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Novembro/2010 NORMA DNIT 142/2010 - ES

DNIT Pavimentação – Base de solo melhorado com


cimento - Especificação de serviço

Autor: Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES Processo: 50607.000138/2009-02

DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Origem: Revisão da Norma DNER – ES 304/97.

DIRETORIA-GERAL
Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunião de 17/11/2010.
DIRETORIA EXECUTIVA

INSTITUTO DE PESQUISAS Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
RODOVIÁRIAS citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de
Rodovia Presidente Dutra, km 163 propaganda comercial.
Centro Rodoviário – Vigário Geral
Rio de Janeiro – RJ – CEP 21240-000
Tel/fax: (21) 3545-4600 Nº total de
Palavras-chave:
páginas
Pavimentação, Base, Solo, Cimento 9

7 Inspeções .......................................................... 5
Resumo
8 Critérios de medição ......................................... 7
Este documento define a sistemática a ser empregada
na execução da camada de base de pavimento utilizando Anexo A (Informativo) Bibliografia ............................. 8
uma mistura de solo melhorado com cimento. Índice geral ................................................................ 9
São também apresentados os requisitos concernentes a Prefácio
materiais, equipamentos, execução, inclusive plano de
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de
amostragem, condicionantes ambientais, controle de
Pesquisas Rodoviárias – IPR/DIREX para servir como
qualidade, condições de conformidade e não-
documento base, visando estabelecer a sistemática
conformidade e os critérios de medição dos serviços.
empregada na execução da camada de base, quando
Abstract utilizado solo melhorado com cimento. Está formatada de
This document presents procedures for base pavement acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e
layer construction, using soil improved with cement. substitui a Norma DNER-ES 304/97.

It includes the requirements for materials, equipment, 1 Objetivo


execution, includes a sampling plan, environmental Esta Norma tem por objetivo estabelecer a sistemática a
management, quality control, the conditions for ser empregada na execução da camada de base,
conformity and non-conformity and the criteria for the quando empregado solo melhorado com cimento.
measurement of the performed services.
2 Referências normativas
Sumário
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis
Prefácio ..................................................................... 1 à aplicação desta Norma. Para referências datadas,
1 Objetivo............................................................. 1 aplicam-se somente as edições citadas. Para referências
não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
2 Referências normativas .................................... 1
referido documento (incluindo emendas).
3 Definições ......................................................... 2

4 Condições gerais .............................................. 2 a) DNER-EM 036 - Cimento Portland - Recebimento e


aceitação – Especificação de material. Rio de
5 Condições específicas ...................................... 3
Janeiro: IPR.
6 Condicionantes ambientais ............................... 5
NORMA DNIT 142/2010–ES 2

b) DNER-ME 036: Solo – Determinação da massa o) DNIT 070-PRO: Condicionantes ambientais das
específica aparente, “in situ, com o emprego do áreas de uso de obras – Procedimento. Rio de
balão de borracha – Método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR.
Janeiro: IPR.
p) NBR 5732 - Cimento Portland comum. Rio de
c) DNER-ME 049: Solos – Determinação do “Índice de Janeiro.
suporte Califórnia” utilizando amostras não
trabalhadas. Rio de Janeiro: IPR. q) NBR 5735 - Cimento Portland de alto-forno. Rio de
Janeiro.
d) DNER-ME 052: Solos e agregados miúdos –
Determinação da umidade com emprego do r) NBR NM 76 - Cimento Portland - Determinação da

“Speedy” - Método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR. finura pelo método de permeabilidade ao ar
(Método de Blaine). Rio de Janeiro.
e) DNER-ME 080: Solos - Análise granulométrica por
peneiramento – Método de ensaio. Rio de Janeiro: 3 Definições

IPR.
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes

f) DNER-ME 082: Solos – Determinação do limite de definições:

plasticidade – Método de ensaio. Rio de Janeiro: 3.1 Base


IPR.
Camada de pavimentação destinada a resistir aos

g) DNER-ME 088: Solos – Determinação da umidade esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo-os

pelo método expedito do álcool – Método de ensaio. adequadamente à camada subjacente, executada sobre

