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ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA PE.

EZEQUIEL RAMIN DE CACOAL


CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
ÁREA ANIMAL

DAIVID OIAGO SURUÍ


SAMUEL RODRIGUES DA SILVA

PROJETO DE ESTÁGIO
PISCICULTURA

CACOAL-RO
2018
DAIVID OIAGO SURUÍ
SAMUEL RODRIGUES DA SILVA

PROJETO DE ESTÁGIO
PISCICULTURA

PROJETO DE ESTÁGIO APRESENTADO AO


CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA À
ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA PADRE
EZEQUIEL RAMIN DE CACOAL, COMO
PARTE DA EXIGÊNCIAS PARA OBTENÇÃO
DO TÍTULO DE TÉCNICO EM
AGROPECUÁRIA.
COORDENADORA DE ESTÁGIO: LUCINÉIA
MARIA DA SILVA ROSA.

CACOAL-RO
2018
Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
JUSTIFICATIVA................................................................................................................... 5
OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 6
OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................................... 7
REFERÊNCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 8
1. ORIGEM .......................................................................................................................... 8
2. PRINCIPAIS RAÇAS ....................................................................................................... 9
2.1. Tilápia .......................................................................................................................... 9
2.2. Tambaqui ..................................................................................................................... 9
2.3. Pacu ............................................................................................................................. 9
2.4. Tambacus .................................................................................................................... 9
2.5. Pirarucu ....................................................................................................................... 9
2.6. Pintado......................................................................................................................... 9
2.7. Dourados ..................................................................................................................... 9
2.8. Pirarara ...................................................................................................................... 10
3. MANEJO SANITÁRIO ................................................................................................... 11
4. MANEJO ALIMENTAR .................................................................................................. 12
5. SISTEMAS DE CRIAÇÃO ............................................................................................. 13
5.1. Sistema extensivo..................................................................................................... 13
5.2. Sistema Semi Intensivo ............................................................................................ 13
5.3. Sistema intensivo ..................................................................................................... 13
5.4. Sistema superintensivo ............................................................................................ 13
5.5. Cultivo em tanques-rede .......................................................................................... 14
6. COMERCIALIZAÇÃO ................................................................................................... 15
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ..................................................................................... 17
ORÇAMENTO ................................................................................................................... 18
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 19
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 20
INTRODUÇÃO

A piscicultura originou-se na China há cerca de 4 mil anos, onde eram observados


peixes em seu ambiente natural. Teve-se a ideia de construir viveiros para aprisioná-los e
criá-los, surgindo assim os primeiros cultivos de peixes em cativeiro.
É uma atividade de grande importância para região norte do Brasil, por ser uma
região rica em recursos hídricos, apresentando uma alternativa de ocupação e renda para
o homem do campo, sendo uma atividade de fácil manutenção em relação as demais
atividades agropecuárias.
JUSTIFICATIVA

O projeto certamente contribuirá com importantes fontes de informações, com o


principal enfoque a produção de peixe, pratica que gera uma grande renda familiar. É um
assunto que desperta grande interesse da população rural e industrial, porque dessa forma
possibilita o aprendizado de novas técnicas produtivas.
OBJETIVO GERAL

No estágio a cultura a ser estudada é de grande importância, pois a piscicultura gera


renda e bom desenvolvimento familiar. Com isso, poderemos obter conhecimentos gerais
sobre a produção de peixe e tendo assim, um ótimo aproveitamento sobre a piscicultura,
conhecendo todos os processos de produção e manejo com os peixes.
OBJETIVO ESPECÍFICO

• Conhecer a propriedade;
• Conhecer a variedade de peixes;
• Observar os tratos culturais;
• Observar as doenças que afetam a piscicultura;
• Observar o manejo sanitário;
• Observar o manejo produtivo;
• Conhecer as maneiras de correção da acidez da água conforme
necessidade;
• Conhecer o processo de comercialização;
REFERÊNCIAL TEÓRICO

