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Resumo N1

Instrumentação para o ensino de Física remoto.

O trabalho do professor em uma pandemia.

Ter uma organização do professor diante das aulas remotas.

Planejamento de conteúdos essenciais.

Gravação das aulas.

Monitoramento de atividades e presença.

APNP – Atividades pedagógicas não presenciais.

Processo de ensino, aprendizagem e avaliativo alcance por e-mail WhatsApp e outras plataformas.

Os Principais Desafios são;

A participação dos alunos

Monitoramento de acessos, entrega de atividades

Professor apoio emocional ao aluno (já que no ensino remoto a uma falta de presença bastante
considerável)

O laboratório escolar de ciências

O ensino de ciências é uma atividade complexa, problemática, requer reflexão e prática.

O laboratório surge como um meio alternativo de ensino e aprendizagem.

As aulas de laboratório em sua prática pedagógica proporcionam uma aprendizagem


significativa através da comprovação cientifica.

No que é denominado laboratório tradicional, o aluno realiza atividades práticas,


envolvendo observações e medidas, a cerca de fenômenos previamente determinados pelo
professor. (Tami, 1991)

O laboratório pode proporcionar excelentes oportunidades para que os estudantes testem


suas próprias hipóteses sobre fenômenos particulares, para que planejem, de forma a produzir
resultados dignos de confiança (Borges pág. 10)

O papel da experimentação no ensino de ciências.

Experimentação - seja um elo para os alunos façam e pense algo e chegue na teoria e ela
(teoria) explica um fenômeno.

Caráter investigativo – Treinar o aluno a resolver problemas e não a comprovar alguma


coisa.

Texto 1

O realismo ingênuo, o indutivismo ingênuo e o realismo crítico

Em oposição direta ao realismo ingênuo, a posição idealista afirma que ‘a realidade é um


produto da mente humana e existe apenas na medida em que é percebida por nós’. A filosofia
registra, no entanto, um grande número de críticas materialistas apontando o quanto a posição
idealista incorre num solipsismo, ou seja, na consequência de que cada indivíduo construa a sua
própria realidade, sem conexão com a do outro. Em outras palavras, a posição idealista,
radicalmente tomada, leva-nos à percepção do mundo como um asilo de loucos (Strasser, 1963;
Medeiros, 1992b). Afinal, como bem dizia Fernando Pessoa: O mundo não é uma ideia minha, mas a
minha ideia do mundo é uma ideia minha. Deste modo, pode-se perceber que a rejeição da posição
realista ingênua não implica na necessidade de adotarmos uma postura idealista.

As visões dos professores sobre a instrumentação para o ensino

O professor, ele vai sugerir alguns experimentos, vai trabalhar aqueles experimentos a partir
de determinados conhecimentos teóricos. O experimento não vai surgir do nada, não vai surgir de
repente na vida do aluno. Ele vai surgir e vão surgir os questionamentos a partir do que o aluno
pensa sobre o experimento e sobre os conceitos que estão atrás daqueles experimentos. As
necessárias simplificações do real para a construção de um modelo foram expostas pelo
entrevistado com o recurso das “idealizações”, num sentido próximo daquele atribuído por Husserl
(1976): Eu posso simplesmente mostrar pra ele que a situação que se apresenta é uma situação
diferente da situação que devia.

Os professores, no entanto, que demonstraram uma certa clareza a esse respeito, estão,
efetivamente, tentando desenvolver um programa de ações que visa a reconstruir o espaço
privilegiado das disciplinas de Instrumentação para o Ensino da Física. Parece animador perceber os
esforços de um conjunto de colegas no sentido de desenvolver um ensino nitidamente
experimental, sem cair no “canto da sereia” indutivista. O explorar as concepções alternativas dos
estudantes, sem a ilusão da obtenção de mudanças conceituais imediatas como produtos da
realização de “experimentos cruciais”, já nos parece um ganho substancial

Texto 2

O laboratório tradicional

De fato, há uma corrente de opinião que defende a ideia de que muitos dos problemas do
ensino de ciências se devem à ausência de aulas de laboratório. Para os que compartilham desta
opinião, uma condição necessária para a melhoria da qualidade de ensino consiste em equipar as
escolas com laboratórios e treinar os professores para utilizá-los. Entretanto, mesmo nos países
onde a tradição de ensino experimental está bem sedimentada, a função que o laboratório pode, e
deve ter, bem como a sua eficácia em promover as aprendizagens desejadas, têm sido objeto de
questionamentos, o que contribui para manter a discussão sobre a questão há alguns anos (veja
Woolnough, 1991; White,1996).

