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01/10/2019

GEOLOGIA DE ENGENHARIA

MATERIAIS GEOLÓGICOS
SOLOS e ROCHAS

Prof. Luis de A.P. Bacellar

2018

1 - PROPRIEDADES MECÂNICAS E HIDRÁULICAS DE


SOLOS E ROCHAS

Resistência Mecânica (Strenght)


• Resistência à Tração
• Resistência à Compressão
• Resistência ao Cisalhamento

Condutividade Hidráulica

Deformabilidade

Reatividade Ambiental

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Walthan (1994)

1.1 – Resistência
Para rochas, é comum o emprego do ensaio de Resistência à
Compressão Simples ou Compressão Uniaxial (RCU ou UCS):

As rochas podem ser classificadas conforme a RCU em rochas duras


ou brandas. O concret tem uma RCU de aproximadamente 40 Mpa.

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(Vaz, 1996).

30 100

• Outra opção para determinar a resistência a compressão de


rochas é o ensaio de de carga pontual (compressão puntiforme),
que apresenta relação com a RCU:

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Curva Característica da CU

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Resistência ao Cisalhamento definida pelo critério de


ruptura de Mohr Coulomb. Depende de duas propriedades:

 C – Coesão;
f – ângulo de atrito interno;

A resistência ao cisalhamento pode ser determinada em


ensaios triaxiais e em ensaios de cisalhamento direto

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Como a pressão da água nos poros (m), também conhecida


como poro-pressão, pode agir em oposição à força normal
(n) , a equação de Mohr-Coulomb assume a forma:
 = C + (n –m) tan f
Ou seja, quanto maior a poro-pressão, menor a
resistência ao cisalhamento

Fuchs (2015)

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Exemplo de Ensaios
para Determinação
da Resistência ao
Cisalhamento

Ensaio Tensão Normal Tensão Cisalhante


(KPa) (KPa)
A 30 10

B 60 18

C 120 35

Representando-se os resultados dos 3 ensaios


graficamente teremos:

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A envoltória permite definir a Coesão e o Ângulo de Atrito Interno:

Ensaio Triaxial

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1.2 – CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA OU PERMEABILIDADE (K)

Darcy (1856) estabeleceu que o fluxo Q (m3/s) de


qualquer fluido em regime permanente em meio com
porosidade intergranular será:
Q=-K*i*A

onde: K = condutividade hidráulica (cm/s)


i = (h2-h1) / L  gradiente hidráulico
A = área da seção transversal (cm2)

Faixa de Valores de K:
Argila  K = 10-9 a 10-6 cm/s
Areia limpa  K = 10-3 a 10-1 cm/s

A condutividade hidráulica pode ser determinada:


Em laboratório  amostras poucas representativas
Em campo  testes de bombeamento (empregados
na hidrogeologia), testes em furos de sondagem rasos
(ex.: permeâmetro Guelph);

Esquema de teste de aquífero (Price, 2007)

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1.3 - DEFORMABILIDADE:
Expressa a capacidade de variação de comprimento
(DL/L) devido a aplicação de tensões
Para materiais perfeitamente elásticos, pode ser avaliada
pelo módulo de deformabilidade (módulo de Young):
E = /e
onde:
 – tensão (GPa)
e – deformação – DL/L(adm)
Quanto < E, mais deformável é o material. Exemplo
Ex.: Basalto – e = 75,6 GPa; Calcarenito – e = 1,2 GPa

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Os materiais podem ter comportamento frágil,


dúctil e viscoso.

É importante definir como a rocha se deforma e


com que velocidade
A deformabilidade é relevante em GE quando as
tensões mobilizadas são fortes (ex.: túneis
profundos) ou quando trabalha-se com solos ou
rochas brandas.

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Solos Argilosos saturados sofrem um tipo de


deformação lenta, explicada pela teoria do adensamento

Tipos de deformação:
Rápidas – observadas em solos arenosos e argilosos não
saturados;
Lentas – solos argilosos saturados – explicadas pela
teoria do adensamento.

1.4 – Reatividade Ambiental (durabilidade)


Solos e rochas podem ter suas propriedades
modificadas quando submetidas a novas condições
ambientais, como a exposição devido a escavação.
Exemplo: rochas com minerais expansivos,
basaltos com zeólitas;
A durabilidade pode ser quantificada em
laboratório, como p.ex., com o ensaio de absorção
de água e com o slake durability test .

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Teste de Durabilidade (slake durability test) – 10 pedaços de


rocha são colocados no tambor giratório parcialmente
imerso por 10 minutos com 20 rpm

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