1
Estimar os custos
• Registro
6.4 dos riscos
Estimar
as durações
das atividades 8.1
• Estimativas de
Planejar
duração das atividades a qualidade
11.3 11.5
• Estimativas de custos
das atividades
Realizar a análise Planejar
qualitativa as respostas
dos riscos aos riscos 12.1
7.1 Planejar
Estimar as aquisições
os custos 11.4 11.6
Realizar a análise Monitorar
quantitativa e controlar
• Plano de gerenciamento
da qualidade dos riscos os riscos

8.1
Planejar
a qualidade

• Registro das partes interessadas

10.1
Identificar
as partes
interessadas

• Documentos do projeto

Documentos
do projeto • Ativos de
processos
organizacionais
• Fatores
ambientais
Empresa/ da empresa
Organização

Figura 11-7. Diagrama de fluxo de dados do processo Identificar os riscos

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283
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

11.2.1 Identificar os riscos: entradas


.1 Plano de gerenciamento dos riscos
As principais entradas do plano de gerenciamento dos riscos para o processo de identificação são
as atribuições de papéis e responsabilidades, a provisão para atividades de gerenciamento dos riscos
no orçamento e no cronograma e as categorias de riscos (Seção 11.1), que às vezes são expressas em
uma estrutura analítica dos riscos (Figura 11-4).

.2 Estimativas de custos das atividades


As análises das estimativas de custos das atividades são úteis para identificar riscos, pois fornecem
uma avaliação quantitativa do custo provável para concluir as atividades programadas e idealmente, são
expressas como um intervalo que indica o(s) grau(s) de risco. A análise pode resultar em projeções que
indicam se a estimativa é suficiente ou insuficiente para concluir a atividade (e, portanto, se constitui um
risco para o projeto) (Seção 7.1.3.1).

.3 Estimativas de duração das atividades


As análises das estimativas de duração das atividades são úteis para identificar os riscos
relacionados com as provisões de tempo para as atividades ou o projeto como um todo, novamente
com um intervalo de estimativas que indica o(s) grau(s) relativo(s) de risco (Seção 6.4.3.1).

.4 linha de base do escopo


As premissas do projeto são encontradas na declaração do escopo do projeto (Seção 5.2.3.1).
A incerteza nas premissas do projeto deve ser avaliada como causas potenciais de risco do projeto.

A EAP é uma entrada essencial para a identificação de riscos, pois facilita o entendimento dos
riscos potenciais nos níveis micro e macro. Os riscos podem ser identificados e subsequentemente
acompanhados nos níveis de resumo, conta de controle e/ou de pacote de trabalho.

.5 Registro das partes interessadas


As informações sobre as partes interessadas serão úteis na solicitação de entradas para a
identificação dos riscos, pois vão garantir que as principais partes interessadas, principalmente o
cliente, sejam entrevistadas ou participem de alguma forma durante o processo de “Identificar os
riscos” (Seção 10.1.3.1).

.6 Plano de gerenciamento dos custos


O processo de Identificar os riscos exige um entendimento dos planos de gerenciamento dos custos
encontrados no plano de gerenciamento do projeto (Seção 7.0). A abordagem específica do projeto ao
gerenciamento dos custos pode gerar ou minimizar os riscos por sua natureza ou estrutura.

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284
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

.7 Plano de gerenciamento do cronograma


O processo de Identificar os riscos também exige um entendimento do plano de gerenciamento do
cronograma encontrado no plano de gerenciamento do projeto (Seção 6.0). A abordagem específica
do projeto ao gerenciamento do cronograma pode gerar ou minimizar os riscos por sua natureza ou
estrutura.

.8 Plano de gerenciamento da qualidade


O processo de Identificar os riscos também exige um entendimento do plano de gerenciamento da
qualidade encontrado no plano de gerenciamento do projeto (Seção 8.1.3.1). A abordagem específica
do projeto ao gerenciamento da qualidade pode gerar ou minimizar os riscos por sua natureza
ou estrutura.

.9 Documentos do projeto
Os documentos do projeto incluem, mas não estão limitados a:
• Registro das premissas;
• Relatórios sobre o desempenho do trabalho;
• Relatórios de valor agregado;
• Diagramas de rede;
• Linhas de base e
• Outras informações sobre o projeto que possam ser úteis para a identificação de riscos.
.10 Fatores ambientais da empresa
Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo de Identificar os riscos
incluem, entre outros:
• Informações publicadas, incluindo bancos de dados comerciais;
• Estudos acadêmicos;
• Listas de verificação publicadas;
• Benchmarking;
• Estudos do setor e
• Atitudes em relação ao risco.

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285
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

.11 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Identificar os riscos
incluem, mas não estão limitados a:
• Arquivos do projeto, incluindo dados reais;
• Controles organizacionais e de processo do projeto;
• Modelos da declaração de riscos e
• Lições aprendidas.

11.2.2 Identificar os riscos: ferramentas e técnicas


.1 Revisões de documentação
É possível fazer uma revisão estruturada da documentação do projeto, incluindo planos, premissas,
arquivos de projetos anteriores, contratos e outras informações. A qualidade dos planos, bem como a
consistência entre esses planos e os requisitos e as premissas do projeto, podem ser indicadores de
riscos no projeto.

.2 Técnicas de coleta de informações


Exemplos de técnicas de coleta de informações a fim de identificar riscos incluem:
• Brainstorming. O objetivo do brainstorming é obter uma lista completa dos riscos do projeto.
A equipe do projeto normalmente realiza um brainstorming, em geral com um conjunto
multidisciplinar de especialistas que não fazem parte da equipe. As ideias sobre o risco do
projeto são geradas sob a liderança de um facilitador, seja em uma sessão tradicional de
brainstorming de forma livre (com ideias fornecidas pelos participantes) ou estruturada (usando
técnicas de entrevista em grupo, como a técnica de grupos nominais). As categorias de riscos,
como uma estrutura analítica dos riscos, podem ser usadas como uma estrutura. Os riscos são
então identificados e categorizados de acordo com o tipo e suas definições são detalhadas.
• Técnica Delphi. A técnica Delphi é uma maneira de obter um consenso de especialistas. Os
especialistas em riscos do projeto participam anonimamente nessa técnica. O facilitador usa
um questionário para solicitar ideias sobre riscos importantes do projeto. As respostas são
resumidas e redistribuídas aos especialistas para comentários adicionais. O consenso pode ser
alcançado após algumas rodadas desse processo. A técnica Delphi ajuda a reduzir a parcialidade
nos dados e evita que alguém possa influenciar indevidamente o resultado.

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286
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

• Entrevistas. Entrevistar participantes experientes do projeto, partes interessadas e especialistas


no assunto pode identificar riscos.
• Análise da causa-raiz. A análise da causa-raiz é uma técnica específica para identificar
um problema, descobrir as causas subjacentes que levaram a ele e desenvolver ações
preventivas.
.3 Análise de listas de verificação
É possível desenvolver listas de verificação para identificação de riscos com base nas informações
históricas e no conhecimento que foi acumulado a partir de projetos anteriores semelhantes e
outras fontes de informações. O nível mais baixo da EAR também pode ser usado como uma lista
de verificação de riscos. Embora a lista de verificação possa ser rápida e simples, é impossível criar
uma lista completa. A equipe deve se certificar de explorar os itens que não aparecem na lista de
verificação. Essa lista deve ser revisada durante o encerramento do projeto para incorporar as novas
lições aprendidas e ser aprimorada para uso em projetos futuros.

.4 Análise de premissas
Todos os projetos e todos os riscos identificados do projeto são concebidos e desenvolvidos com
base em um conjunto de hipóteses, cenários ou premissas. A análise de premissas explora a validade
das premissas em relação ao projeto. Ela identifica os riscos do projeto decorrentes do caráter inexato,
instável, inconsistente ou incompleto das premissas.

.5 Técnicas de diagramas
As técnicas de diagramas de riscos podem incluir:
• Diagramas de causa e efeito (Seção 8.3.2.1). Também são conhecidos como diagramas de
Ishikawa ou de espinha de peixe e são úteis para identificar as causas dos riscos.
• Diagramas de sistema ou fluxogramas. Mostram como os vários elementos de um sistema
se interrelacionam e o mecanismo de causalidade (Seção 8.3.2.3).
• Diagramas de influência. São representações gráficas de situações que mostram influências
causais, ordem dos eventos no tempo e outras relações entre variáveis e resultados.

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287
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

.6 Análise de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (SWOT)


Essa técnica examina o projeto do ponto de vista de suas forças e fraquezas, oportunidades e
ameaças, a fim de aumentar a abrangência dos riscos identificados, incluindo os riscos gerados
internamente. A técnica começa com a identificação das forças e fraquezas da organização, enfatizando
a organização do projeto ou o negócio mais amplo. Esses fatores geralmente são identificados por
meio do brainstorming. Em seguida, a análise SWOT identifica as oportunidades do projeto resultantes
das forças da organização, bem como as ameaças decorrentes das fraquezas. Essa análise também
examina o grau em que as forças da organização compensam as ameaças e as oportunidades que
podem superar as fraquezas.

.7 Opinião especializada
Os riscos podem ser identificados diretamente por especialistas com experiência relevante em
projetos ou áreas de negócios semelhantes. Esses especialistas devem ser identificados pelo gerente
do projeto e convidados a considerar todos os aspectos do projeto, além de sugerir os riscos possíveis
com base na sua experiência anterior e nas áreas de especialização. A parcialidade dos especialistas
deve ser levada em consideração nesse processo.

11.2.3 Identificar os riscos: saídas


As principais saídas do processo de Identificar os riscos em geral estão contidas no registro dos riscos.

.1 Registro dos riscos


As principais saídas do processo de Identificar os riscos são as entradas iniciais do registro dos
riscos. O registro dos riscos contém basicamente os resultados dos outros processos de gerenciamento
dos riscos, conforme são conduzidos, resultando em um aumento no nível e no tipo de informações
contidas no registro dos riscos ao longo do tempo. A preparação do registro dos riscos começa no
processo de Identificar os riscos com as informações a seguir e, depois, fica disponível para outros
processos de gerenciamento do projeto e de gerenciamento dos riscos do projeto.
• lista dos riscos identificados. Os riscos identificados são descritos com o maior número de
detalhes possível. Pode-se usar uma estrutura simples dos riscos na lista, como O EVENTO
pode ocorrer, causando o IMPACTO, ou Se CAUSA, o EVENTO pode ocorrer, levando ao EFEITO.
Além da lista de riscos identificados, as causas-raiz desses riscos podem ficar mais evidentes.
Essas são as condições ou os eventos fundamentais que podem provocar um ou mais riscos
identificados. Eles devem ser registrados e usados para apoiar a futura identificação de riscos
para este e outros projetos.
• lista de respostas potenciais. As respostas potenciais a um risco às vezes podem ser
identificadas durante o processo de Identificar os riscos. Essas respostas, se identificadas
neste processo, podem ser úteis como entradas para o processo de Planejar as respostas aos
riscos (Seção 11.5).

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CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos


Realizar a análise qualitativa dos riscos é o processo de priorização de riscos para análise ou ação adicional
através da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto (consulte as Figuras 11-8
e 11-9). As organizações podem aumentar o desempenho do projeto se concentrando nos riscos de alta
prioridade. O processo de Realizar a análise qualitativa dos riscos avalia a prioridade dos riscos identificados
usando a sua relativa probabilidade ou plausibilidade de ocorrência, o impacto correspondente nos objetivos
do projeto se os riscos ocorrerem, bem como outros fatores, como o intervalo de tempo para resposta e a
tolerância a riscos da organização associada com as restrições de custo, cronograma, escopo e qualidade do
projeto. Essas avaliações refletem a atitude da equipe do projeto e de outras partes interessadas em relação
ao risco. Portanto, uma avaliação eficaz requer a identificação explícita e o gerenciamento das atitudes em
relação ao risco dos principais participantes no processo de Realizar a análise qualitativa dos riscos. Caso
essas atitudes em relação ao risco gerem parcialidade na avaliação dos riscos identificados, deve-se avaliá-
las e corrigi-las com atenção.

O estabelecimento de definições dos níveis de probabilidade e impacto pode reduzir a influência de


parcialidade. A criticalidade do tempo das ações relativas aos riscos pode aumentar a importância do risco.
Uma avaliação da qualidade das informações disponíveis sobre os riscos do projeto também ajuda a elucidar
a avaliação da importância do risco para o projeto.

A realização da análise qualitativa dos riscos normalmente é um meio rápido e econômico de estabelecer
as prioridades do processo de Planejar as respostas aos riscos e define a base para a realização da análise
quantitativa dos riscos, se necessária. O processo de Realizar a análise qualitativa dos riscos deve ser revisto
durante o ciclo de vida do projeto para ficar em dia com as mudanças nos riscos do projeto. Esse processo
pode resultar na realização da análise quantitativa dos riscos (Seção 11.4) ou diretamente no planejamento de
respostas aos riscos (Seção 11.5).

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Registro dos riscos .1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento .1 Avaliação de probabilidade dos riscos
dos riscos e impacto de riscos
.3 Declaração do escopo .2 Matriz de probabilidade
do projeto e impacto
.4 Ativos de processos .3 Avaliação de qualidade
organizacionais dos dados sobre riscos
.4 Categorização de riscos
.5 Avaliação da urgência
dos riscos
.6 Opinião especializada

Figura 11-8. Realizar a análise qualitativa dos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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289
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

Gerenciamento dos riscos do projeto

11.1
5.2 Planejar o 11.2
Definir o escopo gerenciamento Identificar os riscos
dos riscos

• Declaração do • Plano de • Registro dos riscos


escopo do gerenciamento
projeto dos riscos
11.3
Realizar a análise
Empresa/ qualitativa • Atualizações do
Organização • Ativos de processos
dos riscos registro dos riscos
organizacionais

Figura 11-9. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar a análise qualitativa dos riscos

11.3.1 Realizar a análise qualitativa dos riscos: entradas


.1 Registro dos riscos
Consulte a Seção 11.2.3.1.

.2 Plano de gerenciamento dos riscos


Os principais elementos do plano de gerenciamento dos riscos para realizar a análise qualitativa dos
riscos incluem os papéis e responsabilidades do gerenciamento dos riscos, orçamentos, atividades do
cronograma de gerenciamento dos riscos, categorias de riscos, definições de probabilidade e impacto,
a matriz de probabilidade e impacto e a revisão das tolerâncias a riscos das partes interessadas.
Essas entradas geralmente são adaptadas ao projeto durante o processo de Planejar o gerenciamento
dos riscos (Seção 11.1). Se não estiverem disponíveis, poderão ser criadas durante o processo de
Realizar a análise qualitativa dos riscos (Seção 11.3).

.3 Declaração do escopo do projeto


Os projetos de um tipo comum ou recorrente tendem a ter riscos melhor entendidos. Os
projetos que usam tecnologias de ponta ou pioneiras, ou que são altamente complexos, tendem a
ter mais incertezas, o que pode ser avaliado através do exame da declaração do escopo do projeto
(Seção 5.2.3.1).

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CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

.4 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Realizar a análise
qualitativa dos riscos incluem, mas não estão limitados a:
• Informações sobre projetos semelhantes já concluídos;
• Estudos de projetos semelhantes feitos por especialistas em riscos e
• Bancos de dados de riscos disponibilizados pelo setor ou por fontes proprietárias.

11.3.2 Realizar a análise qualitativa dos riscos: ferramentas e técnicas


.1 Avaliação de probabilidade e impacto dos riscos
A análise de probabilidade de riscos investiga a probabilidade de cada risco específico ocorrer.
A avaliação do impacto de riscos investiga o efeito potencial sobre um objetivo do projeto, como
cronograma, custo, qualidade ou desempenho, incluindo tanto os efeitos negativos das ameaças
como os efeitos positivos das oportunidades.

A avaliação da probabilidade e do impacto é feita para cada risco identificado. Os riscos podem
ser avaliados em entrevistas ou reuniões com participantes selecionados por sua familiaridade com
as categorias dos riscos na agenda. São incluídos membros da equipe do projeto e, talvez, pessoas
experientes externas ao projeto.

O nível de probabilidade de cada risco e seu impacto em cada objetivo são avaliados durante a
entrevista ou reunião. Também são registrados detalhes explicativos, incluindo as premissas que
justificam os níveis atribuídos. As probabilidades e os impactos dos riscos são classificados de acordo
com as definições fornecidas no plano de gerenciamento dos riscos (Seção 11.1.3.1). Os riscos com
baixas classificações de probabilidade e impacto serão incluídos em uma lista de observação para
monitoramento futuro.

.2 Matriz de probabilidade e impacto


Os riscos podem ser priorizados para uma posterior análise quantitativa e resposta com base na
sua classificação. Em geral, essas regras de classificação de riscos são especificadas pela organização
antes do projeto e incluídas nos ativos de processos organizacionais. As regras de classificação de
riscos podem ser adaptadas ao projeto específico no processo de Planejar o gerenciamento dos
riscos (Seção 11.1). A avaliação da importância de cada risco e, consequentemente, da prioridade de
atenção, normalmente é conduzida usando uma tabela de referência ou uma matriz de probabilidade
e impacto (Figura 11-10). Essa matriz especifica as combinações de probabilidade e impacto que
resultam em uma classificação dos riscos como de prioridade baixa, moderada ou alta. A área
cinza escuro (com os números maiores) representa alto risco, a área cinza médio (com os números
menores) representa baixo risco, e a área cinza claro (com os números intermediários) representa
risco moderado.

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11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

Matriz de probabilidade e impacto

Probabilidade Ameaças Oportunidades

0,90 0,05 0,09 0,18 0,36 0,72 0,72 0,36 0,18 0,09 0,05

0,70 0,04 0,07 0,14 0,28 0,56 0,56 0,28 0,14 0,07 0,04

0,50 0,03 0,05 0,10 0,20 0,40 0,40 0,20 0,10 0,05 0,03

0,30 0,02 0,03 0,06 0,12 0,24 0,24 0,12 0,06 0,03 0,02

0,10 0,01 0,01 0,02 0,04 0,08 0,08 0,04 0,02 0,01 0,01

0,05 0,10 0,20 0,40 0,80 0,80 0,40 0,20 0,10 0,05

Impacto (escala numérica) em um objetivo (por exemplo, custo, tempo, escopo ou qualidade)

Cada risco é avaliado de acordo com a sua probabilidade de ocorrência e o impacto em um objetivo se este
realmente ocorrer. Os limites de tolerância da organização para riscos baixos, moderados ou altos são mostrados
na matriz e determinam se o risco é alto, moderado ou baixo para aquele objetivo.

Figura 11-10. Matriz de probabilidade e impacto

Conforme ilustrado na Figura 11-5, a organização pode classificar um risco separadamente para
cada objetivo (por exemplo, custo, tempo e escopo). Além disso, pode desenvolver formas de determinar
uma classificação geral para cada risco. É possível desenvolver um esquema geral de classificação
do projeto para refletir a preferência da organização por um objetivo em relação a outro e usar essas
preferências para criar um sistema de ponderação dos riscos que são avaliados por objetivo. Por fim,
é possível tratar as oportunidades e ameaças na mesma matriz, usando as definições dos diferentes
níveis de impacto que são adequados a cada uma delas.

A classificação dos riscos ajuda a orientar as respostas. Por exemplo, os riscos que têm um impacto
negativo nos objetivos se ocorrerem (ameaças) e que estão na zona de alto risco (cinza escuro) da
matriz podem exigir uma ação prioritária e estratégias agressivas de resposta. As ameaças que estão
na zona de baixo risco (cinza médio) podem não exigir uma ação proativa de gerenciamento além da
inclusão em uma lista de observação ou do acréscimo de uma reserva para contingências.

De forma semelhante, as oportunidades na zona de alto risco (cinza escuro) que podem ser obtidas
mais facilmente e oferecem o maior benefício devem ser abordadas primeiro. As oportunidades na
zona de baixo risco (cinza médio) devem ser monitoradas. Os valores fornecidos na Seção 11.4.2.1
são representativos. O número de etapas na escala é determinado pela organização e depende da
organização.

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CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

.3 Avaliação de qualidade dos dados sobre riscos


A análise qualitativa dos riscos requer dados exatos e imparciais para ser digna de crédito.
A análise da qualidade dos dados dos riscos é uma técnica para avaliar o grau em que os dados
sobre riscos são úteis para o gerenciamento dos riscos. Envolve o exame do nível em que o
risco é compreendido, e também a precisão, qualidade, confiabilidade e integridade dos dados
relativos ao risco. Se a qualidade dos dados for inaceitável, pode ser necessário coletar dados de
qualidade maior.

.4 Categorização de riscos
Os riscos do projeto podem ser categorizados por fontes de risco (por exemplo, usando a EAR), área
afetada do projeto (por exemplo, usando a EAP) ou outra categoria útil (por exemplo, fase do projeto)
para determinar as áreas do projeto mais expostas aos efeitos da incerteza. O agrupamento dos
riscos por causas-raiz comuns pode resultar no desenvolvimento de respostas aos riscos eficazes.

.5 Avaliação da urgência dos riscos


Os riscos que exigem respostas a curto prazo podem ser considerados mais urgentes. Os
indicadores de prioridade podem incluir o tempo para produzir uma resposta ao risco, sintomas e
sinais de alerta e a classificação do risco. Em algumas análises qualitativas, a avaliação da urgência
dos riscos pode ser combinada com a classificação dos riscos determinada a partir da matriz de
probabilidade e impacto para gerar uma classificação final da gravidade dos riscos.

.6 Opinião especializada
A opinião especializada é necessária para avaliar a probabilidade e o impacto de cada risco a fim
de determinar sua localização na matriz mostrada na Figura 11-10. Os especialistas geralmente são
pessoas que têm experiência com projetos semelhantes que ocorreram em um passado não muito
distante. Além disso, os responsáveis pelo planejamento e pelo gerenciamento de um determinado
projeto são especialistas, principalmente sobre as especificidades daquele projeto. A obtenção de
opinião especializada geralmente é realizada com o uso de entrevistas ou seminários de facilitação
de riscos. A parcialidade dos especialistas deve ser levada em consideração nesse processo.

11.3.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos: saídas


.1 Atualizações do registro dos riscos
O registro dos riscos é iniciado durante o processo de Identificar os riscos. Depois o registro dos
riscos é atualizado com informações do processo de Realizar a análise qualitativa dos riscos e é
incluído nos documentos do projeto. As atualizações do registro dos riscos a partir do processo de
Realizar a análise qualitativa dos riscos incluem:

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293
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

• Classificação relativa ou lista de prioridades dos riscos do projeto. A matriz de probabilidade


e impacto pode ser usada para classificar os riscos de acordo com sua importância individual.
Usando combinações da probabilidade de ocorrência de cada risco e do impacto nos objetivos
caso eles ocorram, os riscos serão priorizados uns em relação aos outros com a classificação
em grupos de “alto risco”, “risco moderado” e “baixo risco”. Os riscos podem ser listados por
prioridade separadamente para cronograma, custo e desempenho, uma vez que as organizações
podem dar maior valor a um objetivo do que a outro. O gerente de projetos pode então usar
a lista priorizada de riscos para concentrar a atenção nos itens de alta relevância (alto risco)
para os objetivos mais importantes, onde as respostas podem gerar melhores resultados para o
projeto. Uma descrição da base da probabilidade e do impacto avaliados deve ser incluída para
os riscos avaliados como importantes para o projeto.
• Riscos agrupados por categorias. A categorização de riscos pode revelar causas-raiz comuns
de riscos ou áreas do projeto que requerem atenção especial. Descobrir concentrações de
riscos pode aumentar a eficácia das respostas aos riscos.
• Causas de riscos ou áreas do projeto que requerem atenção especial. Descobrir
concentrações de riscos pode aumentar a eficácia das respostas aos riscos.
• lista de riscos que requerem resposta a curto prazo. Os riscos que requerem uma
resposta urgente e os que podem ser tratados em uma data posterior podem ser colocados em
grupos diferentes.
• lista de riscos para análise e resposta adicional. Alguns riscos podem exigir mais análises,
incluindo a análise quantitativa dos riscos, bem como ações de resposta.
• listas de observação de riscos de baixa prioridade. Os riscos que não são avaliados como
importantes no processo de Realizar a análise qualitativa dos riscos podem ser colocados em
uma lista de observação para monitoramento posterior.
• Tendências nos resultados da análise qualitativa dos riscos. Conforme a análise é repetida,
uma tendência para determinados riscos pode ficar aparente e tornar a resposta ao risco ou
uma análise posterior mais ou menos urgente/importante.

11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos


Realizar a análise quantitativa dos riscos é o processo de analisar numericamente o efeito dos riscos
identificados nos objetivos gerais do projeto (Figuras 11-11 e 11-12). A análise quantitativa é realizada nos
riscos que foram priorizados pela análise qualitativa dos riscos como tendo impacto potencial e substancial
nas demandas concorrentes do projeto. O processo de Realizar a análise quantitativa dos riscos analisa o
efeito desses eventos de riscos e pode ser usado para atribuir uma classificação numérica a esses riscos
individualmente ou para avaliar o efeito agregado de todos os riscos que afetam o projeto. Também apresenta
uma abordagem quantitativa para a tomada de decisões na presença de incertezas.

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294
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

O processo de Realizar a análise quantitativa dos riscos geralmente segue o da análise qualitativa dos
riscos. Em alguns casos, realizar a análise quantitativa pode não ser necessária para desenvolver respostas
eficazes a riscos. A disponibilidade de tempo e orçamento e a necessidade de declarações qualitativas ou
quantitativas sobre os riscos e impactos, vão determinar o(s) método(s) a ser(em) usado(s) em qualquer projeto
específico. O processo de Realizar a análise quantitativa dos riscos deve ser repetido depois de Planejar as
respostas aos riscos e também como parte do processo de Monitorar e controlar os riscos, para determinar
se o risco geral do projeto diminuiu satisfatoriamente. As tendências podem indicar a necessidade de mais ou
menos ações de gerenciamento dos riscos.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Registro dos riscos .1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento .1 Técnicas de coleta e dos riscos
dos riscos apresentação de dados
.3 Plano de gerenciamento .2 Técnicas de modelagem
dos custos e análise quantitativa
.4 Plano de gerenciamento de riscos
do cronograma .3 Opinião especializada
.5 Ativos de processos
organizacionais

Figura 11-11. Realizar a análise quantitativa dos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

6.0 Gerenciamento dos riscos do projeto


Gerenciamento
do tempo • Plano de 11.1
do projeto gerenciamento 11.2
Planejar Identificar
do cronograma o gerenciamento os riscos
7.0 dos riscos
Gerenciamento
dos custos • Plano de • Registro dos riscos
• Plano de
do projeto gerenciamento
gerenciamento
dos riscos
dos custos
11.4
Realizar a análise
quantitativa • Atualizações
Empresa/ dos riscos do registro
Organização • Ativos de processos dos riscos
organizacionais

Figura 11-12. Diagrama de fluxo de dados do processo Realizar a análise quantitativa dos riscos

11.4.1 Realizar a análise quantitativa dos riscos: entradas


.1 Registro dos riscos
Consulte a Seção 11.2.3.1.

.2 Plano de gerenciamento dos riscos


Consulte a Seção 11.1.3.1.

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295
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

.3 Plano de gerenciamento dos custos


O plano de gerenciamento dos custos do projeto define o formato e estabelece critérios para
planejamento, estruturação, estimativa, orçamento e controle de custos do projeto (Seção 7.0). Esses
controles podem ajudar a determinar a estrutura e/ou a abordagem de aplicação para a análise
quantitativa do plano de custo ou do orçamento.

.4 Plano de gerenciamento do cronograma


O plano de gerenciamento do cronograma do projeto define o formato e estabelece os critérios
para desenvolvimento e controle do cronograma do projeto (Seção 6.0). Esses controles e a própria
natureza do cronograma podem ajudar a determinar a estrutura e/ou a abordagem de aplicação da
análise quantitativa do cronograma.

.5 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de Realizar a análise
quantitativa dos riscos incluem, entre outros:
• Informações sobre projetos semelhantes já concluídos;
• Estudos de projetos semelhantes feitos por especialistas em riscos e
• Bancos de dados de riscos disponibilizados pelo setor ou pelas fontes proprietárias.

11.4.2 Realizar a análise quantitativa dos riscos: ferramentas e técnicas


.1 Técnicas de coleta e apresentação de dados
• Entrevistas. As técnicas de entrevistas dependem da experiência e de dados históricos para
quantificar a probabilidade e o impacto dos riscos nos objetivos do projeto. As informações
necessárias dependem dos tipos de distribuições de probabilidade que serão usadas. Por
exemplo, seriam coletadas informações sobre os cenários otimista (baixa), pessimista (alta)
e mais provável para algumas distribuições usadas. Exemplos de estimativas de custos de
três pontos são mostrados na Figura 11-13. Informações adicionais sobre estimativas de três
pontos são fornecidas em estimar as durações das atividades (Seção 6.4.2.4) e estimar custos
(Seção 7.1.2.5). A documentação da base lógica das faixas de riscos e das premissas por trás
delas são componentes importantes da entrevista sobre riscos, uma vez que podem fornecer
uma visão melhor sobre a confiabilidade e a credibilidade da análise.

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CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

Faixas de estimativas de custos do projeto

Mais
Elemento da EAP Baixo provável Alto

Projetar $4M $6M $10 M

Construir $16M $20M $35 M

Testar $11 M $15 M $23 M

Total do projeto $31 M $41M $68M

Entrevistar as partes interessadas relevantes ajuda a determinar as estimativas de três pontos


para cada elemento da EAP para distribuição triangular, beta ou outras. Neste exemplo, a
probabilidade de se completar o projeto na estimativa mais provável ou abaixo de $41 milhões
é relativamente pequena como mostrado nos resultados da simulação na Figura 11-16
(Resultados da simulação de riscos de custos).

Figura 11-13. Faixas de estimativas de custos do projeto coletadas durante a entrevista sobre riscos
• Distribuições de probabilidade. As distribuições de probabilidades contínuas, amplamente
usadas em modelagem e simulação (Seção 11.4.2.2), representam a incerteza em valores
tais como durações de atividades do cronograma e custos de componentes do projeto. Podem
ser usadas distribuições discretas para representar eventos incertos, como o resultado de um
teste ou um cenário possível em uma árvore de decisão. A Figura 11-14 mostra dois exemplos
de distribuições contínuas amplamente utilizadas. Essas distribuições representam formas que
são compatíveis com os dados normalmente desenvolvidos durante a análise quantitativa dos
riscos. As distribuições uniformes só podem ser usadas se não houver nenhum valor óbvio que
seja mais provável que os outros entre os limites superior e inferior especificados, como no
início do estágio de concepção.

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297
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

Distribuição beta Distribuição triangular

0,1 0,1

0,0 0,0

As distribuições beta e triangular são frequentemente usadas nas análises quantitativas dos riscos. Os
dados mostrados na figura da esquerda (distribuição beta) são um exemplo da família de tais distribuições
determinadas por dois “parâmetros de forma”. Outras distribuições comumente usadas incluem a uniforme,
normal e lognormal. Nesses gráficos o eixo horizontal (X) representa os valores possíveis de tempo ou custo
e o eixo vertical (Y) representa a probabilidade relativa.

Figura 11-14. Exemplos de distribuições de probabilidades usadas com frequência

.2 Técnicas de modelagem e análise quantitativa dos riscos


As técnicas mais usadas incluem abordagens de análises orientadas ao evento e ao projeto,
tais como:
• Análise de sensibilidade. A análise de sensibilidade ajuda a determinar quais riscos têm mais
impacto potencial no projeto. Examina a extensão com que a incerteza de cada elemento do
projeto afeta o objetivo que está sendo examinado quando todos os outros elementos incertos
são mantidos em seus valores de linha de base. Uma representação típica da análise de
sensibilidade é o diagrama de tornado, que é usado para comparar a importância relativa e o
impacto de variáveis que têm um alto grau de incerteza com aquelas que são mais estáveis.
• Análise do valor monetário esperado. A análise do valor monetário esperado (VME – em Inglês
EMV) é um conceito estatístico que calcula o resultado médio quando o futuro inclui cenários que
podem ocorrer ou não (ou seja, análise em situações de incerteza). O VME das oportunidades
geralmente será expresso em valores positivos, enquanto o dos riscos terá valores negativos,
e requer uma premissa neutra em relação ao risco: nem aversa nem propensa a riscos. O VME
do projeto é calculado multiplicando o valor de cada resultado possível pela sua probabilidade
de ocorrência e somando esses produtos. Um uso comum desse tipo de análise é a árvore de
decisão (Figura 11-15).

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CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

Valor do caminho
Definição de decisão Decisão a ser tomada Nó de decisão de rede
Entrada: Probabilidade do cenário, Calculado:
Decisão a Entrada: Custo de cada decisão recompensa se ocorrer Resultados menos
ser tomada Saída: Decisão tomada Saída: Valor monetário custos ao longo
esperado (VME) do caminho

60% Demanda forte $80M


($200M)
Construir nova $80M = $200M – $120M
fábrica
(investir $120M)

$36M = ,60 ($80M) + 40% Demanda fraca -$30M


,40 (–$30M) ($90M)
VME (antes dos custos) –$30M = $90M – $120M
Construir para construir uma nova fábrica
ou modernizar? considerando a demanda

Decisão VME = $46M 60% Demanda forte


(o maior entre $36M $70M
($120M)
e $46M)
$70M = $120M – $50M
Modernizar a fábrica
(investir $50M)
Nó de decisão
$46M = ,60 ($70M) + 40% Demanda fraca
Nó de $10M
probabilidade ,40 ($10M) ($60M)
VME (antes dos custos) $10M = $60M – $50M
Final do galho
para modernizar a fábrica
considerando a demanda

Observação 1: A árvore de decisão mostra como tomar uma decisão entre estratégias capitais de alternativas
(representadas como “nós de decisões”) quando o ambiente contém elementos incertos (representados
como “nós de probabilidades”).
Observação 2: Aqui, uma decisão está sendo tomada entre se investir $120M para construir uma nova fábrica ou se
investir somente $50M para modernizar a fábrica. Para cada decisão, a demanda (que é incerta e portanto
representa um “nó de probabilidade”) tem que ser considerada. Por exemplo, uma demanda forte conduz a
uma receita de $200M com a nova fábrica mas a somente $120M com a fábrica modernizada, talvez
devido a limitações de capacidade da fábrica modernizada. O final de cada galho mostra o efeito líquido dos
resultados menos os custos. Para cada galho de decisão, todos os efeitos são adicionados (veja as áreas
sombreadas) para determinar o Valor Monetário Esperado geral (VME) da decisão. Lembre-se de considerar
os custos do investimento. A partir dos cálculos nas áreas sombreadas, a fábrica modernizada tem um
VME maior de $46M – também o VME da decisão geral. (Esta escolha também representa o menor risco,
evitando o pior resultado possível de uma perda de $30M).

Figura 11-15. Diagrama da árvore de decisão


• Modelagem e simulação. A simulação de um projeto utiliza um modelo que converte as
incertezas especificadas de maneira detalhada no seu possível impacto nos objetivos do
projeto. As simulações iterativas em geral são executadas usando a técnica de Monte Carlo.
Em uma simulação, o modelo do projeto é calculado várias vezes (iterado), com os valores
de entrada (por exemplo, estimativas de custos ou durações das atividades) selecionados
aleatoriamente para cada iteração das distribuições de probabilidades dessas variáveis.
A distribuição de probabilidades (por exemplo, custo total ou data de término) é calculada
a partir das iterações. Para uma análise de riscos de custos, a simulação utiliza estimativas
de custos. Para uma análise de riscos do cronograma, são usados o diagrama de rede do
cronograma e estimativas de duração. O resultado de uma simulação de riscos de custos é
mostrado na Figura 11-16. Ilustra a respectiva probabilidade de atingir determinadas metas de
custos. É possível desenvolver curvas semelhantes para os resultados do cronograma.

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11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

Custo total do projeto


Gráfico cumulativo
100%
Média = $46,67M

75%
Probabilidade

50%

25%

12%

0%
$41M $50M
$30,00M $38,75M $47,50M $56,25M $65,00M
Custo
Esta distribuição cumulativa, assumindo as variações de dados na Figura 11-13 e distribuições triangulares,
mostra que o projeto só possui 12% de probabilidade de atingir a estimativa de $41 milhões. Se uma organização
conservadora desejar uma probabilidade de sucesso de 75%, será necessário um orçamento de $50 milhões
(uma contingência de aproximadamente 22% ($50M - $41M/$41M)).

Figura 11-16. Resultados da simulação de riscos de custos

.3 Opinião especializada
A opinião especializada (idealmente por especialistas com experiência relevante e recente) é
necessária para identificar os impactos potenciais no custo e no cronograma, avaliar a probabilidade
e definir entradas (como distribuições de probabilidades) para as ferramentas.

Também deve ser utilizada para a interpretação dos dados. Os especialistas devem ser capazes
de identificar as fraquezas das ferramentas, bem como as forças correspondentes, e determinar
quando uma ferramenta específica pode ou não ser adequada, considerando os recursos e a cultura
da organização.

11.4.3 Realizar a análise quantitativa dos riscos: saídas


.1 Atualizações do registro dos riscos
O registro dos riscos também é atualizado para incluir um relatório quantitativo dos riscos
detalhando as abordagens quantitativas, saídas e recomendações. As atualizações incluem os
seguintes componentes principais:

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300
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

• Análise probabilística do projeto. São feitas estimativas dos resultados potenciais dos custos
e do cronograma, listando as possíveis datas de término e os custos com os níveis de confiança
associados. Esse resultado, geralmente expresso como uma distribuição cumulativa, pode
ser usado com as tolerâncias a riscos das partes interessadas para permitir a quantificação
das reservas para contingências de custo e tempo. Essas reservas para contingências são
necessárias para colocar o risco de exceder os objetivos definidos do projeto em um nível
aceitável para a organização. Por exemplo, na Figura 11-16, a contingência de custo para o 75º
percentil é de US$ 9 milhões, ou cerca de 22% em comparação com os US$ 41 milhões das
estimativas mais prováveis mostradas na Figura 11-13.
• Probabilidade de atingir os objetivos de custo e tempo. Com os riscos existentes no projeto,
a probabilidade de atingir os objetivos definidos no plano atual pode ser estimada usando os
resultados da análise quantitativa dos riscos. Por exemplo, na Figura 11-16, a probabilidade de
alcançar a estimativa de custo de US$ 41 milhões (na Figura 11-13) é de cerca de 12%.
• lista priorizada de riscos quantificados. Esta lista de riscos inclui aqueles que representam
a maior ameaça ou a maior oportunidade para o projeto. Engloba os riscos que podem ter o
maior efeito na contingência de custos e os mais prováveis de influenciar o caminho crítico.
Esses riscos podem ser identificados, em alguns casos, por meio de um diagrama de tornado
gerado como resultado da análise de simulação.
• Tendências nos resultados da análise quantitativa dos riscos. Conforme a análise é
repetida, pode ficar aparente uma tendência que leve a conclusões que afetam as respostas
aos riscos. As informações organizacionais históricas sobre cronograma, custos, qualidade e
desempenho do projeto devem refletir as novas visões obtidas por meio do processo de Realizar
a análise quantitativa dos riscos. Esse histórico pode assumir a forma de um relatório de análise
quantitativa dos riscos, o qual pode ser separado ou vinculado ao registro dos riscos.

11.5 Planejar as respostas aos riscos


Planejar as respostas aos riscos é o processo de desenvolvimento de opções e ações para aumentar as
oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto (Figuras 11-17 e 11-18). É posterior aos processos
de Realizar a análise qualitativa dos riscos e Realizar a análise quantitativa dos riscos (se for utilizado) e
engloba a identificação e a designação de uma pessoa (o “responsável pela(s) resposta(s) ao risco”) para
assumir a responsabilidade por cada resposta ao risco acordada e financiada. O processo de planejamento das
respostas aborda os riscos pela prioridade, inserindo recursos e atividades no orçamento, no cronograma e no
plano de gerenciamento do projeto, conforme necessário.

As respostas planejadas devem ser adequadas à relevância do risco, ter eficácia de custos para atender
ao desafio, ser realistas dentro do contexto do projeto, acordadas por todas as partes envolvidas e ter um
responsável designado. Também devem ser oportunas. Em geral é necessário selecionar a melhor resposta ao
risco entre as diversas opções possíveis.

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301
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

A seção Planejar as respostas aos riscos apresenta as abordagens mais usadas para o planejamento de
respostas aos riscos. Os riscos englobam as ameaças e as oportunidades que podem afetar o sucesso do projeto
e são analisadas respostas para cada um deles.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Registro dos riscos .1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento .1 Estratégias para riscos dos riscos
dos riscos negativos ou ameaças .2 Decisões contratuais
.2 Estratégias para riscos relacionadas a riscos
positivos ou oportunidades .3 Atualizações do plano de
.3 Estratégias de respostas gerenciamento do projeto
de contingência .4 Atualizações dos
.4 Opinião especializada documentos do projeto

Figura 11-17. Planejar as respostas aos riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento dos riscos do projeto Documentos


do projeto
• Atualizações
11.1 dos documentos
11.2
Planejar do projeto
Identificar
o gerenciamento
os riscos
dos riscos 4.2
Desenvolver
• Plano de
o plano de
• Registro dos riscos
gerenciamento gerenciamento
• Atualizações
dos riscos do registro do projeto
• Atualizações
dos riscos do plano
11.5 de gerenciamento
Planejar do projeto
as respostas 12.1
aos riscos Planejar
as aquisições
• Decisões contratuais
relacionadas a riscos

Figura 11-18. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar as respostas aos riscos

11.5.1 Planejar as respostas aos riscos: entradas


.1 Registro dos riscos
Esse registro engloba os riscos identificados, as causas-raiz, listas de respostas possíveis, os
proprietários dos riscos, sintomas e sinais de alerta, a classificação relativa ou lista de prioridades
dos riscos do projeto, uma lista dos riscos que exigem resposta a curto prazo, uma lista dos riscos
para análise adicional e resposta, tendências nos resultados da análise qualitativa e uma lista de
observação de riscos de baixa prioridade.

.2 Plano de gerenciamento dos riscos


Os componentes importantes do plano de gerenciamento dos riscos incluem papéis e
responsabilidades, definições de análise de riscos, intervalos de tempo para revisões (e para eliminar
riscos da revisão) e limites para riscos baixos, moderados e altos. Os limites ajudam a identificar os
riscos para os quais são necessárias respostas específicas.

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302
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

11.5.2 Planejar as respostas aos riscos: ferramentas e técnicas


Existem várias estratégias de respostas aos riscos disponíveis. A estratégia ou a mescla de estratégias
com maior probabilidade de ser eficaz deve ser selecionada para cada risco. Podem ser usadas ferramentas
de análise de riscos, como a análise da árvore de decisão (Seção 11.4.2.2) para escolher as respostas mais
adequadas. São desenvolvidas ações específicas para implementar essa estratégia, incluindo estratégias
principais e alternativas, conforme necessário. É possível desenvolver um plano alternativo para implementação
caso a estratégia selecionada não seja totalmente eficaz ou se um risco aceito ocorrer. Os riscos secundários
(impulsionados pelas estratégias) também devem ser revistos. Muitas vezes, é alocada uma reserva para
contingências de tempo ou custo. Caso seja desenvolvida, ela deve incluir a identificação dos gatilhos que
acionam o seu uso.

.1 Estratégias para riscos negativos ou ameaças


Três das estratégias a seguir em geral se aplicam a ameaças ou riscos que, se ocorrerem, podem
ter impactos negativos nos objetivos do projeto. A quarta estratégia, aceitar, pode ser usada tanto
para riscos negativos ou ameaças como para riscos positivos ou oportunidades. Essas estratégias,
descritas a seguir, são eliminar, transferir, mitigar ou aceitar.
• Eliminar. A eliminação ou prevenção de riscos engloba a alteração do plano de gerenciamento
do projeto para remover totalmente a ameaça. O gerente do projeto também pode isolar os
objetivos do projeto do impacto do risco ou alterar o objetivo que está em perigo. Exemplos
disso incluem estender o cronograma, alterar a estratégia ou reduzir o escopo. A estratégia
de eliminar mais radical é a suspensão total do projeto. Alguns riscos que surgem no início do
projeto podem ser evitados esclarecendo os requisitos, obtendo informações, melhorando a
comunicação ou adquirindo conhecimentos especializados.
• Transferir. A transferência de riscos exige a mudança de alguns ou todos os impactos negativos
de uma ameaça, juntamente com a responsabilidade da resposta, para um terceiro. Transferir o
risco simplesmente passa a responsabilidade pelo gerenciamento para outra parte, mas não o
elimina. Transferir a responsabilidade pelo risco é mais eficaz ao lidar com a exposição a riscos
financeiros. A transferência de riscos quase sempre envolve o pagamento de um prêmio à parte
que está assumindo o risco. As ferramentas de transferência podem ser bastante variadas e
incluem, entre outras, o uso de seguros, seguros-desempenho, garantias, fianças, etc. Podem
ser usados contratos para transferir a responsabilidade de determinados riscos para outra
parte. Por exemplo, quando um comprador tem recursos que o vendedor não possui, pode ser
prudente transferir uma parte do trabalho e o risco correspondente de volta ao comprador por
meio de um contrato. Em muitos casos, o uso de um contrato de custo mais remuneração pode
transferir o risco do custo para o comprador, enquanto um contrato de preço fixo pode transferir
o risco para o vendedor.

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303
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

• Mitigar. A mitigação de riscos implica na redução da probabilidade e/ou do impacto de


um evento de risco adverso para dentro de limites aceitáveis. Adotar uma ação antecipada
para reduzir a probabilidade e/ou o impacto de um risco ocorrer no projeto em geral é mais
eficaz do que tentar reparar o dano depois de o risco ter ocorrido. Adotar processos menos
complexos, fazer mais testes ou escolher um fornecedor mais estável são exemplos de ações
de mitigação. A mitigação pode exigir o desenvolvimento de um protótipo para reduzir o risco
de implementação de um processo ou produto a partir de um modelo de bancada. Quando não
é possível reduzir a probabilidade, a resposta de mitigação pode abordar o impacto do risco
concentrando em fatores que determinam a gravidade. Por exemplo, a inclusão de redundância
em um sistema pode reduzir o impacto de uma falha do componente original.
• Aceitar. Essa estratégia é adotada porque raramente é possível eliminar todas as ameaças
de um projeto. Indica que a equipe do projeto decidiu não alterar o plano de gerenciamento
do projeto para lidar com um risco, ou não conseguiu identificar outra estratégia de resposta
adequada. Pode ser passiva ou ativa. A aceitação passiva não requer nenhuma ação exceto
documentar a estratégia, deixando que a equipe do projeto trate dos riscos quando eles
ocorrerem. A estratégia de aceitação ativa mais comum é estabelecer uma reserva para
contingências, incluindo tempo, dinheiro ou recursos para lidar com os riscos.
.2 Estratégias para riscos positivos ou oportunidades
Três das quatro respostas são sugeridas para tratar de riscos com impactos potencialmente positivos
sobre os objetivos do projeto. A quarta estratégia, aceitar, pode ser usada tanto para riscos negativos
ou ameaças como para riscos positivos ou oportunidades. Essas estratégias, descritas a seguir, são
explorar, compartilhar, melhorar ou aceitar.
• Explorar. Essa estratégia pode ser selecionada para riscos com impactos positivos quando a
organização deseja garantir que a oportunidade seja concretizada. Procura eliminar a incerteza
associada com um determinado risco positivo, garantindo que a oportunidade realmente
aconteça. Exemplos de respostas de exploração direta incluem designar os recursos mais
talentosos da organização para o projeto a fim de reduzir o tempo de conclusão ou para
proporcionar um custo mais baixo do que foi originalmente planejado.
• Compartilhar. Compartilhar um risco positivo envolve a alocação integral ou parcial da
propriedade da oportunidade a um terceiro que tenha mais capacidade de capturar a
oportunidade para benefício do projeto. Exemplos de ações de compartilhamento incluem a
formação de parcerias de compartilhamento de riscos, equipes, empresas para fins especiais
ou joint ventures, as quais podem ser estabelecidas com a finalidade expressa de aproveitar a
oportunidade de modo que todas as partes se beneficiem das suas ações.

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CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

• Melhorar. Essa estratégia é usada para aumentar a probabilidade e/ou os impactos positivos
de uma oportunidade. Identificar e maximizar os principais impulsionadores desses riscos de
impacto positivo pode aumentar a probabilidade de ocorrência. Exemplos de melhoramento de
oportunidades são o acréscimo de mais recursos a uma atividade para terminar mais cedo.
• Aceitar. Aceitar uma oportunidade é desejar aproveitá-la caso ela ocorra, mas não persegui-la
ativamente.
.3 Estratégias de respostas de contingência
Algumas respostas são projetadas para serem usadas somente se certos eventos ocorrerem. Para
alguns riscos, é apropriado que a equipe de projeto faça um plano de respostas que só será executado sob
determinadas condições predefinidas, caso acredite-se que haverá alerta suficiente para implementar
o plano. Os eventos que acionam a resposta de contingência, como marcos intermediários perdidos
ou o aumento da prioridade de um fornecedor, devem ser definidos e acompanhados.

