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Resumo
Este trabalho discute os principais aspectos relacionados à análise das demonstrações
contábeis da Millennium Inorganic Chemicals do Brasil, empresa situada em Camaçari-BA,
que atua desde 1966 com a fabricação de produtos químicos. Para realização do trabalho
foram coletadas informações contábeis do período de 2002 a 2007.
*Deve-se levar em conta que todos os valores analisados estão em milhares.
1 – Caracterização da empresa
Histórico
A Tibrás foi fundada em 1966 pelo grupo Andrade Gutierrez, sendo o único produtor de
dióxido de titânio da América do Sul. A Andrade Gutierrez fez uma parceria com a Bayer em
1971, que durou até a venda para a Millennium. A Bayer era responsável pela parte
operacional e técnica e a Andrade Gutierrez pela parte comercial. Inicialmente, o minério era
comprado na Austrália. No entanto, em 1975 foi descoberta uma jazida na Paraíba, onde
passou a se produzir a ilmênita, matéria-prima para a produção de dióxido de titânio. A
fábrica da Bahia foi instalada em 1971 para produzir 22.000 toneladas ao ano, chegando a
33.000 toneladas em 1980. Em 1983, devido à grande demanda, houve uma ampliação que
aumentou a produção para 50.000 toneladas. A empresa chegou em 1997 com uma
capacidade de 60.000 toneladas (OLIVEIRA, C.; ALMEIDA, D. et al., 2007). A Millennium
Inorganic Chemicals comprou a Tibrás em 1998. Até maio de 2007, a Millennium Inorganic
Chemicals pertencia à Lyondell, quando foi vendida para a Cristal, uma afiliada da Saudi
Arabia’s National Industrialisation Co. (JORNAL DA MÍDIA, 2007).
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Praças
Fábrica em Camaçari, Bahia (foto da figura 1), mina em Mataraca, Paraíba, e escritório
comercial em São Paulo. O mercado de dióxido de titânio é global. A Millennium é a única
fabricante com planta na América do Sul (SCHWABB, 2007). Existem produtores em
diversos países, como Austrália, Noruega, Ucrânia, Estados Unidos, Índia e China
(INFOMONEY, 2007).
A Millennium Inorganic Chemicals do Brasil faz parte de um grupo internacional maior, com
atuação nos cinco continentes.
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formação do PIB industrial do país. O faturamento líqüido do setor em 2006 foi de R$ 177,7
bilhões. O gráfico 1 mostra a divisão do faturamento da indústria por segmento.
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Gráfico 3 – Evolução do faturamento líqüido da indústria química
O mercado brasileiro de dióxido de titânio em 2006 foi de 129 mil toneladas, um crescimento
de 4%. Existem tanto importações quanto exportações (ABIQUIM, 2007b). Uma justificativa é
a diferença de qualidade. Importações chinesas de menor qualidade são utilizadas em
produtos de segunda linha. Também há evidência de que os produtos chineses contribuam
com a evasão fiscal de determinados segmentos da cadeia têxtil (ABIQUIM, 2007b). A
expectativa de crescimento da demanda global é de 3% ao ano até 2015 (INFOMONEY,
2007). A participação de mercado da Millennium é estimada entre 40-45% (SCHWABB,
2007).
Operações
Como foi explorado na seção de praças, a maior parte da receita da empresa vem do eixo
Sul/Sudeste. A tabela 3 mostra a distribuição geográfica do consumo.
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Fonte: BOVESPA, 2007.
Fornecedores
Bahiagás (23%), Caraíba Metais (21%), Dow Química (6,4%) (SCHWABB, 2007).
Clientes
Cromex, Basf, PPG, Tintas Coral, Alpargatas, Trebol, Johnson Cerâmica e Colorobbia
(SCHWABB, 2007). A Cromex é produtora de masterbatches e a PPG é produtora de
corantes (por exemplo, para garrafas).
