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associação nacional de
centros de pos graduação
em economia

EXAME DE SELEÇÃO NACIONAL PARA 1993

PROVA DE MICROECONOMIA

22/10/92 - QUINTA-FEIRA
HORÁRIO: 10:30 ÀS 12:45
EXAME NACIONAL ANPEC - 1993
PROVA DE MICROECONOMIA

QUESTÃO 1
Na teoria ordinal do consumidor, também chamada de teoria das preferências, pode-se
afirmar que:

(0) a utilidade total de dois bens é dada pela soma das utilidades de cada bem.
(1) se a cesta de bens A é indiferente a B e simultaneamente preferida a C, enquanto B é
indiferente a C, então há um cruzamento de curvas de indiferença.
(2) o indivíduo atinge um ponto de máxima utilidade, ou seja, um ponto de saciedade global,
se puder consumir quantidades crescentes de cada bem.
(3) uma curva de indiferença está associada a um nível único e inalterável de utilidade.

QUESTÃO 2
A proposição conhecida como Lei da Demanda:

(0) baseia-se no fato que o preço de mercado de um bem é determinado somente pela sua
utilidade.
(1) diz que quanto menor for a quantidade demandada de um bem, menor será o seu preço.
(2) só é válida quando se estuda a demanda ao longo de uma dada curva de indiferença.
(3) é uma relação inversa entre a quantidade demandada de um bem e o seu próprio preço.

QUESTÃO 3
A função utilidade de um trabalhador U(x,1), depende do consumo de um bem x e lazer
1. Este último é definido como a quantidade de horas disponíveis para o trabalho que o indivíduo
não vende no mercado. Se um aumento da taxa de salário resulta em uma diminuição na
quantidade de trabalho que ele está disposto a vender no mercado então:

(0) lazer é um bem de Giffen.


(1) lazer é um bem inferior.
(2) o efeito substituição entre o bem x e o bem 1 é maior que o efeito renda.
(3) se todos os trabalhadores nesta economia têm o mesmo comportamento, segue-se que a
curva de oferta de trabalho é negativamente inclinada.

QUESTÃO 4
A figura 1 apresenta a linha de orçamento (AB) de um consumidor que possui uma renda
de $300.

Figura 1
X2

A
5

2,5 C

B
5 10 X1

(0) A expressão algébrica da linha de orçamento (AB) é dada por: x1  2 x 2  10 .


(1) O preço do bem 2 relativo ao bem 1 é igual a 2.
(2) O preço nominal do bem 2 é $30.
(3) A função de utilidade U( x1 , x 2 ) = x1 . x 2 é compatível com a escolha da cesta igual a (5;
2,5).
(4) A curva de demanda pelo bem 1, x1  2 p1  p2 , é compatível com a função de utilidade
descrita em (3).

QUESTÃO 5
Sobre o conceito de isoquanta e o conceito relacionado de taxa marginal de substituição
técnica é possível fazer várias afirmativas:

(0) Uma isoquanta representa combinações alternativas de produtos para um dado nível de
insumo.
(1) Ao longo de uma isoquanta, tem-se um número muito grande de técnicas de produção.
(2) Combinações de insumos ao longo de trechos positivamente inclinados de uma isoquanta
são eficientes do ponto de vista econômico, mas não do ponto de vista técnico.
(3) A taxa marginal de substituição técnica pode ser definida como o negativo da derivada de
uma isoquanta.
(4) A taxa marginal de substituição técnica pode ser definida como o acréscimo na
quantidade de um insumo por unidade de acréscimo do outro insumo.

QUESTÃO 6
Tome como referência uma empresa maximizadora de lucros, produzindo 48 unidades de
um bem através de uma função de produção com 2 fatores (K e L) caracterizada por retornos
constantes à escala. Supondo que o preço do produto é igual a $1, os preços dos fatores K e L
iguais a $4 e $2 respectivamente, e o uso de K igual a 3, então:

(0) a quantidade demandada do fator L é igual a 18.


(1) a participação do fator K no valor do produto é igual a 50%.
(2) o produto marginal do fator L é igual a 1/2.
(3) mantidos constantes os preços dos fatores, a relação K/L só muda se for alterada a
quantidade produzida.

QUESTÃO 7
Uma firma operando em uma indústria em concorrência perfeita tem uma curva de
produto total dada por PT  16 L  L , onde L representa a mão-de-obra. O preço do produto é
2 3

igual a $12 e a taxa de salário de mercado é $240. Nestas condições:

(0) a quantidade de mão-de-obra que a firma vai contratar é igual a 10.


(1) se a taxa de salário for maior que $512, a firma deve fechar.
(2) a quase-renda do capital da firma é igual a $4.800.
(3) dado o custo fixo total de $5.000, o lucro econômico ou lucro extraordinário da empresa
será maior que zero.

QUESTÃO 8
Com relação às curvas de custo sabe-se que:

(0) a curva de custo marginal sempre fica por baixo da curva de custo médio.
(1) a área embaixo da curva de custo marginal é igual aos custos variáveis.
(2) o custo marginal de curto prazo iguala-se ao custo marginal de longo prazo apenas no
ponto onde o custo médio de curto prazo é mínimo.
(3) o custo marginal iguala-se ao custo médio no ponto onde o custo médio é mínimo.

QUESTÃO 9
Uma firma vende o seu produto em concorrência perfeita a um preço igual a $40. O custo
total é dado por C  10  20Q , onde Q representa a quantidade produzida. Para o nível de
2

produção que maximiza o lucro, calcule o valor do lucro total.

QUESTÃO 10
Considere um monopolista maximizador de lucros:

(0) por ser o único vendedor no seu mercado, o monopolista pode ignorar a curva de
demanda ao definir o seu preço de venda.
(1) a curva de demanda coincide com a curva de receita marginal, fazendo, assim, com que a
elasticidade-preço esteja associada à receita marginal.
(2) o monopolista pode ter lucro econômico puro igual a zero, como se pode ver pela
comparação das curvas de custo médio com sua curva de receita média.
(3) o controle de preços sobre um monopolista afeta as suas decisões ao redefinir a sua curva
de receita marginal, podendo induzi-lo a produzir uma quantidade maior.

QUESTÃO 11
Considere uma indústria que opera em concorrência monopolística em uma situação de
equilíbrio de longo prazo. Então:

(0) Cada firma está solidamente instalada no mercado com o monopólio de um produto
específico.
(1) A possível entrada de firmas concorrentes na indústria gera uma situação de lucro zero no
longo prazo.
(2) No longo prazo a firma terá um equilíbrio igual ao custo médio e ao custo marginal.
(3) Como a firma iguala o preço ao custo médio, ela opera na posição de mínimo custo
médio.

QUESTÃO 12
Uma indústria tem apenas duas firmas, cada uma com um custo marginal constante e
igual a $100. A curva de demanda da indústria é dada por P = 600 - (1/4)Q. Nestas condições:

(0) a curva de reação da firma 1 é dada por q1  1000  q 2 / 2 .


(1) a curva de reação da firma 2 é idêntica à da firma 1.
(2) no equilíbrio de Cournot, o produto total da indústria é igual a Q = 4000/3.
(3) no equilíbrio de Cournot, o lucro de cada firma é maior do que em uma situação de cartel.

QUESTÃO13
Uma firma oligopolística tem um custo variável médio igual a Cm = 20$, constante para
um intervalo de produção entre 200 e 1.000 unidades. O valor do estoque de capital investidos na
firma é igual a $100.000. Para determinar o seu preço de venda, esta firma fixa uma taxa de
mark-up m sobre o custo variável médio da seguinte forma:
P = (1 + m)Cm. Desta maneira:

(0) a taxa de retorno do capital é 10% para uma produção de 1.000 unidades e uma taxa de
mark-up igual a 50%.
(1) se a expectativa de vendas da empresa é de apenas 200 unidades, a taxa de mark-up
compatível com uma taxa de retorno de 10% deve ser igual a 250%.
(2) uma taxa de mark-up de 50% é compatível com a hipótese de que a firma seja
maximizadora de lucros, supondo que a elasticidade-preço da curva de demanda seja
igual a 3.
(3) entre 200 e 1.000 unidades produzidas, uma mesma taxa de mark-up gera uma única taxa
de retorno do capital.

QUESTÃO 14
Considere uma caixa de Edgeworth com dois bens finais representando os mapas de
preferências de dois indivíduos e suas respectivas dotações iniciais de cada bem. Nestas
condições:

(0) as alocações nos pontos de cruzamento das curvas de indiferença implicam em


desperdício dos bens.
(1) de todas as posições de tangência entre as curvas de indiferença, apenas uma das posições
é um ponto de ótimo de Pareto.
(2) a partir de um ponto de tangência entre as curvas de indiferença é possível melhorar a
posição de um dos indivíduos no seu mapa de preferências sem piorar a posição do outro
indivíduo.
(3) a curva de contrato contém as combinações de pontos que permitem desenhar a curva de
possibilidades de utilidade.

