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RESUMO
INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down (SD) é caracterizada como uma condição genética, que
leva seu portador a apresentar uma série de características físicas e mentais
específicas. Esta síndrome é considerada uma das mais freqüentes anomalias dos
cromossomos autossômicos e representa a mais antiga causa de retardo mental
(GONÇALVES, 2003, p.01).
A desordem clínica foi reconhecida pela primeira vez por John Langdon
Down, em 1866 (BOTTINO, 1991, p.01). Caracterizada por erro na distribuição dos
cromossomos das células, a SD na maioria dos casos apresenta um cromossomo
extra no par 21, provocando um desequilíbrio da função reguladora que os genes
exercem sobre a síntese de proteína, bem como perda de harmonia no
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desenvolvimento e nas funções das células. Tal excesso de carga genética está
presente desde o desenvolvimento intra-uterino e caracterizará o indivíduo ao longo
de sua vida, evidentemente divergindo de pessoa para pessoa (MUSTACCHI, 1990,
p.03).
O diagnóstico geralmente é realizado pelos achados fenotípicos, ou melhor,
pela aparência facial. De fato, é a associação de sinais discretos observados na face
dos pacientes que permitem o diagnóstico, principalmente nos recém nascidos.
Porém, para não haver dúvidas, o diagnóstico definitivo é alcançado com o estudo
cariótipo. (TOLMIE, 1996, p.02).
Existem cerca de 50 características físicas exibidas pela criança com SD logo
após o nascimento. Incluem-se prega palmar única, braquicefalia, pregas
epicânticas, base nasal achatada, hipoplasia da região mediana da face, diâmetro
frontooccipital menor, fontanelas anterior e posterior amplas, pescoço curto em
relação ao não portador da síndrome, língua protusa e hipotônica, orelhas pequenas
e subdesenvolvidas, fígado e baço grandes, além da presença de clinodactilia.
Contudo, vale ressaltar que estas características não estão presentes em todas as
crianças portadoras de SD. (SCHWARTZMAN, 2003, p.03).
É garantido ao excepcional o direito de desenvolver o seu potencial, através
de uma educação adequada.Uma vez que a educação ajuda a promover a sua
integração à vida comunitária. A habilitação e reabilitação deve ser uma obrigação
da área de saúde, garantida a qualquer indivíduo, visto que saúde é direito de todos.
A lei 7853, aprovada em 24 de outubro de 1989, no artigo 8º diz:
“...Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência,
sua integração social e as ações necessárias ao seu cumprimento,
afastando discriminação, garantindo-lhes o direito à educação, à
saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social..." (CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, 1989).
MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, sendo realizado uma pesquisa
documental para obter as informações necessárias. Foram utilizados materiais
escritos que serviram como fonte de informação para a pesquisa científica. É uma
pesquisa explicativa, por esclarecer dúvidas sobre a atuação do fisioterapeuta com
crianças portadoras da Síndrome de Down. Para tanto, foram usados, como
consulta, livros datados de 1990 a 2008 da Biblioteca da Faculdade de Ensino
Superior de Floriano - Naila Bucar e a base de dados do sistema SCIELO.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Criança portadora da Síndrome de Down é muito dócil depois de conquistada,
o que torna a terapia uma troca muito gratificante para o terapeuta, pelo
relacionamento com essas crianças especiais, e para crianças com o alívio que traz
a terapia. Antes de qualquer técnica específica de estimulação, a convivência
saudável com a criança deve ser uma das prioridades da estimulação, pois é a partir
dela que ocorre o desenvolvimento. (STEGUN, 2003, p. 102).
O desenvolvimento do bebê é manifestação eminentemente motora, por isso
o programa nessa área é fortemente desenvolvido respeitando os níveis de
rendimento da criança, possibilitando maior postura, melhor tonicidade e melhor
equilíbrio. Dependendo das deficiências específicas, técnicas de fisioterapia são
aplicadas para inibição de reflexos patológicos. Chegar o mais cedo possível aos
profissionais que tratam do problema, principalmente o fisioterapeuta, vai fazer toda
diferença no desenvolvimento da criança já nos primeiros meses de vida, nesta fase,
com exceção dos traços físicos, a defasagem não é muito evidente, por isso, é vital
que essa criança comece a ser estimulada imediatamente. (PIERÓ, et.al 1987, p.
240).
Uma das características principais da Síndrome de Down, e que afeta
diretamente o desenvolvimento psicomotor, e a hipotonia generalizada, presente
desde o nascimento. A hipotonia origina-se no sistema nervoso central e afeta toda
a musculatura e a parte ligamentar da criança. Com o passar do tempo, a hipotonia
tende a diminuir espontaneamente, mas ela permanecerá presente por toda a vida,
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têm grande importância para que a criança se desenvolva do ponto de vista mental e
afetivo. O portador da Síndrome de Down apesar de ter características que o
diferencia dos indivíduos ditos "normais", é semelhante a estes no processo de
desenvolvimento. Através de atividades com jogos e brincadeiras, a criança se
envolve com o desejo de descobrir o mundo que a rodeia e de se autodescobrir,
essa motivação desperta a vontade de se movimentar, tornando esses movimentos
mais espontâneos, mais prazerosos e as conquistas mais evidentes (PUESCHEL,
1999, Pág. 130).
O profissional fisioterapeuta ajuda no processo de desenvolvimento da
criança com Síndrome de Down em todos os aspectos, porque a criança com essa
Síndrome tem que ser abordada como um todo, e isso é imprescindível para o
desenvolvimento. É importante começar o mais cedo possível a fisioterapia nas
crianças portadoras dessa síndrome. Existem pontos a ter cuidados com a Síndrome
de Down, que seria cardiopatias graves que pode ser encontrada. Outros aspectos
que o fisioterapeuta tem que ter cuidado é com alguma alteração cervical, que pode
vir acompanhada.
A equipe multidisciplinar que trabalha junto a portadores da Síndrome de
Down compreende o neurologista, fisioterapeuta, assistente social, dentista,
fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e pedagogo.
Tratada precocemente, a SD não traz comprometimentos ao desenvolvimento
motor. É importante salientar que, em se tratando da SD há grande variação no
desenvolvimento, destas crianças. O ritmo e a velocidade delas devem ser
respeitados, o que leva sempre a pensar mais na fase do seu desenvolvimento do
que na idade cronológica. O tratamento precoce tem que acontecer porque a
Síndrome de Down já pode ser constatada dentro da barriga da mãe, então quanto
mais rápido a fisioterapia atuar mais ganho esta criança vai ter.
Assim que a criança recebe uma alta pediátrica no hospital já pode começar
o tratamento. Acredita-se ainda que a criança com Síndrome de Down tenha que ser
estimulada dentro do berçário, dentro da maternidade e, por isso é importante a
presença do fisioterapeuta no ambiente hospitalar, para que possa orientar a mãe na
hora de colocar o bebê com SD no colo, pois o modo de segurar a criança é
importante. Se essa orientação for feita na maternidade, muitos problemas podem
ser eliminados.
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CONCLUSÃO
muito mais satisfatório. Garimpar o que ela sabe de melhor e reforçar essas
tendências é um meio de oferecer condições para que chegue à idade adulta com
uma profissão que o torne relativamente independente.
REFERÊNCIAS
Cursos para pais e mães de crianças com síndrome de down. Disponível em:
http://www.geocites.com Acesso em 08 maio 2008.