Participação Acionária
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2 – Demonstrações contábeis da empresa
BP 2002 2003 2004 2005 2006 2007
ATIVO TOTAL 453.038,00 470.039,00 519.995,00 508.830,00 521.103,00 478.230,00
ATIVO CIRCULANTE 140.368,00 141.819,00 184.013,00 167.116,00 164.571,00 139.174,00
Disponibilidades e Aplic. Financeiras 49.555,00 20.306,00 63.759,00 13.848,00 27.459,00 20.052,00
Clientes 40.272,00 53.974,00 56.112,00 68.417,00 56.204,00 44.191,00
Estoques 45.605,00 62.104,00 55.881,00 69.144,00 67.656,00 59.666,00
Outros AC 4.936,00 5.435,00 8.261,00 15.707,00 13.252,00 15.265,00
ATIVO REALIZÁVEL A LP 6.829,00 7.650,00 3.851,00 7.241,00 9.078,00 13.243,00
Com pessoas ligadas - - - - - -
Outros RLP 6.829,00 7.650,00 3.851,00 7.241,00 9.078,00 13.243,00
ATIVO PERMANENTE 305.841,00 320.570,00 332.131,00 334.473,00 347.454,00 325.813,00
Investimentos 5.412,00 6.252,00 8.099,00 8.845,00 6.764,00 6.602,00
Imobilizado 297.677,00 311.836,00 315.934,00 312.580,00 323.118,00 317.903,00
Diferido 2.752,00 2.482,00 8.098,00 13.048,00 17.572,00 1.308,00
Intangível - - - - - -
Outros AP - - - - - -
PASSIVO TOTAL 453.038,00 470.039,00 519.995,00 508.830,00 521.103,00 478.230,00
PASSIVO CIRCULANTE 97.518,00 69.250,00 74.886,00 54.957,00 62.025,00 48.609,00
Fornecedores 25.882,00 28.533,00 22.021,00 20.411,00 18.821,00 23.135,00
Duplicatas Descontadas - - - - - -
Financiamentos (inclui Debêntures) 39.346,00 10.306,00 9.970,00 8.674,00 2.444,00 -
Impostos, Taxas e Contribuições 7.031,00 4.684,00 6.023,00 7.486,00 21.712,00 7.967,00
Adiantamento de Clientes - - - - - -
Provisões Diversas 4.990,00 5.972,00 6.503,00 7.461,00 8.818,00 10.337,00
Outros PC 20.269,00 19.755,00 30.369,00 10.925,00 10.230,00 7.170,00
PASSIVO EXIG. A LONGO PRAZO 38.144,00 31.525,00 32.848,00 42.630,00 34.406,00 22.364,00
Financiamentos 27.408,00 21.883,00 12.450,00 3.989,00 - -
Dívidas com pessoas ligadas 6.785,00 1.792,00 - - - -
Outros ELP 3.951,00 7.850,00 20.398,00 38.641,00 34.406,00 22.364,00
RESULT. DE EXERC. FUTUROS - - - - - -
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 317.376,00 369.264,00 412.261,00 411.243,00 424.672,00 407.257,00
DRE 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Receita Bruta de Vendas/Serviços 355.046,00 373.122,00 429.809,00 403.846,00 367.159,00 347.266,00
(-) Deduções da Receita Bruta (58.334,00) (60.778,00) (85.943,00) (83.309,00) (69.736,00) (50.649,00)
(=) Receita Líquida de Vendas/Serviços 296.712,00 312.344,00 343.866,00 320.537,00 297.423,00 296.617,00
(-) Custo de Bens e/ou Serv. Vendidos (183.392,00) (207.410,00) (235.523,00) (244.931,00) (248.027,00) (260.249,00)
(=) Resultado Bruto 113.320,00 104.934,00 108.343,00 75.606,00 49.396,00 36.368,00
Despesas operac proprias (21.375,00) (29.232,00) (24.083,00) (24.571,00) (24.766,00) (25.829,00)
Despesas com Vendas (10.570,00) (7.561,00) (8.724,00) (10.960,00) (11.428,00) (10.496,00)
Despesas Administrativ (10.805,00) (21.671,00) (15.359,00) (13.611,00) (13.338,00) (15.333,00)
Lucro operac EBIT 91.945,00 75.702,00 84.260,00 51.035,00 24.630,00 10.539,00
Resultado Financeiro (8.587,00) (2.341,00) 1.189,00 (34.868,00) (6.822,00) 1.704,00
Receitas Financeiras 11.140,00 1.487,00 5.074,00 5.966,00 1.115,00 547,00
Desp Fin e Juros s/ Patr (34.740,00) (3.828,00) (3.885,00) (75.769,00) (12.928,00) 1.157,00
Despesas Financeiras (19.727,00) (3.828,00) (3.885,00) (40.834,00) (7.937,00) 1.157,00