QUESTÃO 15
Madame Pompidou economizou 10.000 francos e planeja gastar esse dinheiro com uma
viagem ao Brasil. A utilidade da viagem é uma função do logaritmo de seus gastos no Brasil e é
dada por U = ln (gastos). Nesta viagem existe uma probabilidade de 25% de que ela venha a
perder 1.000 francos. Para evitar esse risco de perda de 1.000 francos, ela pode fazer um seguro
pagando um prêmio de 250 francos. Pode-se afirmar que:

(0) o prêmio cobrado é atuarialmente justo.


(1) fazendo o seguro, a utilidade esperada da viagem será menor do que sem fazê-lo.
(2) o prêmio máximo que ela deveria pagar é 240 francos.
(3) sem o seguro, a utilidade esperada da viagem é igual a 9.

Gabaritos: Atualização
ANPEC - 1993
Gabarito93
MICROECONOMIA
QUESTÕES:
1. (0) F - (1) V - (2) F - (3) F
2. (0) F - (1) F - (2) F - (3) V
3. (0) V - (1) V - (2) F - (3) V
4. (0) V - (1) F - (2) F - (3) V - (4) F
5. (0) F - (1) V - (2) F - (3) V - (4) F
6. (0) V - (1) F - (2) F - (3) F
7. (0) V - (1) F - (2) V - (3) F
8. (0) F - (1) V - (2) F - (3) V
9. 10
10. (0) F - (1) F - (2) V - (3) V
11. (0) F - (1) V - (2) F - (3) F
12. (0) V - (1) F - (2) V - (3) F
13. (0) V - (1) V - (2) V - (3) F
14. (0) F - (1) F - (2) F - (3) V
15. (0) V - (1) F - (2) F - (3) F

anpec
associação nacional de
centros de pos graduação
em economia

EXAME DE SELEÇÃO NACIONAL PARA 1994

PROVA DE MICROECONOMIA

21/10/93 - QUINTA-FEIRA
HORÁRIO: 10:30 ÀS 12:45
EXAME ANPEC - 1994
PROVA DE MICROECONOMIA

QUESTÃO 1
Considere as preferências de um consumidor representadas no gráfico abaixo, onde a
linha AB representa uma curva de indiferença típica. Então:

(0) Pode-se afirmar que existe intransitividade nas comparações entre cestas de consumo.
(1) Notam-se cestas onde um dos bens tem utilidade marginal nula e até negativa.
1
(2) Uma cesta como x nunca poderia ser demandada pelo consumidor.
0
(3) Para a cesta x ser demandada é necessário que o preço do bem 1 seja maior que o do
bem 2.
(4) O gráfico permite afirmar que as curvas de indiferença do consumidor se cruzam.

QUESTÃO 2
Através da observação direta verificou-se que um consumidor fez as seguintes escolhas:
(i) quando prevaleceram os preços p1 e p2 para os bens 1 e 2, respectivamente, o consumidor
1
escolheu a cesta x ;
(ii) quando os preços eram q1 e q 2 o consumidor escolheu a cesta x . As linhas orçamentárias
2

AB e CD embutem os preços que prevaleceram nas situações (i) e (ii) respectivamente. Então:
2

C X2
o

X1 o

C D 1

(0) Por não se ter acesso à função utilidade do consumidor, nada se pode afirmar sobre a
consistência das escolhas feitas.
(1) Pode-se afirmar que o consumidor teria feito escolhas consistentes se as curvas de
indiferença fossem côncavas em relação à origem.
Sabe-se que o custo da cesta x aos preços p1 e p2 é maior que o custo da mesma cesta
2
(2)
aos preços q1 e q 2 .
(3) Uma situação como esta não é usada posto que as linhas orçamentárias em geral não se
cruzam.

QUESTÃO 3
Três idivíduos participam de um comitê encarregado de apreciar os projetos A, B e C.
Sabe-se que o símbolo < representa a relação “é pior que”, e que as preferências dos indivíduos
são as seguintes:

indivíduo 1: A<B<C
indivíduo 2: B<C<A
indivíduo 3: C<A<B

O processo decisório do comitê recomenda considerar as alternativas duas a duas,


escolhendo o projeto vencedor por maioria simples. Nestas condições pode-se afirmar que:

(0) As preferências do comitê seriam completas.


(1) As preferências do comitê não são transitivas.
(2) O comitê poderia ser considerado um núcleo decisório típico contemplado pela Teoria do
Consumidor.
(3) O ordenamento dos projetos pelo comitê é idêntica às preferências do indivíduo 3.

QUESTÃO 4
Um consumidor considera 4 alternativas de consumo (A, B, C, D), sendo que a utilidade
de cada uma delas é dada por:
100 = U(A) > U(B) > U(C) > U(D) = 0.
O consumidor deve considerar na sua escolha duas situações:
Situação (1): todas as alternativas ocorreriam com probabilidades iguais a 1/4;
Situação (2): a probabilidade de ocorrência das alternativas seriam 0,15; 0,50; 0,15 e 0,20
respectivamente.
Sabe-se também que a alternativa C é equivalente à loteria em que A e D ocorrem com
probabilidades de 0,40 e 0,60 respectivamente, e que a alternativa B é equivalente à loteria em
que A e D ocorrem com probabilidades 0,20 e 0,80. Diante disto calcule a soma da utilidade
esperada da Situação (1) com a utilidade esperada da situação (2).

QUESTÃO 5
Um indivíduo tem possibilidade de escolher entre 3 situações alternativas:
Situação (1): ganhar $7,5 milhões com probabilidade de 4/5 e $15 milhões com probabilidade
de 1/5.
Situação (2): ganhar $10 milhões com probabilidade de 4/5 e $5 milhões com probabilidade de
1/5.
Situação (3): ganhar $9 milhões com 100% de certeza.
Diante disto:

(0) O indivíduo deve ser indiferente às situações (1) e (2).


(1) Se o indivíduo preferir a situação (2) à situação (3) então ele é inconsistente nas suas
escolhas.
(2) Se para este indivíduo, a utilidade de ganhar uma soma x de dinheiro for dada por U(x) =
4x, então a situação (2) é melhor que a situação (1).
(3) Se ele for indiferente às três situações ele tem posição neutra frente ao risco.

QUESTÃO 6
Considere uma firma cuja função custo pode ser representada pela expressão
C = wvy, em que w e v são os preços dos dois fatores de produção utilizados e y é o produto.
Desta maneira:

(0) As proporções nas quais a firma empregará os seus fatores não dependerá da quantidade
produzida.
(1) As proporções entre as despesas com cada fator dependerão da quantidade produzida.
(2) A tecnologia implícita na função custo exibe retornos crescentes à escala.
(3) O equilíbrio concorrencial de longo prazo em que todas as empresas pudessem operar
com esta função custo estaria associado à existência de uma só firma.

QUESTÃO 7
Um monopolista produz com uma tecnologia que exibe retornos constantes à escala para
um mercado cuja função demanda tem elasticidade constante. Então:

(0) O monopolista pode ignorar a função demanda e trabalhar com uma taxa de “mark-up”
constante.
(1) A receita marginal se confunde com a função demanda.
(2) Uma política de subsídio não levaria o monopolista a produzir uma quantidade igual à de
concorrência perfeita.
(3) Aplicando-se um imposto específico a este monpolista e sendo a elasticidade da demanda
superior a 1 o monopolista irá transferir para o consumidor parte do imposto.

QUESTÃO 8
As firmas de uma dada indústria possuem uma mesma estrutura de custo onde o CMg =
$60 e o custo fixo é nulo. A demanda de mercado pelo produto desta indústria pode ser
representada por: P = 90 - Q, em que Q e P representam a quantidade e o preço de mercado.
Nestas condições determine o diferencial da produção total da indústria entre um duopólio de
Cournot e um regime de monopólio.

QUESTÃO 9
Duas firmas produzem bens diferenciados, a custos unitários constantes e iguais a 2. As
funções de demanda com que se defrontam as firmas podem ser representadas pelas funções
P1  5  2Q1  Q2 e P2  5  Q1  2Q2 , respectivamente para as firmas 1 e 2, em que Pi e Qi
representam os preços e quantidades dos 2 produtos. Nestas condições calcule a soma do lucro a
ser obtido pelos dois duopolistas.

QUESTÃO 10
Suponha um indivíduo cuja preferência entre lazer e trabalho conduza a uma oferta de H
horas de trabalho por dia, tal que sua renda seja igual a Y = 36 + H. Para uma taxa de
salário/hora igual a w = $10, calcule o valor de H.

