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QUALI-QUANTITATIVE MAPPING IN
PRODUCTION ENGINEERING
EDUCATION: A PANORAMIC SURVEY
OF THE ARTICLES DEVELOPED IN
ENEGEP AND SIMPEP FROM 2011 TO
2016
Abstract: RESEARCH INVOLVES THE BIBLIOMETRIC SURVEY OF THE
EDUCATION AREAS IN PRODUCTION ENGINEERING PUBLISHED IN THE
ANALYSIS OF THE EVENTS OF ENEGEP AND SIMPEP FROM 2011 TO 2016.
CONSISTS IN AN EXPLORATORY STUDY, COVERING THE QUANTITATIVE AND
QUALIITATIVE METHODS APPLIED IN THE EVALUATION OF THE ARTICLES IN
THIS AREA. FIND OUT THE DOMINANCE IN THE DEVELOPMENT OF MORE
THEORETICAL STUDIES, AND THE INCENTIVE OF ANALYSIS THAT BRINGS
PREDOMINATELY PRACTICAL RESULTS, INVOLVING CHANGES IN THE DAILY
PROFESSIONALS OF THE PRODUCTION ENGINEERING IS NECESSARY.
THEREFORE, THE TEACHING STUDY SUBJECT IS ADOKED IN OVERLAPH,
HAVING HIS SATURATED THEME IN THE TOUCH OF NUMBER OF ARTICLES.
NEED TO FOCUS IN STUDIES CONCERNED TO SUBHEARS OF RESEARCH
APPLICATION AND PROFESSIONAL PRACTICE THAT RECEIVE LITTLE
IMPORTANCE.
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XXIV SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Contribuições Da Engenharia De Produção Para Uma Economia De Baixo Carbono
Bauru, SP, Brasil, 8 a 10 de novembro de 2017
1. Introdução
Ao longo dos anos, o mundo passou por modificações que alteraram o modo de vida,
hábitos, crenças e formas de trabalho (COUTINHO, 2016). A engenharia e seus segmentos de
aplicação também se modificaram uma vez que o desenvolvimento desta área acompanha a
evolução da sociedade e dos processos industriais. Todavia, nos últimos anos, observam-se
alterações cada vez mais rápidas e isto leva a compreender que, em espaços de tempo cada
vez mais curtos, tecnologias tenderão a ruir e surgir a todo momento, exigindo uma grande
preparação para viver em um ambiente de constantes mudanças (TELLES, 2015).
Nota-se, dessa forma, a necessidade do desenvolvimento de pesquisas sobre a área de
Educação voltada para a engenharia (CORDEIRO et al., 2009) para acompanhar tais
transformações, sobretudo estudos dessa vertente voltados para o curso de Engenharia de
Produção pois elementos como “Produtividade e Qualidade, que historicamente sempre foram
[itens] fundamentais de interesse e estudo da Engenharia de Produção, tornaram-se agora uma
necessidade competitiva de interesse global [...]” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2001).
Assim sendo, o presente trabalho possui, como objetivo, produzir uma análise
qualitativa e quantitativa sobre estudos atuais em Educação em Engenharia de Produção
através da verificação de artigos publicados nesta área em dois grandes eventos de divulgação
científica. Para essa empreitada, escolheram-se, como objetos de análise, o Encontro Nacional
de Engenharia de Produção (ENEGEP) e o Simpósio de Engenharia de Produção (SIMPEP).
A ideia é mapear a quantidade de artigos na área de Educação de Engenharia de Produção
publicados entre os anos de 2011 e 2016 nesses dois eventos estipulados como focos do
estudo. Desse modo, pretende-se analisar os trabalhos qualitativamente usando como
categorias as três subáreas empregadas por esses eventos na área de Educação de Engenharia
de Produção, observando a sua distribuição com o passar dos anos, as abordagens estudadas e
aquelas que recebem pouca atenção.
2. Referencial Teórico
Apesar de ter nascido em um âmbito mais restrito, nos dias atuais, percebe-se a
atuação da engenharia nos mais variados ramos, desde a mais tradicional, como a civil, até a
ambiental, de alimentos, bioquímica, automação e computação.
O aparecimento de uma dessas variações veio com o advento das máquinas, em
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Dessa maneira, é nos anos 2000 que a quantidade de cursos de engenharia, de forma
geral, despontam, com grande destaque para a Engenharia de Produção. Este crescimento é
consequência de incentivos governamentais em prol da formação de “mais e melhores
engenheiros” que levaram, inclusive, a abertura de cursos de engenharia através da educação a
distância também como uma forma de difusão desta modalidade de ensino (ASSUMPÇÃO et
al., 2016; DOS REIS et al., 2017).