Juros s/Patrim Liquido (15.013,00) - - (34.935,00) (4.991,00) -
Outras rec(desp)operac 49,00 539,00 532,00 (42,00) 313,00 449,00
Outras receitas operac 919,00 643,00 646,00 - 313,00 555,00
Outras despesas operac (870,00) (104,00) (114,00) (42,00) - (106,00)
Equivalenc patrimonial 304,00 189,00 234,00 560,00 802,00 814,00
Lucro Operacional 83.711,00 74.089,00 86.215,00 16.685,00 18.923,00 13.506,00
Resultado nao Operac (1.324,00) (5.438,00) (1.318,00) (4.268,00) 86,00 (22.563,00)
Receitas Nao Operac
Despesas Nao Operac
LAIR 82.387,00 68.651,00 84.897,00 12.417,00 19.009,00 (9.057,00)
Provisao impost de rend (31.648,00) (22.132,00) (26.944,00) (8.571,00) (7.238,00) (3.858,00)
IR Diferido - - - 8.820,00 (21,00) 2.167,00
Partic/Contrib Estatut
Participacoes Estatut
Contribuicoes Estatut
Rever Juros s/Patr Liqui - - - 34.935,00 4.991,00 -
Partic acion minoritar
Lucro liquido 50.739,00 46.519,00 57.953,00 47.601,00 16.741,00 (10.748,00)
A partir dos dados coletados referentes ao Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultado do Exercício dos anos de
2002 a 2007 da Millennium Inorganic Chemicals do Brasil, pode-se observar alguns aspectos relevantes que possibilitaram a
construção de algumas análises importantes. Para facilitar a essa construção foram utilizadas as análises vertical e horizontal.
3 – Análise Vertical
AV 2002 2003 2004 2005 2006 2007
ATIVO TOTAL 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
ATIVO CIRCULANTE 0,31 0,30 0,35 0,33 0,32 0,29
Disponibilidades e Aplic. Financeiras 0,11 0,04 0,12 0,03 0,05 0,04
Clientes 0,09 0,11 0,11 0,13 0,11 0,09
Estoques 0,10 0,13 0,11 0,14 0,13 0,12
Outros AC 0,01 0,01 0,02 0,03 0,03 0,03
ATIVO REALIZÁVEL A LP 0,02 0,02 0,01 0,01 0,02 0,03
Com pessoas ligadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outros RLP 0,02 0,02 0,01 0,01 0,02 0,03
ATIVO PERMANENTE 0,68 0,68 0,64 0,66 0,67 0,68
Investimentos 0,01 0,01 0,02 0,02 0,01 0,01
Imobilizado 0,66 0,66 0,61 0,61 0,62 0,66
Diferido 0,01 0,01 0,02 0,03 0,03 0,00
Intangível 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outros AP 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
PASSIVO TOTAL 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
PASSIVO CIRCULANTE 0,22 0,15 0,14 0,11 0,12 0,10
Fornecedores 0,06 0,06 0,04 0,04 0,04 0,05
Duplicatas Descontadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Financiamentos (inclui Debêntures) 0,09 0,02 0,02 0,02 0,00 0,00
Impostos, Taxas e Contribuições 0,02 0,01 0,01 0,01 0,04 0,02
Adiantamento de Clientes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Provisões Diversas 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02
Outros PC 0,04 0,04 0,06 0,02 0,02 0,01
PASSIVO EXIG. A LONGO PRAZO 0,08 0,07 0,06 0,08 0,07 0,05
Financiamentos 0,06 0,05 0,02 0,01 0,00 0,00
Dívidas com pessoas ligadas 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outros ELP 0,01 0,02 0,04 0,08 0,07 0,05
RESULT. DE EXERC. FUTUROS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 0,70 0,79 0,79 0,81 0,81 0,85
Indicadores de Liquidez
Pode-se identificar que no geral, os indicadores de liquidez evoluem ao longo dos anos,
demonstrando que a Millennium adquire uma maior solvência com o tempo. Principalmente
devido à expressiva redução dos empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo, que
em 2002 foram de R$39.346,00 (no curto prazo) e R$27.408,00 (no longo prazo) e ao longo
do tempo se reduzem chegando à zero em 2007.