QUESTÃO 11
Um indivíduo consome apenas os bens 1 e 2. Assumindo que o bem 1 é um bem inferior
e o bem 2 é um bem normal e supondo que o preço do bem normal caia,

(0) O efeito renda no sentido de aumentar o consumo do bem 1.


(1) O efeito substituição implicará no menor consumo do bem 1 e o efeito renda em um
menor consumo do bem 2.
(2) Nada se pode afirmar sobre o efeito preço, apenas sobre o efeito renda.
(3) O efeito preço total do bem 2 é positivo e o do bem 1 é negativo.
(4) Os dois bens são substitutos.

QUESTÃO 12
Considere 2 indivíduos para os quais as suas dotações e preferências por dois bens podem
ser representadas por uma caixa de Edgeworth. Então:

(0) A curva de contrato mostra a intersecção das curvas de indiferença dos dois indivíduos.
(1) A dotação de um dos indivíduos determina a altura da caixa e a do outro determina a
largura.
(2) Na passagem de um ponto que não é ótimo de Pareto para um ponto sobre a curva de
contrato existem situações onde um dos indivíduos perde bem estar.
(3) O equilíbrio walrasiano depende das dotações de cada consumidor.

QUESTÃO 13
Com relação às curvas de custo pode-se afirmar que:

(0) A curva de custo médio é decrescente enquanto o custo marginal é menor que o custo
médio.
(1) A curva de custo marginal é mínima no ponto onde este é igual ao custo médio.
(2) A curva de custo marginal de uma firma que opere com rendimentos constantes à escala é
uma reta horizontal.
(3) A curva de custo médio de longo prazo é o envelope dos pontos de mínimo custo médio
de curto prazo.
(4) A área abaixo da curva de custo marginal é igual ao custo total.

QUESTÃO 14
Uma firma produz um bem com uma função de produção do tipo Cobb-Douglas, dada
por: Y  L K  , em que L e K representam os dois fatores de produção. Então:

(0) Se  +  > 1, então não pode ser definido lucro máximo para esta firma.
(1) Se  +  = 1, então o lucro máximo será sempre igual a zero.
(2) A Taxa Marginal de Substituição Técnica será uma constante.
(3) A inclinação do caminho de expansão será dado pelo sinal de ( - ).

QUESTÃO 15
Suponha que existam 2N + 1 indivíduos, sendo que N deles possuem como dotação uma
unidade do bem A e os restantes N + 1 possuem uma unidade do bem B. Ambos os bens são
indivisíveis. Todos os indivíduos possuem igual função utilidade dada por U = Min{A,B}, em
que A e B representam as unidades dos dois bens, respectivamente, e Min o mínimo entre as
duas quantidades. Então:

(0) A dotação inicial é em cima da curva de contrato.


(1) Existem apenas N alocações que representam ótimos de Pareto.
(2) É possível melhorar o bem estar de alguns indivíduos, sem prejudicar o dos outros,
apenas redistribuindo a dotação inicial.
(3) Existe(m) forma(s) de redistribuição da dotação inicial que leva(m) a uma perda de bem
estar para um dos indivíduos.

Gabaritos: Atualização
ANPEC - 1994
Gabarito94
MICROECONOMIA
QUESTÕES:
1. (0) F - (1) V - (2) V - (3) F - (4) F
2. (0) F - (1) F - (2) V - (3) F
3. (0) V - (1) V - (2) F - (3) F
4. P
5. (0) F - (1) F - (2) F - (3) V
6. (0) V - (1) F - (2) F - (3) F
7. (0) V - (1) F - (2) F - (3) V
8. 05
9. 12
10. 04
11. (0) F - (1) F - (2) F - (3) V - (4) V
12. (0) F - (1) F - (2) V - (3) V
13. (0) V - (1) V - (2) V - (3) F - (4) F
14. (0) V - (1) V - (2) F - (3) F
15. (0) F - (1) F - (2) V - (3) F

anpec
associação nacional de
centros de pos graduação
em economia

EXAME DE SELEÇÃO NACIONAL PARA 1995


PROVA DE MICROECONOMIA

20/10/94 - QUINTA-FEIRA
HORÁRIO: 10:30 ÀS 12:45

EXAME ANPEC - 1995


PROVA DE MICROECONOMIA

QUESTÃO 1
Um consumidor deve optar pela compra de bens perecíveis em um ambiente sem
incertezas. Para esse consumidor:

(0) Se a quantidade demandada de um bem diminui quando seu preço cai, o bem é inferior.
(1) Se um bem é inferior, a uma elevação de preço corresponde um aumento da quantidade
demandada.
(2) Um bem é inferior somente se sua quantidade demandada diminui quando o preço cai.
(3) A curva de demanda não-compensada de determinado bem não pode ser positivamente
inclinada para todos os valores do preço do bem.

QUESTÃO 2
Seja: U = mínimo de  X A ; X B  , a função utilidade de um consumidor; R, a renda; e PA e
PB os preços respectivos de A e B. Para esse consumidor:

(0) As curvas de indiferença não são convexas em relação à origem.


(1) A utilidade marginal de um dos bens é sempre igual a zero.
(2) Para qualquer R > 0, se PA > PB , o consumidor escolhe apenas B.
R
XA  XB 
(3) Se R > 0 e PA = PB , o consumidor escolhe quaisquer X A e X B , tais que PA .

QUESTÃO 3
Um consumidor tem uma função utilidade U  X A . X B (em que X A e X B são as
quantidades consumidas de A e B) e uma dotação inicial de X A  2 e X B  1. Considerando
que os preços desses bens são dados e iguais a 1, pode-se afirmar que:

(0) Se não puder transacionar os bens que possui como dotação inicial, o consumidor estará
em situação pior do que aquela em que estaria caso pudesse fazê-lo aos preços de
mercado.
(1) Sob a hipótese de livre negociação, o consumidor preferirá vender parte de sua dotação
de B para adquirir uma quantidade adicional de A.
(2) Sob a hipótese de livre negociação, caso o preço de A se reduza, o consumidor ficará em
situação pior que a inicial (quando os dois preços eram iguais à unidade).
(3) Ainda sob a hipótese de livre negociação, quaisquer que sejam os preços, as quantidades
desejadas dos dois bens serão sempre iguais.

QUESTÃO 4
Ao sair de casa pela manhã um indivíduo tem que decidir se leva consigo um guarda-
chuva. Se chover e ele não tiver o guarda-chuva consigo, sua utilidade cai 3 unidades. Se chover
e ele tiver o guarda-chuva, sua utilidade cai apenas 1 unidade. Se não chover, o esforço de
carregar o guarda-chuva reduz sua utilidade de 1/2 de unidade.

(0) Independentemente da probabilidade de chuva, ele nunca deve levar guarda-chuva.


(1) Se a probabilidade de chuva for maior que 20%, ele deve levar guarda-chuva.
(2) Se a probabilidade de sol for maior que 50%, ele não deve levar guarda-chuva.
(3) Se a probabilidade de chuva for menor que 20%, ele deve levar guarda-chuva.

QUESTÃO 5
Um fazendeiro tem a opção de cultivar trigo e batatas. Se fizer sol, cada hectare de trigo
gerará um lucro de 200; e se plantado com batatas, o lucro será de 100. Se fizer chuva, o lucro de
um hectare de trigo será de 120; e se plantado com batatas, de 200. A utilidade da renda do
fazendeiro é dada por U (Y )  log e Y , em que Y é o lucro. As probabilidades de sol e chuva são
iguais. O fazendeiro deverá:
(0) Plantar apenas trigo.
(1) Destinar ao trigo 3/4 da área.
(2) Plantar somente batatas.
(3) Destinar 1/2 da área a batatas.

QUESTÃO 6
São corretas as afirmativas:

(0) Uma função de produção indica a quantidade produzida de um bem como função das
quantidades e dos preços dos fatores.
(1) A função de oferta de um produto em concorrência perfeita é gerada pela soma horizontal
das curvas de custo marginal de produção, a partir do ponto em que estas cortarem as
respectivas curvas de custo fixo médio.
(2) A área sob a curva de custo marginal é igual ao custo variável total.
(3) A curva de custo variável médio fica sempre abaixo da curva de custo médio.

QUESTÃO 7
Com relação à teorias da produção e dos custos é correto afirmar que:

(0) Se a tecnologia de produção for do tipo Leontief, a produtividade marginal dos insumos
será não-negativa.
(1) Se a função de produção for homogênea linear, o custo marginal de longo prazo será
sempre igual aos valores mínimos dos custos médios de curto prazo.
(2) Se a função de produção tem retornos constantes de escala, a taxa marginal de
substituição técnica depende da relação entre as quantidades de insumos e não de seus
valores absolutos.
(3) Se os preços de todos os insumos se elevarem na proporção , o custo total mínimo de
qualquer que seja o nível de produto aumentará em uma proporção maior, igual ao menor
que , dependendo se a função de produção tiver retornos decrescentes, constantes ou
crescentes de escala, respectivamente.

