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e Ar-Condicionado
Prof.a Mariana Ricken Barbosa
Prof. Bruno Pizol Invernizzi
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.a Mariana Ricken Barbosa
Prof. Bruno Pizol Invernizzi
B238p
ISBN 978-85-515-0397-3
CDD 697.93
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Seja bem-vindo à disciplina Práticas de Refrigeração
e Ar-Condicionado. Este conteúdo foi estruturado de tal modo que,
primeiramente, serão compreendidos os principais conceitos nos sistemas
térmicos ditos refrigeração e condicionamento de ar, para isso, são abordados
terminologias e equacionamentos próprios da termodinâmica e psicrometria,
já que elas traduzem os fenômenos de abaixamento de temperatura de um
recinto que naturalmente tenderia a ficar em equilíbrio térmico com um
ambiente externo.
Bons estudos!
Prof.a Mariana Ricken Barbosa
Prof. Bruno Pizol Invernizzi
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO...........1
VII
2.4 FLUIDO REFRIGERANTE............................................................................................................108
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................112
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................113
VIII
3.1 MANUSEIO DE CILINDROS.......................................................................................................195
3.2 PRESSURIZAÇÃO..........................................................................................................................196
3.3 TRABALHANDO COM FLUIDOS REFRIGERANTES............................................................197
4 MANUTENÇÃO: EQUIPAMENTOS MECÂNICOS ..................................................................198
4.1 MANUTENÇÃO DA SEÇÃO DO REFRIGERADOR...............................................................198
4.1.1 Motor e compressor...............................................................................................................199
4.1.2 Verificação de vazamentos de fluido refrigerante............................................................202
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................204
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................205
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................223
IX
X
UNIDADE 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
2 CONCEITOS BÁSICOS
Quando tratamos de dimensionamento, otimização ou até mesmo do
funcionamento de equipamentos de engenharia, necessitamos definir seus
principias constituintes e fundamentos teóricos que alicerçam esse estudo.
Por isso, neste tópico, é discorrido sobre as propriedades termodinâmicas e
terminologias pertinentes aos estudos de refrigeração e ar-condicionado.
FONTE: Os autores
4
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
NOTA
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
F =C − Ph + 2 (Equação 1)
Em que:
Para que um efeito seja produzido, por exemplo, uma sala seja resfriada,
são necessárias mudanças no estado de equilíbrio, chamadas de processos e os
diversos estados pelos quais um sistema percorre durante tais processos é dito
percurso. Simplificadamente essas definições podem ser exemplificadas pela
Figura 3, em que se nota um êmbolo ocupando uma posição de um cilindro
contendo oxigênio (O2) gasoso num primeiro estado descrito por p1, v1 e T (1),
após sofrer ação de uma força externa vertical e para baixo (F), o êmbolo percorre
um percurso que provoca o aumento da pressão do sistema (p) em decorrência
da compressão, isto é, diminuição do volume (v) ocupado pelo gás, chegando
a um novo estado dado por p2, v2 e T (2). Todo esse processo ocorreu a uma
temperatura (T) constante, caracterizando um processo isotérmico. É claro que
poderia ter escolhido outra rota, em que a pressão fosse constante (processo
isobárico) ou então o volume (isocórico).
FONTE: Os autores
7
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
8
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
E
IMPORTANT
No Gráfico 1a, foi realizado o esboço de apenas uma isobárica, mas poderíamos
plotar tantas linhas de pressão quantas forem necessárias. Afinal, certos processos
necessitam ser realizados em altas pressões, como no caso de compressores, bem como
em baixas pressões, como no caso de expansores. O conjunto formado pela intersecção de
todos os pontos de líquido saturado e vapor saturado resulta na curva binoidal, cuja forma
se assemelha a um sino. Esse mesmo raciocínio pode ser feito para o caso do Gráfico 1b,
traçando-se diversas curvas de temperatura, obtendo como resultado a Figura 4.
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-illustration/phase-diagram-2dimensional-
3dimensional-600w-346560500.jpg>. Acesso em: 23 out. 2019.
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
10
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
NOTA
Para isso, vamos nos valer de uma realidade que você ou alguém próximo
já vivenciou. Suponha que você esteja no mês de outubro e começa a planejar uma
viagem para Porto de Galinhas, localizada no estado brasileiro de Pernambuco.
Além da preocupação com a sua condição de saúde física, você percebe que
precisa fazer uma dieta para reduzir sua massa ou aumentar sua resistência
a fim de aproveitar a viagem curtindo o sol e as belezas naturais da região.
Então, você reduz a quantidade de carboidrato ingerida e percebe que alguns
quilogramas foram “perdidos”. Mas, afinal, como essa situação se relaciona com
o funcionamento de um ar-condicionado? A intenção desse exemplo foi ilustrar
que uma massa de carboidrato contém certa quantidade de energia, que se for
ingerida em excesso, será acumulada na forma de gordura pelo organismo e,
consequentemente, aumentará a massa de quem a ingeriu. Então, deve haver
uma relação entre acúmulo ou armazenamento de energia de um sistema e as
trocas energéticas de um sistema com sua vizinhança, e essa interação, de forma
resumida, é o enunciado da Primeira Lei da Termodinâmica.
11
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
dM
=0 (Equação 2)
dt sistema
Com:
M sistema
= ∫=dm ∫
M ( sistema ) V ( sistema ) ρdV (Equação 3)
Em que:
t ≡ tempo (s);
V ≡ volume do sistema (m³);
m ≡ massa do sistema (kg).
∂
∂t ∫ ∫
VC ρ dV + SC ρ V .d A =
0 (Equação 4)
Em que:
A energia total de um sistema pode ser classificada por duas formas: (1)
macroscópica e (2) microscópica. Como o próprio nome diz, o grupo macroscópico
refere-se ao que se tem alcance com um olhar macro, amplo ou ainda externo a um
12
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
sistema, isto é, uma energia que um sistema possui como um todo, sendo que o
referencial se localiza externamente a ele, cuja escolha é arbitrária, são exemplos de
energia macroscópica: a energia cinética (relacionada ao movimento, Equação 2) e
a energia potencial (referente a uma altura em um campo gravitacional, Equação 5).
Vel ²
EC = m (Equação 5)
2
EP = mgz (Equação 6)
Em que:
E =U + EC + EP (Equação 7)
Em que:
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/entropy-energy-first-second-laws-
600w-352256309.jpg>. Acesso em: 23 out. 2019.
14
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
DICAS
• Condução: https://www.youtube.com/watch?v=aKwZDvq2nm0.
• Convecção: https://www.youtube.com/watch?v=dkZaiedR_ww.
• Radiação: https://www.youtube.com/watch?v=LLDQOyaVnR8.
Vale lembrar que esses três fenômenos podem acontecer simultaneamente em um único
processo ou sistema (Figura 6), como é o caso de uma garrafa térmica, cuja manutenção
da temperatura do líquido em seu interior pode ser explicada conforme discutido no vídeo
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kFhEYmiiGsM.
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/heat-transfer-600w-396419494.jpg>.
Acesso em: 23 out. 2019.
∆E = Q − W (Equação 8)
Em que:
15
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
p Vel ²
EM = m + + gz (Equação 9)
ρ 2
Em que:
EM ≡ taxa de energia mecânica de um sistema aberto (J);
.
m ≡ taxa mássica (kg/s);
p ≡ pressão (Pa).
dP
F= (Equação 10)
dt sistema
Com:
=Psistema ∫ M ( sistema )
= Vdm ∫ V ( sistema ) ρ dV
V (Equação 11)
F F S + FB
= (Equação 12)
FS= ∫ A
− pd A (Equação 13)
FB = m.g (Equação 14)
16
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
Em que:
P ≡ quantidade de movimento linear do sistema (N.s);
≡ força resultante (N);
F
F s ≡ força de superfície resultante, que é dependente da viscosidade do fluido em
escoamento (N);
F B ≡ força de campo gravitacional (N).
∫ ρV .dA
Fs + FB = V
SC
(Equação 15)
Com:
1
Fs =
− Adp − dpdA (Equação 16)
2
dA
−ρ g A +
FB = dz (Equação 17)
2
p Vel ² p
e+ =u + + gz + (Equação 18)
ρ 2 ρ
Em que:
e ≡ energia por unidade de massa do fluido que atravessa a superfície de controle (J/kg);
u ≡ energia interna específica (J/kg).
Esistema
= ∫=e dm ∫
M ( sistema ) V ( sistema )
e.ρ .dV (Equação 19)
A Equação 18 pode ser reescrita numa forma para quantificar uma energia
proveniente de um fluxo mássico, denominada por entalpia (Equação 20).
17
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
p Vel ²
e+ =i + + gz (Equação 20)
ρ 2
Em que:
NOTA
FONTE: Os autores
18
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
Em um ponto j qualquer dado por (φk j ,φ0 j), temos que a derivada de ϕ0 no
ponto j intercepta a ordenada num ponto que define ¥ k j , Equação 21.