Rio de Janeiro: IPR. a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente


regularizado e compactado.
h) DNER-ME 092: Solo – Determinação da massa
3.2 Solo melhorado com cimento
específica aparente do solo “in situ”, com emprego
do frasco de areia. Rio de Janeiro: IPR. Material proveniente de mistura de solo, cimento e água
em proporções previamente determinadas por processo
i) DNER-ME 122: Solos – Determinação do limite de próprio de dosagem em laboratório, de forma a
liquidez – Método de referência e método expedito apresentar determinadas características de resistência e
– Método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR. durabilidade. Os teores usuais de cimento estão situados
na faixa de 2 a 4%, em peso, em relação ao total da
j) DNER-ME 129: Solos – Compactação utilizando
mistura.
amostras não trabalhadas. Rio de Janeiro: IPR.
3.3 Base de solo melhorado com cimento
k) DNER-PRO 277: Metodologia para controle Camada de base obtida mediante a utilização de solo
estatístico de obras e serviços - Procedimento. Rio melhorado com cimento submetido a adequado processo
de Janeiro: IPR. de cura e devidamente compactada.

l) DNIT 001/2009-PRO: Elaboração e apresentação 4 Condições gerais


de normas do DNIT – Procedimento. Rio de
Janeiro: IPR, 2009. a) Não deve ser permitida a execução dos serviços,
objeto desta Norma, em dias de chuva.
m) DNIT 011-PRO: Gestão da qualidade em obras b) Todo o carregamento de cimento que chegar à obra
rodoviárias – Procedimento. Rio de Janeiro: IPR. deve vir acompanhado de certificado do
fabricante/distribuidor com informações dos
n) DNIT 013-PRO: Requisitos para a qualidade em
resultados de análise dos ensaios de
obras rodoviárias – Procedimento. Rio de Janeiro:
caracterização exigidos nesta Norma, a data de
IPR.
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fabricação, a indicação clara de sua procedência, c) O agregado retido na peneira n° 10 deve ser
do tipo e quantidade do seu conteúdo. constituído de partículas duras e duráveis,

c) É responsabilidade da executante a proteção dos isento de fragmentos moles, alongados ou

serviços e materiais contra a ação destrutiva das achatados, de matéria vegetal ou outra

águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que substância prejudicial.

possam danificá-los. 5.1.4 Mistura projetada de solo-cimento e água

Deve ser deixada solta para curar, por um período


5 Condições específicas
mínimo de 72 horas, após o qual deve satisfazer

5.1 Material às seguintes características quando submetidas


aos ensaios indicados a seguir:
5.1.1 Cimento Portland
a) Limite de liquidez 25% (DNER-ME
Deve obedecer às exigências da Norma DNER-
122/94);
EM 036/95, juntamente com as das Normas NBR-
5732:1991 ou NBR 5735:1991. b) Índice de plasticidade 6% (DNER-ME
082/94);
5.1.2 Água
c) Índice de Suporte Califórnia ISC 80% e
Deve ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos,
expansão máxima de 0,5%, obtidos de
álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias
acordo com a energia de compactação do
prejudiciais.
ensaio DNER-ME 129/94 - Método C.
5.1.3 Solo
5.2 Equipamento
Os solos empregados na execução de base de
5.2.1 Execução de base de solo melhorado
solo melhorado com cimento devem ser os
provenientes de ocorrências de materiais, Para execução de base de solo melhorado com
devendo apresentar as seguintes características, cimento são indicados os equipamentos
quando submetidos aos ensaios DNER-ME seguintes:
080/94, DNER-ME 082/94 e DNER-ME 122/94: a) Motoniveladora com escarificador;
a) Composição granulométrica enquadrada em b) Pulvimisturador;
uma das faixas constantes da Tabela 1-
c) Trator de esteiras ou pneumático;
Granulometria do Solo.
d) Carro-tanque distribuidor de água;
Tabela 1 – Granulometria do solo
e) Rolos compactadores tipo pé-de-carneiro,
Peneiras Faixas
liso, liso-vibratório e pneumático;
pol mm A B C D
f) Central de mistura de capacidade adequada
2” 50,8 100 100 - -
à obra;
1” 25,4 - 75 - 90 100 100 g) Sapo mecânico;
3/8” 9,5 30 - 65 40 - 75 50 - 85 60 - 100 h) Rolo vibratório portátil.
N°4 4,8 25 - 55 50 - 60 35 - 65 50 - 85 5.2.2 Central de mistura
N°10 2,0 15 - 40 20 - 45 25 - 50 40 -70 Deve ser constituída essencialmente de:
N°40 0,42 8 - 20 15 - 30 15 - 30 25 - 45 a) Silos - geralmente para cimento e solo,
N°200 0,074 2-8 5 -15 5 - 15 5 - 20 providos de bocas de descarga e
equipados com dispositivos que permitam
graduar o escoamento;
b) A fração que passa na peneira n° 40 deve
apresentar limite de liquidez igual ou inferior b) Transportadores de esteiras, que

