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Série de Palavras – Aba (Paternidade/Orfandade)

3 - A importância do pai na vida do filho - quem o filho se torna quando o pai


exerce plenamente o seu papel

Objetivo
 Entender o modelo de filho sob a excelência do exercício da paternidade e quem o filho
se torna quando o pai exerce plenamente o seu papel;
 Quais as atitudes do pai que levaram o filho a esse resultado;
 Reconhecendo a Deus como pai, sua aceitação e validação, para preencher as lacuna e
carências que temos para que alcancemos a plenitude dos nossos objetivos e propósito.

A relação do filho com o pai interfere diretamente na forma como o filho se relaciona com
as pessoas e o mundo no futuro, como lhe dá com a sociedade e os desafios, e em quão
longe ele conseguirá ir na vida.
Por isso, o inimigo atua fortemente por meio do sistema cultural dominante,
principalmente a televisão, para destruir a importância e a imagem do pai na família.
Fazendo isso, ele colhe indivíduos frágeis, inseguros, sem identidade e totalmente
vulneráveis às suas propostas e ações.
Mas o entendimento da importância do pai nos revela o posicionamento correto para que
alcancemos a plenitude dos nossos objetivos e propósito.

João 5: 16-23/36-47

O texto relata o discurso de alguém seguro e preparado pelo pai. A postura e


posicionamento de filho que Deus deseja que tenhamos.
Deus se apresenta a nós como o pai perfeito e Jesus reflete o modelo de filho sob a
excelência do exercício da paternidade.

Quais foram as atitudes do pai que levaram o filho a esse resultado?

O papel do pai: primeiro precisamos entender sobre o papel, a função de um pai. A


palavra que melhor encontramos para caracterizar a função do pai chama-se
Plataforma.

 O que é plataforma: plataforma significa o ambiente seguro e ideal para que os


objetivos se cumpram por meio de conexões.

 Exemplos de plataforma: Uber, Airbnb, Spotify. São empresas que não detém
propriedade dos meios, mas conectam interessados: fornecedores e usuários. O Uber, por
exemplo, não possui nenhum veículo, mas é a maior empresa que oferece solução de
mobilidade, fornecendo a estrutura, um sistema que conecta motorista e passageiro,
permitindo que o usuário se desloque de um lugar para outro.

 O que é o pai como plataforma: A função do pai como plataforma é proporcionar o


ambiente ideal, condições adequadas, para conectar o filho à sua maturidade, ao seu
futuro, em que ele esteja preparado para alcançar seus objetivos, sonhos e propósito.
Ser uma plataforma não é suprir entregando tudo na mão, mas possibilitar as conexões.
Uma plataforma não fornece coisas, mas sim soluções.
O pai como plataforma busca proporcionar o necessário para que o filho tenha
maturidade e condições de tomar decisões seguras, sábias e assertivas. Não é decidir
pelo filho, dando ordens ou dando tudo de mão beijada.
Plataforma para crescimento: a missão do pai é criar um ambiente propício para o
crescimento do filho, para que, como herança, eles vão adiante de nós, além de onde já
fomos. É estancar as mazelas e limitações dos seus antepassados para que não atinjam a
sua descendência, e construir uma base de crescimento para eles.

 Como ser Plataforma: oferecendo Proteção, Provisão e Direção.

Iremos apresentar os 3 pilares e em paralelo como Deus se apresenta como


modelo e nos supre em cada pilar:

1 - Proteção: oferecer um ambiente seguro, livre de ameaças.


 O pecado autoriza uma influência espiritual de natureza correspondente que pode repetir
sobre a descendência se não impedirmos. Maldições hereditárias. São comportamentos e
consequências malignas que transitam com facilidade dos pais para os filhos e que
precisam ser estancados.
 O trabalho do pai é impedir que qualquer coisa que não seja a benção e a promessa de
Deus passe da nossa geração para os nossos filhos. É encerrar toda a malignidade que
atuava sobre a nossa linhagem.

