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DERMANOTE
Dermatite atópica 3
Características clínicas 3
Características associadas 3
Genética 4
Manifestações clínicas 4
Complicações 5
Alimentos 6
Imuno-histoquímica 6
Anormalidades Imunológicas na DA 7
Manejo 7

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Dermatite atópica

Características clínicas

Sintoma principal: Prurido

• Envolvimento facial e extensor em lactentes e crianças


• Liquenificação de flexuras

Adultos
• Dermatite crônica ou recidivante
• Histórico pessoal/familiar de atopia

Características associadas

• Xerose
• Infecção cutânea
• Dermatite não-específica de mãos/pés
• Ictiose, hiper-linearidade palmar, queratose pilar
• Pitiríase alba
• Eczema do mamilo
• catarata subcapsular anterior, ceratocone
• Níveis séricos elevados de IgE
• Testes de alergia na pele para avaliação de hipersensibilidade do tipo
imediato positivo

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• Idade precoce de início dos sintomas
• Pregas de Dennie-Morgan - infraorbitárias
• Escurecimento orbital
• Eritema facial ou palidez
• Acentuação perifolicular
• Curso influenciado por fatores ambientais e/ou emocionais

Genética

• Maior correlação entre irmãos do que entre irmãos e pais


• A exposição a fatores ambientais durante a infância é provavelmente o
principal fator
• Visto em famílias com dermatite atópica, asma e rinite alérgica
• Mutações do gene da filagrina são um conhecido fator de risco

Manifestações clínicas

• Tipicamente começa na infância → 50% no primeiro ano de vida, e um


adicional de 30% entre 1e 5 anos
• A maioria das crianças com DA eventualmente desenvolve rinite alérgica
ou asma mais tarde na infância

- Infância
• DA geralmente é mais aguda e envolve principalmente a face, couro
cabeludo, e áreas extensoras das extremidades
• Área de fraldas poupada

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- Crianças mais velhas
• O paciente desenvolve a forma crônica da DA com liquenificação e
localização da erupção cutânea nas dobras flexoras das extremidades
• Melhora conforme o paciente cresce, podendo tornar-se um adulto com
pele com propensão a coçar e a apresentar inflamação
• O eczema crônico da mão pode ser a manifestação preliminar de adultos
com DA

Complicações

Problemas oculares
• Dermatite pálpebra e blefarite
• Queratoconjuntivite atópica
• Ceratocone: deformidade cônica da córnea
• Catarata

Infecções
• DA frequentemente é complicada por infecções cutâneas recorrentes
• Erupção variceliforme de Kaposi → herpes simplex → resultando em
eczema herpético → incubação de 5-12 dias, lesões múltiplas,
pruriginosas, vesiculopustulares — padrão disseminado → freqüentemente
se tornam hemorrágicas e crostosas

Molusco contagioso 

HPV 

Fungos superficiais como Trichophyton rubrum e Pityrosporum ovale

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• S. aureus - encontrados em mais de 90% das lesões cutâneas de DA.
Crostas melicéricas, foliculite e pioderma são indicadores de infecção
bacteriana secundária da pele.
• Linfadenopatia reginonal é comum
• Infecções profundas S. aureus pode indicar Síndrome de hiper-IgE 


Dica: peptideos antimicrobianos inatos incluem - β defensina humana (HBD) e


catelicidinas, tais como LL 37. Ong et al encontraram uma deficiência de HBD-2 e LL 37
em lesões de pacientes com dermatite atópica, se comparados com aqueles com
psoríase (em que há aumento desses peptídeos antimicrobianos inatos). Esta diminuição
da expressão de peptídeos antimicrobianos inatos pode explicar o aumento da
suscetibilidade a colonização e infecção da pele com S. aureus em pacientes com
dermatite atópica.

Alimentos

• Alérgenos alimentares exacerbam erupções cutâneas em pelo menos um


subconjunto de pacientes com DA, particularmente bebês e crianças
pequenas
• Ovos, leite, amendoim, soja, nozes, peixe e trigo são os alérgenos mais
comumente implicados em DA
• Após o desafio oral positivo em crianças com DA, a concentração de
histamina aumento no plasma
A maioria dos pacientes com DA não tem alergia alimentar

Imuno-histoquímica

• Os linfócitos CD3 +, CD4 + e CD45RO + são células auxiliares T de


memória
• As células de Langerhans e os macrófagos infiltrados nas lesões cutâneas
da DA têm superfície ligada com IgE
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• Os eosinófilos ativados estão presentes num número significativamente
maior em lesões crônicas se comparadas com lesões agudas de DA

Anormalidades Imunológicas na DA

• Síntese aumentada de IgE


• Aumento da expressão de CD23 (receptor de IgE de baixa afinidade) em
células B e monócitos
• Aumento da liberação de histamina pelos basófilos
• Diminuição do número e da função de células T citotóxicas/supressoras de
CD8
• Aumento da secreção de IL-4 e IL-5 pelas células Th2
• Diminuição da secreção de IFN-gama pelas células Th1

Breve revisão de imunologia:


Th1 produz IL-2, IFN-y e TNF-β, associados com imunidade mediada por
células

Th2 produz IL-4, IL-5, IL-6, IL-10 e IL-13, associadas com imunidade
humoral (produção de anti-corpos)

Manejo

Alérgenos

• Ácaros, bolores, pêlos de animais, pólenes


• Evitar alimentos desencadeantes

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• Bebês e crianças pequenas são mais propensas a ter alergias alimentares
Crianças mais velhas e adultos são mais sensíveis aos aeroalérgenos
ambientais

Agentes infecciosos

• Antibióticos anti-estafilocócicos podem ser úteis naqueles colonizados


• HSV: Tratamento antiviral muito importante para prevenir a doença
disseminada;
• Tratamento IV pode ser necessário para eczema herpeticum disseminado
• Molluscum contagiosum → imiquimod tópico, nitrogênio líquido, ácido
salicílico tópico, ou sem terapia
• Banhos de água sanitária diluida 1-2 vezes por semana

Prurido

• Antihistamínicos → usar anti-histamínico sedativo à noite

Glicocorticóides sistêmicos

• Raramente indicado, com risco de rebote após a descontinuação


• Cursos curtos podem ser feitos enquanto outras modalidades são
iniciadas, e a redução em cascata da dose é primordial

Fototerapia UV

• UVB adjuvante útil para o tratamento de DA crônica recalcitrante

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• UVA de alta intensidade pode ser de ação rápida e eficaz nas
exacerbações agudas de DA

Ciclosporina ou Tacrolimus

• A ciclosporina oral ou tacrolimus podem ajudar a DA grave que é refratária


a esteróides tópicos
• A interrupção do tratamento pode resultar em recaída rápida da doença

Probióticos

• A utilidade dos probióticos na prevenção primária da dermatite atópica vem


sendo estudada - culturas de Lactobacillus GG foram administradas a
mulheres grávidas com história de atopia e foi avaliado o efeito da flora
intestinal potencialmente benéfica na prevenção da doença atópica. A
freqüência de dermatite atópica nos filhos do grupo que recebeu probiótico
foi metade em relação ao grupo placebo aos dois anos de vida

Prognóstico 


• Doença é mais grave e persistente em crianças pequenas


• Os períodos de remissão aumentam com a idade do paciente
• Doença leve na infância: resolução espontânea ocorre em 40% dos
pacientes após a idade de 5 anos

Fracos fatores prognósticos


- DA generalizada na infância
- Rinite alérgica associada ou asma

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- História familiar de DA
- Idade precoce de início

Fonte:

http://dermanote.com.br

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Esperamos que ajude!

Fernando do Dermanote.

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