QUESTÃO 8
Em mercado perfeitamente competitivo, cada ofertante pode optar entre dois tipos de
plantas: a do tipo I, que custa $ 1.000 e cuja função de custo variável é CV1  10q (q é a
2

quantidade produzida); e a do tipo II, que custa $ 2.205, com CV2  5q . Sob essas condições,
2

pode-se afirmar que:

(0) Para produzir 20 unidades, a planta adequada à firma é a do tipo II.


(1) Em equilíbrio de longo prazo, todas as firmas deverão utilizar a planta do tipo II.
(2) Para uma demanda total de Q = 500 - 6P (Q é quantidade total e P, o preço do bem), no
equilíbrio de longo prazo, haverá 380 firmas em operação.
(3) Para produzir, cada uma, 14 unidades, as firmas serão indiferentes entre os dois tipos de
planta.

QUESTÃO 9
Uma indústria operando em concorrência perfeita produz um bem normal. Nessas
condições:

(0) No longo prazo, a firma marginal da indústria produzirá uma quantidade maior do que
aquela que minimiza seu custo variável médio.
(1) No longo prazo, cada firma produzirá a quantidade que minimiza seu custo total médio.
(2) Caso ocorra progresso tecnológico que faça cair apenas o custo fixo de cada uma das
firmas, novos participantes ingressarão na indústria; e no novo equilíbrio de longo prazo,
o produto das firmas antigas será menor que o de antes da mudança tecnológica.
(3) Caso o crescimento da economia leve a um aumento da demanda do bem, no longo prazo,
o novo preço de equilíbrio será menor que o anterior.

QUESTÃO 10
Seja Z = min{2L,3K}, a função de produção de uma firma monopolista (Z é a quantidade
de produto, L o trabalho e K o capital), e seja Z = 6 - P, a curva de demanda de Z. Se o preço do
trabalho é igual a 2 e o preço do capital é igual a 3,

(0) Capital e trabalho serão empregados na proporção de 1,5 unidades de trabalho para cada
unidade de capital.
(1) O custo de produção de 2 unidades do produto é igual a 6.
(2) A quantidade produzida que maximiza o lucro da firma é menor do que 3.
(3) O lucro da firma é igual a 3.

QUESTÃO 11
A respeito da demanda de insumos variáveis, pode-se afirmar que:

(0) Em condições idênticas de tecnologia e de demanda do bem final, a demanda de insumos


(variáveis) de uma firma monopolista no mercado de produto será mais inclinada que a de
uma firma perfeitamente competitiva.
(1) Os preços pagos por empresas monopsonistas são inferiores aos pagos por aquelas em
qualquer outra estrutura de mercado.
(2) A curva de demanda de insumos de uma indústria em concorrência perfeita é dada pela
soma vertical das demandas das firmas participantes.
(3) A quantidade demandada de insumos de uma firma monopsonista é a que iguala o valor
da receita marginal do insumo ao preço do insumo.

QUESTÃO 12
Uma indústria é composta de duas firmas cujos custos marginais são constantes e iguais.
Seja P = a - X a curva de demanda da indústria, em que P é o preço, X é a quantidade demandada
e a é uma constante. Em um equilíbrio de Cournot, dada a quantidade produzida por uma das
firmas, a outra escolhe a quantidade que maximiza seu lucro. Em um equilíbrio de Bertrand,
dado o preço de venda de uma das firmas, a outra escolhe o preço que maximiza seu lucro.
Nessas condições:

(0) Em um equilíbrio de Cournot, o lucro de cada firma é igual ao quadrado da quantidade


que produz.
(1) A quantidade total produzida em um equilíbrio de Cournot é igual a 2/3 da quantidade
que seria produzida em competição perfeita por muitas firmas iguais às descritas acima.
(2) Em um equilíbrio de Bertrand, o lucro de cada firma é igual a zero.
(3) A quantidade total produzida em um equilíbrio de Bertrand é igual à quantidade que
seria produzida em competição perfeita por muitas firmas iguais às descritas acima.

QUESTÃO 13
N firmas realizam determinado produto. A i-ésima firma produz a quantidade qi , e seu
custo total de produção é dado pela função Ci (qi ) , crescente e convexa. O preço de demanda do
produto (p) é uma função decrescente da quantidade total produzida, p  P(q1  q 2  q N ). As
firmas constituem um cartel que maximiza a soma dos lucros de todas as firmas. Nessas
condições:

(0) O custo médio de produção será igual para todas as firmas.


(1) Se todas as firmas de um cartel têm produção positiva, o custo marginal de produção será
igual para todas elas.
(2) Se todas as firmas têm custos médios constantes mas diferentes entre si, apenas uma
firma produzirá.
(3) Duas firmas que produzem a mesma quantidade terão o mesmo o custo médio de
produção.

QUESTÃO 14
Em uma economia de troca pura com dois indivíduos e dois bens:

(0) Se as funções utilidade dos dois indivíduos forem homotéticas, a curva de contrato será
uma reta.
(1) Se os dois indivíduos tiverem a mesma função utilidade e a mesma dotação inicial dos
dois bens, não haverá trocas e será impossível atingir-se uma alocação ótima de Pareto.
(2) Prevalecendo regras de competição perfeita entre os dois indivíduos, será impossível que
um dos participantes das trocas se beneficie mais que o outro.
(3) Quaisquer que sejam as regras de mercado que regulem as transações entre os dois
indivíduos, a possibilidade de trocas garante a existência de um equilíbrio que não piore a
situação de ambos.
QUESTÃO 15
A respeito da teoria do bem-estar social, pode-se afirmar que:

(0) Pelo critério de Pareto, uma mudança na alocação de bens que melhore a posição de n - 1
indivíduos, mas deixe inalterada a situação do n-ésimo, não pode ser considerada uma
melhora do ponto de vista social.
(1) Se um equilíbrio com certo nível de emprego é ótimo no sentido de Pareto, o mesmo será
preferível a qualquer situação em que o nível de emprego seja menor.
(2) Quando todos os membros da sociedade têm as mesmas preferências, uma função de
bem-estar social não implica necessariamente juízo de valor sobre a posição relativa de
cada um.
(3) A função bem-estar social é definida pela soma das funções utilidade de todos os
membros da sociedade.

Gabaritos: Atualização
ANPEC - 1995
Gabarito95
MICROECONOMIA
QUESTÕES:
1. (0) V - (1) F - (2) F - (3) V
2. (0) F - (1) F - (2) F - (3) F
3. (0) V - (1) F - (2) V - (3) F
4. (0) F - (1) V - (2) F - (3) V
5. (0) F - (1) V - (2) F - (3) F
6. (0) F - (1) F - (2) V - (3) V
7. (0) F - (1) V - (2) V - (3) F
8. (0) V - (1) F - (2) V - (3) F
9. (0) V - (1) V - (2) V - (3) F
10. (0) V - (1) F - (2) V - (3) F
11. (0) V - (1) V - (2) F - (3) V
12. (0) F - (1) V - (2) V - (3) V
13. (0) F - (1) V - (2) V - (3) F
14. (0) F - (1) F - (2) F - (3) V
15. (0) F - (1) F - (2) V - (3) F

anpec
associação nacional de
centros de pos graduação
em economia

EXAME DE SELEÇÃO NACIONAL PARA 1996

PROVA DE MICROECONOMIA

19/10/95 - QUINTA-FEIRA
HORÁRIO: 10:30 ÀS 12:45

EXAME DE SELEÇÃO ANPEC PARA 1996

PROVA DE MICROECONOMIA
QUESTÃO 1

Um consumidor tem suas preferências representadas pela função utilidade U a, v   a v , onde


 

a = quantidade de alimento e v = quantidade de vestuário, e os parâmetros  > 0 e  > 0.


(0) Se o preço do alimento for maior que o preço do vestuário, então o consumidor irá demandar
uma quantidade maior de vestuário do que a de alimento.
(1) Se  = , os dispêndios do consumidor com os dois tipos de bens são iguais, para quaisquer
níveis de preços não nulos.
(2) Se  +  > 1, a função utilidade é convexa, implicando que inexiste solução de máxima
utilidade do consumidor.
(3) Se  +  > 1, as utilidades marginais dos dois bens são crescentes.