 Deus nos deu liberdade e proteção: Deus se fez carne e pôs em si mesmo o fim de
todas as mazelas e heranças malditas e condenações, para que seus filhos, as futuras
gerações, vivessem a partir dele uma nova história.
Ele pagou o preço de toda a condenação do pecado e se fez maldito em nosso lugar.
Na crucificação de Cristo, cada acontecimento marcava um cumprimento profético: Na
época do profeta Jeremias, havia um ditado judeu que dizia “os pais comem uvas verdes
e os dentes dos filhos é que se embotam” Jr 31: 29. Quando Jesus, ao dizer ter sede na
cruz, bebeu vinagre (uva fermentada) que embotam (estragam) os dentes, ele absorveu
todas as heranças de maldições para que jamais as heranças malignas nos alcançassem.

Não importa o histórico de desgraça que tenha sua família. A partir de você,
todas as gerações serão livres e benditas!

2 - Provisão: nutrir as necessidades físicas e emocionais com: presença, referencial,


aceitação e aprovação.

2.1 - Presença: o filho se sente seguro na presença do pai.


 Na presença do pai, o filho se sente seguro para arriscar, para ir adiante.
 Já a ausência do pai limita o desenvolvimento cognitivo e social. Gera filhos intimidados e
medrosos.
 A presença ou ausência do pai vai determinar até onde o filho tem coragem de ir.

 Deus nos supre com sua presença abundante. Ele diz, “eis que estarei convosco
todos os dias” e se faz presente na pessoa do Espírito Santo. Ele é o pai presente a toda
hora.

2.2 - Referencial: desde que nascemos, nós institivamente buscamos para nós um
referencial, alguém para imitar, que nos mostre o que e como fazer.
 Assim como, ao nascer, o bebê procura automaticamente o peito da mãe para se
alimentar, ele institivamente busca no pai um referencial. A ciência por meio da psicologia
e estudos científicos nos dizem que, por estar sempre com a mãe, desde a sua
concepção, a criança ao nascer não distingue a mãe de si mesma. Para ela, a mãe é parte
dela mesma. Nos primeiros meses, ela começa então a distinguir a figura do pai e a
associa a ele tudo o que não é sua mãe.
 O pai passa então a representar toda a sua relação com o mundo externo e a criança
busca nele a segurança e a maneira que ela precisa para se relacionar com o mundo. A
sua relação com o pai na infância molda a forma como ela irá se relacionar com as
pessoas. Assim, mesmo no futuro tendemos a replicar com as demais pessoas a mesma
forma como nos relacionamos com o nosso pai.

 A ausência do pai nos leva a buscarmos para nós outros referenciais. É uma reação
natural.
 Cuidado como filhos: se seu pai não te supre como referencial, sem nem mesmo perceber
você irá adotar alguém como referencial para sua vida: cuidado com quem você tem
colocado neste lugar!
 Cuidado como pais: se você se ausenta de ser referência para seu filho, por omissão, falta
de tempo, desatenção, etc. alguém irá ocupar esse lugar. Cuidado, satanás está doido
para ocupar seu lugar!

 Deus nos supriu como referencial enviando Jesus, o exemplo e modelo


perfeito.

2.3 - Aceitação e aprovação: O homem busca institivamente por aceitação.


 A necessidade mais profunda do ser humano é ser apreciado, conforme diz Willian James,
psicólogo e filósofo americano.
 É na família que deveríamos começar a ser aceitos.
 A aceitação e aprovação do pai supre a busca de aceitação e validação de outros ao longo
da vida.
 Mas a falta de aprovação do pai faz com que o filho viva buscando provar o seu valor.

 Todos nós seremos rejeitados em algum momento por alguém. E precisamos aprender a
lhe dar com isso: o problema não está em ser rejeitado, mas em como reagimos
e lhe damos com a rejeição.

 Quem vive em busca de validações não chega a lugar nenhum. Não busque agradar todo
mundo. Você não precisa disso e jamais vai conseguir. E pior, viverá frustrado, preso a
sentimentos de rejeição.
 Nem Cristo agradou a todos, e isso não lhe importava. Seu objetivo não era agradar e ser
aceito por todos, mas sim viver seu propósito. Ele ignorou as rejeições e alcançou seu
objetivo.
 A pessoa que vive em busca de aceitações e validações se torna inseguro e vulnerável às
sugestões malignas.
 A forma como reagimos à rejeição revela a nossa natureza mais profunda:
 Caim, Gn 4:5: Caim foi rejeitado pela sua oferta e partir de então foi dominado pela
inveja e violência.
 O desejo pela autoafirmação e aceitação é tão maior quanto a falta de afirmação e
aceitação pelo pai.
 A necessidade de autoafirmação gera um poço de ciúmes e insegurança, uma busca por
fazer uma publicidade pessoal a fim de ser aceito.
 Exemplo: realizar pesquisas do instagram para saber o que as pessoas pensam ao seu
respeito.
 Davi foi por diversas vezes rejeitado, mas se fortaleceu cada vez mais apoiado no fato de
que foi aceito por Deus.