∂φ
¥=
k j φ0 j − 0 φk (Equação 21)
∂φk φi≠ j j
j
19
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
∆U = Q − W (Equação 22)
20
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
W =Q (Equação 23)
Em que:
Trabalholíquido
EficiênciaTérmica = (Equação 25)
Calor fornecido
WLíq
η MT = (Equação 26)
Qe
QF
η MT = 1 − (Equação 27)
QQ
Em que:
21
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
QQ TQ
= (Equação 28)
QF rev TF
Em que:
TF
η MT , rev = 1 − (Equação 29)
TQ
Em que:
T
η MT , rev =≡ eficiência
1− F da máquina térmica reversível (-).
TQ
Então, se num projeto de engenharia a eficiência calculada ou obtida por
testes experimentais da máquina térmica for superior a eficiência de uma máquina
térmica reversível, operando sobre os mesmos reservatórios térmicos, algum
equívoco foi cometido, pois isso é impossível. Por outro lado, caso a eficiência da
máquina térmica projetada for inferior à de uma reversível, temos que a máquina
térmica opera em um ciclo irreversível, o que é totalmente plausível e recorrente
no cotidiano de indústrias químicas, metalúrgicas etc.
Mas, será que existe uma forma de quantificar essa irreversibilidade que
provoca uma diferença na eficiência real (irreversível) de uma eficiência ideal
(reversível)? Pois, se for possível estimá-la, isso poderá representar um ponto
de atenção para tentar encontrar melhorias e, assim, otimizar a operação dos
equipamentos envolvidos.
E
IMPORTANT
23
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
δQ
∮ ≤0 (Equação 30)
T
Em que:
δQ
dS = (Equação 31)
T rev
Em que:
S ≡ entropia (J/kg.K);
δQ ≡ diferencial inexato de calor trocado entre o sistema e a vizinhança a partir
de um processo reversível (J).
II δQ II δQ
∫I T
+∫
I ≤0
T rev
(Equação 32)
24
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
II δQ
S II − S I ≥ ∫ (Equação 33)
I T
δQ
dS ≥ (Equação 34)
T
II δQ
∆S sis = S II − S I = ∫ I T
+ S ger (Equação 35)
Em que:
E
IMPORTANT
25
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
E
IMPORTANT
• Dada uma propriedade dependente “a” qualquer, cujas propriedades independentes são
“b” e “c”, o diferencial total de a=a(b,c) corresponde a Equação 37.
∂a ∂a
=da db + dc (Equação 37)
∂b c ∂c b
∂u ∂u
=du dT + dv (Equação 38)
∂T v ∂v T
26
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
∂u ∂u
=du dT + dv
Em que ∂T é reconhecido
v
∂v como calor específico a volume constante (cv). Analogamente,
T
∂i ∂i
=di dT + dp (Equação 39)
∂T p ∂p T
∂i ∂i
=di dT + dp
Em que ∂T p é reconhecido
∂p T como calor específico a pressão constante (cp).
∂a ∂a
• Se chamarmos ∂b c de M e de ∂c b N, a derivada parcial de M em relação a “c” e de N
em relação a “b” resulta na equação 40 e 41, implicando na Equação 42.
∂M ∂²a
= (Equação 40)
∂c b ∂b∂c
∂N ∂²a
= (Equação 41)
∂b c ∂c∂b
∂M ∂N
= (Equação 42)
∂c b ∂b c
• A Equação 37 também pode ser como b=b(c,a) caso “c” e “a” sejam as variáveis
independentes (Equação 43).
∂b ∂b
=db dc + da (Equação 43)
∂c a ∂a c
∂b ∂c ∂a
= −1 (Equação 44)
∂c a ∂a b ∂b c
pv = RT (Equação 45)
27
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Em que:
i= u + RT (Equação 46)
Em que:
DICAS
T2 v2 ∂p
∫ cv dT + ∫
du =
T1 v1 T ∂T −
p dv
(Equação 47)
Em que:
28
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
T2 p2 ∂v
di = ∫
T1
c p dT + ∫
p1 v − T ∂T
p dp
(Equação 48)
T2 cp p2 ∂v
=ds ∫T1 T
dT − ∫
p1 p dp
∂T
(Equação 49)
Em que:
29
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
30
AUTOATIVIDADE
Dados: volume específico da água a 300 ºC e 300 kPa: 0,87535 m³/kg; volume
específico da água a 200 ºC e 300 kPa: 0,71643 m³/kg.
a) ( ) 0,00159 m³/kg.K.
b) ( ) 0,02571 m³/kg.K.
c) ( ) -0,00159 m³/kg.K.
d) ( ) 0,00163 m³/kg.K.
e) ( ) -0,03418 m³/kg.K.
a) ( ) T
/ p .
cp
b) ( ) / T .
c) ( ) p
/ v .
d) ( ) cv
/ p .
e) ( ) p
/ T .
31
32
UNIDADE 1
TÓPICO 2
FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
1 INTRODUÇÃO
Em um dia de calor, quando passeamos em um shopping ou temos a
oportunidade de ligar o ar-condicionado em nossas residências, observamos
que após certo tempo presente nesses locais, nossos olhos começam a sofrer
um processo de irritação, a ponto de provocar uma coceira ou até mesmo uma
vermelhidão. Isso acontece porque o ar que ali nos cerca foi resfriado e, com
isso, foi retirada certa quantidade de líquido (umidade) devido à diferença
de concentração de água entre o olho e o ambiente. Desse breve exemplo,
verifica-se que para entender o motivo que nos causa certo desconforto físico
diante do acionamento de dispositivos de condicionamento do ar, é necessária
a compreensão de assuntos relacionados a umidificação do ar, que, em termos
gerais, inclui misturas que são estudadas pela psicrometria.
2 PROPRIEDADES PSICROMÉTRICAS
Para definirmos as propriedades psicrométricas, primeiramente é
necessário compreender quais são as espécies químicas envolvidas em estudos
psicrométricos, no caso, temos um sistema composto por ar isento de água (ar
33
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
seco) e vapor de água. Daí surge a expressão ar úmido, que se refere a uma
mistura formada por ar seco e vapor de água que se encontra em uma pressão
relativamente baixa (inferior a 303,99 kPa ou 3 atm), fazendo com que o seu
comportamento seja considerado equivalente ao de uma mistura de gás ideal e,
portanto, descrito pela Equação 50.
mm RT
p= (Equação 50)
M ⋅ Var
Em que:
NOTA
M = ∑ i =1 yiMi
nc
(Equação 51)
pi = yi p (Equação 52)
ni
yi = (Equação 53)
nT
nT = ∑ i =1 ni
nc
(Equação 54)
mi RT
pi = (Equação 55)
M iV
34
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
Em que:
DICAS
mA
Y= (Equação 56)
mB
M A pA
Y= (Equação 57)
M B ( p − pA )
0,622. p A
Y= (Equação 58)
( p − pA )
35
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Em que:
M A p As
Ys = (Equação 59)
(
M B p − p As )
Em que:
pA
YR = 100 (Equação 60)
p As
yA
YR = (Equação 61)
y As
NOTA
36
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
cS c p , B + Yc p , A
= (Equação 62)
Em que:
Em que:
• Volume úmido (vh): volume específico ocupado por gás seco e vapor, em m³/g,
à pressão 101,325 kPa e temperatura absoluta T, Equação 64. Observe que o
número 0,0224 corresponde ao volume molar ocupado por um gás qualquer
nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP).
0,0224T 1 Y
=vh + (Equação 64)
273 M B M A
Y
YA = 100 (Equação 65)
Ys
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
T − Ts λ
= − s (Equação 66)
Y − Ys cs
Em que:
FONTE: Os autores
38
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
Em que:
E
IMPORTANT
Assim como a entalpia, a entropia apresenta duas parcelas: (1) vapor de água e (2) ar seco,
sendo que a contribuição de vapor é dada pela Equação 69.
pA
s A = s As − R ⋅ ln (Equação 69)
p As
Em que:
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
3 CARTA PSICROMÉTRICA
Os resultados provenientes de cálculos que podem ser feitos aplicando-se
as equações anteriores no sistema ar-água podem ser representados graficamente
em uma carta psicrométrica, determinada para uma pressão barométrica fixa,
geralmente adota-se 101,33 kPa, como mostra o Gráfico 3.
FONTE: Os autores
40
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
DICAS
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/psychrometric-chart-sea-level-
vector-600w-425902306.jpg>. Acesso em: 23 out. 2019.
Para a sua orientação e entendimento de como ler os valores dessas variáveis, recomendamos
que assista o vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NHJDzYohbNI.
Ao visualizar o link, recomendamos que você faça anotações dos principais passos
apresentados, pois isso certamente contribuirá com o seu aprendizado.