A ciência, em sua forma final, se apresenta como um sistema de natureza teórica. Contudo,
é necessário que procuremos criar oportunidades para que o ensino experimental e o ensino teórico
se efetuem em concordância, permitindo ao estudante integrar conhecimento prático e
conhecimento teórico. Descartar a possibilidade de que os laboratórios têm um papel importante no
ensino de ciências significa destituir o conhecimento científico de seu contexto, reduzindo-o a um
sistema abstrato de definições, leis e fórmulas. Muito do que se faz nas aulas de Física em nossas
escolas de ensino médio e universidades assemelham-se a isso, preocupando-se mais com a
apresentação das definições, conceitos e fórmulas que os alunos memorizam para resolver
exercícios. Sem dúvida que as teorias físicas são construções teóricas e expressas em forma
matemática; mas o conhecimento que elas carregam só faz sentido se nos permite compreender
como o mundo funciona e porquê as coisas são como são e não de outra forma.
Os objetivos do laboratório

o professor trabalha quase sempre com objetivos de ensino pouco claros e implícitos,
confiando em sua experiência anterior com cursos similares. Com isso, os estudantes não percebem
outros propósitos para as atividades práticas que não os de verificar e comprovar fatos e leis
científicas.

Verificar/comprovar leis e teorias científicas - Este objetivo é enganoso, pois o sucesso da


atividade é garantido de antemão por sua preparação adequada. O teste que se pretende fazer é,
em geral, de um aspecto específico de uma lei ou teoria, e não de seus fundamentos. Hodson (1988)
aponta que, como consequência, o estudante tende a exagerar a importância de seus resultados
experimentais, além de originar um entendimento equivocado da relação entre teoria e observação.
Outro aspecto é que o estudante logo percebe que sua 'experiência' deve produzir o resultado
previsto pela teoria, ou que alguma regularidade deve ser encontrada.

Alternativas para o laboratório escolar - Uma alternativa que temos defendido há mais de
uma década, e mais recentemente temos investigado e utilizado com nossos alunos, consiste em
estruturar as atividades de laboratório como investigações ou problemas práticos mais abertos, que
os alunos devem resolver sem a direção imposta por um roteiro fortemente estruturado ou por
instruções verbais do professor. Um problema, diferentemente de um exercício experimental ou de
um de fim de capítulo do livro-texto, é uma situação para a qual não há uma solução imediata obtida
pela aplicação de uma fórmula ou algoritmo.

Texto 3

Experimentos no Ensino de Ciências - Se algum trabalho de laboratório na escola pode ser


classificado como “experimento”, nos sentidos discutidos na seção anterior. Desde a revolução
curricular da década de 1960 e do início dos anos 1970, os professores admitiram que os estudantes
conduzem os experimentos, observam, fazem interferências e resolvem problemas da mesma forma
que os cientistas, e pelos mesmos motivos. Esta noção requer uma análise crítica. É preciso
considerar com muito cuidado se os experimentos que os alunos fazem na escola se assemelham de
alguma forma com aqueles que os cientistas desenvolvem em seus laboratórios de pesquisa, e se os
objetivos do professor, ao promover o assim chamado trabalho experimental como uma experiência
de aprendizado, se assemelha ao trabalho do cientista ao conduzir uma pesquisa.

Aprender sobre a ciência - Está claro que o papel dos experimentos é diferente em cada
estágio, e os alunos precisam estar cientes das distinções. Gerações de professores assumiram que o
conhecimento da metodologia científica pode ser ensinado apenas através da experiência direta na
bancada. No entanto, não está inteiramente claro se uma avaliação do papel dos experimentos
nesses três estágios é melhor atingida fazendo-se tais tipos de experimentos no laboratório escolar.
Daí não se segue necessariamente que fazer experimentos é a melhor maneira de aprender sobre
eles.

O uso de simulações em computador é outra técnica muito eficiente em capacitar os alunos


a se envolverem nos aspectos mais criativos da ciência, e que leva à compreensão da natureza da
ciência. Na maioria das lições baseadas em laboratório, os alunos não têm oportunidade de se
envolver com a geração e o teste de hipóteses, ou no planejamento experimental, pois os
professores não estão dispostos a ceder o tempo, a arcar com os custos ou a correr o risco de os
alunos adotarem estratégias experimentais inapropriadas, ineficientes ou potencialmente perigosas.
Como consequência, os professores tendem a fazer todo o projeto experimental antes da aula, e os
alunos simplesmente seguem as instruções. Com uma simulação em computador, projetos mal
feitos podem ser postos em prática e quaisquer problemas podem ser descobertos pelos alunos e
modificados, ou eliminados, com rapidez e segurança. Deste modo, os alunos aprendem com seus
próprios erros e são levados a investigar de maneira mais completa e mais refletidamente.

Fazer Ciência - O terceiro grande objetivo de aprendizagem, no que diz respeito ao trabalho
prático, é fazer ciência. Aqui a ênfase não está em aprender sobre os métodos da ciência, ou mesmo
em desenvolver perícia nos seus processos individuais, mas em usar os métodos e processos da
ciência para investigar fenômenos, solucionar problemas, e dar seguimento aos interesses que os
alunos escolheram, talvez em negociação com o professor. Em qualquer curso de ciência deveria
haver oportunidades para os alunos se envolver nesse tipo de trabalho criativo de investigação. É
aqui que os alunos chegam mais perto de fazer ciência de verdade e, assim, esse trabalho deveria
ser considerado o pináculo da educação científica.

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