a 40% e índice de plasticidade igual ou transportam o solo e o cimento, na

inferior a 18%. proporção conveniente, até o equipamento


misturador;
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c) Equipamento misturador “pug-mill” nivelamento e seção transversal, conforme


constituído, normalmente, de uma caixa fixados no projeto.
metálica contendo em seu interior, como
e) Acabamento - O acabamento deve ser
elementos misturadores, dois eixos que
executado pela ação conjunta de
rodam em sentido contrário, providos de
motoniveladora e de rolos de pneus e liso-
chapa em espiral ou de pequenas chapas
vibratório. A motoniveladora deve atuar,
fixadas em hastes que, devido aos seus
quando necessário, exclusivamente em
movimentos, forçam a mistura íntima dos
operação de corte, sendo vetada a correção
materiais, ao mesmo tempo que os faz
de depressões por adição de material.
avançar até a saída do equipamento;
f) Abertura ao tráfego - A base de solo
d) Reservatório de água e canalizações que
melhorado com cimento não deve ser
permitam depositar e espargir a água sobre
submetida à ação do tráfego. A extensão
o solo, no processo de mistura;
máxima a ser executada deve ser aquela
e) Equipamento de carga de caminhões, para a qual pode ser efetuado de imediato o
constituído de um silo com transportador de espalhamento do material da camada
correia ou elevador de canecas, colocado seguinte, de forma que a base já liberada
de modo que o caminhão transportador não fique exposta à ação de intempéries que
possa receber, por gravidade, a mistura. possam prejudicar sua qualidade.
5.3 Execução 5.3.2 Mistura na pista
5.3.1 Mistura em central No caso de utilização do solo do próprio subleito

a) A mistura de solo melhorado com cimento ou de solos selecionados com mistura na pista,

deve ser preparada em centrais de mistura, devem ser obedecidas as seguintes fases de

empregando materiais de ocorrências, execução:

objetivando as vantagens técnicas e a) Preparo da faixa;


econômicas na dosagem e homogeneização b) Pulverização e homogeneização do solo
da mistura solo, cimento e água; local ou de empréstimo;
b) O solo empregado na mistura, na central, c) Distribuição de cimento;
deve sofrer um processo de pulverização,
d) Preparo da mistura de solo e cimento
exigindo-se que, no mínimo, 60% em peso
utilizando o equipamento de pulverização e
do material esteja reduzido a partículas de
homogeneização;
diâmetro inferior a 4,8 mm (peneira nº 4);
e) Umedecimento, enleiramento e cura por 72
c) Todas as operações necessárias ao preparo horas.
da mistura final devem ser realizadas na
5.3.3 Espalhamento
central, restando apenas o transporte da
mistura já pronta para a pista, onde deve ser Após a cura, o material é distribuído e

enleirada, deixada curar por 72 horas, homogeneizado mediante ação combinada de

espalhada, umedecida e homogeneizada na grade de discos e motoniveladora.

