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Neste trabalho irei abordar sobre a democracia e os jovens que é um

regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões


políticas está com os cidadãos (povo),direta ou indiretamente, por meio de
representantes eleitos ² forma mais usual. Uma democracia pode existir
num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou
monárquico. Outros itens importantes na democracia incluem exatamente
quem é "o Povo", isto é, quem terá direito ao voto; como proteger os
direitos de minorias contra a "tirania da maioria" e qual sistema deve ser
usado para a eleição de representantes ou outros executivos.

DESENVOLVIMENTO

Democracia:
Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis
participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos
— na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o
poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as
condições sociais, económicas e culturais que permitem o exercício livre e
igual da autodeterminação política. Democracia e os Jovens
De um ponto de vista sociológico, a expressão Democracia designa “um
princípio ou sistema social ou político que defende que o indivíduo,
apenas pela sua qualidade de pessoa humana, e sem ter em conta as
suas qualidades, posição ou status social, raça, ideologia ou património
pessoal, tem direito a participar nos assuntos da comunidade e a exercer
nela a direção que proporcionalmente lhe corresponde.”
Somos, cada vez mais, chamados a avaliar se seremos ou não capazes
de viver numa democracia. Democracia esta que congrega em si direitos
mas também os muitas vezes esquecidos deveres.

Os jovens estão marcando presença na vida pública do país,


manifestando-se quando julgam necessário e não se calando perante a
atual situação política, econômica e social em que vivemos.
As redes sociais são utilizadas como forma de organização dos jovens
com as mesmas opiniões e com o objetivo de divulgarem suas opiniões
sobre o que pensam.
Em 2013, as redes sociais ficaram conhecidas como uma das mais
importantes ferramentas de organização de protestos, quando os
movimentos sociais livres utilizaram principalmente o Facebook. Desde
então, de pequenos até grandes eventos são planejados e difundidos
nas redes sociais, divulgando ideias e convidando simpatizantes de
opiniões para se juntarem a algum movimento.
Além da organização para os movimentos em locais públicos, também
vemos protestos online, por exemplo, utilizando a rede social Twitter,
onde usuários da ferramenta sobem as chamadas hashtags para
divulgarem suas opiniões.
Antigamente, pequenos grupos que partilhavam das mesmas ideias se
uniam em suas cidades. Porém, na cidade ao lado, poderia haver outro
grupo com pensamentos semelhantes, e estes dois nunca chegariam a
se encontrar, isso é um fenômeno novo e interessante, que permite hoje
pessoas com ideologias ou atitudes com relação ao mundo iguais
conversarem e dividirem suas ideias.
Com a globalização e difusão da tecnologia, grupos passaram a se
encontrar, mesmo de forma online, e aumentaram o número de
participantes. Além dos grupos com estilos diferentes, existem outros
maiores, repletos de diversidades, que lutam por uma causa maior que
um estilo de vida, como por direitos e por justiça. Com isto, os jovens se
envolvem mais na vida pública e ganham mais voz.
A participação do jovem na vida pública começou a ganhar maior
proporção no Brasil na época da ditadura, e, com a chegada da
democracia, tivemos seu crescimento. Alguns a consideram um
incômodo, mas é necessário um pouco de barulho para se obter justiça,
direitos e isonomia. Além de ser um dos pilares da democracia – a livre
expressão – é essencial para sua prosperidade, e estes movimentos
devem ser valorizados, incentivados e respeitados.
O que estamos fazendo connosco e com as gerações futuras é uma
vergonha. Assim, não cremos que gerações futuras tolerarão esse
conflito brutal, porque os governos precisam pôr em suas agendas que a
desigualdade começa quando temos uma educação diferente por ser rico
ou pobre. Por isso, ninguém deve ser desprezado e todos devem poder
se manifestar na democracia. Isso é um elemento-chave: os jovens
devem se inserir no mapa político de todo mundo, não devendo haver
distinção entre classes econômicas. A liberdade de expressão não é um
luxo, mas, sim, uma aspiração.