.4 Opinião especializada
A opinião especializada é fornecida por pessoas experientes em relação às ações a serem adotadas
para um risco específico e definido. A especialização pode ser oferecida por qualquer grupo ou pessoa
com formação especializada, conhecimentos, habilidade, experiência ou treinamento para definir
respostas aos riscos.

11.5.3 Planejar as respostas aos riscos: saídas


.1 Atualizações do registro dos riscos
No processo de Planejar as respostas aos riscos, as respostas apropriadas são escolhidas,
acordadas e incluídas no registro dos riscos. O registro dos riscos deve ser gravado em um nível de
detalhamento que corresponda à classificação de prioridades e à resposta planejada. Em geral, os
riscos altos e moderados são abordados em detalhes. Os riscos considerados de baixa prioridade são
incluídos em uma “lista de observação” para monitoramento periódico. Os componentes do registro
dos riscos nesse ponto podem incluir:
• Riscos identificados, suas descrições, áreas do projeto afetadas (por exemplo, elemento da EAP),
suas causas (por exemplo, elemento da EAR) e como podem afetar os objetivos do projeto;
• Proprietários dos riscos e as responsabilidades atribuídas;
• Resultados do processo de Realizar a análise qualitativa (Seção 11.3), incluindo listas priorizadas
de riscos do projeto;

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305
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

• Estratégias de respostas acordadas;


• Ações específicas para implementar a estratégia de resposta escolhida;
• Gatilhos, sintomas e sinais de alerta da ocorrência dos riscos;
• Orçamento e atividades do cronograma requeridas para implementar as respostas escolhidas;
• Planos de contingência e gatilhos que indiquem a sua execução;
• Planos alternativos para serem usados como uma reação a um risco que ocorreu e quando a
principal resposta foi inadequada;
• Riscos residuais que se espera que permaneçam depois que as respostas planejadas tiverem
sido adotadas, bem com os que foram deliberadamente aceitos;
• Riscos secundários que surgem como resultado direto da implementação de uma resposta a
riscos e
• Reservas para contingências que são calculadas com base na análise quantitativa dos riscos
do projeto e os limites de riscos da organização.
.2 Decisões contratuais relacionadas a riscos
As decisões para a transferência de riscos, como contratos de seguros, serviços e outros itens que
sejam necessários são selecionadas nesse processo. Isso pode ocorrer como resultado da mitigação ou
transferência de algumas ou todas as ameaças, ou do melhoramento ou compartilhamento de algumas ou
todas as oportunidades. O tipo de contrato selecionado também fornece um mecanismo para a distribuição
de riscos. Essas decisões constituem entradas para o processo de Planejar as aquisições (Seção 12.1).

.3 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, mas não
estão limitados a:
• Plano de gerenciamento do cronograma. O plano de gerenciamento do cronograma (Seção
6.0) é atualizado para refletir as alterações no processo e as práticas orientadas pelas respostas
aos riscos. Essa atualização pode incluir alterações na tolerância ou no comportamento relativo
ao carregamento e nivelamento de recursos, bem como atualizações do próprio cronograma.
• Plano de gerenciamento dos custos. O plano de gerenciamento dos custos (Seção 7.0) é
atualizado para refletir as alterações no processo e nas práticas motivadas pelas respostas aos
riscos. Essa atualização pode incluir alterações na tolerância ou no comportamento relativas a
contabilização de custos, acompanhamento e relatórios, bem como atualizações do orçamento
e no consumo de reservas para contingências.

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306
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

• Plano de gerenciamento da qualidade. O plano de gerenciamento da qualidade (Seção 8.1.3.1)


é atualizado para refletir as alterações no processo e nas práticas motivadas pelas respostas
aos riscos. Essa atualização pode incluir alterações na tolerância ou no comportamento
relativas a requisitos, garantia da qualidade ou controle da qualidade, bem como atualizações
da documentação dos requisitos.
• Plano de gerenciamento das aquisições. O plano de gerenciamento das aquisições (Seção
12.1.3.1) pode ser atualizado para refletir alterações na estratégia, tais como alterações na
decisão de fazer ou comprar, ou nos tipos de contratos, motivadas pelas respostas aos riscos.
• Plano de gerenciamento dos recursos humanos. O plano de gerenciamento de pessoal, que
faz parte do plano de recursos humanos (Seção 9.1.3.1), é atualizado para refletir as alterações
na estrutura organizacional do projeto e nas aplicações de recursos motivadas pelas respostas
aos riscos. Essa atualização pode incluir alterações na tolerância ou no comportamento relativas
à alocação de pessoal, bem como atualizações da alocação de recursos.
• Estrutura analítica do projeto. Devido aos novos trabalhos (ou aos trabalhos omitidos)
gerados pelas respostas aos riscos, a EAP (Seção 5.3.3.1) pode ser atualizada para refletir
essas alterações.
• linha de base do cronograma. Devido aos novos trabalhos (ou aos trabalhos omitidos) gerados
pelas respostas aos riscos, a linha de base do cronograma (Seção 6.5.3.2) pode ser atualizada
para refletir essas alterações.
• linha de base do desempenho de custos. Devido aos novos trabalhos (ou aos trabalhos
omitidos) gerados pelas respostas aos riscos, a linha de base do desempenho de custos (Seção
7.2.3.1) pode ser atualizada para refletir essas alterações.
.4 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Atualizações do registro das premissas. Conforme novas informações ficam disponíveis por
meio da aplicação de respostas aos riscos, as premissas serão inerentemente alteradas. O
registro das premissas deve ser revisto para incluir essas novas informações. As premissas
podem ser incorporadas na declaração do escopo ou em um registro de premissas separado.
• Atualizações da documentação técnica. Conforme novas informações ficam disponíveis
por meio da aplicação de respostas aos riscos, as abordagens técnicas e as entregas físicas
podem ser alteradas. Toda a documentação de apoio deve ser revista para incluir essas novas
informações.

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307
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

11.6 Monitorar e controlar os riscos


Monitorar e controlar os riscos é o processo de implementação dos planos de respostas aos riscos,
acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos riscos
e avaliação da eficácia do processo de riscos durante todo o projeto (consulte as Figuras 11-19 e 11-20).

As respostas planejadas aos riscos que são incluídas no plano de gerenciamento do projeto são executadas
durante o ciclo de vida do projeto, mas o trabalho do projeto deve ser continuamente monitorado em busca
de riscos novos, modificados e desatualizados.

O processo de Monitorar e controlar os riscos utiliza técnicas, como análises de variações e tendências,
que requerem o uso das informações de desempenho geradas durante a execução do projeto. Outras
finalidades do processo de Monitorar e controlar os riscos determinam se:
• As premissas do projeto ainda são válidas;
• A análise mostra um risco avaliado que foi modificado ou que pode ser desativado;
• As políticas e os procedimentos de gerenciamento dos riscos estão sendo seguidos e
• As reservas para contingências de custo ou cronograma devem ser modificadas de acordo com a
avaliação atual dos riscos.
O monitoramento e o controle dos riscos podem envolver a escolha de estratégias alternativas, a execução
de um plano alternativo ou de contingência, a adoção de ações corretivas e a modificação do plano de
gerenciamento do projeto. O responsável pela resposta ao risco informa periodicamente ao gerente de projetos
sobre a eficácia do plano, os efeitos imprevistos e qualquer correção necessária para tratar o risco de forma
adequada. O processo de Monitorar e controlar os riscos também engloba a atualização dos ativos de processos
organizacionais, incluindo os bancos de dados de lições aprendidas e os modelos de gerenciamento dos riscos
do projeto, para benefício de futuros projetos.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Registro dos riscos .1 Atualizações do registro
.2 Plano de gerenciamento .1 Reavaliação de riscos dos riscos
do projeto .2 Auditorias de riscos .2 Atualizações dos
.3 Informações sobre o .3 Análises de variação ativos de processos
desempenho do trabalho e tendências organizacionais
.4 Relatórios de .4 Medição de desempenho .3 Solicitações de mudança
desempenho técnico .4 Atualizações do plano de
.5 Análise de reservas gerenciamento do projeto
.6 Reuniões de andamento .5 Atualizações dos
documentos do projeto

Figura 11-19. Monitorar e controlar os riscos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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308
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

4.2 Gerenciamento dos riscos do projeto


Desenvolver
o plano
de gerenciamento • Plano de 11.2
do projeto gerenciamento Identificar
dos riscos os riscos Documentos
do projeto
• Atualizações
10.5 dos
• Registro dos riscos documentos
Reportar • Atualizações do plano
de gerenciamento • Atualizações do projeto
o desempenho do projeto do registro
dos riscos 4.5
11.6
• Relatórios de desempenho Monitorar Realizar o controle
e controlar integrado
os riscos de mudanças
4.3
• Solicitações
Orientar
de mudança
e gerenciar
a execução
do projeto Empresa/
• Atualizações dos ativos
Organização
• Informações sobre de processos organizacionais
o desempenho do trabalho

Figura 11-20. Diagrama de fluxo de dados do processo de Monitorar e controlar os riscos

11.6.1 Monitorar e controlar os riscos: entradas


.1 Registro dos riscos
As principais entradas do registro dos riscos incluem os riscos identificados e os donos dos riscos,
respostas aos riscos acordadas, ações específicas de implementação, sintomas e sinais de alerta,
riscos residuais e secundários, uma lista de observação de riscos de baixa prioridade e as reservas
de contingências de tempo e custo.

.2 Plano de gerenciamento do projeto


O plano de gerenciamento do projeto descrito na Seção 4.2.3.1 contém o plano de gerenciamento
dos riscos, que inclui tolerâncias a riscos, protocolos e a atribuição de pessoas (incluindo os donos dos
riscos), tempo e outros recursos para o gerenciamento dos riscos do projeto.

.3 Informações sobre o desempenho do trabalho


As informações sobre o desempenho do trabalho relativas a vários resultados de desempenho
incluem, entre outras:
• Andamento das entregas;
• Progresso do cronograma e
• Custos incorridos.

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309
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

.4 Relatórios de desempenho
Os relatórios de desempenho (Seção 10.5.3.1) usam as informações de medições de desempenho
e as analisam para fornecer informações sobre o desempenho do trabalho do projeto, tais como
análise de variação, dados de valor agregado e dados de previsões.

11.6.2 Monitorar e controlar os riscos: ferramentas e técnicas


.1 Reavaliação de riscos
Monitorar e controlar os riscos muitas vezes resulta na identificação de novos riscos, na reavaliação
de riscos atuais e no encerramento dos riscos que estão desatualizados. As reavaliações dos riscos do
projeto devem ser programadas com regularidade. A quantidade e os detalhes de repetição que são
apropriados dependem de como está o andamento do projeto em relação aos seus objetivos.

.2 Auditorias de riscos
As auditorias de riscos examinam e documentam a eficácia das respostas para lidar com os riscos
identificados e suas causas-raiz, bem como a eficácia do processo de gerenciamento dos riscos. O
gerente de projetos é responsável por garantir que sejam realizadas auditorias com uma frequência
adequada, conforme definido no plano de gerenciamento dos riscos do projeto. As auditorias de riscos
podem ser incluídas durante as reuniões rotineiras de revisão do projeto ou reuniões de auditoria
separadas podem ser realizadas. O formato da auditoria e seus objetivos devem ser definidos
claramente antes da execução da auditoria.

.3 Análises de variação e tendências


Muitos processos de controle usam a análise da variação para comparar os resultados planejados
com os resultados atuais. Para fins de monitoramento e controle de eventos de risco, deve-se fazer
uma revisão das tendências na execução do projeto usando as informações do desempenho. A análise
de valor agregado (Seção 7.3.2.1) e outros métodos de análises de variação e tendências podem ser
usados para monitorar o desempenho geral do projeto. Os resultados dessas análises podem prever
o desvio potencial do projeto no término em relação às metas de custos e cronograma. O desvio em
relação à linha de base no plano pode indicar o impacto potencial das ameaças ou oportunidades.

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310
CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO 11

.4 Medição de desempenho técnico


A medição de desempenho técnico compara as realizações técnicas durante a execução do projeto
com o cronograma de realizações técnicas do plano de gerenciamento do projeto. É necessária a
definição de medidas quantificáveis e objetivas do desempenho técnico que possam ser usadas para
comparar os resultados reais com as metas. Essas medidas de desempenho técnico podem incluir
ponderação, prazos das transações, número de defeitos entregues, capacidade de armazenamento,
etc. Qualquer desvio, como demonstrar mais ou menos funcionalidade do que o planejado em um
marco, pode ajudar a prever o grau de sucesso para atingir o escopo do projeto e expor o grau de risco
técnico que o projeto está enfrentando.

.5 Análise de reservas
Durante a execução do projeto podem ocorrer alguns riscos, com impactos positivos ou negativos
nas reservas para contingências de orçamento ou cronograma (Seções 6.5.3.3 e 7.1.2.6). A
análise de reservas compara a quantidade restante de reservas para contingências com a quantidade
de risco restante a qualquer momento no projeto a fim de determinar se as reservas restantes
são adequadas.

.6 Reuniões de andamento
O gerenciamento dos riscos deve ser um item da agenda nas reuniões periódicas de andamento do
projeto. O tempo necessário para esse item vai variar, dependendo dos riscos que foram identificados,
da sua prioridade e da dificuldade de resposta. O gerenciamento dos riscos fica mais fácil quando é
praticado com mais frequência. Discussões frequentes sobre riscos aumentam a probabilidade de que
as pessoas possam identificar os riscos e as oportunidades.

11.6.3 Monitorar e controlar os riscos: saídas


.1 Atualizações do registro dos riscos
Um registro dos riscos atualizado inclui, entre outros itens:
• Resultados de reavaliações de riscos, auditorias de riscos e revisões periódicas dos riscos.
Esses resultados podem incluir a identificação de novos eventos de riscos, atualizações de
probabilidade, impacto, prioridade, planos de respostas, propriedade e outros elementos
do registro dos riscos. Também podem incluir o encerramento dos riscos que não são mais
aplicáveis e a liberação das reservas associadas.
• Resultados reais dos riscos do projeto e das respostas aos riscos. Essas informações podem
ajudar os gerentes de projetos a planejar os riscos na organização inteira e também em
projetos futuros.

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311
11 CAPíTUlO 11 − gEREnCIAMEnTO DOS RISCOS DO PROjETO

.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os seis processos de gerenciamento dos riscos do projeto produzem informações que podem ser
usadas para projetos futuros e devem ser capturadas nos ativos de processos organizacionais. Os
ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Modelos do plano de gerenciamento dos riscos, incluindo a matriz de probabilidade e impacto
e o registro dos riscos;
• Estrutura analítica dos riscos e
• Lições aprendidas das atividades de gerenciamento dos riscos do projeto.
Esses documentos devem ser atualizados conforme necessário e no encerramento do projeto. As
versões finais do registro dos riscos e dos modelos do plano de gerenciamento dos riscos, das listas de
verificação e da estrutura analítica dos riscos estão incluídas.

.3 Solicitações de mudança
A implementação de planos de contingência ou soluções de contorno às vezes resulta em uma
solicitação de mudança. As solicitações de mudança são preparadas e encaminhadas para o processo
Realizar o controle integrado de mudanças (Seção 4.5). As solicitações de mudança também podem
incluir as ações corretivas e preventivas recomendadas.
• Ações corretivas recomendadas. As ações corretivas recomendadas incluem planos de
contingência e planos de contorno. Esses últimos são respostas que não foram inicialmente
planejadas, mas são necessárias para lidar com os riscos emergentes que não foram
identificados anteriormente ou que foram aceitos passivamente.
• Ações preventivas recomendadas. As ações preventivas recomendadas são usadas para
manter a conformidade do projeto em relação ao plano de gerenciamento do projeto.
.4 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto
Se as solicitações de mudança aprovadas afetarem os processos de gerenciamento dos riscos, os
documentos correspondentes do plano de gerenciamento do projeto serão revisados e republicados
para refletir as mudanças aprovadas. Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem
ser atualizados são os mesmos do processo de Planejar as respostas aos riscos (Seção 11.5).

.5 Atualizações dos documentos do projeto


Os documentos do projeto que podem ser atualizados como resultado do processo de Monitorar e
controlar os riscos são os mesmos do processo de Planejar as respostas aos riscos (Seção 11.5).

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312
12

CAPÍTULO 12
GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO
O gerenciamento das aquisições do projeto inclui os processos necessários para comprar ou adquirir
produtos, serviços ou resultados externos à equipe do projeto. A organização pode ser tanto o comprador como
o vendedor dos produtos, serviços ou resultados de um projeto.

O gerenciamento das aquisições do projeto abrange os processos de gerenciamento de contratos e controle


de mudanças que são necessários para desenvolver e administrar contratos ou pedidos de compra emitidos
por membros autorizados da equipe do projeto.

O gerenciamento das aquisições do projeto também abrange a administração de todos os contratos


emitidos por uma organização externa (o comprador) que está adquirindo o projeto da organização executora
(o fornecedor) e a administração das obrigações contratuais atribuídas à equipe do projeto pelo contrato.

A Figura 12-1 fornece um resumo dos processos de gerenciamento das aquisições do projeto, que inclui
os seguintes itens:

12.1 Planejar as aquisições—O processo de documentação das decisões de compras do projeto,


especificando a abordagem e identificando fornecedores em potencial.
12.2 Conduzir as aquisições—O processo de obtenção de respostas de fornecedores, seleção de
um fornecedor e adjudicação de um contrato.
12.3 Administrar as aquisições—O processo de gerenciamento das relações de aquisição,
monitorando o desempenho do contrato e realização de mudanças e correções conforme
necessário.
12.4 Encerrar as aquisições—O processo de finalizar todas as aquisições do projeto.
Esses processos interagem entre si e com os processos das outras áreas de conhecimento. De acordo
com os requisitos do projeto, cada processo pode envolver o esforço de um grupo ou de uma pessoa. Cada
processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e em uma ou mais fases do projeto, caso o projeto
seja dividido em fases. Embora os processos sejam apresentados como componentes distintos com interfaces
bem-definidas, na prática eles se sobrepõem e interagem de formas não detalhadas no Guia PMBOK® (PMBOK®
Guide). As interações dos processos são analisadas em detalhes no Capítulo 3, Processos de gerenciamento
de projetos.

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313
12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

Visão geral do gerenciamento


das aquisições do projeto

12.1 Planejar 12.2 Conduzir 12.3 Administrar


as aquisições as aquisições as aquisições

.1 Entradas .1 Entradas .1 Entradas


.1 Linha de base do escopo .1 Plano de gerenciamento .1 Documentos de aquisição
.2 Documentação dos requisitos do projeto .2 Plano de gerenciamento
.3 Acordos de cooperação .2 Documentos de aquisição do projeto
.4 Registro dos riscos .3 Critérios para seleção .3 Contrato
.5 Decisões contratuais de fontes .4 Relatórios de desempenho
relacionadas a riscos .4 Lista dos fornecedores .5 Solicitações de mudança
.6 Requisitos de recursos qualificados aprovadas
das atividades .5 Propostas dos fornecedores .6 Informações sobre o
.7 Cronograma do projeto .6 Documentos do projeto desempenho do trabalho
.8 Estimativas de custos .7 Decisões de fazer ou comprar
das atividades .8 Acordos de cooperação .2 Ferramentas e Técnicas
.9 Linha de base do desempenho .9 Ativos de processos .1 Sistema de controle de
de custos organizacionais mudanças no contrato
.10 Fatores ambientais .2 Análise de desempenho
da empresa .2 Ferramentas e Técnicas das aquisições
.11 Ativos de processos .1 Reuniões com licitantes .3 Inspeções e auditorias
organizacionais .2 Técnicas de avaliação .4 Relatórios de desempenho
de propostas .5 Sistemas de pagamento
.2 Ferramentas e Técnicas .3 Estimativas independentes .6 Administração de
.1 Análise de fazer ou comprar .4 Opinião especializada reivindicações
.2 Opinião especializada .5 Publicidade .7 Sistema de gerenciamento
.3 Tipos de contratos .6 Pesquisa na internet de registros
.7 Negociações das aquisições
.3 Saídas .3 Saídas
.1 Plano de gerenciamento .3 Saídas .1 Documentos de aquisição
das aquisições .1 Fornecedores selecionados .2 Atualizações dos ativos de
.2 Declarações do trabalho .2 Adjudicação do contrato processos organizacionais
das aquisições de aquisição .3 Solicitações de mudança
.3 Decisões de fazer ou comprar .3 Calendários dos recursos .4 Atualizações do plano de
.4 Documentos de aquisição .4 Solicitações de mudança gerenciamento do projeto
.5 Critérios para seleção .5 Atualizações do plano de
de fontes gerenciamento do projeto
.6 Solicitações de mudança .6 Atualizações dos documentos
do projeto

12.4 Encerrar
as aquisições
.1 Entradas
.1 Plano de gerenciamento
do projeto
.2 Documentos de aquisição
.2 Ferramentas e Técnicas
.1 Auditorias de aquisições
.2 Acordos negociados
.3 Sistema de gerenciamento
de registros
.3 Saídas
.1 Aquisições encerradas
.2 Atualizações dos ativos de
processos organizacionais

Figura 12-1. visão geral do gerenciamento das aquisições do projeto

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314
CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

Os processos de gerenciamento das aquisições do projeto envolvem contratos que são documentos
legais entre um comprador e um fornecedor. O contrato representa um acordo mútuo que gera obrigações
entre as partes e que obriga o fornecedor a oferecer os produtos, serviços ou resultados especificados e
obriga o comprador a fornecer uma contraprestação monetária ou de outro tipo. O acordo pode ser simples
ou complexo e pode refletir a simplicidade ou complexidade das entregas e do esforço necessário.

Um contrato de aquisição inclui termos e condições e pode incorporar outros itens especificados pelo
comprador para estabelecer o que o fornecedor deve realizar ou fornecer. É responsabilidade da equipe
de gerenciamento do projeto assegurar que todas as aquisições atendam às necessidades específicas do
projeto e, ao mesmo tempo, cumpram as políticas de aquisição da organização. Dependendo da área de
aplicação, o contrato também pode ser chamado de acordo, combinação, subcontrato ou pedido de compra.
A maioria das organizações tem políticas e procedimentos documentados que definem especificamente
as regras de aquisição e determinam quem tem autorização para assinar e administrar esses acordos em
nome da organização.

Embora todos os documentos do projeto estejam sujeitos a algum tipo de revisão e aprovação, a natureza
de obrigação legal do contrato geralmente significa que ele será submetido a um processo de aprovação
mais abrangente. Em todos os casos, o foco principal do processo de revisão e aprovação é garantir que
as disposições do contrato descrevam os produtos, serviços ou resultados que atenderão à necessidade
identificada do projeto.

A equipe de gerenciamento do projeto pode buscar desde o início o apoio de especialistas em contratos,
compras, aspectos jurídicos e disciplinas técnicas. Esse envolvimento pode ser exigido pelas políticas
organizacionais.

As diversas atividades envolvidas nos processos de gerenciamento das aquisições do projeto compõem o
ciclo de vida do contrato. Com o gerenciamento ativo do ciclo de vida do contrato e uma redação cuidadosa
dos termos e condições das aquisições, alguns riscos identificáveis do projeto podem ser evitados, mitigados
ou transferidos para um fornecedor. Celebrar um contrato de produtos ou serviços é um método para alocar
a responsabilidade pelo gerenciamento ou compartilhar riscos potenciais.

Um projeto complexo pode envolver o gerenciamento de múltiplos contratos ou subcontratos


simultaneamente ou em sequência. Nesses casos, o ciclo de vida de cada contrato pode terminar durante
qualquer fase do ciclo de vida do projeto. O gerenciamento das aquisições do projeto é analisado sob a
perspectiva do relacionamento comprador-fornecedor. Esse relacionamento pode existir em vários níveis
em qualquer projeto e entre organizações internas e externas à organização adquirente.

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315
12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

Dependendo da área de aplicação, o fornecedor pode ser chamado de contratada, subcontratada,


vendedor, prestador de serviços ou fornecedor. Dependendo da posição do comprador no ciclo de aquisição
do projeto, ele pode ser chamado de cliente, contratada principal, contratada, organização compradora,
órgão governamental, solicitante do serviço ou comprador. O fornecedor pode ser visto durante o ciclo
de vida do contrato primeiro como um licitante, depois como a fonte selecionada e, finalmente, como o
fornecedor ou vendedor contratado.

Se a aquisição não for somente de materiais de prateleira, mercadorias ou produtos comuns, o fornecedor
em geral vai gerenciar o trabalho como um projeto. Nesses casos:
• O comprador torna-se o cliente e, portanto, é uma parte interessada principal do projeto para
o fornecedor.
• A equipe de gerenciamento de projetos do fornecedor está envolvida em todos os processos de
gerenciamento de projetos e não somente com os relativos a essa área de conhecimento.
• Os termos e as condições do contrato se tornam entradas principais para muitos dos processos de
gerenciamento do fornecedor. O contrato pode realmente conter as entradas (por exemplo, entregas
mais importantes, marcos principais, objetivos de custos) ou pode limitar as opções da equipe do
projeto (por exemplo, a aprovação do comprador para decisões referentes a preenchimento de vagas
muitas vezes é necessária em projetos de concepção).
Este capítulo pressupõe que o comprador de itens do projeto seja designado para a equipe do projeto e que
os fornecedores sejam de organizações externas à equipe do projeto.

Pressupõe também que será desenvolvida e mantida uma relação contratual formal entre o comprador
e o fornecedor. Contudo, a maior parte das discussões deste capítulo se aplica igualmente ao trabalho
intradivisional não contratual, celebrado com outras unidades da equipe do projeto da organização.

12.1 Planejar as aquisições


Planejar as aquisições é o processo de documentação das decisões de compras do projeto, especificando a
abordagem e identificando fornecedores em potencial (consulte as Figuras 12-2 e 12-3). Identifica também as
necessidades do projeto que podem, ou devem, ser melhor atendidas com a aquisição de produtos, serviços
ou resultados fora da organização do projeto, em comparação com as necessidades do projeto que podem ser
efetuadas pela equipe do projeto.

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316
CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

Esse processo envolve determinar se será contratado apoio externo e, em caso afirmativo, o que e como será
contratado, o quanto é necessário e quando deverá ser realizado. Quando o projeto obtém os produtos, serviços e
resultados necessários ao seu desempenho fora da organização executora, os processos desde o planejamento
das aquisições até o encerramento das aquisições são realizados para cada item a ser adquirido.

O processo de planejamento das aquisições também engloba a consideração de fornecedores potenciais,


principalmente se o comprador deseja exercer algum grau de influência ou controle sobre as decisões de
aquisição. Também é necessário considerar quem é responsável por obter ou controlar todas as autorizações
relevantes e licenças profissionais que podem ser exigidas por leis, regulamentação ou políticas organizacionais
na execução do projeto.

Os requisitos do cronograma do projeto podem influenciar significativamente a estratégia durante o processo


de planejamento das aquisições. As decisões tomadas no desenvolvimento do plano de gerenciamento das
aquisições também podem influenciar o cronograma do projeto e estão integradas com os processos de
desenvolvimento do cronograma (Seção 6.5), estimativa dos recursos das atividades (Seção 6.3) e com as
decisões de fazer ou comprar (Seção 12.1.3.3).

O processo de planejamento das aquisições inclui as considerações dos riscos envolvidos em cada decisão
de fazer ou comprar. Engloba também a revisão do tipo de contrato planejado para ser usado em relação à
mitigação dos riscos, às vezes com a transferência de riscos para o fornecedor.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Linha de base do escopo .1 Plano de gerenciamento
.2 Documentação dos .1 Análise de fazer das aquisições
requisitos ou comprar .2 Declarações do trabalho
.3 Acordos de cooperação .2 Opinião especializada das aquisições
.4 Registro dos riscos .3 Tipos de contratos .3 Decisões de fazer
.5 Decisões contratuais ou comprar
relacionadas a riscos .4 Documentos de
.6 Requisitos de recursos aquisição
das atividades .5 Critérios para seleção
.7 Cronograma do projeto de fontes
.8 Estimativas de custos .6 Solicitações de mudança
das atividades
.9 Linha de base do
desempenho de custos
.10 Fatores ambientais
da empresa
.11 Ativos de processos
organizacionais

Figura 12-2. Planejar as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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317
12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

11.2 Gerenciamento das aquisições do projeto


Identificar
os riscos • Registro dos riscos

Documentos
• Documentação do projeto
5.1 dos requisitos • Declarações
Coletar do trabalho
das aquisições
os requisitos
4.5
Realizar o controle
• Linha de base do escopo integrado
12.1 • Solicitações de mudanças
Planejar de mudança
5.3 as aquisições
Criar a EAP • Plano de
gerenciamento
das aquisições
• Requisitos de recursos • Critérios para seleção 4.2
das atividades de fontes Desenvolver
• Decisões de fazer o plano de
6.3 ou comprar
Estimar gerenciamento
os recursos do projeto
das atividades 12.2
Conduzir
• Cronograma do projeto as aquisições
10.1
6.5 Identificar
Desenvolver as partes
o cronograma interessadas

• Estimativas de custos
das atividades • Documentos
de aquisição

7.1
Estimar
os custos

• Linha de base do desempenho


de custos

7.2
Determinar
o orçamento

• Decisões contratuais relacionadas a riscos

11.5
Planejar
as respostas • Ativos de processos
organizacionais
aos riscos • Fatores ambientais
da empresa

Empresa/
Organização • Acordos de
cooperação

Fornecedores

Figura 12-3. Diagrama de fluxo de dados do processo Planejar as aquisições

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318
CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

12.1.1 Planejar as aquisições: entradas


.1 linha de base do escopo
A linha de base do escopo (Seção 5.3.3.3) descreve a necessidade, a justificativa, os requisitos e
os limites atuais do projeto. Consiste nos seguintes componentes:
• Declaração do escopo. Essa declaração contém a descrição do escopo do produto, a descrição
dos serviços e a descrição dos resultados, a lista de entregas e os critérios de aceitação, bem
como informações importantes relativas às questões ou preocupações técnicas que poderiam
afetar a estimativa de custos. Exemplos de restrições são datas de entrega requeridas, recursos
qualificados disponíveis e políticas da organização.
• EAP. (Seção 5.3.3.1).
• Dicionário da EAP. O dicionário da EAP (Seção 5.3.3.2) e as declarações detalhadas do trabalho
correspondentes fornecem uma identificação das entregas e a descrição do trabalho em cada
componente da EAP necessário para produzir cada entrega.
.2 Documentação dos requisitos
A documentação dos requisitos pode incluir:
• Informações importantes sobre os requisitos do projeto que são considerados durante o
planejamento das aquisições.
• Requisitos com implicações contratuais e legais que podem incluir saúde, proteção, segurança,
desempenho, fatores ambientais, seguros, direitos de propriedade intelectual, oportunidades
iguais de emprego, licenças e autorizações—todos são considerados no planejamento das
aquisições.
.3 Acordos de cooperação
Os acordos de cooperação são contratos legais entre duas ou mais entidades para formar uma
parceria ou joint venture, ou algum outro acordo definido pelas partes. O acordo define as funções de
comprador-fornecedor para cada parte. Quando a nova oportunidade de negócio termina, o acordo
cooperação também termina. Sempre que um acordo de cooperação estiver em vigor, o processo de
planejamento do projeto será afetado significativamente. Portanto, sempre que for estabelecido um
acordo de cooperação em um projeto, os papéis do comprador e do fornecedor serão predeterminadas,
e as questões como escopo do trabalho, requisitos de concorrência e outras questões críticas
geralmente serão predefinidas.

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319
12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

.4 Registro dos riscos


Esse registro contém informações relativas aos riscos, tais como riscos identificados, proprietários
dos riscos e respostas a riscos (Seção 11.2.3.1).

.5 Decisões contratuais relacionadas a riscos


As decisões contratuais relacionadas a riscos incluem acordos contendo seguros, garantias,
serviços e outros itens conforme apropriado, que são preparados para especificar a responsabilidade
de cada parte por determinados riscos (Seção 11.5.3.2).

.6 Requisitos de recursos das atividades


Os requisitos de recursos das atividades contêm informações sobre necessidades específicas
como pessoal, equipamentos ou localização (Seção 6.3.3.1).

.7 Cronograma do projeto
O cronograma do projeto contém informações sobre prazos ou datas estabelecidas para
entregas (Seção 6.5.3.1).

.8 Estimativas de custos das atividades


As estimativas de custos desenvolvidas pela atividade de aquisição são usadas para avaliar se as
licitações ou propostas recebidas de fornecedores potenciais são razoáveis (Seção 7.1.3.1).

.9 linha de base do desempenho de custos


A linha de base do desempenho de custos fornece detalhes sobre o orçamento planejado ao longo
do tempo (Seção 7.2.3.1).

.10 Fatores ambientais da empresa


Os fatores ambientais da empresa que podem influenciar o processo de planejamento das
aquisições incluem, entre outros:
• Condições do mercado;
• Produtos, serviços e resultados disponíveis no mercado;
• Fornecedores, incluindo reputação ou desempenho anterior;
• Termos e condições usuais para produtos, serviços e resultados ou para o setor específico e
• Requisitos locais exclusivos.

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320
CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

.11 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que influenciam o processo de planejamento das aquisições
incluem, entre outros:
• Políticas, procedimentos e diretrizes formais de aquisições. A maioria das organizações tem
políticas formais de aquisições e organizações adquirentes. Quando o suporte às aquisições não
está disponível, a equipe do projeto terá que suprir tanto os recursos como os conhecimentos
para executar essas atividades de aquisição.
• Os sistemas de gerenciamento que são considerados no desenvolvimento do plano de
gerenciamento das aquisições e na seleção dos tipos de contratos a serem usados.
• Um sistema estabelecido de fornecedores pré-qualificados com base na experiência anterior.

12.1.2 Planejar as aquisições: ferramentas e técnicas


.1 Análise de fazer ou comprar
A análise de fazer ou comprar é uma técnica geral de gerenciamento usada para determinar se
um trabalho específico pode ser melhor realizado pela equipe do projeto ou se deve ser comprado
de fontes externas. Às vezes o recurso existe na organização do projeto, mas pode estar alocado em
outros projetos; nesse caso, pode ser necessário obter esse esforço fora da organização a fim de
cumprir os compromissos do cronograma.

As restrições de orçamento podem influenciar as decisões de fazer ou comprar. Se for tomada a


decisão de comprar, também deverá ser feita uma opção posterior entre comprar ou arrendar. A análise
de fazer ou comprar deve considerar todos os custos relacionados; tanto os custos diretos como os
custos indiretos de suporte. Por exemplo, a análise do lado comprador inclui tanto o desembolso
efetivo para compra do produto como os custos indiretos de suporte ao processo de compra e ao
item comprado.

.2 Opinião especializada
A opinião técnica especializada será usada com frequência para avaliar as entradas e saídas
deste processo. Também pode ser usada para desenvolver ou modificar os critérios que serão usados
para avaliar as propostas dos fornecedores. A opinião legal especializada pode envolver os serviços
de pessoal da área jurídica para fornecer auxílio em questões, termos e condições exclusivos de
aquisições. Essas opiniões, incluindo os conhecimentos técnicos e comerciais, podem ser aplicadas
tanto aos detalhes técnicos dos produtos, serviços ou resultados adquiridos como a diversos aspectos
dos processos de gerenciamento das aquisições.

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321
12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

.3 Tipos de contratos
O risco compartilhado entre o comprador e o fornecedor é determinado pelo tipo do contrato.
Embora o contrato de preço fixo garantido em geral seja o tipo preferido, que é estimulado e muitas
vezes exigido pela maioria das organizações, há ocasiões em que outra forma de contrato pode ser
mais interessante para o projeto. Se for desejado um tipo de contrato diferente de preço fixo, será
responsabilidade da equipe do projeto justificar o seu uso. O tipo de contrato a ser usado e os termos
e condições específicos do contrato determinam o grau de risco que está sendo assumido pelo
comprador e pelo fornecedor.

Todas as relações contratuais legais geralmente se encaixam em uma de duas famílias genéricas:
de preço fixo ou de custos reembolsáveis. Além disso, existe um terceiro tipo híbrido de uso comum
chamado de contrato por tempo e materiais. Os tipos de contratos mais populares em uso são
discutidos a seguir como tipos distintos, mas na prática não é incomum combinar um ou mais tipos
em uma única aquisição.

Contratos de preço fixo. Essa categoria de contratos envolve a definição de um preço fixo total
para um determinado produto ou serviço a ser fornecido. Os contratos de preço fixo também
podem incorporar incentivos financeiros para atingir ou exceder determinados objetivos do projeto,
tais como datas de entrega do cronograma, desempenho técnico e de custos, ou qualquer coisa
que possa ser quantificada e subsequentemente medida. Os fornecedores em contratos de preço
fixo são legalmente obrigados a concluir os contratos, com possíveis prejuízos financeiros caso
não consigam. Nos contratos de preço fixo, os compradores devem especificar com precisão os
produtos ou serviços que estão sendo adquiridos. É possível acomodar mudanças no escopo, mas
em geral com um aumento no preço do contrato.
○ Contratos de preço fixo garantido (PFg). O tipo de contrato mais usado é o PFG. É o
preferido pela maioria das organizações adquirentes porque o preço das mercadorias é
definido no início e não está sujeito a alterações a menos que o escopo do trabalho seja
modificado. Qualquer aumento de custo devido a um desempenho adverso é responsabilidade
do fornecedor, que é obrigado a concluir o esforço. No contrato PFG, o comprador deve
especificar precisamente o produto ou os serviços a serem adquiridos e qualquer mudança
nas especificações da aquisição pode aumentar os custos para o comprador.
○ Contrato de preço fixo com remuneração de incentivo (PFRI). Esse acordo de preço
fixo dá alguma flexibilidade ao comprador e ao fornecedor, uma vez que prevê um desvio
em relação ao desempenho, com incentivos financeiros vinculados ao cumprimento das
métricas estabelecidas. Em geral, esses incentivos financeiros estão relacionados ao
desempenho técnico, de cronograma ou de custos do fornecedor. As metas de desempenho
são estabelecidas no início e o preço final do contrato é determinado após a conclusão de
todo o trabalho com base no desempenho do fornecedor. Nos contratos PFIR, um teto de
preços é definido e todos os custos acima desse teto são responsabilidade do fornecedor
que tem obrigação de concluir o trabalho.

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322
CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

• Contratos de preço fixo com ajuste econômico do preço (PFAEP). Esse tipo de contrato
é usado sempre que o período de desempenho do fornecedor se estender por um número
considerável de anos, como é desejável em muitas relações de longo prazo. É um contrato de
preço fixo, mas com uma cláusula especial que prevê ajustes finais predefinidos no preço do
contrato devido a mudanças nas condições, tais como alterações na inflação ou aumento (ou
diminuição) de custos para determinadas mercadorias. A cláusula AEP deve estar relacionada a
um índice financeiro confiável que é usado para ajustar com precisão o preço final. O contrato
PFAEP tem o objetivo de proteger tanto o comprador como o fornecedor contra condições
externas que estejam fora do seu controle.
• Contratos de custos reembolsáveis. Essa categoria de contrato envolve pagamentos
(reembolsos de custos) ao fornecedor por todos os custos reais e legítimos incorridos
para o trabalho concluído, acrescidos de uma remuneração que corresponde ao lucro do
fornecedor. Os contratos de custos reembolsáveis também incluem cláusulas de incentivos
financeiros sempre que o fornecedor exceder ou ficar abaixo de objetivos definidos, tais como
metas de desempenho técnico, de cronograma ou de custos. Três dos tipos mais comuns
de contratos de custos reembolsáveis em uso são custo mais remuneração fixa (CMRF),
custo mais remuneração de incentivo (CMRI) e custo mais remuneração concedida (CMRC).

Um contrato de custos reembolsáveis dá ao projeto flexibilidade para redirecionar um fornecedor


sempre que o escopo do trabalho não puder ser definido com precisão no início e precisar ser
alterado, ou quando existirem altos riscos no esforço.
○ Contratos de custo mais remuneração fixa (CMRF). O fornecedor é reembolsado por
todos os custos permitidos para realizar o trabalho do contrato e recebe o pagamento de
uma remuneração fixa calculada como um percentual dos custos iniciais estimados para o
projeto. A remuneração é paga somente para o trabalho concluído e não é alterada devido
ao desempenho do fornecedor. Os valores da remuneração não são alterados a menos que
o escopo do projeto seja modificado.
○ Contratos de custo mais remuneração de incentivo (CMRI). O fornecedor é reembolsado
por todos os custos permitidos para a realização do trabalho e recebe uma remuneração de
incentivo pré-determinada se alcançar determinados objetivos de desempenho estabelecidos
no contrato. Nos contratos CMRI, se os custos finais forem menores ou maiores do que os
custos originais estimados, tanto o comprador como o fornecedor compartilham os custos
das diferenças com base em uma fórmula de compartilhamento de custos pré-negociada.
Por exemplo, uma divisão 80/20 dos valores que estiverem acima/abaixo dos custos-alvo
no desempenho real do fornecedor.

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323
12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

○ Contratos de custo mais remuneração concedida (CMRC). O fornecedor é reembolsado


por todos os custos legítimos, mas a maior parte da remuneração só é recebida se
forem cumpridos determinados critérios de desempenho amplos e subjetivos, definidos
e incorporados ao contrato. A determinação da remuneração baseia-se apenas na
determinação subjetiva de desempenho do fornecedor pelo comprador e em geral não está
sujeita a recursos administrativos.
• Contratos por tempo e material (T&M). Os contratos por tempo e material são um tipo híbrido
de contrato que contêm aspectos tanto dos contratos de custos reembolsáveis como dos de
preço fixo. Costumam ser usados para aumento de pessoal, aquisição de especialistas e qualquer
suporte externo quando não é possível elaborar rapidamente uma declaração do trabalho precisa.

Esses tipos de contratos são semelhantes aos contratos de custos reembolsáveis porque são
modificáveis e podem estar sujeitos a um aumento de custo para o comprador. O valor total
do acordo e a quantidade exata de itens a serem entregues podem não ser definidos pelo
comprador no momento da adjudicação do contrato. Portanto, os contratos T&M podem ter
o valor aumentado como se fossem contratos de custos reembolsáveis. Muitas organizações
exigem a inserção de limites máximos de valores e tempo em todos os contratos T&M
para evitar um crescimento ilimitado de custos. Por outro lado, os contratos T&M também
podem se assemelhar aos acordos de preço unitário fixo quando determinados parâmetros
são especificados no contrato. Taxas unitárias de mão-de-obra ou materiais podem ser
predefinidas pelo comprador e pelo fornecedor, incluindo o lucro do fornecedor, quando as
duas partes concordam quanto aos valores de determinadas categorias de recursos, como
engenheiros seniores a taxas especificadas por hora, ou categorias de materiais a taxas
especificadas por unidade.

12.1.3 Planejar as aquisições: saídas


.1 Plano de gerenciamento das aquisições
O plano de gerenciamento das aquisições descreve como os processos de aquisição serão
gerenciados desde o desenvolvimento dos documentos de aquisições até o fechamento do contrato.
O plano de gerenciamento das aquisições pode incluir orientações para:
• Tipos de contratos a serem usados;
• Questões de gerenciamento dos riscos;
• Se serão usadas estimativas independentes e se elas são necessárias como critérios
de avaliação;
• As ações que a equipe de gerenciamento de projetos pode adotar unilateralmente, caso a
organização executora tenha um departamento estabelecido de aquisições, contratos ou
compras;

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324
CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

• Documentos padronizados de aquisição, caso necessários;


• Gerenciar vários fornecedores;
• Coordenar as aquisições com outros aspectos do projeto, como cronogramas e relatórios de
desempenho;
• Quaisquer restrições e premissas que poderiam afetar as aquisições planejadas;
• Tratar as antecipações necessárias para comprar itens dos fornecedores e coordená-los com o
desenvolvimento do cronograma do projeto;
• Tratar as decisões de fazer ou comprar e vinculá-las aos processos de estimativa de recursos
da atividade e de desenvolvimento do cronograma;
• Definir as datas agendadas em cada contrato para as entregas e coordená-las com os processos
de desenvolvimento e controle do cronograma;
• Identificar os requisitos de bônus de desempenho ou contratos de seguros para mitigar algumas
formas de riscos do projeto;
• Estabelecer a orientação a ser fornecida aos fornecedores para desenvolvimento e manutenção
de uma estrutura analítica do projeto (EAP);
• Estabelecer a forma e o formato a serem usados para as declarações do trabalho de aquisições/
contratos;
• Identificar fornecedores pré-qualificados para serem usados, se houver e
• Métricas de aquisições a serem usadas para gerenciar contratos e avaliar fornecedores.
O plano de gerenciamento das aquisições pode ser formal ou informal, altamente detalhado ou
amplamente estruturado, dependendo das necessidades do projeto. É um plano auxiliar do plano de
gerenciamento do projeto (Seção 4.2.3.1).

.2 Declarações do trabalho das aquisições


A declaração do trabalho (DT) de cada aquisição é desenvolvida a partir da linha de base do
escopo do projeto e define apenas a parte do escopo do projeto que deve ser incluída no contrato
correspondente. A DT da aquisição descreve o item de aquisição em detalhes suficientes para permitir
que os fornecedores em potencial determinem se são capazes de fornecer os produtos, serviços ou
resultados. Os detalhes podem variar de acordo com a natureza do item, as necessidades do comprador
ou o tipo de contrato esperado. As informações incluídas em uma DT podem englobar especificações,
quantidade desejada, níveis de qualidade, dados de desempenho, período de desempenho, local do
trabalho e outros requisitos.

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

A DT das aquisições deve ser escrita de modo claro, completo e conciso. Inclui uma descrição de
quaisquer serviços adicionais necessários, como relatórios de desempenho ou suporte operacional
pós-projeto para o item adquirido. Em algumas áreas de aplicação, existem requisitos específicos
de formato e conteúdo para a DT da aquisição. Cada item individual de aquisição requer uma DT.
Contudo, vários produtos ou serviços podem ser agrupados como um item de aquisição em uma
única DT.

A DT da aquisição pode ser revisada e refinada conforme necessário durante o processo da


aquisição, até ser incorporada ao contrato assinado.

.3 Decisões de fazer ou comprar


As decisões de fazer ou comprar documentam as conclusões obtidas em relação a quais produtos,
serviços ou resultados do projeto serão adquiridos fora da organização do projeto ou realizados
internamente pela equipe do projeto. Também podem incluir decisões de exigir apólices de seguros
ou contratos de bônus de desempenho para abordar alguns dos riscos identificados. O documento das
decisões de fazer ou comprar pode ser simples; por exemplo, apenas uma lista contendo uma breve
justificativa para as decisões. Essas decisões podem ser alteradas caso as atividades subsequentes
de aquisições indiquem a necessidade de outra abordagem.

.4 Documentos de aquisição
Os documentos de aquisição são usados para solicitar propostas dos fornecedores em potencial.
Termos como licitação, oferta ou cotação são usados geralmente quando a decisão de escolha do
fornecedor será baseada no preço (como na compra de itens comerciais ou padronizados) enquanto
o termo proposta é usado quando outras considerações, como capacidade ou abordagem técnica,
são mais importantes. São usados termos comuns para diferentes tipos de documentos de aquisição,
incluindo solicitação de informações, convite para licitação, solicitação de proposta, solicitação de
cotação, aviso de oferta, convite para negociação e resposta inicial de fornecedor. A terminologia
específica de aquisição usada pode variar de acordo com o setor e o local da aquisição.

O comprador prepara os documentos de aquisição para facilitar uma resposta exata e completa de
cada fornecedor em potencial e para facilitar a avaliação das respostas. Esses documentos incluem
uma descrição do tipo de resposta desejado, a declaração do trabalho da aquisição (DT) relevante
e as cláusulas contratuais requeridas. Com contratos governamentais, o conteúdo e a estrutura dos
documentos de aquisição podem ser definidos integral ou parcialmente por regulamentação.

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

A complexidade e o nível de detalhe dos documentos de aquisição devem ser consistentes com o valor
e os riscos associados com a aquisição planejada. Os documentos de aquisição devem ser suficientes
para garantir respostas consistentes e adequadas, mas flexíveis o bastante para permitir considerações
de sugestões do fornecedor quanto a melhores formas de atender aos mesmos requisitos.

A emissão de uma solicitação de aquisição a fornecedores em potencial para envio de uma


proposta ou licitação em geral é feita de acordo com as políticas da organização do comprador, que
podem incluir a publicação da solicitação em jornais, publicações comerciais, registros públicos ou
na internet.

.5 Critérios para seleção de fontes


Os critérios de seleção em geral são incluídos como parte dos documentos de solicitação de
aquisições. Esses critérios são desenvolvidos e usados para classificar ou avaliar as propostas dos
fornecedores e podem ser objetivos ou subjetivos.

Os critérios de seleção podem se limitar ao preço de compra se o item de aquisição puder ser
obtido prontamente de alguns fornecedores aceitáveis. O preço de compra nesse contexto inclui o
custo do item e todas as despesas subordinadas, como taxas de entrega.