umidade ótima, com as devidas precauções, 5.3.4 Correção e homogeneização da umidade


e de modo que, após a compactação,
A variação do teor de umidade admitido para o
apresente espessura, greide longitudinal e
material para início da compactação é de 2
seção transversal indicados no projeto;
pontos percentuais da umidade ótima de
d) A faixa para receber a mistura de solo compactação. Caso o teor de umidade esteja
melhorado com cimento deve estar abaixo do limite mínimo especificado, deve ser
preparada, no que se refere à drenagem, procedido o umedecimento da camada através de
caminhão-tanque distribuidor de água, seguido da
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homogeneização pela atuação de grade de discos Nas partes adjacentes ao início e ao fim da base
e motoniveladora. Se o teor de umidade de em construção, a compactação deve ser
campo exceder ao limite superior especificado, executada transversalmente à linha base, o eixo.
deve-se aerar o material mediante ação conjunta Nas partes inacessíveis aos rolos compactadores,
da grade de discos e da motoniveladora, para que assim como nas partes em que seu uso não for
o material atinja o intervalo da umidade recomendável, tais como cabeceira de pontes e
especificada. viadutos, a compactação deve ser executada com

Concluída a correção e homogeneização da rolos vibratórios portáteis ou sapos mecânicos.

umidade, o material deve ser conformado de Durante a compactação, se necessário, pode ser
maneira a se obter a espessura especificada após promovido o umedecimento da superfície da
a compactação. camada, mediante emprego de carro-tanque

5.3.5 Espessura da camada compactada distribuidor de água. Esta operação é exigida


sempre que o teor de umidade estiver abaixo do
Não deve ser inferior a 10 cm nem superior a 20
limite inferior do intervalo de umidade admitido
cm. Quando houver necessidade de se executar
para a compactação.
camadas de base com espessura final superior a
20 cm, estas devem ser subdivididas em camadas 5.3.7 Acabamento

parciais. A espessura mínima de qualquer O acabamento deve ser executado conforme


camada de base deve ser de 10 cm, após a alínea “e” da subseção 5.3.1.
compactação. Nesta fase devem ser tomados os 5.3.8. Abertura ao tráfego
cuidados necessários para evitar a adição de
Deve ser realizada de acordo com a alínea “f” da
material na fase de acabamento.
subseção 5.3.1.
5.3.6 Compactação

Na fase inicial da obra devem ser executados 6 Condicionantes ambientais

segmentos experimentais, com formas diferentes


Objetivando a preservação ambiental, devem ser
de execução, na seqüência operacional de
devidamente observadas e adotadas as soluções e os
utilização dos equipamentos de modo a definir os
respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema
procedimentos a serem obedecidos nos serviços
ambiental definidos e/ou instituídos no instrumental
de compactação. Deve-se estabelecer o número
técnico-normativo pertinente vigente no DNIT,
de passadas necessárias dos equipamentos de
especialmente a Norma DNIT 070/2006-PRO, e na
compactação para atingir o grau de compactação
documentação técnica vinculada à execução das obras,
especificado. Deve ser realizada nova
documentação esta que compreende o Projeto de
determinação sempre que houver variação no
Engenharia – PE, o Estudo Ambiental (EIA ou outro), os
material ou do equipamento empregado.
Programas Ambientais do PBA pertinentes e as
A compactação deve evoluir longitudinalmente,
recomendações e exigências dos órgãos ambientais.
iniciando pelas bordas. Nos trechos em tangente,
7 Inspeções
a compactação deve prosseguir das duas bordas
para o centro, em percursos equidistantes da linha 7.1 Controle dos insumos
base, o eixo. Os percursos ou passadas do
Os materiais utilizados na execução da base devem ser
equipamento utilizado devem distar entre si de
rotineiramente examinados, mediante a execução dos
forma tal que, em cada percurso, seja coberta
seguintes procedimentos:
metade da faixa coberta no percurso anterior. Nos
trechos em curva, havendo superelevação, a 7.1.1 Cimento

compactação deve progredir da borda mais baixa a) Todo cimento empregado na obra deve estar
para a mais alta, com percursos análogos aos em conformidade com o disposto na norma
descritos para os trechos em tangente. DNER-EM 036/95, de acordo com certificado
do fabricante.
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b) Antes de usado, tanto na central de mistura b) depois da adição do cimento:


