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CANAIS IÔNICOS
São proteínas integrais seletivas que representam meios de passagem de íons e água
(aquaporinas).
Canais dependentes de ligantes são encontrados nos dendritos, SOMA, zona de gatilho
e telodendro.
Canais dependentes de estímulo são encontrados em neurônios sensoriais.
Canais dependentes de voltagem são encontrado ao longo do axônio e principalmente
na zona de gatilho.
Canais de vazamento (garantem o potencial de repouso)
POTENCIAL DE REPOUSO
Negativo dentro da fibra, com muito potássio dentro e muito sódio fora. É mantido pelas
proteínas aniônicas, não são difusíveis, são grandes, não possuem canal de vazamento, não são
lipossolúveis e não possuem proteínas carreadoras. O potencial de membrana também é mantido
pela bomba de sódio e potássio, eletrogênica. Insere 2 sódios e retira um potássio, estabelecendo
gradiente elétrico. Grande quantidade de canais de potássio, permitindo grande permeabilidade
e fácil escape e baixa permeabilidade ao sódio, poucos canais de vazamento para o sódio,
dificultando seu influxo.
ESTÍMULO SUPRALIMIAR
Ocorre potencial de ação. Entrada de sódio por abertura de canais dependentes de estímulo em
neurônio pseudo unipolar e bipolar (neurônios sensitivos). Possuem canais dependentes de
ligante (estimulo-dependente : o estímulo é uma alteração química, mecânica, térmica - seja do
ambiente ou do meio interno). Esses canais são sensíveis a qualquer ion positivo, sódio, cálcio,
potássio, para determinar o inicio do processo. O influxo de sódio provoca abertura de canais
dependentes de voltagem para o sódio, estes se fecham e rapidamente os canais de potássio se
abrem. O efluxo de potássio determina repolarização.
Para ser realizada a hiperpolarização devem ser retirados íons positivos e/ou colocados íons
negativos. Tirar potássio, colocar cloreto.
Ao atingir o limiar, há abertura de canais dependentes de voltagem, são canais de sódio. Canais
rápidos (para abrir e para fechar) com 3 estágios : Inativo, Repouso ou Ativos. Nesse meio
tempo abrem-se os canais lentos de potássio que possuem, em sua maioria, 2 estágios: Ativo ou
Repouso. Saí potássio e a célula despolariza. Se sair mais potássio do que deve a célula
hiperpolariza (canais lentos).
A repolarização é feita por forças de difusão, canais e a bomba de sódio e potássio. O sódio tem
mais força para entrar pois sua entrada é favorecida tanto pelo gradiente elétrico quanto pelo de
concentração, entretanto sua quantidade de canais é pequena.
POTENCIAL DE AÇÃO
NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES
Hipocampo está ligado à memória, se for exacerbada sua estimulação o neurônio morre por
apoptose por excesso de cálcio. (Alzheimer)
A bainha de mielina recobre a extensão dos axônios, acelerando a velocidade de condução dos
impulsos nervosos. Sua ausência implica no retardo do impulso nervoso, diminuindo sua
velocidade. O neurônio usa glicose independente da insulina, porém dentro da célula em
excesso, é um problema, já que é osmoticamente ativa.
Sem os astrócitos não haveria transmissão de impulsos nervosos. Isso está associado a
distúrbios como depressão, epilepsia, Alzheimer, Parkinson. Fazem parte da sinapse
SISTEMA SENSORIAL
A capacidade sensorial dos neurônios varia de acordo com GENOMA e EXPERIÊNCIAS E
INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS.
Permitir a percepção
Permitir o controle de motricidade (propriocepção)
Regular funções orgânicas
Manutenção da vigília
Modalidades Sensoriais
Visão
Audição
Olfato
Paladar
Somestesia (tato, sensibilidade térmica, dor e propriocepção – neurônios pseudo-
unipolares)
A pele é nosso maior órgão sensorial, mas também existem receptores sensoriais em mucosas,
músculos, tendões e vísceras.
Receptores
Morfologia
Funcionalidade
Interoceptor (vísceras)
Exteroceptor (pele)
Proprioceptor (músculos, tendões, articulações)
As informações podem ser Epicríticas (via das colunas dorsais, informação fina como tato,
pressão, vibração e propriocepção) ou Protopáticas (informações grosseiras como a temperatura
e dor)
Córtex Cerebral Primário- Giro Pós Central (sensitivo) – área sensorial somática 1
↑
Tálamo (Núcleos talâmicos) – segunda sinapse, entre neurônios de 2ª e 3ª ordem
↑
Bulbo (tronco encefálico) – local de primeira sinapse com o neurônio de 2ª ordem, é
local de cruzamento, formam o lemnisco medial.
↑
Coluna dorsal ou sensitiva da medula espinal (se ramifica, um ramo vai em direção à
raíz ventral da medula e o outro, ascende).