Outros critérios de seleção podem ser identificados e documentados para apoiar a avaliação no
caso de produtos, serviços ou resultados mais complexos. Alguns exemplos são mostrados a seguir.
• Entendimento da necessidade. Até que ponto a proposta do fornecedor atende à declaração
de trabalho da aquisição?
• Custo geral ou do ciclo de vida. O fornecedor selecionado produzirá o custo total de propriedade
mais baixo (custo da compra mais custo operacional)?
• Capacidade técnica. O fornecedor tem, ou pode-se esperar que adquira, a capacidade e os
conhecimentos técnicos necessários?
• Risco. Que nível de risco está embutido na declaração do trabalho, que nível de risco será
atribuído ao fornecedor selecionado e de que modo o fornecedor poderá mitigar o risco?
• Abordagem de gerenciamento. O fornecedor tem, ou pode-se esperar que desenvolva,
processos e procedimentos de gerenciamento para garantir o sucesso do projeto?
• Abordagem técnica. As metodologias técnicas, técnicas, soluções e serviços propostos pelo
fornecedor cumprem os requisitos dos documentos de aquisição, ou é provável que forneçam
resultados superiores ou inferiores aos esperados?

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

• garantia. O que o fornecedor oferece como garantia do produto final e durante qual período?
• Capacidade financeira. O fornecedor tem, ou pode-se esperar que obtenha, os recursos
financeiros necessários?
• Capacidade de produção e interesse. O fornecedor tem capacidade e interesse em atender
requisitos futuros potenciais?
• Tamanho e tipo da empresa. A empresa do fornecedor pertence a alguma categoria específica
como microempresa, com proprietária mulher, microempresa dirigida por grupos com
desvantagens econômicas ou sociais, conforme determinação do comprador ou estabelecida
por órgãos governamentais e definida como condição da adjudicação do contrato?
• Desempenho passado dos fornecedores. Qual foi a experiência anterior com os fornecedores
selecionados?
• Referências. O fornecedor pode fornecer referências de clientes anteriores que confirmem
sua experiência de trabalho e o cumprimento dos requisitos contratuais?
• Direitos de propriedade intelectual. O fornecedor reivindica direitos de propriedade
intelectual nos processos do trabalho ou nos serviços que serão usados ou nos produtos a
serem produzidos para o projeto?
• Direitos de propriedade. O fornecedor reivindica direitos de propriedade nos processos
do trabalho ou nos serviços que serão usados ou nos produtos a serem produzidos para
o projeto?
.6 Solicitações de mudança
O processo de planejamento das aquisições pode resultar em solicitações de mudança (Seção
4.3.3.3) no plano de gerenciamento do projeto, nos planos auxiliares e em outros componentes. As
solicitações de mudança são processadas para revisão e destinação por meio do processo Realizar
o controle integrado de mudanças (Seção 4.5).

12.2 Conduzir as aquisições


Conduzir as aquisições é o processo de obtenção de respostas de fornecedores, seleção de um fornecedor
e adjudicação de um contrato (consulte as Figuras 12-4 e 12-5). Nesse processo, a equipe receberá licitações
ou propostas e aplicará critérios de seleção previamente definidos para escolher um ou mais fornecedores que
sejam qualificados para realizar o trabalho e aceitáveis como fornecedor.

Nos itens de aquisições mais importantes, o processo geral de solicitação de respostas dos fornecedores e
avaliação dessas respostas pode ser repetido. É possível gerar uma lista resumida de fornecedores qualificados
com base em uma proposta preliminar. Uma avaliação mais detalhada poderá então ser realizada de acordo
com um documento de requisitos mais específicos e abrangentes solicitado aos fornecedores da lista resumida.
Além disso, as ferramentas e técnicas descritas aqui podem ser usadas sozinhas ou em combinação para
selecionar os fornecedores. Por exemplo, é possível usar um sistema de ponderação para:

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

• Selecionar um único fornecedor que será solicitado a assinar um contrato padrão e


• Estabelecer uma sequência de negociação classificando todas as propostas pelas pontuações da
avaliação ponderada atribuídas a cada proposta.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Fornecedores
do projeto .1 Reuniões com licitantes selecionados
.2 Documentos de aquisição .2 Técnicas de avaliação .2 Adjudicação do contrato
.3 Critérios para seleção de propostas de aquisição
de fontes .3 Estimativas .3 Calendários dos recursos
.4 Lista dos fornecedores independentes .4 Solicitações de mudança
qualificados .4 Opinião especializada .5 Atualizações do plano de
.5 Propostas dos .5 Publicidade gerenciamento do projeto
fornecedores .6 Pesquisa na internet .6 Atualizações dos
.6 Documentos do projeto .7 Negociações das documentos do projeto
.7 Decisões de fazer aquisições
ou comprar
.8 Acordos de cooperação
.9 Ativos de processos
organizacionais

Figura 12-4. Conduzir as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento das aquisições Documentos


do projeto
do projeto
• Atualizações
dos
documentos
do projeto
12.1 6.3
Planejar Estimar
as aquisições os recursos
das atividades
• Documentos de aquisição
Empresa/ 6.4
• Ativos de • Critérios para seleção
Organização Estimar
processos de fontes
organizacionais • Decisões de fazer as durações
• Lista dos ou comprar das atividades
fornecedores
qualificados
• Acordos de 6.5
cooperação 12.2 Desenvolver
Conduzir • Calendários o cronograma
dos recursos
as aquisições
• Propostas dos
Fornecedores fornecedores • Solicitações
7.2
de mudança
• Fornecedores Determinar
• Adjudicação selecionados o orçamento
do contrato
de aquisição

12.3 9.3
• Plano de gerenciamento Administrar Desenvolver
das aquisições as aquisições a equipe
do projeto
4.2
Desenvolver • Atualizações do plano 4.5
de gerenciamento do projeto Realizar o controle
o plano
de gerenciamento integrado
do projeto de mudanças

Figura 12-5. Diagrama de fluxo de dados do processo Conduzir as aquisições

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329
12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

12.2.1 Conduzir as aquisições: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
O plano de gerenciamento das aquisições, que faz parte do plano de gerenciamento do projeto
descrito na Seção 4.2.3.1, é uma entrada para conduzir as aquisições e descreve como os processos
de aquisição serão gerenciados desde o desenvolvimento da documentação até o encerramento do
contrato (Seção 12.1.3.1).

.2 Documentos de aquisição
Descritos na Seção 12.1.3.4.

.3 Critérios para seleção de fontes


Os critérios para seleção de fontes podem incluir informações sobre a competência, capacidade,
datas de entrega, custo dos produtos, custo do ciclo de vida, conhecimentos técnicos e abordagem do
contrato exigidos do fornecedor conforme descrito na Seção 12.1.3.5.

.4 lista dos fornecedores qualificados


Uma listagem dos fornecedores que foram pré-selecionados de acordo com qualificações e
experiência anterior, de modo que as aquisições sejam dirigidas somente aos fornecedores que
possam ter bom desempenho nos contratos resultantes.

.5 Propostas dos fornecedores


As propostas dos fornecedores preparadas em resposta a um pacote de documentos de aquisição
compõem o conjunto de informações básico que será usado por um grupo de avaliação para selecionar
um ou mais licitantes bem-sucedidos (fornecedores).

.6 Documentos do projeto
Os documentos do projeto que são frequentemente considerados incluem:
• Registro dos riscos (Seção 11.5.1.1) e
• Decisões contratuais relacionadas a riscos (Seção 11.5.3.2).
.7 Decisões de fazer ou comprar
Descritas na Seção 12.1.3.3.

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

.8 Acordos de cooperação
Sempre que houver um acordo de cooperação, os papéis do comprador e do fornecedor já terão
sido decididos pela administração executiva. Em alguns casos, o fornecedor pode já estar trabalhando
com base em algum tipo de contrato provisório financiado pelo comprador ou em conjunto pelas
duas partes. O esforço do comprador e do fornecedor nesse processo é preparar coletivamente uma
declaração do trabalho da aquisição que atenda aos requisitos do projeto. Em seguida, as partes
negociarão um contrato final para ser firmado.

.9 Ativos de processos organizacionais


Os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo de realização das
aquisições incluem, entre outros:
• Listagens de fornecedores em potencial e previamente qualificados e
• Informações sobre experiências passadas relevantes com os fornecedores, tanto positivas
como negativas.

12.2.2 Conduzir as aquisições: ferramentas e técnicas


.1 Reuniões com licitantes
As reuniões com licitantes (às vezes chamadas de reuniões com contratadas, com fornecedores e
de pré-licitação) são reuniões com todos os fornecedores e compradores antes da apresentação de
uma licitação ou proposta. São usadas para garantir que todos os fornecedores em potencial tenham
um entendimento claro e comum da aquisição (tanto dos requisitos técnicos como contratuais) e
que nenhum licitante receba um tratamento preferencial. As respostas às perguntas podem ser
incorporadas aos documentos de aquisição como emendas. Para serem justos, os compradores
devem ter muito cuidado para garantir que todos os fornecedores em potencial tenham acesso a
todas as perguntas de cada fornecedor em potencial e a todas as respostas do comprador.

.2 Técnicas de avaliação de propostas


Em aquisições complexas, onde a seleção de fontes será feita com base nas respostas dos
fornecedores a critérios de ponderação previamente definidos, um processo formal de revisão da
avaliação será definido pelas políticas de aquisição do comprador. O comitê de avaliação fará uma
seleção para aprovação da administração antes da adjudicação.

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

.3 Estimativas independentes
Para muitos itens de aquisição, a organização adquirente pode optar por preparar suas próprias
estimativas independentes ou ter uma estimativa de custos preparada por um profissional externo, para
servir como uma verificação para as respostas propostas. Diferenças significativas nas estimativas
de custos podem ser uma indicação de que a declaração do trabalho da aquisição foi deficiente,
ambígua e/ou que os fornecedores em potencial não entenderam corretamente ou não responderam
totalmente à declaração do trabalho da aquisição.

.4 Opinião especializada
A opinião especializada pode ser usada na avaliação das propostas dos fornecedores. A avaliação
das propostas pode ser realizada por uma equipe multidisciplinar de revisão com experiência
em cada uma das áreas cobertas pelos documentos de aquisição e o contrato proposto, e pode
incluir conhecimentos de disciplinas funcionais, como contratos, direito, finanças, contabilidade,
engenharia, projeto, pesquisa, desenvolvimento, vendas e fabricação.

.5 Publicidade
As listas existentes de fornecedores em potencial muitas vezes podem ser expandidas com a colocação de
anúncios em publicações de grande circulação, como em jornais selecionados ou em publicações comerciais
especializadas. Algumas jurisdições governamentais exigem anúncios públicos de determinados tipos de
itens de aquisição e a maioria delas exige anúncios públicos de contratos governamentais pendentes.

.6 Pesquisa na internet
A internet tem uma grande influência na maioria das aquisições de projetos e das aquisições
da cadeia de suprimentos nas organizações. Embora muitas mercadorias, componentes e itens
comerciais de prateleira possam ser rapidamente localizados e garantidos a um preço fixo na internet,
um esforço de aquisição altamente complexo e de alto risco que precisa ser monitorado com atenção
não pode ser obtido dessa maneira.

.7 negociações das aquisições


As negociações esclarecem a estrutura, os requisitos e outros termos das compras de modo que
seja possível obter um acordo mútuo antes de assinar o contrato. As disposições finais do contrato
refletem todos os acordos obtidos. Os assuntos tratados englobam responsabilidades, autoridade para
fazer mudanças, legislação e termos aplicáveis, abordagens comerciais e técnicas de gerenciamento,
direitos de propriedade, financiamento de contratos, soluções técnicas, cronograma geral, pagamentos
e preços. As negociações são concluídas com um documento de contrato que pode ser celebrado pelo
comprador e pelo fornecedor.

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

Para itens de aquisições complexas, a negociação do contrato pode ser um processo independente
com entradas (por exemplo, lista de questões ou de itens pendentes) e saídas (por exemplo, decisões
documentadas) próprias. Para os itens de aquisição simples, os termos e condições do contrato podem
ser previamente definidos e não-negociáveis e só precisam ser aceitos pelo fornecedor.

O gerente do projeto não pode ser o principal negociador nas aquisições. O gerente e outros membros
da equipe de gerenciamento do projeto podem estar presentes durante as negociações para fornecer
assistência e, se necessário, para acrescentar esclarecimentos dos requisitos técnicos, de qualidade e
de gerenciamento do projeto.

12.2.3 Conduzir as aquisições: saídas


.1 Fornecedores selecionados
Os fornecedores selecionados são aqueles que foram julgados como estando em uma faixa
competitiva de acordo com o resultado da avaliação da proposta ou da licitação e que negociaram
uma minuta do contrato que se tornará o contrato real quando for feita a adjudicação. A aprovação
final de todas as aquisições complexas, de alto valor e alto risco em geral exige a aprovação da alta
administração da organização antes da adjudicação.

.2 Adjudicação do contrato de aquisição


O contrato de aquisição é concedido para cada fornecedor selecionado. O contrato pode ter a
forma de um simples pedido de compra ou de um documento complexo. Independentemente da
complexidade do documento, o contrato é um acordo legal que gera obrigações entre as partes e que
obriga o fornecedor a oferecer os produtos, serviços ou resultados especificados e obriga o comprador
a remunerar o fornecedor. O contrato é uma relação legal sujeita a ações corretivas nos tribunais. Os
principais componentes do documento de contrato variam, mas em geral incluem:
• Declaração do trabalho ou entregas;
• Linha de base do cronograma;
• Relatórios de desempenho;
• Período de desempenho;
• Papéis e responsabilidades;
• Local de desempenho do fornecedor;
• Definição de preços;

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

• Suporte ao produto;
• Limitação de responsabilidade;
• Remuneração e retenções;
• Penalidades;
• Incentivos;
• Seguros e seguros-desempenho;
• Aprovações de subcontratadas subordinadas;
• Tratamento de solicitações de mudança e
• Mecanismos de rescisão e de resolução alternativa de disputas. O método alternativo para
resolução de disputas pode ser decidido com antecedência como parte da concessão da
aquisição.
.3 Calendários dos recursos
A quantidade e a disponibilidade de recursos contratados e as datas em que cada recurso específico
pode estar ativo ou inativo são documentadas.

.4 Solicitações de mudança
As solicitações de mudança no plano de gerenciamento do projeto, nos planos auxiliares e em
outros componentes são processadas para revisão e destinação por meio do processo Realizar o
controle integrado de mudanças (Seção 4.5).

.5 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre
outros:
• Linha de base de custos;
• Linha de base do escopo;
• Linha de base do cronograma e
• Plano de gerenciamento das aquisições.
.6 Atualizações dos documentos do projeto
Os documentos do projeto que podem ser atualizados incluem, entre outros:
• Documentação dos requisitos;
• Matriz de rastreabilidade dos requisitos e
• Registro dos riscos.

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

12.3 Administrar as aquisições


Administrar as aquisições é o processo de gerenciar as relações de aquisição, monitorar o desempenho
do contrato e fazer mudanças e correções conforme necessário (consulte as Figuras 12-6 e 12-7). Tanto o
comprador como o fornecedor administram o contrato de aquisição para objetivos semelhantes. Cada um precisa
assegurar que as duas partes cumpram suas obrigações contratuais e que seus próprios direitos legais sejam
protegidos. O processo de administração das aquisições garante que o desempenho do fornecedor cumpra
os requisitos da aquisição e que o comprador cumpra os termos do contrato legal. A natureza legal da relação
contratual torna imperativo que a equipe de gerenciamento do projeto esteja ciente das implicações legais de
ações adotadas na administração de qualquer aquisição. Em projetos maiores com vários fornecedores, um
aspecto fundamental da administração de contratos é gerenciar as interfaces entre os diversos fornecedores.

Devido às variadas estruturas organizacionais, muitas organizações tratam a administração de


contratos como uma função administrativa separada da organização do projeto. Embora possa haver um
administrador de aquisições na equipe do projeto, esse indivíduo em geral se reporta a um supervisor de
outro departamento. Isso ocorre principalmente se a organização executora também for o fornecedor do
projeto para um cliente externo.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Documentos de .1 Documentos de aquisição
aquisição .1 Sistema de controle de .2 Atualizações dos ativos
.2 Plano de gerenciamento mudanças no contrato de processos
do projeto .2 Análise de desempenho organizacionais
.3 Contrato das aquisições .3 Solicitações de mudança
.4 Relatórios de .3 Inspeções e auditorias .4 Atualizações do plano
desempenho .4 Relatórios de de gerenciamento
.5 Solicitações de mudança desempenho do projeto
aprovadas .5 Sistemas de pagamento
.6 Informações sobre o .6 Administração de
desempenho do trabalho reivindicações
.7 Sistema de
gerenciamento
de registros

Figura 12-6. Administrar as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

4.2
Desenvolver Gerenciamento das aquisições do projeto
o plano de
gerenciamento
• Atualizações
do projeto do plano de
gerenciamento
do projeto 12.2
4.3 Conduzir
Orientar e gerenciar as aquisições
a execução
do projeto • Plano de gerenciamento
das aquisições
• Informações sobre o
desempenho do trabalho • Contrato

• Solicitações de
mudança aprovadas
4.5
4.5 12.3 • Solicitações de mudança Realizar o controle
Realizar o controle Administrar
integrado
integrado as aquisições
de mudanças
de mudanças • Atualizações dos
ativos de processos
• Documentos organizacionais
• Relatórios de desempenho de aquisição
Empresa/
10.5
Organização
Reportar 12.4
o desempenho Encerrar
as aquisições

• Documentos de aquisição

Documentos
do projeto

Figura 12-7. Diagrama de fluxo de dados da administração das aquisições

A administração das aquisições engloba a aplicação dos processos apropriados de gerenciamento de


projetos às relações contratuais e a integração das saídas desses processos no gerenciamento geral do
projeto. Essa integração muitas vezes ocorre em vários níveis quando existem vários fornecedores e quando
há o envolvimento de vários produtos, serviços ou resultados. Os processos de gerenciamento de projetos
que se aplicam podem incluir, entre outros:
• Orientar e gerenciar a execução do projeto (Seção 4.3) para autorizar o trabalho do fornecedor na
ocasião apropriada;
• Reportar o desempenho (Seção 10.5) para monitorar o escopo do contrato, os custos, o cronograma
e o desempenho técnico;

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

• Realizar o controle da qualidade (Seção 8.3) para inspecionar e verificar a adequação do produto
do fornecedor;
• Realizar o controle integrado de mudanças (Seção 4.5) para garantir que as mudanças sejam
aprovadas de forma adequada e que todas as pessoas envolvidas estejam cientes dessas mudanças e
• Monitorar e controlar os riscos (Seção 11.6) para garantir a mitigação dos riscos.
A administração das aquisições também tem um componente de gerenciamento financeiro que envolve
o monitoramento dos pagamentos ao fornecedor. Isso garante que os termos de pagamento definidos no
contrato sejam cumpridos e que a remuneração do fornecedor fique vinculada ao seu progresso, conforme
definido no contrato. Uma das principais preocupações ao fazer o pagamento dos fornecedores é que exista
uma relação rigorosa entre os pagamentos feitos e o trabalho realizado.

O processo de administração das aquisições analisa e documenta como o fornecedor está se desempenhando
ou se desempenhou com base no contrato e estabelece ações corretivas quando necessário. Essa revisão
do desempenho pode ser usada como uma medida da competência do fornecedor para realizar trabalhos
similares em projetos futuros. Avaliações semelhantes também são realizadas quando é necessário confirmar
que um fornecedor não está cumprindo as obrigações contratuais e quando o comprador precisa considerar
ações corretivas. A administração das aquisições engloba o gerenciamento de qualquer cancelamento do
trabalho contratado (por justa causa, conveniência ou inadimplemento) de acordo com a cláusula de rescisão
do contrato.

Os contratos podem ser retificados a qualquer momento antes do encerramento por consentimento mútuo,
de acordo com os termos de controle de mudanças do contrato. Essas alterações nem sempre beneficiam
igualmente o fornecedor e o comprador.

12.3.1 Administrar as aquisições: entradas


.1 Documentos de aquisição
Os documentos de aquisição contêm registros completos de apoio para a administração dos processos
de aquisição, inclusive as concessões de contratos de aquisição e a declaração do trabalho.

.2 Plano de gerenciamento do projeto


O plano de gerenciamento das aquisições, que faz parte do plano de gerenciamento do projeto,
é uma das entradas para o processo Administrar as aquisições e descreve como os processos de
aquisição serão gerenciados desde o desenvolvimento da documentação até o encerramento do
contrato (Seção 12.1.3.1).

.3 Contrato
Descrito na Seção 12.2.3.2.

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

.4 Relatórios de desempenho
A documentação relacionada ao desempenho do fornecedor engloba:
• Documentação técnica desenvolvida pelo fornecedor e outras informações fornecidas de acordo
com os termos do contrato e
• Relatórios de desempenho do fornecedor (Seção 10.5.3.1). Os relatórios de desempenho do
fornecedor indicam as entregas que foram concluídas e as que não foram.
.5 Solicitações de mudança aprovadas
As solicitações de mudança aprovadas podem englobar modificações nos termos e condições
do contrato, incluindo a declaração do trabalho da aquisição, a definição de preços e a descrição
dos produtos, serviços ou resultados a serem fornecidos. Todas as mudanças são documentadas
formalmente por escrito e aprovadas antes de serem implementadas.

.6 Informações sobre o desempenho do trabalho


As informações sobre o desempenho do trabalho (Seção 4.3.3.2), incluindo a extensão com que
os padrões de qualidade estão sendo cumpridos, quais custos foram incorridos ou comprometidos e
quais faturas do fornecedor foram pagas, são todas coletadas como parte da execução do projeto.

12.3.2 Administrar as aquisições: ferramentas e técnicas


.1 Sistema de controle de mudanças no contrato
O sistema de controle de mudanças no contrato define o processo pelo qual as aquisições podem
ser modificadas. Engloba os documentos, sistemas de acompanhamento, procedimentos de resolução
de disputas e os níveis de aprovação necessários para autorizar as mudanças. O sistema de controle
de mudanças no contrato é integrado com o sistema de controle integrado de mudanças.

.2 Análise de desempenho das aquisições


A análise de desempenho das aquisições é uma avaliação estruturada do progresso do fornecedor
para entregar o escopo e a qualidade do projeto, dentro dos custos e do cronograma, em comparação
com o contrato. Pode incluir uma análise da documentação preparada pelo fornecedor e inspeções
do comprador, bem como as auditorias de qualidade realizadas durante a execução do trabalho do
fornecedor. O objetivo dessa análise é identificar os êxitos e fracassos do desempenho, o progresso
em relação à declaração do trabalho da aquisição e o não-cumprimento do contrato, permitindo que
o comprador quantifique a capacidade ou incapacidade demonstrada pelo fornecedor para executar
o trabalho. Essas análises podem ser feitas como parte das avaliações de andamento do projeto que
incluem os principais fornecedores.

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

.3 Inspeções e auditorias
É possível realizar inspeções e auditorias solicitadas pelo comprador e apoiadas pelo fornecedor
conforme especificado no contrato de aquisição durante a execução do projeto para verificar a
conformidade nos processos de trabalho ou nas entregas do fornecedor. Se for autorizado por contrato,
algumas equipes de inspeção e auditoria podem incluir pessoal de aquisições do comprador.

.4 Relatórios de desempenho
Os relatórios de desempenho proporcionam à gerência informações sobre a eficácia com que o
fornecedor está atingindo os objetivos contratuais.

.5 Sistemas de pagamento
Os pagamentos ao fornecedor em geral são processados pelo sistema de contas a pagar do
comprador após a certificação de trabalho satisfatório por uma pessoa autorizada da equipe do
projeto. Todos os pagamentos devem ser feitos e documentados em total concordância com os termos
do contrato.

.6 Administração de reivindicações
As mudanças contestadas e as mudanças construtivas em potencial são as modificações
solicitadas em que o comprador e o fornecedor não conseguem chegar a um acordo sobre a
remuneração ou não concordam que tenham ocorrido. Essas mudanças contestadas são chamadas
de reivindicações, disputas ou recursos administrativos. As reivindicações são documentadas,
processadas, monitoradas e gerenciadas durante todo o ciclo de vida do contrato, comumente de
acordo com os termos do contrato. Se as partes não resolverem uma reivindicação, ela terá que ser
tratada em conformidade com métodos alternativos de resolução de disputas, de acordo com os
procedimentos estabelecidos no contrato. O acordo de todas as reivindicações e disputas por meio
de negociação é o método preferencial.

.7 Sistema de gerenciamento de registros


O sistema de gerenciamento de registros é usado pelo gerente do projeto para gerenciar os
registros e a documentação do contrato e da aquisição. Consiste em um conjunto de processos,
funções de controle relacionadas e ferramentas de automação que são consolidados e combinados
como parte do sistema de informações do gerenciamento de projetos (Seção 4.3.2.2). O sistema
contém um arquivo recuperável de documentos e correspondências contratuais.

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

12.3.3 Administrar as aquisições: saídas


.1 Documentos de aquisição
Os documentos de aquisição incluem, mas não se limitam ao contrato de aquisição com todos
os cronogramas de apoio, as mudanças no contrato solicitadas mas não aprovadas e as solicitações
de mudança aprovadas. Os documentos de aquisição também englobam toda a documentação
técnica desenvolvida pelo fornecedor e outras informações sobre o desempenho do trabalho, tais
como entregas, relatórios de desempenho do fornecedor, garantias, documentos financeiros incluindo
faturas e registros de pagamentos e os resultados de inspeções relacionadas ao contrato.

.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os elementos dos ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, entre
outros:
• Correspondência. Os termos e condições do contrato em geral requerem a documentação por
escrito de determinados aspectos das comunicações comprador/fornecedor, como a necessidade
de avisos de desempenho insatisfatório e solicitações de esclarecimentos ou mudanças no
contrato. Essa documentação pode incluir os resultados reportados de auditorias e inspeções
do comprador que indicam as fraquezas que precisam ser corrigidas pelo fornecedor. Além dos
requisitos de documentação específicos do contrato, as partes mantêm um registro completo e
exato, por escrito, de todas as comunicações orais e escritas do contrato, bem como as ações
adotadas e as decisões tomadas.
• Cronogramas e solicitações de pagamento. Todos os pagamentos devem ser feitos de
acordo com os termos e condições do contrato de aquisição.
• Documentação da avaliação do desempenho do fornecedor. A documentação da avaliação
do desempenho do fornecedor é preparada pelo comprador. Essas avaliações de desempenho
documentam a capacidade do fornecedor para continuar a realizar o trabalho no contrato atual,
indicam se o fornecedor pode trabalhar em projetos futuros ou classificam o desempenho
do fornecedor no projeto. Esses documentos podem formar a base para o cancelamento do
contrato do fornecedor ou determinar como são administradas as penalidades, remunerações
ou incentivos. Os resultados das avaliações de desempenho também podem ser incluídos nas
listas de fornecedores qualificados correspondentes (Seção 12.2.1.4).

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

.3 Solicitações de mudança
As solicitações de mudança no plano de gerenciamento do projeto, nos planos auxiliares e em
outros componentes, como a linha de base de custos, o cronograma do projeto (Seção 6.5.3.1) e o
plano de gerenciamento das aquisições (Seção 12.1.3.1), podem resultar do processo de administração
das aquisições. As solicitações de mudança são processadas para revisão e aprovação por meio do
processo Realizar o controle integrado de mudanças (Seção 4.5).

As mudanças solicitadas, mas não resolvidas, podem incluir orientações fornecidas pelo comprador
ou ações adotadas pelo fornecedor que a outra parte considere uma mudança construtiva para o
contrato. Como qualquer dessas mudanças construtivas pode ser alvo de disputa por uma das partes
e originar uma reivindicação contra a outra parte, elas são identificadas e documentadas de forma
única pela correspondência do projeto.

.4 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto


Os elementos do plano de gerenciamento do projeto que podem ser atualizados incluem, entre
outros:
• Plano de gerenciamento das aquisições. O plano de gerenciamento das aquisições (Seção
12.1.3.1) é atualizado para refletir todas as solicitações de mudança aprovadas que afetam o
gerenciamento das aquisições, incluindo impactos nos custos ou cronogramas.
• linha de base do cronograma. Se houver atrasos que afetem o desempenho geral do projeto,
pode ser necessário atualizar a linha de base do cronograma para refletir as expectativas
atuais.

12.4 Encerrar as aquisições


Encerrar as aquisições é o processo de finalização de cada aquisição do projeto (consulte as Figuras 12-8
e 12-9). Como envolve verificar se todo o trabalho e as entregas são aceitáveis, serve de apoio ao processo de
encerramento do projeto ou a fase (Seção 4.6).

O processo de encerramento das aquisições também envolve atividades administrativas como finalização
das reivindicações em aberto, atualização dos registros para refletir os resultados finais e arquivamento dessas
informações para uso futuro. O encerramento das aquisições aborda cada contrato aplicável ao projeto ou a
uma fase do projeto. Em projetos com várias fases, a vigência de um contrato pode se aplicar somente a uma
determinada fase do projeto. Nesses casos, o processo de encerramento de aquisições encerra as aquisições
aplicáveis àquela fase do projeto. As reivindicações não resolvidas podem estar sujeitas a um processo judicial
após o encerramento. Os termos e condições do contrato podem recomendar procedimentos específicos para
encerramento do contrato.

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

O cancelamento de um contrato é um caso especial de encerramento das aquisições que pode resultar de
um acordo mútuo entre as partes, do inadimplemento de uma das partes ou por conveniência do comprador,
se estiver estabelecido no contrato. Os direitos e responsabilidades das partes no evento de um cancelamento
estão contidos na cláusula de rescisão do contrato. De acordo com os termos e condições dessas aquisições,
o comprador pode ter o direito de cancelar todo o contrato ou uma parte dele a qualquer momento por justa
causa ou por conveniência. Contudo, com base nos termos e condições desses contratos, o comprador pode
ter que ressarcir o fornecedor pelas preparações e por qualquer trabalho concluído e aceito relacionado à parte
cancelada do contrato.

Entradas Ferramentas Saídas


e Técnicas
.1 Plano de gerenciamento .1 Aquisições encerradas
do projeto .1 Auditorias de aquisições .2 Atualizações dos
.2 Documentos de .2 Acordos negociados ativos de processos
aquisição .3 Sistema de organizacionais
gerenciamento
de registros

Figura 12-8. Encerrar as aquisições: entradas, ferramentas e técnicas e saídas

Gerenciamento das aquisições do projeto


4.2
Desenvolver
o plano 12.3
de gerenciamento Administrar
do projeto as aquisições

• Documentos
de aquisição
• Plano de gerenciamento
das aquisições • Atualizações
dos ativos de
processos
organizacionais Empresa/
12.4
Encerrar Organização
as aquisições • Aquisições
encerradas

Figura 12-9. Diagrama de fluxo de dados do encerramento das aquisições

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CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO 12

12.4.1 Encerrar as aquisições: entradas


.1 Plano de gerenciamento do projeto
Descrito na Seção 4.2.3.1.

.2 Documentos de aquisição
Para encerrar o contrato, todos os documentos de aquisição são coletados, indexados e arquivados.
As informações sobre o cronograma do contrato, escopo, qualidade e desempenho de custos, bem
como toda a documentação das mudanças no contrato, registros de pagamento e resultados de
inspeções, são catalogadas. Essas informações podem ser usadas como informações de lições
aprendidas e como uma base para avaliar as contratadas para contratos futuros.

12.4.2 Encerrar as aquisições: ferramentas e técnicas


.1 Auditorias de aquisições
A auditoria de aquisições é uma avaliação estruturada do processo de aquisições, desde o
processo de planejamento das aquisições (Seção 12.1) até o de administração das aquisições
(Seção 12.3). O objetivo da auditoria de aquisições é identificar êxitos e fracassos que possam
ser identificados na preparação ou na administração de outros contratos de aquisições no projeto
ou em outros projetos dentro da organização executora.

.2 Acordos negociados
Em todas as relações de aquisição, o acerto final justo de todas as questões, reivindicações e
disputas pendentes por meio de negociação é o objetivo principal. Sempre que não se conseguir
o acordo por meio de negociação direta, deve-se explorar alguma forma de resolução alternativa
de disputas, incluindo mediação ou arbitragem. Quando todas as demais alternativas falharem, o
processo judicial nos tribunais é a última opção e a menos desejada.

.3 Sistema de gerenciamento de registros


Descrito na Seção 12.3.2.7.

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12 CAPíTUlO 12 − gEREnCIAMEnTO DAS AQUISIÇõES DO PROjETO

12.4.3 Encerrar as aquisições: saídas


.1 Aquisições encerradas
O comprador, em geral por meio do administrador de aquisições autorizado, envia ao fornecedor
um aviso formal por escrito de que o contrato foi concluído. Os requisitos de encerramento formal das
aquisições em geral são definidos nos termos e condições do contrato e são incluídos no plano de
gerenciamento das aquisições.

.2 Atualizações dos ativos de processos organizacionais


Os elementos dos ativos de processos organizacionais que podem ser atualizados incluem, entre
outros:
• Arquivo de aquisições. Um conjunto completo de documentos indexados do contrato, incluindo
o contrato encerrado, é preparado para inclusão com os arquivos finais do projeto.
• Aceitação da entrega. O comprador, em geral por meio do administrador de aquisições
autorizado, envia ao fornecedor um aviso formal por escrito de que as entregas foram aceitas
ou rejeitadas. Os requisitos para a aceitação formal das entregas e o modo como tratar as
entregas que não estão em conformidade, normalmente são definidos no contrato.
• Documentação de lições aprendidas. As lições aprendidas, a experiência adquirida e as
recomendações de melhoria dos processos devem ser incluídas nos arquivos do projeto para
melhorar as aquisições futuras.

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344
REFERÊNCIAS
[1] Project Management Institute. 2006. Practice Standard for Work Breakdown Structures—Second Edition.
Newtown Square, PA: PMI.

[2] Project Management Institute. 2007. Practice Standard for Scheduling. Newtown Square, PA: PMI.

[3] Project Management Institute. 2005. Practice Standard for Earned Value Management. Newtown
Square, PA: PMI.

[4] International Organization for Standardization. 2005. ISO 9000. Quality Management Systems—Fundamentals
and Vocabulary. Geneva: ISO Press,

[5] International Organization for Standardization. 1994. ISO 8402. Quality Management and Quality Assurance.
Geneva: ISO Press (Withdrawn 2000).

[6] Tuckman, Bruce, 1965. Developmental Sequence in Small Groups. Psychological Bulletin No. 63. Bethesda,
MD: Naval Medical Research Institute.
http://www.businessballs.com/tuckmanformingstormingnormingperforming.htm.

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345
SEÇÃO IV
APÊNDICES
Apêndice A
Apêndice B
Apêndice C
Apêndice D
Apêndice E
Apêndice F
Apêndice g

GLOSSÁRIO
ÍNDICE REMISSIVO

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A

APÊNDICE A
MUDANÇAS NA QUARTA EDIÇÃO
O propósito deste apêndice é dar uma explicação minuciosa das mudanças feitas em O Guia do Conjunto
de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®)—Terceira edição para criar o Guia PMBOK®
—Quarta Edição.

A.1 Consistência e esclarecimento


A declaração do escopo aprovada para o Guia PMBOK®—Quarta edição declara explicitamente que a equipe
deveria incumbir-se de “Qualquer trabalho necessário para tornar o padrão mais preciso, atualizado, relevante,
claro, sucinto e de fácil entendimento e utilização. Isso pode incluir a reorganização de conteúdo, conteúdo
adicional, refinamento ou eliminação de conteúdo”.

Com esse direcionamento em mente, a equipe de atualização adotou uma abordagem direcionada a alcançar
um grau maior de consistência e clareza através do refinamento dos processos, padronização de entradas e saídas
onde possível e da implementação de uma abordagem global para a documentação das entradas e saídas.

A.1.1 Consistência
A quarta edição, para manter o requisito de consistência, completou a mudança do formato de todos
os processos de substantivo para verbo. Um palavreado padrão foi incorporado em todo o documento na
descrição de conceitos recorrentes para auxiliar o entendimento do leitor.

Além disso, já que as descrições dos processos ocorrem em quatro locais do documento, essas descrições
foram reescritas de uma maneira mais consistente. Essas áreas incluem:
• O Capítulo 3,
• O início do capítulo de cada área de conhecimento,
• A primeira sentença da descrição do processo em questão e
• O glossário.

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A APênDICE A

A.1.2 Esclarecimento
Como um esforço para fornecer esclarecimento sobre interações de processos, diagramas de fluxos de
dados foram adicionados para explicar a fonte de entrada e a destinação da saída para cada processo. O plano
de gerenciamento do projeto e os documentos do projeto foram diferenciados mais claramente. Isso foi feito
para destacar os planos auxiliares e as linhas de base como sendo os principais componentes do plano de
gerenciamento do projeto. Enquanto os documentos do projeto são usados para auxiliar o gerente do projeto
no gerenciamento do projeto, eles não fazem parte do plano de gerenciamento do projeto. A seguir, uma lista
típica dos componentes do plano de gerenciamento do projeto e documentos do projeto.

Tabela A1. Diferenciação entre o plano de gerenciamento do projeto e os documentos do projeto

Plano de gerenciamento do projeto Documentos do projeto


Plano de gerenciamento de mudanças Atributos das atividades Métricas da qualidade
Plano de gerenciamento Estimativa dos custos Matriz de responsabilidades
das comunicações da atividade
Plano de gerenciamento da configuração
Lista das atividades Matriz de rastreabilidade dos requisitos
Plano de gerenciamento dos custos Registro das premissas Estrutura analítica dos recursos
Linha de base do desempenho de custosBases de estimativas Calendario dos recursos
Plano de recursos humanos Registro das mudanças Requisitos de recursos
Plano de melhorias no processo Termo de abertura Registro dos riscos
Plano de gerenciamento das aquisiçõesContratos Papéis e responsabilidades
Plano de gerenciamento da qualidade Estimativas de duração Lista dos fornecedores
Plano de gerenciamento dos requisitosPrevisões Critérios para seleção de fontes
Plano de gerenciamento dos riscos Registro das questões Análise das partes interessadas
Linha de base do cronograma Lista dos marcos Estratégia para gerenciamento
das partes interessadas
Plano de gerenciamento do cronograma Relatórios de desempenho Registro das partes interessadas
Linha de base do escopo: Requisitos de recursos Requisitos das partes interessadas
• Declaração do escopo financeiros do projeto
• EAP Propostas Declaração do trabalho
• Dicionário da EAP Documentos de aquisição Acordos para formação de equipes
Estrutura organizacional do projeto Avaliações do desempenho da equipe
Plano de gerenciamento do escopo Medições do controle Informações sobre o
da qualidade desempenho do trabalho
Listas de verificação da qualidade Medições de desempenho do trabalho

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APênDICE A A

Outro assunto que necessitou esclarecimento envolveu as solicitações de mudança. Ação corretiva, ação
preventiva, reparo de defeitos e mudanças solicitadas estão agora sob o termo geral “solicitação de mudança”.
Esta revisão auxiliou a organização das entradas e saídas de muitos processos, provendo ainda a visibilidade
dos vários tipos de solicitações de mudança.

A terceira edição continha um grau de redundância sobre os componentes para o termo de abertura do
projeto e para a declaração do escopo do projeto. Mantendo o espírito da elaboração progressiva que ocorre
entre o termo de abertura do projeto e a declaração do escopo do projeto, tentamos distinguir os elementos
que ocorrem em cada documento para reduzir repetições. A tabela a seguir lista os elementos de cada um:

Tabela A2. Elementos do termo de abertura e declaração do escopo

Termo de abertura Declaração do escopo


Propósito do projeto ou justificativa Descrição do escopo do produto
(progressivamente elaborada)
Objetivos mensuráveis do projeto e Entregas do projeto
seus critérios de sucesso relacionados
Requisitos de alto nível Critérios de aceitação do produto por parte do usuário
Descrição do projeto em alto Limites do projeto
nível, características do produto
Resumo do cronograma de marcos Restrições do projeto
Resumo do orçamento Premissas do projeto
Requisitos para aprovação do projeto (o que constitui
o sucesso do projeto, quem decide se o projeto é bem
sucedido, e quem assina o projeto)
Gerente do projeto, responsabilidade
e nível de autoridade designados
Nome e responsabilidade da(s) pessoa(s)
autorizando o termo de abertura do projeto.

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A APênDICE A

A.2 Mudanças nos processos


• 4.2 Desenvolver a declaração do escopo preliminar do projeto—Eliminado
• 4.7 Encerrar o projeto—Alterado para 4.6 Encerrar o projeto ou fase
• 5.1 Planejamento do escopo—Eliminado
• 5.1 Coletar os requisitos—Adicionado
• 9.4 Gerenciar a equipe do projeto—Alterado de um processo de controle para um processo de execução
• 10.1 Identificar as partes interessadas—Adicionado
• 10.4 Gerenciar as partes interessadas—Alterado para Gerenciar as expectativas das partes
interessadas; alterado de um processo de controle para um processo de execução
• 12.1 Planejar compras e aquisições e 12.2 Planejar contratações—Alterado para 12.1 Planejar as
aquisições
• 12.3 Solicitar respostas de fornecedores e 12.4 Selecionar fornecedores—Alterado para 12.2
Realizar as aquisições

A.3 Capítulo 4—Mudanças no gerenciamento da integração do projeto


Já que o termo de abertura do projeto contém vários dos objetivos preliminares do projeto e já que esses
objetivos são elaborados na declaração do escopo, a informação relativa a Desenvolver a declaração do escopo
preliminar do projeto (4.2) foi eliminada.

A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 4:

Tabela A3. Mudanças no Capítulo 4

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto 4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto
4.2 Desenvolver a declaração do escopo
preliminar do projeto
4.3 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto 4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto
4.4 Orientar e gerenciar a execução do projeto 4.3 Orientar e gerenciar a execução do projeto
4.5 Orientar e gerenciar a execução do projeto 4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto
4.6 Controle integrado de mudanças 4.5 Realizar o controle integrado de mudanças
4.7 Encerrar o projeto 4.6 Encerrar o projeto ou fase

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APênDICE A A

A.4 Capítulo 5—Mudanças no gerenciamento do escopo do projeto


Na Seção 5.1, Planejamento do escopo foi substituído por Coletar os requisitos. O registro das partes
interessadas é usado para identificar aqueles com interesse no projeto e envolve a aplicação de técnicas
para criar o documento dos requisitos das partes interessadas.

A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 5:

Tabela A4. Mudanças no Capítulo 5

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


5.1 Planejamento do escopo 5.1 Coletar os requisitos
5.2 Definição do escopo 5.2 Definir o escopo
5.3 Criar EAP 5.3 Criar a EAP
5.4 Verificação do escopo 5.4 Verificar o escopo
5.5 Controle do escopo 5.5 Controlar o escopo

A.5 Capítulo 6—Mudanças no gerenciamento do tempo do projeto


O Capítulo 6 reflete as mudanças oriundas do setor e detalhadas no The Practice Standard for Scheduling.

Com o uso do desenvolvimento de cronogramas auxiliado por computador, o Método do Diagrama de Setas
(MDS) é raramente utilizado. Portanto ele não é mais considerado como sendo utilizado na “maioria dos projetos
na maior parte das vezes” e não foi incluído neste capítulo.

A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 6:

Tabela A5. Mudanças no Capítulo 6

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


6.1 Definição das atividades 6.1 Definir as atividades
6.2 Sequenciamento das atividades 6.2 Sequenciar as atividades
6.3 Estimativa de recursos da atividade 6.3 Estimar os recursos das atividades
6.4 Estimativa de duração das atividades 6.4 Estimar as durações das atividades
6.5 Desenvolvimento do cronograma 6.5 Desenvolver o cronograma
6.6 Controle do cronograma 6.6 Controlar o cronograma

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A APênDICE A

A.6 Capítulo 7—Mudanças no gerenciamento dos custos do projeto


O Capítulo Gerenciamento dos custos do projeto foi atualizado para explicar mais claramente o uso da
ferramenta de valor agregado e o uso da técnica, incluindo as suas fórmulas. O cálculo do “Índice de desempenho
para término” foi adicionado.

A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 7:

Tabela A6. Mudanças no Capítulo 7

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


7.1 Estimativa de custos 7.1 Estimar os custos
7.2 Orçamentação 7.2 Determinar o orçamento
7.3 Controle de custos 7.3 Controlar os custos

A.7 Capítulo 8—Mudanças no gerenciamento da qualidade do projeto


A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 8:

Tabela A7. Mudanças no Capítulo 8

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


8.1 Planejamento da qualidade 8.1 Planejar a qualidade
8.2 Realizar a garantia da qualidade 8.2 Realizar a garantia da qualidade
8.3 Realizar o controle da qualidade 8.3 Realizar o controle da qualidade

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APênDICE A A

A.8 Capítulo 9—Mudanças no gerenciamento dos


recursos humanos do projeto
O processo Gerenciar a equipe do projeto foi transferido para o grupo de processos de execução, pois as
atividades agora são mais proativas visando garantir que o desempenho do projeto seja otimizado. Tanto o
processo Desenvolver a equipe do projeto como o processo Gerenciar a equipe do projeto foram expandidos
para examinar e discutir as habilidades da equipe necessárias em um projeto de sucesso.

A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 9:

Tabela A8. Mudanças no Capítulo 9

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


9.1 Planejamento de recursos humanos 9.1 Desenvolver o plano de recursos humanos
9.2 Contratar ou mobilizar a equipe do projeto 9.2 Mobilizar a equipe do projeto
9.3 Desenvolvimento da equipe do projeto 9.3 Desenvolver a equipe do projeto
9.4 Gerenciar a equipe do projeto 9.4 Gerenciar a equipe do projeto

A.9 Capítulo 10—Mudanças no gerenciamento das comunicações do projeto


O Capítulo 10 expandiu a identificação e a importância das partes interessadas (stakeholders) em projetos.
Uma vez que a maioria das equipes de projetos não pode necessariamente gerenciar as suas partes interessadas,
mas pode supor poder influenciá-las e às suas decisões, imaginou-se que Gerenciar as expectativas das partes
interessadas refletiria melhor o real processo. Isso também levou à sua mudança de processo de controle para
processo de execução, pois as atividades agora são mais sobre realizar do que sobre registrar/relatar.

A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 10:

Tabela A9. Mudanças no Capítulo 10

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


10.1 Planejamento das comunicações 10.1 Identificar as partes interessadas
10.2 Distribuição das informações 10.2 Planejar as comunicações
10.3 Relatórios de desempenho 10.3 Distribuir as informações
10.4 Gerenciar as partes interessadas 10.4 Gerenciar as expectativas das partes interessadas
10.5 Reportar o desempenho

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A APênDICE A

A.10 Capítulo 11—Mudanças no gerenciamento dos riscos do projeto


A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 11:

Tabela A10. Mudanças no Capítulo 11

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


11.1 Planejamento do gerenciamento de riscos 11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos
11.2 Identificação de riscos 11.2 Identificar os riscos
11.3 Análise qualitativa de riscos 11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos
11.4 Análise quantitativa de riscos 11.4 Realizar a análise quantitativa de riscos
11.5 Planejamento de respostas a riscos 11.5 Planejar as respostas aos riscos
11.6 Monitoramento e controle de riscos 11.6 Monitorar e controlar os riscos

A.11 Capítulo 12—Mudanças no gerenciamento das aquisições do projeto


O Capítulo 12 consolidou seis processos em quatro processos. As Seções 12.1 Planejar compras e aquisições
e 12.2 Planejar contratações foram combinadas para criar a Seção 12.1 Planejar as aquisições. As Seções
12.3 Solicitar respostas de fornecedores e 12.4 Selecionar fornecedores foram combinadas para criar a Seção
12.2 Realizar as aquisições. Foram introduzidos os acordos de cooperação.

A tabela a seguir resume os processos do Capítulo 12:

Tabela A11. Mudanças no Capítulo 12

Seções da terceira edição Seções da quarta edição


12.1 Planejar compras e aquisições 12.1 Planejar as aquisições
12.2 Planejar contratações 12.2 Conduzir as aquisições
12.3 Solicitar respostas de fornecedores 12.3 Administrar as aquisições
12.4 Selecionar fornecedores 12.4 Encerrar as aquisições
12.5 Administração de contrato
12.6 Encerramento do contrato

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APênDICE A A

A.12 Apêndices
Um novo apêndice sobre as habilidades das pessoas em gerenciamento de projetos foi adicionado.

A.13 glossário
O glossário foi expandido e atualizado para:
• Incluir os termos do Guia PMBOK® (PMBOK® Guide) que precisam ser definidos para auxiliar no
entendimento do conteúdo do documento,
• Esclarecer o significado e aprimorar a qualidade e precisão das traduções e
• Eliminar termos não utilizados no Guia PMBOK®—Quarta Edição.

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b

APÊNDICE B
EVOLUÇÃO DE UM GUIA DO CONHECIMENTO
EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS DO PMI
B.1 Desenvolvimento inicial
O Project Management Institute (PMI) foi fundado em 1969 com base na premissa de que existiam muitas
práticas de gerenciamento que eram comuns aos projetos em áreas de aplicação tão diversas como construção
e produtos farmacêuticos. Na época do congresso e seminários do PMI em Montreal, em 1976, a idéia de que
essas práticas comuns poderiam ser documentadas como padrões começou a ser amplamente discutida. Isso
levou, por sua vez, a que o gerenciamento de projetos fosse considerado uma profissão distinta.