quanto no espalhamento na pista, devem ser
verificação da quantidade do cimento
executados na obra ensaios de determinação
incorporada (por peso ou volume);
de finura (NBR NM 76:1998 – Método de
ensaio de compactação, após 72 horas de
Blaine), a fim de verificar se o cimento não
cura da mistura para determinação da
está empedrado. A frequência destes ensaios
massa específica aparente seca máxima,
é de um ensaio por dia de trabalho, ou
(DNER-ME 129/94 – Método C);
sempre que houver dúvidas sobre a sanidade
do cimento. determinação do teor de umidade, depois
da adição da água e homogeneização da
c) O resíduo retido na peneira n° 200 (malha de
mistura curada (DNER-ME 052/94 e DNER-
0,075 mm) não deve exceder a:
ME 088/94).
cimento Portland de alto forno - 10%;
7.2.2 Compactação da mistura de solo melhorado com
cimento Portland comum - 15%.
cimento na pista
7.1.2 Solos
Tanto para a mistura fabricada e transportada da
Os solos a serem empregados no preparo da usina, enleirada e espalhada na pista após cura
mistura solo melhorado com cimento, tanto na de 72 horas, quanto para a mistura realizada na
mistura em usina quanto na pista, devem ser pista e manipulada nas mesmas condições,
examinados mediante dos ensaios de devem ser verificadas de maneira aleatória:
caracterização (DNER-ME 080/94, DNER-ME
a) imediatamente antes da compactação:
082/94 e DNER-ME 122/94), a fim de verificar se
determinações do teor de umidade da
estão de acordo com o projeto de mistura e as
mistura (DNER-ME 052/94, DNER-ME
tolerâncias especificadas quanto à granulometria,
088/94), para verificação do atendimento
ao limite de liquidez e ao índice de plasticidade.
do teor de umidade do projeto;
A frequência indicada para a execução de ensaios
ensaios de compactação e moldagem de
deve ser de 100 em 100 m de pista.
corpos-de-prova (DNER-ME 129/94 –
Para pistas de extensão limitada, com área de até
Método C), para determinação do Índice de
2
4.000 m , devem ser coletadas pelo menos cinco
Suporte Califórnia, após 4 dias de
amostras, para execução do controle dos
embebição (DNER-ME 049/94).
insumos.

7.2 Controle da execução b) após a compactação:

O controle da execução da base de solo melhorado com


determinação da massa específica
cimento deve ser exercido através de coleta de
aparente “in situ” na pista compactada,
amostras, ensaios e determinações feitas de maneira
para o cálculo do Grau de Compactação
aleatória, de acordo com o Plano de Amostragem
(GC) (DNER-ME 092/94 ou DNER-ME
Variável (vide subseção 7.4). Devem ser efetuadas as
036/94), que deve ser ≥ 100%.
seguintes determinações e ensaios:
7.3 Verificação do produto
7.2.1 Preparo da mistura de solo melhorado com
cimento A verificação final da qualidade da camada de base
Tanto na mistura em usina quanto na mistura na (Produto) deve ser exercida através das determinações
pista, devem ser verificadas aleatoriamente: executadas de acordo com o Plano de Amostragem
Variável (vide subseção 7.4) e a Norma DNIT 013/2004-
a) antes da aplicação do cimento:
PRO.
determinação do grau de pulverização do
Após a execução da base deve ser realizado o controle
solo através de peneiramento na peneira n°
geométrico, mediante a relocação e o nivelamento do
4.
eixo e bordas, permitindo-se as seguintes tolerâncias:
NORMA DNIT 142/2010–ES 7

a) ± 10 cm, quanto à largura da plataforma; xi – valores individuais


b) até 20%, em excesso, para a flecha de
abaulamento, não se tolerando falta; X – média da amostra

c) ± 10%, quanto à espessura da camada indicada no s - desvio padrão da amostra

projeto. k - coeficiente tabelado em função do número de

7.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico determinações

O número e a freqüência de determinações n - número de determinações (tamanho da


correspondentes aos diversos ensaios para o controle amostra).
tecnológico da execução e do produto devem ser Os resultados do controle estatístico devem ser
estabelecidos segundo um Plano de Amostragem registrados em relatórios periódicos de acompanhamento
aprovado pela Fiscalização, elaborado de acordo com os de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual
preceitos da Norma DNER-PRO 277/97. estabelece que sejam tomadas providências para
tratamento das “Não-conformidades”.
O tamanho das amostras deve ser documentado e
previamente informado à Fiscalização. Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às