↑
Estímulo no corpúsculo de Pacini, sai da periferia e ativa mecanorreceptores da pele.
Córtex Cerebral Primário ou áreas Límbicas (emoção) – local de terceira sinapse, área
somestésica 1.
↑
Tálamo – local de segunda sinapse, entre neurônios de 2ª e 3ª ordem.
↑
Passa direto pelo tronco encefálico, onde diverge, estabelece sinapses através de ramos
colaterais para aumentar o grau de alerta, estimular o sistema límbico (emoções e
humor), mas não para informar a sensação de dor.
↑
Coluna Dorsal da Medula Espinal (local de cruzamento e de primeira sinapse).
Ramificação, um ramo vai em direção à raíz ventral e outro ramo ascende. Ascende pela
coluna Ântero- Lateral.
↑
Estímulo sai da periferia de neurônios de primeira ordem
A coluna dorsal da medula possui dois núcleos/fascículos: No Núcleo Grácil (mais medial)
chegam aferências dos membros inferiores e tronco e no Núcleo Cuneiforme (mais lateral),
dos membros superiores, ombro e pescoço.
Receptores ativados na cabeça e na face geram potencial receptor que pode ser traduzido em
potencial de ação, fazendo com que as fibras estabeleçam sinapse com nervos cranianos
(Trigêmeo – V par) que penetram diretamente no tronco encefálico. Neurônios táteis de
segunda ordem estabelecem sinapse com o núcleo principal do trigêmeo e neurônios de
sensibilidade térmica e dolorosa estabelecem sinapse com o núcleo espinhal do trigêmeo.
Localização Espacial
Nervo Trigêmeo
Intensidade do Estímulo
Duração do Estímulo
Obs: o parênquima do sistema nervoso não possui receptores. Por esta razão o cérebro não
dói e é possível realizar cirurgias para a remoção de tecido neural lesado em pacientes
submetidos apenas a anestesia local, bloqueando a sensibilidade do crânio, meninges e vasos
sanguíneos.
Obs2: Dentro da medula ou, tronco encefálico, o axônio do neurônio secundário geralmente
cruza a linha média antes de estabelecer contato com o neurônio de 3ª ordem. A representação
somestésica é quase sempre contralateral: o hemisfério cerebral esquerdo recebe
informações do lado direito do corpo, e vice-versa.
Existem receptores de adaptação Lenta, que não sofrem adaptação mediante estimulação
constante – tônicos (o potencial receptor decresce lentamente depois de atingir a amplitude
proporcional ao estímulo), e os de adaptação Rápida – fásicos (o potencial receptor decresce
muito e rapidamente depois de atingir amplitude proporcional ao estímulo, se adaptam rápido
se o estímulo for constante e o receptor deixa de avisar o SNC depois de um tempo do
mesmo estímulo – tato, estímulos vibratórios ou pulsáteis e olfato)
Muitos mecanoceptores (tato e pressão) são fásicos. Receptores de olfato também são fásicos.
Inibição Lateral
Todos os receptores de qualquer sistema possuem essa característica. Ocorre uma estimulação
em determinado local. Nesse ponto a frequência de descargas é maior, gerando frequência alta
de respostas. Os neurônios ao redor desse ponto também podem ter seu limiar de excitação
atingidos, porém, isso levará mais tempo pois o estímulo é mais fraco. O estímulo segue por
uma via neuronal principal que faz sinapses com neurônios colaterais através de neurônios
associativos (interneurônios) que inibem os potenciais de ação que estão ocorrendo em menor
frequência nas vias paralelas a ela. Isso contribui para uma localização mais precisa do ponto
de estimulação. Esse processo ocorre no tronco encefálico (local de sinapse do neurônio de 1ª
ordem com o de 2ª ordem e ocorre mais nas vias epicríticas do que protopáticas).
Nos núcleos da coluna dorsal, cada neurônio secundário pode receber terminações nervosas
(aferências) de mais de uma fibra receptora. Os campos receptivos normalmente adquirem uma
periferia inibitória em torno do centro excitatório.
SISTEMA SOMESTÉSICO
Via Epicrítica forma o lemnisco medial e a via Protopática forma o lemnisco espinal.
Lemnisco é todo feixe de fibras do SNC com forma achatada. O Lemnisco Medial é o feixe
que une as fibras que emergem dos núcleos da coluna dorsal (já cruzadas para o lado oposto)
com as fibras que derivam do núcleo principal do trigêmeo.
ORGANIZAÇÃO TOPOGRÁFICA
CÓRTEX CEREBRAL
3b- Somestesia, toque leve de objetos pontiagudos, discriminação de objetos – campos simples
e pequenos. (recebe um grande número de aferências do núcleo ventral posterior do tálamo, seus
neurônios são muito responsivos à estímulos somatossensoriais, lesões nessa área prejudicam a
sensação somática e a aplicação de estímulos elétricos nessa área resulta em experiências
sensoriais somáticas) Tato, pressão, temperatura e dor. Projeta neurônios para as áreas 1 e 2.