QUESTÃO 2

Considere um consumidor residente em Recife, com preferências estritamente convexas. A renda total desse
consumidor é constituída por um salário mensal de $ 400, sendo que o mesmo consome 100 unidades do bem A e
200 unidades do bem B, por mês, com PA = $ 2 e PB = $ 1, o que lhe fornece um nível de utilidade de U = 40. A
empresa onde ele trabalha pretende transferi-lo para São Paulo, onde PA = $ 1 e PB = $ 2. Caso isso ocorresse, ele
passaria a consumir 200 unidades do bem A e 100 unidades do bem B, o que lhe propiciaria um nível de utilidade
de U = 20.
(0) Não se pode afirmar que ele é maximizador de utilidade, pois aos novos preços a sua escolha
implica em redução de utilidade.
(1) Dado que em Recife U = 40 e em São Paulo U = 20, pode-se afirmar que a sua situação em
Recife é duas vezes melhor do que aquela que obteria em São Paulo.
(2) O consumidor estaria disposto a se mudar desde que ele obtivesse um aumento de salário de $
100.
(3) O consumidor não estaria disposto a se mudar por um aumento de salário menor que $ 100.

QUESTÃO 3

Através de uma política cultural, o Governo pretende incentivar o retorno das pessoas aos cinemas. Após alguns
estudos, chegou-se à conclusão de que a elasticidade-renda da demanda per capita de cinema é constante e igual a
1/4 e a elasticidade-preço é também constante e igual a -1. Os consumidores gastam, em média, R$ 200,00 por ano
com cinema, tem renda média anual de R$ 12.000,00 e cada bilhete custa atualmente R$ 2,00.
(0) Um desconto de R$ 0,20 no preço do bilhete teria o mesmo efeito, dado o objetivo da política,
de uma elevação de R$ 4.800,00 na renda média.
(1) Se o governo pretendesse desincentivar a ida ao cinema, a instituição de um imposto de 100%
sobre o preço do bilhete faria com que os consumidores deixassem de ir ao cinema.
(2) A elasticidade-renda igual a 1/4 implica que, se a renda média aumentasse R$ 1000,00, o
número médio de sessões de cinema por consumidor aumentaria em 250 por ano.

QUESTÃO 4
Em relação à teoria de escolha do consumidor sob condições de risco, pode-se afirmar que:
(0) A concavidade das curvas de indiferença em relação à origem representa a aversão ao risco dos
consumidores.
(1) Se um consumidor é neutro com respeito a riscos, então ele estará disposto a pagar R$ 10 por
um bilhete de loteria, se este lhe fornecer um ganho esperado de R$ 10.
(2) Um indivíduo que tem aversão a riscos jamais participará de qualquer aposta.
(3) O prêmio de risco é o valor que uma pessoa avessa a risco está disposta a pagar a fim de evitar
riscos.

QUESTÃO 5

Em uma situação de incerteza, as preferências do consumidor podem ser representadas pela função de utilidade
esperada, ou função de utilidade de von Neumann-Morgenstern. Quais das funções abaixo têm as propriedades dessa
função de utilidade? Indique como Verdadeira cada uma das funções que têm as propriedades da função de

utilidade esperada, e como Falsa aquelas que não têm. Nas funções abaixo, sejam 1 e  2 as probabilidades de duas

situações hipotéticas (“estados da natureza”) 1 e 2 ocorrerem, e c1 e c2 o consumo em cada uma delas.

(0) u  c1, c2 , 1, 2   1c1  2c2

(1)
u c1, c2 , 1, 2   a 1c12  2c22 

(2) u c1, c2 , 1, 2   1a log c1  2 b log c2


1 
u c1, c2 , 1, 2   log c1  2 log c2
(3) 2 1

QUESTÃO 6
Um certo mercado é caracterizado pelas seguintes funções de demanda (D) e oferta (O), onde Q é a quantidade e P o
preço do bem:

Q D  1600  20P e Q O   900  30P


(0) Se o mercado é livre, 600 unidades do bem serão comercializadas ao preço de R$ 50.
(1) Se o governo decide que o preço não deve ultrapassar R$ 35, então 150 unidades do bem serão
comercializadas.
(2) A alteração no excedente do produtor, como resultado do controle de preços, é de R$ -5.625.
(3) Se o governo impõe um imposto ad-valorem de 100% sobre o preço do produtor, o efeito sobre
a quantidade comercializada do bem é o mesmo que o da colocação do preço máximo de R$ 35.

QUESTÃO 7

Em uma firma, o custo marginal do trabalho é igual a 40L, onde L é a quantidade de trabalho empregada, o custo
médio do trabalho é 20L, e a produtividade marginal do trabalho é igual a 40-4L. Quanto trabalho será empregado
quando o preço do produto é igual a R$10?

QUESTÃO 8
Quanto à decisão de produção da firma, é correto afirmar que:
(0) Enquanto a receita média exceder o custo médio a firma estará tendo lucro e deve aumentar a
sua produção.
(1) Se a firma escolhe um nível de produção que maximiza o seu lucro, então àquele nível a firma
está também minimizando o custo médio de produção.
(2) A curva de demanda de uma firma é também a sua curva de receita média.
(3) A firma minimiza custos igualando as produtividades marginais dos fatores.

QUESTÃO 9
Em relação à teoria de produção das firmas, pode-se afirmar que:

f ( x1 , x 2 )   a1x1  a 2 x 2 
1/ 
(0) A função de produção CES, dada por , pode também ser
f ( x1 , x 2 )  A( ) 1/ 
expressa como
bx1  (1  b )x 2 .
(1) A função CES apresenta rendimentos constantes de escala.

(2) A função de produção f ( x1 , x 2 )  min ax1 , bx 2  combina os insumos na proporção


x1 a

x2 b .
(3) Para que as isoquantas sejam estritamente convexas é necessário que a função de produção seja
estritamente côncava.
QUESTÃO 10
Considere cinco firmas que se encontram nas seguintes situações de curto prazo:
Firma a: P = Rm = Cm = CM
Firma b: P > Rm = Cm < CM = P
Firma c: P = Rm > Cm = CM < P
Firma d: P > Rm < Cm = CM < P
Firma e: P = Rm < Cm > CM < P
onde P = preço do bem produzido, Rm = receita marginal, Cm = custo marginal, e CM = custo médio.
Em relação a essas situações, pode-se afirmar que:
(0) As firmas a, c e e estão operando em um mercado competitivo.
(1) A firma d opera com lucro negativo.
(2) A firma e poderia aumentar o seu lucro reduzindo a produção.
(3) As firmas a, c e d estão operando a custo mínimo.

QUESTÃO 11
Em uma ilha existem 50 armadores, numerados de 1 a 50. Cada um deles pode fabricar até 5 navios por ano. Esses
armadores são maximizadores de lucro, sendo as suas respectivas funções de custos dadas por Cn(Q) = 5 + nQ, com
n = 1, 2, ...., 50, onde Q representa o número de navios fabricados por ano, e $ 5 é um custo quase-fixo, ou seja, só
se incorre em tal custo se a produção é não-nula. Se o preço de cada navio é de $ 5, quantos navios serão fabricados,
por ano, pelo conjunto dos armadores?

QUESTÃO 12
Um monopolista tem a seguinte tabela de custo marginal para a produção de seu produto:

Quantidade Produzida 1 2 3 4 5
Custo Marginal 20 30 40 50 60

A demanda por seu produto é dada pela seguinte tabela:

Preço 80 70 60 50 40
Quantidade Demandada 1 2 3 4 5

Que preço o monopolista deve cobrar para maximizar o seu lucro?


QUESTÃO 13
Monopólio é ineficiente porque, ao nível de produto escolhido pelo monopolista:
(0) O preço é maior que o custo médio, e há lucro de monopólio.
(1) A receita média é igual à receita marginal.
(2) O valor marginal de uma unidade a mais do produto para os consumidores é maior que o custo
marginal.
(3) A elasticidade da curva de oferta é menor do que um.

QUESTÃO 14
Comparando os resultados dos modelos de oligopólio de Cournot, Stackelberg, e Bertrand vemos que:
(0) A firma seguidora de Stackelberg sabe a quantidade produzida pela firma líder quando escolhe o
quanto ela mesma produzirá. Ela obterá, então, um lucro maior do que em Cournot.
(1) Quanto maior o número de firmas no modelo de Cournot, mais próximo do custo marginal será
o preço de equilíbrio.
(2) No modelo de Bertrand, o preço resultante é menor e a quantidade produzida maior que em
Cournot.
(3) A firma líder de Stackelberg produz mais do que produziria em Cournot.

QUESTÃO 15

É correto afirmar que:


(0) Em uma alocação eficiente no sentido de Pareto, ninguém pode estar pior do que em uma
alocação não eficiente.
(1) Se a economia está em uma alocação eficiente no sentido de Pareto, ninguém pode conseguir
uma utilidade maior.
(2) Em uma alocação eficiente no sentido de Pareto, não é possível todos estarem pior do que em
uma outra alocação não eficiente.
(3) Sabendo a dotação inicial dos consumidores, assim como a curva de contrato, podemos
determinar o preço ao qual os bens serão transacionados.