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Umidade relativa
Umidade absoluta
Volume específico
FONTE: Os autores
42
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
FONTE: Os autores
• A intersecção das duas setas traçadas nos fornece o ponto X da figura, que
caracteriza o estado termodinâmico do ar úmido em questão.
• Leitura seguindo as especificações do Quadro 1 das propriedades desejadas.
• A umidade relativa está entre 60 e 70%, conforme pode ser visualizado nas
curvas cheias e círculos do gráfico. Fazendo-se uso da interpolação, podemos
encontrar um valor equivalente a 65%.
• O valor do volume específico também é obtido por interpolação, sendo que os
limites estão identificados por retas cheias inclinadas, resultando em 0,865 m3/
kg ar seco.
• A umidade absoluta (seta para a direita) é de, aproximadamente, 12,5 g vapor/
kg ar seco.
• Por fim, a entalpia (reta pontilhada e inclinada) 18 kcal/kg ar seco.
43
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
4 APLICAÇÕES DE PSICROMETRIA
Sabendo dos conceitos de psicrometria, precisamos compreender como
relacioná-los com aplicações no condicionamento de ar e técnicas de umidificação
ou desumidificação. Para isso, nos subtópicos que se seguem são descritos alguns
problemas e suas resoluções.
44
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
• Troca de calor positiva ( Q > 0 ): há transferência de calor da vizinhança para o
sistema (processo endotérmico).
• Troca de calor negativa ( Q < 0 ): há transferência de calor do sistema para a
vizinhança (processo exotérmico).
FONTE: Os autores
m
B ,1 m=
= B ,2 m B (Equação 70)
m A,1 + m w =
m A,2 (Equação 71)
45
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Em que:
mw
≡ taxa mássica de água líquida ou vapor que entra na seção 3;
mB
≡ taxa mássica de ar seco;
mB ,1
≡ taxa mássica de ar seco na seção 1.
mB ,2
≡ taxa mássica de ar seco na seção 2.
mA,1
≡ taxa mássica de vapor de água na seção 1.
mA,2 ≡ taxa mássica de vapor de água na seção 2.
mw mB ( w2 − w1 )
= (Equação 72)
Q + (mB iB1 + m A,1 iA1 ) + mw iw − (mB iB 2 + m A,2 iA 2 ) (Equação 73)
0=
FONTE: Os autores
46
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
FONTE: Os autores
47
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/cooling-tower-power-plant-
600w-285674201.jpg>. Acesso em: 23 out. 2019.
48
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
FONTE: Os autores
Em que:
L1 + Y2V ′ = 1 '
L2 + YV (Equação 74)
49
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
V ′Y L + V ′ (Y + dY )
L + dL += (Equação 75)
L1 + L2
Lmédio = (Equação 80)
2
50
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS EM PSICROMETRIA
d ( L⋅HL ) =
Lmédio ⋅ cL ⋅ dTL (Equação 81)
DICAS
51
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
52
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 24,6 kW.
b) ( ) 13,7 kW.
c) ( ) 39,4 kW.
d) ( ) 18,3 kW.
e) ( ) 57,1 kW.
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores dessa unidade discorreu-se sobre os principais
conceitos teóricos que englobam os sistemas de refrigeração e ar-condicionado, ou
seja, foram apresentadas as principais propriedades de estado, termodinâmicas,
psicrométricas e termofísicas, além dos princípios de conservação mássica e
energética. Apesar de vivenciarmos diversos efeitos causados por essas temáticas,
muitas vezes, não notamos as suas influências nas atividades que exercemos, seja
por mera distração ou desconhecimento.
55
2 CÁLCULO DA PROPAGAÇÃO DE ERROS
Para compreendermos como a propagação de erros acontece, vamos
supor que em um determinado experimento mediu-se os parâmetros x, y,..., z
“n” vezes, ou seja, temos um conjunto de medidas dado por:
x1 , y1 , …, z1
x2 , y2 , …, z2
medidas
xn , yn , …, zn
1 n
x= ∑ xi
n i =1 (Equação 83)
1 n
y= ∑ yi
n i =1
(Equação 84)
1 n
z= ∑ zi
n i =1 (Equação 85)
1 n 2
=σ x2
n
∑ i =1
( xi − x ) (Equação 86)
1 n 2
=σ y2 ∑
n i =1
( yi − y ) (Equação 87)
1 n 2
=σ z2
n
∑ (z − z )
i =1 i
(Equação 88)
Mas, será que existe um caminho para encontrar o valor que mais se
aproxima do “verdadeiro”, assim como a sua confiabilidade quando a variável
de interesse não pode ser medida diretamente, mas sim por uma expressão
matemática? Em outras palavras, deseja-se, por exemplo, determinar a velocidade
de um corpo baseado em medições de distâncias e tempo discorrido.
56
1 n 2
=σ y2 ∑
n i =1
( yi − y )
Vejamos como fazer isso supondo que se deseja encontrar “w” em função
de “x, y, ..., z”, isto é, w=w (x,y,z). Uma alternativa consiste no cálculo de wi para2
1 n
todos os conjuntos xi, yi,...,zi de medidas e calcular a média
= w e σ z2 , Equação (89
n
∑ z)
zi e−90.
i =1
x1 , y1 , …, z1
x2 , y2 , …, z2
medidas
xn , yn , …, zn
1 n
z= ∑ zi
n i =1
(Equação 89)
1 n 2
=σ x2 ∑
n i =1
( xi − x ) (Equação 90)
∂w ∂w ∂w
=wi w ( x , y ,…, z ) + ( xi − x ) + ( yi − y ) + … + ( zi − z ) +
∂x ∂y ∂z
1 ∂²w 1 ∂²w 1 ∂2w
( i ) ( i ) ( zi − z ) + …
2 2 2
+ x − x + y − y + … + (Equação 91)
2 ∂x ² 2 ∂y ² 2 ∂z 2
Caso a função w sofre uma variação lenta, ou seja, não se observa altos
gradientes, considera-se que os termos de segunda ordem ou ordens superiores
são desprezíveis. Com isso, a média de w é dada pela Equação 92.
1 n
w= ∑ w
n i =1 i
(Equação 92)
Ou:
57
1 n n
∂w
=w
∑ w ( x , y , …, z ) + ∑ ( xi − x ) +
=n i 1 =i 1 ∂x
∂w n n
∂w
+∑ ( yi − y ) + … + ∑ ( zi − z ) (Equação 93)
∂y
=i 1 = i 1 ∂z
Com:
1 n 1 1 1
∑ ) = ∑ i 1=
( xi − x= xi − ∑ i 1 x =x −
n n
nx =0 (Equação 94)
=i 1
n n n n
Então,
1 n
=σ w2 ∑
n i =1
( wi − w ) ² (Equação 96)
∂w ∂w ∂w
( w=
i − w) w ( x , y ,…, z ) + ( xi − x ) + ( yi − y ) + … + ( zi
2
∂ x ∂y ∂z
∂w ∂w ∂w
w ( x , y ,…, z ) + ( xi − x ) + ( yi − y ) + … + ( zi − z ) − w (Equação 97)
∂x ∂y ∂z
Ou:
2 2
∂w ∂w
(=
wi − w ) ( xi − x ) + ( yi − y ) + … +
2 2 2
∂x ∂y
∂w ∂w ∂w ∂w
+2 ( xi − x )( yi − y ) + 2 ( xi − x )( zi − z ) + … + … (Equação 98)
∂x ∂y ∂x ∂z
58
Mas,
∂w ∂w
2 ( xi − x )( yi − y ) =
0 (Equação 99)
∂x ∂y
Então,
2 2 2
∂w 2 ∂w 2 ∂w 2
=σ σx +
2
w σ y +…+ σz (Equação 100)
∂x ∂y ∂z
NOTA
2 2
∂v ∂v
=σ v2 σ r2 + σ l2 (Equação 101)
∂r ∂l
V = π r ²l (Equação 102)
Logo,
∂v
= 2π rl (Equação 103)
∂r
E,
∂v
= π r² (Equação 104)
∂l
Portanto, a incerteza sobre o cálculo do volume do cilindro é dada pela Equação 105:
( 2π rl ) σ r2 + (π r ² ) σ l2
2 2
=σ v2 (Equação 105)
59
3 PRÁTICAS PROPOSTAS
As quatro práticas que serão apresentadas neste tópico consistem na
implementação de códigos computacionais em softwares gratuitos e execução de
experimentos envolvendo materiais acessíveis.
1 aρ
=p − (Equação 106)
(
1 − ρ RT 1 + 2bρ − b 2 ρ 2 )
Com:
0, 45724 R ²Tc2 ∝ (T )
a= (Equação 107)
pc
0,0778 RTc
b= (Equação 108)
pc
T
Tr = (Equação 111)
Tc
Em que:
60
Tc ≡ temperatura crítica da substância (°C);
Tr ≡ temperatura reduzida da substância (-);
pc ≡ pressão crítica da substância (Pa);
w ≡ fator acêntrico (-).