Essa área se interliga à área somestésica secundária que leva os estímulos para áreas
límbicas, que os associarão à memória e emoção, além de participar dos processos de
aprendizagem tátil.
-Síndrome da Negligência: Lesão de corpo caloso, conexão entre hemisférios está lesada. Uma
parte do corpo, ou do mundo, é ignorada ou suprimida e sua própria existência é negada.
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INTEGRAÇÃO
Receptores para o frio TRPM8 respondem às faixas de 10ºC à 35ºC. Abaixo de 10ºC o frio
torna-se um forte anestésico, bloqueando a formação de potenciais receptores e condução de
potenciais de ação. Receptores para o calor TRPV1 respondem às faixas de 30ºC à 45ºC. Acima
de 45ºC começa a haver lesão tecidual (desnaturação, alteração de fluidez de membrana) e
são ativados receptores de dor.
DOR
É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial,
ou descrita em termos de tal. Mecanismo de proteção, imobilização, preservação. O que
determina a sensação de dor é a intensidade do estímulo.
NEUROPÁTICA: um erro na via gera informação de dor sem que haja lesão (SNC), é uma
dor potencial, existe mas não possui localização/nociceptor estimulado (erro do SNC)
AGUDA: dor rápida, inicial, fibras Aδ (mielinizadas), cessa com o final do estímulo. Ocorre
um potencial receptor na extremidade livre, é codificado em potencial de ação e conduzido
pelas fibras Aδ dos nervos espinais até a medula, ou dos ramos do nervo trigêmeo até o tronco
encefálico.
CRÔNICA: dor lenta, final, fibras C (amielínicas), é provocada pela lesão dos tecidos que
circundam os nociceptores. Aumenta gradativamente e dura 1 segundo ou mais. Quando ocorre
um corte, por exemplo, há sangramento, anóxia do tecido nutrido pelos vasos rompidos, lesão
celular e inflamação. O sangramento libera células vermelhas e brancas, como os
Mastócitos (leucócito), que produzem e secretam substâncias que causam dor, como a
histamina e a serotonina. Além disso, as células lesadas do tecido liberam substâncias
altamente algogênicas (causam dor), como bradicinina, prostaglandina e prostaciclina.
Após a lesão, estímulos muito intensos ou substâncias químicas sensibilizam os
nociceptores das fibras tipo C. A despolarização desses nociceptores provoca secreção
(pelas próprias fibras) de prostaglandinas e neuropeptídeos de ação vasodilatadora,
acentuando a vermelhidão e o edema, prolongando a dor. (REAÇÃO INFLAMATÓRIA
NEUROGÊNICA)
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INTEGRAÇÃO
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NOCICEPTORES:
Estímulo Químico Receptores AISC são canais iônicos ácido sensíveis. São nociceptores
químicos sensíveis ao aumento da concentração de íons H+ no LEC.
MECANISMOS CENTRAIS DA DOR
As fibras que penetrarem na medula sempre ascenderão pelo lado oposto ao do membro
periférico. Os neurônios secundários encontram-se ou no corno dorsal da medula, ou no núcleo
espinal do nervo trigêmeo (tronco encefálico)
No tálamo, impulsos de dor rápida encontram neurônios terciários que se projetam ao córtex
somestésico primário (mecanismo veloz, capaz de ativar reflexos). Impulsos de dor lenta
lidam com o processo inflamatório, que prolonga a dor.
Sintomas:
Eventos celulares:
Saída de leucócitos dos vasos sanguíneos independente de lesão do próprio vaso (o vaso
permanece intacto). Estes, encontram a parede do vaso onde rolam (“rolling”), aderem-se
(“adesão”) e atravessam-na por “diapedese” (forçam sua passagem entre as células
endoteliais) e depois se movimentam por “quimiotaxia” (emitem projeções e orientam-se a
favor do gradiente de concentração de quimiocinas) na direção dos mediadores químicos
da inflamação do tecido.
Mediadores Químicos:
Os receptores B1 são mais sensíveis e são um sub-produto da Bradicinina, ou seja, sua expressão
é induzida pela inflamação. Tem efeito amplificador da dor, aumentando locais de estímulos
lesivos. Os receptores B2 estão sempre expressos, e na presença de inflamação estão muito mais
responsivos à bradicinina. B1 e B2 são encontrados nas terminações nervosas livres
principalmente de fibras C (são proteínas de membrana dos nociceptores)
Celulares:
Prostaglandinas
Prostaciclinas
A prostaglandina “mexe” com o limiar de excitabilidade dos nociceptores, mas sozinha ela
não realiza despolarização ( reduz o tempo pós-hiperpolarização e reduz o limiar de
excitabilidade do nociceptor). Eles despolarizarão com estímulos antes insuficientes.