Gabaritos: Atualização
ANPEC - 1996
Gabarito96
MICROECONOMIA
QUESTÕES:
1. (0) F - (1) V - (2) F - (3) F
2. (0) F - (1) F - (2) V - (3) F
3. (0) V - (1) V - (2) F
4. (0) F - (1) V - (2) F - (3) V
5. (0) V - (1) V - (2) F - (3) F
6. (0) V - (1) V - (2) V - (3) F
7. 05
8. (0) F - (1) F - (2) V - (3) F
9. (0) V - (1) V - (2) F - (3) F
10. (0) V - (1) F - (2) V - (3) V
11. 20
12. 60
13. (0) F - (1) F - (2) V - (3) F
14. (0) F - (1) V - (2) V - (3) V
15. (0) F - (1) F - (2) V - (3) F

ANPEC - Exame de Seleção para 1997

Prova de Microeconomia

Questão 1. Em relação à teoria do consumidor são corretas as seguintes afirmações:

(0). Se as preferências de um consumidor são estritamente monótonas e estritamente convexas,


na solução do problema do consumidor a taxa marginal de substituição deve ser igual à taxa de
substituição econômica.

(1). Um bem de Giffen pode ser um bem necessário.

(2). Quando um indivíduo tem função de utilidade quase-linear o excedente do consumidor é


uma medida exata de variação de bem-estar.

(3). O efeito substituição próprio é sempre não positivo.


------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 2. Um indivíduo tem função de utilidade esperada definida por u (w )  w (onde w é a


sua riqueza). Seja:
- A: a loteria que paga R$ 36 com probabilidade 1/6 e zero com probabilidade 5/6;
- B: a loteria que paga R$ 100 com probabilidade 0,01, R$ 25 com probabilidade 0,2 e zero
com probabilidade 0,79. Então, podemos afirmar:

(0). Este indivíduo prefere a loteria B à loteria A.


(1). Este indivíduo é indiferente entre a loteria B e receber R$ 1,21 com certeza.

(2). Um outro indivíduo com utilidade esperada v ( w)  2 w  3 é mais avesso ao risco que o
indivíduo acima.
------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 3. Suponha que para um consumidor a elasticidade-preço da demanda ordinária de


Marshall pelo bem X (um dos bens que ele consome) é menor do que -1. Logo, um aumento no
preço de X:

(0). reduzirá sua demanda de X e reduzirá a demanda de pelo menos um outro bem.

(1). reduzirá somente sua demanda de X.

(2). reduzirá sua demanda de X e aumentará a demanda de pelo menos um outro bem

(3) nenhuma das anteriores.

Questão 4. Suponha que a oferta de certo bem é infinitamente elástica ao preço de R$ 5, e que a
demanda deste bem é representada por:

D = 12 - 2 P.

onde P é o preço. Então:

(0). se o governo está planejando adotar um imposto de soma fixa T por unidade vendida, a taxa
que maximiza a receita é T=0,5.

(1). O custo social ou peso morto do imposto será CS = 2T2 .

(2). A taxa que maximiza a receita do governo menos o custo social será maior que 1/2.

(3). Do ponto de vista social o governo deve utilizar uma taxa menor que 1/2.
------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 5. Uma firma utiliza os insumos A e B na produção de um único bem. Ela está em
operação usando 10 unidades de A e 15 unidades de B para produzir 10 unidades do produto. As
produtividades marginais dos insumos A e B, neste nível de atividade, são 0,5 e 0,8,
respectivamente. Se a firma passar a usar 10,5 unidades de A e 14,7 unidades de B podemos
afirmar que a produção, aproximadamente:

(0). Aumenta.

(1). Diminui.

(2). Fica constante.


------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 6. Quais das seguintes afirmações são verdadeiras ?

(0). Uma firma que produz um bem a partir de vários insumos, com tecnologia de retornos
constantes à escala, tem uma função de custos de longo prazo estritamente convexa.

(1). Uma firma em concorrência perfeita de longo prazo opera num nível de produção que tem
elasticidade de custo total maior do que um.

(2). Os custos médios variáveis se aproximam dos custos médios para altos níveis de produção.

(3). Se os custos médios são estritamente decrescentes não existe escala eficiente de produção
para a firma.

Questão 7. Uma firma usa 10 unidades de trabalho e 20 unidades de capital para produzir 10
unidades de produto. O produto marginal do trabalho é 0,5. Se existe retornos constantes de
escala o produto marginal do capital deve ser:

(0). 0,25.

(1). 0,5.

(2). não é possível calcular com a informação disponível

(3). 0,75
------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 8. Uma empresa pode obter eletricidade com dois geradores. O mais moderno, o
gerador 1, tem custo marginal Cmg1= 10 + 2Q1 e o mais velho, o gerador 2, tem custo marginal
Cmg2 = 20 + 2Q2 (onde Q1 e Q2 representam a produção obtida a partir de cada gerador). A
empresa, obviamente, quer produzir ao custo mínimo. Assim sendo:

(0). ela não deve usar o gerador mais velho para produzir menos do que 5 Kwh.

(1). ela não deve utilizar o gerador mais velho quando a produção é maior do que 5 Kwh.

(2). ela nunca utiliza os dois geradores simultâneamente.

(3). ela utiliza os dois geradores simultâneamente se quiser produzir 20 Kwh.


------------------------------------------------------------------------------------------------------
Questão 9. Em relação à teoria de mercado, assinalar quais das afirmações abaixo são
verdadeiras ou falsas:

(0). No equilíbrio de longo prazo em concorrência perfeita firmas com tecnologia de retornos
constantes à escala são inativas.

(1). Firmas com tecnologia f ( k , l )  k l concorrem perfeitamente em uma economia onde o


1/ 3 1/ 6

ingresso na indústria tem custo de R$ 3. Os preços unitários de k e l são R$ 2 e R$ 1,


respectivamente. Então, o preço de equilíbrio em concorrência perfeita de longo prazo é R$ 6.

(2). Se a demanda na economia descrita na parte (1) é X  200  20 p (onde p é o preço) então o
número de firmas ativas no equilíbrio de longo prazo é 180.

(3). Se tivermos um duopólio de firmas com tecnologias descritas na parte (1) e com conjecturas
de Cournot, então o preço de equilíbrio em tal duopólio é R$ 9.

Questão 10. Com relação à teoria do monopólio é correto afirmar:

(0). Um monopolista que discrimina preços em dois mercados fixa um preço maior no mercado
que tenha elasticidade de demanda maior.

(1). Um monopolista que possua várias fábricas deve produzir, em equilíbrio, num nível onde os
custos marginais se igualem.

(2). Se a demanda por um produto é x  p , (  1) e o custo unitário de um monopolista que
produz tal bem é constante c  0 , então o monopolista repassa aos consumidores mais do que os
 dp 
  1
acréscimos que possa ter nos custos unitários c, isto é,  dc .

(3). Se a elasticidade da demanda é constante e igual a um (em módulo) então não existe solução
ao problema de um monopolista com custos marginais constantes.
------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 11. Uma indústria é formada por N oligopolistas idênticos com custos marginais
constantes iguais a k. A demanda de mercado é dada por x = A - p ( x = quantidade demandada;
p = preço unitário; A é constante positiva maior que k). As seguintes afirmações são corretas:

(0). Se há vinte firmas na indústria oligopolista com conjectura de Cournot, k = 5 e A = 110, a


oferta de cada firma será 5 e o preço de equilíbrio R$ 105.

(1). Se o número de firmas é grande o preço de equilíbrio de Cournot está próximo do preço de
equilíbrio em concorrência perfeita.
(2). Se o oligopólio da parte (0) competir com conjectura de Stackelberg então a quantidade
produzida pelo líder é 50.
------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 12. Uma cartelização de sucesso exige que:

(0). a demanda pelo bem não tenha elasticidade-preço muito elevada

(1). o cartel controle a maior parte da oferta ou que a oferta competitiva (fora do cartel) seja
pouco elástica.

(2). os seus membros tenham acesso à mesma tecnologia.

(3). todos os produtores de um setor façam parte do cartel.

Questão 13. As seguintes afirmações se referem ao equilíbrio geral e eficiência. São


verdadeiras:

(0). Numa alocação Pareto Eficiente nenhum indivíduo pode estar pior do que em qualquer
alocação que não é Pareto Eficiente.

(1). Se maximizarmos a somas das utilidades que dois indivíduos podem ter consumindo cestas
factíveis (que não ultrapassem a oferta do mercado), as alocações encontradas para cada
indivíduo formam uma alocação social Ótima de Pareto.

(2). Se numa economia de troca pura todos os indivíduos têm preferências estritamente convexas
então um planejador central pode realocar as dotações iniciais para atingir qualquer alocação do
núcleo dela como equilíbrio.
------------------------------------------------------------------------------------------------------

Questão 14. No que se refere ao equilíbrio de trocas:

(0). Numa economia com apenas dois bens, se a certo preço a demanda for igual a oferta no
mercado de X o equilíbrio estará garantido no mercado de Y.