No entanto, foi somente em 1981 que a Diretoria do PMI aprovou um projeto para desenvolver os procedimentos
e conceitos necessários para dar suporte à profissão de gerenciamento de projetos. A proposta do projeto sugeriu
três áreas de concentração:
• As características distintas de um profissional (ética);
• O conteúdo e a estrutura do conjunto de conhecimentos da profissão (padrões) e
• O reconhecimento de capacitação profissional (credenciamento).
Dessa forma, a equipe do projeto passou a ser conhecida como o Grupo de gerenciamento ESA (Ethics,
Standards, and Accreditation; Ética, padrões e credenciamento). O Grupo de gerenciamento ESA era constituído
pelas seguintes pessoas:

Matthew H. Parry, Presidente David C. Aird Frederick R. Fisher


David Haeney Harvey Kolodney Charles E. Oliver
William H. Robinson Douglas J. Ronson Paul Sims
Eric W. Smythe

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b APênDICE B

Mais de vinte e cinco voluntários em diversos capítulos locais do PMI auxiliaram este grupo. A declaração
Ética foi desenvolvida e apresentada por um comitê em Washington, DC, presidido por Lew Ireland. A declaração
Gerenciamento de tempo foi desenvolvida em reuniões prolongadas de um grupo no sul de Ontário, que
incluiu Dave MacDonald, Dave Norman, Bob Spence, Bob Hall e Matt Parry. A declaração Gerenciamento de
custos foi desenvolvida em reuniões prolongadas no departamento de custos da Stelco, sob a orientação de
Dave Haeney e Larry Harrison. Outras declarações foram desenvolvidas pelo Grupo de gerenciamento ESA.
O credenciamento ficou sob a responsabilidade de John Adams e seu grupo na Western Carolina University,
o que resultou no desenvolvimento das diretrizes de credenciamento. Também resultou em um programa de
certificação de Profissional de gerenciamento de projetos (PMP®), sob a orientação de Dean Martin.

Os resultados do projeto ESA foram publicados em um relatório especial do Project Management Journal
de agosto de 1983. O relatório incluiu o seguinte:
• Código de ética, mais um procedimento para a aplicação do código;
• Linha de base de padrões constituída por seis principais áreas de conhecimento: gerenciamento do
escopo, gerenciamento dos custos, gerenciamento do tempo, gerenciamento da qualidade, gerenciamento
dos recursos humanos e gerenciamento das comunicações e
• Diretrizes para o credenciamento (reconhecimento da qualidade dos programas fornecidos pelas
instituições educacionais) e certificação (reconhecimento das qualificações profissionais das pessoas).
Este relatório subsequentemente serviu de base para os programas iniciais de credenciamento e certificação
do PMI. O mestrado em Gerenciamento de projetos da Western Carolina University foi credenciado em 1983 e
as primeiras certificações PMP foram concedidas em 1984.

B.2 1986–87 Atualização


A publicação do relatório de linha de base ESA originou uma intensa discussão dentro do PMI sobre a
adequação dos padrões. Em 1984, a Diretoria do PMI aprovou um segundo projeto relacionado a padrões “para
capturar o conhecimento aplicado ao gerenciamento de projetos… dentro da estrutura ESA existente”. Seis
comitês foram então montados para abordar cada uma das seis áreas de conhecimento identificadas. Além
disso, foi agendada uma oficina como parte dos congressos e seminários anuais do PMI em 1985.

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APênDICE B b

Como resultado desses esforços, em princípio foi aprovado pela Diretoria do PMI um documento revisado, que
foi publicado para comentários no Project Management Journal de agosto de 1986. Os principais colaboradores
desta versão do documento foram:

R. Max Wideman, Presidente John R. Adams, Presidente


(durante o desenvolvimento) (quando emitido)
Joseph R. Beck Peter Bibbes Jim Blethen
Richard Cockfield Peggy Day William Dixon
Peter C. Georgas Shirl Holingsworth William Kane
Colin Morris Joe Muhlberger Philip Nunn
Pat Patrick David Pym Linn C. Stuckenbruck
George Vallance Larry C. Woolslager Shakir Zuberi

Além de ampliar e reestruturar o conteúdo original, o documento revisado incluiu três novas seções:
• Foi adicionada a estrutura de gerenciamento de projetos para cobrir as relações entre o projeto e o
seu ambiente externo, e também entre o gerenciamento de projetos e o gerenciamento geral;
• O gerenciamento dos riscos foi adicionado como uma área de conhecimento separada para fornecer
uma maior cobertura a este assunto e
• O gerenciamento dos contratos/aquisições foi adicionado como uma área de conhecimento separada
para fornecer uma maior cobertura a este assunto
Subsequentemente, diversas mudanças e correções editoriais foram incorporadas ao conteúdo e aprovadas
pela Diretoria do PMI em março de 1987. O manuscrito final foi publicado em agosto de 1987 como um
documento independente intitulado “O Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos”.

B.3 1996 Atualização


A discussão sobre a forma, conteúdo e estrutura adequados do documento principal de padrões do PMI
continuou após a publicação da versão de 1987. Em agosto de 1991, o Diretor de Normas do PMI Alan Stretton
iniciou um projeto para atualizar o documento com base nos comentários recebidos dos seus membros. O
documento revisado foi desenvolvido durante vários anos através de uma série de versões preliminares do
trabalho, amplamente circuladas, e através de oficinas nos seminários/congressos do PMI em Dallas, Pittsburgh
e San Diego.

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b APênDICE B

Em agosto de 1994, o Comitê de padrões do PMI emitiu uma versão preliminar do documento que foi
distribuída para comentários a todos os 10.000 membros do PMI e a mais de vinte outras associações técnicas
e profissionais.

A publicação de Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®)


em 1996 representou o término do projeto iniciado em 1991. Os colaboradores e revisores estão listados mais
adiante nesta seção. Um resumo das diferenças entre os documentos de 1987 e 1996, que foi incluído no
prefácio da edição de 1996, também está listado mais adiante nesta seção.

O documento substituiu o documento O Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (PMBOK®)


do PMI que foi publicado em 1987. Para auxiliar os usuários do documento de 1996, que podem estar familiarizados
com seu documento anterior, resumimos as principais diferenças aqui:

1. O título foi alterado para enfatizar que este documento não é o conjunto de conhecimentos em
gerenciamento de projetos. O documento de 1987 definiu o conjunto de conhecimentos em gerenciamento
de projetos como “todos os tópicos, áreas de assunto e processos intelectuais envolvidos na aplicação de
princípios sólidos de gerenciamento para… projetos”. É claro que um documento nunca irá conter todo
o conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos.

2. A seção Estrutura foi completamente reescrita. A nova seção consistiu em três capítulos:
• Introdução, que estabeleceu o objetivo do documento e definiu detalhadamente os termos projeto
e gerenciamento de projetos;
• O contexto de gerenciamento de projetos, que cobriu o contexto em que os projetos operam—o
ciclo de vida do projeto, perspectivas das partes interessadas, influências externas e habilidades
principais de gerenciamento geral e
• Processos de gerenciamento de projetos, que descreveu como os vários elementos de gerenciamento
de projetos se inter-relacionam.
3. Uma definição revisada do projeto foi desenvolvida, que fosse inclusiva (“não deverá ser possível
identificar qualquer empreendimento geralmente considerado um projeto que não se enquadre nesta
definição”) e exclusiva (“não deverá ser possível descrever qualquer empreendimento que satisfaça a
definição e não seja geralmente considerado um projeto”). Muitas definições de projeto na literatura
existente foram analisadas e todas foram consideradas de alguma forma insatisfatórias. A nova
definição foi direcionada para as características exclusivas de um projeto: um projeto é um esforço
temporário empreendido para criar um produto ou serviço exclusivo.

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APênDICE B b

4. Uma visão revisada do ciclo de vida do projeto foi desenvolvida. O documento de 1987 definiu as fases
do projeto como subdivisões do ciclo de vida do projeto. Essa relação foi reordenada e o ciclo de vida do
projeto foi definido como uma coleção de fases com números e nomes determinados pelas necessidades
de controle da organização executora.

5. Os nomes das principais seções foram alterados de função para área de conhecimento. O termo
“função” tem sido frequentemente mal-entendido como significando um elemento de uma organização
funcional. A mudança de nome foi feita para eliminar esse mal-entendido.

6. A existência de uma nona área de conhecimento foi formalmente reconhecida. Já existia há algum
tempo um consenso geral sobre o gerenciamento de projetos como um processo integrador. O Capítulo
4, Gerenciamento de integração do projeto, reconheceu a importância deste assunto.

7. A palavra “Projeto” foi adicionada ao título de cada área de conhecimento. Embora isso possa parecer
redundante, a intenção foi esclarecer o escopo do documento. Por exemplo, o gerenciamento dos
recursos humanos do projeto cobre somente os aspectos do gerenciamento dos recursos humanos
que são exclusivos ou quase exclusivos do contexto do projeto.

8. As áreas de conhecimento foram descritas em termos dos processos que as compõem. A procura de
um método consistente de apresentação levou a equipe a reestruturar completamente o documento
de 1987 em trinta e sete processos de gerenciamento de projetos. Cada processo foi descrito em
termos das suas entradas, saídas, e ferramentas e técnicas. As entradas e as saídas são documentos
(por exemplo, uma declaração do escopo) ou itens documentáveis (por exemplo, dependências entre
atividades). As ferramentas e técnicas são os mecanismos que são aplicados às entradas para criar as
saídas. Além da sua fundamental simplicidade, esta abordagem ofereceu vários outros benefícios:
• Enfatizou as interações entre as áreas de conhecimento. As saídas de um processo se tornaram
entradas de outro.
• A estrutura foi flexível e robusta. As mudanças no conhecimento e nas práticas foram refletidas
através da adição de um novo processo, de novo sequenciamento dos processos, da subdivisão
dos processos ou da adição de conteúdo descritivo dentro de um processo.
• Os processos se tornaram a base de outros padrões. Por exemplo, os padrões de qualidade (a
série ISO 9000) da ISO (International Organization for Standardization, Organização internacional
de normalização) se baseiam na identificação dos processos de negócios.

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b APênDICE B

9. Algumas ilustrações foram adicionadas para melhor representarem as estruturas analíticas, diagramas
de rede e curvas S.

10. O documento foi significativamente reorganizado. A tabela a seguir fornece uma comparação entre os
principais títulos do documento de 1987 e os títulos e/ou fontes de conteúdo da versão de 1996:

número e nome de 1987 número e nome de 1996


0. Normas do PMBOK® B. Evolução de Um Guia do Conjunto de Conhecimentos
em Gerenciamento de Projetos do PMI
1. Estrutura: A análise lógica 1. Introdução (definições básicas)
2. O contexto do projeto (ciclos de vida)
2. Estrutura: Uma visão geral 1. Várias partes
2. Várias partes
3. Várias partes
3. Estrutura: Um modelo integrador 3. Processos de gerenciamento de projetos
4. Gerenciamento de integração do projeto
4. Glossário dos termos gerais IV. Glossário
A. Gerenciamento do escopo 5. Gerenciamento do escopo do projeto
B. Gerenciamento da qualidade 8. Gerenciamento da qualidade do projeto
C. Gerenciamento de tempo 6. Gerenciamento de tempo do projeto
D. Gerenciamento de custos 7. Gerenciamento de custos do projeto
E. Gerenciamento de riscos 11. Gerenciamento de riscos do projeto
F. Gerenciamento de recursos humanos 9. Gerenciamento de recursos humanos do projeto
G. Gerenciamento de contratos/aquisições 12. Gerenciamento de aquisições do projeto
H. Gerenciamento das comunicações 10. Gerenciamento das comunicações do projeto

11. “Para classificar” foi removido da lista de objetivos. Tanto o documento de 1996 como a versão de
1987 forneceram uma estrutura para a organização do conhecimento em gerenciamento de projetos,
mas nenhum dos dois foi particularmente eficaz como uma ferramenta de classificação. Em primeiro
lugar, os tópicos incluídos não eram abrangentes—eles não incluíam práticas inovadoras ou pouco
comuns. Além disso, muitos elementos são relevantes para mais de uma área de conhecimento ou
processo, de forma que as categorias não eram exclusivas.

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APênDICE B b

As seguintes pessoas, conforme listado no Apêndice C do documento de 1996, contribuíram de diversas formas
para as várias versões preliminares do documento de 1996. O PMI expressa sua gratidão pelo apoio recebido.

Comitê de padrões
As seguintes pessoas atuaram como membros do Comitê de padrões do PMI durante o desenvolvimento da
atualização de 1996 do documento PMBOK®:

William R. Duncan Frederick Ayer Cynthia Berg


Mark Burgess Helen Cooke Judy Doll
Drew Fetters Brian Fletcher Earl Glenwright
Eric Jenett Deborah O’Bray Diane Quinn
Anthony Rizzotto Alan Stretton Douglas E. Tryloff

Colaboradores
Além dos membros do Comitê de padrões, as seguintes pessoas forneceram textos originais ou conceitos
importantes para uma ou mais seções dos capítulos indicados:

John Adams (Capítulo 3) Keely Brunner (Capítulo 7)


Louis J. Cabano (Capítulo 5) David Curling (Capítulo 12)
Douglas Gordon (Capítulo 7) David T. Hulett (Capítulo 11)
Edward Ionata (Capítulo 10) John M. Nevison (Capítulo 9)
Hadley Reynolds (Capítulo 2) Agnes Salvo (Capítulo 11)
W. Stephen Sawle (Capítulo 5) Leonard Stolba (Capítulo 8)
Ahmet Taspinar (Capítulo 6) Francis M. Webster Jr. (Capítulo 1)

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b APênDICE B

Revisores
Além do Comitê de padrões e dos colaboradores, as seguintes pessoas e organizações forneceram comentários
sobre diversas versões preliminares do documento de 1996:

Edward L. Averill C. “Fred” Baker F. J. “Bud” Baker


Tom Belanger John A. Bing Brian Bock
Paul Bosakowski Dorothy J. Burton Kim Colenso
Samuel K. Collier Karen Condos-Alfonsi E. J. Coyle
Darlene Crane Russ Darnall Maureen Dougherty
John J. Downing Daniel D. Dudek Lawrence East
Quentin W. Fleming Rick Fletcher Greg Githens
Leo Giulianeti Martha D. Hammonds Abdulrazak Hajibrahim
G. Alan Hellawell Paul Hinkley Wayne L. Hinthorn
Mark E. Hodson Lew Ireland Elvin Isgrig
Murray Janzen Frank Jenes Walter Karpowski
William F. Kerrigan Harold Kerzner Robert L. Kimmons
Richard King J. D. “Kaay” Koch Lauri Koskela
Richard E. Little Lyle W. Lockwood Lawrence Mack
Christopher Madigan Michael L. McCauley Hugh McLaughlin
Frank McNeely Pierre Menard Rick Michaels
Raymond Miller Alan Minson Colin Morris
R. Bruce Morris David J. Mueller Gary Nelson
John P. Nolan Louise C. Novakowski James O’Brien
JoAnn C. Osmer Jon V. Palmquist Matthew Parry
John G. Phippen Hans E. Picard Serge Y. Piotte
PMI Houston Chapter PMI Manitoba Chapter PMI New Zealand Chapter
Charles J. Pospisil Janice Y. Preston Mark T. Price
Christopher Quaife Peter E. Quinn Steven F. Ritter
William S. Ruggles Ralph B. Sackman Alice Sapienza
Darryl M. Selleck Melvin Silverman Roy Smith
Craig T. Stone Hiroshi Tanaka Robert Templeton
Dick Thiel Saul Thomashow J. Tidhar
Janet Toepfer Vijay K. Verma Alex Walton
Jack Way R. Max Wideman Rebecca Winston
Hugh M. Woodward Robert Youker Shakir H. Zuberi
Dirk Zwart

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366
APênDICE B b

Equipe de produção
Os seguintes funcionários da PMI Communications merecem uma menção especial:

Jeannette M. Cabanis, Editora, Divisão de livros Misty N. Dillard, Assistente administrativa


Linda V. Gillman, Administradora de escritórios Bobby R. Hensley, Coordenador de publicações
Jonathan Hicks, Administrador de sistemas Sandy Jenkins, Editora associada
Dewey L. Messer, Editor-gerente Danell Moses, Coordenador de promoção de marketing
Mark S. Parker, Coordenador de produção Shirley B. Parker, Gerente de negócios/marketing
Melissa Pendergast, Coordenadora James S. Pennypacker, Editor/Editor-chefe
de serviços de informação
Michelle Triggs, Designer gráfica Lisa Woodring, Assistente administrativa

B.4 2000 Atualização


A Edição de 2000 substitui Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia
PMBOK®) do Project Management Institute (PMI®), publicado em 1996.

O escopo do projeto, que usa a publicação de 1996 como seu ponto de partida, foi:
• Adicionar novo conteúdo refletindo o crescimento do conhecimento e das práticas na área
de gerenciamento de projetos através da captura dessas práticas, ferramentas, técnicas e
outros itens relevantes que se tornaram geralmente aceitos. (Geralmente aceito significa
ser aplicável à maioria dos projetos na maior parte do tempo e que existe consenso geral
em relação ao seu valor e sua utilidade).
• Esclarecer melhor o texto e figuras para que o Guia PMBOK® (PMBOK® Guide) possa trazer mais
benefícios para os usuários.
• Corrigir erros existentes no documento anterior.
As principais mudanças na Edição de 2000 foram as seguintes:

1. Em todo o documento, esclarecemos que os projetos gerenciam os requisitos, que surgem de


necessidades, desejos e expectativas.

2. As ligações com a estratégia organizacional em todo o documento foram fortalecidas.

3. Mais ênfase foi dada à elaboração progressiva na Seção 1.2.3.

4. O papel do escritório de projetos na Seção 2.3.4. foi reconhecido.

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367
b APênDICE B

5. Foram adicionadas referências ao gerenciamento de projetos que envolvem economias em


desenvolvimento, além de impactos sociais, econômicos e ambientais, na Seção 2.5.4.

6. Foi adicionado um amplo tratamento do gerenciamento do valor agregado ao Capítulo 4


(Gerenciamento de integração do projeto), ao Capítulo 7 (Gerenciamento de custos do projeto)
e ao Capítulo 10 (Gerenciamento das comunicações do projeto).

7. O Capítulo 11 (Gerenciamento de riscos do projeto) foi reescrito. O capítulo agora contém seis
processos em vez dos quatro processos anteriores. Os seis processos são: Planejamento do
gerenciamento de riscos, Identificação de riscos, Análise qualitativa de riscos, Análise quantitativa
de riscos, Planejamento de respostas a riscos e Monitoramento e controle de riscos.

8. A verificação do escopo foi transferida de um processo de execução para um processo


de controle.

9. O nome do processo 4.3 de Controle geral de mudanças foi alterado para Controle integrado
de mudanças para enfatizar a importância do controle de mudanças em todo o projeto.

10. Foi adicionado um gráfico que mapeia os trinta e nove processos de gerenciamento de projetos
nos cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos e nas nove áreas de conhecimento
em gerenciamento de projetos na Figura 3-9.

11. A terminologia foi padronizada em todo o documento de “distribuidor” para “fornecedor”.

12. Várias ferramentas e técnicas foram adicionadas:

Capítulo 4 - Gerenciamento de integração do projeto Ações preventivas do gerenciamento de valor


agregado (GVA)
Capítulo 5 - Gerenciamento do escopo do projeto Atualizações na declaração do escopo
Plano do projeto
Linha de base ajustada
Capítulo 6 - Gerenciamento de tempo do projeto Durações com base quantitativa
Tempo de reserva (Contingência)
Estrutura de codificação
Análise da variação
Marcos
Atributos das atividades
Ferramentas computadorizadas
Capítulo 7 - Gerenciamento de custos do projeto Publicações sobre estimativas
Medição do valor agregado
Capítulo 8 - Gerenciamento da qualidade do projeto Custo da qualidade
Capítulo 10 - Gerenciamento das comunicações do projeto Relatórios do projeto
Apresentações do projeto
Encerramento do projeto

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368
APênDICE B b

grupo consultivo dos membros do programa de


padrões de gerenciamento de projetos do PMI
As seguintes pessoas integraram o Grupo consultivo dos membros de padrões do PMI (Standards Member
Advisory Group; MAG) durante o desenvolvimento da Edição de 2000 do padrão Um Guia do Conjunto de
Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®):

George Belev Cynthia A. Berg, PMP Sergio Coronado Arrechedera


Judith A. Doll, PMP J. Brian Hobbs, PMP David Hotchkiss, PMP

Equipe do projeto de atualização do Guia PMBOK®


As seguintes pessoas atuaram como membros da equipe do projeto deste Guia PMBOK® - Edição 2000 sob
a liderança de Cynthia A. Berg, PMP, como gerente do projeto:

Cynthia A. Berg, PMP Judith A. Doll, PMP Daniel Dudek, PMP


Quentin Fleming Greg Githens, PMP Earl Glenwright
David T. Hulett, PhD Gregory J. Skulmoski

Colaboradores
Além dos integrantes do Grupo consultivo dos membros de padrões do PMI e da equipe do projeto do
Guia PMBOK®, as seguintes pessoas forneceram textos originais ou conceitos importantes para uma ou mais
seções dos capítulos indicados. Além disso, o Grupo de interesse específico em gerenciamento de riscos do
PMI liderou o processo de escrever novamente o Capítulo 11, Gerenciamento de riscos do projeto.

Alfredo del Caño (Capítulo 11) Quentin Fleming (Capítulos 4 e 12)


Roger Graves (Capítulo 11) David Hillson (Capítulo 11)
David Hulett (Capítulo 11) Sam Lane (Capítulo 11)
Janice Preston (Capítulo 11) Stephen Reed (Capítulo 11)
David Shuster (Capítulo 8) Ed Smith (Capítulo 11)
Mike Wakshull (Capítulo 11) Robert Youker (vários capítulos)

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369
b APênDICE B

Revisores
Além do Grupo consultivo dos membros do programa de padrões do PMI (MAG), da equipe do projeto do
Guia PMBOK® e dos colaboradores, as seguintes pessoas forneceram comentários sobre a versão preliminar
da edição de 2000:

Muhamed Abdomerovic, PMP, D. Eng. Yassir Afaneh


Frank Allen, PMP Jon D. Allen, PMP
MaryGrace Allenchey, PMP Robert A. Andrejko, PMP
Ichizo Aoki Paul C. Aspinwall
Ronald Auffrédou, PMP Edward Averill, PMP
Frederick L. Ayer, PMP William W. Bahnmaier, PMP
A. C. “Fred” Baker, PMP Carole J. Bass, PMP
Berndt Bellman Sally Bernstein, PMP
Nigel Blampied, PE, PMP John Blatta
Patrick Brown, PMP Chris Cartwright, PMP
Bruce C. Chadbourne, PMP Michael T. Clark, PMP
Raymond C. Clark, PE Elizabeth Clarke
David Coates, PMP Kim Colenso, PMP
Edmund H. Conrow, PMP Kenneth G. Cooper
John Cornman, PMP Richard F. Cowan, PMP
Kevin Daly, PMP Mario Damiani, PMP
Thomas Diethelm, PMP David M. Drevinsky, PMP
Frank D. Einhorn, PMP Edward Fern, PMP
Christian Frankenberg, PMP Scott D. Freauf, PMP
Jean-Luc Frere, PMP Ichiro Fujita, PMP
Chikako Futamura, PMP Serge Garon, PEng, PMP
Brian L. Garrison, PMP Eric Glover
Peter Bryan Goldsbury Michael Goodman, PMP
Jean Gouix, PMP Alexander Grassi Sr., PMP
Franz X. Hake Peter Heffron
Chris Herbert, PMP Dr. David Hillson, PMP, FAPM
J. Brian Hobbs, PMP Marion Diane Holbrook
Robin Hornby Bill Hubbard
Charles L. Hunt Thomas P. Hurley, PMP
George Jackelen Angyan P. Jagathnarayanan
Elden F. Jones II, PMP, CMII Sada Joshi, PMP

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370
APênDICE B b

Lewis Kana, PMP Subramaniam Kandaswamy, PhD, PMP


Ronald L. Kempf, PMP Robert Dohn Kissinger, PhD, PMP
Kurt V. Kloecker Jan Kristrom
Blase Kwok, PMP Lawrence P. Leach
Philip A. Lindeman Gábor Lipi
Lyle W. Lockwood, PMP J. W. Lowthian, PMP
Arif Mahmood, PMP James Martin (em nome do INCOSE)
Stephen S. Mattingly Glen Maxfield
Peter McCarthy Rob McCormack, PMP
Krik D. McManus David Michaud
Mary F. Miekoski, PMP Oscar A. Mignone
Gordon R. Miller, PMP Roy E. Morgan, PMP
Jim Morris, PMP Bert Mosterd, PMP
William A. Moylan, PMP John D. Nelson, PMP
Wolfgang Obermeier Cathy Oest, PMP
Masato Ohori, PMP Kazuhiko Okubo, PE, PMP
Edward Oliver Jerry Partridge, PMP
Francisco Perez-Polo, PMP James M. Phillips, PMP
Crispin (Kik) Piney, PMP George Pitagorsky, PMP
David L. Prater, PMP Bradford S. Price, PMP
Samuel L. Raisch, PMP Naga Rajan
G. Ramachandran, PMP Bill Righter, PMP
Bernice L. Rocque, PMP Wolfgang Theodore Roesch
Fernando Romero Peñailillo Jon Rude
Linda Rust, PMP Fabian Sagristani, PMP
James N. Salapatas, PMP Seymour Samuels
Bradford N. Scales H. Peter Schiller
John R. Schuyler, PMP Maria Scott, PMP
Shoukat Sheikh, MBA, PMP Kazuo Shimizu, PMP
Larry Sieck (em nome do capítulo de Tóquio, Japão do PMI)
Melvin Silverman, PhD, PE Loren J. Simer Jr.
Keith Skilling, PE, PMP Greg Skulmoski
Kenneth F. Smith, PMP Barry Smythe, PMP
Paul J. Solomon Joe Soto Sr., PMP
Christopher Wessley Sours, PMP Charlene Spoede, PMP

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371
b APênDICE B

Joyce Statz, PMP Emmett Stine, PMP


Thangavel Subbu Jim Szpakowski
Ahmet N. Taspinar, PMP John A. Thoren Jr., PMP
Alan D. Uren, PMP Juan Luis Valero, PMP
S. Rao Vallabhaneni William Simon Vaughan Robinson
Ana Isabel Vazquez Urbina Ricardo Viana Vargas, PMP
Stephen E. Wall, PMP William W. Wassel, PMP
Tammo T. Wilkens, PE, PMP Robert Williford, PMP

Contribuições aos documentos anteriores


Partes da edição de 1996 e de outros documentos anteriores foram incluídas na edição de 2000. O PMI
deseja reconhecer os seguintes voluntários como colaboradores significativos da Edição 2000:

John R. Adams William R. Duncan Matthew H. Parry


Alan Stretton R. Max Wideman

Equipe de produção
Os seguintes funcionários do PMI merecem uma menção especial:
Steven L. Fahrenkrog, Gerente de padrões
Lisa Fisher, Editora assistente
Lewis M. Gedansky, Gerente de pesquisa
Linda V. Gillman, Coordenadora de divulgação/Direitos autorais do
Guia PMBOK® Coordenadora de autorizações
Eva T. Goldman, Associada de pesquisa e padrões técnicos
Paul Grace, Gerente de certificação
Sandy Jenkins, Editora-gerente
Toni D. Knott, Editor de livros
John McHugh, Editor temporário
Dewey L. Messer, Gerente de projeto e produção
Mark S. Parker, Coordenador de produção
Shirley B. Parker, Gerente de negócios/publicação de livros
Michelle Triggs Owen, Designer gráfica
Iesha D. Turner-Brown, Administradora de padrões

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372
APênDICE B b

B.5 Atualização da Terceira Edição


A Terceira edição substitui o Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia
PMBOK®) do Project Management Institute (PMI®), publicado em 2000.

Mudanças estruturais
Uma das mudanças mais relevantes feitas na Terceira edição do Guia PMBOK® é a estrutura. A Terceira edição é
estruturada de forma a enfatizar a importância dos grupos de processos conforme descrito na Tabela 1, que apresenta
uma comparação lado a lado das mudanças. O Capítulo 3 foi renomeado para “Processos de gerenciamento de
projetos de um projeto” e transferido da Seção I para uma nova Seção II, que agora é denominada “A norma de
gerenciamento de projetos de um projeto”. Como parte desta mudança, o Capítulo 3 foi extensamente revisado
para indicar claramente que os processos, entradas e saídas citadas no capítulo constituem a base do padrão de
gerenciamento de um único projeto.
Tabela B1 – Mudanças estruturais

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


Seção I - A estrutura de gerenciamento de projetos Seção I - A estrutura de gerenciamento de projetos
Capítulos 1, 2 e 3 Capítulos 1 e 2
Seção II - A norma de gerenciamento de projetos
de um projeto
Capítulo 3 - Processos de gerenciamento de projetos
de um projeto
Seção II - As áreas de conhecimento em Seção III - As áreas de conhecimento em gerenciamento
gerenciamento de projetos de projetos
Capítulos 4 a 12 Capítulos 4 a 12
Seção III - Apêndices Seção IV - Apêndices
Apêndice D - Observações Apêndice D - Extensões da área de aplicação
Apêndice E - Extensões da área de aplicação
Seção IV - Glossário e índice Seção V – Referências, glossário e índice

Mudanças nos nomes dos processos


Na terceira edição, sete processos foram adicionados, treze renomeados e dois excluídos, obtendo-se um
aumento líquido de cinco processos.

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373
b APênDICE B

Os nomes dos processos nos vários capítulos do Guia PMBOK® – Edição 2000 possuem formatos e estilos
diferentes. Os estilos de nomeação inconsistentes podem confundir os estudantes de gerenciamento de projetos
e também pessoas experientes. Por exemplo, os processos da área de conhecimento do escopo são Iniciação,
Planejamento do escopo, Definição do escopo, Verificação do escopo e Controle de mudanças do escopo. Alguns
desses são locuções verbais; outros são substantivos. O efeito desses estilos diferentes é que os leitores não
conseguem determinar de imediato se um termo é uma atividade (um processo) ou uma entrega (um produto do
trabalho ou objeto). A equipe do projeto propôs uma mudança em larga escala de todos os nomes dos processos
para o formato verbo-objeto no Guia PMBOK® – Terceira edição. No entanto, o PMI considerou que uma mudança
de todos os nomes poderia ser uma mudança extensa demais; portanto, o PMI autorizou apenas uma mudança
incremental no Guia Guia PMBOK® – Terceira edição para incluir somente os novos processos aprovados e um
pequeno número de outros processos por razões específicas explicadas mais adiante neste apêndice.

Eliminação das designações de processo essencial e facilitador


Os termos “processos facilitadores” e “processos essenciais” não são mais usados. Esses termos foram
eliminados para garantir que todos os processos de gerenciamento de projetos nos grupos de processos de
gerenciamento de projetos tenham o mesmo nível de importância. Os processos de gerenciamento de projetos
ainda estão agrupados dentro dos grupos de processos de gerenciamento de projetos, conforme indicado na
Figura 3-5 Grupo de processos de iniciação; Figura 3-6 Grupo de processos de planejamento; Figura 3-7 Grupo
de processos de execução; Figura 3-8 Grupo de processos de monitoramento e controle; e Figura 3-9 Grupo de
processos de encerramento. Os 44 processos de gerenciamento de projetos são mapeados para os grupos de
processos de gerenciamento de projetos e para as áreas de conhecimento, conforme mostrado na Tabela 3-45.

Estilos de redação
Um guia de estilo foi desenvolvido e usado pela equipe do projeto para criar e finalizar as entradas. Foi
dada atenção especial ao uso de voz ativa e à consistência de conteúdo em todo o documento para evitar a
ocorrência de estilos de redação diferentes.

Capítulo 1 – Mudanças na introdução


As mudanças no Capítulo 1 esclarecem e melhoram a organização dentro do capítulo. O Capítulo 1 esclarece
as diferenças entre um projeto e operações. As mudanças fornecem definições padrão para programa e
gerenciamento de programas, portfólio e gerenciamento de portfólios, e incluem uma discussão mais detalhada
sobre as variedades de escritórios de projetos (PMO). As revisões adicionais incluem as seguintes:

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374
APênDICE B b

• As habilidades de gerenciamento geral foram transferidas para o Capítulo 1 e


• Foi adicionada uma seção identificando as várias áreas de especialização necessárias para a equipe
do projeto.

Capítulo 2 – Mudanças no ciclo de vida e organização do projeto


As mudanças no Capítulo 2 esclarecem as distinções entre ciclos de vida do projeto e ciclos de vida do produto,
e explicam as fases do projeto. As partes interessadas são definidas em relação à equipe do projeto. O papel e
a responsabilidade de um PMO na organização são definidos e o conceito de um sistema de gerenciamento de
projetos é introduzido.

Capítulo 3 – Mudanças nos processos de gerenciamento de projetos de um projeto


O Capítulo 3 foi totalmente reescrito e ampliado para se concentrar nos grupos de processos de gerenciamento
de projetos dentro das áreas de conhecimento. Para enfatizar, o Capítulo 3 foi renomeado para “Processos de
gerenciamento de projetos de um projeto” e transferido para uma nova Seção II, “A norma de gerenciamento de
projetos de um projeto”. O Capítulo 3 foi extensamente revisado para servir como uma norma de gerenciamento
de um único projeto e indica claramente os cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos necessários
e seus processos constituintes. É dada mais ênfase ao grupo de processos de iniciação e ao grupo de processos
de encerramento do que nas edições anteriores. O grupo de processos de controle foi ampliado para incluir
monitoramento e foi renomeado para “Grupo de processos de monitoramento e controle”. Foi adicionado material
para esclarecer a distinção entre os grupos de processos de gerenciamento de projetos e as fases do projeto, que
têm sido vistos erradamente como o mesmo algumas vezes.

Capítulo 4 – Mudanças no gerenciamento de integração do projeto


O Capítulo 4 foi totalmente reescrito e amplia a discussão sobre a integração entre os processos e atividades
de gerenciamento de projetos. O capítulo descreve a integração do ponto de vista dos grupos de processos de
gerenciamento de projetos e fornece uma descrição clara da integração entre todos os grupos de processos de
gerenciamento de projetos e entre todos os processos de gerenciamento de projetos. Quatro novos processos
foram incluídos no capítulo e dois processos foram renomeados:
• O processo Desenvolver o termo de abertura do projeto autoriza formalmente um projeto;
• O processo Desenvolver a declaração do escopo preliminar do projeto fornece uma descrição de alto
nível do escopo;
• O processo Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto documenta as ações necessárias para definir,
preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares com o plano de gerenciamento do projeto;

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375
b APênDICE B

• O processo Orientar e gerenciar a execução do projeto executa o trabalho definido no plano de


gerenciamento do projeto para realizar os objetivos do projeto;
• O processo Monitorar e controlar o trabalho do projeto define os processos para monitorar e controlar
as atividades do projeto necessárias para iniciar, planejar, executar e encerrar um projeto e
• O processo Encerrar o projeto finaliza todas as atividades entre todos os grupos de processos para
encerrar formalmente o projeto.
A tabela a seguir resume as mudanças no Capítulo 4:

Tabela B2 – Mudanças no Capítulo 4

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto
4.2 Desenvolver a declaração do escopo
preliminar do projeto
4.1 Desenvolvimento do plano do projeto 4.3 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto
4.2 Execução do plano do projeto 4.4 Orientar e gerenciar a execução do projeto
4.5 Monitorar e controlar o trabalho do projeto
4.3 Controle integrado de mudanças 4.6 Controle integrado de mudanças
4.7 Encerrar o projeto

Capítulo 5 – Mudanças no gerenciamento do escopo do projeto


O Capítulo 5 foi modificado para esclarecer a função do plano de gerenciamento do escopo do projeto no
desenvolvimento da declaração do escopo do projeto. O capítulo amplia a discussão e esclarece a importância
de uma estrutura analítica do projeto (EAP), com a adição de uma nova seção sobre a criação da EAP. A seção
Iniciação foi reescrita e transferida para o Capítulo 4. A tabela a seguir resume as mudanças no Capítulo 5:

Tabela B3 – Mudanças no Capítulo 5

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


5.1 Iniciação Reescrita e transferida para o Capítulo 4
5.2 Planejamento do escopo 5.1 Planejamento do escopo
5.3 Definição do escopo 5.2 Definição do escopo
5.3 Criar EAP
5.4 Verificação do escopo 5.4 Verificação do escopo
5.5 Controle de mudanças do escopo 5.5 Controle do escopo

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376
APênDICE B b

Capítulo 6 – Mudanças no gerenciamento de tempo do projeto


As mudanças no Capítulo 6 incluem a transferência da seção Planejamento de recursos para este capítulo
com o novo nome de Estimativa de recursos da atividade. Várias figuras foram excluídas (por exemplo, PERT) e
outras figuras foram retrabalhadas para esclarecer o seu uso e significado (por exemplo, gráfico de barras ou de
Gantt, gráfico de marcos). Outra figura foi adicionada para mostrar a diferença entre um cronograma de marcos,
um cronograma sumarizado e um cronograma detalhado. A introdução do capítulo descreve a necessidade de
um plano de gerenciamento do cronograma, um componente auxiliar do plano de gerenciamento do projeto.
Subseções também foram adicionadas para fornecer informações sobre estimativas de custos, nivelamento de
recursos e relatório de progresso do projeto para refletir como esses processos influenciam o cronograma do
projeto. A tabela a seguir resume as mudanças no Capítulo 6:

Tabela B4 – Mudanças no Capítulo 6

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


6.1 Definição das atividades 6.1 Definição das atividades
6.2 Sequenciamento das atividades 6.2 Sequenciamento das atividades
6.3 Estimativa de recursos da atividade
6.3 Estimativa de duração das atividades 6.4 Estimativa de duração das atividades
6.4 Desenvolvimento do cronograma 6.5 Desenvolvimento do cronograma
6.5 Controle do cronograma 6.6 Controle do cronograma

Capítulo 7 – Mudanças no gerenciamento de custos do projeto


Os processos do Capítulo 7 foram ampliados para integrar o orçamento do projeto diretamente à EAP e para
cobrir o controle de custos. Existem também mudanças estruturais significativas nas entradas, ferramentas
e técnicas. A introdução do capítulo descreve a necessidade de um plano de gerenciamento de custos, um
componente auxiliar do plano de gerenciamento do projeto. O processo Planejamento de recursos foi transferido
para o Capítulo 6 e renomeado para Estimativa de recursos da atividade. Este capítulo contém a maior parte das
informações sobre gerenciamento de valor agregado. A tabela a seguir resume as mudanças no Capítulo 7:

Tabela B5 – Mudanças no Capítulo 7

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


7.1 Planejamento de recursos Transferido para o gerenciamento de tempo
do projeto (Capítulo 6)
7.2 Estimativa de custos 7.1 Estimativa de custos
7.3 Orçamentação 7.2 Orçamentação
7.4 Controle de custos 7.3 Controle de custos

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377
b APênDICE B

Capítulo 8 – Mudanças no gerenciamento da qualidade do projeto


O Capítulo 8 inclui a revisão de dois nomes de processos de gerenciamento de projetos para refletir melhor
as atividades desses processos. Foi dada ênfase à integração das atividades da qualidade ao processo global
de monitoramento e controle, conforme definido no Capítulo 4. A tabela a seguir resume as mudanças no
Capítulo 8:

Tabela B6 – Mudanças no Capítulo 8

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


8.1 Planejamento da qualidade 8.1 Planejamento da qualidade
8.2 Garantia da qualidade 8.2 Realizar a garantia da qualidade
8.3 Controle da qualidade 8.3 Realizar o controle da qualidade

Capítulo 9 – Mudanças no gerenciamento de recursos humanos do projeto


O Capítulo 9 identifica diversos aspectos do planejamento de recursos humanos, além do plano de gerenciamento
de pessoal. Gerenciar a equipe do projeto foi adicionado como um processo de monitoramento e controle. Também
foram adicionadas diversas explicações importantes, inclusive gráficos organizacionais e descrições de cargos.
As figuras deste capítulo agora refletem as técnicas atuais de gerenciamento de projetos, como equipes virtuais,
princípios básicos e registro de problemas e questões. A tabela a seguir resume as mudanças no Capítulo 9:

Tabela B7 – Mudanças no Capítulo 9

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


9.1 Planejamento organizacional 9.1 Planejamento de recursos humanos
9.2 Recrutamento e seleção 9.2 Contratar ou mobilizar a equipe do projeto
9.3 Desenvolvimento da equipe 9.3 Desenvolver a equipe do projeto
9.4 Gerenciar a equipe do projeto

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378
APênDICE B b

Capítulo 10 – Mudanças no gerenciamento das comunicações do projeto


O Capítulo 10 foi atualizado com a adição de um processo Gerenciar as partes interessadas. O processo Gerenciar
as partes interessadas gerencia as comunicações para satisfazer as necessidades das partes interessadas no
projeto e resolver os problemas com elas. A tabela a seguir resume as mudanças no Capítulo 10:

Tabela B8 – Mudanças no Capítulo 10

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


10.1 Planejamento das comunicações 10.1 Planejamento das comunicações
10.2 Distribuição das informações 10.2 Distribuição das informações
10.3 Relatórios de desempenho 10.3 Relatórios de desempenho
10.4 Encerramento administrativo 10.4 Gerenciar as partes interessadas

Capítulo 11 – Mudanças no gerenciamento de riscos do projeto


O Capítulo 11 foi atualizado para se concentrar mais nas oportunidades (versus ameaças). Agora inclui opções
baseadas na complexidade do projeto, melhora as atividades do planejamento do gerenciamento de riscos,
adiciona o registro de riscos e fornece uma maior integração com outros processos. A tabela a seguir resume
as mudanças no Capítulo 11:

Tabela B9 – Mudanças no Capítulo 11 (não foram feitas mudanças nos nomes)

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


11.1 Planejamento do gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento do gerenciamento de riscos
11.2 Identificação de riscos 11.2 Identificação de riscos
11.3 Análise qualitativa de riscos 11.3 Análise qualitativa de riscos
11.4 Análise quantitativa de riscos 11.4 Análise quantitativa de riscos
11.5 Planejamento de respostas a riscos 11.5 Planejamento de respostas a riscos
11.6 Monitoramento e controle de riscos 11.6 Monitoramento e controle de riscos

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379
b APênDICE B

Capítulo 12 – Mudanças no gerenciamento de aquisições do projeto


O Capítulo 12 foi atualizado para incluir um uso consistente dos termos “comprador” e “fornecedor”. O capítulo
agora esclarece a diferença entre a equipe do projeto como uma compradora de produtos e serviços e como a
fornecedora de produtos e serviços. O capítulo passou a incluir um processo sobre avaliação do desempenho
do fornecedor para a administração do contrato e retirou as palavras “adquirir”, “solicitar” e “solicitação” por
reconhecer a conotação negativa dessas palavras em diversas áreas do mundo. A tabela a seguir resume as
mudanças no Capítulo 12:

Tabela B10 – Mudanças no Capítulo 12

Seções da Edição 2000 Seções da Terceira edição


12.1 Planejamento de aquisições 12.1 Planejar compras e aquisições
12.2 Planejamento da solicitação 12.2 Planejar contratações
12.3 Solicitação 12.3 Solicitar respostas de fornecedores
12.4 Seleção das fontes 12.4 Selecionar fornecedores
12.5 Administração de contrato 12.5 Administração de contrato
12.6 Encerramento do contrato 12.6 Encerramento do contrato

glossário
O glossário foi ampliado e atualizado para:
• Incluir termos no Guia PMBOK® que precisam ser definidos para apoiar o entendimento do conteúdo
do documento;
• Esclarecer o significado e melhorar a qualidade e exatidão de quaisquer traduções e
• Eliminar termos não usados no Guia PMBOK® – Terceira edição.

©2008 Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) - Quarta Edição

380
C

APÊNDICE C
COLAbORADORES E REvISORES DO
GUIA PMBOK® – QUARTA EDIÇÃO
Os voluntários do PMI primeiro tentaram consolidar o Conjunto de conhecimentos em gerenciamento de
projetos no Special Report on Ethics, Standards, and Accreditation (Relatório especial sobre ética, padrões
e credenciamento), publicado em 1983. Desde então, outros voluntários se apresentaram para atualizar e
melhorar esse documento original e contribuir para este padrão de gerenciamento de projetos mundialmente
reconhecido, Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) do PMI. Este apêndice
lista, em ordem alfabética dentro dos grupos, as pessoas que contribuíram para o desenvolvimento e
produção do Guia PMBOK® – Quarta edição. Nenhuma lista simples, nem mesmo várias listas podem retratar
adequadamente todas as contribuições dos que se apresentaram voluntariamente para desenvolver o Guia
PMBOK® – Quarta edição. O Apêndice B descreve as contribuições específicas de muitas pessoas listadas a
seguir e deve ser consultado para obter mais informações sobre as contribuições individuais para o projeto.

O Project Management Institute agradece a todas essas pessoas por seu apoio e reconhece as suas
contribuições para a profissão de gerenciamento de projetos.

C.1 Equipe principal do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição


As seguintes pessoas atuaram como membros e foram colaboradores em textos ou conceitos e atuaram
como líderes dentro da equipe líder do projeto (Project Core Team, PCT):
Cynthia Stackpole, MBA, PMP, Gerente do projeto
Karen Rasmussen Noll, Gerente adjunta do projeto
Murray Grooms, BA, PMP (Comunicações)
Sandra Hyman (Coordenadora de Capítulos)
Joseph W. Kestel, PMP, MSIS (Líder Capítulos 3 e 5)
Tom Malicki (Líder voluntário, Líder de linha de frente e retaguarda)
Clifford W. Sprague, PMP (Coordenador voluntário)
Geree V. Streun, CSQE, PMP (Arquiteta chefe)
Kristin L. Vitello, Especialista de padrões do projeto

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C APênDICE C

C.2 Subequipes do projeto de atualização do Guia PMBOK® 2004


As seguintes pessoas atuaram como colaboradores em textos ou conceitos e como líderes das subequipes
do projeto (Project Sub-Teams, PST):
Quentin W. Fleming (Líder Capítulos 7 e 12)
Xue Gang (Gabriel), PMP, QSLA (Líder Capítulo 1)
Marie Gunnerson (Líder Capítulo 6)
Marylinda Jones, PMP, Six Sigma Greenbelt (Líder Capítulo 8)
George Jucan, PMP (Líder Capítulo 10)
Joseph W. Kestel, PMP, MSIS (Líder Capítulos 3 e 5)
Carl L. Pritchard, PMP, EVP (Líder Capítulo 11)
Geree V. Streun, CSQE, PMP (Líder Capítulo 4)
Vijay K. Verma, PMP, MBA (Líder Capítulo 9)
Mark Wilfer, PMP (Líder Capítulo 2)

C.3 Colaboradores relevantes


Além dos membros da equipe principal do projeto e dos líderes das subequipes, as seguintes pessoas
forneceram contribuições ou conceitos relevantes:
Michael C. Broadway, PMP
John A. Dullnig, PMP
Merleen Cowie Hilley
Dave Violette, MPM, PMP
Linda Westfall, CSQE, PE

C.4 Membros da equipe de operações do Guia PMBOK®—Quarta edição


Além dos indivíduos listados acima, os seguintes membros da equipe do projeto Guia PMBOK®—Quarta
edição forneceram auxílio em operações do projeto para o Guia PMBOK®—Quarta edição.

Membros da equipe de operações:


Janet P. Burns, PMP Betty Corbin, PMP
Judith A. Edwards, PhD, PMP Suhail Iqbal, PE, PMP
Tony Jacob, PMP Merna M. Johnson, PMP
Mark Krahn, PhD, PMP Rich Maltzman, PMP

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APênDICE C C

Colleen A. McGraw, PMP Saradhi Motamarri, MTech, PMP


Daniel Picard, PMP Carolina Gabriela Spindola, SSBB, PMP
Randy Tangco, PMP, CSM John Wilson, PhD, PMP
Audrey R. Wojcik

C.5 Colaboradores de conteúdo do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição


Além dos indivíduos listados acima, os seguintes membros da equipe do projeto do Guia PMBOK®—Quarta
edição foram colaboradores em textos ou conceitos ou forneceram sugestões nas versões preliminares do Guia
PMBOK®—Quarta edição.