Analgésicos (AAS) inibem a COX (enzima responsável pela formação de prostaglandina),
controlando a dor pela inibição de produção de prostaglandinas. Também reduzem a
inflamação.
Bradicinina:
Neutrofinas:
pH Baixo: atua por abertura de canais de cátion ativados por prótons e por facilitação de TRPV1
VIAS ASCENDENTES
Feixe espinotalâmico:
Fibras entram na medula espinal pela coluna dorsal. Os corpos de neurônios formam os gânglios
espinais. Decussam no ponto de entrada da medula, no caso de lesão sempre se perde a
sensibilidade dolorosa contra-lateral à lesão. Neurônios de segunda ordem ascendem.
Trigemial
Receptores Opióides são metabotrópicos, são pré e pós sinápticos. Quando a endorfina se liga
nestes receptores, ela hiperpolariza as membranas pré e pós-sinápticas – PPSI. Estão espalhados
por toda a periferia e superfícies viscerais. A hiperpolarização ocorre por abertura de canais de
potássio voltagem sensíveis (há vazamento) e/ou fechamento dos canais de cálcio voltagem
sensíveis (são impedidos de entrar), inibindo a liberação de neurotransmissores.
Massagem, acupuntura – alívio da dor. Os campos receptivos das sensações dolorosas são
amplos, uma estimulação tátil próxima atuaria como inibitória.
CONTROLE TERAPÊUTICO
O super estímulo de receptores de analgesia TRPV (da capsaicina) pode gerar analgesia.
Analgésicos:
Opióides: mimetizam a ação das endorfinas. Substância se liga nos receptores opióides
(morfina, meladona). Essas drogas atuam principalmente no receptor µ. São agonistas
desses receptores, estimulando-os e controlando a dor. Essas drogas causam
dependência devido seus efeitos centrais.
Não-opióides: não inibem a COX, não tem efeito periférico, mas central.
Anti-inflamatórios(NÃO ESTEROIDAIS): bloqueiam a ação da COX-ciclooxigenase,
não há produção de prostaglandinas (HIPERALGÉSICA), retira-se o componente
hiperalgésico. Há alteração da atividade da bradicinina (ALGÉSICA). Uma das vias de
ativação do receptor B1 é a produção de mais Ácido Aracdônico, a interrupção da COX
inativa essa ação do receptor B1.
Dor Isquêmica: produção de ácido láctico local – estimulante de nociceptores, provoca dor no
tecido em poucos minutos.
Efeito Placebo: efeito relatado pelo paciente sem que tenha havido intervenção por fármacos. É
explicado através da maior liberação de endorfinas. A Naloxona (antagonista do receptor
opióide) reverte o efeito placebo “cancela” os efeitos analgésicos opióideos.
AUDIÇÃO
CARACTERÍSTICAS DO SOM
Som: é uma onda longitudinal vinculada à percepção, está referido ao animal que o percebe. É a
produção de um movimento vibratório, sequência alternada de compressões e descompressões
do ar (variação audível da pressão do ar).
Frequência: quantidade de ciclos por unidade de tempo. Significa a mudança de tom. Quanto
menor a frequência, mais grave é o som, e quanto maior, mais agudo. (em hertz)
Timbre: composição de diversas vibrações simultâneas, cada qual com sua frequência,
amplitude e fase, somando-se e formando ondas complexas.
Limiar de Audibilidade: é a intensidade mínima do som de uma certa frequência para que seja
perceptível. A intensidade é determinada pela quantidade de energia contida no som, ou seja,
seu volume. – 10dB
O OUVIDO EXTERNO é constitúido pelo pavilhão auditivo, meato acústico externo e pela
membrana timpânica, e possui a função de concentrar e amplificar seletivamente as ondas
sonoras, direcionando-as para os receptores. A membrana timpânica é uma membrana que vibra
quando um estímulo incide sobre ela.
Obs: O músculo tensor do tímpano se ancora ao martelo e à parte óssea da orelha média.
O músculo estapédio se ancora ao estribo e à parte óssea da orelha média.
Obs1: escutar música alta com fones de ouvido desgasta os músculos contribuindo para sua
hipertrofia. Os músculos estapédio e tensor do tímpano perdem sua elasticidade. Com isso a
membrana timpânica fica mais suscetível a lesões. Isso gera artrite e desgaste dos ossículos da
audição e lesão da janela oval e membrana timpânica, podendo levar a um caso de surdez.
Obs2: Esse reflexo é eficiente quando o som se sustenta alto, porém é ineficaz a picos de
estímulos agudos em função de seu atraso. Atua principalmente em sons de baixa frequência –
graves.
No ducto coclear os receptores auditivos repousam sobre uma membrana basilar muito sensível
a vibrações e sobre este órgão (acima) encontra-se a membrana tectórica (glicoproteica e mais
rígida, menos sensível a vibrações), na qual estão ancorados os estereocílios dos receptores. Os
estereocílios são flexíveis e contráteis pois possuem miosina em seu esqueleto.