(1). Somente preços relativos serão determinados em equilíbrio geral.

(2). Se a curva de contrato é conhecida então se conhece o resultado de qualquer troca.

(3). O equilíbrio competitivo tem que ser único.


------------------------------------------------------------------------------------------------------
Questão 15. Considere os seguintes estados econômicos:

Estado XA XB Total X YA YB Total Y


0 10 10 20 10 10 20
1 9 13 22 13 9 22
2 9 13 22 9 13 22

Suponha que os individuos A e B tenham função de utilidade Ui=XiYi; i=A,B. Então:


(0). O Estado 1 é Pareto superior ao Estado 0.
(1). O Estado 2 é Kaldor superior ao Estado 0.
(2). Os Estados 2 e 1 são idênticos em termos de Kaldor.
(3). Não é possivel distinguir os Estados 2 e 0, sendo necessário uma função de bem estar social.

Gabaritos: Atualização
ANPEC – 1997
Gabarito97
Prova de Macroeconomia
Q U E S T Õ E S
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
0 E C C C E C E X E E C E E C E
Q 1 C E C C E E E C C C E C C E E
U 2 C C C C C E C E C C E E C E C
E 3 E C C E C E C E E C E E E C C
S 4
I 5
T 6
O 7
S 8
9

ANPEC - EXAME DE SELEÇÃO NACIONAL PARA 1998

PROVA DE MICROECONOMIA

Questão 01. Com relação às preferências do consumidor, é correto afirmar que:


(0) A premissa de que as preferências são completas implica que é possível ordenar todas as cestas de
bens disponíveis no mercado.
(1) As curvas de indiferença são geralmente convexas com relação à origem porque a taxa marginal de
substituição diminui ao longo das curvas (à medida que nos deslocamos para baixo e para a direita).
(2) Quando a taxa marginal de substituição é constante, os bens são complementos perfeitos.
(3) No ponto de escolha ótima do consumidor, a taxa marginal de substituição é sempre igual a razão
entre os preços.

Questão 02. Considere um indivíduo que dispende sua renda no consumo de apenas dois bens. É correto
afirmar que:
(0) A inclinação da limitação orçamentária mede a proporção segundo a qual os dois bens podem ser
permutados sem alteração na renda do consumidor.
(1) A inclinação da limitação orçamentária é alterada quando os preços dos dois bens variam na mesma
proporção.
(2) A função-utilidade é um conceito que se refere especificamente à utilidade cardinal, porque ela
quantifica o nível de satisfação que o indivíduo tem ao consumir uma cesta de bens.
(3) Somente um ponto da curva de demanda individual é associado à maximização de utilidade do
consumidor.

Questão 03. Com relação à demanda, preço e renda, é correto afirmar que:
(0) A curva de preço-consumo é representada graficamente pela relação entre o preço do bem (medido no
eixo vertical) e a quantidade consumida daquele bem (medida no eixo horizontal).
(1) A curva de Engel tem sempre inclinação positiva.
(2) Para bens normais, o efeito-renda é sempre menor (em valor absoluto) que o efeito-substituição.
(3) Para bens de Giffen, o efeito-renda é sempre maior (em valor absoluto) que o efeito-substituição.

Questão 4. Dada a função utilidade do consumidor definida como U(X,Y) = X0,5 + Y0,5 e a restrição
orçamentária, onde é dada a Renda (R ) e os preços de X e Y respectivamente, podemos concluir que o
consumo de X e Y que maximiza o bem estar do consumidor será igual a:

(0) X* = ( Px / P2x + PxPy); Y* = ( Py / P2 y + PxPy)

(1) X* = ( Py / P2x + PxPy); Y* = ( Py / P2 y + PxPy) R

(2) X* = ( Py / P2x + PxPy) R; Y* = ( P2y / P2 y + PxPy)

(3) X* = ( Py / P2x + PxPy) R ; Y* = ( P2y / P2 y + PxPy) R

(4) Todas falsas


Questão 5. Dada a função de produção Q = 10 K0,5 L0,5 e o preço do capital (K) igual a R 4,00 e o preço
do Trabalho (L) igual a R 4,00/hora, podemos concluir que a função custo total, médio e marginal de
longo prazo serão dadas por:

(0) CT = 12 q; C Médio = 12; C Mg = 12

(1) CT = 0,8q2; C Médio = 0,8 q; CMg = 1,6q.

(2) CT = 0,8 q; C Médio = 0,8; CMg = 0,8

(3) CT = 10 q2 ; C Médio = 10q; CMg = 20q.

(4) CT = 0,5 q; C Médio 0,5 q; CMg = 0,5.

Questão 06. Ainda com relação à teoria da produção, é correto afirmar que:
(0) O lucro de uma firma é máximo quando a receita marginal é igual ao custo marginal, seja em
competição perfeita ou não.
(1) Uma firma pode continuar produzindo no curto prazo, mesmo que o preço do produto seja inferior ao
custo médio total.
(2) A curva de oferta de uma determinada firma é o trecho da curva de custo marginal situado acima da
curva de custo total médio.
(3) A oferta é perfeitamente elástica quando os custos marginais são constantes.

Questão 7. Suponha, hipoteticamente, que a função Custo Total dos produtores de soja da região do
Cerrado baiano foi estimada e apresentou a seguinte representação:

wq 2
CT  4r 
400

Onde CT é o custo total, ( r ) representa a remuneração do capital, ( w ) representa a remuneração do


trabalho e q representa o nível de produção. Suponha que a demanda de mercado da soja seja dada pela
expressão

Qd = 10.000 - 5.000 P
onde P representa o preço de mercado Suponha que existam 100 empresas no mercado de soja atuando
competitivamente e que cada firma vende o seu produto ao mesmo nível de preços, e que o valor da
remuneração do trabalho é igual a quatro (4) reais por jornada. Com base nessas informações podemos
concluir que o preço e a quantidade de equilíbrio de mercado serão, respectivamente iguais a:

(0) 1; 5.000
(1) 1; 4.500
(2) 2; 5.000
(3) 1,1; 5.000
(4) 1,2; 4.500

Questão 8. Em um determinado mercado existem somente duas empresas produzindo cerveja em lata. A
curva de demanda de mercado por cerveja em lata é dada por
P = 100 - 0,5X , onde P representa o preço e X a produção global do mercado. Suponha que a função
custo da empresa A é igual a C A = 5XA e da empresa B igual a CB = 0,5 X2B. Com base no modelo de
Cournot, podemos afirmar que no equilíbrio:
(0) O empresário A vai produzir 80, e terá lucro de 3.000; o empresário B vai produzir 30, e terá um lucro
de 8.00; o preço de mercado será igual a 45.
(1) O empresário A vai produzir 70 e terá lucro de 3.200; o empresário B vai produzir 40 e terá lucro de
9.00; e o preço de mercado será igual a 40.
(2) O empresário A vai produzir 60 e terá lucro de 3.100; o empresário B vai produzir 20 e terá lucro de
600; e o preço de mercado será igual a 50.
(3) O empresário A vai produzir 80 e terá lucro de 3.000; o empresário B vai produzir 30 e terá lucro de
900; e o preço de mercado será 55.
(4) O empresário A vai produzir 80 e terá lucro de 3.200; o empresário b vai produzir 30 e terá lucro de
900; o preço de mercado será igual a 45.

Questão 9. Com relação a situação de monopólio, é correto afirmar que:


(0) A fim de maximizar os lucros, uma firma monopolista escolhe a quantidade produzida de forma a
igualar a receita marginal ao custo marginal.
(1) A relação entre o preço praticado pelo monopolista e o seu custo marginal depende da elasticidade da
demanda.
(2) Um monopolista com múltiplas fábricas distribui a produção de forma que o custo variável médio seja
o mesmo em cada fábrica.
(3) Um monopólio natural é caracterizado quando as economias de escala tornam excessivamente
dispendioso que mais de uma firma abasteça o mercado.