NOTA
Você pode escolher outra equação de estado, se isso for feito, lembrar-se de
utilizar as expressões adequadas para o cálculo da energia de interação intermolecular,
covolume e função da pressão em relação a massa específica e temperatura.
−1
A B B
−1 2
B
Z =1 − − 1 + 2 − (Equação 112)
Z Z Z Z
Ou:
( ) (
Z 3 − (1 − B ) Z 2 + A − 3B 2 − 2 B − AB − B 2 − B 3 =
0 ) (Equação 113)
(Equação 115)
Com:
pv
Z= (Equação 114)
RT
ap
A= (Equação 115)
R ²T ²
bp
B= (Equação 116)
RT
61
Dado que a Equação 113 é um polinômio do terceiro grau, ao resolvê-
la podemos obter uma raiz real e duas complexas, sendo que o zero real
representa o valor do fator de compressibilidade da substância no estado de
vapor superaquecido se Z for próximo da unidade, caso contrário o fator de
compressibilidade do líquido comprimido. Se o resultado encontrado for três
raízes reais, a maior corresponde o fator de compressibilidade do vapor saturado
e a menor do líquido saturado, a terceira não possui significado físico qualquer,
apenas satisfaz uma condição matemática.
ρ
i − i id ∂Z d ρ
=∫ − T + ( Z − 1) (Equação 117)
RT 0 ∂T ρ
ρ
s − s id ∂Z dρ
= ∫ −T − ( Z − 1) + lnZ (Equação 118)
R 0 ∂T ρ
Em que:
i − i id
= Z − 1 − ln
( )
Z + 1+ 2 B
A 1 + K Tr (Equação 119)
RT ( )
Z + 1 − 2 B B 8
∝
s − s id
= ln ( Z − B ) − ln
(
Z + 1+ 2 B )
A K Tr
(Equação 120)
R ( )
Z + 1 − 2 B B 8 ∝
63
121 0,07
200 0,07
232 7,0
300 7,0
375 700
430 700
170 7,9
240 33,4
360 186,5
H2O 100 2,4
240 3,4
360 4,2
280 1,5
120 1,5
160 3,0
600 3,0
180 5,0
440 5,0
240 20,0
*GI: gás ideal; **GR: gás real.
FONTE: Os autores
3- Plotar um diagrama temperatura versus volume específico para cada uma das
três substâncias analisadas (R-22, R-134 e H2O). 4. Calcular o erro relativo entre a
propriedade termodinâmica calculada segundo gás ideal e a obtida pela equação
cúbica de Peng Robinson.
64
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
AUTOATIVIDADE
CD π Ds2 π Ds3
⋅ ρF ⋅V T ⋅
2
= ⋅ ( ρs − ρF ) g (Equação 121)
2 4 6
65
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Em que:
DICAS
Para ilustramos essa velocidade, observe a figura em que estão caracterizadas as forças
atuantes num paraquedista em queda livre, são elas: força peso (vertical para baixo) e força
de arrasto (vertical para cima). Quando a força peso é maior que a força de arrasto, o
corpo desce acelerado. Caso essas forças tenham o mesmo módulo, o corpo desce com
velocidade constante, dita velocidade terminal. No momento em que se abre o paraquedas,
a força de arrasto é maior do que a força peso, então o corpo desce desacelerado.
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/forces-when-skydiving-physics-
lesson-600w-680546299.jpg>. Acesso em: 23 out. 2019.
66
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
24 Ds
CD
= 1 + 2,0144 (Equação 122)
Re D
Com:
DsVT ρ F
Re = (Equação 123)
µ
Em que:
1 gD ² ( ρ s − ρ F )
µ=
18V Ds (Equação 124)
1 + 2,0144
D
µ t
=
ρF h (Equação 125)
C ln f
h0
Com:
67
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
128 At L
C= (Equação 126)
π gD 4
Em que:
µ ρ ( A⋅t + B )
= (Equação 127)
Em que:
68
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
FONTE: Os autores
69
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
2- Determinar a massa dos corpos esféricos com auxílio de uma balança analítica
e registrar os valores na Tabela 8:
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
70
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
ATENCAO
4
Vol = π R ³ (Equação 128)
3
FONTE: Os autores
6- Efetuar o lançamento das esferas três vezes cada e registrar o tempo gasto na
Tabela 12.
Medição Tempo esfera 1 (s) Tempo esfera 2 (s) Tempo esfera 3 (s)
1
2
3
Média -
FONTE: Os autores
71
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
AUTOATIVIDADE
72
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
AUTOATIVIDADE
73
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
74
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
6238,64
ln ( ps ) =
24, 28 − − 0,34444ln (T ) (Equação 129)
T
75
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
7511,5
ln ( ps ) =
− + 89,63 + 0,024T − 1,165 ⋅10−5 T 2 +
T
−1, 28 ⋅10 T + 2,1⋅10−11T 4 − 12, 2ln (T )
−8 3
(Equação 130)
◦ Umidade absoluta:
Y=
( 2501 − 2, 41TB )U AU − 1,006 (T − TB )
(Equação 131)
2501 + 1,775T − 4,186TBU
0,622 ps
Ys = (Equação 132)
( p − ps )
◦ Umidade relativa:
pv
YR = (Equação 133)
ps
76
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
◦ Volume específico:
R "T
=v (1 + 1,6078Y ) (Equação 137)
p
◦ Entalpia específica:
Com: t em °C.
77
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
REDAÇÃO GUIA DO AC
Vamos começar com a pergunta óbvia: por que não é chamada a primeira
lei da termodinâmica? Acontece que esta lei foi descoberta depois da primeira e
segunda leis, mas considerada mais fundamental. Então nós temos uma lei zero.
“Se dois sistemas estão em equilíbrio térmico com um terceiro, eles estão
em equilíbrio térmico um com o outro”.
78
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES GERAIS DE TERMODINÂMICA
Aqui está outra maneira pela qual a primeira lei funciona nos prédios.
Considere um ventilador de teto. No verão, você o liga para criar uma brisa
agradável que sopra sobre a sua pele para refrescar você. O que acontece com a
energia é que você está realmente esquentando a sala. Neste caso, a energia de
entrada é elétrica. O motor do ventilador converte em energia mecânica, as pás
do ventilador em movimento. Mas não converte eletricidade em movimento com
100% de eficiência. Os fios no motor do ventilador têm resistência, o que cria
algum calor. Assim, parte da eletricidade é transformada em calor imediatamente.
Já viu isso acontecer? Não. Pode não violar a primeira lei, mas sabemos por
nossa própria experiência direta que coisas assim simplesmente não acontecem.
É aí que entra a segunda lei da termodinâmica. Esta é um pouco mais complexa e
tem várias formulações equivalentes.
79
UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
80
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
81
AUTOATIVIDADE
82
UNIDADE 2
APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
83
84
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Ao realizarmos o projeto ou propormos melhorias para uma planta
industrial, comercial ou residencial já existente e em operação, devemos conhecer
quais são as características, os princípios de funcionamento e o equacionamento
envolvido de todos os dispositivos que compõem um dado processo. Isso implica
saber como aplicar as equações fundamentais da física, química e mecânica em
uma dada condição operacional.
85
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
2.1 COMPRESSOR
O compressor é um dispositivo tão importante nas aplicações industriais
que Stoecker e Jones (1985, p. 27) afirmam que ele representa “o coração do sistema
de compressão a vapor”. O seu uso é imprescindível para as situações em que se
deseja elevar a pressão de um fluido a partir da realização de trabalho mecânico,
que impulsiona o escoamento de substâncias em dutos ou outros equipamentos,
além de favorecer a dissipação de calor de fluido em sistemas de refrigeração para
o ambiente externo. Convém aqui abrir um parêntese para diferenciar bombas de
compressores, sendo que isso se dá, dentre outros aspectos, pelo estado físico no
qual o fluido se encontra, assim as bombas deslocam líquidos e os compressores
são usados quando se tem a necessidade de escoar gases ou vapores.
86
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
DICAS
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/semihermetic-compact-screw-
compressor-cut-600w-1037865889.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019
87
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
π D ² SzN
Volume deslocado = (Equação 1)
4
Vc −V1
ηv , n ( % ) =
100 + ⋅100 (Equação 3)
V3 − Vc
Em que:
E
IMPORTANT
88
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
pv k = constante (Equação 5)
Com:
cp
k= (Equação 6)
cv
Em que:
p Av A TB
= (Equação 7)
pB vB TA
Em que:
1
va pb k
= (Equação 8)
vb pa
89
1− 1
k
va pb k
=
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
vb pa
1− 1
Tb pb k
(Equação 9)
=
Ta pa
Com:
pa
rc = (Equação 10)
pb
pf
( rc )i = n (Equação 11)
pi
Em que:
pa Vela ² pb Velb ²
+ + za + ηW=
+ + zb + h f (Equação 12)
ρa g 2g ρb g 2g
Em que:
FONTE: Os autores
91
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
DICAS
Sabendo disso, como você acha que é feita a seleção de um tubo capilar?