Dessa forma, a vibração da perilinfa causada pela vibração da membrana da janela vestibular
causa vibração da membrana vestibular (separa a rampa vestibular do ducto coclear). Essa
vibração faz com que vibre a endolinfa e também a membrana basilar, entretanto, a membrana
tectórica, por ser mais rígida (gelatinosa?), não vibra na mesma intensidade. Isso deforma os
cílios dos receptores que encostam na membrana tectórica. Essa deformação (tombamento dos
cílios) significa a abertura de canais mecanossensíveis de K+. O influxo de K+ diminui a
negatividade da célula, que abre canais de Ca2+ dependentes de voltagem.
Órgão de Corti: O órgão de Corti está apoiado na membrana basilar. É formado por
células ciliares internas (1 camada – fibras aferentes) e externas (3 camadas – fibras
aferentes e eferentes). Abaixo das células ciliares existem neurônios bipolares que em
conjunto formam o nervo Vestibulococlear.
As células ciliares internas possuem maior fidelidade de transdução (está mais
próxima da membrana tectorial), pois não há convergência de neurônios (campos
receptivos menores). Realizam transdução do potencial receptor e o transferem para
fibras aferentes, entretanto, estão mais distantes da membrana tectorial.
As células ciliares externas não realizam transdução tão fiel. Isso ocorre pois há maior
número de convergências nos neurônios de segunda ordem. Possuem também, a
capacidade de se contrair por conta de filamentos de actina nos esterocílios e também
pela Prestina, proteína de membrana da célula ciliar externa que realiza movimentos
contráteis que auxiliam o toque dos cílios na membrana tectórica. O movimento das
células ciliares externas faz com a membrana basilar também vibre, auxiliando no toque
dos cílios das células internas na membrana tectorial. A contração ocorre no momento
em que o potencial receptor atinge as células ciliares externas. – A ACETILCOLINA
realiza a inervação da via eferente etimulando a Prestina.
Esse mecanismo está voltado para o direcionamento da atenção, priorizando um som
em detrimento de outro.
Obs: Estão apoiadas em uma membrana e sobre estas células há a membrana tectorial
(LEC denso formando camada gelatinosa). Abaixo das células ciliares existem os
dendritos dos neurônios bipolares (formam o nervo auditivo). –ao longo da cóclea
existem vários órgãos de Corti e ele representa em sua integridade a estrutura receptiva.
ALTERA A
FORMA DAS
REGULA A CÉLULAS
SENSIBILIDADE CILIARES
AUDITIVA EXTERNAS
Obs: As membranas basilar e vestibular não vão até o final da cóclea, de forma que as rampas
vestibular e timpânica não são completamente separadas e apresentam certo tipo de união, a
região de comunicação é o elicotrema. Nelas corre a perilinfa.
Quanto mais intenso o som, mais fortemente serão defletidos os cílios dos receptores. Vibrações
fracas ativarão um número pequeno de receptores e vice-versa.
Perilinfa: Líquido com característica de LEC, rico em sódio, pobre em potássio e aminoácidos
É encontrada nas rampas vestibular e timpânica. ( 7mM de K/ 140 mM de Na)
Endolinfa: Líquido com característica de LEC, entretanto, é rico em potássio, produzido pela
estria vascular e encontrado no ducto coclear. A estria vascular faz bombeamento ativo de
potássio para o ducto coclear e de sódio para as rampas vestibular e timpânica. (150mM de
K/1mM de Na) Dessa maneira a endolinfa tem potencial elétrico 80mV mais positivo que a
perilinfa.
Quando a membrana basilar para de vibrar os receptores reconstituem sua forma, causando o
fechamento dos canais de K+ e sua HIPERPOLARIZAÇÃO. (transmitindo as oscilações da
onda vibratória sonora)
Dendritos dos neurônios bipolares emergem de toda a cóclea. Seus corpos celulares formam o
gânglio espiral. A partir deste gânglio, axônios bipolares convergem para formar o nervo
auditivo que se une ao nervo vestibular, formando o nervo Vestibulococlear.
O SNC possui estágios sinápticos em: Bulbo, Ponte, Mesencéfalo, Diencéfalo e Córtex cerebral
– córtex auditivo primário. (oliva superior, colículo inferior, núcleo geniculado lateral, tálamo e
córtex)
Núcleos cocleares são a primeira estação sináptica, é o único ponto da via em que há
informação apenas ipsilateral, daí para a frente a via segue bilateral e também ipsilateral. Esse
evento compara o tempo de chegada do estímulo por diferentes regiões, transmitindo a
informação de localização do som no espaço. Lesões na estrutura do ouvido, nervo auditivo ou
núcleo coclear são as únicas que provocam surdez ipsilateral ( lesões no tímpano ou cadeia
ossicular).