Colaboradores de conteúdo:
Wayne F. Abba Mohit Agarwal
Upinder Aggarwal, PMP Neil F. Albert
Graeme A. Allan, BSc(Hons), PMP Muhammad Waqar Asghar, PMP
Nazir M. Bashir, PMP Al Bornmann, PMP, PE
Wayne R. Brantley, MS.Ed, PMP Jeannine Allison Bryan
Camper Bull, PMP Ka-Keung Chan, PMP, MBA
Noman Zafar Chaudry, PE, PMP David Christensen
Anthony R. Corridore, PMP Claudio D’Arcangelo, PMP
Phillip Dyer, PMP Nigel O. D’Souza, PMP, ITIL
Waleed M. ElToulkhy, PMP Patricia A. David-Gentsch
Bruce E. Falk, PMP AnnaMaria Felici PMP, CMC
Marcelo B. Ferreira Cheryl Fitzgarrald, PMP
Scott D. Freauf, PMP Vivek Goel, PMP
Kel Henderson David A. Hillson, PhD, PMP
David T. Hulett, PhD George Jackelen
David S. Jacob, MS, PE Dhanojkumar D. Jadhav
Puja Kasariya, PMP Tom Kendrick, PMP
Sasi Kumar, PMP Karthikeyan Kumaraguru, MS, PMP
Vijaya Kurada, MBA, PMP Mary-Elizabeth Larson, PMP, CBAP
Richard G. Larson, PMP, CBAP Arden Lockwood, MBA, PMP
Adrian Lovel-Hall Robin Maher
Lou Marks, PMP John L. Murphy, PE, PMP
Muhammad Nasir Kazuhiko Okubo, PMP, PE

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C APênDICE C

Crispin (Kik) Piney, BSc, PMP Morris A. Pondfield, MBA, MS


Roberto Henrique Nogueira Pons, PMP Steven R. Potter, PMP
Janice Preston, PMP V. Raja, PMP
Satheesh Santhangopalan, PMP Anna Self
John Singley, PhD, PMP Amin Tabatabayi, BEng, MBA
Jaimini Thakore Ricardo Triana, PMP
Paul E. Waits, Jr, PMP, CPM Dale K. Williams, PMP, CSM
Mark A. Wright, PMP K. Kimi Hirotsu Ziemski, PMP

C.6 Revisores de conteúdo do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição


Além dos indivíduos listados acima, os seguintes membros da equipe do projeto Guia PMBOK®—Quarta
edição revisaram as versões preliminares do Guia PMBOK®—Quarta edição.

Revisores de conteúdo:
Yasser Thiab Ali Afaneh Eva D. Aimable
Syed Asghar, PMP Rozinah Bachik, PMP, MSc (PM)
Mamoun A. Besaiso, CE Shantanu Bhamare, PMP
Craig Nicholas Blackford Roberto Alejandro Cadena
Charles Cain, PMP Franco Caron, PhD
Alejandro M. Polanco Carrasco William A Cather, PhD, PMP
Tomio Chiba, PMP Manuel Cisneros, PMP, MBA
William T. Craddock Alexandre Coelho, PMP
Peter Ewart-Brookes, PMP Ann Marie Ficarra, PMP
Joseph Sanju George Jonathan Glaser, PhD, PMP
Paul A. Green, BSc (Hons) Torben Grut, PMP
George H. Hopman, PhD , PE Ganesh Jambunathan, PMP
Raj Kumar Jhajharia, PMP Edwin J. Kapinus, PMP, PE
Ramakrishna Kavirayani, PMP Konstantinos Kirytopoulos, PhD, PMP
Milan Kumar, MCM, ITIL Juanita Jane Lightfoot
Chuanqing James Lu, PMP Catryana C. Malcolm, PMP
Brian J. Mangravite Rebecca P. Masucci
Nael Mattar Sumith Alvet Miranda, PMP
Alberto Moreno, PMP Mridul Paul, PMP, MBA
Carlo Muzzarelli Jeffrey S. Nielsen, PMP
Charis Ogbonna Tara Pangakis, PMP

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APênDICE C C

Almir dos Santos Pereira, PMP Carl W. Pro, PMP


Dave Randell, PMP Nani Sadowski-Alvarez, PMP
Curt Schlonies, PMP Salvatore J. Sciascia, PMP
Eng. S.M. Saliha Sheriff, MBA, PMP Manas Singh
Bernd Spiehl Jolene R. Staruch, PMP
Chinta V.N. Subrahmanyam, PMP Shoji Tajima
Masanori Takahashi, PMP, MA Nilesh Adrian Pieris Tavarayan, AMBCS, MACS (Prov)
Gangesh Thakur, CPIM, CSCP Lulu V. Tobin, PMP
Ali Vahedi Diz, MSc, PMP Pepijn Visser
John A. Weber, PMP Tan EE Yuen Yvonne

C.7 Membros da equipe do projeto do Guia PMBOK®—Quarta edição


Além daqueles listados anteriormente, os seguintes indivíduos participaram da equipe do projeto do Guia
PMBOK®—Quarta edição.

Membros da equipe:
Shigeru Akiba, PMP Ir Hj Ahmad Khairiri Abdul Ghani, Int PE, ASEAN Eng
Mohammad M. Ali Marcia de Almeida
Fayez Mosaed Al-Talhi, PMP Ketal Amin, BB, PMP
Abel Andrew Anderson, CBM, PMP Andrew Lam Tug Wye, PMP, CITPM (Sócio)
Jagathnarayanan P. Angyan, FIE, CE Usman Asif, PMP
Mahadhir Aziz, PMP Ricardo do Rêgo Barros, PMP
Alok Bhaskar, MBA, PMP Artur Bialy, PMP
Edward Bogak, MBA Lyn Bos, MHA, MBA
Jean-Luc Boulanger, PMP Joan Browne
Kenny E. Burrow, PhD, PMP Bernardo O. Bustamante, PE, PMP
Roberto Castro Ashish Chawla, MS
Zhen Cheng David Kwok Keung Chenung
Hsing-Tung Chou, PhD Richard J. Coffelt, PMP
Darren D. Criglar, MLA, MA Jacqueline M. Cruit, PMP
Venkatesh Dakshinamurthy Madhavi Desai, MS, PMP
Rahul P. Deshpande David Dominguez
Nick Doralp, PMP, ECM Nicolas Douliez
Teresa Duvall, PMP, CDR G. Ebynayagam
Giovanni Fanduiz, MSc, PMP Sabeeh U. Faruqui, BE Elect, PMP
Luis Cláudio Tavares Fernandes, PMP Gloria Elena Folle Estrada

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C APênDICE C

Dean J. Fragos Anand Swaroop Garg


Jay D. Gassaway Mitchlyn Gentry, MISM
Subir Ghosh, PMP Sulema de Oliveira Barcelos Gobato, PMP, MSc
Priyesh Gopalakrishnan Joy Gumz, PMP, CPA
Matthew W. Handi, PMP Mohamed Hassan, PMP, CSWP
Gary Higgs Lecia L. Hogan, MPM
Nilesh D. Jaltare, PMP Marco Antonio Jimenez, PMP, MBA
Nancy A. Joseph, PMP Marijana Jurgec
Sanjay Kapoor Kenichi Kawamata, PMP
Genny Kelly Hamed Keyvanfar
Takahiko Kuki, PMP, PEJ S Lakshminarasimhan, MBA(Fin), PMP
Jerry D. Lainhart, PMP Tim K.Y. Lam, PMP, MBA
David K. Larson Charlene Lattier, PMP
Michelle Z. Lim-Watson Michael Linegar, PMP, MBA
John D. Lissaman, BEng, PMP Vasantha R. Manda, MS, PMP
Carmelene Mangahis Joachim Manz, PhD, PMP
Robert A. Marshall, PhD, PMP Cristinel Damian Martalogu
Jamie Mata Laura McDonough, PMP
David McKenna, MSc, PMP Purvi Sheth Mishra
Gregg Mohrmann Bhagchand S. Motwani
Gerald Mulenburg, DBA, PMP Pradeep Murti
Prakash Nagaraju, PMP John T. Napier
Mohammed Taher Netarwala, BE Mech, PMP Dmitry Ostroushko, PhD
Priya Padmanabhan, PMP Kent D. Paris, PMP
Peter B. Paulauskas, PMP Sitarama Chakravarthy Peruvel, PMP
Bruce T. Petro, PMP Rama P. Pokala, PMP
Regina Rahmilov Aditya Rajguru, PMP
Shrish Rangaramanujam, PMP Banshidhar Rayaguru, PMP, M Tech
Krupakara Reddy, PMP, PRINCE2 Practitioner Caroline Robison, PMP
Ana I. Rodríguez García, PMP Jaideep Roy
Laurie M. Rudnitsky, PMP Lee Ryan
Gladstone Leslie Samuel Paul Sanghera, PhD, PMP
Ramanathan Sathianaraynan, PMP, CSQA Kathakali Seth
Dhilan N. Shah, CPA, PMP Manar Shami, PhD, PMP
Shervin Shariatpanahi Mojtabanejad Pawan Sharma

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APênDICE C C

Rachna Sharma John Sheers, PMP


Jinmei Shen, PMP Toshihiro Shoji, PMP
Evandro L.P. Silva Michael D. Simants
Nicklaus B. Sims, PMP Siddharth Singh
Kathy J. Slater, PMP Juliette A. Soczka
Nguyen Hoanh Son Mauro Sotille, PMP
Rob Spurgeon Delores Stimpson, PMP
Varadarajan Sriram Raghavan Sundararajan, PMP
Rashid M. Syed, MBA, PMP Paraminder Talwar, PMP
Pham Minh Thang Claire-Jodane Thermidor
Rocky Thurston, PMP Surendra Tipparaju, ME
Victoria Todas-Lozada, PMP Nagla Toma, MA
Shi-Ja Tseng William Stephen Turner
Malay Verma, PMP, PGCBM Cornelis (Kees) Vonk
John White Vicki Wrona, PMP
Kazuo Yamamoto, PMP Masakazu Yonezaki
Xuyan Zhang Rob Zilay, MBA, PMP

C.8 Revisores e colaboradores da versão preliminar final


Além dos membros da equipe, as seguintes pessoas forneceram recomendações para melhorar a versão
preliminar do Guia PMBOK®—Quarta edição:
Ahmed Taha Abd El Hameed Klaus Abert
Biju B. Abraham, PMP Ed Adelman, PMP
Phill C. Akinwale, PMP James E. Aksel, MS, PMP
Hussain Ali Al-Ansari, Eur Ing, Ceng Mohammed Abdulla Al-Kuwari, Eur Ing, PMP
Wasel A. Al-Muhammad, MBA, PMP Noor Hamad Alnisif, PMP
Alonso Loaiza A., PMP Barnabas Seth Amarteifio, PMP
Alok N. Anadkat, PMP, BS P. Lingesh Ananth, PMP
Chet R. Anderson, PMP Niels Erik Andersen, MSc CS
Ondiappan Arivazhagan “Ari”, PMP, CSSBB Syed S. Asghar, MSA, PMP
Naing Moe Aung, PMP Shigeo Awamura
Mike Awuah, PMP, MBA Tanin I. Ayabakan, MD, PMP
Jacklyn Ayoung-Chee, MBA, PMP Karthegesan B, MBA, PMP
Ernest Baker, PMP Ramanan Balakrishna, PMP

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C APênDICE C

Sunil Bansal, PMP Patricia J. Bartl, PMP


Herminia Bastos, PMP, CMC Mohammed Safi Batley, MIM
Fred Beckmann, PMP Debra C. Bedford
Eric Berry, PMP Stephen Berté, PhD, PMP
Dale L. Beyer, MBA, PMP Shantanu Bhamare, PMP
Kurmarao V. Bhavanasi, PMP Rhonda R. Blevins, PMP
Dennis L. Bolles, PMP, LLC Stephen F. Bonk, PMP, PE
Adolfo Borja, PMP, MBA Lynda Bourne, DPM, PMP
Didier Brackx, PMP, EMS Prof Robin G. Bradshaw, PMP
Carlos Eduardo M. F. Braga, PMP Wayne R. Brantley, MS Ed, PMP
Ralf Braune, PhD, PMP Alex S. Brown, PMP IPMA-C
Ian A. Brown, MBA, PMP Jerry L. Brown, PMP
Pat Buckna, PMP Mitchell S. Burke, MS, MBA
John Buxton, PE, PMP Andrea Caccamese, PMP, PRINCE2 Practitioner
Teresa W. Calhoon, PMP Sergio A. Calvo, PMP
Luis Eduardo Torres Calzada, PMP, MPM Chris Cartwright, MPM, PMP
Brian L. Cassita Roberto Celkevicius, PMP, ITIL
Bruce C. Chadbourne, PMP, PgMP K. K. Chakraborty, PMP, BE
Krishna Datta Nallani Chakravartula, MBA, PMP Paul E. Chaney, PMP
Supriyo Chatterji, MCA, PMP Tony Tze Wai Chau, PMP, MAPM
Ramesh Chepur, CSQA, PMP David K. Cheung, MSc, MBA
Chiba, Tomio, PMP Ananaba Marcellinus Chikwendu, MBA, PMP
Lung-Hung Roger Chou, PMP, MCT Darrell S. Cleavenger, PMP
Brenda Connor, PMP Edmund H. Conrow, PhD, PMP
John E. Cormier, PMP Mauricio E. Cornejo, PMP
Larry E. Criger, PE, PMP Mary Colleen Cullinan, PMP
Michael J. Cunningham, PMP Craig Curran-Morton, MA, PMP
Robert L. Cutler, PMP Barbara Y. DaCosta, MPA, PMP
Claudio Da Rold, PMP Anirban Das, PMP
Venkateswarlu B. Dasigi, PMP, PhD Allan Edward Dean, MBA, PMP
Jim Delrie, PE, PMP Anita Dhir, PMP
Laurie Diethelm, CAPM George R. Dorer, PMP MBA
Bernadine Douglas John A. Dullnig, PMP
Francine J. Duncan, MIEEE, PMP Azra Duric, PMP
Susan Holly Edelman, PMP Paul J. Egan

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APênDICE C C

Tarek El-Misalami, PMP, PhD Ramon Espinoza, PMP


Brian M. Evans, PMP Peter Ewart-Brookes, PMP
Bruce E. Falk, PMP John L. Fallon, PMP
Kathleen M. Federici, MEd, CAPM AnnaMaria Felici, PMP, CMC
Michael H. Fisher, MSPM, PMP Matthew J. Fiske, PE, PMP
Edgardo J. Fitzpatrick, PMP Martin Flank, MBA, PMP
Joel E. Fleiss, PMP Quentin W. Fleming
Charles T. Follin, PMP Scott D. Freauf, PMP
Mark R. Friedman, CISA, PMP Scott J. Friedman, PMP
Andrew H. Furber, PMP, PRINCE2 W. Anders Fusia, PMP
Ravindra Gajendragadkar, PMP Sharyn H. Gallagher, Ed.D., PMP
George F. Garas, MBA Jose Eduardo Motta Garcia, MBA, PMP
Stanisław Gasik David P. Gent, CEng, PMP
Carl M. Gilbert, PMP, OPM3A/C Peter James Gilliland, PMP
Theofanis Giotis, MSc, PMP Fernando Hurtado Giraldo
Joelle A. Godfrey, PMP Marshall Goldman, PMP
Roger K. Goodman, PMP Jean Gouix, Eng, PMP
Derek R. Grant, BSc, PMP Thomas J. Gray, PMP, PE
Roy Greenia Stephen Grey, PhD
Mireya Grieco, PMP Liz Grinzo, PMP
Jeff Jianfei Gu, PMP, MBA Pier Luigi Guida, Ing, PMPt
Joy Gumz, PMP, CPA Marie Gunnerson
Swati Gupta, PMP Raj Guttha
Anne N. Gwankobe, PMP, CSSGB Mustafa Hafizoglu, PMP
Edward Hall, PMP, CQM John Haneiko, PMP
Sharad S. Harale, PMP, MIM Kurt J. Harris, PMP
Donna M. Harrison, PMP Akkiraju V. Harshavardhan, PMP
Sheriff Hashem, PhD, PMP Lawrence Hattenburg, PMP
Larry J. Hawkins, DSc, PMP Ernesto Yo Hayashi, MEng
Jim Hayden, PMP Gary R. Heerkens, PMP, PE
Mohamed S. Hefny, MSc, PMP Krzysztof Hejduk, PhD, PMP
Robert Hierholtz Hideyuki Hikida, PMP
Bob Hillier, PMP Mark Holdrege
Felicia Hong, PMP, MBA Tim Hornett, PMP
Gheorghe Hriscu, PMP, OCP Chih-Yang Hsia, PMP, MBA

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C APênDICE C

Jeff M Hughes, BA (Hons), PMP David T. Hulett, PhD


Theresa L. Hunt, CSQE, CSTE Marta Hurst, CLSSBB
Jean-Pierre Husereau, PMP, OPM3-CC Huma Hydari, MBA, PMP
Zulfiqar Hussain, PE, PMP Midori Ito
George Jackelen Ashok Jain, PAHM, PMP
T.D. Jainendrakumar, PMP Tony Johnson, PMP, PgMP
Elden F. Jones II, PMP, MSPM Marylinda Jones, PMP, Six Sigma Greenbelt
Michele J. Jones, PMP Lenin Babu Kamma, PMP
Nils Kandelin, PhD, PMP Carl Karshagen, PMP
Kenneth P. Katz, PMP Ramakrishna Kavirayani, PMP
Lance Kelson, CISSP, PMP Roger Kent, PMP
Rameshchandra B. Ketharaju Thomas C. Keuten, PMP, OPM3-CC
Tausif Khawaja Jim Kinard, PMP
Joan Knutson, PMP Kimberly A. Kook, PMP, ITIL Foundations
Roman S. Kosarzycki, PMP Chetana S. Koulagi, PMP, CSQA
Edie E. Kubomoto, PMP, CQM Takahiko Kuki, PMP, JPE
Thomas M. Kurihara Lisa M. LaCourse, PMP
Philippe Landucci, PMP David J. Lanners, MBA, PMP
Richard Larson, PMP, CBAP Marta M. Laszcz, PMP
Jim Lee Sr., PMP Patty Leung
Donald Likens Diana Lilla, MA, PMP
Robin Lindenmeier, PMP Kristin Linoski, PMP
Mary K. Lofsness Anand Lokhande, PMP
Alberto Lopez, PMP Enrique López-Mingueza, PMP
Margaret L. Love, PMP Angela Cheng-Jui Lu, PhD, PMP
Yves M. Lucas, PMP Christina Luik
Raymond Maczka Shankar Mahadevan, PMP, CWA
Konstantinos Maliakas, PMP Rich Maltzman, PMP
Rick Mandarino, PMP, MBA Srinivas Mandgi, PMP, SAP HR
Ammar W. Mango, PgMP, PMP Joachim Manz, PhD, PMP
Mark Marlin, PMP, PE John A. Marzullo, PMP
Mohit Raj Mathur, PMP Rahma Mbarki Eng, MSc, MBA
Yan Bello Méndez, PMP Louis J. Mercken, PMI Fellow, PMP
Su Mei-Shih, PMP Kenneth Merten
Predrag Fred Mikanovic, MBA, PMP Berne C. Miller, PMP, CPL

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390
APênDICE C C

Walter Warren Miller III, PhD, PMP Mark A. Monteleone, PMP, CBAP
Gary Monti, PMP Carlos Morais, PMP
John Morck Paola Morgese, PE, PMP
Kaoru Mori, PMP Rogan Morrison, PMP
Stephen E. Mueller, PMP, EVP Hazim Muhssin, PMP
Rita Mulcahy, PMP Philips Tharakan Mulackal, PMP, CCE
Takamichi Nagano Kalyanraman Narayanswamy, PMP
Faig Nasibov, PMP John T. Nelson, BSc
Edgard Pedreira de Cerqueira Neto, PhD, PMP Michael Newell, PMP
Thuthuy C. Nguyen, PMP Praveen K. Nidumolu, PMP
Jeffrey S. Nielsen, PMP James S. Niziurski, PMP
Michael C. Nollet, MBA, PMP Peter Ntiforo, PMP, BSc (Hons)
Jeff Nuding, PMP Michael O’Brochta, MPM, PMP
Edward A. O’Connor, PMP Kazuhiko Okubo, PE, PMP
James Ostad, PMP Beth Ouellette, MBA, PMP
Nariman Panahian, PhD, PMP Mohan Pandey, MPharm, PGDM(IIMA)
Leah Paras, PMP Balaji Parasuraman
Hyung Ki Park, PMP William J. Parkes, PMP
Frank R. Parth, MBA, PMP Jerry L. Partridge, PMP
George Pasieka, aCPP, PMP Marcello Patrese, PMP, MPM
Seenivasan Pavanasam, B Tech, PMP Nancy Perosio, PMP
Robert E. Perrine, PMP Crispin (“Kik”) Piney, BSc, PMP
George Pitagorsky, PMP Charles M. Poplos, EdD, PMP
Steven S. Popovich Nathan Pryce, EMTM, PMP
Javier Pumar, PMP Jan F.M. Raes, PhD, PMP
S. Ramani, PgMP, PMP Ananthakrishnan Ramaswami, PMP
Claudia Elisa Ramírez, PMP Gurdev S. Randhawa, PMP
Rafael Fernando Ronces Rosas, PMP Kenneth H. Rose, PMP
Prakash Roshan, PMP Neal L. Rowland, PMP
Osamu Sakamoto, PMP Brian Salk, MA Ed, PMP
Otavio Ritter Santos, PMP Rick B. Santos, MBA, PMP
Vikas Sarin, ME(SS),MCA Kyoichi Sato, PMP
Curt Schlonies, PMP Eugene Schreiner
John Schuyler, PE, PMP Benjamin R. Sellers, PMP, CPCM
Mark B. Shadowens, PMP Paul E. Shaltry, PMP

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391
C APênDICE C

Archana Sharma, MS, PMP Nitin Shende


Kazuo Shimizu, PMP Toshihiro Shoji, PMP
Hilary Shreter, MBA, PMP João Carlos A. Silva Neto, Msc, PMP
Michael Simmering, PE, OPM3-CC Marzena Zych- Skrzypkowska
Martin J. Smit, PMP Carolyn E. Smith, PMP
Bruce F. Snow Jorge Garcia Solano, PMP
John P. Soltesz, PE, PMP Brijesh Sonawane, PMP
Patricia Spadea, PMP Clifford W. Sprague, PMP
Pranay Srivastava, PMP, CISA Joyce Statz, PhD, PMP
Doug Stephon Samuel N. Stevens III, PhD
Kenneth D Strang, PhD, PMP Michael E. (Mike) Strom, PMP
Juergen Sturany, PMP Brian T. Sullivan, PMP
Yasuji Suzuki, PMP Michal Szymaczek, PMP
Shoji Tajima, PMP John Terdik, PMP, DCB
William M. Thom, PMP Darin Thomas, PMP
William J. Thompson, PE, PMP Linus G. Tibayan, FLMI, PMP
Mark Tolbert Carolyn A. Toomer, PMP
Terry D. Tosh, PMP Lee Towe, PMP, MBA
Biagio Tramontana, Ing, PMP R. Trant, BA, C Mar Eng
Daniel J. Troxell, MBA, PMP Vidyasagar Uddagiri, PMP
Nnanna Charles Ukaegbu, PE, PMP Krishnakant T. Upadhyaya, PMP
Eric Uyttewaal, MS Business, PMP Jorge Valdés Garciatorres, PMP, ITIL
Dennis K. Van Gemert, MS, PMP Paula Ximena Varas, PMP
Ricardo Viana Vargas, MSc, PMP Jouko Vaskimo, PMP
Thierry Verlynde, PMP Aloysio Vianna Jr.
Mike Wakshull, PMP, MSc Ronald P. C. Waller, PMI Fellow, PMP
Thomas M. Walsh, PMP Steve J. Walter, PhD, CSEP, PMP
Xiaojin Wang, PhD, PMP Lou Ware, PMP
William W. Wassel, PE, PMP Ian J. Watson, PMP
Michael D. Watson, PMP Patrick Weaver, PMP, FAICD
Kevin R. Wegryn, PMP, CPM Mark Wilfer, PMP
Donald Wilkinson, PMP Terry Williams, PhD, PMP
Rebecca A. Winston, JD Michael Witzorky, PMP
Rick Woods, SSBB, PMP Vicki Wrona, PMP
Shahrzad Yazdani, PMP, LSS GB Clement C.L. Yeung, PMP

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392
APênDICE C C

Azam M. Zaqzouq, MCT, PMP Omran M. Zbeida


Paul W. Zilmer, PMP William A. Zimmer, PMP
Heinz Zimmermann, MSc, PMP

C.9 grupo consultivo dos membros de padrões do PMI (em inglês MAg)
As seguintes pessoas foram membros do Grupo consultivo dos membros do programa de padrões do PMI
(MAG) durante o desenvolvimento de Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®)—
Quarta edição:
Julia M. Bednar, PMP
Chris Cartwright, MPM, PMP
Douglas Clark
Terry Cooke-Davies, PhD, FCMI
Carol Holliday, MA, PMP
Deborah O’Bray, CIM (Hons)
Asbjørn Rolstadås, PhD, Ing
David W. Ross, PMP, PgMP
Paul E. Shaltry, PMP
David Violette, MPM, PMP
John Zlockie, MBA, PMP

C.10 Funcionários colaboradores


Os seguintes funcionários do PMI merecem uma menção especial:
Christie Biehl, EdD, PMP, Ex gerente de projetos
Shari M. Daniel, PMP, Project Manager—Comitês de verificação de traduções
Steven L. Fahrenkrog, PMP, Desenvolvimento regional VP
Amanda Freitick, Administradora do programa de padrões
Donn Greenberg, Gerente, Publicações
Ruth Anne Guerrero, MBA, PMP, Ex gerente de padrões
Natasha Pollard, Coordenadora do comitê de verificação de traduções
Roberta Storer, Editora de produtos
Barbara Walsh, CAPM, Planejadora de publicações/Gerente de projetos—Traduções
Nan Wolfslayer, AStd, Especialista de conformidade de padrões
Nancy Wilkinson, MBA, PMP, OPM3® Especialista de projetos

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393
C APênDICE C

C.11 Membros do comitê de verificação de traduções


Wagner Maxsen, PMP, Prince2 Practitioner, ITIL Foundations, Gerente do projeto
André Bittencourt do Valle, MSc
Elizeu Boto, PMP, PMI-RMP
José Ângelo Valle, PMP
Paulo Affonso Ferreira, PMP
Paulo F. W. Keglevich de Buzin, MsC, CSM, PMP
Paulo Roberto de Camargo Filho, PMP
Roberto Pons, PMP
Walther Krause, PMP

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394
D

APÊNDICE D
EXTENSÕES DA ÁREA DE APLICAÇÃO
D.1 necessidade de extensões da área de aplicação
As extensões da área de aplicação são necessárias quando existem conhecimento e práticas geralmente
aceitos para uma categoria de projetos em uma área de aplicação que não são geralmente aceitos em todos
os tipos de projetos na maioria das áreas de aplicação. As extensões da área de aplicação refletem:
• Aspectos exclusivos ou pouco comuns do ambiente do projeto, dos quais a equipe de gerenciamento
de projetos precisa estar ciente para gerenciar o projeto de forma eficiente e eficaz e
• O conhecimento e as práticas comuns que, se seguidos, irão aumentar a eficiência e eficácia do projeto
(por exemplo, estruturas analíticas de projeto padronizadas).
O conhecimento e as práticas específicos da área de aplicação podem surgir como resultado de muitos
fatores, que incluem, entre outros, diferenças entre normas culturais, terminologia técnica, impacto na sociedade
ou ciclos de vida do projeto. Por exemplo:
• Na construção, onde quase todo o trabalho é realizado sob contrato, existem conhecimento e práticas
comuns relacionados a aquisições que não se aplicam a todas as categorias de projetos;
• Na biociência, existem conhecimento e práticas comuns determinados pelo ambiente regulador que
não se aplicam a todas as categorias de projetos;
• Nas contratações governamentais, existem conhecimento e práticas comuns determinados pelos
regulamentos governamentais para aquisições que não se aplicam a todas as categorias de projetos e
• Na consultoria, existem práticas e conhecimento comuns criados por aqueles que possuem
responsabilidades de marketing e vendas do gerente de projetos que não se aplicam a todas as
categorias de projetos.

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395
D APênDICE D

As extensões da área de aplicação são:


• Adições ao conteúdo básico dos Capítulos 1 a 12 do Guia PMBOK®—não substituições dele;
• Organizadas de uma maneira semelhante à do Guia PMBOK®—ou seja, pela identificação e descrição
dos processos de gerenciamento de projetos exclusivos daquela área de aplicação e
• Adições exclusivas ao conteúdo básico. Esse conteúdo pode:
○ Identificar processos novos ou modificados;
○ Subdividir processos existentes;
○ Descrever sequências ou interações diferentes de processos;
○ Aumentar elementos ou modificar as definições comuns de processos e
○ Definir entradas, ferramentas e técnicas especiais e/ou saídas dos processos existentes.
As extensões da área de aplicação não significam:
• Documentos de “como fazer” ou “diretrizes práticas”—esses documentos podem ser emitidos como
padrões do PMI, mas não têm o mesmo propósito das extensões ou
• Um nível menor de detalhes do que o abordado no Guia PMBOK®—esses detalhes podem ser
abordados em guias ou manuais que podem ser emitidos como padrões do PMI, mas não têm o
mesmo propósito das extensões.

D.2 Critérios para desenvolvimento de extensões da área de aplicação


As extensões serão desenvolvidas de acordo com os seguintes critérios:
• Existe um conjunto de conhecimentos significativo que é orientado a projetos e exclusivo ou quase
exclusivo daquela área de aplicação.
• Existe um componente identificável do PMI (por exemplo, um grupo de interesse específico, colegiado
ou capítulo do PMI) ou uma organização externa identificável com disposição e capacidade para
alocar os recursos necessários para subscrever e dar suporte ao programa de padrões do PMI
através do desenvolvimento e manutenção de um padrão específico do PMI ou a extensão pode ser
desenvolvida pelo próprio PMI e
• A extensão proposta é capaz de passar pelo mesmo nível de rigor do processo de estabelecimento de
padrões de gerenciamento de projetos do PMI, da mesma forma que qualquer outro padrão do PMI.

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396
APênDICE D D

D.3 Publicação e formato das extensões da área de aplicação


As extensões da área de aplicação são desenvolvidas e/ou publicadas pelo PMI ou são desenvolvidas e/ou
publicadas por um componente do PMI ou por uma organização externa mediante um acordo formal com o PMI.
• As extensões possuem o mesmo estilo e conteúdo do Guia PMBOK®. Elas usam os mesmos números
de parágrafo e subparágrafo para o conteúdo que foi estendido.
• As seções e parágrafos do Guia PMBOK® que não são estendidas não se repetem nas extensões.
• As extensões contêm uma análise lógica/justificativa da necessidade de uma extensão e de seu conteúdo.
• As extensões são delimitadas em termos do que não devem fazer.

D.4 Processo de desenvolvimento e manutenção


das extensões da área de aplicação
Depois de aprovadas de acordo com o processo de estabelecimento de padrões do PMI, as extensões da
área de aplicação se tornam padrões do PMI. Elas serão desenvolvidas e mantidas de acordo com o processo
descrito a seguir.
• Uma extensão deve ser patrocinada pelo PMI, por um componente cujo termo de abertura foi
formalmente desenvolvido (por exemplo, um grupo de interesse específico, colegiado ou capítulo)
ou por outra organização externa ao PMI, que foi aprovada pelo grupo consultivo dos membros do
programa de padrões do PMI e pelo gerente de padrões do PMI. O co-patrocínio do PMI é o acordo
preferencial. Todas as aprovações devem ser realizadas mediante acordo formal por escrito entre
o PMI e a entidade patrocinadora; esse acordo incluirá, entre outros itens, o acordo das partes em
relação a direitos de propriedade intelectual e a direitos de publicações da extensão.
• Um projeto para desenvolver, publicar e/ou manter uma extensão precisa ser aprovado pelo programa
de padrões do PMI. A permissão para iniciar, desenvolver e manter uma extensão pode ser recebida
do PMI e será objeto de um acordo entre as organizações. Se não houver nenhuma outra organização
patrocinadora, o programa de padrões do PMI pode optar por prosseguir sozinho.
• O grupo patrocinador irá notificar e solicitar conselho e suporte do grupo consultivo dos membros
do programa de padrões do PMI (MAG) e do gerente de padrões do PMI durante todo o processo
de desenvolvimento e manutenção. Eles verificarão a adequação da organização patrocinadora
em relação à extensão proposta e irão revisar essa extensão durante o seu desenvolvimento para
identificar quaisquer conflitos ou sobreposições de outros projetos semelhantes que podem estar
em andamento.

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397
D APênDICE D

• O grupo patrocinador irá preparar uma proposta para desenvolver a extensão. A proposta incluirá uma
justificativa do projeto com uma matriz de processos específicos da área de aplicação e as seções
afetadas deste documento (ou seja, o Guia PMBOK®). Também conterá o envolvimento de um número
suficiente de revisores e redatores qualificados de versões preliminares; a identificação da necessidade
de financiamento, inclusive custos de reprodução, postagem, telefônicos, editoração eletrônica, etc.;
o compromisso com os procedimentos do PMI para manutenção e desenvolvimento da extensão dos
padrões do PMI; e um plano e um cronograma para manutenção e desenvolvimento da extensão.
• Após a aceitação da proposta, a equipe do projeto irá preparar um termo de abertura do projeto para
ser aprovado pelo grupo patrocinador e pela equipe do programa de padrões do PMI. O termo de
abertura incluirá as fontes de financiamento e qualquer proposta de financiamento a ser fornecida
pelo PMI. Incluirá um requisito de revisão periódica da extensão através de relatórios para a equipe do
programa de padrões do PMI e especificará quando, e sob que condições, a extensão será removida
da situação de ativa como um padrão do PMI.
• A proposta será submetida ao gerente de padrões do PMI de acordo com o processo de estabelecimento
de padrões do PMI. O gerente de padrões do PMI determinará se é possível considerar que a proposta
resultará em um documento que atenda aos requisitos de um padrão do PMI e se foram identificados
recursos e fontes de suporte adequados. Para ajudar nessa determinação, o gerente de padrões
do PMI (MAG) irá pedir revisão e comentários do grupo consultivo dos membros do programa de
padrões do PMI e, se adequado, um painel de especialistas não envolvidos com a extensão.
• O gerente de padrões do PMI, com o suporte do grupo consultivo dos membros de padrões do PMI
(MAG), irá monitorar e dar suporte ao desenvolvimento do projeto aprovado.
• A organização patrocinadora desenvolverá a extensão de acordo com o termo de abertura aprovado
do projeto, inclusive através de coordenação com a equipe do programa de padrões do PMI para
suporte, revisão e comentários.
• Quando a extensão for concluída de maneira satisfatória para a organização patrocinadora, será
submetida ao gerente de padrões do PMI, que irá gerenciar os processos de aprovação final e
publicação de acordo com o processo de estabelecimento de padrões do PMI. Essa apresentação
final incluirá uma lista feita pela organização patrocinadora dos esforços e processos de manutenção
da extensão do PMI e o seu comprometimento com eles.
• Após a aprovação da extensão como um padrão do PMI, a organização patrocinadora implementará
o processo de manutenção da extensão de acordo com o plano aprovado.

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398
E

APÊNDICE E
FONTES DE INFORMAÇÕES ADICIONAIS
SOBRE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
O gerenciamento de projetos é uma área dinâmica e em crescimento; são publicados regularmente livros e
artigos sobre o assunto. As entidades listadas a seguir fornecem diversos produtos e serviços que podem ser
úteis para as pessoas interessadas em gerenciamento de projetos.

E.1 Organizações profissionais e técnicas


Este documento foi desenvolvido e publicado pelo Project Management Institute (PMI). É possível entrar em
contato com o PMI em:
Project Management Institute
14 Campus Boulevard
Newtown Square, PA 19073-3299 USA
Telefone: +1-610-356-4600
Fax: +1-610-356-4647
Email: pmihq@pmi.org
Internet: http://www.pmi.org
O PMI possui atualmente acordos de cooperação com as seguintes organizações:

Asociación Española de Dirección Integrada de Proyecto (AEDIP)


Telefone: +34 91 514 95 35 EM: aedip@edip.org

China International Contractors Assoc. (CHINCA)


EM: wailian@chinca.org

College of Engineering, Graduate School of the Chinese Academy of Sciences (GUCAS)


Telefone: +86-10-8825-6550 Fax: +86-10-8825-6278
EM: junh@gucas.ac.cn

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399
E APênDICE E

Construction & Economy Research Institute of Korea (CERIK)


Telefone: +822-3441-0801 Fax: +822-544-6234
www.cerik.re.kr EM: bnlee@cerik.re.kr

Engineering Advancement Association of Japan (ENAA)


Telefone: +81-4-5682-8071 Fax: +81-4-5682-8710
www.enaa.or.jp EM: hirojpmf@wta.att.ne.jp

Hong Kong Productivity Council


Telefone: +852-2788-6062 Fax: +852-2788-5900
EM: esung@hkpc.org

Institute of Beijing Zhongke Project Management (BPMI)


Telefone: +86-10-67809231 EM: xcj@project.net.cn

Institute of International Engineering Project Management of Tsinghua University (IIEPM)


EM: yuans@tsinghua.edu.cn

International Project Management Association


EM: info@ipma.ch

Italian Project Management Institute (ISIPM)


EM: bartoloni@isipm.org

Korea Project Management Association (KPMA)


Telefone: +82-2-523-1646 Fax: +82-2-523-1680
EM: hkpark@pma.or.kr

Project Management Research Institute of Peking University (PMRI)


EM: xy123@pku.edu.cn

Project Management South Africa (PMSA)


Phone/Fax: 011-2711-706-6813 EM: info@pmisa.org.za

Tongji University
Telefone: +86-13818323218 Fax: +86-21-65983283
EM: qianshi@mail.tongji.edu.cn

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400
APênDICE E E

Além destas, existem várias outras organizações em áreas relacionadas, que podem ser capazes de fornecer
informações adicionais sobre gerenciamento de projetos. Por exemplo:
Academy of Management
American Management Association International
American Society for Quality
Construction Industry Institute
Construction Management Association of America (CMAA)
Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE)
Institute of Industrial Engineers (IIE)
International Council on Systems Engineering (INCOSE)
National Association for Purchasing Management
National Contract Management Association
Society for Human Resource Management
American Society of Civil Engineers
As informações de contato atuais para estas e outras organizações profissionais e técnicas em todo o
mundo normalmente podem ser encontradas na Internet.

E.2 Editoras comerciais


O PMI é o principal editor de livros sobre gerenciamento de projetos. Muitas editoras comerciais produzem
livros sobre gerenciamento de projetos e áreas relacionadas. As editoras comerciais que produzem regularmente
esses materiais incluem:
Addison-Wesley
AMACOM
Gower Press
John Wiley & Sons
Marcel Dekker
McGraw-Hill
Prentice-Hall
Probus
Van Nostrand Reinhold
A maioria dos livros sobre gerenciamento de projetos desses editores está disponível através do PMI. Muitos
dos livros disponíveis a partir dessas fontes contêm bibliografias extensas ou listas com sugestões de leitura.

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401
E APênDICE E

E.3 vendedores de serviços e produtos


As empresas que fornecem software, treinamento, consultoria e outros produtos e serviços para a profissão
de gerenciamento de projetos frequentemente fornecem monografias ou reimpressões.

O programa Provedor de educação registrado (Registered Education Provider, R.E.P.) do PMI facilita
o desenvolvimento profissional contínuo dos membros do PMI, dos certificadores de profissionais de
gerenciamento de projetos (PMP®) e de outras partes interessadas no gerenciamento de projetos através
da ligação das partes interessadas e dos coordenadores de treinamento com produtos e provedores de
educação qualificados. Uma lista dos R.E.P.s e de suas ofertas de educação associadas é encontrada em
http://www.pmi.org/education/rep.

E.4 Instituições educacionais


Muitas universidades e faculdades oferecem programas de formação continuada em gerenciamento de
projetos e em outras disciplinas relacionadas. Muitas destas instituições também oferecem programas de
graduação ou pós graduação.

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402
f

APÊNDICE F
RESUMO DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO
EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
F.1 gerenciamento da integração do projeto
O gerenciamento da integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias para identificar,
definir, combinar, unificar e coordenar os diversos processos e atividades de gerenciamento de projetos
dentro dos grupos de processos de gerenciamento de projetos. No contexto do gerenciamento de projetos,
a integração inclui características de unificação, consolidação, articulação e ações integradoras que são
essenciais para o término do projeto, para gerenciar as expectativas das partes interessadas com sucesso e
atender os requisitos.

Os processos de gerenciamento da integração do projeto incluem:


• Desenvolver o termo de abertura do projeto—O processo de desenvolvimento de um documento
que formalmente autoriza um projeto ou uma fase e a documentação dos requisitos iniciais que
satisfaçam as necessidades e expectativas das partes interessadas.
• Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto—O processo de documentação das ações
necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares.
• Orientar e gerenciar a execução do projeto—O processo de realização do trabalho definido no
plano de gerenciamento do projeto para atingir os objetivos do projeto.
• Monitorar e controlar o trabalho do projeto—O processo de acompanhamento, revisão e regulação
do progresso para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento
do projeto.
• Realizar o controle integrado de mudanças—O processo de revisão de todas as solicitações de
mudança, aprovação de mudanças e gerenciamento das mesmas em entregas, ativos de processos
organizacionais, documentos e plano de gerenciamento do projeto.
• Encerrar o projeto ou a fase—O processo de finalização de todas as atividades de todos os grupos
de processos de gerenciamento para terminar formalmente o projeto ou a fase.

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403
f APênDICE F

F.2 gerenciamento do escopo do projeto


O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para garantir que o projeto inclua
todo o trabalho necessário, e somente ele, para terminar o projeto com sucesso. Esse gerenciamento está
relacionado principalmente com a definição e controle do que está e do que não está incluso no projeto. Os
processos de gerenciamento do escopo do projeto incluem:
• Coletar os requisitos—Processo de definir e documentar as necessidades e expectativas das
partes interessadas para atender aos objetivos do projeto.
• Definir o escopo—O processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do produto.
• Criar a EAP—O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes
menores e mais facilmente gerenciáveis.
• verificar o escopo—O processo de formalização da aceitação das entregas terminadas do projeto.
• Controlar o escopo—O processo de monitoramento do progresso do escopo do projeto e escopo
do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.

F.3 gerenciamento do tempo do projeto


O gerenciamento do tempo do projeto inclui os processos necessários para realizar o término do projeto no
prazo. Os processos de gerenciamento do tempo do projeto incluem:
• Definir as atividades—O processo de identificação das ações específicas a serem realizadas para
produzir as entregas do projeto.
• Sequenciar as atividades—O processo de identificação e documentação dos relacionamentos
entre as atividades do projeto.
• Estimar os recursos das atividades—O processo de estimativa dos tipos e quantidades de material,
pessoas, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.
• Estimar as durações das atividades—O processo de estimativa do número de períodos de trabalho
que serão necessários para terminar atividades específicas com os recursos estimados.
• Desenvolver o cronograma—O processo de análise de sequências das atividades, suas durações,
recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o cronograma do projeto.
• Controlar o cronograma—O processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização
do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma.

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404
APênDICE F f

F.4 gerenciamento dos custos do projeto


O gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em estimativa, orçamentação e
controle dos custos, de modo que seja possível terminar o projeto dentro do orçamento aprovado. Os processos
de gerenciamento dos custos do projeto incluem o seguinte:
• Estimar os custos—O processo de desenvolvimento de uma estimativa dos recursos monetários
necessários para terminar as atividades do projeto.
• Determinar o orçamento—O processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais
ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada.
• Controlar os custos—O processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do
seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base dos custos.

F.5 gerenciamento da qualidade do projeto


O gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos e as atividades da organização executora
que determinam as responsabilidades, os objetivos e as políticas de qualidade, de modo que o projeto atenda
às necessidades que motivaram sua realização. Ele implementa o sistema de gerenciamento da qualidade
através de política e procedimentos, com atividades de melhoria contínua dos processos conduzidas do início
ao fim, conforme adequado. Os processos de gerenciamento da qualidade do projeto incluem:
• Planejar a qualidade—O processo de identificação dos requisitos e/ou padrões de qualidade do
projeto e do produto, além da documentação de como o projeto atingirá a conformidade.
• Realizar a garantia da qualidade—O processo de auditoria dos requisitos de qualidade e dos
resultados das medições do controle da qualidade para garantir que sejam usados os padrões de
qualidade e as definições operacionais apropriadas.
• Realizar o controle da qualidade—O processo de monitoramento e registro dos resultados da execução
das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias.

F.6 gerenciamento dos recursos humanos do projeto


O gerenciamento dos recursos humanos do projeto inclui os processos que organizam, gerenciam e lideram
a equipe do projeto. A equipe do projeto é composta de pessoas com funções e responsabilidades atribuídas
para o término do projeto. Os processos de gerenciamento dos recursos humanos do projeto incluem:

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405
f APênDICE F

• Desenvolver o plano de recursos humanos—O processo de identificação e documentação de


funções, responsabilidades, habilidades necessárias e relações hierárquicas do projeto, além da
criação de um plano de gerenciamento do pessoal.
• Mobilizar a equipe do projeto—O processo de confirmação da disponibilidade dos recursos
humanos e obtenção da equipe necessária para concluir as designações do projeto.
• Desenvolver a equipe do projeto—O processo de melhoria de competências, interação da equipe
e ambiente global da equipe para aprimorar o desempenho do projeto.
• gerenciar a equipe do projeto—O processo de acompanhar o desempenho de membros da equipe,
fornecer feedback, resolver questões e gerenciar mudanças para otimizar o desempenho do projeto.

F.7 gerenciamento das comunicações do projeto


O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para garantir a geração,
coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e destinação final das informações sobre o projeto de forma
oportuna e adequada. Os processos de gerenciamento das comunicações do projeto incluem:
• Identificar as partes interessadas—O processo de identificação de todas as pessoas ou
organizações que podem ser afetadas pelo projeto e de documentação das informações relevantes
relacionadas aos seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto.
• Planejar as comunicações—O processo de determinação das necessidades de informação das
partes interessadas no projeto e definição de uma abordagem de comunicação.
• Distribuir as informações—O processo de colocar as informações necessárias à disposição das
partes interessadas no projeto, conforme planejado.
• gerenciar as expectativas das partes interessadas—O processo de comunicação e interação
com as partes interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à medida
que ocorrerem.
• Reportar o desempenho—O processo de coleta e distribuição de informações sobre o desempenho,
incluindo relatórios de andamento, medições do progresso e previsões.

F.8 gerenciamento dos riscos do projeto


O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos que tratam da realização de identificação,
análise, respostas, monitoramento e controle, e planejamento do gerenciamento dos riscos em um projeto.
Os objetivos do gerenciamento dos riscos do projeto são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos
positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos adversos nos objetivos do projeto. Os processos
de gerenciamento dos riscos do projeto incluem:

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406
APênDICE F f

• Planejar o gerenciamento dos riscos—O processo de definição de como conduzir as atividades


de gerenciamento dos riscos de um projeto.
• Identificar os riscos—O processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de
documentação de suas características.
• Realizar a análise qualitativa dos riscos—O processo de priorização de riscos para análise ou
ação adicional através da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto.
• Realizar a análise quantitativa dos riscos—O processo de analisar numericamente o efeito dos
riscos identificados nos objetivos gerais do projeto.
• Planejar as respostas aos riscos—O processo de desenvolvimento de opções e ações para
aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.
• Monitorar e controlar os riscos—O processo de implementação de planos de respostas aos riscos,
acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação de
novos riscos e avaliação do processo de risco durante todo o projeto.

F.9 gerenciamento das aquisições do projeto


O gerenciamento das aquisições do projeto inclui os processos para comprar ou adquirir produtos, serviços
ou resultados necessários, de fora da equipe do projeto, para realizar o trabalho. O gerenciamento das aquisições
do projeto inclui os processos de gerenciamento de contratos e de controle de mudanças necessários para
desenvolver e administrar os contratos ou pedidos de compra emitidos por membros autorizados da equipe
do projeto.

Os processos de gerenciamento das aquisições do projeto incluem:


• Planejar as aquisições—O processo de documentação das decisões de compras do projeto,
especificando a abordagem e identificando fornecedores em potencial.
• Conduzir as aquisições—O processo de obtenção de respostas de fornecedores, seleção de um
fornecedor e adjudicação de um contrato.
• Administrar as aquisições—O processo de gerenciamento das relações de aquisição, monitorando
o desempenho do contrato e realização de mudanças e correções conforme necessário.
• Encerrar as aquisições—O processo de finalizar todas as aquisições do projeto.

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407
G

APÊNDICE G
REDE DE RELACIONAMENTO
Os gerentes de projeto realizam trabalho através da equipe do projeto e de outras partes interessadas. Os
gerentes de projetos eficazes adquirem um balanço de habilidades técnicas, interpessoais e conceituais que os
ajudam a analisar situações e interagir de forma apropriada. Este apêndice descreve importantes habilidades
interpessoais, tais como:
• Liderança
• Desenvolvimento da equipe
• Motivação
• Comunicação
• Influência
• Processo decisório
• Conhecimento político e cultural
• Negociação
Embora existam habilidades interpessoais que os gerentes de projeto usam, o uso apropriado dessas
habilidades auxilia o gerente de projetos no gerenciamento efetivo do projeto.

g.1 liderança
Liderança envolve a concentração dos esforços de um grupo de pessoas em direção a um objetivo comum
habilitando-as a trabalhar como uma equipe. Em termos gerais, liderança é a capacidade de executar através
de outros. Respeito e confiança, ao invés de medo e submissão, são os elementos chave para uma liderança
eficaz. Embora seja importante em todas as fases do projeto, liderança eficaz é crítica durante as fases iniciais
de um projeto quando a ênfase está em comunicar a visão e em motivar e inspirar os participantes do projeto
a alcançar um alto desempenho.