O termo democracia tem origem grega, podendo ser etimologicamente


dividido da seguinte maneira: demos (povo), kratos (poder). Em geral,
democracia é a prática política de dissolução, de alguma maneira, do
poder e das decisões políticas em meio aos cidadãos.
Origem
A democracia ocidental tem origem em Atenas, na Grécia clássica.
Os gregos antigos criaram a ideia da cidadania que se estendia àquele
que é considerado cidadão e poderia, portanto, exercer o seu poder de
participar da política da cidade.
A democracia grega era restrita e essa ideia começou a mudar a partir
da Revolução Francesa e do luminoso moderno, que, por meio do
republicanismo, passaram a advogar por uma participação política de
todas as classes sociais. Ainda na Modernidade, apesar de avanços
políticos e de uma ampliação do conceito de democracia, as mulheres
não tinham acesso a qualquer tipo de participação democrática ativa
nos países republicanos, fato que somente começou a ser revisto com
a explosão do Movimento feminista   das sufragistas, que culminou na
liberação, pela primeira vez na história, do voto feminino, na Nova
Zelândia, em 1893.
Apesar de conhecermos de perto a democracia, o conceito que designa
a palavra é amplo e pode ser dividido e representado de diferentes
maneiras. Não existindo apenas um tipo de regime político
democrático, a democracia divide-se, basicamente,
em: direta, participativa e representativa.
Tipos de democracia
As democracias podem ser classificadas quanto aos tipos diferentes,
com base no modo como se organizam, e também podem
apresentar diferentes estágios de desenvolvimento. Por isso, o termo
é amplo e de difícil definição, pois o simples ato de dizer que “a
democracia é o poder do povo" ou de associar democracia à prática de
eleições não define o conceito em sua totalidade.
Podemos estabelecer três tipos básicos de democracia:
 Democracia direta
É a forma clássica de democracia exercida pelos atenienses. Não
havia eleições de representantes. Havia um corpo de cidadãos que
legislava. Os cidadãos reuniam-se na ágora, um local público que
abrigava as chamadas assembleias legislativas, onde eram criadas,
debatidas e alteradas as leis atenienses. Cada cidadão podia participar
diretamente emitindo as suas propostas legislativas e votando nas
propostas de leis dos outros cidadãos.
Os cidadãos atenienses tinham muito apreço por sua política e
reconheciam-se como privilegiados por poderem participar daquele
corpo tão importante para a cidade, por isso eles levavam a sério a
política. Os cidadãos preparavam-se, mediante o estudo da Retórica,
do Direito e da Política, para as assembleias. Eram considerados
cidadãos apenas homens, em sua maioridade, nativos de Atenas ou
filhos de atenienses e livres. As decisões, então, eram tomadas por
todos, o que era viável devido ao número reduzido de cidadãos.
 Democracia representativa
É mais comum entre os países republicanos do mundo
contemporâneo. Pela existência de vastos territórios e de inúmeros
cidadãos, é impossível pensar em uma democracia direta, como havia
na Grécia. Vários fatores contribuíram para a formação desse tipo de
democracia, dos quais podemos destacar:
1.
1. Sufrágio universal;
2. Existência de uma Constituição que regulamenta a
política, a vida pública e os direitos e deveres de todos;
3. Igualdade de todos perante a lei, o que está estabelecido
pela Constituição;
4. Necessidade de elegerem-se representantes, pois não são
todos que podem participar;
5. Necessidade de alternância do poder para a manutenção da
democracia.
Leia também: Direitos Humanos: o que são, artigos e como surgiram
As democracias representativas são regidas por constituições que
estabelecem um Estado Democrático de Direito. Nessas organizações
políticas, todo cidadão é considerado igual perante a lei, e todo ser
humano é considerado cidadão. Não pode haver desrespeito à
constituição, que é a carta maior de direitos e deveres do país, e os
cidadãos elegem representantes que vão legislar e governar em seu
nome, sendo representantes do poder popular nos poderes Executivo e
Legislativo.
A vantagem desse tipo de organização política é a exequibilidade, e
sua desvantagem é a brecha para a corrupção e para a atuação
política em benefício do bem privado e não do bem público. Por ser
um sistema em que a participação política não é exercida diretamente,
mas por meio de representações, ele é chamado de democracia
indireta.
 Democracia participativa
Nem uma democracia direta, como era feita na Antiguidade, e nem
totalmente indireta, como acontece com a democracia representativa, a
democracia participativa mescla elementos de uma e de
outra. Existem eleições que escolhem e nomeiam membros do
Executivo e do Legislativo, mas as decisões somente são tomadas por
meio da participação e autorização popular.
Essa participação acontece nas assembleias locais, em que os cidadãos
participam, ou pela observação de líderes populares, nas assembleias
restritas, que podem ou não ter direito a voto. Também acontecem
plebiscitos para ser feita uma consulta popular antes de tomar-se uma