INDICADORES DE LIQUIDEZ
LIQUIDEZ GERAL 1,09 1,48 1,74 1,79 1,80 2,15
LIQUIDEZ CORRENTE 1,44 2,05 2,46 3,04 2,65 2,86
LIQUIDEZ SECA 0,97 1,15 1,71 1,78 1,56 1,64
LIQUIDEZ IMEDIATA 0,51 0,29 0,85 0,25 0,44 0,41
Liquidez Geral
Analisando os índices individualmente, percebe-se que o indicador de liquidez geral evoluiu
crescentemente ao longo dos anos, chegando em 2007 com praticamente o dobro do índice
de 2002, um resultado muito bom. Isso demonstra que em 2002 a empresa obtinha R$1,09 a
receber para cada R$1,00 a pagar e que em 2007 esse número passa para R$2,15 a receber
para cada R$1,00 a pagar.
Liquidez Corrente
Este índice avalia a relação entre Ativo Circulante e Passivo Circulante, e pode-se observar
que houve uma evolução até o ano de 2005, quando o índice atinge seu pico no valor de
3,04, e uma pequena queda em 2006 retomando o crescimento em 2007. Essa queda em
2006 se deve ao grande valor pago em impostos, taxas e contribuições que salta de um valor
médio de R$7.000 para uma expressiva quantia de R$21.712. Se comparado com os índices
do setor, nota-se que a Millennium possui uma liquidez corrente muito maior, chegando a ser
quase duas vezes maior em todos os anos.
Indicadores do Setor - Química Básica
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Liquidez Corrente 1,32 1,23 0,88 1,03 1,2 1,46 1,49 1,43
Liquidez Seca 1,09 0,95 0,68 0,79 0,86 1,07 1,08 1,1
Fonte: www.institutoassaf.com.br
Liquidez Seca
Este índice de liquidez se diferencia dos demais por desconsiderar o estoque, fato que
influencia diretamente nos resultados obtidos, mas que mesmo assim não comprometeram a
solvência da Millennium nesses anos, apenas em 2002 o índice foi menor que 1,00
significando que os Passivos Circulantes foram maiores que os Ativos Circulantes (excluindo
os estoques). Comparando com os dados do setor observa-se que a liquidez seca na
Millennium foi maior em todos os anos analisados.
Liquidez Imediata
É o índice que representa o valor que a empresa dispõe imediatamente para quitar suas
dívidas de curto prazo, por isso é bem conservador e possui os valores mais críticos. Este foi
o único índice de liquidez que se comportou diferente dos demais, oscilando bastante ao
longo dos anos. O ano com o melhor índice foi o de 2004 (0,85) e o pior o de 2005 (0,25),
devido ao alto valor das disponibilidades financeiras de 2004 no valor de R$63.759,00
comparado com apenas R$13.848,00 no ano seguinte. Os valores encontrados demonstram
que em nenhum dos a Millennium seria capaz de saldar suas dívidas com os recursos já
disponíveis.
Composição do Endividamento
Este índice relaciona o Passivo Circulante com o Exigível a Longo Prazo, demonstrando do
total das dividas qual o volume deve ser pago a curto prazo. No caso da Millennium, pode-se
notar que praticamente se mantêm estável nos três primeiros anos e sofre uma queda em
2005 (de 0,7 para 0,56) e cresce em 2006 (0,64) e retorna a praticamente o mesmo patamar
em 2007 (0,68). Estes dados demonstram que a maior parte do endividamento se concentra
no curto prazo, o que pode prejudicar a liquidez da empresa, mas não foi o caso da
Millennium. Em 2005 ele possui o melhor resultado, pois foi o ano com o maior Exigível a
Longo Prazo no valor de R$42.630,00, dez mil a mais que o ano anterior e um Passivo
Circulante de R$54.957,00 o segundo menor entre todos os anos e cerca de vinte mil a
menos que o ano anterior.