 História de DAVI – foi rejeitado 7 vezes: 1- Pelo seu pai, ao ser deixado de fora
quando Jessé recebeu o profeta Samuel; 2- Pelos seus irmãos, ao ser repreendido quando
foi levar alimentos para eles no campo de batalha; 3- Pelo seu líder e rei, quando Saul
buscava mata-lo, dominado de ciúmes e inveja; 4- Pelos seus amigos, quando ao ser
saqueado em Ziclague, seus homens lhe culparam e queriam mata-lo; 5- Pelos seus
inimigos, quando os fariseus recusaram sua ajuda para guerrear contra Israel; 6- Pela sua
mulher, Mical, ao dizer que ele a envergonhava por dançar sem se preocupar com suas
roupas ao retornar com a arca da aliança; 7- Pelo seu filho Absalão, que se rebelou conta
seu pai, usurpando seu reino.
 Quem supera rejeições e não se prende às validações dos outros se torna cada vez
mais livre e pronto para governar.
 Jesus tinha a afirmação do pai: Mt 3:17 “Filho amado em quem me comprazo”.
Deus nos ensina a, como pais, elogiar, afirmar nossos filhos.
 Diante dessa consciência, Jesus se posicionou como filho diante das tentações do diabo
(Mt 4) e diante dos questionamentos dos fariseus.
 Não carecia de exibir seu poder e de se auto afirmar para ninguém porque o pai já
testificara dele.
 Comportamento de Jesus: eu sou quem eu sou e o pai é quem testifica de mim. O que
você pensa ao meu respeito não muda quem eu sou e muito menos me imputa a
necessidade de te provar quem eu sou. Eu tenho a aprovação do Pai e isso me basta.

Sua opinião ao meu respeito é um problema seu!

 Aceitação e validação de Deus:


O Senhor te diz: você é parte de mim, feito a minha imagem e semelhança e eu te aceito.
você é meu filho amado em quem tenho prazer!
O sacrifício de Jesus na cruz nos fez aceito por Deus, e nos conquistou tudo o que
precisamos, todos os recursos necessários para que vivamos a vida que Deus projetou
para nós.
“Aquele que não poupou o seu próprio filho, porventura não lhe daria, com Ele, todas as
coisas?” Tudo ele já nos proveu em Cristo Jesus!

2.4 - Direção:

 O pai mostra o caminho para o filho.

 Deus arquitetou um propósito para cada um de nós e nos designou, nos dando a
instrução para o caminho. Sua palavra, a bíblia.
“Lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho.”

O que preciso entender e fazer?

A missão do pai é tão grande e importante que exigiria dele a perfeição para que não
tivéssemos em nossas vidas nenhum trauma sequer.
Diante disso, é inevitável termos ao longo da vida algum tipo de frustração com relação
ao nosso pai.
Contudo, Deus sempre nos supre sendo o pai perfeito.
Ele quer nos prover tudo o que o precisamos para ser quem planejou que sejamos.
Quando os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “como devemos orar?” Primeira coisa:
“Pai nosso que está nos céus”. Saiba que Deus é seu pai e é fundamental que você o veja
assim.

Preciso saber que qualquer uma das minhas limitações e carências emocionais podem e
devem ser supridas em Deus, o meu pai perfeito.
Se o que faltava para você era uma palavra de aceitação do pai, saiba que Deus já te
aceitou e lhe diz: Você é meu filho amado em quem tenho prazer!

Muito mais do que aceitação, Deus te diz que tem prazer em te ter como filho. Não pelo o
que você faz, mas simplesmente por quem você é.

Quando for o tempo, busque ser um pai como Deus nos ensina a ser. Como filho, saiba
que Deus é a plataforma perfeita, a rocha eterna, sobre a qual você deve se firmar para
ser tudo o que Ele te chamou para ser.

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