Entretanto, não é somente em números que esta graduação se expandiu.
Acompanhando o desenvolvimento dos processos industriais assim como as demais
engenharias, o engenheiro de produção passou a ser requisitado em outros segmentos.
2.2 Os eventos
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3. Metodologia
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4. Resultados e Discussões
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ENEGEP SIMPEP
27
21 20 21
22 21 22 18
Quantidade
Quantidade
18 16
14
14
10 10
10 9 8 7 6 6
6 6 5
4 4 4 3
3 2 2 2 2 2
1 1 0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016
(A) (B)
FIGURA 1 - Quantidades de artigos publicados na área de Educação em Engenharia de Produção divididos por
subáreas nos anais do ENEGEP e SIMPEP de 2011 a 2016. Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados
disponíveis nos sites dos anais do ENEGEP e SIMPEP.
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Quanto à subárea de Prática Profissional, embora o tema seja menos abordado nos
eventos, há uma projeção de aumento no ENEGEP e uma certa expectativa para a continuação
de dois artigos, em média, no SIMPEP.
A partir da Figura 1c, nota-se, através da junção da contagem dos artigos dos dois
eventos inseridos na mesma seção, que o número de artigos da repartição de Estudo do Ensino
gira em torno de 30 a 40 no total, fica por volta das dezenas no segmento de Aplicação da
Pesquisa e está na ordem das unidades na subárea de Prática Profissional.
A prevalência de artigos da área de Educação em Engenharia de Produção em Estudo
do Ensino é justificada devido tal seção envolver temas muito mais abrangentes do que as
demais divisões. Percebe-se, portanto que, quanto mais específico a subárea no tocante ao
assunto, menor o número de artigos enquadrados em tal grupo.
Agrupando-se as seções em uma pirâmide, em sua base, estaria o maior volume de
artigos sobre Estudo do Ensino, no estrato acima, estaria localizada a parte de Aplicação da
Pesquisa e, no segmento do topo, em menor número, os trabalhos sobre Prática Profissional.
Tal fato corrobora para a constatação de que os artigos da área de Educação estão sendo muito
abrangentes e pouco expressivos para a realidade prática, sendo, muitas das vezes
predominantemente teóricos. Há, portanto, a necessidade de desenvolvimento de pesquisas da
área de Educação mais significativas, deixando os escopos genérico, conceitual e abstrato.
A fim de se ter uma visão mais ampla, além das frequências absolutas das quantidades
de artigos publicados mostradas na Figura 1, mostram-se as porcentagens (frequências
relativas) em cada subárea da área de Educação em Engenharia de Produção no ENEGEP e no
SIMPEP identificadas na Figura 2a e na Figura 2b, respectivamente.
Ao analisar a distribuição de artigos entre as subáreas (Figura 2), percebe-se a
dominância da seção de Estudo do Ensino sobre as demais nos dois eventos conforme
relatado anteriormente.
No ENEGEP, durante os anos de 2011 e 2012, notam-se os maiores percentuais de
artigos registrados na subárea de Estudo do Ensino, atingindo as marcas de 81,82% e 81,48%,
respectivamente. Ese segmento apresenta uma queda percentual, em 2013, para 53,85%
concomitantemente ao crescimento percentual de artigos da seção de Aplicação da Pesquisa
para 38,46%. Tal fato sugere a migração de artigos entre subáreas como descrito previamente.
Além dessa transição, é importante destacar a porcentagem de 38,46% do ano de 2013 por
registrar a maior distribuição de artigos da repartição de Aplicação de Pesquisa de 2011 a
2016 ao se comparar os eventos do ENEGEP e do SIMPEP.
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FIGURA 2 - Porcentagem de artigos publicados na área de Educação em Engenharia de Produção divididos por
subáreas nos anais do ENEGEP e SIMPEP de 2011 a 2016. Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados
disponíveis nos sites dos anais do ENEGEP e SIMPEP.
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TABELA 1 – Comparação das variações anuais das quantidades dos artigos publicados na área de Educação em
Engenharia de Produção divididos por subáreas nos anais do ENEGEP e SIMPEP de 2011 a 2016.