Basta que sejam selecionados o diâmetro e o comprimento do tubo capazes de
gerarem um fluxo em condição de equilíbrio termodinâmico à temperatura
de evaporação de interesse, isso parece trivial. Porém, essa escolha requer um
procedimento iterativo, descrito pelos passos:
FONTE: Os autores
m
m=
= 1 m 2 (Equação 13)
Com:
=m ρ=
1V1 A1 ρ 2V2 A2 (Equação 14)
m
= ρ=
= constante 1V1 ρ 2V2 (Equação 15)
A
92
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
Em que:
V12 V2
i1 + =i2 + 2 (Equação 16)
2 2
Em que:
ATENCAO
∆L V m
( p1 − p2 ) − f D 2 A A= m (V2 − V1 ) (Equação 17)
Com:
0,33
f = (Equação 18)
( DV ρ / µ )
0,25
93
µ= µ (1 − x ) + µ x
0,33
f =
( DV ρ / µ )
0,25
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
µ= µ L (1 − x ) + µV x (Equação 19)
m V
x= (Equação 20)
m V + m L
Em que:
vL ,2 + ( vV ,2 − vL ,2 ) x ² m 2 V12
iL ,2 + ( iV ,2 − iL ,2 ) x +
i
=+1 (Equação 21)
2 A 2
Com:
1
vL ,2 = (Equação 22)
ρ L ,2
1
vV ,2 = (Equação 23)
ρV ,2
Em que:
94
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
v=
2 vL ,2 (1 − x ) + vV ,2 x (Equação 25)
mv
2
V2 = (Equação 26)
A
ATENCAO
95
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
96
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
97
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
Podemos encontrar no mercado duas variações para a válvula boia, são elas:
FONTE: Os autores
99
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
∆T
q = kA (Equação 27)
∆x
∆T
q = 2π Lk (Equação 28)
( ln ( r2 ⁄r1 ) )
∆T
q = 4 kπ (Equação 29)
(1 / r1 −1 / r2 )
Em que:
FONTE: Os autores
100
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
DICAS
Em que:
101
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
ATENCAO
Com:
hD
Nu = (Equação 32)
k
VD ρ
Re = (Equação 34)
µ
cpµ
Pr = (Equação 33)
k
Em que:
n ≡ constante do número de Reynolds, que para escoamento turbulento vale 0,8;
m ≡ constante do número de Prandtl, que para escoamento turbulento vale 0,4;
cp ≡ calor específico a pressão constante do fluido.
Os valores das constante “m” e “n” podem variar se o escoamento for laminar ou ocorrer em
configurações diferentes da cilíndrica, para esse caso recomenda-se que a sua obtenção
seja feita utilizando o livro Incropera: FRANK, P. et al. Fundamentos de transferência de
calor e de massa. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
102
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/heat-exchanger-shell-tube-repairing-
600w-1151221559.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
D
ln o
1 1
=+ Di + 1 (Equação 35)
UA hi Ai 2π kL ho Ao
Em que:
103
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
104
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
∆T − ∆T2
∆TML = 1
∆T (Equação 36)
ln 1
∆T2
105
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
Em que:
106
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
q= m ⋅ λ (Equação 39)
Em que:
2.3 TUBULAÇÕES
Por todo o circuito de refrigeração ou condicionamento de ar, um certo
fluido deve escoar em tubulações após entrar ou sair de equipamentos em
que foram submetidos a compressão, expansão, aumento ou diminuição de
temperatura. Em virtude disso, precisamos identificar métodos para a escolha
do diâmetro do duto, afim de garantir o fluxo necessário aos trocadores de calor,
além de uma operação segura e de baixo custo. Stoecker e Jones (1985) relata que
os tubos feitos de cobre tipo L, com diâmetro externo (DE) variando de 9,53 mm
a 308 mm, e aço Schedule, com DE 21,34 mm a 303,3 mm, são os mais utilizados
em sistemas de ar-condicionado.
L V²
∆pd =f ρ (Equação 40)
D 2
V²
∆pl =K ρ (Equação 41)
2
Em que:
107
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
Parafusada Flangeada
Acessório
1” 2” 1” 2”
Válvula
Globo 8,2 6,9 13 8,5
Gaveta 0,24 0,16 0,8 0,35
Cotovelo
90° normal 1,5 0,95 0,5 0,39
180° normal 1,5 0,95 0,41 0,35
Tês
Escoamento direto 0,90 0,90 0,24 0,19
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/gate-valve-waterworks-isolated-on-
600w-1264727035.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
NOTA
Do exposto, você deve ter percebido que existe uma variedade de fluidos
refrigerantes disponíveis no mercado. Com isso, a seleção deve levar em consideração
as características termodinâmicas, custos de aquisição, impacto negativo ao meio
ambiente, como a destruição da camada de ozônio, e segurança em sua operação,
pontuando-se os aspectos de inflamabilidade, toxidade, fácil de detecção diante da
ocorrência de vazamentos e possibilidade de ocorrência de reações químicas com
materiais que compõem os dutos, causando corrosões irreversíveis.
109
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
Pressão de Efeito de
Fluido Pressão de vapor Coeficiente de
condensação a refrigeração (kJ/
refrigerante a -15°C (kPa) eficácia
30°C (kPa) kg)
CCl3F 20,4 125,5 155,4 5,03
CHClF2 296,0 1192,0 162,8 4,66
NH3 236,5 1166,6 1103,4 4,76
110
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS E FLUIDOS USADOS EM REFRIGERAÇÃO
111
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
112
AUTOATIVIDADE
a) ( ) -290 kW.
b) ( ) 360 kW.
c) ( ) -476 kW.
d) ( ) 185 kW.
e) ( ) 0 kW.
113
114
UNIDADE 2 TÓPICO 2
CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A aplicação de sistemas de refrigeração é conhecida pela humanidade
desde as antigas civilizações, um exemplo disso é o registro histórico de povos
gregos e romanos que aproveitavam o gelo apanhado por escravos no alto das
montanhas para a preparação de bebidas geladas e conservação de alimentos.
Os impactos dessa dependência da natureza para a obtenção de gelo, que só se
formava durante o inverno ou em regiões de clima muito frio e elevada altitude,
motivaram pesquisadores a buscarem métodos e processos que possibilitassem
manter objetos ou ambientes refrigerados sinteticamente (REY, 2019).
115
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
116
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
NOTA
117
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
QL
COPR = (Equação 42)
Wlíq
QH
COPBC = (Equação 43)
Wlíq
Em que:
1
COPR , rev = (Equação 44)
TH / TL − 1
1
COPBC , rev = (Equação 45)
1 − TL / TH
Em que:
118
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
Todavia, as etapas descritas pelos processos 2-3 e 4-1 não podem ser
obtidas na realidade com exatidão, pois em 2-3 temos a compressão de uma
mistura de líquido e vapor, o que requer um compressor que lide com duas
fases sem detrimento de sua potência ou danificação de seus componentes,
e em 4-1 seria necessária a expansão do fluido refrigerante com alto conteúdo
de umidade, o que é altamente indesejável em uma turbina. Esse inconveniente
poderia ser eliminado pela aplicação do ciclo de Carnot reverso em uma região
fora da condição de saturação, mas na prática isso não é possível pois percebe-
se uma certa dificuldade em manter condições isotérmicas durante os processos
de absorção e rejeição de calor, o que desqualifica o emprego do ciclo de Carnot
reverso em processos reais, então ele apenas servirá como padrão de comparação
para os sistemas de refrigeração reais.
DICAS
119
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
120
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
DICAS
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-illustration/typical-refrigeration-cycle-
compressor-constricts-600w-159596558.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
121
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
( qe − qs ) + ( we − ws ) =( is − ie ) (Equação 46)
Em que:
122
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
i1 − i4
COPR = (Equação 47)
i2 − i1
i2 − i3
COPBC = (Equação 48)
i2 − i1
Em que:
123
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
ÿ
mB ( i1 − i4 )
COPR , cascata = ÿ ÿ (Equação 49)
mA ( i6 − i5 ) + mB ( i2 − i1 )
124
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
Em que:
FONTE: Os autores
125
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
E
IMPORTANT
126
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
COPR , gás =
( i1 − i4 )
(Equação 50)
( i2 − i1 ) − ( i3 − i4 )
Em que:
127
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
128
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
De posse dessas especificações e do sistema dado pela Figura 13, pode-se fazer
o balanço mássico e energético no absorvedor, Equação 51 e 52, respectivamente.