1. ORIGEM

A piscicultura tem sua origem na China, quando monges capturavam alevinos de


carpas e faziam a engorda em cativeiros a fim de se ter o pescado a qualquer época do
ano. No Japão, a criação de carpas em cativeiros era feita em tanques dentro das
residências e isso possibilitou o aparecimento de animais coloridos, que através de
melhoramento genético, deu origem as carpas Nishikigoi, conhecidas como as jóias que
nadam.
2. PRINCIPAIS RAÇAS

2.1. Tilápia
São as mais cultivadas na piscicultura. Elas também são tolerantes a troca de
temperaturas e são capazes de superar as concentrações de sal da água.

2.2. Tambaqui
De origem amazônica, é cultivada tanto em tanques-rede quanto em viveiros
escavados. Eles se adaptam aos policultivos, salvo se for a espécie predominante, quando
há criação de mais de uma espécie. Consomem ração balanceada e se alimentam de frutos
e sementes. Chegam a 45 kg e, aproximadamente, um metro de comprimento.

2.3. Pacu
Se alimentam mais de frutas, sementes e não é comum que ela coma peixes,
crustáceos e moluscos. Consomem ração balanceada e essa espécie pode ser cultivada
em viveiros escavados ou tanques-rede. Há possibilidade de chegar a 20 kg e medir 80
cm de comprimento.

2.4. Tambacus
São cultivados em tanques-rede ou criadouros escavados e podem chegar a 30 kg
e medir 80 cm.

2.5. Pirarucu
É carnívoro pode alcançar um peso mais de 200 kg e simultaneamente, seus tres
metros de comprimento. Esse animal pode ser cultivado em viveiro escavado.

2.6. Pintado
Consomem ração para peixes carnívoros, possui um grande quantidade de carne,
além do nobre sabor, não possui espinhas e pode ser cultivado em pequenos açudes, lagos
e represas.

2.7. Dourados
São peixes esportivos, todavia, podem ser comercializados, possuem qualidade no
sabor da carne e podem ser cultivados em tanques cavados. É um peixe bom para povoar
grandes açudes.
2.8. Pirarara
É usada em engordas comerciais, lagos ornamentais e pode ser utilizado para o
povoamento de açudes. Consome ração para carnívoros.
3. MANEJO SANITÁRIO
A sanidade dos peixes em cultivo deve ser trabalhada preventivamente, pois grandes
partes das doenças, depois de instalados no criatório, é difícil de controlar. Os maiores
problemas com peixes referem se a temperatura e stress. No cultivo de camarões a
qualidade da água e manejo adequado, não oferecem riscos com doenças. O ataque de
agentes patogênicos é extremamente raro.
4. MANEJO ALIMENTAR

Os alimentos de baixa qualidade possuem menor estabilidade na água e


consequentemente maior carga poluente, levando a uma menor produtividade ao dissolver
na água. Já a ração de alta qualidade possui maior estabilidade na água, menor carga
poluente e promove uma maior produtividade. Como ponto fundamental a ração deve
possuir a quantidade correta de proteína e energia para cada tipo de peixe e de acordo com
a fase de crescimento. Também deve possuir componentes de alta digestibilidade, o que
vai melhorar o desempenho do peixe, diminuir a necessidade de ração e o volume de fezes
excretado por ele, minimizando a eutrofização do ambiente. Além disso, a ração
deve possuir propriedades físicas adequadas (estabilidade na água, granulometria e
tamanho).
Quanto à espécie, há uma diferença básica: peixes carnívoros possuem maiores
exigências de proteína e energia na ração do que peixes onívoros. Por isso, na hora da
escolha da ração deve-se levar em conta qual a espécie a ser criada.
5. SISTEMAS DE CRIAÇÃO

5.1. Sistema extensivo


É praticada em reservatórios de pequenas ou grandes dimensões, naturais ou
artificiais. Neste sistema, o número de peixes por unidade de área é baixo, a alimentação
é restrita ao alimento naturalmente existente e não há controle sobre a reprodução.