decisão política. Esse tipo de democracia permite
uma maior participação cidadã, mesmo com a ampliação do
conceito de cidadania e pode ser chamada democracia semidireta.
Muitos países republicanos ocidentais têm, em algum grau, o
desenvolvimento de algum tipo de democracia. Também existem
grandes monarquias, como a Inglaterra, que são democráticas. Em sua
maioria, os países democráticos são países de democracia
representativa.
O sistema político brasileiro pode ser chamado de representativo,
mas a nossa Constituição Federal de 1988 permite uma
ampla participação popular que, caso fosse efetivamente aplicada,
poderia colocar-nos no patamar de democracia participativa, inclusive
prevendo a possibilidade de uma iniciativa popular legislativa.
Alguns estados dos Estados Unidos exercem
a participatividade semidireta, e um bom exemplo de país que
exerce a democracia participativa é a Suíça. Já a democracia direta
não existe mais a nível nacional na contemporaneidade devido à sua
inexequibilidade perante a ampliação do conceito de cidadania.
O turbilhão de ideais surgido na Europa durante a Modernidade deu
origem ao iluminismo e às chamadas revoluções burguesas. O
iluminismo é um bom exemplo do resgate de certos ideais ocidentais,
esquecidos durante muito tempo, contra o chamado Antigo Regime.
Tratava-se de pensar em uma ampliação do conceito de
soberania (agora popular) e de cidadania. Para tanto, era necessário
reavivar a ideia de democracia dos gregos e trazer uma nova forma de
pensar a política, sem estratificação social, como acontecia no sistema
aristocrático europeu até então.
Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, entoados como
mantras durante a Revolução Francesa, são um forte símbolo da
democracia moderna, que nasce ao mesmo tempo que o
republicanismo. Porém, vale lembrar que república e democracia
não são sinônimos. A democracia moderna prevê a criação de um
Estado de Direito, onde todos são, a princípio, livres e iguais, não
importando a origem, a classe social, a cor ou a religião.
Aliás, o Estado Democrático deve ser laico, para que contemple as
pessoas de todas as religiões existentes. As democracias mais
maduras datam do mesmo período em que crescia o pensamento
iluminista europeu, no século XVIII, e podemos citar a França e
os Estados Unidos como as mais antigas.
Nessas democracias maduras, há um problema recente relacionado
à pouca participação popular e à insatisfação com a criação de um
Estado, às vezes, omisso e, às vezes, burocrático demais, dificultando
a vida dos cidadãos, acirrando as desigualdades sociais ou sendo
travado pela corrupção do sistema.
Existem também as recentes e frágeis democracias que, seguindo os
exemplos modernos, ainda não conseguiram estabelecer-se
plenamente, e muitos cidadãos ainda não estão habituados à vida
democrática. São democracias que surgiram somente no século XX,
depois de ditaduras conservadoras de direita, ditaduras comunistas ou
longos regimes totalitários (como é o caso de Portugal e Espanha).
Sistematicamente, democracia e ditadura são termos opostos. Não é o
simples fato de haver escolha política em um país (eleição) que o
torna, automaticamente, uma democracia. Muitas ditaduras permitem
eleições para que o processo político pareça mais legítimo. Porém, a
ausência de participação popular na política e outros fatores podem
denominar o que chamamos de ditadura.
Para ser considerado, efetivamente, uma democracia, um país deve
conter, entre outras coisas:
 liberdade de expressão e de imprensa;
 possibilidade de voto e elegibilidade política;
 liberdade de associação política;
 acesso à informação;
 eleições idôneas.
A não observância dos fatores anteriores, somada a outros fatores,
como a derrubada de uma constituição legal sem a formação de uma
Assembleia Constituinte, pode indicar a existência de uma ditadura.
Quando um Estado Democrático de Direito, representado pela
Constituição, é, por algum motivo, suspenso, interrompido ou deixado
de lado, podemos dizer que há a formação de um Estado de exceção,
que é uma das características de uma ditadura.
O filósofo francês contemporâneo Jacques Rancière escreveu um
livro intitulado O ódio à democracia, em que ele disserta sobre a crise
democrática que tem assolado os países no século XXI. Segundo o
pensador, o mundo tem agido contra a democracia por uma espécie
de medo que ela pode colocar no cidadão médio: o medo de que a
democracia seja o regime político por excelência.
Rancière afirma que a democracia é o regime do dissenso, e isso tem
promovido a cisão da população. É normal que haja discordância
dentro de um regime democrático, mas deve haver também respeito
mútuo por todas as partes que respeitam a democracia, e deve haver
uma tentativa de construir-se um projeto comum com base na
discordância.
A partir do momento em que setores autoritários não respeitam os
seus adversários, tem-se início um processo de ódio contra a
democracia que pede o fim dela para que o adversário e a sua posição
política sejam eliminados. É daí que surge o anseio pela ditadura.

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