A identificação de sons que vieram de cima ou de baixo começa na maneira como vibrará a
membrana timpânica (região de foco da membrana que vibrará), e também será percebida pelas
células basilares (membrana basilar).
Durante seu trajeto a via emite ramos colaterais, eles contribuem para a movimentação da
cabeça ao ouvir um som e também, para a integração do som com componentes do sistema
límbico, como memória e emoções.
Córtex Auditivo
Lobo Temporal
Nistagmo: movimento em direções contrárias da cabeça e dos olhos.
Os núcleos cocleares se dividem em três, o núcleo coclear dorsal, núcleo coclear ânteroventral e
o núcleo coclear pósteroventral. As fibras do núcleo coclear dorsal não estabelecem sinapse na
ponte seguindo direto para o colículo inferior no mesencéfalo. O complexo olivar superior
(ponte – localização de sons à direita ou esquerda) recebe fibras dos núcleos cocleares ventrais,
que formam a partir daí, o lemnisco lateral, que ascenderá até o mesencéfalo terminando no
colículo inferior.
Lesões no córtex auditivo secundário implicam na capacidade de ouvir os sons, entretanto, sem
a capacidade de associá-los a qualquer memória. Não há integração das informações.
VISÃO
Generealidades:
Nos olhos a absorção da luz ocorre por meio de cones e bastonetes localizados na
camada de células fotossensitivas, acima da camada pigmentar (mielinizada, que transmite a luz
absorvida aos bastonetes).
PROPRIEDADES
Absorção: cones e bastonetes contém pigmentos que utilizam a energia absorvida da luz para
alterar o potencial de membrana ( realizar transdução).
1.Coordenação Binocular
2.Velocidade
3.Trajetória
Radiais: eixo visual (cabeça e pescoço) se desloca angularmente para qualquer sentido
Torsionais: eixo fixo e os olhos movimentam-se em rotação.
OBS: Os movimentos oculares são executados por pares de músculos comandados por
neurônios motores do tronco encefálico.
Esclera: protege e ajuda a manter o formato do olho (branco do olho). Nela se inserem
os tendões dos músculos extrínsecos do olho – 3 pares.
Córnea: tecido conjuntivo, transparente, avascular, lente refratora, filtra raios UV e é
lavada com secreção lacrimal.
OBS: O filme lacrimal tem 2 camadas, a camada lipídica (glândulas meiobonianas que
retardam a evaporação e mantém o filme lacrimal uniforme sobre a superfície) e a
camada mucoaquosa (camada espessa de células caliciformes que contém muco diluído
que se concentra em direção ao epitélio. Contém O2, lisozima – bactericida e
imunoglobulinas)
Pupila: orifício formado pela íris. Seu fechamento é denominado miose e sua abertura é
a midríase. Regula a quantidade de luz que entra no olho. Mantém a pureza do humor
aquoso pela presença de células fagocitárias.
Músculo esfíncter da pupila causa Miose, a inervação parassimpática atua em
receptores muscarínicos, contraindo a pupila.
Músculo dilatador da pupila causa Midríase, a inervação simpática atua em
receptores α adrenérgicos contraindo o músculo, dilatando a pupila.
OBS: Conexões entre a retina e neurônios do tronco encefálico controlam esses músculos -
reflexo consensual, atingirá ambos os olhos.
MIOPIA: o globo ocular é longo, a imagem se forma antes da retina, o cristalino tem excesso de
convergência.
Cavidades e humores:
Cavidade Anterior: câmara anterior, íris, pupila, lente (cristalino) e a câmara posterior
são banhadas pelo humor aquoso.
Humor Aquoso: fluido aquoso formado por sódio, cloreto, bicarbonato, vitamina C,
aminoácidos e glicose. É produzido pelos processos ciliares do corpo ciliar e drenado
pelo seio venoso que circunda a região da córnea.
O sódio vem dos capilares sanguíneos para o corpo ciliar onde passa a ser bombeado
(transporte ativo), atraindo cloreto e bicarbonato. O sódio, por ser osmoticamente ativo,
atrai água para a cavidade anterior, compondo o humor aquoso. A água por transporte
ativo, ou difusão facilitada, arrasta glicose, aminoácidos e vitamina C. Mantém a
pressão ocular de 15mmHg e o globo ocular distendido.
Cavidade Posterior: câmara vítrea onde se encontra o humor vítreo
Humor vítreo: viscoso,gelatinoso. Formado por ácido hialurônico, proteoglicanos, água.
características semelhantes ao humor aquoso porém, mais gelatinoso devido a presença
de ácido hialurônico e proteoglicanos.
A retina é o local de formação da imagem e é formada por uma parte pigmentada e uma parte
nervosa, dividas em 10 camadas de células. Conversão de energia luminosa em atividade
neural.
Camadas
Camada Pigmentar: células pigmentadas com melanina e capazes de esterificar a
vitamina A, armazenar glicose e íons. Contém células que fazem fagocitose dos
fotorreceptores permitindo sua constante renovação.