129
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
m 2 + m 7 = m 3 = m M (Equação 51)
Em que:
= m 3 (i3 − iM )
QAbsorvedor (Equação 53)
QAbsorvedor
= UA∆TML (Equação 54)
Com:
1
U= (Equação 55)
1 rint ,T r rext ,T 1
+ ln ext ,T +
hT kT rint ,T rint ,T hs
dint ,T
hT = 0,14 (Equação 56)
RePrd 1/ 3
µ
int ,T
CT 1,86
T
CT µ
T ,TP
hs =
(
k s 0, 29 Re0,53 Pr 0,344 ) (Equação 57)
δ
Em que:
130
TÓPICO 2 | CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
DICAS
131
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
132
AUTOATIVIDADE
133
RELAÇÃO DE ENTALPIA E ENTROPIA DO R134
FONTE: Os autores
a) ( ) 75%.
b) ( ) 25%.
c) ( ) 60%.
d) ( ) 40%.
e) ( ) 91%.
134
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, diversos departamentos de pesquisa e
desenvolvimento e grupos universitários vêm propondo sugestões para
aprimorar os sistemas de refrigeração, visto que eles são fundamentais para as
nossas atividades cotidianas, como, por exemplo:
2 ESTUDO DE CASO
Diante dos conceitos apresentados sobre o ciclo de refrigeração,
apresentaremos alguns estudos de caso para que haja a compreensão dos aspectos
termodinâmicos envolvidos nesses processos.
para analisar com parcimônia a planta industrial que lhe será enviada. De
antemão, você recordou das primeiras interrogações que deve vir em mente
quando se trata de ciclos termodinâmicos, sendo elas:
FONTE: Os autores
DICAS
Com essas informações, sua gestora verificou que você está apto para
responder o ponto crucial do ciclo a vapor, ou seja, determinar a eficiência
térmica do ciclo. Então, ela lhe fornecer mais algumas informações, são elas: (1)
a eficiência isentrópica da turbina vapor operando a alta pressão é 90%, (2) a
eficiência isentrópica da turbina a vapor de baixa pressão é a máxima possível de
um ciclo reversível, (3) todas as bombas operam na máxima condição de eficiência,
(4) a corrente efluente do condensador se encontra no estado de líquido saturado,
(5) a corrente 11 é líquido saturado.
137
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
138
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
AUTOATIVIDADE
139
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
140
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
AUTOATIVIDADE
141
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
DICAS
DICAS
• Procedimentos:
1- Selecionar os componentes envolvidos no ciclo reverso de Carnot, que no
caso é apenas água.
2- Inserir uma corrente, na qual devem ser especificadas as suas condições
de temperatura (500 °C), pressão (10 MPa), fração molar (1) e vazão (1
kg/s). Com essa especificação, o simulador calcula automaticamente todas
as propriedades termodinâmicas (entalpia, entropia e volume específico),
termofísicas (capacidade calorífica a pressão constante e condutividade
térmica) e de transporte (viscosidade dinâmica) da substância analisada,
além de prever o estado físico por meio de equações de estado contidas no
pacote TEA.
3- Inserir um instrumento de medição para que seja possível realizar a
parametrização do sistema.
4- Inserir uma corrente na saída do instrumento de medição.
5- Selecionar um expansor do tipo turbina e conectar a corrente do passo “4”
a ela. Nesse equipamento, especificar sua queda de pressão em 9,9 MPa e
observar que a pressão resultará em 0,1 MPa. Além disso, como se trata de
um ciclo ideal, alterar a eficiência isentrópica para 100%.
142
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
AUTOATIVIDADE
3 EXPERIMENTAÇÃO
A fim de verificar e quantificar experimentalmente as principais variáveis
envolvidas nos ciclos de refrigeração e condicionamento de ar, foram propostos
alguns roteiros com os seus devidos questionamentos.
143
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
FONTE: Os autores
DICAS
144
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
pressão, ao passo que com a constrição de área, provocada pela presença da placa
de orifício (Figura 17), verifica-se a ocorrência de um aumento na velocidade do
fluido em detrimento de uma queda de pressão. Esse fenômeno é descrito pela lei
de energia de Bernoulli, que ao manipular a expressão matemática em favor da
vazão volumétrica obtemos a Equação 58.
π DT2 2 g ( ρ m − ρ ) β
4
Q= h (Equação 58)
4 ρ (1 − β 4 )
Com:
Do
β= (Equação 59)
DT
Em que:
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/orifice-plate-use-differential-pressure-
600w-1162693684.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
π DT2 2 g ( ρ m − ρ ) β
4
Q = CD , p h (Equação 60)
4 ρ (1 − β 4 )
E
IMPORTANT
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/measuring-device-intensive-care-unit-
600w-670122409.jp>. Acesso em: 25 out. 2019.
146
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
• Procedimentos:
1- Instalar a placa de orifício na tubulação.
2- Conectar os braços do manômetro em seções similares a apresentadas na
Figura 18, ou seja, em uma região próxima à entrada da tubulação e outra
após a placa de orifício.
3- Acionar o soprador com seu by-pass aberto.
4- Alterar as vazões volumétricas a partir do fechamento progressivo da linha
by-pass, anotando após cada alteração a leitura feita pelo rotâmetro.
5- Para cada modificação na vazão, registrar o desnível de fluido manométrico
observado no medidor de pressão.
6- Medir a temperatura de entrada e saída do ar.
7- Repetir os passos 4 a 6 por oito vezes e registrar os valores obtidos na Tabela 6.
Teste 1 2 3 4 5 6 7 8
Vazão (m³/s)
Desnível (m)
Temperatura (°C)*
* Anotar a média de temperatura lida nas seções a jusante e montante da placa de orifício.
FONTE: Os autores
q
U= (Equação 63)
A∆TLn
Com:
147
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
(T1 − T2 ) − (T1 − T3 )
∆TLN = (Equação 65)
T −T
ln 1 2
T1 − T3
Em que:
qreal
ε= (Equação 66)
qmáximo
Com:
qreal T −T
= 3 2 (Equação 67)
qmáximo T1 − T2
Em que:
ε ≡ efetividade (-);
qreal ≡ taxa real de transferência de calor (W);
qmáximo ≡ transferência de calor máxima (W).
148
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
DICAS
149
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
150
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Roberta Provatti
151
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
A exportação de sucos
Biasioli conta que, em meados dos anos 60, quando a produção brasileira
de sucos congelados começou a ganhar relevância, as primeiras indústrias de
porte investiram em sistemas de refrigeração, principalmente em câmaras frias
para estocagem do produto embalado em tambores metálicos de 200 litros,
protegidos por sacos plásticos devidamente lacrados e que desta forma eram
exportados. Com o crescimento da demanda externa, o Brasil passou a investir
152
TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO
na estocagem, nas unidades fabris e nos portos. Ainda assim, com o aumento do
volume, a manipulação dos tambores complicava a logística, além da questão
do descarte das embalagens na ponta do comprador. A solução apresentou-se
por volta da década de 80, com a estocagem a granel (bulk-storage). Passaram a
ser usados grandes tanques de aço chamados tank farms de capacidade variável,
construídos dentro de grandes câmaras frias e mantidos a uma temperatura em
torno de -12°C até o momento do embarque.
153
UNIDADE 2 | APLICAÇÕES EM REFRIGERAÇÃO
Wanderley Martins Filho diz que em termos de tecnologia, o Brasil não fica
devendo ao restante do mundo. A indústria de refrigeração brasileira adquiriu
muitos conhecimentos na Europa, Estados Unidos, além do que foi desenvolvido
no próprio país.
FONTE: <https://cienciadoleite.com.br/noticia/2752/a-industria-alimenticia-e-a-refrigeracao>.
Acesso em: 18 abr. 2019.
154
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
155
AUTOATIVIDADE
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
156
CÁLCULOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO CONDENSADOR COM 2 PASSES
FONTE: Os autores
157
158
UNIDADE 3
SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Desde os primórdios de sua existência o ser humano teve como
preocupação encontrar alternativas tecnológicas para garantir o seu conforto
térmico, uma vez que, por muitas vezes, este era decisivo para sua existência,
como se verifica em registros históricos à procura por abrigo em uma caverna a
fim de se proteger das intempéries do meio ambiente. Além disso, ao longo de
todo seu processo evolutivo, o organismo humano desenvolveu um complexo
e eficiente sistema termorregulador para proporcionar seu bem-estar térmico,
conceito que está diretamente relacionado ao balanço energético, que por sua vez
depende da intensidade de atuação do sistema biológico para manter o equilíbrio
térmico do corpo, ou seja, quanto mais intenso for o trabalho desse mecanismo
na manutenção da temperatura corpórea numa condição estável, maior será a
sensação de desconforto térmico (ARANTES, 2013).
162
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
DICAS
• Tipo janela: indicado para ambientes menores, devido a sua baixa capacidade
de refrigeração quando comparada a outros modelos.
• Split Systems: recomendados para áreas inferiores a 70 m², tais como residências
e pequenas áreas comerciais.