7.5 Condições de conformidade e não- prescrições desta Norma.

conformidade Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser


corrigido.
Todos os ensaios de controle e determinações relativos
aos insumos, à execução e ao produto, realizados de Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as

acordo com o Plano de Amostragem, citado na subseção correções executadas o colocarem em conformidade

7.4, devem cumprir as Condições Gerais e Específicas com o disposto nesta Norma; caso contrário deve ser

desta Norma, e estar de acordo com os seguintes rejeitado.

critérios, sendo que os insumos devem atender a estas 8 Critérios de medição


Quando especificado um valor mínimo e/ou máximo a
Os serviços considerados conformes devem ser medidos
ser(em) atingido(s), devem ser verificadas as seguintes
de acordo com os critérios estabelecidos no Edital de
condições:
Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de
acordo com as seguintes disposições gerais:
a) Condições de conformidade:
a) A base deve ser medida em metros cúbicos,
X - ks ≥ valor mínimo especificado;
considerando o volume efetivamente executado.
X + ks ≤ valor máximo especificado. Não devem ser motivos de medição em separado:

b) Condições de não-conformidade: mão-de-obra, materiais (inclusive o cimento),


transporte, equipamentos e encargos, devendo os
X - ks < valor mínimo especificado;
mesmos ser incluídos na composição do preço
X + ks > valor máximo especificado. unitário;

Sendo: b) no cálculo dos volumes da base devem ser


n consideradas as larguras e espessuras médias da
xi camada obtidas no controle geométrico;
i 1
X
n c) não devem ser considerados quantitativos de
serviço superiores aos indicados no projeto;
( xi X )2
s d) nenhuma medição deve ser processada se a ela
n 1 não estiver anexado um relatório de controle da
Onde: qualidade, contendo os resultados dos ensaios e
determinações devidamente interpretados,
caracterizando a qualidade do serviço executado.

________________/Anexo A
NORMA DNIT 142/2010–ES 8

Anexo A (Informativo)

Bibliografia

a) BRASIL. Departamento Nacional de pavimentação. 3. ed. Rio de Janeiro, 2006.


Infraestrutura de Transportes. Diretoria de (IPR. Publ., 719).
Planejamento e Pesquisa. Coordenação b) ______. Manual de restauração de
Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de pavimentos asfálticos. 2. ed. Rio de
Pesquisas Rodoviárias. Manual de Janeiro, 2006. (IPR. Publ., 720).

________________/Índice geral
NORMA DNIT 142/2010–ES 9

Índice geral

Abstract 1 Espalhamento 5.3.3 4

Abertura ao tráfego 5.3.8 5 Espessura da camada

Acabamento 5.3.7 5 compactada 5.3.5 5

Água 5.1.2 3 Execução 5.3 4

Anexo A (Informativo) Execução de base de solo

Bibliografia 8 melhorado 5.2.1 3

Base 3.1 2 Índice geral 9

Base de solo melhorado Inspeções 7 5

com cimento 3.3 2 Material 5.1 3

Central de mistura 5.2.2 3 Mistura em central 5.3.1 4

Cimento 7.1.1 5 Mistura na pista 5.3.2 4

Cimento Portland 5.1.1 3 Mistura projetada de

Compactação 5.3.6 5 solo-cimento e água 5.1.4 3

Compactação da mistura Objetivo 1 1

de solo melhorado com Plano de amostragem –

cimento na pista 7.2.2 6 Controle tecnológico 7.4 7

Condicionantes ambientais 6 5 Prefácio 1

Condições de conformidade Preparo da mistura de solo

e não-conformidade 7.5 7 melhorado com cimento 7.2.1 6

Condições específicas 5 3 Referências normativas 2 1

Condições gerais 4 2 Resumo 1

Controle da execução 7.2 6 Solo 5.1.3 3

Controle dos insumos 7.1 5 Solos 7.1.2 6

Correção e homogeneização Solo melhorado com cimento 3.2 2

da umidade 5.3.4 4 Sumário 1

Critérios de medição 8 7 Tabela 1 – Granulometria do solo 3

Definições 3 2 Verificação do produto 7.3 6

Equipamento 5.2 3

________________

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