Camada Fotorreceptora: prolongamentos externos dos fotorreceptores, realizam a
fototransdução.
Membrana Limitante Externa
Camada Nuclear Externa: corpos celulares dos cones e bastonetes
Camada Plexiforme Externa: axônios dos cones e bastonetes e dendritos dos neurônios
bipolares, células amácrinas e sinapses entre as células fotorreceptoras e elas.
Camada Nuclear Interna: núcleos dos neurônios bipolares, células amácrinas e
horizontais
Camada Plexiforme Interna: sinapses entre os neurônios bipolares e ganglionares
Camada Ganglionar: núcleos das células ganglionares
Camada de Células Ganglionares: axônio das células ganglionares formam as fibras
ópticas
Membrana Limitante Interna
As células ganglionares são a única fonte de saída da retina e capazes de gerar P.A.
A região de Mácula Lútea é pouco irrigada e pode ser observada em exames de fundo de olho.
Em seu centro há a fóvea, com grande concentração de cones, relacionada a visão específica,
maior acuidade visual.
FOTOTRANSDUÇÃO
No escuro seu potencial de repouso é de -30 a -40mV, pois possui muitos canais de
vazamento para o sódio dependentes de GMPcíclico. O bastonete está sempre despolarizado,
ou seja, sempre realizando a liberação de neurotransmissor (GLUTAMATO).
O objeto entre a luz e o olho faz sombra de sua imagem na retina. Esse local é despolarizado,
pois está escuro. A luz hiperpolariza, traça o contorno do objeto.
Os cones possuem alta fidelidade na transdução por não possuir convergência nas sinapses
como os bastonetes possuem.
Ausência de Luz: no segmento externo de cones e bastonetes existem canais de vazamento para
o Na+, mantidos abertos pelo GMPc, permitem a entrada de grande quantidade desse íon e ao
mesmo tempo, de Ca2+. A bomba Na+/K+ tenta retirar essa quantidade excessiva de sódio,
porém como o fluxo é muito grande, o potencial de repouso dos fotorreceptores é de -40mV.
Nesse ponto, canais de Ca2+ dependentes de voltagem são abertos, permitindo também o
aporte de sódio, ativando enzimas do complexo SNARE, resultando na exocitose se vesículas
que liberam GLUTAMATO. Esse neurotransmissor promove alteração dos neurônios
bipolares, alguns fazem PPSE (receptores ionotrópicos) e alguns fazem PPSI (receptores
metabotrópicos).
Obs: falta de vitamina A resulta em cegueira NOTURNA pois o trans não pode ser convertido
em cis.
Obs2: O cálcio, além de realizar a exocitose de neurotransmissores, inibe a enzima que
sintetiza o GMPc. Com o fechamento de canais de cálcio e sódio há diminuição da
concentração plasmática desses íons e aumento da produção de GMPc, que permite então, a
nova abertura de canais de sódio e cálcio dependentes de GMPc. (Há influxo de sódio e
cálcio, despolarização da célula, exocitose de NT, propagação de PA e formação da
imagem.)- Mecanismo de Feedback.Isso garante que os fotorreceptores sejam sempre capazes
de detectar mudanças no nível de luz.
Campo Receptivo: Região da retina que em resposta a um estímulo, alterará seu potencial
de membrana. O centro do campo receptivo faz sinapse com um neurônio bipolar de
maneira direta. A periferia do campo receptivo faz sinapse com muitos neurônios
bipolares, essas sinapses não são diretas, pois são moduladas pelas células horizontais.
(Campo pequeno e circular com fotorreceptores centrais que realizam sinapses com
neurônio bipolar e com fotorreceptores periféricos que realizam sinapses com neurônio
bipolar, porém são modulados por células horizontais.) Há a presença de campos
receptivos com antagonismo centro-periferia. A excitação do centro implica na inibição da
periferia.
Quando um estímulo luminoso incide sobre o centro do campo receptor e a célula aumenta sua
atividade elétrica, diz-se que é uma célula de Centro-On. Quando um estímulo mais escuro
incide sobre o centro do campo receptor e a célula aumenta sua atividade elétrica, diz-se que é
uma célula Centro-Off.
Essas células estão no centro do campo receptivo. Na periferia do campo receptivo as células
atuam nas células bipolares através das células horizontais. As células horizontais atuam
através do GABA ou GLUTAMATO, inibindo ou estimulando as células bipolares. Elas são
antagônicas, realizando o procedimento contrário ao do campo receptivo. As células
horizontais respondem pela propriedade antagônica do centro-periferia.
Tanto as células bipolares como ganglionares possuem campos receptores circulares com uma
região central e uma periferia antagônica. (centro on e periferia off ou centro off e periferia on)
Processamento na Retina:
Do tracto óptico as fibras partem para o tálamo no núcleo geniculado dorso lateral que
processa informações oriundas da retina e é divido em 6 camadas de neurônios interlaminares. E
daí, para o córtex visual primário.