Indicadores de Rentabilidade
INDICADORES DE RENTABILIDADE
GIRO DO ATIVO 0,68 0,69 0,62 0,58 0,59
MARGEM LÍQUIDA 17,10 14,89 16,85 14,85 5,63 (3,62)
RENTABILIDADE DOS ATIVOS (ROA ou ROI) 10,08 11,71 9,25 3,25 (2,15)
RENTABILIDADE DO PL (ROE) 13,55 14,83 11,56 4,01 (2,58)
Giro do Ativo
Através da análise do giro do ativo pode-se perceber o quanto do ativo se “renovou” em
relação às vendas. Este índice está muito relacionado com o setor que a organização atua,
algumas empresas, como os supermercados, possuem um giro de ativos muito alto, já outros
setores como a indústria química já possui índices mais baixos. Por isso não pode-se afirmar
que o índice do giro do ativo da Millennium é pequeno, mas pode-se analisá-lo diante da sua
evolução. Pode-se notar que este indicador foi reduzindo ao longo dos anos, partindo de 0,68
em 2002 até chegar a 0,58 em 2007, sugerindo assim uma piora na performance operacional
da empresa.
Indicadores do Setor - Química Básica
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Giro do Ativo 0,89 0,77 0,66 0,92 1,09 1 0,99 1,13
Fonte: www.institutoassaf.com.br
Margem Líquida
A margem líquida relaciona o Lucro Liquido com as Vendas Líquidas, por exemplo, em 2002
o resultado obtido pela Millennium foi de 17.2, o que significa dizer que a cada R$100,00 em
vendas liquidas R$17,20 virou Lucro Liquido. Analisando os dados pode-se concluir que de
2002 a 2005 o índice se manteve praticamente o mesmo, mas a partir de 2006 sofreu uma
grande redução, de uma média de 15.92 para 5.63 em 2006 e -3.62 em 2007. Esses
resultados não são favoráveis e ressaltam a importância da Millennium se preocupar com
suas operações para reverter este quadro.
Rentabilidade dos Ativos (ROA ou ROI)
Este indicador relaciona o Lucro Liquido com os Ativos Totais, avaliando a rentabilidade da
operação como um todo. No caso da Millennium pode-se notar que o ROI sofreu grande
redução durante o período analisado, chegando em 2007 a auferir prejuízos, influenciado
pela queda nas receitas e principalmente pela diminuição da sua eficiência operacional, pois
no ano de 2007 o custo das mercadorias vendidas passa a equivaler a 88% da receita líquida
enquanto em 2002 essa relação era de 62%.
Rentabilidade do PL (ROE)
O ROE analisa a relação entre o Lucro Líquido e o Patrimônio Liquido, ou seja, avalia a
rentabilidade do capital próprio. No caso estudado é possível notar que este índice sofreu
uma redução ao longo dos anos, atingindo em 2007 o valor de -2.58, o que significa que a
empresa apresentou prejuízo neste ano. Comparando com a média do setor, pode-se
concluir que a Millennium obteve resultados aquém do auferido, somente no ano de 2005
conseguiu se igualar (9,25% e o setor 9%).
Indicadores do Setor - Química Básica
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
ROE 2% -11,50% 12,40% 23,50% 15,40% 9% 7,80% 7,50%
Empresas com Resultado
Liquido + 78% 47% 47% 82% 88% 79% 71%
6 – Síntese da análise
Apesar da Millennium possuir bons índices de liquidez e de endividamento, os indicadores de
rentabilidade demonstram que os resultados obtidos estão a baixo dos auferidos pelo setor e
estão reduzindo ao longo dos anos. Alguns fatores influenciaram essa redução, entre eles,
destacamos a queda no faturamento, e principalmente o grande aumento dos Custos dos
Produtos Fabricados. É necessário identificar as causas da diminuição da eficiência
operacional para conseguir reverter esse quadro, buscando ao máximo reduzir os custos e
aumentar as receitas.
Referências
ADVFN Brasil. Milennium (Vista (TIBR5)). Disponível em:
http://br.advfn.com/p.php?pid=qkquote&symbol=BOV%5ETIBR5.