• Selfs: recomendados para áreas maiores que 400 m², nelas incluem os bancos e
as indústrias.
• Cogeração: indicado para ambientes maiores que 500 m², como, por exemplo,
shoppings e supermercados, pois possui como um de seus principais atrativos
sua economia de energia.
• Sistemas evaporativos: indicados para locais em que há um fluxo intenso de
pessoas, como é a realidade de academias desportivas, aeroportos, restaurantes
e casas de show ou espetáculos.
163
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
NOTA
164
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/old-styled-air-conditioner-on-
600w-1152073979.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
Vantagens Desvantagens
Menor valor de aquisição. Nível de ruído considerável.
São aparelhos compactos. Restrição quanto alguns ambientes de instalação,
Fáceis de instalar. tais como edifícios.
Ideais para ambientes pequenos. Consumo de energia alto.
FONTE: Os autores
165
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/male-technician-cleaning-air-
conditioner-indoors-767061754>. Acesso em: 25 out. 2019.
166
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
Vantagens Desvantagens
Versatilidade, podendo ser aplicado na maior
parte das residências.
Baixo nível de ruído. Maior custo em relação a outros modelos.
Alta eficiência. Não é indicado para ambientes amplos.
Instalação ágil. Não é recomendado para espaços com grande
Fácil manutenção. fluxo de pessoas.
Baixo consumo de energia.
Design discreto.
FONTE: Os autores
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/room-air-conditioner-how-does-
600w-152015783.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
DICAS
167
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/ceiling-mounted-cassette-type-air-
600w-612682172.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
168
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
• Split do tipo Built: indicado para ambientes em que existam diferentes áreas
que devem ser climatizadas em condições térmicas semelhantes, ou seja,
aplicados para uma ampla área com climatização uniforme, como é o caso
de uma clínica em que se tem salas separadas por poucas divisórias, casas de
show ou escritórios de coworking, como mostra a Figura 5.
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-illustration/side-view-white-black-open-
600w-670450231.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
169
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
DICAS
Vantagens Desvantagens
Alta potência e durabilidade. Unidades externas com 165 a 1060 kg.
Filtros de ar lavável e fácil de limpar. Instalação mais trabalhosa quando comparada
Ideal para refrigerar grandes espaços. aos Splits.
Estrutura apropriada para manutenção A condensação feita com água exige água em
preventiva ou corretiva. abundância e de boa qualidade.
FONTE: <http://www.splitrefrigeracao.com.br/blog/o-que-e-ar-condicionado-self-contained.html>.
Acesso em: 20 abr. 2019.
2.1.4 Cogeração
Segundo definição dada por Public Utilities and Regulatory Policies Act
(PURPA), cogeração é o termo utilizado para especificar a produção combinada
de trabalho ou energia elétrica e energia térmica útil (calor ou frio) a partir do
uso sequencial de energia decorrente do consumo de um combustível. Sistemas
que trabalham com este tipo de processo podem atingir expressivos rendimentos
energéticos globais, da ordem de 75 a 90% e, por isso, são caracterizados como
sistemas de alta eficiência, cujo módulo é dependente do fator de utilização de
energia, que por sua vez é expresso pelo produto entre a massa de combustível e
o poder calorífico inferior (BARJA, 2006).
170
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
DICAS
171
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
DICAS
FONTE: Os autores
172
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
AKD
Q= (Equação 1)
x
Em que:
ATENCAO
É claro que existem paredes que são compostas por uma variedade de materiais,
como, por exemplo, tijolo, massa corrida, cimento e isolamento de fibra de vidro ou vidro
celular, disposta em conjuntos numa sequência com configuração em série (opções do tipo
“E”, ou seja, o fluxo de calor percorre um material e outro) ou paralelo (opção do tipo “OU”,
com fluxo de calor de um material “A” para o material “B” ou de “A” para o material “C”). Cada
173
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
um dos materiais que compõem essas estruturas tem condutividade térmica diferentes e
iguais a 0,496 kcal/h.m. °C (cimento asbesto), 0,17 kcal/h.m. °C (tijolo de concreto furado
de 10 cm), 0,62 kcal/h.m. °C (argamassa de nata de cimento com areia). Então, a Equação
1 necessita ser ajustada para atender a essa especificidade, basta utilizarmos o termo
de condutância em vez de condutividade térmica, resultando, assim, numa resistência
equivalente à passagem de fluxo de calor promovida pela diferença de temperatura. Assista
ao vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AEezJtnV9hw e entenda
como isso pode ser feito.
Q = AhD (Equação 2)
Em que:
174
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
GRÁFICO 1 – FATOR SOLAR PARA DIFERENTES FACES DE UM PRÉDIO A 22°54’ DE LATITUDE SUL
Em que:
Em que:
176
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
Em que:
Pessoa sentada ou em
Temperatura Pessoa em atividade moderada
movimento lento
ambiente (°C)
Calor sensível Calor latente Calor sensível Calor latente
29 45,1 54,9 38,1 128
27 54,9 45,1 51,9 144,1
25 62,0 38,1 64,0 101,8
23 69,1 31 77,1 89
21 75,1 24,9 88 78,1
Pot
Q= .733 (Equação 6)
η
Q = P.733 (Equação 7)
177
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
Em que:
Pot
=Q − Pot .733 (Equação 8)
η
NOTA
Perceba que a palavra perda foi destacada entre aspas e isso tem uma
explicação, que você já deve saber e se refere ao fato de que nenhuma energia é
efetivamente perdida, mas ela sofre uma transformação em energia útil ou energia que não
conseguimos ter proveito, como é o caso de energia devido ao atrito e outras dissipações
por campo elétrico.
Q=P (Equação 9)
Q = P. f (Equação 10)
Em que:
178
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
179
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
Com:
Em que:
180
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
NOTA
181
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
Em Atividade
630 0
Normal
Em Atividade
1000 0
Física (Academia)
Tipo VII –
Iluminação e 0
aparelhos
Lâmpadas
W 4 0
Incandescentes
Lâmpadas
W 2 0
Fluorescentes
Aparelhos
KW 860 0
Elétricos
Motores HP 645 0
Número de
W 3,412 0
Computadores
Tipo VIII - Portas
Largura Altura Total 0
ou vãos
Abertos
0 630 0
constantemente
182
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
NOTA
183
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
Com:
Em que:
184
TÓPICO 1 | AR-CONDICIONADO: CONFORTO E COMÉRCIO
NOTA
185
RESUMO DO TÓPICO 1
186
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://www.ene.unb.br/adolfo/Monographs/Graduation/TG09%20Alexandra%20G.
%20%C3%81vila%20e%20Breno%20H.%20Saloio.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2018.
FONTE: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1380/1/MD_COMIN_2012_2_
10.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2019.
Neste contexto, julgue as asserções que se seguem e a relação proposta entre elas.
187
I- Os ares-condicionados do tipo Hi-Wall apresentam um baixíssimo nível de
ruído interno.
PORQUE
II- Dado sua concepção as partes ruidosas ficam instaladas no ambiente externo
deixando no ambiente interno apenas a unidade evaporadora instalada na
parede.
3 Os tipos residenciais e comerciais mais usuais são: janela, split hi-wall, split
cassete, split piso-teto e o dutado. Eles variam principalmente quanto à forma
de instalação, os formatos dos aparelhos e as potências de refrigeração. Os
tipos janelam e o split hi-wall costumam ser mais baratos por possuírem fácil
instalação, sendo o custo do split hi-wall um pouco mais elevado, porém é o
mais encontrado em residências e estabelecimentos comerciais.
FONTE: <https://monografias.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/3358/3/analise-quantitativa-
aproveitamento-PIMENTA-Artigo.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2019.
188
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Indiscutivelmente, a criação dos aparelhos de condicionamento de
ar e refrigeração foi um dos marcos e uma das ferramentas mais importantes
para o avanço da civilização moderna. É claro que, ao longo dos anos, esses
equipamentos sofreram (e ainda sofrem) modificações em suas estruturas e
condições de funcionamento, afinal, dia após dia encontramos alguma barreira
a ser quebrada ou, por outro ponto de vista, um desafio para ser alcançado,
seja de ordem econômica, ambiental, política, social e comercial, mas todas elas
dizem respeito a passar à frente de concorrentes ofertando produtos com design
moderno e seguindo os preceitos do desenvolvimento sustentável, por exemplo.
189
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
2 INSTALAÇÃO: INSTRUMENTOS
Alguns passos são considerados importantes para a realização do
primeiro desempacotamento e da instalação de uma unidade condensadora,
sendo que instruções gerais fornecidas pelo fabricante devem ser seguidas para o
correto despacho, uma recepção adequada do sistema e uma criteriosa inspeção
da unidade antes de a mesma ser colocada em operação. É válido mencionar
que se necessita fornecer para cada nova unidade um manual de operação, o
qual, se seguido completamente conforme indicado, dispõe de uma garantia que
resguarda o comprador sobre qualquer problema futuro observado.