Células M (camadas 1 e 2): células magno-celulares, células ganglionares grandes com axônios
calibrosos. Estão envolvidas com o movimento.
Célula M do lado NASAL faz sinapse na camada 2 e depois na camada 4 do córtex visual
primário.
Célula M do lado TEMPORAL faz sinapse na camada 1 e depois no córtex visual primário
na área 1 novamente.
Células P (camadas 3,4,5 e 6) : células parvo-celulares detectam cor e forma. Possuem campos
receptivos com organização antagônica centro-periferia que se dá em função do comprimento da
luz. Se elas se excitam quando o centro é verde, estão desligadas quando o centro é vermelho.
Células K: possuem formato cônico, também estão detectadas a detecção de cor. Detectam azul
e amarelo.
Fazem sinapses não em uma camada específica, mas entre as camadas celulares.
Células P e K fazem sinapses nas regiões de Grumo – regiões 2 e 3 (agregados de enzimas que
interferem na atividade neuronal, reagindo em função da frequência do potencial de ação –
sensação de cores.)
Áreas secundárias mais dorsais estão envolvidas com a movimentação de objetos, identificação
de objetos, coordenação visual, localização de objetos. As mais ventrais estão envolvidas com o
reconhecimento de objetos. Depois essas áreas se unem, e há integração desses mecanismos
ocorrendo ao mesmo tempo.
Uma das vias do sistema visual parte da retina e vai até o núcleo supra-quiasmático (oscilador
interno/hipotálamo) – relógio biológico, sincronização do dia e noite. Parte das fibras visuais
também podem fazer sinapse em colículo superior – sinapse em tronco para conseguir
movimentos oculares orientados com os da cabeça e do corpo. Núcleos “protectais” localizam-
se entre o mesencéfalo e o diencéfalo, conectam-se aos nervos cranianos e estão ligados a
acomodação visual.
SISTEMA OLFATÓRIO
O olfato é um sentido químico, cheiros e odores são experiências que sentimos através dos
sistema olfatório. A capacidade do sistema olfatório de perceber tão múltiplo repertório de
cheiros sugere que a percepção olfatória deve ser obtida pela combinação da atividade de
diferentes e numerosos quimiceptores e mecanismos moleculares.
O nariz é o órgão receptor da olfação. Suas paredes são cobertas por uma mucosa a qual estão
incrustados os neurônios quimioceptores da olfação. A mucosa nasal é composta por neurônios
receptores olfatórios, células de suporte, células basais e glândulas produtoras de muco.
O muco tem grande importância funcional pois nele se dissolvem as moléculas odorantes antes
de entrar em contato com a membrana dos receptores. Ele também possui proteínas ligadoras de
odorantes que capturam os odorantes facilitando seu contato com os quimioceptores.
Quimioceptores olfatórios são neurônios bipolares cujo dendrito aponta em direção à cavidade
nasal, emitindo de 6 a 12 cílios finos que ficam imersos na mucosa nasal. Na membrana dos
cílios se encontram moléculas receptoras responsáveis pela transdução quimioneural. Os
axônios dos neurônios bipolares (fibras de primeira ordem) penetram na cavidade craniana
formando o nervo olfatório, um leque de filetes separados que terminam no bulbo olfatório no
encéfalo.
O bulbo olfatório no encéfalo (forma de gânglio) possui os neurônios de segunda ordem da via
olfatória. Esses são células M e células T que recebem sinapses dentro de glomérulos. A partir
do bulbo olfatório a informação segue direto para o córtex cerebral (córtex olfatório primário ou
córtex piriforme). Alguns axônios das células M e T se projetam para regiões com neurônios de
terceira ordem, o hipotálamo e o hipocampo, conectando o sistema olfatório com o sistema
límbico.
TRANSDUÇÃO
Os odorantes que entram no nariz são dissolvidos no muco ou capturados pelas proteínas
ligantes de odorantes. Cada odorante se liga a uma molécula específica. Acopladas as moléculas
específicas existe uma proteína G. Quando um odorante se liga a um receptor molecular, ocorre
uma modificação alostérica neste que ativa a proteína G, esta se liga a uma molécula de GTP e
uma de suas subunidades destaca-se do receptor ativando uma cadeia de AMPc.
O AMPc ativa cinases que provocam a abertura de canais inespecíficos de cátions (sódio e
cálcio) despolarizando a célula e provocando um potencial receptor. A entrada de Ca2+ para o
interior dos cílios provoca a abertura de canais de Cl- dependentes de Ca2+ liberando o cloreto do
interior dos cílios para o meio externo, levando a uma despolarização ainda maior (efeito
multiplicador dos odorantes).
A adaptação ocorre pois com o aumento intracelular de Ca2+ ele bloqueia as moléculas
receptoras nos cílios pela sua face interna.