5.2. Sistema Semi Intensivo


Este sistema se caracteriza pela maximização da produção de alimento natural (fito
e zooplâncton, bentos e macrófitas), a partir do aporte de minerais que pode ser feito com
adubos orgânicos (esterco de bovinos, suínos, equinos, etc.) para servir como principal
fonte de alimento, para aumentar diretamente a produção ou o crescimento dos peixes
usam-se “alimentos artificiais” (alimentos artificiais são todos os alimentos que não são
produzidos nos viveiros) que o piscicultor coloca no viveiro. No sistema semi-intensivo a
piscicultura é praticada em viveiros construídos estritamente para se criar peixes.

5.3. Sistema intensivo


Os viveiros são planejados, escavados com máquinas e possuem declividade para
facilitar o escoamento da água e despesca dos animais. Dependendo da disponibilidade e
da qualidade da água pode-se estocar entre 1 a 10 peixes por metro quadrado. O fluxo de
água é controlado para manter, no mínimo, um teor de oxigênio dissolvido (OD) de 8 ppm.
Como a densidade de estocagem de peixes é alta, o alimento natural não é capaz de manter
sozinho o desenvolvimento completo dos animais. Portanto, se faz necessário o
fornecimento de uma ração balanceada.

5.4. Sistema superintensivo


Nesse sistema os peixes são estocados em alta densidade em um longo tanque que
exige um contínuo fluxo de água, que garante para o pescado um fornecimento de oxigênio
dissolvido suficiente, e elimina os dejetos metabólicos. Aqui a densidade de estocagem não
é considerada por unidade em m2 e sim por biomassa em m3 . No sistema superintensivos
os peixes são alimentados somente com alimento comprimidos (peletes) ou semelhante,
balanceados com tipos e teores de proteínas, minerais, vitaminas e outros ingredientes
indispensáveis para o seu crescimento.
5.5. Cultivo em tanques-rede
Este sistema de piscicultura foi inicialmente aplicado quase tão somente para cultivar
trutas. Quando os tanques puderam ser fabricados de materiais não perecíveis e a
fabricação dos alimentos artificiais comprimidos tornou-se possível. No caso da piscicultura
superintensiva uma única espécie de peixe é cultivada em alta densidade de povoação (em
cada metro cúbico de gaiola ou tanques pequenos coloca-se de 20 a 200 peixes). O local
de instalação dos tanques deve ser previamente avaliado em relação à profundidade (que
deve ser de, pelo menos, uma vez e meia a do tanque); a velocidade do fluxo e a qualidade
da água. O posicionamento dos tanques deve ser perpendicular ao fluxo da corrente, um
ao lado do outro para evitar que a mesma água seja utilizada por diferentes tanques.
Geralmente são instalados em rios.
6. COMERCIALIZAÇÃO
É importante que o piscicultor fique atento às técnicas de comercialização e possua
um bom relacionamento com possíveis compradores. Além disso, é preciso tomar cuidado
com a fase final de produção, com a despesca e o transporte, por exemplo, para que não
haja diminuição no preço final nem perda de qualidade do produto.
Embora se tenha o conhecimento das técnicas para o cultivo dos peixes e uma boa
produtividade, o problema enfrentado pelos piscicultores é a falta de mercado ou um
frigorífico apropriado para o abate, processamento e comercialização do pescado de água
doce, fazendo com que em muitos casos, os açudes fiquem ociosos, dificultando assim a
expansão da atividade. Um problema encontrado atualmente, para a instalação de uma
unidade de processamento de pescado de água doce de médio a grande porte, em várias
regiões do País, é o volume do pescado produzido, ainda considerado pequeno para
manter esse tipo de unidade de processamento.
Dificilmente uma unidade processadora, irá conseguir um fornecimento de matéria-
prima constante, durante todas as estações do ano. Por este motivo, os empreendimentos
têm uma maior ocorrência de vendas de seus produtos, dentro dos municípios, onde se
localizam as propriedades agrícolas produtoras de peixes. Hoje a comercialização da
produção caracteriza-se por se concentrar num mercado bastante localizado. Somente uma
pequena parcela é negociada com outros Estados e Municípios. A época de
comercialização é influenciada pela temperatura do ambiente, ocorrendo uma maior venda
nos meses compreendidos de novembro a março, tendo um forte declínio nos meses frios,
de abril a setembro.
No caso de cultivo de peixes nativos, observa-se a dificuldade de obtenção dos
alevinos e seu alto custo de aquisição, por este motivo é imprescindível à pesquisa que
vem sendo desenvolvida nesta área, para reverter esta situação, visto que hoje, peixes
nativos já possuem um valor diferenciado no mercado.
O sucesso da piscicultura comercial depende de uma série de fatores, e de suas
relações com a cadeia produtiva dos peixes. Para obtermos sucesso na produção devemos
alcançar alguns objetivos parâmetros como: Realizar estudos de mercado, utilizar um
sistema de produção adequado, fazer um planejamento dos ciclos de produção, se adequar
aos custos de produção e ao mercado consumidor.
Estes são somente alguns parâmetros dentre vários necessários para que se
obtenha respostas significativas e sucesso na criação de peixes. Se adequando ao
mercado consumidor e observando os nichos de mercado, pode-se expandir a produção e
garantir que a piscicultura se torne a principal fonte de renda dentro da propriedade agrícola,
o que vem já vem acontecendo, tornando-se assim um empreendimento de sucesso.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Atividade 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Dia Dia Dia Dia Dia Dia Dia Dia Dia
Conhecer a X
propriedade
Conhecer os X
tanques
Acompanhar o X X
manejo
Obter X
conhecimento
sobre a
alimentação dos
peixes
Obter X
conhecimento
sobre acidez
(pH) da água
Acompanhar a X
despesca
Acompanhar o X
processo de
beneficiamento
do produto
Formas de X
comercialização
ORÇAMENTO
DAIVID OIAGO SURUÍ
Descrição Quantidade Valor Unitário Valor Total
Gasolina 12L R$ 4,20 R$ 50,40