Durante todo o projeto, os líderes da equipe do projeto são responsáveis pelo estabelecimento e manutenção
da visão, da estratégia e das comunicações, gerando confiança e desenvolvimento da equipe, influenciando,
mentoreando e monitorando e avaliando o desempenho da equipe e do projeto.

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409
G APênDICE g

g.2 Desenvolvimento da equipe


O desenvolvimento da equipe é o processo de auxiliar um grupo de indivíduos, unidos por um propósito
comum, a trabalhar de modo interdependente entre si, com o líder, com as partes interessadas externas e
com a organização. O resultado de uma boa liderança e de um bom desenvolvimento de equipe é o trabalho
de equipe.

As atividades do desenvolvimento da equipe consistem em tarefas (estabelecer objetivos, definir e


negociar papéis e procedimentos) processos (comportamento interpessoal com ênfase na comunicação, no
gerenciamento de conflitos, na motivação e liderança). O desenvolvimento de um ambiente de equipe envolve o
tratamento e a discussão dos problemas da equipe do projetos como questões da equipe sem culpar indivíduos.
O desenvolvimento da equipe poder ser aprimorado através da obtenção do apoio da alta administração, do
encorajamento do compromisso por parte dos membros da equipe, da criação de recompensas, reconhecimentos
e éticas apropriados, da criação de uma identidade de equipe, do gerenciamento de conflitos com eficácia, da
promoção de confiança e comunicação aberta entre os membros da equipe, e do exercício de liderança.

Embora o desenvolvimento da equipe seja essencial no início de um projeto, é um processo contínuo.


Mudanças num ambiente de projeto são inevitáveis. Um esforço constante de desenvolvimento da equipe
é necessário para gerenciar essas mudanças de modo eficaz. Os resultados do desenvolvimento da equipe
incluem confiança mútua, trocas de informação de alta qualidade, processos decisórios melhores e um controle
de projeto eficaz.

g.3 Motivação
Equipes de projetos consistem de membros de equipe com diversas culturas, expectativas e objetivos
individuais. O sucesso geral do projeto depende do comprometimento da equipe do projeto, que é diretamente
relacionado com o seu nível de motivação.

A motivação em um ambiente de projeto envolve a criação de ambiente para atender aos objetivos do
projeto enquanto se oferece uma máxima satisfação relacionada ao que as pessoas mais prezam. Esses
valores podem incluir a satisfação no emprego, um trabalho com desafios, um sentimento de realização,
conquista e crescimento, compensação financeira suficiente e outros prêmios e reconhecimentos que o
indivíduo considere necessários e importantes.

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410
APênDICE g G

g.4 Comunicação
A comunicação foi identificada como a maior razão do sucesso ou fracasso de um projeto. Uma comunicação
eficaz é essencial dentro da equipe do projeto e entre o gerente de projetos, os membros da equipe e todas
as partes externas. Abertura na comunicação é um portal para o trabalho em equipe e alto desempenho. Ela
aprimora as relações entre os membros da equipe e traz confiança mútua.

Para se comunicar de modo eficaz, o gerente de projetos deve estar ciente a respeito do estilo de
comunicação das outras partes, das questões culturais, relacionamentos, personalidades e contexto geral
da situação. O conhecimento desses fatores leva ao entendimento mútuo e portanto à comunicação eficaz.
Os gerentes de projetos devem identificar os vários canais de comunicação, entender qual informação
precisa ser fornecida, qual informação precisa ser recebida e quais habilidades interpessoais os ajudarão
a se comunicar de modo eficaz com as várias partes interessadas do projeto. A realização de atividades de
desenvolvimento da equipe para determinar os estilos de comunicação dos membros da equipe (por exemplo
imperativo, colaborativo, lógico, explorador, etc.), permite que os gerentes planejem as suas comunicações
com a sensibilidade apropriada aos relacionamentos e às diferenças culturais.

Escutar é uma parte importante da comunicação. Técnicas de escuta ativa e efetiva fornecem ao usuário
uma visão melhor das áreas problemáticas, das estratégias de negociação e gerenciamento de conflitos, do
processo decisório e da resolução de problemas.

g.5 Influência
A influência é uma estratégia de dividir o poder e confiar nas habilidades interpessoais para fazer com
que outros cooperem para o alcance de objetivos comuns. O uso das seguintes diretrizes pode influenciar
membros da equipe:
• Lidere pelo exemplo e cumpra os compromissos
• Esclareça como uma decisão será tomada
• Use um estilo interpessoal flexível, ajuste o estilo à audiência
• Use o seu poder com habilidade e cuidado. Pense em colaboração a longo prazo.

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411
G APênDICE g

g.6 Processo decisório


Existem quatro estilos básicos de decisão normalmente usados por gerentes de projetos: comando, consulta,
consenso e aleatório. Existem quatro fatores principais que afetam o estilo da decisão: restrição de tempo,
confiança, qualidade e aceitação. Os gerentes de projetos podem tomar decisões individualmente ou podem
envolver a equipe do projeto no processo decisório.

Os gerentes de projetos e equipes de projetos ás vezes usam um modelo decisório ou processo como o
modelo de seis fases mostrados abaixo.

1. Definição do problema—Explorar, esclarecer e definir o problema completamente.

2. geração de solução de problema—Prolongar o processo de geração de novas ideias através do


brainstorm de soluções múltiplas e do desencorajamento de decisões prematuras.

3. Ideias para ação—Definir o critério de avaliação, avaliar os pontos a favor e contra das alternativas,
selecionar a melhor solução.

4. Planejamento da ação de solução—Envolver participantes chave para ganhar a aceitação e o


compromisso de fazer com que a solução seja efetiva.

5. Planejamento da avaliação da solução—Análise pós execução, avaliação e lições aprendidas.

6. Avaliação do resultado e do processo—Avaliar se o problema foi bem resolvido ou se os objetivos do


projeto foram atendidos (extensão da fase anterior).

g.7 Conhecimento político e cultural


Políticas organizacionais são inevitáveis em ambientes de projetos devido à diversidade em normas, culturas
e expectativas das pessoas envolvidas num projeto. O uso habilidoso de política e poder ajuda o gerente de
projetos a ter êxito. Contrariamente, ignorar ou evitar políticas de projetos e o uso inapropriado do poder pode
trazer dificuldades no gerenciamento de projetos.

Os gerentes de projetos atuais operam num ambiente mundial e muitos projetos existem num ambiente
de diversidade cultural. Através do entendimento e do aproveitamento das diferenças culturais, a equipe
de gerenciamento do projeto tem maior possibilidade de criar um ambiente de confiança mútua e uma
atmosfera vitoriosa. As diferenças culturais podem ser tanto individuais como corporativas por natureza
e podem envolver partes interessadas internas e externas. Um modo eficaz de gerenciar essa diversidade
cultural é através do conhecimento dos vários membros da equipe e do uso de uma boa comunicação como
parte do plano geral do projeto.

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412
APênDICE g G

Cultura no nível comportamental inclui os comportamentos e expectativas que ocorrem independentemente


da geografia, herança étnica ou línguas comuns ou diferentes. A cultura pode ter um impacto na velocidade do
trabalho, no processo decisório e no impulso de agir sem o planejamento adequado. Isso pode gerar conflito e
stress em algumas organizações, afetando assim o desempenho dos gerentes de projetos e equipes de projetos.

g.8 negociação
A negociação é uma estratégia de deliberação com as partes sobre os interesses em comum ou divergentes
visando o compromisso de se chegar a um acordo. A negociação é uma parte integral do gerenciamento de
projetos e, se bem feita, aumenta a probabilidade de um projeto com êxito.

As seguintes habilidades e comportamentos são úteis para uma negociação de sucesso:


• Analise a situação
• Diferencie entre desejos e necessidades, tantos deles como seus
• Foque em interesses e questões ao invés de posições
• Solicite muito e ofereça menos, mas seja realista
• Quando fizer uma concessão, haja como quem concede algo de valor, não simplesmente ceda.
• Sempre se assegure de que ambas as partes sintam que venceram. Essa é uma negociação vitoriosa.
Nunca permita que a outra parte se retire sentindo que vantagem foi tirada dele ou dela.
• Trabalhe bem escutando e articulando.

g.9 Referências
Covey, S. R. “Seven Habits of Highly Effective People” [Sete hábitos de pessoas altamente eficazes], A Fireside
Book, Simon and Schuster, Nova York, NY.
Dinsmore, P.C. “Human Factors in Project Management (Revised Edition)” [Fatores humanos em gerenciamento
de projetos (Edição revisada)], American Management Association: Nova York, NY.
Levin, G. and Flannes. S. “Essential People Skills for Project Managers” [Habilidades pessoais essenciais para
gerentes de projetos], Management Concepts Inc., Vienna, VA.
Verma, V. K. “Organizing Projects for Success” [Organizando projetos para o sucesso], PMI, Newtown Square, PA.
Verma, V. K. “Human Resource Skills for the Project Manager” [Habilidades de recursos humanos para o
gerente de projetos], PMI, Newtown Square, PA.
Verma, V. K. “Managing the Project Team” [Gerenciando a equipe do projeto], PMI, Newtown Square, PA.

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413
GLOSSÁRIO
1. Inclusões e exclusões
Este glossário inclui termos que:
• São exclusivos ou praticamente exclusivos da área de gerenciamento de projetos (por exemplo,
declaração do escopo do projeto, pacote de trabalho, estrutura analítica do projeto, método do
caminho crítico).
• Não são exclusivos da área de gerenciamento de projetos, mas são usados de forma diferente ou
com um significado mais específico em gerenciamento de projetos do que em seu uso rotineiro (por
exemplo, data de início mais cedo, atividade do cronograma).
De forma geral, este glossário não inclui:
• Termos específicos de alguma área de aplicação (por exemplo, prospecto de projeto como um
documento legal—exclusivo do setor imobiliário).
• Termos cujo uso em gerenciamento de projetos não difere muito do seu uso rotineiro (por exemplo,
dia do calendário, atraso).
• Termos compostos cujo significado é deduzido claramente pela combinação de seus componentes.
• Variantes, quando seu significado é deduzido claramente a partir do termo básico (por exemplo,
relatório de exceções está incluído, mas apresentação de relatórios de exceções não está).
Em função das inclusões e exclusões acima, este glossário contém:
• Uma predominância de termos relacionados ao gerenciamento do escopo do projeto, gerenciamento
do tempo do projeto e gerenciamento dos riscos do projeto, uma vez que muitos dos termos usados
nessas áreas de conhecimento são exclusivos ou praticamente exclusivos do gerenciamento de
projetos.
• Muitos termos do gerenciamento da qualidade do projeto, uma vez que esses termos são usados de
forma mais específica que em seu uso rotineiro.
• Relativamente poucos termos relacionados ao gerenciamento dos recursos humanos do projeto e
gerenciamento das comunicações do projeto, uma vez que a maioria dos termos usados nessas
áreas de conhecimento não difere muito do uso rotineiro.
• Relativamente poucos termos relacionados ao gerenciamento dos custos do projeto, gerenciamento
da integração do projeto e gerenciamento das aquisições do projeto, uma vez que muitos dos termos
usados nessas áreas de conhecimento têm significados especiais que são exclusivos de uma área
de aplicação específica.

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415
glOSSÁRIO

2. ACRÔnIMOS COMUnS
CCM Comitê de controle de mudanças / Change Control Board (CCB)
CDQ Custo da qualidade / Cost of Quality (COQ)
CMR Custo mais remuneração / Cost-Plus-Fee (CPF)
CMRF Custo mais remuneração fixa / Cost-Plus-Fixed-Fee (CPFF)
CMRI Custo mais remuneração de incentivo / Cost-Plus-Incentive-Fee (CPIF)
CONV Convite para licitação / Invitation for Bid (IFB)
COTA Custo orçado do trabalho agendado / Budgeted Cost of Work Scheduled (BCWS)
COTR Custo orçado do trabalho realizado / Budgeted Cost of Work Performed (BCWP)
CMRC Custo mais remuneração concedida / Cost Plus Award Fee (CPAF)
CQ Controle da qualidade / Quality Control (QC)
CR Custo real / Actual Cost (AC)
CRTR Custo real do trabalho realizado / Actual Cost of Work Performed (ACWP)
DT Declaração do trabalho / Statement of Work (SOW)
EAP Estrutura analítica do projeto / Work Breakdown Structure (WBS)
EAO Estrutura analítica organizacional / Organizational Breakdown Structure (OBS)
EAR Estrutura analítica dos riscos / Risk Breakdown Structure (RBS)
ENT Estimativa no término / Estimate at Completion (EAC)
EPT Estimativa para terminar / Estimate to Complete (ETC)
EV Engenharia de valor / Value Engineering (VE)
FMEA Análise de modos e efeitos de falha / Failure Mode and Effect Analysis (FMEA)
FT Folga total / Total Float (TF)
GQ Garantia da qualidade / Quality Assurance (QA)
GQT Gerenciamento da qualidade total / Total Quality Management (TQM)
GVA Gerenciamento do valor agregado / Earned Value Management (EVM)
IDC Índice de desempenho de custos / Cost Performance Index (CPI)
IDP Índice de desempenho de prazos / Schedule Performance Index (SPI)
II Início para início / Start-to-Start (SS)

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416
glOSSÁRIO

IMC Data de início mais cedo / Early Start date (ES)


IMT Data de início mais tarde / Late Start date (LS)
MCC Método do caminho crítico / Critical Path Method (CPM)
MDP Método do diagrama de precedência / Precedence Diagramming Method (PDM)
MR Matriz de responsabilidades / Responsibility Assignment Matrix (RAM)
NDE Nível de esforço / Level of Effort (LOE)
ONT Orçamento no término / Budget at Completion (BAC)
PFG Preço fixo garantido / Firm-Fixed-Price (FFP)
PFRI Preço fixo com remuneração de incentivo / Fixed-Price-Incentive-Fee (FPIF)
PMBOK ®
Conhecimento em gerenciamento de projetos / Project Management Body of Knowledge
PMP® Profissional de gerenciamento de projetos / Project Management Professional
RACI Responsável pela execução, Responsável pela aprovação, é Consultado e Informado/
Responsible, Accountable, Consult and Inform (RACI)
SDI Solicitação de informações / Request for Information (RFI)
SDC Solicitação de cotação / Request for Quotation (RFQ)
SDP Solicitação de proposta / Request for Proposal (RFP)
SIGP Sistema de informações do gerenciamento de projetos / Project Management Information
System (PMIS)
SWOT Forças, fraquezas, oportunidades e ameaças / Strengths, Weaknesses, Opportunities, and
Threats
TA Data de término agendada / Scheduled Finish date (SF)
TI Término para início / Finish-to-Start (FS)
TMC Data de término mais cedo / Early Finish date (EF)
TMT Data de término mais tarde / Late Finish date (LF)
TT Término para término / Finish-to-Finish (FF)
VA Valor agregado / Earned Value (EV)
VC Variação de custos / Cost Variance (CV)
VME Valor monetário esperado / Expected Monetary Value (EMV)
VPR Variação de prazos / Schedule Variance (SV)
VP Valor planejado / Planned Value (PV)

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417
glOSSÁRIO

3. Definições
Muitas palavras apresentadas neste documento possuem definições mais amplas e, em alguns casos,
diferentes das encontradas em dicionários.

As definições utilizam as seguintes convenções:


• Os termos usados como parte das definições e que estão definidos no glossário são indicados em
itálico.
• Quando o mesmo termo do glossário aparece mais de uma vez em uma determinada definição,
somente a primeira ocorrência é indicada em itálico.
• Em alguns casos, um único termo do glossário é composto de várias palavras (por exemplo,
planejamento de respostas aos riscos).
• Em vários casos, existem diversos termos consecutivos do glossário dentro de uma determinada
definição. Por exemplo, estimativa da duração indica duas entradas separadas do glossário, uma
para “duração” e outra para “estimativa”. Em vários casos, existem diversos termos consecutivos
do glossário dentro de uma determinada definição. Por exemplo, estimativa da duração indica duas
entradas separadas do glossário, uma para “duração” e outra para “estimativa”.
• Existem ainda algumas definições com uma sequência de palavras consecutivas em itálico (não
separadas por vírgulas) que representam diversos termos consecutivos do glossário, com pelo
menos um deles composto de várias palavras. Por exemplo, data de término mais tarde do método
do caminho crítico indica duas entradas separadas do glossário, uma para “método do caminho
crítico” e outra para “data de término mais tarde”. Em situações como essa, aparecerá um asterisco
(*) após a última palavra em itálico na sequência para indicar que existem vários termos adjacentes
do glossário.
• Nenhuma definição é fornecida quando estão incluídos sinônimos, e o leitor é encaminhado para o
termo preferido (ou seja, veja o termo preferencial).
• Termos relacionados que não sejam sinônimos são indicados como referência cruzada no final da
definição (ou seja, veja também o termo relacionado).

Ação preventiva / Preventive Action. Uma orientação documentada para a realização de uma atividade que
pode reduzir a probabilidade de consequências negativas associadas a riscos do projeto.
Aceitação de riscos / Risk Acceptance [Técnica]. Uma técnica de planejamento de respostas aos riscos que
indica que a equipe do projeto decidiu não alterar o plano de gerenciamento do projeto para lidar com um risco
ou que não consegue identificar uma outra estratégia de resposta adequada.
Ações corretivas / Corrective Action. Orientação documentada para que o trabalho do projeto seja executado
de modo que seu desempenho futuro esperado fique de acordo com o plano de gerenciamento do projeto.
Administrar as aquisições / Administer Procurements [Processo]. O processo de gerenciamento das
relações de aquisição, monitoramento do desempenho do contrato e realização de mudanças e correções
conforme necessário.

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418
glOSSÁRIO

Agrupamento / Co-location [Técnica]. Uma estratégia de colocação organizacional em que os membros


da equipe do projeto são fisicamente colocados próximos uns dos outros para melhorar a comunicação, as
relações de trabalho e a produtividade.
Ameaça / Threat. Uma condição ou situação desfavorável para o projeto, um conjunto negativo de circunstâncias,
um conjunto negativo de eventos, um risco que terá impacto negativo em um objetivo do projeto, se ocorrer, ou
uma possibilidade de mudanças negativas. Compare com oportunidade.
Análise da árvore de decisão / Decision Tree Analysis [Técnica]. A árvore de decisão é um diagrama
que descreve uma decisão que está sendo considerada e as implicações da escolha de uma ou outra das
alternativas disponíveis. É usada quando alguns futuros cenários ou resultados de ações são incertos. Ela
incorpora as probabilidades e os custos ou premiações de cada caminho lógico de eventos e decisões futuras
e usa a análise do valor monetário esperado para ajudar a organização a identificar os valores relativos das
ações alternativas. Veja também análise do valor monetário esperado.
Análise de causa-raiz / Root Cause Analysis [Técnica]. Uma técnica analítica usada para determinar a razão
subjacente básica que causa uma variação, um defeito ou um risco. Uma causa-raiz pode provocar mais de
uma variação, defeito ou risco.
Análise de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças / Strengths, Weaknesses, Opportunities, and
Threats (SWOT) Analysis. Esta técnica de coleta de informações examina o projeto do ponto de vista das
suas forças e fraquezas, oportunidades e ameaças para aumentar a extensão dos riscos considerados pelo
gerenciamento dos riscos.
Análise de modos e efeitos de falha (FMEA) / Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) [Técnica]. Um
procedimento analítico no qual cada modo de falha potencial em cada componente de um produto é analisado
para determinar seu efeito na confiabilidade desse componente e, por ele mesmo ou em combinação com outros
possíveis modos de falha, na confiabilidade do produto ou sistema e na função necessária do componente,
ou o exame de um produto (no sistema e/ou em níveis inferiores) para verificar todas as maneiras possíveis
de ocorrência de falha. Para cada falha potencial, é feita uma estimativa do seu efeito no sistema total e do
seu impacto. Além disso, é realizada uma análise da ação planejada para minimizar a probabilidade de falha
e seus efeitos.
Análise de Monte Carlo / Monte Carlo Analysis. Uma técnica que calcula por meio de iterações o custo do
projeto ou o cronograma do projeto várias vezes usando valores de entrada selecionados aleatoriamente a
partir de distribuições de probabilidade dos possíveis custos ou durações para calcular uma distribuição do
custo total possível do projeto ou de datas de término.
Análise de premissas / Assumptions Analysis [Técnica]. Uma técnica que explora a exatidão das premissas
e identifica os riscos do projeto causados pelo caráter inexato, inconsistente ou incompleto das premissas.
Análise de rede / network Analysis. Veja análise de rede do cronograma.
Análise de rede do cronograma / Schedule network Analysis [Técnica]. A técnica de identificação das
datas de início mais cedo e mais tarde e também das datas de término mais cedo e mais tarde das partes
incompletas das atividades do cronograma do projeto. Veja também método do caminho crítico, método da
corrente crítica e nivelamento de recursos.
Análise de reservas / Reserve Analysis [Técnica]. Uma técnica analítica para determinar as características e
relações essenciais de componentes no plano de gerenciamento do projeto a fim de estabelecer a reserva para
a duração do cronograma, orçamento, custo estimado ou fundos de um projeto.
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419
glOSSÁRIO

Análise de sensibilidade / Sensitivity Analysis. Uma técnica de análise quantitativa dos riscos e modelagem
usada para ajudar a determinar quais riscos apresentam maior impacto potencial no projeto. Ela examina a
extensão com que a incerteza de cada elemento do projeto afeta o objetivo que está sendo examinado quando
todos os outros elementos incertos são mantidos em seus valores de linha de base. A representação típica dos
resultados é na forma de um diagrama de tornado.
Análise de tendências / Trend Analysis [Técnica]. Uma técnica analítica que usa modelos matemáticos para
prever resultados futuros com base em resultados históricos. É um método para determinação da variação de
um parâmetro de orçamento, custo, cronograma ou escopo em relação a uma linha de base utilizando dados
de períodos anteriores de relatórios de progresso e projetando qual seria a variação desse parâmetro em
relação à linha de base em algum ponto futuro no projeto se não houvesse mudança na execução do projeto.
Análise de variação / variance Analysis [Técnica]. Um método para divisão da variação total no conjunto
de variáveis de escopo, custo e cronograma em variações componentes específicas, associadas a fatores
definidos que afetam essas variáveis.
Análise do valor monetário esperado (vME) / Expected Monetary value (EMv) Analysis. Uma técnica
estatística que calcula o resultado médio quando o futuro inclui cenários que podem ou não acontecer. Uma
utilização comum desta técnica está na análise da árvore de decisão.
Antecipação / lead [Técnica]. Uma modificação de um relacionamento lógico que permite uma antecipação
da atividade sucessora. Por exemplo, em uma dependência do tipo término para início com antecipação de 10
dias, a atividade sucessora pode ser iniciada 10 dias antes que a atividade predecessora tenha terminado. Uma
antecipação negativa equivale a uma espera positiva. Veja também espera.
Área de aplicação / Application Area. Uma categoria de projetos que possuem componentes comuns
significativos, mas que não são necessários ou estão presentes em todos os projetos. As áreas de aplicação são
geralmente definidas em termos de produto (ou seja, por tecnologias ou métodos de produção semelhantes),
tipo de cliente (ou seja, interno versus externo, governamental versus comercial) ou setor industrial (ou
seja, utilitários, automotivo, aeroespacial, tecnologias da informação, etc). As áreas de aplicação podem se
sobrepor.
Área de conhecimento em gerenciamento de projetos / Project Management Knowledge Area. Uma área
identificada de gerenciamento de projetos definida por seus requisitos de conhecimentos e descrita em termos
dos processos que a compõem, suas práticas, entradas, saídas, ferramentas e técnicas.
Atividade / Activity. Um componente de trabalho realizado durante a execução de um projeto.
Atividade crítica / Critical Activity. Qualquer atividade do cronograma em um caminho crítico de um
cronograma do projeto. Mais comumente determinada através do método do caminho crítico. Embora algumas
atividades sejam “críticas”, no sentido literal, sem estar no caminho crítico, esse significado é raramente usado
no contexto de projetos.
Atividade de resumo / Summary Activity. Um grupo de atividades do cronograma agregadas relacionadas
em algum nível de resumo e exibidas/relatadas como uma única atividade no nível de resumo. Veja também
subprojeto e sub-rede.
Atividade predecessora / Predecessor Activity. A atividade do cronograma que determina quando a atividade
sucessora lógica pode começar ou terminar.

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glOSSÁRIO

Atividade quase crítica / near-Critical Activity. Uma atividade do cronograma que possui folga total baixa. O
conceito de quase crítica é igualmente aplicável a uma atividade do cronograma ou a um caminho de rede do
cronograma. O limite abaixo do qual a folga total é considerada quase crítica depende de opinião especializada
e varia de projeto para projeto.
Atividade sucessora / Successor Activity. A atividade do cronograma que vem após uma atividade
predecessora, conforme determinado pelo relacionamento lógico entre elas.
Atividade sumarizadora / hammock Activity. Veja atividade de resumo.
Ativos de processos organizacionais / Organizational Process Assets [Saídas/Entradas]. Qualquer um ou
todos os ativos relacionados a processos, de quaisquer ou todas as organizações envolvidas no projeto que
são ou podem ser usados para influenciar o sucesso do projeto. Esses ativos de processos incluem planos
formais ou informais, políticas, procedimentos e diretrizes. Os ativos do processo também incluem as bases de
conhecimento das organizações, como lições aprendidas e informações históricas.
Atributos das atividades / Activity Attributes [Saídas/Entradas]. Vários atributos associados a cada atividade
do cronograma que pode ser incluída na lista das atividades. Os atributos das atividades incluem códigos de
atividades, atividades predecessoras, atividades sucessoras, relacionamentos lógicos, antecipações e esperas,
recursos necessários, datas impostas, restrições e premissas.
Autoridade / Authority. O direito de aplicar recursos do projeto, usar fundos, tomar decisões ou fornecer
aprovações.
Autorização do trabalho / Work Authorization. Uma permissão e uma orientação, normalmente escrita,
para iniciar o trabalho em uma atividade do cronograma, pacote de trabalho ou conta de controle específica. É
um método de aprovação do trabalho do projeto para garantir que o trabalho será realizado pela organização
identificada, no momento certo e na sequência adequada.
Base de conhecimento de lições aprendidas / lessons learned Knowledge Base. Um depósito de
informações históricas e lições aprendidas sobre os resultados de decisões de seleção de projetos anteriores
e do desempenho de projetos anteriores.
Brainstorming / Brainstorming [Técnica]. Uma técnica geral de coleta de dados e exercício de criatividade
que pode ser usada para identificar os riscos, ideias ou soluções para problemas usando um grupo de membros
da equipe ou especialistas no assunto.
Buffer / Buffer. Veja reserva.
Calendário do projeto / Project Calendar. Um calendário de dias ou turnos de trabalho, que estabelecem as
datas nas quais as atividades do cronograma são trabalhadas, e de dias não trabalhados, que determinam as
datas nas quais as atividades do cronograma estão ociosas. Normalmente define feriados, finais de semana e
turnos. Veja também calendário do recurso.
Calendário do recurso / Resource Calendar. Um calendário de dias trabalhados e não trabalhados que
determina as datas nas quais cada recurso específico está ocioso ou pode estar ativo. Normalmente define
feriados específicos do recurso e períodos de disponibilidade do recurso. Veja também calendário de projeto.
Caminho crítico / Critical Path. Geralmente, mas não sempre, a sequência de atividades do cronograma
que determina a duração do projeto. É o caminho mais longo através do projeto. Veja também método do
caminho crítico.

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glOSSÁRIO

Caminho de ida / Forward Pass. O cálculo das datas de início mais cedo e de término mais cedo para as
partes incompletas de todas as atividades da rede. Veja também análise de rede do cronograma e caminho
de volta.
Caminho de rede / network Path. Qualquer série contínua de atividades do cronograma conectadas a
relacionamentos lógicos em um diagrama de rede do cronograma do projeto.
Caminho de volta / Backward Pass. O cálculo das datas de término mais tarde e datas de início mais
tarde para as partes incompletas de todas as atividades do cronograma. É determinado trabalhando-se em
retrospectiva pela lógica de rede do cronograma a partir da data de conclusão do projeto. Veja também análise
de rede do cronograma.
Categoria de risco / Risk Category. Um grupo de possíveis causas de riscos. As causas de riscos podem ser
agrupadas em categorias como técnica, externa, organizacional, ambiental ou de gerenciamento de projetos.
Uma categoria pode incluir subcategorias, como maturidade técnica, clima ou estimativa agressiva.
Causa comum / Common Cause. Uma fonte de variação inerente ao sistema e previsível. Em um gráfico de
controle, aparece como parte de uma variação aleatória do processo (ou seja, uma variação de um processo
que seria considerada normal ou não incomum) e é indicada por um padrão aleatório de pontos dentro dos
limites de controle. Também chamada de causa aleatória. Compare com causa especial.
Causa especial / Special Cause. Uma fonte de variação que não é inerente ao sistema, não é previsível e
é intermitente. Ela pode ser atribuída a um defeito no sistema. Em um gráfico de controle, é indicada pelos
pontos além dos limites de controle ou pelos padrões não-aleatórios dentro dos limites de controle. Também
chamada de causa atribuível. Compare com causa comum.
Ciclo de vida / life Cycle. Veja ciclo de vida do projeto.
Ciclo de vida do produto / Product life Cycle. Um conjunto de fases do produto que não se sobrepõem,
geralmente em ordem sequencial, cujos nomes e quantidades são determinados pelas necessidades de
produção e controle da organização. A última fase do ciclo de vida de um produto geralmente é a retirada
de circulação do produto. Geralmente, o ciclo de vida do projeto faz parte de um ou mais ciclos de vida do
produto.
Ciclo de vida do projeto / Project life Cycle. Um conjunto de fases do projeto, geralmente em ordem
sequencial, cujos nomes e quantidades são determinados pelas necessidades de controle da organização ou
organizações envolvidas no projeto. Um ciclo de vida pode ser documentado com uma metodologia.
Código da atividade / Activity Code. Um ou mais valores numéricos ou de texto que identificam as
características do trabalho, ou de alguma forma categorizam a atividade do cronograma, que permitem a
filtragem e a ordenação de atividades dentro dos relatórios.
Código de contas / Code of Accounts [Ferramenta]. Qualquer sistema de numeração utilizado para identificar
de modo exclusivo cada componente da estrutura analítica do projeto.
Coletar os requisitos / Collect Requirements Collect Requirements [Processo]. Processo de definir e
documentar as funções e funcionalidades do projeto e do produto necessárias para atender às necessidades e
expectativas das partes interessadas no projeto.
Comitê de controle de mudanças (CCM) / Change Control Board (CCB). Um grupo formalmente constituído
de partes interessadas responsáveis pela revisão, avaliação, aprovação, atraso ou rejeição de mudanças feitas
em um projeto, com registro de todas as decisões e recomendações.
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glOSSÁRIO

Componente da estrutura analítica do projeto / Work Breakdown Structure Component. Um item na


estrutura analítica do projeto que pode estar em qualquer nível.
Comprador / Buyer. Aquele que adquire produtos, serviços ou resultados de uma organização.
Compressão / Crashing [Técnica]. Um tipo específico de técnica de compressão de cronograma do projeto,
realizada através de ações tomadas para diminuir a duração total do cronograma do projeto, após a análise
das diversas alternativas a fim de determinar como obter a máxima compressão da duração do cronograma
pelo menor custo adicional. Abordagens típicas de compressão de um cronograma incluem a redução das
durações das atividades do cronograma e o aumento da alocação de recursos nas atividades do cronograma.
Veja compressão de cronograma.
Compressão de cronograma / Schedule Compression [Técnica]. Redução da duração do cronograma do
projeto sem reduzir o seu escopo. Veja também compressão e paralelismo.
Conduzir as aquisições / Conduct Procurements [Processo]. O processo de obtenção de respostas de
fornecedores, seleção de um fornecedor e adjudicação de um contrato.
Conhecimento em gerenciamento de projetos / Project Management Body of Knowledge (PMBOK®). Uma
expressão abrangente que descreve a soma dos conhecimentos contidos na profissão de gerenciamento de
projetos. Assim como em outras profissões como advocacia, medicina e contabilidade, o conhecimento pertence
aos profissionais e acadêmicos que o aplicam e o desenvolvem. O conhecimento completo em gerenciamento
de projetos inclui práticas tradicionais comprovadas amplamente aplicadas e práticas inovadoras que estão
surgindo na profissão. O conhecimento inclui materiais publicados e não publicados. Este conhecimento está em
constante evolução. O Guia PMBOK® do PMI identifica o subconjunto desse conhecimento em gerenciamento
de projetos que é geralmente reconhecido como boa prática.
Conta de controle / Control Account [Ferramenta]. Ponto de controle gerencial onde o escopo, o orçamento
(planos de recursos), o custo real e o cronograma são integrados e comparados com o valor agregado da
medição do desempenho. Veja também pacote de trabalho.
Contingência / Contingency. Veja reserva.
Contrato / Contract [Saídas/Entradas]. Um contrato é um acordo que gera obrigações para as partes, e que
obriga o fornecedor a prover o produto, serviço ou resultado especificado e o comprador a pagar por ele.
Contrato de custo mais remuneração de incentivo (CMRI) / Cost-Plus-Incentive-Fee (CPIF) Contract. Um
tipo de contrato de custos reembolsáveis em que o comprador reembolsa o fornecedor pelos custos permitidos
(definidos pelo contrato) ao fornecedor; o fornecedor terá direito ao seu bônus se atender aos critérios de
desempenho definidos.
Contrato de custo mais remuneração fixa (CMRF) / Cost-Plus-Fixed-Fee (CPFF) Contract. Um tipo de
contrato de custos reembolsáveis em que o comprador reembolsa o fornecedor pelos custos permitidos
(definidos pelo contrato) ao fornecedor acrescidos de um valor fixo de lucro (remuneração).
Contrato de custos reembolsáveis / Cost-Reimbursable Contract. Um tipo de contrato que envolve
o pagamento para o fornecedor pelos custos reais do fornecedor, acrescidos de uma remuneração que
normalmente representa o lucro do fornecedor. Os contratos de custos reembolsáveis frequentemente incluem
cláusulas de incentivo em que, se o fornecedor atingir ou superar os objetivos selecionados para o projeto, tais
como metas de cronograma ou custo total, receberá do comprador um incentivo ou pagamento de bônus.

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glOSSÁRIO

Contrato de preço fixo com remuneração de incentivo (PFRI) / Fixed-Price-Incentive-Fee (FPIF) Contract.
Um tipo de contrato em que o comprador paga ao fornecedor um valor determinado (conforme definido pelo
contrato) e pelo qual o fornecedor poderá ganhar um valor adicional se atender aos critérios de desempenho
definidos.
Contrato de preço fixo garantido (PFg) / Firm-Fixed-Price (FFP) Contract. Um tipo de contrato de preço
fixo em que o comprador paga ao fornecedor um valor determinado (conforme definido pelo contrato),
independentemente dos custos do fornecedor.
Contrato por tempo e material / Time and Material (T&M) Contract. Um tipo de contrato híbrido, contendo
aspectos dos contratos de custos reembolsáveis e de preço fixo. Os contratos por tempo e material se
assemelham aos acordos do tipo com custos reembolsáveis por serem modificáveis, já que o valor total do
acordo não é definido no momento em que ele é firmado. Dessa forma, os contratos por tempo e material podem
ter o seu valor aumentado como se fossem acordos de custos reembolsáveis. Por outro lado, os acordos por
tempo e material podem também ser semelhantes a acordos de preço fixo. Por exemplo, os valores unitários
são preestabelecidos pelo comprador e pelo fornecedor, quando ambas as partes concordam com os valores
de serviços profissionais para a categoria de “engenheiros seniores”.
Controlar / Controlling. Veja controle.
Controlar o cronograma / Control Schedule [Processo]. O processo de monitoramento do andamento
do projeto para atualização do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do
cronograma.
Controlar o escopo / Control Scope [Processo]. O processo de monitoramento do andamento do escopo do
projeto e do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.
Controlar os custos / Control Costs [Processo]. O processo de monitoramento do andamento do projeto para
atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base dos custos.
Controle / Control. Comparação entre o desempenho real e o planejado, análise das variações, avaliação
das tendências para efetuar melhorias no processo, avaliação das alternativas possíveis e recomendação das
ações corretivas adequadas, conforme necessário.
Controle de mudanças / Change Control. Identificação, documentação, aprovação ou rejeição e controle de
mudanças feitas nas linhas de base do projeto.
Convergência de caminhos / Path Convergence. A união ou fusão, em um mesmo nó, de caminhos paralelos
da rede do cronograma em um diagrama de rede do cronograma do projeto. A convergência de caminhos se
caracteriza por uma atividade do cronograma com mais de uma atividade predecessora.
Convite para licitação (COnv) / Invitation for Bid (IFB). Geralmente, este termo equivale à solicitação
de proposta. No entanto, em algumas áreas de aplicação, ele pode ter um significado mais restrito ou
mais específico.
Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) / Create WBS (Work Breakdown Structure) [Processo]. O
processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e de gerenciamento
mais fácil.
Critérios / Criteria. Normas, regras ou testes em que uma opinião ou decisão pode se basear ou pelos quais
um produto, serviço, resultado ou processo pode ser avaliado.

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glOSSÁRIO

Critérios de aceitação / Acceptance Criteria. Os critérios, inclusive requisitos de desempenho e condições


essenciais, que devem ser atendidos antes que as entregas do projeto sejam aceitas.
Cronograma / Schedule. Veja cronograma do projeto e também modelo de cronograma.
Cronograma de marcos / Milestone Schedule [Ferramenta]. Um cronograma sumarizado que identifica os
principais marcos do cronograma. Veja também cronograma mestre.
Cronograma do projeto / Project Schedule [Saídas/Entradas]. As datas planejadas para realizar as atividades
do cronograma e para atingir os marcos do cronograma.
Cronograma mestre / Master Schedule [Ferramenta]. Um cronograma sumarizado do projeto que identifica
as principais entregas e componentes da estrutura analítica do projeto e os principais marcos do cronograma.
Veja também cronograma de marcos.
Curva S / S-Curve. Representação gráfica dos custos cumulativos, horas de mão-de-obra, percentual de
trabalho ou outras quantidades, indicando sua evolução no tempo. Usada para representar o valor planejado, o
valor agregado, e o custo real de um trabalho de projeto. O nome se origina do formato parecido com um S da
curva (mais plana no início e no final, mais inclinada no centro) gerada para representar um projeto que começa
lentamente, se agiliza e em seguida diminui o ritmo. É também um termo para expressar a provável distribuição
cumulativa que é resultado de uma simulação, uma ferramenta da análise quantitativa dos riscos.
Custo da qualidade (CDQ) / Cost of Quality (COQ) [Técnica]. Um método de determinação dos custos incorridos
para garantir a qualidade. Os custos de prevenção e de avaliação (custo de conformidade) incluem custos de
planejamento da qualidade, controle da qualidade (CQ) e garantia da qualidade para assegurar a conformidade
com os requisitos (ou seja, treinamento, sistemas de CQ, etc.). Os custos de falhas (custo de não-conformidade)
incluem custos para refazer produtos, componentes ou processos que não estão em conformidade, custos de
trabalho referentes a garantia, de desperdício e de perda de reputação.
Custo orçado do trabalho agendado (COTA) / Budgeted Cost of Work Scheduled (BCWS). Veja valor
planejado (VP).
Custo orçado do trabalho realizado (COTR) / Budgeted Cost of Work Performed (BCWP). Veja valor
agregado (VA).
Custo real (CR) / Actual Cost (AC). Os custos totais realmente incorridos e registrados na realização do
trabalho executado durante um determinado período de tempo para uma atividade do cronograma ou um
componente da estrutura analítica do projeto. O custo real às vezes pode representar somente as horas
de mão-de-obra direta, somente os custos diretos ou todos os custos, inclusive custos indiretos. Também
chamado de custo real do trabalho realizado (CRTR). Veja também gerenciamento do valor agregado e técnica
do valor agregado.
Custo real do trabalho realizado (CRTR) / Actual Cost of Work Performed (ACWP). Veja custo real (CR).
Data de início / Start Date. Um momento associado ao início de uma atividade do cronograma. Geralmente
usada com uma das seguintes qualificações: real, planejada, estimada, agendada, mais cedo, mais tarde, alvo,
linha de base ou atual.
Data de início agendada (IA) / Scheduled Start Date (SS). O momento no qual um trabalho de determinada
atividade do cronograma estava agendado para começar. A data de início agendada encontra-se normalmente
dentro da faixa de datas delimitada pela data de início mais cedo e pela data de início mais tarde. Ela pode
refletir o nivelamento de recursos escassos. Às vezes chamada de data de início planejada.

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glOSSÁRIO

Data de início mais cedo (IMC) / Early Start Date (ES). No método do caminho crítico, o momento mais cedo
possível no qual as partes incompletas de uma atividade do cronograma (ou projeto) podem ser iniciadas, com
base na lógica de rede do cronograma, na data dos dados e nas restrições do cronograma. As datas de início
mais cedo podem mudar conforme o projeto se desenvolve e o plano de gerenciamento do projeto é alterado.
Data de início mais tarde (IMT) / late Start Date (lS). No método do caminho crítico, o momento mais tarde
possível no qual uma atividade do cronograma pode ser iniciada com base na lógica de rede do cronograma,
na data de término do projeto e em quaisquer restrições atribuídas às atividades do cronograma sem violação
de uma restrição do cronograma ou atraso na data de término do projeto. As datas de início mais tarde são
determinadas durante o cálculo do caminho de volta da rede do cronograma do projeto.
Data de término / Finish Date. Um momento associado ao término de uma atividade do cronograma.
Geralmente usada com uma das seguintes qualificações: real, planejada, estimada, agendada, mais cedo,
mais tarde, alvo, linha de base ou atual.
Data de término agendada (TA) / Scheduled Finish Date (SF). O momento no qual um trabalho de
determinada atividade do cronograma estava agendado para terminar. A data de término agendada encontra-
se normalmente dentro da faixa de datas delimitada pela data de término mais cedo e pela data de término
mais tarde. Ela pode refletir o nivelamento de recursos escassos. Às vezes chamada de data de término
planejada.
Data de término mais cedo (TMC) / Early Finish Date (EF). No método do caminho crítico, o momento
mais cedo possível no qual as partes incompletas de uma atividade do cronograma (ou projeto) podem ser
terminadas, com base na lógica de rede do cronograma, na data dos dados e nas restrições do cronograma.
As datas de término mais cedo podem mudar conforme o projeto se desenvolve e o plano de gerenciamento
do projeto é alterado.
Data de término mais tarde (TMT) / late Finish Date (lF). No método do caminho crítico, o momento
mais tarde possível no qual uma atividade do cronograma pode ser terminada com base na lógica de rede do
cronograma, na data de término do projeto e em quaisquer restrições atribuídas às atividades do cronograma
sem violação de uma restrição do cronograma ou atraso na data de término do projeto. As datas de término
mais tarde são determinadas durante o cálculo do caminho de volta da rede do cronograma do projeto.
Data dos dados (DD) / Data Date (DD). A data até a qual, ou através da qual, o sistema de distribuição de
informações do projeto forneceu o andamento e as realizações reais. Também chamada de “até a presente
data” ou “data atual”.
Data imposta / Imposed Date. Uma data fixa imposta em uma atividade do cronograma ou marco do
cronograma, geralmente na forma de uma data do tipo “não começar antes de” e “não terminar após”.
Declaração do escopo do projeto / Project Scope Statement [Saídas/Entradas]. A descrição do escopo
do projeto, que inclui as principais entregas, premissas e restrições do projeto e uma descrição do trabalho,
que fornece uma base documentada para futuras decisões do projeto e para confirmar ou desenvolver um
entendimento comum do escopo do projeto entre as partes interessadas.
Declaração do trabalho (DT) / Statement of Work (SOW). Uma descrição narrativa dos produtos, serviços
ou resultados a serem fornecidos.

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glOSSÁRIO

Decomposição / Decomposition [Técnica]. Uma técnica de planejamento que subdivide o escopo do projeto
e as entregas do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis, até que o trabalho do
projeto associado à realização do escopo do projeto e ao fornecimento das entregas seja definido em detalhes
suficientes para dar suporte à execução, ao monitoramento e ao controle do trabalho.
Defeito / Defect. Uma imperfeição ou deficiência em um componente do projeto na qual esse componente não
atende aos seus requisitos ou especificações e precisa ser reparado ou substituído.
Definir as atividades / Define Activities [Processo]. O processo de identificação das ações específicas a
serem realizadas para produzir as entregas do projeto.
Definir o escopo / Define Scope [Processo] O processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do
projeto e do produto.
Dependência / Dependency. Veja relacionamento lógico.
Descrição do escopo do produto / Product Scope Description. A descrição documentada do escopo do
produto.
Desenvolver a equipe do projeto / Develop Project Team [Processo]. O processo de melhoria de competências,
interação da equipe e o ambiente global da equipe para aprimorar o desempenho do projeto.
Desenvolver o cronograma / Develop Schedule [Processo]. O processo de análise de sequências das
atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o cronograma
do projeto.
Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto / Develop Project Management Plan [Processo].
O processo de documentação das ações necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos
auxiliares.
Desenvolver o termo de abertura do projeto / Develop Project Charter [Processo]. O processo de
desenvolvimento de um documento que formalmente autoriza um projeto ou uma fase, e a documentação dos
requisitos iniciais que satisfaçam as necessidades e expectativas das partes interessadas.
Determinar o orçamento / Determine Budget [Processo]. O processo de agregação dos custos estimados de
atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada.
Diagrama de influência / Influence Diagram [Ferramenta]. Uma representação gráfica de situações que
mostram influências causais, ordem dos eventos por tempo e outras relações entre variáveis e resultados.
Diagrama de Pareto / Pareto Chart [Ferramenta]. Um histograma, organizado por frequência de ocorrência,
que mostra quantos resultados foram gerados para cada causa identificada.
Diagrama de rede do cronograma com escala de tempo / Time-Scaled Schedule network Diagram
[Ferramenta]. Qualquer diagrama de rede do cronograma do projeto desenhado de forma que o posicionamento
e o comprimento da atividade do cronograma representem a sua duração. Trata-se basicamente de um gráfico
de barras que inclui a lógica de rede do cronograma.
Diagrama de rede do cronograma do projeto / Project Schedule network Diagram [Saídas/Entradas].
Qualquer demonstração esquemática dos relacionamentos lógicos entre as atividades do cronograma do
projeto. Sempre desenhado da esquerda para a direita, para refletir a cronologia do trabalho do projeto.