NOTA
190
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, MANUTENÇÃO E SEGURANÇA
E
IMPORTANT
• Evitar que jatos d’água, como regadores de jardim, atinjam o gabinete do condensador.
• Não posicionar o condensador em fachadas de prédios voltados para áreas costeiras ou
praianas.
• A proteção formada por arbustos e cercas pode providenciar uma certa barreira para o
condensador.
• A lavagem frequente do gabinete, das pás do ventilador e da serpentina com água
doce ajuda na remoção da maior parte do sal ou outros contaminantes acumulados no
condensador.
• A limpeza regular e o enceramento do gabinete com cera automotiva de boa qualidade
ajudam na proteção do condensador.
• A utilização de um detergente líquido de boa qualidade auxilia na remoção de materiais
que, porventura, não são removidos somente com a água. Essa limpeza pode ser feita
várias vezes ao ano.
• O uso de diversos tipos de revestimento é útil para a proteção, porém o fabricante do
equipamento não pode assegurar a efetividade de tais materiais de revestimento.
Todas essas ações de manutenção devem ser realizadas após desconectar toda a
alimentação elétrica do condensador.
191
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/close-rubber-pipe-air-behide-
600w-586125197.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
192
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, MANUTENÇÃO E SEGURANÇA
DICAS
193
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/ac-cooling-air-pipes-covered-
600w-1085353301.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
DICAS
194
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, MANUTENÇÃO E SEGURANÇA
Além disso, Silva (2005, p. 245) destaca algumas dicas, descritas por:
3.2 PRESSURIZAÇÃO
Os testes ou limpezas utilizando sistemas de pressão podem ser críticos
em equipamentos de refrigeração e ar-condicionado. Tendo isso em mente, é
importante o cuidado na seleção e no uso dos dispositivos para a pressurização
desses sistemas. Por tal motivo, é altamente recomendável que os procedimentos
listados a seguir sejam seguidos.
DICAS
197
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
199
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
200
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, MANUTENÇÃO E SEGURANÇA
V
tr = 0,161 (Equação 16)
∑S
Em que:
201
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
DICAS
202
TÓPICO 2 | INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, MANUTENÇÃO E SEGURANÇA
E
IMPORTANT
203
RESUMO DO TÓPICO 2
204
AUTOATIVIDADE
Num dia de calor, você verificou suas economias e viu que conseguirá
comprar um ar-condicionado para instalar na sala de residência. Verificou,
então, em sites de diversas marcas qual apresentava a melhor relação entre
custo e benefício, observando o consumo de energia quando acionado e o
preço de mercado. Como é a primeira vez que você tem contato com esse
tipo de equipamento, você resolve chamar um técnico especializado em ar-
condicionado para não danificar o seu produto recém-adquirido ou até mesmo
provocar acidentes. O profissional contratado já verificou que no prédio onde
você mora é permitido o tipo de ar-condicionado que você comprou e está
pronto para começar a trabalhar.
a) ( ) Troque o termostato.
b) ( ) Posicione a caixa de energia no lugar correto.
c) ( ) Desative o funcionamento do ventilador.
d) ( ) Troca do fusível danificado.
e) ( ) Regule a carga térmica.
205
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Toda seleção de um sistema de condicionamento de ar é realizada na
tentativa de climatizar um ambiente, que se baseia num “processo de tratamento
de ar em recinto fechado, de modo a controlar simultaneamente sua temperatura,
umidade, pureza e movimentação” (SILVA, 2011, p. 60), garantindo, assim, um
“estado de espírito que reflete satisfação com o ambiente térmico que envolve
uma pessoa” (ASHRAE, 1997, p. 438) através do atingimento ideal de valores
para variáveis individuais, que incluem tipo de atividade e vestuário, segundo o
conhecimento de variáveis ambientais, que são representadas pela temperatura
de bulbo seco do ar, temperatura média radiante, velocidade e umidade relativa
do ar. Isso é conseguido graças à movimentação contínua do ar e sua passagem
em dispositivos de separação (filtros), térmicos e mecânicos.
2 ESTUDO DE CASO
Existem diversas variáveis que nos auxiliam na escolha de um sistema
de ar-condicionado. Para você compreender como elas afetam no funcionamento
desses processos térmicos, nesse tópico são explanados e propostos alguns
estudos de caso.
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UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
FONTE: Os autores
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TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
FONTE: Os autores
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UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
Condução
Carga térmica
Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3 Coeficiente global
global
Convecção
Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3 Carga térmica 1 Carga térmica 2
Insolação
Coeficiente global Área de troca Carga térmica devido à radiação
Duto de retorno
Diferença de Efeito do Carga térmica
Área de troca Coeficiente global
temperatura isolamento total
Número de pessoas
Calor sensível Calor latente Carga térmica
Calor sensível AS Calor latente AS
AM AM total
Motores elétricos
Carga térmica
Carga térmica ideal Carga térmica real
total
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TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
Iluminação
Restaurante: Restaurante: Sala de espera: Sala de espera: Carga térmica
potência carga térmica potência carga térmica total
Ventilação
Quantidade Vazão de ar Carga térmica
Calor sensível Calor latente
de ar exterior total total
Latente
Carga térmica
Entalpia a 25°C Entalpia a 10 °C Peso específico Força motriz
total
FONTE: Os autores
AUTOATIVIDADE
5 Qual o valor para a carga térmica total? Baseado nesse número calculado,
qual seria o ar-condicionado selecionado? Justifique a sua resposta
apresentando opções de fabricantes com seus respectivos valores.
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UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
FONTE: Os autores
• Parede de 6,5 m a oeste é a única parede externa que é exposta à radiação solar
e contém uma janela com dimensões de 1,7 x 6,0 m sem alguma proteção, mas
pode-se sugerir alguma alteração no que diz respeito a inserção de uma cortina
ou outra barreira externa.
• A construção possui pé direito de 3,6 m.
• A sala encontra-se no antepenúltimo andar de um prédio, podendo desprezar
a carga térmica advinda do espaço superior.
• A porta existente mantém-se boa parte do tempo fechada, só permitindo o
fluxo de pessoas quando se troca de equipe a cada hora.
• A academia de luta comporta, simultaneamente, 20 pessoas em plena atividade
e deseja-se ampliar esse número para 22.
• Existem os seguintes equipamentos no recinto: 2 bebedouros vertical de 140 W
(cada), 1 televisão de 104 W e um modem de internet de 8 W.
• A iluminação da sala é realizada por um sistema composto por lâmpadas
fluorescentes de 30 W/m².
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TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
DICAS
Cliente: Local:
Janelas ou portas dispostas à insolação
Localização Área Sem proteção Com proteção interna Fator Energia
Norte 240 115 70
Nordeste 240 95 70
Leste 270 130 85
Sudeste 200 85 70
Sul 0 0 0
Sudoeste 400 160 115
Oeste 500 220 150
Noroeste 350 150 95
Paredes externas expostas à radiação
Tipo Área Construção Leve Construção pesada Fator Energia
Orientação ao Sul 13 10
Outra orientação 20 12
Detalhamentos do teto
Tipo Área Fator Energia
Ao sol sem isolamento 75
Entre andares 13
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UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
FONTE: Os autores
AUTOATIVIDADE
1 A partir das informações fornecidas, qual foi a carga térmica total da sala de
lutas? Você considera esse valor alto para um estabelecimento comercial?
Justifique sua resposta.
2 Em sua opinião, Marcus foi detalhista nos dados fornecidos ou faltou algo
para que o projeto fosse conclusivo? Justifique sua resposta.
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TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
UNI
FONTE: Os autores
AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 3 | SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO
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TÓPICO 3 | ESTUDOS DE CASO E EXPERIMENTAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
FONTE: <https://engenhariae.com.br/meio-ambiente/ar-condicionado-sem-eletricidade-e-criado-
em-bangladesh>. Acesso em: 18 abr. 2019.
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RESUMO DO TÓPICO 3
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AUTOATIVIDADE
3 Qual é a energia específica do (i) ar seco, (ii) vapor e (iii) água líquida na
entrada e saída? Baseado nesses resultados, você pode considerar que a torre
de resfriamento se encontra isolada termicamente? Justifique sua resposta.
CHAMADA
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REFERÊNCIAS
BNT. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normas-tecnicas/normas-abnt.
Acesso em: 20 abr. 2019.
HOPKINS, N. E. Rating the restrictor tube. Refrig. Eng., v. 58, n. 11, p. 1087,
1950.
224
MELO, E. C., et al. GRAPSI – Programa computacional para o cálculo das
propriedades psicrométricas do ar. Disponível em: ftp://ftp.ufv.br/dea/
Disciplinas/Evandro/grapsi/Artigo-v12n2p154-162.pdf. Acesso em: 18 abr. 2019.
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