SAMUEL RODRIGUES DA SILVA


Descrição Quantidade Valor Unitário Valor Total
Gasolina 12L R$ 4,20 R$ 50,40
CONCLUSÃO

Nas pesquisas realizadas houve a obtenção de conhecimento na área de produção


animal em piscicultura na criação de peixes focando principalmente na fase de engorda,
construção dos tanques, alimentação, formas de cultivo e planejamento de comercialização.
Portanto com a realização deste projeto obteve conhecimento e experiência sobre
piscicultura e pretendo obter mais com a realização do estágio.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Consulta e categoria. Disponível


em:<http://vendasliv.sct.embrapa.br/liv4/consultaCategoria.do?metodo=listar&codig
oCategoria=222&codigoTipoCategoria=1&link=Produ%E7%E3o%20Animal>Acesso
em: 6 de mar. De 2018.

O pai da piscicultura. Disponível em:<http://www.grupoaguasclaras.com.br/quem-e-o-


pai-da-piscicultura>Acesso em: 6 de mar. De 2018.

Piscicultura. Disponível em:<https://www.embrapa.br/>Acesso em: 6 de mar. De 2018.

Piscicultura Familiar. Disponível


em:<http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/CAR03.pdf>Acesso em: 7 de mar.
De 2018.

Práticas de conservação do peixe. Disponível em:<https://www.embrapa.br/busca-de-


publicacoes/-/publicacao/972078/boas-praticas-para-conservacao-do-peixe-
piscicultura-familiar>Acesso em: 7 de mar. De 2018.

Produção Comercial de Peixes. Disponível em:


<http://www.snatural.com.br/PDF_arquivos/Producao-Comercial-de-Peixes-
Piscicultura.pdf> Acesso em: 7 de mar. De 2018.

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