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glOSSÁRIO

Dicionário da estrutura analítica do projeto / Work Breakdown Structure Dictionary [Saídas/Entradas]. Um


documento que descreve cada componente da estrutura analítica do projeto (EAP). Para cada componente da
EAP, o dicionário da EAP inclui uma breve definição do escopo ou declaração do trabalho, entrega(s) definida(s),
uma lista das atividades associadas e uma lista dos marcos. Outras informações podem incluir: organização
responsável, datas de início e de conclusão, recursos necessários, uma estimativa de custos, número de
cobrança, informações do contrato, requisitos de qualidade e referências técnicas para facilitar o desempenho
do trabalho.
Distribuir as informações / Distribute Information [Processo]. O processo de colocar as informações
necessárias à disposição das partes interessadas no projeto conforme planejado.
Divergência de caminhos / Path Divergence. A extensão ou geração de caminhos paralelos da rede do
cronograma a partir do mesmo nó em um diagrama de rede do cronograma do projeto. A divergência de
caminhos se caracteriza por uma atividade do cronograma com mais de uma atividade sucessora.
Documentos de aquisição / Procurement Documents [Saídas/Entradas]. Os documentos utilizados nas
atividades de licitação e proposta, que incluem Convite para licitação, Convite para negociações, Solicitação de
informações, Solicitação de cotação, Solicitação de proposta do comprador e as respostas do fornecedor.
Duração (DU ou DUR) / Duration (DU or DUR). Número total de períodos de trabalho (sem incluir feriados
ou outros períodos de descanso) necessários para terminar uma atividade do cronograma ou um componente
da estrutura analítica do projeto. Normalmente expressa em dias ou semanas de trabalho. Às vezes, é
incorretamente equiparada ao tempo decorrido. Compare com esforço.
Duração da atividade / Activity Duration. O tempo em unidades de calendário entre o início e o término de
uma atividade do cronograma. Veja também duração.
Duração real / Actual Duration. O tempo em unidades de calendário entre a data de início real da atividade
do cronograma e a data dos dados do cronograma do projeto, se a atividade do cronograma estiver em
andamento, ou a data de término real, se a atividade do cronograma estiver terminada.
Elaboração de fluxogramas / Flowcharting [Técnica]. A representação em formato de diagrama das entradas,
ações do processo e saídas de um ou mais processos em um sistema.
Elaboração progressiva / Progressive Elaboration [Técnica]. Melhoria e detalhamento contínuos de um
plano conforme informações mais detalhadas e específicas e estimativas mais exatas tornam-se disponíveis
conforme o projeto se desenvolve e, portanto, produção de planos mais exatos e completos que resultam de
sucessivas iterações do processo de planejamento.
Encerrar as aquisições / Close Procurements [Processo]. O processo de finalizar todas as aquisições do
projeto.
Encerrar o projeto ou a fase / Close Project or Phase [Processo]. O processo de finalização de todas as
atividades de todos os grupos de processos de gerenciamento do projeto para terminar formalmente o projeto
ou a fase.
Engenharia de valor (Ev) / value Engineering (vE). Uma abordagem usada para otimizar os custos do ciclo
de vida do projeto, economizar tempo, aumentar os lucros, melhorar a qualidade, ampliar a participação no
mercado, solucionar problemas e/ou utilizar recursos de forma mais efetiva.
Entradas / Input [Entradas do processo]. Qualquer item, interno ou externo ao projeto, que é exigido por um
processo antes que esse processo continue. Pode ser uma saída de um processo predecessor.
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glOSSÁRIO

Entrega / Deliverable [Saídas/Entradas]. Qualquer produto, resultado ou capacidade para realizar um serviço
único e verificável e que deve ser produzido para concluir um processo, uma fase ou um projeto. Muitas vezes
utilizado mais especificamente com referência a uma entrega externa, que é uma entrega sujeita à aprovação
do patrocinador ou do cliente do projeto. Veja também produto ou resultado.
Equipe de gerenciamento do projeto / Project Management Team. Os membros da equipe do projeto que
estão diretamente envolvidos nas atividades de gerenciamento de projetos. Em alguns projetos menores, a
equipe de gerenciamento do projeto pode incluir praticamente todos os membros da equipe do projeto.
Equipe virtual / virtual Team. Um grupo de pessoas com um objetivo compartilhado que executam seus papéis
sem se encontrarem pessoalmente na maior parte do tempo. Diversas formas de tecnologia são frequentemente
usadas para facilitar a comunicação entre os membros da equipe. As equipes virtuais podem ser formadas por
pessoas separadas por grandes distâncias.
Escopo / Scope. A soma dos produtos, serviços e resultados a serem fornecidos na forma de projeto. Veja
também escopo do projeto e escopo do produto.
Escopo do produto / Product Scope. As características e funções que descrevem um produto, serviço
ou resultado.
Escopo do projeto / Project Scope. O trabalho que deve ser realizado para entregar um produto, serviço ou
resultado com as características e funções especificadas.
Escritório de projetos / Project Management Office (PMO). Um corpo ou entidade organizacional à qual são
atribuídas várias responsabilidades relacionadas ao gerenciamento centralizado e coordenado dos projetos sob
seu domínio. As responsabilidades de um PMO podem variar desde o fornecimento de funções de suporte ao
gerenciamento de projetos até o gerenciamento direto de um projeto. Veja também escritório de programas.
Esforço / Effort. A quantidade de unidades de mão-de-obra necessárias para terminar uma atividade do
cronograma ou um componente da estrutura analítica do projeto. Normalmente expresso como equipe-horas,
equipe-dias ou equipe-semanas. Compare com duração.
Especificação / Specification. Um documento que especifica, de maneira completa, precisa e verificável,
requisitos, projeto, comportamento ou outras características de um sistema, componente, produto, resultado ou
serviço e, com frequência, os procedimentos para determinar se essas cláusulas foram satisfeitas. Exemplos:
especificação de requisitos, especificação de projeto, especificação de produto e especificação de testes.
Espera / lag [Técnica]. Uma modificação de um relacionamento lógico que gera uma espera programada na
atividade sucessora. Por exemplo, em uma dependência do tipo término para início com espera de 10 dias, a
atividade sucessora só pode ser iniciada 10 dias após a atividade predecessora ter terminado. Veja também
antecipação.
Estimar as durações das atividades / Estimate Activity Durations [Processo]. O processo de estimativa do
número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com os recursos
estimados.
Estimar os custos / Estimate Costs [Processo]. O processo de desenvolvimento de uma estimativa de custos
dos recursos monetários necessários para terminar as atividades do projeto.
Estimar os recursos das atividades / Estimate Activity Resources [Processo]. O processo de estimativa dos
tipos e quantidades de material, pessoas, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar
cada atividade.
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glOSSÁRIO

Estimativa / Estimate [Saídas/Entradas]. Uma avaliação quantitativa da quantidade ou resultado provável.


Geralmente aplicada a custos, recursos, esforço e durações do projeto e é normalmente precedida de um
modificador (ou seja, preliminar, conceitual, de viabilidade, de ordem de grandeza, definitiva). Deve sempre
incluir uma indicação do seu nível de exatidão (por exemplo, ± x %). Veja também orçamento e custo.
Estimativa análoga / Analogous Estimating [Técnica]. Uma técnica de estimativa que usa os valores
de parâmetros como escopo, custo, orçamento e duração ou medidas de escala como tamanho, peso e
complexidade de uma atividade anterior semelhante, como base para estimar o mesmo parâmetro ou medida
para uma atividade futura.
Estimativa bottom-up / Bottom-up Estimating [Técnica]. Um método para estimar um componente
do trabalho. O trabalho é decomposto em partes mais detalhadas. É preparada uma estimativa do que é
necessário para atender aos requisitos de cada uma das partes inferiores e mais detalhadas do trabalho e, em
seguida, essas estimativas são agregadas em uma quantidade total para o componente do trabalho. A exatidão
da estimativa “bottom-up” é determinada pelo tamanho e a complexidade do trabalho identificado nos
níveis inferiores.
Estimativa de três pontos / Three-Point Estimate [Técnica]. Uma técnica que usa três estimativas de custos
ou duração para representar os cenários otimista, mais provável e pessimista. Esta técnica é aplicada para
melhorar a exatidão das estimativas de custos ou duração quando não há certeza em relação à atividade
subjacente ou ao componente de custo.
Estimativa no término (EnT) / Estimate at Completion (EAC) [Saídas/Entradas]. O custo total previsto de
uma atividade do cronograma, de um componente da estrutura analítica do projeto ou do projeto, quando o
escopo definido do trabalho for terminado. A ENT pode ser calculada com base no desempenho até a data
em questão, ou estimada pela equipe do projeto com base em outros fatores, caso em que é frequentemente
chamada de última estimativa revisada. Veja também técnica do valor agregado e estimativa para terminar.
Estimativa para terminar (EPT) / Estimate to Complete (ETC) [Saídas/Entradas]. O custo previsto necessário
para terminar todo o trabalho restante de uma atividade do cronograma, um componente da estrutura analítica
do projeto ou o projeto. Veja também técnica do valor agregado e estimativa no término.
Estimativa paramétrica / Parametric Estimating [Técnica]. Uma técnica de estimativa que utiliza uma
relação estatística entre dados históricos e outras variáveis (por exemplo, metros quadrados em construção,
linhas de código em desenvolvimento de software) para calcular uma estimativa para parâmetros da atividade,
como escopo, custo, orçamento e duração. Um exemplo do parâmetro de custo é multiplicar a quantidade
planejada de trabalho a ser realizado pelo custo histórico por unidade para obter o custo estimado.
Estrutura analítica do projeto (EAP) / Work Breakdown Structure (WBS) [Saídas/Entradas]. Uma
decomposição hierárquica orientada à entrega do trabalho a ser executado pela equipe do projeto para atingir
os objetivos do projeto e criar as entregas necessárias. Ela organiza e define o escopo total do projeto.
Estrutura analítica dos recursos / Resource Breakdown Structure. Uma estrutura hierárquica de recursos, por
categoria e tipo, usada em cronogramas de nivelamento de recursos e para desenvolver cronogramas limitados
pelos mesmos, e que pode ser usada para identificar e analisar alocações de recursos humanos ao projeto.
Estrutura analítica dos riscos (EAR) / Risk Breakdown Structure (RBS) [Ferramenta]. Uma representação,
organizada hierarquicamente, dos riscos identificados do projeto ordenados por categoria e subcategoria de
risco, que identifica as diversas áreas e causas de riscos potenciais. A estrutura analítica dos riscos geralmente
é adaptada para tipos específicos de projetos.

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glOSSÁRIO

Estrutura Analítica Organizacional (EAO) / Organizational Breakdown Structure (OBS) [Ferramenta]. Uma
descrição hierarquicamente ordenada da organização do projeto, disposta de forma a relacionar os pacotes de
trabalho com as unidades organizacionais executoras.
Executar / Execute. Orientar, gerenciar, realizar e executar o trabalho do projeto, fornecer as entregas e
fornecer informações sobre o desempenho do trabalho.
Fase / Phase. Veja fase do projeto.
Fase do projeto / Project Phase. Um conjunto de atividades do projeto, relacionadas de forma lógica, que
geralmente culminam com o término de uma entrega importante. Na maioria dos casos, as fases do projeto
são terminadas sequencialmente, mas podem se sobrepor em algumas situações do projeto. Uma fase do
projeto é um componente do ciclo de vida do projeto. Uma fase do projeto não é um grupo de processos de
gerenciamento de projetos.
Fatores ambientais da empresa / Enterprise Environmental Factors [Saídas/Entradas]. Qualquer um ou
todos os fatores ambientais externos e fatores ambientais organizacionais internos que cercam ou influenciam
o sucesso do projeto. Esses fatores são de qualquer uma ou de todas as empresas envolvidas no projeto e
incluem cultura e estrutura organizacional, infraestrutura, recursos existentes, bancos de dados comerciais,
condições de mercado e software de gerenciamento de projetos.
Ferramenta / Tool. Alguma coisa tangível, como um modelo ou um programa de software, usada na realização
de uma atividade para produzir um produto ou resultado.
Folga / Float. Veja folga total e folga livre.
Folga / Slack. Veja folga total e folga livre.
Folga livre (Fl) / Free Float (FF). O tempo permitido para atraso de uma atividade do cronograma sem atrasar
a data de início mais cedo de qualquer uma das atividades do cronograma imediatamente subsequentes. Veja
também folga total.
Folga total / Total Float. O atraso total permitido para a data de início mais cedo de uma atividade do cronograma
sem atrasar a data de término do projeto ou violar uma restrição do cronograma. É calculada através do método
do caminho crítico e da determinação da diferença entre as datas de término mais cedo e as datas de término
mais tarde. Veja também folga livre.
Fornecedor / Seller. Um provedor ou fornecedor de produtos, serviços ou resultados para uma organização.
gatilhos / Triggers. Indicações de que um risco ocorreu ou está para ocorrer. Os gatilhos podem ser descobertos
no processo de identificação dos riscos e observados no processo de monitoramento e controle dos riscos. Os
gatilhos às vezes são chamados de sintomas de risco ou sinais de alerta.
gerenciamento da integração do projeto / Project Integration Management [Área de conhecimento]. O
Gerenciamento da integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias para identificar, definir,
combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades de gerenciamento do projeto dentro dos Grupos
de processos de gerenciamento do projeto.
gerenciamento da qualidade do projeto / Project Quality Management [Área de conhecimento]. O
Gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos e as atividades da organização executora que
determinam as políticas de qualidade, os objetivos e as responsabilidades, de modo que o projeto satisfaça as
necessidades para as quais foi empreendido.

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glOSSÁRIO

gerenciamento das aquisições do projeto / Project Procurement Management [Área de conhecimento]. O


Gerenciamento das aquisições do projeto inclui os processos de compra ou aquisição de produtos, serviços ou
resultados externos à equipe do projeto necessários para realizar o trabalho.
gerenciamento das comunicações do projeto / Project Communications Management [Área de
conhecimento]. O Gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar
que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas
de maneira oportuna e apropriada.
gerenciamento de portfólios / Portfolio Management [Técnica]. O gerenciamento centralizado de um
ou mais portfólios, que inclui identificação, priorização, autorização, gerenciamento e controle de projetos,
programas e outros trabalhos relacionados, para atingir objetivos estratégicos de negócios.
gerenciamento de programas / Program Management. O gerenciamento centralizado coordenado de um
programa para a realização de seus objetivos estratégicos e benefícios.
gerenciamento de projetos / Project Management. A aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas
e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos.
gerenciamento do escopo do projeto / Project Scope Management [Área de conhecimento]. O Gerenciamento
do escopo do projeto inclui os processos necessários para assegurar que o projeto inclua todo o trabalho
necessário, e apenas o necessário, para que o projeto termine com êxito.
gerenciamento do tempo do projeto / Project Time Management [Área de conhecimento]. O Gerenciamento
do tempo do projeto inclui os processos necessários para gerenciar o término pontual do projeto.
gerenciamento do valor agregado (gvA) / Earned value Management (EvM). Uma metodologia de
gerenciamento usada para integrar o escopo, o cronograma e os recursos e para medir objetivamente o
desempenho e o progresso do projeto. Para medir o desempenho, o custo orçado do trabalho realizado (ou seja,
o valor agregado) é determinado e comparado ao custo real do trabalho realizado (ou seja, o custo real).
gerenciamento dos custos do projeto / Project Cost Management [Área de conhecimento]. O Gerenciamento
dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em estimativas, orçamentos e controle dos custos, de
modo que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado.
gerenciamento dos recursos humanos do projeto / Project human Resource Management [Área de
conhecimento]. O Gerenciamento dos recursos humanos do projeto inclui os processos que organizam e
gerenciam a equipe do projeto.
gerenciamento dos riscos do projeto / Project Risk Management [Área de conhecimento]. O Gerenciamento
dos riscos do projeto inclui os processos relacionados com o planejamento, identificação, análise, elaboração
de respostas, monitoramento e controle dos riscos em um projeto.
gerenciar a equipe do projeto / Manage Project Team [Processo]. O processo de acompanhar o desempenho
de membros da equipe, fornecer feedback, resolver problemas e gerenciar mudanças para otimizar o
desempenho do projeto.
gerenciar as expectativas das partes interessadas / Manage Stakeholder Expectations [Processo].
O processo de comunicação e interação com as partes interessadas para atender às suas necessidades e
resolver as questões conforme as mesmas ocorrerem.
gerente do projeto (gP) / Project Manager (PM). A pessoa designada pela organização executora para
atingir os objetivos do projeto.
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glOSSÁRIO

gerente funcional / Functional Manager. Alguém com autoridade de gerenciamento sobre uma unidade
organizacional dentro de uma organização funcional. O gerente de qualquer grupo que na prática fabrique um
produto ou realize um serviço. Às vezes chamado de gerente de linha.
gráfico de controle / Control Chart [Ferramenta]. Uma representação gráfica dos dados do processo ao
longo do tempo e em relação aos limites de controle estabelecidos e que possui uma linha central que ajuda a
detectar uma tendência dos valores traçados na direção de um dos limites de controle.
gráfico de gantt / gantt Chart [Ferramenta]. Uma representação gráfica de informações relacionadas ao
cronograma. Em um gráfico de barras típico, as atividades do cronograma ou os componentes da estrutura analítica
do projeto são listados verticalmente do lado esquerdo do gráfico, as datas são mostradas horizontalmente na
parte superior e as durações das atividades são exibidas como barras horizontais posicionadas de acordo com
as datas.
grau / grade. Categoria ou classificação utilizada para diferenciar itens que possuem a mesma utilidade
funcional (por exemplo, “martelo”), mas que não têm os mesmos requisitos de qualidade (por exemplo, podem
ser necessários tipos diferentes de martelos para resistir a diferentes graus de força).
grupo de processos de gerenciamento de projetos / Project Management Process group. Um agrupamento
lógico de entradas, ferramentas, técnicas e saídas de gerenciamento de projetos. Os grupos de processos
de gerenciamento de projetos incluem processos de iniciação, processos de planejamento, processos de
execução, processos de monitoramento e controle e processos de encerramento. Os grupos de processos de
gerenciamento de projetos não são fases do projeto.
histograma de recursos / Resource histogram. Um gráfico de barras que representa o tempo em que
um recurso está agendado para trabalhar por uma série de períodos de tempo. A disponibilidade do recurso
pode ser representada graficamente como uma linha para fins de comparação. Barras contrastantes podem
demonstrar quantidades reais de recursos usados conforme o projeto se desenvolve.
Identificador da atividade / Activity Identifier. Uma identificação numérica ou de texto, curta e exclusiva,
atribuída a cada atividade do cronograma para diferenciá-la de outras atividades. Normalmente único dentro
de um diagrama de rede do cronograma do projeto.
Identificar as partes interessadas / Identify Stakeholders [Processo]. O processo de identificação de
todas as pessoas ou organizações que possam ser afetadas pelo projeto e de documentação das informações
relevantes relacionadas aos seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto.
Identificar os riscos / Identify Risks [Processo]. O processo de determinação dos riscos que podem afetar o
projeto e de documentação de suas características.
índice de desempenho de custos (IDC) / Cost Performance Index (CPI). Uma medida da eficiência de custos
em um projeto. É a relação entre o valor agregado (VA) e os custos reais (CR). IDC = VA dividido por CR.
índice de desempenho de prazos (IDP) / Schedule Performance Index (SPI). Uma medida da eficiência do
cronograma em um projeto. É a relação entre o valor agregado (VA) e o valor planejado (VP). O IDP = VA dividido
pelo VP.
índice de desempenho para término (IDPT) / To-Complete-Performance-Index (TCPI). A projeção
calculada do desempenho de custos que deve ser alcançado no trabalho restante para atender um objetivo
de gerenciamento especificado, como o orçamento no término (ONT) ou a estimativa no término (ENT). É a
proporção entre o “trabalho restante” e os “recursos financeiros restantes”.

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glOSSÁRIO

Informações históricas / historical Information. Documentos e dados sobre projetos anteriores que incluem
arquivos de projetos, registros, correspondências, contratos encerrados e projetos encerrados.
Informações sobre o desempenho do trabalho / Work Performance Information [Saídas/Entradas].
Informações e dados sobre o andamento das atividades do cronograma do projeto que estão sendo realizadas
para executar o trabalho do projeto, coletados como parte do processo de orientar e gerenciar a execução
do projeto. As informações incluem: situação das entregas, andamento da implementação de solicitações de
mudança, ações corretivas, ações preventivas e reparos de defeitos, previsão de estimativas para terminar,
percentual informado de trabalho fisicamente terminado, valor atingido de medições de desempenho técnico,
datas de início e de término de atividades do cronograma.
Iniciação do projeto / Project Initiation. Lançamento de um processo que pode resultar na autorização de
um novo projeto.
Início para início (II) / Start-to-Start (SS). O relacionamento lógico em que a iniciação do trabalho da atividade
sucessora do cronograma depende da iniciação do trabalho da atividade predecessora do cronograma. Veja
também relacionamento lógico.
Início para término (IT) / Start-to-Finish (SF). O relacionamento lógico em que o término da atividade
sucessora do cronograma depende da iniciação da atividade predecessora do cronograma. Veja também
relacionamento lógico.
Inspeção / Inspection [Técnica]. Exame ou medida para verificar se uma atividade, componente, produto,
resultado ou serviço está de acordo com os requisitos especificados.
lições aprendidas / lessons learned [Saídas/Entradas]. A aprendizagem obtida no processo de realização
do projeto. As lições aprendidas podem ser identificadas a qualquer momento. Também consideradas um
registro do projeto, que será incluído na base de conhecimento de lições aprendidas.
limite / Threshold. Um valor de custo, de tempo, de qualidade, técnico ou de recurso usado como parâmetro
e que pode ser incluído nas especificações do produto. Ultrapassar o limite deve provocar alguma ação, como
a geração de um relatório de exceções.
limites de controle / Control limits. A área composta de três desvios padrão em ambos os lados da linha
central, ou média, de uma distribuição normal de dados traçados em um gráfico de controle que reflete a
variação esperada nos dados. Veja também limites de especificação.
limites de especificação / Specification limits. A área em ambos os lados da linha central, ou média, de
dados traçados em um gráfico de controle que atende aos requisitos do cliente para um produto ou serviço.
Essa área pode ser maior ou menor que a área definida pelos limites de controle. Veja também limites de
controle.
linha de base / Baseline. Um plano aprovado para um projeto, somadas ou subtraídas as mudanças aprovadas.
Ela é comparada com o desempenho real para determinar se o desempenho está dentro dos limites de variação
aceitáveis. Em geral, refere-se à linha de base atual, mas pode se referir à original ou a alguma outra linha de
base. Normalmente usada com um atributo modificador (por exemplo, linha de base do desempenho de custos,
do cronograma, da medição do desempenho, linha de base técnica).
linha de base da medição do desempenho / Performance Measurement Baseline. Um plano aprovado
para o trabalho do projeto, integrando escopo, tempo e custos, em relação ao qual a execução do projeto é
comparada e medida visando gerenciar o seu desempenho. Parâmetros técnicos e de qualidade podem ser
considerados.
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glOSSÁRIO

linha de base do cronograma / Schedule Baseline. Uma versão específica do modelo de cronograma
usada para comparar os resultados reais com o plano para determinar se ações preventivas ou corretivas são
necessárias para atender aos objetivos do projeto.
linha de base do desempenho dos custos / Cost Performance Baseline. Uma versão específica do
orçamento dividido em fases, usada para comparar os custos reais com os custos planejados, determinando a
necessidade de ações preventivas ou corretivas para atender aos objetivos do projeto.
linha de base do escopo / Scope Baseline. Uma versão específica aprovada da declaração detalhada do
escopo, da estrutura analítica do projeto (EAP) e do dicionário da EAP associado.
lista da equipe do projeto / Project Team Directory. Uma lista documentada dos membros da equipe do
projeto, suas funções no projeto e informações de comunicação.
lista das atividades / Activity list [Saídas/Entradas]. Uma tabela documentada das atividades do cronograma
que mostra a descrição da atividade, o identificador da atividade e uma descrição suficientemente detalhada
do escopo do trabalho para que os membros da equipe do projeto compreendam que trabalho deverá ser
realizado.
lógica de rede / network logic. O conjunto de dependências de atividades do cronograma que compõe um
diagrama de rede do cronograma do projeto.
Marco / Milestone. Um ponto ou evento significativo no projeto.
Material / Material. O conjunto de objetos usados por uma organização em qualquer empreendimento, como
equipamentos, dispositivos, ferramentas, máquinas, aparelhos, materiais e suprimentos.
Matriz de probabilidade e impacto / Probability and Impact Matrix [Ferramenta]. Uma forma comum de
determinar se um risco é considerado baixo, moderado ou alto através da combinação das duas dimensões de
um risco: sua probabilidade de ocorrência e seu impacto nos objetivos, caso ocorra.
Matriz de rastreabilidade dos requisitos / Requirements Traceability Matrix. Uma tabela que liga os
requisitos às suas origens e os rastreia durante todo o ciclo de vida do projeto.
Matriz de responsabilidades (MR) / Responsibility Assignment Matrix (RAM) [Ferramenta]. Uma estrutura
que relaciona a estrutura analítica organizacional do projeto com a estrutura analítica do projeto para ajudar a
garantir que cada componente do escopo de trabalho do projeto seja atribuído a uma pessoa ou equipe.
Medição de desempenho técnico / Technical Performance Measurement [Técnica]. Uma técnica de medição
de desempenho que compara as realizações técnicas durante a execução do projeto com o cronograma de
realizações técnicas planejadas do plano de gerenciamento do projeto. Ela pode usar parâmetros técnicos
importantes do produto produzido pelo projeto como uma métrica de qualidade. Os valores medidos obtidos
fazem parte das informações sobre o desempenho do trabalho.
Membros da equipe / Team Members. Veja membros da equipe do projeto.
Método da corrente crítica / Critical Chain Method [Técnica]. Uma técnica de análise de rede do cronograma
que modifica o cronograma do projeto para que se leve em conta a limitação de recursos.
Método do caminho crítico (MCC) / Critical Path Method (CPM) [Técnica]. Uma técnica de análise de rede
do cronograma usada para determinar a flexibilidade na elaboração de cronogramas (a quantidade de folga)
nos diversos caminhos lógicos de rede do cronograma do projeto e para determinar a duração mínima total do

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glOSSÁRIO

projeto. As datas de início e de término mais cedo são calculadas através de um caminho de ida, usando uma
data de início especificada. As datas de início e de término mais tarde são calculadas através de um caminho
de volta, começando de uma data de término especificada, que ocasionalmente é a data de término mais cedo
do projeto determinada durante o cálculo do caminho de ida. Veja também caminho crítico.
Método do diagrama de precedência (MDP) / Precedence Diagramming Method (PDM) [Técnica]. Uma
técnica de diagramação de rede do cronograma onde as atividades do cronograma são representadas por
caixas (ou nós). As atividades do cronograma são graficamente ligadas por um ou mais relacionamentos
lógicos para demonstrar a sequência em que as atividades devem ser realizadas.
Metodologia / Methodology. Um sistema de práticas, técnicas, procedimentos e regras usado pelas pessoas
que trabalham em uma disciplina.
Mitigação de riscos / Risk Mitigation [Técnica]. Uma técnica de planejamento de respostas aos riscos
associada às ameaças que busca reduzir a probabilidade de ocorrência ou o impacto de um risco a um nível
abaixo do limite aceitável.
Mobilizar a equipe do projeto / Acquire Project Team [Processo]. O processo de confirmação da disponibilidade
dos recursos humanos e obtenção da equipe necessária para terminar as designações do projeto.
Modelo / Template. Um documento parcialmente completo em um formato predefinido, que fornece uma
estrutura definida para coletar, organizar e apresentar informações e dados.
Modelo de cronograma / Schedule Model [Ferramenta]. Um modelo usado junto com métodos manuais
ou software de gerenciamento de projetos para realizar uma análise de rede do cronograma a fim de gerar o
cronograma do projeto, que será usado no gerenciamento da execução de um projeto. Veja também cronograma
do projeto.
Monitorar / Monitor. Coletar dados de desempenho do projeto referentes a um plano, produzir medições de
desempenho e relatar e divulgar informações sobre o desempenho.
Monitorar e controlar o trabalho do projeto / Monitor and Control Project Work [Processo]. O processo de
acompanhamento, revisão e regulação do progresso para atender aos objetivos de desempenho definidos no
plano de gerenciamento do projeto.
Monitorar e controlar os riscos / Monitor and Control Risks [Processo]. O processo de implementação
de planos de respostas aos riscos, acompanhamento dos riscos identificados, monitoramentos dos riscos
residuais, identificação de novos riscos e avaliação do processo de risco durante todo o projeto.
Mudança solicitada / Requested Change [Saídas/Entradas]. Uma solicitação de mudança formalmente
documentada submetida à aprovação para o processo de Realizar o controle integrado de mudanças.
Mudanças do escopo / Scope Change. Qualquer mudança no escopo do projeto. Uma mudança do escopo
quase sempre exige um ajuste nos custos ou no cronograma do projeto.
nivelamento / leveling. Veja nivelamento de recursos.
nivelamento de recursos / Resource leveling [Técnica]. Qualquer forma de análise de rede do cronograma
na qual as decisões de elaboração de cronograma (datas de início e término) se baseiam em restrições de
recursos (por exemplo, disponibilidade limitada de recursos ou mudanças de difícil administração nos níveis
de disponibilidade de recursos).

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glOSSÁRIO

nó / node. Um dos pontos que definem uma rede de cronograma; um ponto de junção unido a algumas ou a
todas as outras linhas de dependência.
Objetivo / Objective. Algo em cuja direção o trabalho deve ser orientado, uma posição estratégica a ser
alcançada ou um objetivo a ser atingido, um resultado a ser obtido, um produto a ser produzido ou um serviço
a ser realizado.
Opinião especializada / Expert judgment [Técnica]. Opinião fornecida baseada em especialização numa
área de aplicação, área de conhecimento, disciplina, setor econômico, etc. adequada para a atividade que
está sendo realizada. Essa especialização pode ser oferecida por qualquer grupo ou pessoa com formação,
conhecimento, habilidade, experiência ou treinamento especializado
Oportunidade / Opportunity. Uma condição ou situação favorável para o projeto, um conjunto positivo de
circunstâncias, um conjunto positivo de eventos, um risco que terá impacto positivo nos objetivos do projeto ou
uma possibilidade de mudanças positivas. Compare com ameaça.
Orçamento / Budget. A estimativa aprovada para o projeto ou qualquer componente da estrutura analítica do
projeto ou atividade do cronograma. Veja também estimativa.
Orçamento no término (OnT) / Budget at Completion (BAC). A soma de todos os valores de orçamento
estabelecidos para o trabalho a ser realizado em um projeto, componente da estrutura analítica do projeto ou
atividade do cronograma. O valor planejado total do projeto.
Organização executora / Performing Organization. A empresa cujos funcionários estão mais diretamente
envolvidos na execução do trabalho do projeto.
Organização funcional / Functional Organization. Uma organização hierárquica na qual cada funcionário
tem um superior bem definido; e os funcionários são agrupados por áreas de especialização e gerenciados por
uma pessoa especializada nessa área.
Organização matricial / Matrix Organization. Qualquer estrutura organizacional na qual o gerente de projetos
divide as responsabilidades com os gerentes funcionais para atribuição de prioridades e orientação do trabalho
das pessoas designadas para o projeto.
Organização por projeto / Projectized Organization. Qualquer estrutura organizacional na qual o gerente de
projetos possui autoridade total para atribuir prioridades, aplicar recursos e orientar o trabalho das pessoas
designadas para o projeto.
Organograma do projeto / Project Organization Chart [Saídas/Entradas]. Um documento que representa
graficamente os membros da equipe do projeto e seus inter-relacionamentos para um projeto específico.
Orientar e gerenciar a execução do projeto / Direct and Manage Project Execution [Processo]. O processo
de realização do trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto para atingir os objetivos do projeto.
Pacote de planejamento / Planning Package. Um componente da estrutura analítica do projeto posicionado
abaixo da conta de controle e com conteúdo de trabalho conhecido, mas sem atividades do cronograma
detalhadas. Veja também conta de controle.
Pacote de trabalho / Work Package. Uma entrega ou componente do trabalho do projeto no nível mais baixo
de cada ramo da estrutura analítica do projeto. Veja também conta de controle.

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glOSSÁRIO

Padrão / Standard. Um documento que fornece, para uso comum e repetido, regras, diretrizes ou
características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de sequência em um
dado contexto.
Papel / Role. Um papel definido a ser realizado por um membro da equipe do projeto, como teste, arquivamento,
inspeção, codificação.
Paralelismo / Fast Tracking [Técnica]. Uma técnica específica para compressão de cronograma de um
projeto que altera a lógica de rede sobrepondo fases que normalmente seriam realizadas em sequência, como
a fase de projeto e a fase de construção, ou para realizar atividades do cronograma em paralelo. Veja também
compressão de cronograma.
Partes interessadas / Stakeholder. Pessoas e organizações, como clientes, patrocinadores, organizações
executoras e o público, que estejam ativamente envolvidas no projeto ou cujos interesses possam ser afetados
de forma positiva ou negativa pela execução ou término do projeto. Elas podem também exercer influência
sobre o projeto e suas entregas.
Patrocinador / Sponsor. A pessoa ou o grupo que fornece os recursos financeiros, em dinheiro ou em espécie,
para o projeto.
Percentual completo / Percent Complete. Uma estimativa, expressa como percentual, da quantidade de
trabalho terminado em uma atividade ou num componente da estrutura analítica do projeto.
Planejamento em ondas sucessivas / Rolling Wave Planning [Técnica]. Uma forma de planejamento de
elaboração progressiva em que o trabalho que será realizado a curto prazo é planejado em detalhes em
um nível baixo da estrutura analítica do projeto, enquanto o trabalho distante no futuro é planejado em um
nível relativamente alto da estrutura analítica do projeto. Porém, o planejamento detalhado do trabalho a ser
realizado dentro de mais um ou dois períodos no futuro próximo é feito conforme o trabalho está sendo
terminado durante o período atual.
Planejar a qualidade / Plan Quality [Processo]. O processo de identificação dos requisitos e/ou padrões de
qualidade do projeto e do produto, além da documentação de como o projeto atingirá a conformidade.
Planejar as aquisições / Plan Procurements [Processo]. O processo de documentação das decisões de
compras do projeto, especificando a abordagem e identificando fornecedores em potencial.
Planejar as comunicações / Plan Communications [Processo]. O processo de determinação das necessidades
de informação das partes interessadas no projeto e definição de uma abordagem de comunicação.
Planejar as respostas aos riscos / Plan Risk Responses [Processo]. O processo de desenvolvimento de
opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.
Planejar o gerenciamento dos riscos / Plan Risk Management [Processo]. O processo de definição de
como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um projeto.
Plano de gerenciamento da qualidade / Quality Management Plan [Saídas/Entradas]. O plano de
gerenciamento da qualidade descreve como a equipe de gerenciamento do projeto implementará a política de
qualidade da organização executora. O plano de gerenciamento da qualidade faz parte, ou é um plano auxiliar,
do plano de gerenciamento do projeto.
Plano de gerenciamento das aquisições / Procurement Management Plan [Saídas/Entradas]. O documento
que descreve como serão gerenciados os processos de aquisição, desde o desenvolvimento dos documentos
de aquisição até o encerramento do contrato.
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Plano de gerenciamento das comunicações / Communication Management Plan [Saídas/Entradas]. O


documento que descreve: as necessidades de comunicação e as expectativas para o projeto, como e em que
formato as informações serão comunicadas, quando e onde será feita cada comunicação e quem é responsável
pelo fornecimento de cada tipo de comunicação. O plano de gerenciamento das comunicações faz parte, ou é
um plano auxiliar, do plano de gerenciamento do projeto.
Plano de gerenciamento de pessoal / Staffing Management Plan [Processo]. O documento que descreve
quando e como serão obtidos os requisitos de recursos humanos. Ele faz parte ou é um plano auxiliar do plano
de recursos humanos.
Plano de gerenciamento do cronograma / Schedule Management Plan [Saídas/Entradas]. O documento
que estabelece os critérios e as atividades para o desenvolvimento e o controle do cronograma do projeto. Ele
faz parte ou é um plano auxiliar do plano de gerenciamento do projeto.
Plano de gerenciamento do escopo / Scope Management Plan [Saídas/Entradas]. O documento que descreve
como o escopo do projeto será definido, desenvolvido e verificado e como a estrutura analítica do projeto será
criada e definida, fornecendo orientação sobre como o escopo do projeto será gerenciado e controlado pela
equipe de gerenciamento de projetos. Ele faz parte ou é um plano auxiliar do plano de gerenciamento do
projeto.
Plano de gerenciamento do projeto / Project Management Plan [Saídas/Entradas]. Um documento formal e
aprovado que define como o projeto é executado, monitorado e controlado. Ele pode ser resumido ou detalhado
e ser formado por um ou mais planos de gerenciamento auxiliares e outros documentos de planejamento.
Plano de gerenciamento dos custos / Cost Management Plan [Saídas/Entradas]. O documento que define
o formato e estabelece as atividades e os critérios de planejamento, estruturação e controle dos custos do
projeto. O plano de gerenciamento dos custos faz parte, ou é um plano auxiliar do plano de gerenciamento do
projeto.
Plano de gerenciamento dos riscos / Risk Management Plan [Saídas/Entradas]. O documento que descreve
como o gerenciamento dos riscos do projeto será estruturado e realizado no projeto. Ele faz parte ou é um plano
auxiliar do plano de gerenciamento do projeto. As informações no plano de gerenciamento dos riscos variam
de acordo com a área de aplicação e o tamanho do projeto. O plano de gerenciamento dos riscos é diferente do
registro dos riscos, que contém a lista de riscos do projeto, os resultados da análise dos riscos e as respostas
aos riscos.
Plano de recursos humanos / human Resource Plan. Um documento que descreve como papéis e
responsabilidades, relações hierárquicas e gerenciamento de pessoal serão considerados e estruturados para
o projeto. Ele faz parte ou é um plano auxiliar do plano de gerenciamento do projeto.
Portfólio / Portfolio. Um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos agrupados para facilitar o
gerenciamento eficaz desse trabalho a fim de atender aos objetivos estratégicos de negócios. Os projetos ou
programas do portfólio podem não ser necessariamente interdependentes ou diretamente relacionados.
Prática / Practice. Um tipo específico de atividade profissional ou de gerenciamento que contribui para a
execução de um processo e que pode empregar uma ou mais técnicas e ferramentas.
Premissas / Assumptions. Premissas são fatores que, para fins de planejamento, são considerados verdadeiros,
reais ou certos sem prova ou demonstração.

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glOSSÁRIO

Prevenção de riscos / Risk Avoidance [Técnica]. Uma técnica de planejamento de respostas aos riscos
para uma ameaça que cria mudanças no plano de gerenciamento do projeto destinadas a eliminar o risco ou
proteger os objetivos do projeto de seu impacto.
Previsões / Forecasts. Uma estimativa ou prognóstico de condições e eventos futuros do projeto com base
nas informações e no conhecimento disponíveis no momento da previsão. As informações se baseiam no
desempenho passado e no desempenho futuro esperado do projeto e incluem dados que poderiam afetar o
projeto no futuro, como estimativa no término e estimativa para terminar.
Processos de encerramento / Closing Processes [Grupo de processos]. Os processos executados para
finalizar todas as atividades, de todos os grupos de processos de gerenciamento do projeto, visando encerrar
formalmente o projeto ou a fase.
Processos de execução / Executing Processes [Grupo de processos]. Os processos realizados para terminar
o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto para satisfazer os objetivos do projeto.
Processos de iniciação / Initiating Processes [Grupo de processos]. Os processos realizados para definir
um novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente, através da obtenção de autorização para iniciar o
projeto ou fase.
Processos de monitoramento e controle / Monitoring and Controlling Processes [Grupo de processos]. Os
processos necessários para acompanhar, revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto, identificar
todas as áreas nas quais serão necessárias mudanças no plano e iniciar as mudanças correspondentes.
Processos de planejamento / Planning Processes [Grupo de processos]. Os processos realizados para
estabelecer o escopo total do esforço, definir e refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação necessário
para alcançar esses objetivos.
Produto / Product. Um objeto produzido, quantificável e que pode ser um item final ou um item componente.
Produtos também são chamados de materiais ou bens. Compare com resultado. Veja também entrega.
Programa / Program. Um grupo de projetos relacionados gerenciados de modo coordenado para a obtenção
de benefícios e controle que não estariam disponíveis se eles fossem gerenciados individualmente. Programas
podem incluir elementos de trabalho relacionado fora do escopo dos projetos distintos no programa.
Projeto / Project. Um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único.
Provisão para contingências / Contingency Allowance. Veja reserva.
Qualidade / Quality. O grau com que um conjunto de características inerentes atende aos requisitos.
Questão / Issue. Um ponto ou assunto em discussão ou em disputa ou um ponto ou assunto que não está
resolvido e está sob discussão ou sobre o qual existem pontos de vista opostos ou desacordos.
Realizar a análise qualitativa / Perform Qualitative Analysis [Processo]. O processo de priorização de
riscos para análise ou ação adicional através da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência
e impacto.
Realizar a análise quantitativa / Perform Quantitative Analysis [Processo]. O processo de analisar
numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto.

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Realizar a garantia da qualidade / Perform Quality Assurance [Processo]. O processo de auditoria dos
requisitos de qualidade e dos resultados das medições do controle da qualidade para garantir que sejam
usados os padrões de qualidade e definições operacionais apropriados.
Realizar o controle da qualidade / Perform Quality Control [Processo]. O processo de monitoramento e
registro dos resultados da execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as
mudanças necessárias.
Realizar o controle integrado de mudanças / Perform Integrated Change Control [Processo]. O processo
de análise de todas as solicitações de mudança, aprovação de mudanças e gerenciamento de mudanças em
entregas, ativos de processos organizacionais, documentos de projeto e plano de gerenciamento do projeto.
Recurso / Resource. Recursos humanos especializados (disciplinas específicas, individualmente ou em grupos
ou equipes), equipamentos, serviços, suprimentos, commodities, materiais, orçamentos ou fundos.
Rede / network. Veja diagrama de rede do cronograma do projeto.
Registro / log. Um documento usado para registrar e descrever ou indicar itens selecionados identificados
durante a execução de um processo ou atividade. Geralmente usado com um modificador, como: problema,
controle da qualidade, ação ou defeito.
Registro dos riscos / Risk Register [Saídas/Entradas]. O documento que contém os resultados da análise
qualitativa e quantitativa dos riscos e do planejamento de respostas aos riscos. O registro dos riscos detalha
todos os riscos identificados, incluindo descrição, categoria, causa, probabilidade de ocorrência, impacto(s) nos
objetivos, respostas sugeridas, proprietários e estado atual.
Regulamentação / Regulation. Requisitos impostos por um órgão governamental. Esses requisitos podem
estabelecer características de um produto, processo ou serviço—inclusive cláusulas administrativas
aplicáveis—que devem estar de acordo com a legislação governamental.
Reivindicação / Claim. Uma solicitação, exigência ou declaração de direitos feita por um fornecedor em
relação a um comprador ou vice versa, para consideração, compensação ou pagamento sob os termos de um
contrato legal, como no caso de uma mudança contestada.
Relação de precedência / Precedence Relationship. O termo utilizado no método do diagrama de precedência
para um relacionamento lógico. No entanto, no uso atual, os termos relação de precedência, relacionamento
lógico e dependência são amplamente utilizados de forma intercambiável, independentemente do método de
diagramação empregado. Veja também relacionamento lógico.
Relacionamento lógico / logical Relationship. Uma dependência entre duas atividades do cronograma do
projeto ou entre uma atividade do cronograma do projeto e um marco do cronograma. Os quatro tipos possíveis
de relacionamentos lógicos são: Término para início, Término para término, Início para início e Início para
término. Veja também relação de precedência.
Relatórios de desempenho / Performance Reports [Saídas/Entradas]. Documentos e apresentações que
fornecem informações organizadas e resumidas sobre o desempenho do trabalho, cálculos e parâmetros de
gerenciamento do valor agregado e análises de andamento e progresso do trabalho do projeto.
Reparo de defeito / Defect Repair. A identificação documentada formalmente de um defeito em um componente
do projeto com a recomendação para reparar o defeito ou substituir completamente o componente.

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Reportar o desempenho / Report Performance [Processo]. O processo de coleta e distribuição de informações


sobre o desempenho, inclusive relatórios de andamento, medições do progresso e previsões.
Requisito / Requirement. Uma condição ou capacidade que deve ser atendida ou possuída por um sistema,
produto, serviço, resultado ou componente para satisfazer um contrato, uma norma, uma especificação ou outro
documento impostos formalmente. Os requisitos incluem necessidades, desejos e expectativas quantificados e
documentados do patrocinador, do cliente e de outras partes interessadas.
Reserva / Reserve. Uma provisão no plano de gerenciamento do projeto para mitigar os riscos de custos e/ou
de cronograma. Muitas vezes usada com um modificador (por exemplo, reserva de gerenciamento, reserva de
contingência) para fornecer mais detalhes sobre que tipos de risco devem ser mitigados.
Reserva para contingências / Contingency Reserve [Saídas/Entradas]. Os fundos, o orçamento ou o tempo
necessário, além da estimativa, para reduzir o risco de ultrapassar os objetivos do projeto a um nível aceitável
para a organização.
Restrição / Constraint [Entradas]. O estado, a qualidade ou o sentido de estar restrito a uma determinada
ação ou inatividade. Uma restrição ou limitação aplicável, interna ou externa, a um projeto, a qual afetará o
desempenho do projeto ou de um processo. Por exemplo, uma restrição do cronograma é qualquer limitação
ou condição colocada no cronograma do projeto que afeta o momento em que uma atividade do cronograma
pode ser agendada e geralmente está na forma de datas impostas fixas.
Resultado / Result. Uma saída dos processos e atividades de gerenciamento de projetos. Os resultados
incluem efeitos (por exemplo, sistemas integrados, processo revisado, organização reestruturada, testes,
pessoal treinado, etc.) e documentos (por exemplo, políticas, planos, estudos, procedimentos, especificações,
relatórios, etc.). Compare com produto. Veja também entrega.
Retrabalho / Rework. Ação tomada para fazer com que um componente imperfeito ou fora das especificações
fique em conformidade com os requisitos ou especificações.
Risco / Risk. Um evento ou condição incerta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo nos
objetivos de um projeto.
Risco residual / Residual Risk. Um risco que continua após as respostas a riscos terem sido
implementadas.
Risco secundário / Secondary Risk. Um risco que surge como resultado direto da implementação de uma
resposta aos riscos.
Saídas / Output [Saídas do processo]. Um produto, resultado ou serviço gerado por um processo. Pode ser um
dado necessário como entrada para um processo sucessor.
Scope Creep / Scope Creep. Adição de recursos e funcionalidade (escopo do projeto) sem consideração dos
efeitos sobre tempo, custos e recursos, ou sem a aprovação do cliente.
Sequenciar as atividades / Sequence Activities [Processo]. O processo de identificação e documentação
dos relacionamentos entre as atividades do projeto.
Simulação / Simulation. Uma simulação utiliza um modelo de projeto que representa as incertezas especificadas
de maneira detalhada em relação a seu possível impacto nos objetivos expressos no nível do projeto como um
todo. As simulações de projetos usam modelos computacionais e estimativas de risco, geralmente expressas
como uma distribuição de probabilidade dos possíveis custos ou durações em um nível de trabalho detalhado,
e são normalmente realizadas utilizando a Simulação de Monte Carlo.
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glOSSÁRIO

Simulação de Monte Carlo / Monte Carlo Simulation. Um processo que gera centenas ou milhares de
resultados prováveis de desempenho com base em distribuições de probabilidade do custo e do cronograma
em tarefas distintas. Os resultados são então usados para gerar uma distribuição de probabilidade para o
projeto como um todo.
Sistema de autorização do trabalho / Work Authorization System [Ferramenta]. Um subsistema do sistema
de gerenciamento de projetos global. É um conjunto de procedimentos formais documentados que define como
o trabalho do projeto será autorizado (cometido) para garantir que o trabalho será realizado pela organização
identificada, no momento certo e na sequência adequada. Ele inclui os passos, os documentos, o sistema de
acompanhamento e os níveis de aprovação definidos necessários para a emissão de autorizações de trabalho.
Sistema de controle de mudanças / Change Control System [Ferramenta]. Um conjunto de procedimentos
formais e documentados que define como as entregas e a documentação do projeto serão controladas, alteradas
e aprovadas. Na maior parte das áreas de aplicação, o sistema de controle de mudanças é um subconjunto do
sistema de gerenciamento de configuração.
Sistema de gerenciamento de configuração / Configuration Management System [Ferramenta]
Um subsistema do sistema de gerenciamento global de projeto. É um conjunto de procedimentos formais
documentados, usados para aplicar orientação e supervisão técnicas e administrativas para: identificar e
documentar as características funcionais e físicas de um produto, resultado, serviço ou componente, controlar
quaisquer mudanças feitas nessas características, registrar e relatar cada mudança e o andamento de sua
implementação e dar suporte à auditoria dos produtos, resultados ou componentes para verificar a conformidade
com os requisitos. Ele inclui a documentação, os sistemas de acompanhamento e os níveis de aprovação
definidos necessários para autorização e controle das mudanças.
Sistema de gerenciamento de projetos / Project Management System [Ferramenta]. A associação dos
processos, ferramentas, técnicas, metodologias, recursos e procedimentos para o gerenciamento de um projeto.
Sistema de informações do gerenciamento de projetos (SIgP) / Project Management Information System
(PMIS) [Ferramenta]. Um sistema de informações que consiste de ferramentas e técnicas usadas para reunir,
integrar e disseminar as saídas dos processos de gerenciamento de projetos. Ele é usado para dar suporte a
todos os aspectos do projeto, da iniciação ao encerramento, e pode incluir sistemas manuais e automatizados.
Solicitação de cotação (SDC) / Request for Quotation (RFQ). Um tipo de documento de aquisição usado para
solicitar cotações de preços de produtos ou serviços comuns ou padrão de possíveis fornecedores. Às vezes
é usado no lugar de solicitação de proposta e, em algumas áreas de aplicação, pode ter um significado mais
restrito ou mais específico.
Solicitação de informações / Request for Information (RFI). Um tipo de documento de aquisição pelo qual o
comprador solicita a um possível fornecedor que forneça várias informações relacionadas a um produto, serviço
ou capacidade do fornecedor.
Solicitação de mudança / Change Request. Solicitações para aumentar ou reduzir o escopo do projeto, modificar
políticas, processos, planos ou procedimentos, modificar custos ou orçamentos ou revisar cronogramas.
Solicitação de mudança aprovada / Approved Change Request [Saídas/Entradas]. Uma solicitação de
mudança que foi processada e aprovada através do processo de Realizar o controle integrado de mudanças.
Solicitação de proposta (SDP) / Request for Proposal (RFP). Um tipo de documento de aquisição usado para
solicitar propostas de produtos ou serviços de possíveis fornecedores. Em algumas áreas de aplicação, pode ter
um significado mais restrito ou mais específico.