ENEGEP SIMPEP ENEGEP + SIMPEP
ANO SUBÁREAS %∆ de subárea %∆ da subárea no ano
10.1 - Estudo do Ensino de Engenharia de
0,00 0,00 0,00
Produção
10.2 - Estudo do Desenvolvimento e Aplicação
0,00 0,00 0,00
2011 da Pesquisa em Engenharia de Produção
10.3 - Estudo da Prática Profissional em
0,00 0,00 0,00
Engenharia de Produção
TOTAL 0,00 0,00 0,00
SUBÁREAS %∆ de subárea %∆ da subárea no ano
10.1 - Estudo do Ensino de Engenharia de
22,22 -22,22 0,00
Produção
10.2 - Estudo do Desenvolvimento e Aplicação
2012 33,33 0,00 7,69
da Pesquisa em Engenharia de Produção
10.3 - Estudo da Prática Profissional em
0,00 100,00 66,67
Engenharia de Produção
TOTAL 22,73 -6,67 5,77
SUBÁREAS %∆ de subárea %∆ da subárea no ano
10.1 - Estudo do Ensino de Engenharia de
-36,36 50,00 -2,78
Produção
10.2 - Estudo do Desenvolvimento e Aplicação
2013 150,00 -30,00 21,43
da Pesquisa em Engenharia de Produção
10.3 - Estudo da Prática Profissional em
100,00 -100,00 -60,00
Engenharia de Produção
TOTAL -3,70 0,00 -1,82
SUBÁREAS %∆ de subárea %∆ da subárea no ano
10.1 - Estudo do Ensino de Engenharia de
50,00 -4,76 17,14
Produção
10.2 - Estudo do Desenvolvimento e Aplicação
2014 -40,00 -28,57 -35,29
da Pesquisa em Engenharia de Produção
10.3 - Estudo da Prática Profissional em
100,00 - 400,00
Engenharia de Produção
TOTAL 19,23 10,71 14,81
SUBÁREAS %∆ de subárea %∆ da subárea no ano
10.1 - Estudo do Ensino de Engenharia de
4,76 5,00 4,88
Produção
10.2 - Estudo do Desenvolvimento e Aplicação
2015 50,00 -40,00 9,09
da Pesquisa em Engenharia de Produção
10.3 - Estudo da Prática Profissional em
-50,00 -66,67 -60,00
Engenharia de Produção
TOTAL 6,45 -16,13 -4,84
SUBÁREAS %∆ de subárea %∆ da subárea no ano
10.1 - Estudo do Ensino de Engenharia de
22,73 -23,81 0,00
Produção
10.2 - Estudo do Desenvolvimento e Aplicação
2016 -11,11 100,00 16,67
da Pesquisa em Engenharia de Produção
10.3 - Estudo da Prática Profissional em
200,00 0,00 100,00
Engenharia de Produção
TOTAL 24,24 -7,69 10,17
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados disponíveis nos sites dos anais do ENEGEP e SIMPEP.
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5. Conclusões
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (ABEPRO). Engenharia de Produção:
Grande área e diretrizes curriculares. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/arquivos/websites/1/DiretrCurr2001.pdf>. Acesso em: 30 jun. de 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (ABEPRO). Anais e histórico. Rio de
Janeiro, 2017. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/publicacoes/>. Acesso em: 20 jun. 2017.
ASSUMPÇÃO, G. S.; HAMADA, P. C.; CASTRO, A. C. Graduação em engenharia de produção no CEFET-
RJ/consórcio CEDERJ: Análise do perfil do primeiro curso à distância em instituição de ensino superior pública.
In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 36, João Pessoa, 2016. Anais... João Pessoa: ENEGEP, 2016.
BATALHA, M. Introdução à engenharia de produção. Elsevier Brasil, 2013.
BITTENCOURT, H. R.; VIALI, L.; BELTRAME, E. A Engenharia de Produção no Brasil: Um Panorama dos
Cursos de Graduação e Pós-Graduação. Revista de Ensino de Engenharia, v. 29, n. 1, p. 11-19, 2010.
CORDEIRO, J. S.; ALMEIDA, N. N.; BORGES, M. N.; DUTRA, S. C.; PRAVIA, Z. M. C. Um futuro para a
educação em engenharia no Brasil: desafios e oportunidades. Revista de Ensino de Engenharia, v. 27, n. 3, 2009.
COUTINHO, L. A terceira revolução industrial e tecnológica. As grandes tendências das mudanças. Economia e
Sociedade, v. 1, n. 1, p. 69-87, out. 2016.
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Breve
Histórico sobre a Engenharia de Produção. Disponível em: <http://www.prod.eesc.usp.br/graduacao/o-
profissional/breve-historico-sobre-a-engenharia-de-producao>. Acesso em: 11 jun. 2017.
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