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glOSSÁRIO

Solução de contorno / Workaround [Técnica]. Resposta a um risco negativo que ocorreu. Diferentemente do plano
de contingência, uma solução de contorno não é planejada antecipando-se à ocorrência do evento de risco.
Subfase / Subphase. Uma subdivisão de uma fase.
Subprojeto / Subproject. Uma parte menor do projeto total, criada quando um projeto é subdividido em
componentes ou partes mais facilmente gerenciáveis.
Sub-rede / Subnetwork. Uma subdivisão (fragmento) de um diagrama de rede do cronograma do projeto,
normalmente representando um subprojeto ou um pacote de trabalho. É usada com frequência para ilustrar ou
estudar alguma condição possível ou proposta do cronograma, como mudanças na lógica do cronograma ou
no escopo do projeto preferenciais.
Técnica / Technique. Um procedimento sistemático definido usado por um recurso humano para realizar uma
atividade a fim de produzir um produto ou resultado ou oferecer um serviço, e que pode empregar uma ou mais
ferramentas.
Técnica de Revisão e Avaliação de Programa (PERT) / Program Evaluation and Review Technique
(PERT). Uma técnica de estimativa que aplica uma média ponderada de estimativas otimista, pessimista e
mais provável quando existe incerteza em relação às estimativas da atividade distinta.
Técnica Delphi / Delphi Technique [Técnica]. Uma técnica de coleta de informações utilizada como meio de
alcançar um consenso de especialistas em um assunto. Nesta técnica, os especialistas no assunto participam
anonimamente. Um facilitador usa um questionário para solicitar ideias sobre os pontos importantes do
projeto relacionados ao assunto. As respostas são resumidas e então redistribuídas para os especialistas para
comentários adicionais. O consenso pode ser alcançado após algumas rodadas desse processo. A técnica Delphi
ajuda a reduzir a parcialidade nos dados e evita que alguém possa indevidamente influenciar o resultado.
Técnica do valor agregado (TvA) / Earned value Technique (EvT) [Técnica]. Uma técnica específica para a
medição de desempenho do trabalho e usada para estabelecer a linha de base da medição do desempenho.
Término para início (TI) / Finish-to-Start (FS). O relacionamento lógico em que a iniciação do trabalho da
atividade sucessora depende do término do trabalho da atividade predecessora. Veja também relacionamento
lógico.
Término para término (TT) / Finish-to-Finish (FF). O relacionamento lógico em que o término do trabalho
da atividade sucessora não pode terminar até o término do trabalho da atividade predecessora. Veja também
relacionamento lógico.
Termo de abertura / Charter. Veja termo de abertura do projeto.
Termo de abertura do projeto / Project Charter [Saídas/Entradas]. Um documento publicado pelo iniciador
ou patrocinador do projeto que autoriza formalmente a existência de um projeto e concede ao gerente do
projeto a autoridade para aplicar os recursos organizacionais nas atividades do projeto.
Tolerância a riscos / Risk Tolerance. O grau, a quantidade ou o volume de risco ao qual uma organização ou
um indivíduo está disposto a tolerar.
Transferência de riscos / Risk Transference [Técnica]. Uma técnica de planejamento de respostas aos riscos
que transfere o impacto de uma ameaça para terceiros, juntamente com a responsabilidade pela resposta.

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Unidade de calendário / Calendar Unit. A menor unidade de tempo utilizada na elaboração de cronogramas
de um projeto. Geralmente, as unidades de calendário são expressas em horas, dias ou semanas, mas podem
ser expressas também em trimestres, meses, turnos ou até mesmo em minutos.
validação / validation [Técnica]. A garantia de que um produto, serviço ou sistema atende às necessidades
do cliente e de outras partes interessadas. Muitas vezes, envolve a aceitação e adequabilidade com clientes
externos. Compare com verificação.
valor agregado (vA) / Earned value (Ev). O valor do trabalho terminado expresso em termos do orçamento
aprovado atribuído a esse trabalho para uma atividade do cronograma ou componente da estrutura analítica do
projeto. Também chamado de custo orçado do trabalho realizado (COTR).
valor planejado (vP) / Planned value (Pv). O orçamento autorizado atribuído ao trabalho agendado que será
realizado para a atividade do cronograma ou componente da estrutura analítica do projeto. Também chamado
de custo orçado do trabalho agendado (COTA).
variação / variance. Um desvio, um afastamento ou uma divergência quantificável em relação a uma linha de
base conhecida ou a um valor esperado.
variação de custos (vC) / Cost variance (Cv). Uma medida do desempenho de custos em um projeto. É a
diferença entre o valor agregado (VA) e o custo real (CR). VC = VA menos CR.
variação de prazos (vPR) / Schedule variance (Sv) Uma medida do desempenho de prazos em um projeto.
É a diferença entre o valor agregado (VA) e o valor planejado (VP). VPR = VA menos VP.
verificação / verification [Técnica]. A avaliação da conformidade de um produto, serviço ou sistema com
alguma regra, requisito, especificação ou condição imposta. A verificação é, muitas vezes, um processo interno.
Compare com validação.
verificar o escopo / verify Scope [Processo]. O processo de formalização da aceitação das entregas
terminadas do projeto.
voz do cliente / voice of the Customer. Uma técnica de planejamento usada para fornecer produtos, serviços
e resultados que refletem verdadeiramente os requisitos do cliente, transformando esses requisitos do cliente
em requisitos técnicos adequados para cada fase do desenvolvimento do produto do projeto.

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445
ÍNDICE REMISSIVO

A Amostragem estatística, 198, 206, 212


Análise da árvore de decisão, 298–299, 303
Ação corretiva Análise da causa-raiz, 204, 208, 287
definição, 83, 87, 92 causas-raiz dos riscos, 293, 294, 302, 310
solicitação de mudança para, 128, 205, 214, 265, 271, 351 Análise das partes interessadas, 248–250
Ação preventiva Análise de premissas, 287
definição, 83, 87, 92 Análise de reservas, 151, 173, 177, 311. Ver também Reserva
solicitações de mudança para, 128, 164, 205, 214, 242, para contingências
265, 271, 351 Análise das tendências, 186, 211–212, 294, 310
Acordos de cooperação, 319, 331 Análise de cenário E-se, 154, 156, 163
Acordos negociados, 343 Análise de custo-benefício, 75, 195
Adequação, 32, 37, 38, 64, 80, 81 Análise de desempenho das aquisições, 338
Administração de contrato. Ver Processo de Administrar as Análise de modos e efeitos de falha (FMEA), 190
aquisições Análise de Monte Carlo, 156, 299
Administração de reivindicações, 339 Análise de processos, 204
ADR. Análise de produto, 114
Ver Resolução alternativa de disputa Análise de rede do cronograma, 154, 155, 156
AE. Ver Esforço distribuído Análise de rede. Ver Análise de rede do cronograma
Agendamento Análise de requisitos das comunicações, 253–254
ferramenta, 157, 163 Análise de reservas de orçamento, 177
metodologia, 130 Análise de sensibilidade, 298
premissas, 160 Análise de sistemas, 114
visão geral, 132 Análise de valor, 114
Agendamento, O Padrão de Prática para, 152 Análise de variação, 127, 162, 186, 187, 268–269, 270, 310
Agrupamento de, 30, 234 Análise do caminho de ida/volta, 154
gerenciamento, 216 Análise do campo de força, 199
objetivos, 72, 230 Análise dos riscos , 192, 208, 210. Ver também Processo de
Agrupamento, equipe do projeto, 30, 234 Realizar a análise qualitativa dos riscos; Processo de Realizar
Ajuste de antecipações e esperas, 163 a análise quantitativa dos riscos
Alocação de recursos, 307 Análise estatística, 109
Alta administração Análise qualitativa dos riscos, 294
aprovação da política de qualidade , 194 Análise quantitativa, 151, 173, 291.
comunicando com, 16 Ver também Processo de Realizar a análise quantitativa
expectativas não realistas de, 234 dos riscos
papéis do comprador/fornecedor e, 331 tendências, resultados da análise dos riscos, 294, 301
suporte da equipe do projeto, 232 Análise SWOT (forças, fraquezas oportunidades e ameaças), 288
Ambiente de projeto em estrutura matricial, 225 Análises de desempenho, 162, 186, 338
Ameaças, 160, 170, 194, 288, 291, 292, 302, 306, 310 ANN. Ver Atividade no nó
estratégias para, 303–304 Antecipações, 156, 163
Amostragem de atributos, 206 atividade sucessora e, 140
Amostragem de variáveis, 206 Arbitragem, 343

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447
ínDICE REMISSIvO

Áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos. Ver Áreas C


de conhecimento
Áreas de conhecimento, 403–407 Calendário, 160. Ver também Calendários dos recursos
dependências mútuas entre, 71, 72, 103, 129, 165, 168, Calendários dos recursos, 143, 148, 176, 224, 229, 231, 334
189, 245, 275, 313 caminho crítico restrito por recursos, 155
As recompensas do tipo soma zero (ganha-perde), 234 Características organizacionais
Atitudes em relação ao risco, bias and, 289 estilos e culturas organizacionais, 27–28
Atividade de resumo, 157 Categorias de riscos, 280, 293, 294
Atividade no nó (ANN), 138, 157 CC. Ver Conta de controle
Atividade sumarizadora, 157 CCM. Ver Comitê de controle de mudanças
Atividades críticas, 155 CDQ. Ver Custo da qualidade
Atividades sucessoras, 140 Ciclo de vida do produto
Ativos de processos organizacionais, 32–33 ciclo de vida do projeto e, 18
estrutura organizacional, 28–32 Ciclo de vida do projeto
Ativos de processos organizacionais, 37, 253 características de , 16–17
atualizações, 102, 128, 163, 187, 205, 213–214, 241, 265, ciclo de vida do produto e, 18
271, 312, 340, 344 custo, níveis de pessoal e, 16
base de conhecimento corporativa, 33 elaboração progressiva em, 7
categorias, 32–33 estrutura genérica, 16, 17
exemplos, 76, 80, 86, 91, 97–98, 101, 114, 118, 127, 134, etapas iniciais de, 76
138, 144, 149, 154, 162, 171, 176, 181, 194, 208, 219, 227, fases do projeto, 18–21
238, 248, 260, 264, 268, 278–279, 286, 291, 296, 321, 331 organização e , 15–33
processos e procedimentos, 32–33 visão geral, 15
Ativos de processos. Ver Ativos de processos organizacionais Ciclo de vida. Ver Ciclo de vida do produto; Ciclo de vida do projeto
Atributos das atividades, 136, 137, 143, 160 Ciclo PDCA (planejar-fazer-verificar-agir), 191
Auditorias Classificação dos riscos, 291–292, 293, 294
auditorias de qualidade, 203, 204 Cliente
auditorias de riscos, 310, 311 cliente externo, 76
inspeções, 124, 213, 339 satisfação, 44, 190
sucesso ou fracasso do projeto, 100 CMMI®. Ver Modelo integrado de maturidade da capacidade
verificação da configuração, 95 CMRC. Ver Custo mais remuneração concedida
Auditorias de riscos, 310 CMRF. Ver Custo mais remuneração fixa
Avaliações de desempenho, 238 CMRI. Ver Custo mais remuneração de incentivo
Avaliações do desempenho da equipe, 235, 237 Codificação/decodificação de mensagens, 255–256
Avaliações de desempenho do projeto, 238 Código de Ética e Conduta Profissional , 4
Avaliações por pares, 213 Código de Ética e Conduta Profissional do PMI, 4
Comitê de controle de mudanças (CCM), 94
Comparações em pares, 114
B Compensações, 38, 60, 71, 168, 190
Base de conhecimento corporativa, 33, 138 Comprador
Bases das estimativas, 174, 176 organização como, 313
Benchmarking, 197 termos para, 316
Brainstorming, 108, 114, 199, 200, 209, 286 Compressão, 156
Buffers de alimentação, 155 Comunicação
Buffers, 155, 162 atividade, dimensões de, 245
Business case, 75–76 canais, 253

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448
ínDICE REMISSIvO

correspondência, 340 procedimentos, 80, 97


diversas partes interessadas e, 243 processo, 125, 313
estilos, 411 reuniões, 98
habilidades, 245 sistemas, 94, 338
informal, 232 Controle do cronograma. Ver Processo de Controlar o cronograma
métodos, 256, 260, 264, 269 Controle integrado de mudanças. Ver Processo de Realizar o
modelos, 255–256 controle integrado de mudanças
tecnologia, 254 CONV. Ver Convite para licitação
Comunicação ativa (push), 256, 269 Convite para licitação (CONV), 326
Comunicação passiva (pull), 256 Cotação, 326
Condições do mercado, 171 CPM. Ver Método do caminho crítico
Configuração do processo, 201 CR. Ver Custo real.
Conflito perturbador, 239–240 Critério de aceitação do produto, 115, 124, 193. Ver também
Conhecimento político, 412–413 Processo de Verificar o escopo
Conta de controle (CC), 121, 166, 177 Critérios de aceitação. Ver Critério de aceitação do produto.
Contratada. Ver Fornecedor Critérios para seleção de fontes, 327–328, 330
Contrato de aquisição, 315, 333–334 Cronograma
Contrato de custos, 303 dados, 159
Contratos com sindicatos/mão de obra, 170, 225, 235. Ver modelo, 129
também Contratos Cronograma com paralelismo, 276
Contratos de custos reembolsáveis, 322, 323, 324 Cronograma do projeto
Contratos de preço fixo, 303, 322–323, 324 como entrada, 161, 170, 176, 320
Contratos por tempo e material (T&M), 322, 324 desempenho em, 235
Contratos. exemplos de gráficos, 158
Ver também Acordos; contratos com sindicatos/mão de obra Crosby, Phil, 190
alterações em, 337 Cultura organizacional
cláusula de rescisão, 337, 342 conhecimento cultural, 412–413
cláusulas de desempenho, 235 diferenças culturais, 230, 234
como entrada, 76, 176 normas culturais, 27
contrato de aquisição, 315, 316, 331, 333–334 Cultura. Ver Cultural da organização
decisões relacionadas a riscos, 303, 306, 320 Curva de crescimento, 269
documentação, 340, 343, 344 Curva S, 178, 183, 270
encerramento de, 327, 341 Custo da qualidade (CDQ), 173, 190, 191, 195
equipes de inspeção/auditoria e , 339 Custo mais remuneração concedida (CMRC), 323, 324
implicações de, 87, 170, 313 Custo mais remuneração de incentivo (CMRI), 323
não-cumprimento, 338 Custo mais remuneração fixa (CMRF), 323
negociações das aquisições e, 332–333 Custo real (CR), 182, 183
requisitos de, 238, 319 Custos
tipos de, 322–324 agregação de, 177
Controle da qualidade ao longo do ciclo de vida do projeto, 16
Ver também Processo de Realizar o controle da qualidade e desempenho do cronograma, 212
medições de, 203, 213 e objetivos de tempo, 301
verificação do escopo e, 123 Custos da má qualidade, 195
Controle de custos. Ver Processo de Controlar os custos Custos de contingências, 168
Controle de mudanças. Custos de falhas, 195
Ver também Realizar o controle integrado de mudanças Custos indiretos, 169, 174

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ínDICE REMISSIvO

D Diagramas de Ishikawa, 208, 287


sete ferramentas básicas da qualidade de Ishikawa, 208–212
DAC. Ver Sessões de desenvolvimento de aplicações conjuntas Diagramas de rede do cronograma do projeto, 155, 157, 158,
(DAC) 159, 164
Decisão de comprar versus alugar, 168 narrativas resumo para, 141
Decisões contratuais relacionadas a riscos, 306, 320 Diagramas de sistema ou fluxogramas, 287
Decisões de fazer ou comprar, 144, 168, 307, 317, 321, 326 Diagramas espinha de peixe, 120, 208, 287
Declaração do escopo do projeto, 113, 115–116, 122, 138, Diagramas matriciais, 200
154, 169, 176, 193, 278, 284, 290, 319 Dicionário da EAP, 121, 122, 170, 176, 193, 319
elementos de, 351 Dinâmicas de grupo, 107
restrições e premissas, 148 Direitos de propriedade, 328, 332
Declaração do escopo. Ver Declaração do escopo do projeto Distribuição das informações. Ver Comunicação; Processo de
Declaração do trabalho (DT) Amostragem estatística, 75, 325–326 Distribuir as informações
Declarações do trabalho das aquisições, 325–326, 332, 338 Distribuições contínuas, 297, 298
Decodificação/codificação de mensagens, 255–256 Distribuições de probabilidade, 297–298, 299, 300
Decomposição do produto, 114 Distribuições de probabilidades contínuas, 297
Decomposição, 118–120, 134 Divergência/convergência de caminhos, 154
Defeitos do produto, 196 Documentação dos requisitos, 109, 124, 307, 319, 328. Ver
Demanda de mercado, 10, 75 também Processo de Coletar os requisitos; Contratos
Deming, W. Edwards, 190, 191 Documentos de aquisição, 247, 326–327, 337, 340, 343
Dependências arbitradas, 140 Documentos do projeto
Dependências externas, 140 atualizações de, 88, 93, 99, 116, 122, 125, 128, 141, 145,
Dependências obrigatórias, 139 151, 174, 179, 188, 205, 258, 265, 307, 312
Descrição do escopo do produto, 75, 138, 193 como entradas, 285, 330
Descrição do projeto/produto em alto nível, 77, 106, 113, 114 exemplos de atualização, 159–160, 201, 214, 335
Descrições de cargos, 220–222 plano de gerenciamento do projeto e, 350
Desdobramento da Função Qualidade (QFD), 107, 199 DOE. Ver Projeto de experimentos
Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto e, 48, 78–82 DT. Ver Declaração do trabalho
Desenvolvimento da equipe
atividades para, 232–233, 411
habilidades, 218, 410
E
Desenvolvimento do cronograma. Ver Processo de Desenvolver EAO. Ver Estrutura Analítica Organizacional
o cronograma EAP. Ver Estrutura analítica do projeto
Desenvolvimento do profissional de gerenciamento de projetos, EAR. Ver Estrutura analítica dos riscos
222 Elaboração progressiva, 7, 109, 351
Determinação de dependência, 139–140 Encerramento de fase. Ver Processo de Encerrar o projeto ou fase
dependências arbitradas, 140 Encerramento do processo. Ver Grupo de processos de
dependências externas, 140 encerramento
dependências obrigatórias, 139 Encerramento do projeto
Diagrama de afinidade, 108, 199 diretrizes, 80
Diagrama de dispersão, 212 documentos, 102, 214, 261
Diagrama de fluxo de processos, 41, 42 Engenharia de sistemas, 114
Diagrama de Pareto, 210–211 Engenharia de valor, 114
Diagrama de Pareto, 210–211 Entradas.
Diagrama de tornado, 298, 301 Ver também processo específico
Diagramas de causa e efeito, 208–209, 287 abordagem de documentação, 349
Diagramas de influência, 287
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ínDICE REMISSIvO

Entregas Especialistas no assunto (SMEs), 250, 287


entregas aceitas, 101, 125, 344 Esperas, 156, 163
entregas do projeto, 115 atividade sucessora e, 140
entregas validadas, 124, 213 Estimativa “bottom-up”, 144, 172, 184
mudanças em, 93 Estimativa análoga
Entregas aceitas. Ver sob Entregas estimativa de custos, 171–172, 177–178
Entregas validadas. Ver sob Entregas estimativas de duração, 149
Entrevistas, 107, 287, 293, 296–297 Estimativa de custos. Ver Processo de Estimar os custos
Equipe de gerenciamento de projetos, 130, 215–216 Estimativa no término (ENT), 166, 184–185
desempenho da equipe e , 235 Estimativa para terminar (EPT), 184–185
recursos humanos e, 226, 227–228 Estimativa paramétrica, 150, 172, 177–178
Equipe do projeto Estimativas de duração. Ver Estimativas de durações das
Ver também Processo de Mobilizar a equipe do projeto; atividades
Processo de Desenvolver a equipe do projeto; Processo de Estimativas de durações das atividades, 151, 170, 216, 284.
Gerenciar a equipe do projeto; Gerenciamento dos recursos Ver também processo de Estimar as durações das atividades
humanos do projeto Estimativas de três pontos, 150–151, 172–173, 296
Equipe. Estimativas de custos das atividades, 166, 174, 175, 284, 320
Ver também Processo de Desenvolver o plano de recursos Estimativas independentes, 332
humanos; Plano de gerenciamento dos recursos humanos Estratégia para gerenciamento das partes interessadas, 251,
aquisição, 223 263, 265
mudanças em, 242 Estratégias de aceitação de risco ativo/passivo, 304
negociação de designação, 227–228 Estratégias de respostas de contingência, 305
plano de liberação, 224 Estrutura analítica do projeto (EAP), 166, 170, 176, 305, 307.
Equipe. Ver também Processo de Criar a EAP
Ver também Equipe do projeto decompostos em pacotes de trabalho, 118, 119, 121
coesão de, 234 definição, 116, 193
eficácia de, 235 formulários 118-121
etapas de desenvolvimento, 233 identificação de riscos e, 284, 293
regras básicas, 233, 239 nível mais baixo de entregas em, 133
Equipes de alto desempenho, 236 organizada por fases, 118, 119
Equipes virtuais, 228 por entregas mais importantes, 118, 120, 220
Escada de desenvolvimento de equipes de Tuckman , 233 Estrutura analítica dos recursos, 145, 220
Escalas de impacto, risk and, 281 Estrutura analítica dos riscos (EAR), 280, 284, 286, 293, 305
Escopo do produto, 103, 319 Estrutura Analítica Organizacional (EAR), 220
Escopo do projeto, 99, 103, 115, 165. Ver também Processo de Estruturas analíticas do projeto, Padrão Prático para – Segunda
Controlar o escopo; Processo de Definir o escopo, Processo de Edição, 116, 121
Verificar o escopo Estudo de viabilidade, 19
Escopo do trabalho , 317 Etapas de desenvolvimento da equipe, 233
Escopo. Ver Escopo do projeto Evento de risco, 275
Escritório de projetos (PMO), 11–12 Exatidão
como partes interessadas, 25–26 estimativas de custos e, 166
gerentes de projetos e, 12 precisão e, 190
principal função de , 11 processo de Mobilizar a equipe do projeto, 57, 215, 225–229
Escritório de projetos (PMO). Ver Escritório de projetos. Exclusões do escopo, 115
Esforço distinto, 136 Execução do projeto, 42, 201, 258. Ver também Processo de
Esforço distribuído, 136 Orientar e gerenciar a execução do projeto

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ínDICE REMISSIvO

Execução do projeto. Ver Processo de Orientar e gerenciar a g


execução do projeto; Grupo de processos de execução; Execução
do projeto Garantia da qualidade, 202, 204. Ver também Processo de
Realizar a garantia da qualidade
Garantia, 191, 328
F Gerenciamento colaborativo de conflitos, 239, 240
Falta de conformidade, 195, 344 acordos de negociação coletiva, 170, 225, 235
Fases do projeto, 18–21 Gerenciamento da integração do projeto, 71–102
governança do projeto e, 20 Gerenciamento da integração do projeto, 71–102, 403
grupos de processos e, 41 Gerenciamento da qualidade do projeto, 189–214, 405
relações fase a fase, 20–22 Gerenciamento da qualidade do projeto, 189–214, 405
revisão de final de fase, 20 Gerenciamento da qualidade total (GQT), 190, 191
sobreposição de, 21 Gerenciamento da qualidade, 190, 199. Ver também Gerencia-
Fases sobrepostas do projeto, 20 mento da qualidade do projeto
Fases sobrepostas do projeto, 20, 21 Gerenciamento das aquisições do projeto, 313–345, 407
Fatores ambientais da empresa, 14, 28, 37, 76, 80, 85, 91, Gerenciamento das aquisições do projeto, 313–345, 407
97, 134, 143, 148, 154, 171, 194, 219, 227, 248, 253, 278, Gerenciamento das comunicações do projeto, 243–271, 406
285, 320 Gerenciamento das comunicações do projeto, 243–271, 406
atualizações, 236, 241 Gerenciamento de conflitos, 239–240
Ferramentas de planejamento da qualidade, 199–200 Gerenciamento de contratos, 313
Fluxo de caixa descontado, 168 Gerenciamento de operações
Fluxograma de processos, 198–199, 287 gerenciamento de projetos e, 12
Fluxogramas, 198–199, 210 partes interessadas em, 27
FMEA. Ver Análise de modos e efeitos de falha Gerenciamento de portfólios
Folga total zero, 155 descrição de , 8–9
Folga total, 155 gerenciamento de programa e, 7–8
Forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Ver Análise SWOT gerenciamento de projetos e, 7–8
Formação, conflito, acordo, execução, dispersão, 233 objetivos em, 11
Formulários de papel-responsabilidade-autoridade, 220, 221 Gerenciamento de portfólios, A Norma para, 14
autoridade, 223 Gerenciamento de programas
competência, 223 gerenciamento de portfólios e, 7–8
documentação relacionada ao desempenho, 338, 340 gerenciamento de projetos e, 7–8
Fornecedor. descrição de , 9–10
fornecedores selecionados, 333 Gerenciamento de programas, A Norma para, 14
lista dos fornecedores qualificados, 330 Gerenciamento de projetos
papel, 222 competências, 13
pré-qualificado, 321 conhecimento em, 13–14
responsabilidade, 223 descrição de , 6–7
termos para, 313, 316 elaboração progressiva em, 7
Ver também Gerenciamento das aquisições do projeto gerenciamento de operações e, 12
Fornecedor. Ver Fornecedor gerenciamento de portfólios e, 6, 7–8
Fragmentos de rede, 141 gerenciamento de programa e, 7–8
Funcionários. grupos de processos em, 6, 43
Ver também Plano de gerenciamento dos recursos influências organizacionais em, 27–32
humanos; Pessoal interações dos processos, 42
motivação de, 224, 234 restrições do projeto, 6–7

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452
ínDICE REMISSIvO

Gerenciamento do escopo do projeto, 103–108, 404 Grupo de processos de encerramento, 39, 40


Gerenciamento do escopo do projeto, 103–128, 404 processos em, 65
Gerenciamento do tempo do projeto, 129–164, 148, 404 visão geral, 64–65
Gerenciamento do tempo do projeto, 129–164, 404 Grupo de processos de encerramento, 64–65
Gerenciamento do tempo. Ver Gerenciamento do tempo do projeto Grupo de processos de execução, 39, 72
Gerenciamento do valor agregado (GVA), 162, 166, 181, 186, 259 processos em, 57–59
análise, 270 visão geral, 55–56
linha de base do desempenho de custos em, 178 Grupo de processos de execução, 55–59, 72
variações, 269 Grupo de processos de gerenciamento de projetos. Ver Grupos
Gerenciamento dos custos do projeto, 165–188, 405 de processos
Gerenciamento dos custos do projeto, 165–188, 405 Grupo de processos de iniciação, 39, 40, 44–46
Gerenciamento dos custos. Ver Gerenciamento dos custos visão geral, 44–45
do projeto Grupo de processos de iniciação, 44–46
Gerenciamento dos recursos humanos do projeto, 215–242, interações de, 40, 41
405–406 Grupo de processos de monitoramento e controle, 39
Gerenciamento dos recursos humanos do projeto, 215–242, processos em, 61–64
405–406 visão geral, 59–60
Gerenciamento dos riscos do projeto, 273–312, 406–407 Grupo de processos de monitoramento e controle, 59–64
Gerenciamento dos riscos do projeto, 273–312, 406–407 como atividades sobrepostas, 40
Gerenciamento dos riscos, 182. Ver também Gerenciamento visão geral, 41–43
dos riscos do projeto Grupo de processos de planejamento., 39, 46–55, 72
Gerenciamento. processos em, 49–55
Ver também Gerenciamento de portfólios; Gerenciamento de visão geral, 46–48
programas; Gerenciamento de projetos; Alta administração Grupo de processos de planejamento., 46–55, 72
habilidades, 264 fases do projeto e, 41
reservas, 177 Grupos de processos e, 42, 43
responsabilidade, 191 Grupos de processos, 6, 38–65, 39, 40
Gerentes de portfólios/comitê de análise de portfólios, 13, 25 Guia PMBOK®. Ver Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento
Gerentes de programas, 13, 25 de Projetos
Gerentes de projetos GVA. Ver Gerenciamento do valor agregado
papel de, 13, 72, 94
Gerentes funcionais, 13, 26, 227, 228 h
GQT. Ver Gerenciamento da qualidade total
Habilidades das pessoas e, 355
Gráfico de barras lógico, 157, 158
equipes virtuais, 228
Gráfico de barras, 157, 158, 210, 224, 270
pré-designação de membros, 227
Gráfico de execução, 211–212
Habilidades das pessoas, 355, 357
Gráficos de controle, 195–196, 209
Habilidades de influência, 216, 240–241, 411
limites fixados, 196, 197
Habilidades de liderança, 240, 409
Gráficos de marcos, 157, 158
Habilidades interpessoais, 232, 240–241, 264, 409–413
Gráficos matriciais de responsabilidades, 220, 221
conhecimento cultural, 412–413
Gráficos organizacionais hierárquicos, 220
conhecimento político, 412
Grau de influência/impacto, análise das partes interessadas, 249
habilidades de comunicação, 411
Grau de poder/influência, análise das partes interessadas, 249
habilidades de desenvolvimento da equipe, 410
Grau de poder/interesse, análise das partes interessadas, 249
habilidades de influência, 411
Grau de produtos/serviços, 190

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ínDICE REMISSIvO

habilidades de liderança, 409 base de conhecimento, 32, 101, 102


habilidades de negociação, 413 documentação, 214, 261, 344
modelo decisório, 412 Limites de controle, 166
motivação, ambiente do projeto, 410 Limites de controle, 196, 206, 209
Habilidades não-técnicas (soft skills), 232 Limites de riscos, 302
Hard logic, 139 Limites do processo, 201
Histograma de recursos, 159, 224 Limites do projeto e, 44
Histograma, 159, 210, 224, 270 Linha de base da medição de desempenho (PMB), 82, 178,
Homologações, 124, 213 182, 267
Linha de base do cronograma, 341
I Linha de base do cronograma, 62, 82, 159, 164, 194, 307. Ver
também Processo de Controlar o cronograma
IDC. Ver Índice de desempenho de custos
Linha de base do desempenho de custos, 82, 178, 181, 187,
Identificação da configuração, 95
188, 194, 307, 320
Identificação de riscos. Ver Processo de Identificar os riscos
Linha de base do escopo, 62, 82, 103, 122, 124, 126, 128, 134,
IDP. Ver índice de desempenho de prazos
169–170, 176, 193, 284, 319.
IDPT. Ver Índice de desempenho para término
Ver também Processo de Controlar o escopo
II. Ver Início para início
Linha de base do VP (PMB), 178
Impacto de risco. Ver Matriz de probabilidade e impacto
Linha de base dos custos, 52, 62, 179
Índice de desempenho de custos (IDC), 183, 184–185, 187
variações a partir, 182–183
Índice de desempenho de prazos (IDP), 162, 183, 184
Linha de base, 82, 310.
Índice de desempenho para término (IDPT), 185, 186, 354
Ver também Linha de base do desempenho de custos;
Informações históricas, 32, 101, 102, 171, 296
Linha de base do cronograma; Linha de base do escopo
Informações sobre o desempenho do trabalho, 83, 87, 127, 161,
atualizações, 93, 128
181, 203, 268, 309, 338
Lista das atividades, 135, 143
Início para início (II), 138
Lista dos fornecedores qualificados, 330
Início para término (IT), 138
Lista dos marcos, 136, 137
Inspeção, 124, 190, 198, 206, 213, 339
Lista de observação, riscos e, 291, 292, 294, 302, 305, 309
Interações comuns em processos de gerenciamento de projetos,
Listas de verificação da qualidade, 201, 213
39–41
Listas de verificação. Ver Listas de verificação da qualidade;
Interações do Processo de gerenciamento de projetos, 39–41
Listas de verificação para identificação de riscos
Interações dos processos, 39–41, 69, 103, 129, 165, 245,
Lógica preferida, 140
275, 313, 350
International Organization for Standardization (ISO), 190
ISO. Ver International Organization for Standardization M
Mapas mentais, 108
j Mapeamento das áreas de conhecimento, 42, 43
Matriz de análise das partes interessadas, 251
Joint venture, 194, 304
Matriz de probabilidade e impacto, 279, 281, 291–292, 293,
Juran, Joseph M., 190
294, 312
Matriz de rastreabilidade dos requisitos, 111, 124
l Matriz de responsabilidades (MR), 201, 221
Lei de Pareto, 211 MCC. Ver Método do caminho crítico
Licitações, 75, 320, 326, 327, 328, 333. Ver também Propostas MDP. Ver Método do diagrama de precedência
Licitante. Ver Fornecedor Mediação, 343
Lições aprendidas, 100 Medição do valor agregado , 82, 177

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Medições de desempenho de custos, 187 acordo de reivindicações por meio de, 339
Medições de desempenho do trabalho, 128, 163, 187, 208, 268 habilidades úteis em, 413
Melhores práticas, 197 Negociações das aquisições, 332–333
Melhoria contínua, 190, 191, 200, 202 Nível de esforço (NDE), 136
Melhoria da qualidade dos produtos, 191 Nivelamento de recursos, 154, 156, 159, 163
Melhorias no processo
modelos, 191 O
oportunidades, 210
Oficinas facilitadas, 107
Método da corrente crítica, 130, 154, 155, 162
ONT. Ver Orçamento no término
Método do caminho crítico (MCC), 130, 138, 154–155, 182
Opinião especializada, 77, 81, 86–87, 92, 98, 101, 114, 135,
Método do diagrama de precedência (MDP), 138, 139
144, 149, 171, 177, 250, 288, 293, 300, 305, 321, 332
Metodologias proprietárias de gerenciamento da qualidade, 199
OPM3®. Ver Modelo de maturidade organizacional em geren-
Métodos causais/econométricos, 269
ciamento de projetos
Métricas do processo, 201
Oportunidade/necessidade estratégica de negócios , 10
encerramento das aquisições, 342
Oportunidades, 160, 170, 194, 288, 291, 292, 302, 306, 310
Mitigação de riscos, 304, 317
estratégias para, 304–305
probabilidade e impacto de riscos, 281, 291
Orçamento no término (ONT), 178, 182, 184, 185
Mitigação. Ver Mitigação de riscos
Orçamento, 280
Modelo de maturidade organizacional em gerenciamento de
previsões, 187, 268
projetos (OPM3®), 14, 191
restrições, 321
Estruturas organizacionais, 28–32
Ordem de grandeza (ROM), 168
organização composta, 31, 32
Organização composta, 31
organização funcional, 28, 29
Organização executora, 73, 113, 313. Ver também Fornecedor
organização por projeto, 31
Organização funcional, 28, 29, 32
organizações matriciais, 29–30
Organização matricial balanceada, 29, 30
principais tipos, 28
Organização matricial forte, 30
Modelo integrado de maturidade da capacidade (CMMI®), 191, 199
Organização matricial fraca, 29
Modelo Malcolm Baldrige de melhoria de processos, 191
Organização por projeto, 30
Motivação, 224, 230, 234, 410
Organizações matriciais, 28, 29–30
MR. Ver Matriz de responsabilidades
Organogramas do projeto, 223
Mudanças contestadas, 339
papéis e responsabilidades, 222–223
Mudanças do escopo, 38, 196
Organogramas do projeto, 223
Mudanças na quarta edição, 349–357
Organogramas, 120
Mudanças na quarta edição, 349–357
como padrões do setor, 13
objetivo de, 4–5 P
visão geral de, 3 Pacotes de trabalho
Mudanças nas linhas de base, 56 contas de controle, 121
Mudanças no processo, Quarta Edição, 352 decomposição, 118, 119
Mudanças solicitadas. Ver Solicitações de mudança estimativas de custos, 175, 177
Mudanças validadas, 213 requisitos de recursos, 145
Padrões de qualidade, 206
n Padrões do setor, 91
Painéis de indicadores da situação, 266, 270
NDE. Ver Nível de esforço
Papéis e responsabilidades em formato de texto, 220, 221
Negociação

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Paralelismo, 140, 157 detalhamento progressivo de, 46


Parcialidade, atitudes em relação ao risco e, 289 documentos de projeto e, 48, 350
Parte interessada. saídas dos processos de planejamento e, 78
Ver também Processo de Identificar as partes interessadas; Plano de gerenciamento dos custos, 165–166, 181, 278, 284,
Processo de Gerencias as expectativas das partes 296, 306
interessadas Plano de gerenciamento dos recursos humanos, 223, 238
classificação, 250 Plano de gerenciamento dos recursos humanos, 307
comunicações, 107, 260, 261 Plano de gerenciamento dos requisitos, 110–111, 127
exemplos, 24–27 Plano de gerenciamento dos riscos, 279–282
expectativas, 261–262 Ver também Processo de Planejar o gerenciamento dos riscos;
identificação, 246–251 Processo de Monitorar e controlar os riscos
interno/externo, 23, 44, 412 Plano de melhorias no processo, 201, 203, 204
principais partes interessadas, 26, 247 Plano de recursos humanos, 170, 222–225, 237
projeto e, 23–27 Planos auxiliares, 48, 81, 82
tolerâncias, 281, 301 PMB. Ver Linha de base da medição de desempenho
Partes interessadas no projeto. Ver Partes interessadas Políticas de aquisição, formal, 321
Patrocinador do projeto, 25, 76, 215 Precisão, 190
Patrocinador. Ver Patrocinador do projeto Preço fixo com ajuste econômico do preço (PFAEP), 323
Pensamento lateral, 114 Preço fixo com remuneração de incentivo (PFRI), 322
PERT. Ver Técnica de Revisão e Avaliação de Programa Preço fixo garantido (PFG), 322
PFG. Ver Preço fixo garantido Pré-designação de membros da equipe, 227
Planejamento das comunicações, 228. Ver também Processo Premiações. Ver Reconhecimento e recompensas
de Planejar as comunicações; Gerenciamento das Premissas, 148
comunicação do projeto Prevenção de riscos, 303
Planejamento de recursos, 157 Prevenção, 206
Planejamento em ondas sucessivas, 46, 120, 135 Previsão probabilística, 269
Planejamento estratégico, 10–11, 75 Previsão, 184–185
Plano alternativo, 303, 308 dados, 270
Plano de contingência, 275, 308 informações e, 259
Plano de gerenciamento da configuração, 126 métodos, 269
Plano de gerenciamento da qualidade, 200, 203, 285, 307 Previsões ENT, 184–185
Plano de gerenciamento das aquisições, 307, 324–325, 341. Probabilidade, 206
Plano de gerenciamento das comunicações, 256–258, 259, Processo de Administrar as aquisições, 64, 313, 335–341, 343
263, 278 Processo de Coletar os requisitos, 49, 103, 105–111
Plano de gerenciamento de pessoal, 218, 223, 225, 238, 307 Processo de Conduzir as aquisições, 59, 313, 328–335, 337
plano de gerenciamento de pessoal, 223–225 Processo de Controlar o cronograma, 62, 129, 130, 160–164
Plano de gerenciamento do cronograma, 278, 285, 296, 306 Processo de Controlar o escopo, 62, 103, 125–128
Plano de gerenciamento do escopo, 126 Processo de Controlar os custos, 62, 165, 179–188
Plano de gerenciamento do projeto. Processo de Criar a EAP, 49, 103, 116–122
Ver também Processo de Desenvolver o plano de Processo de Definir as atividades, 50, 129, 133–136
gerenciamento do projeto Processo de Definir o escopo, 49, 103, 112–116
atualizações, 72, 78, 88, 92, 99, 128, 164, 188, 205, 214, Processo de Desenvolver a equipe do projeto, 58, 215, 229–236
229, 242, 265, 306–307, 312, 334, 341 Processo de Desenvolver o cronograma, 51, 129, 152–160,
como entrada, 126–127, 161, 181, 203, 231, 259, 267, 317, 325
309, 330, 337 Processo de Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto,
como saída, 81–82

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ínDICE REMISSIvO

48, 71, 78–82, 104, 130, 165 modelo de seis fases, 412
Processo de Desenvolver o plano de recursos humanos, 53, técnicas, 108
215, 218–225, 234 Processos de gerenciamento de projetos para um projeto,
Processo de Desenvolver o termo de abertura do projeto, 44, 37–65
45–46, 71, 73–78 categorias de, 37
Processo de Determinar o orçamento, 52, 165, 174–179 grupos de processos, 38–39
Processo de Distribuir as informações, 58, 245, 258–261 Processos orientados a produtos, 37
Processo de Encerrar as aquisições, 65, 313, 317, 341–344 Processos, 32–33.
Processo de Encerrar o projeto ou fase, 65, 71, 99–102, 125, 341 Ver também Processos iterativos
Processo de Estimar durações das atividades, 51, 129, 146–151 definição, 37
Processo de Estimar os custos, 52, 141, 165, 168–174 descrições, 349
Processo de Estimar recursos das atividades, 50, 129, 141–145, sobreposto, 39, 69, 243, 313
148, 170, 317, 325 Project Management Institute (PMI), programas e certificações
Processo de Gerenciar a equipe do projeto, 58, 215, 236–242 do, 4
Processo de Gerenciar as expectativas das partes interessadas, Projeto
59, 245, 261–265 definição, 5–6
Processo de Identificar as partes interessadas, 44, 46, 244, influências organizacionais em, 27–32
246–251 limites, 44, 115
Processo de Identificar os riscos, 54, 273, 280, 282–288 partes interessadas comuns e, 23–24
Processo de Monitorar e controlar o trabalho do projeto, 61, 63, planejamento estratégico e, 10–11
71, 89–93 versus trabalho operacional, 22–23
Processo de Monitorar e controlar os riscos, 63, 273, 295, Projeto de experimentos (Design of Experiments, DOE) , 197–198
308–312, 337 Projeto de fase única, 19
Processo de Orientar e gerenciar a execução do projeto, 57, 71, Projetos de várias fases, 20, 22, 41, 76
83–88, 99, 336 Propostas dos fornecedores, 321, 326, 330, 332, 333
Processo de Planejar a qualidade, 52, 189, 192–201, 204 modelos de comunicações emissor-receptor, 258
Processo de Planejar as aquisições, 55, 313, 316–328, 343 Propostas, 227, 327, 328–329, 331. Ver também Propostas
Processo de Planejar as comunicações, 53, 243, 251–258 dos fornecedores
Processo de Planejar o gerenciamento dos riscos, 53, 273, Protótipos, 109
276–282, 290, 295 Provisão para contingências, 173
Processo de Planejar respostas a riscos, 55, 273, 301–307, 312 Provisão para inflação, 168, 174
Processo de Realizar a análise qualitativa dos riscos, 54, 273,
281, 289–294, 295, 305–306 Q
Processo de Realizar a análise quantitativa dos riscos, 54, 273,
289, 294–301 QFD. Ver Desdobramento da função de qualidade
Processo de Realizar a garantia da qualidade, 57, 189, 201–205 Qualidade
Processo de Realizar o controle da qualidade, 63, 189, 201, 204, Ver também Processo de Planejar a qualidade
206–214, 337 auditorias para , 204
Processo de Realizar o controle integrado de mudanças, 61, 71, grau e, 190
78, 93–98, 337 métricas para, 200
Processo de Reportar o desempenho, 63, 245, 266–271, 336 política para, 194
Processo de Sequenciar as atividades, 50, 129, 136–141 sete ferramentas básicas de, 208–212
Processo de Verificar o escopo, 61, 101, 103, 123–125
Processo decisório R
eficácia, 241 RACI. Ver Responsável pela execução, Responsável pela aprovação,
é consultado, e informado

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Reconciliação dos limites de recursos financeiros, 178 Requisitos de recursos humanos


Reconhecimento e recompensas, 218, 225, 232, 234 Reserva para contingências, 151, 159, 173, 177, 292, 301,
Recrutamento do projeto 303, 304, 306, 311. Ver também Análise de reservas
designações, 229, 231, 237 Reserva para custos de contingência , 174
tecnologia das comunicações e, 254 Resolução alternativa de disputa , 334, 339, 343
Registro da situação da configuração, 95 Resolução de conflitos, 239–240
Registro das mudanças, 263 Responsável pela execução, Responsável pela aprovação, é
Registro das partes interessadas, 44, 105, 106, 193, 250, 263, consultado, e informado (RACI), 221
265, 279, 284, 353 Respostas aos riscos Ver Processo de Planejar respostas
Registro das questões, 240, 261, 263, 265 aos riscos
Registro de itens de ação, 263 Respostas planejadas aos riscos, 308
Registro dos riscos Restrições do projeto, 115
atualizações, 174, 293–294, 300–301, 305, 311 exemplos de, 6–7, 148
como entrada, 170, 194, 302, 305, 320 Restrições. Ver Restrições do projeto
como saída, 160 Retorno sobre o investimento, 25, 168
lista de riscos identificados, 288 Retrabalho, 195, 213
Regras básicas, equipe do projeto, 233, 239 Reuniões com licitantes, 331
Regras para medição do desempenho, 166 Reuniões de andamento, 269, 311
Regulamentações do governo, 91, 194, 225 Reuniões pré-licitação, 331
Reivindicações não resolvidas, 341 Revisões de projeto, 167, 190, 198
Relação comprador-fornecedor, 315 Revisões do produto, 124
Relações do predecessor, 136, 137 Revisões, 124, 213
Relações do sucessor, 136, 137 Risco. Ver Oportunidades; Ameaças
Relações fase a fase, 20–22, 110 Riscos residuais, 309
relação iterativa, 22 Riscos secundários, 303, 309
relação sequencial, 21 Riscos, secundários, 303
relação sobreposta, 21
Relações históricas, 177–178 S
Relatórios de desempenho, 61, 90, 238, 259, 270–271, 310,
338, 339. Ver também Processo de Reportar o desempenho Scope creep do projeto, 125
Reparo de defeito Scope creep, 125
definição, 83, 88, 92 SDC. Ver Solicitação de cotação
inspeções e, 213 SDI. Ver Solicitação de informações
solicitação de mudança para, 125, 128, 205, 214, 351 SDP. Ver Solicitação de proposta
Requisitos Sequenciamento de atividades. Ver Sequenciar as atividades
análise de, 114 Sessões de desenvolvimento de aplicações conjuntas (DAC), 107
conformidade com, 195 Shewhart, Walter A., 191
Requisitos de alto nível, 15, 45, 77, 106, 109, 111 SIGP. Ver Sistema de informações do gerenciamento de projetos
Requisitos de comunicação do projeto. Ver Análise de requisitos Simulação de riscos de custos, 299–300
das comunicações Simulação, 156, 269, 297, 299–300, 301
Requisitos de recursos financeiros do projeto, 179, 181 Sistema de controle de mudanças no contrato, 338
Requisitos do produto, 105 Sistema de gerenciamento de configuração
Requisitos do projeto, 105 atividades em, 95, 110
Requisitos de recursos das atividades, 145, 148, 159, 219, 320. base de conhecimento, 81
Ver também processo de Estimar os recursos das atividades principais objetivos de, 94
Requisitos de recursos. Ver Requisitos de recursos das atividades;

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ínDICE REMISSIvO

Sistema de informações do gerenciamento de projetos (SIGP), avanços em, 10, 75


64, 80, 85, 87, 91, 134 comunicação e , 254
Sistema de ponderação, escolha do fornecedor, 328–329 Teoria organizacional, 222
Sistema/Plano de gerenciamento de mudanças., 94, 126 Término para início (TI), 138
Six Sigma, 190, 191, 199 Término para término (TT), 138
SMEs. Ver Especialistas no assunto Termo de abertura do projeto
Soft logic, 140 autorização de, 44
Software de gerenciamento de projetos, 87, 138, 145, 146, 157, como entrada, 106, 113, 247
162, 173, 187, 257, 270 como saída, 77–78
Solicitação de cotação (SDC), 326 elementos de, 351
Solicitação de informações (SDI), 75, 326 Termo de abertura. Ver Termo de abertura do projeto
Solicitação de preços , 75 TI. Ver Término para início
Solicitação de proposta (SDP), 75, 326 Tipo de atividade, 136
Solicitações de mudança Tolerância a riscos, 276
atualizações do andamento, 99 Tolerâncias, 206
comitê de controle de mudanças e, 98 Trabalho em equipe, 229–230. Ver também Processo de
como entrada, 97 Desenvolver a equipe do projeto
como saída, 125, 128, 164, 187, 214, 242, 265, 271, Trabalho operacional, versus projetos, 22–23
328, 334 Transferência de riscos, 303, 317
mudança construtiva, 341 Treinamento, 218, 225, 232
revisão das solicitações de mudança aprovadas, 213 Treinamento, 230, 242
solicitações de mudança aprovadas, 85, 94, 204, 208, 338 TT. Ver Término para término
tipos de, 87–88, 92, 205
Subcontratadas, 225, 228, 316 U
Subcontrato, 315
Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos
(PMBOK® Guide)
T
T&M. Ver Contratos por tempo e material (T&M). v
TA. Ver Início para término
VA. Ver Valor agregado
Técnica de grupo nominal, 108, 199
Valor agregado (VA), 182, 183, 310, 354
Técnica de Revisão e Avaliação de Programa (PERT), 150–151,
Valor monetário esperado (VME), 298
172–173
Valor planejado (VP), 182, 183
Técnica Delphi, 108, 269, 286
Variação com causa especial, 209
Técnicas analíticas, 154
Variação de custos (VC), 182–183, 187
Técnicas de avaliação de propostas, 331
Variação de prazos (VPR), 162, 182–183, 196
Técnicas de compressão de cronograma, 154, 156–157, 163
Variações, 214
compressão, 156, 164
VC. Ver Variação de custos
paralelismo, 140, 157
Vendedor. Ver Fornecedor
Técnicas de criatividade em grupo, 108
Verificação do escopo, controle da qualidade e, 123
Técnicas de diagramas, 287
Verificação e auditoria da configuração, 95
Técnicas de escuta, 411
VME. Ver Valor monetário esperado
Técnicas de facilitação, 258
Voz do cliente (VOC), 107, 190
Técnicas de tomadas de decisão em grupo, 108
VP. Ver Valor planejado
Tecnologia
VP. Ver Variação de prazos

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