Questão 10. Antônio está planejando uma excitante viagem, cujo roteiro será: Cidade de S.Paulo- Santa
Cruz de La Sierra- La Paz- concluindo em Machu -Pichu e planeja gastar um total de US$ 10.000. A
utilidade derivada da viagem é uma função das despesas que vai realizar e está dada por U ( Y ) = ln Y.
Suponha que existam 25 por cento de probabilidade de Antônio perder US$ 1.000 na viagem. Com base
nessas informações, pode-se concluir que a utilidade esperada da viagem será igual a :
(0) 9,5000
(1) 9,5500
(2) 9,2500
(3) 9,1840
(4) 9,1000

Questão 11. Uma importante fábrica de latas de cerveja de alumínio produz uma determinada quantidade
do produto que pode ser definida por Q = 10.000 L0,5 onde L representa a quantidade de horas de
trabalho. Suponha que a empresa opera em um ambiente competitivo e o preço unitário de cada lata é de
R$ 0,01. Na hipótese do salário dos trabalhadores ser igual a R$ 2,00/ hora, pode-se concluir que a
empresa contratará um número de trabalhadores da ordem de:
(0) 650
(1) 660
(2) 652
(3) 625
(4) 620

Questão 12. Marque Falso (F) ou Verdadeiro (V):


(0) O efeito substituição, derivado de uma variação do preço de uma mercadoria X, dada a utilidade
constante, é sempre negativo desde que a Taxa Marginal de Substituição de X por Y seja decrescente.
(1) No caso de um bem de luxo o efeito renda total é negativo.
(2) Um aumento do preço do bem X sempre provocará um aumento no gasto total do consumidor, desde
que a elasticidade-preço da demanda do bem X seja maior que -1.
(3) o nível de utilidade de um consumidor individual não varia ao longo de uma curva de demanda de
mercado do tipo Marshalliana.
(4) A equação de Slutsky mostra a relação entre elasticidade preço compensada e elasticidade - renda.

Questão 13. Com relação à teoria dos jogos, é correto afirmar que:
(0) Um jogo não-cooperativo tem sempre um equilíbrio de Nash em estratégias puras.
(1) Um equilíbrio com estratégias dominantes é necessariamente um equilíbrio de Nash.
(2) Um equilíbrio de Nash é necessariamente um equilíbrio com estratégias dominantes.
(3) Um equilíbrio de Nash em estratégias mistas é sempre uma combinação de dois ou mais equilíbrios de
Nash em estratégias puras.

Questão 14. Considere uma economia de trocas, com dois indivíduos e dois bens.
(0) Uma distribuição é eficiente quando os bens são alocados de forma que a taxa marginal de
substituição é a mesma para os dois consumidores.
(1) A curva de contrato é formada por um conjunto de pontos que inclui a dotação inicial dos bens.
(2) Uma alocação eficiente é necessariamente um equilíbrio competitivo.
(3) Mesmo com informação incompleta, os mercados competitivos sempre geram uma alocação eficiente
de recursos.

Questão 15. Com relação à eqüidade, é correto afirmar que:


(0) A fronteira de possibilidades de utilidade é estritamente côncava.
(1) Uma alocação ineficiente no sentido de Pareto jamais poderá ser mais equitativa do que uma alocação
eficiente.
(2) Uma função de bem-estar social igualitária pondera igualmente a utilidade de cada indivíduo na
sociedade.
(3) Uma função de bem-estar social rawlsiana considera a utilidade do indivíduo com o menor poder
aquisitivo da sociedade.

Gabarito98
MICROECONOMIA
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
Questões
Quesitos
00 V V F F F V V F V F F V F V F
01 V F F F F V F F V F F V V F F
02 F F F F V F F F F F F V F F F
03 F F V F F V F F V V V F F F V
04 V V F
PROVA de MICROECONOMIA

Questão 01. Considere as preferências de um consumidor representadas no gráfico abaixo, onde


as setas indicam a direção na qual as preferências aumentam.

Pode-se afirmar que as curvas de indiferença são convexas.


(1) A estrutura de preferências desse consumidor é intransitiva.
(2) Nota-se que existem cestas que nunca seriam demandadas pelo consumidor.
(3) Não existem cestas onde a utilidade marginal de um dos bens seja negativa.
(4) A estrutura de preferência do consumidor obedece a propriedade de não saciedade.

Questão 02. Com relação à Teoria do Consumidor, é correto afirmar que:

(0) A taxa marginal de substituição entre dois bens é igual à razão entre os preços destes bens,
em qualquer ponto.
(1) A taxa marginal de substituição entre dois bens é igual ao valor absoluto da inclinação da curva de
indiferença, em qualquer ponto.
(2) A taxa marginal de substituição entre dois bens é igual à razão entre as utilidades marginais destes
bens, em qualquer ponto.

(5) No caso de bens normais, o efeito-substituição é sempre maior que o efeito-renda.


Questão 03. Considere um indivíduo que tem suas preferências representadas pela função-
utilidade U(x,y) = 0,4 x2 y3, onde x e y são as quantidades consumidas de dois bens. Se este
consumidor maximiza a utilidade, sujeito a restrição orçamentária, é correto afirmar que:
(0) A função de demanda marshalliana pelo bem x é dada por x(R, px, py) = R / (2 px), onde R é a
renda do consumidor, px e py são os preços dos bens.
(1) Os bens são substitutos.
(2) A maximização da utilidade é obtida quando a renda é alocada de forma que a utilidade
marginal é igual para os dois bens.
(3) Quando R = 50, px = 1 e py = 6, a taxa marginal de substituição de y por x no ponto de escolha
ótima é igual a 1/6.

Questão 04. Em relação as preferências dos consumidores podemos dizer que:


(0) As preferências por dois bens substitutos perfeitos são estritamente convexas.
(1) A monotonicidade implica que as curvas de indiferença podem ter declividade positiva.

(2) Quando a Taxa Marginal de Substituição é constante, as preferências são constantes.


(3) A fim de discutir convexidade das preferências é necessário admitir algum tipo de
monotonicidade das preferências.

Questão 05. Considere uma firma que dispõe de tecnologia representada pela função de
produção f(K,L) = min {3K, 2L}. A firma tem como objetivo maximizar a quantidade produzida,
sujeito a restrição de custo. Nesta situação:
(0) A firma utiliza somente L, independentemente dos preços dos insumos.
(1) A firma utiliza os insumos tal que K = L, independentemente dos preços dos insumos.
(2) A firma utiliza os insumos tal que K = (2/3) L, independentemente dos preços dos insumos.
(3) A decisão da firma a respeito da proporção entre K e L depende dos preços destes insumos.

Questão 06. Com relação à Teoria da Produção, é correto afirmar que:

(0) Uma isoquanta é uma curva que representa todas as possíveis combinações de insumos que
resultam no mesmo custo de produção.
(1) Considere a produção com um fator variável apenas. Neste caso, quando o produto marginal
é igual a zero, o nível de produção é máximo.
(2) Novamente, considere a produção com um fator variável apenas. Neste caso, quando o
produto marginal é igual ao produto médio, o produto marginal é máximo.
(3) O caminho de expansão apresenta as combinações dos insumos que minimizam os custos
para cada nível de produção da firma.
Questão 07. Com relação às funções de produção podemos afirmar que:
(1) A função de produção F(K,L) = (K.L)1/2 apresenta rendimentos decrescentes de escala.
(2) A elasticidade de substituição da função de produção F(K,L)=(a1Kb + a2 Lb)1/b é variável.
(3) As isoquantas da função de produção F(K,L) = K0.5 L0.5 são linhas retas
(4) Rendimentos decrescentes para um único fator de produção e rendimentos constantes de
escala não são inconsistentes.
(5) A função de produção F(K,L) = 3K + 4L apresenta rendimentos constantes de escala.
(6) Existe uma relação direta entre rendimentos crescentes de escala e as economias de escopo.

Questão 08. Em relação à tecnologia das firmas podemos dizer que:


(1) Uma firma produzindo um produto a partir da utilização de vários insumos, então a
propriedade de livre descarte (free diposal) implica que a produtividade marginal de um
insumo pode ser negativa.
(2) Uma empresa que esteja enfrentando rendimentos decrescentes não pode estar enfrentando
simultaneamente economias de escala.
(3) No caso de uma firma produzindo apenas um produto a partir da utilização de muitos
insumos então a propriedade de convexidade implica em produto marginal de um insumo ser
não crescente.
(4) Se um conjunto de produção é convexo então a tecnologia não pode apresentar rendimentos
crescentes de escala.
(5) Uma tecnologia que apresente a propriedade de rendimentos constantes de escala não pode
simultaneamente apresentar produto marginal decrescente para cada fator.

Questão 09. Considere uma loteria com 3 possíveis resultados: o recebimento de $100 com
probabilidade 0,10; o recebimento de $25 com probabilidade 0,60; e o recebimento de $0 com
probabilidade 0,30.
(0) Se a função-utilidade de um indivíduo for dada por U(x)= √ x , onde x = valor recebido, a
utilidade esperada desta loteria para este indivíduo será 5.

(1) Um indivíduo com preferências dadas pela função-utilidade U(x)= √ x , onde x = valor
recebido, é indiferente entre receber um bilhete desta loteria ou receber $16 com certeza.
(2) As propriedades da função de utilidade esperada são preservadas por qualquer transformação
monotônica desta função.

(3) Quanto mais côncava a função-utilidade, maior é a aversão a risco do indivíduo.

Questão 10. Considere o seguinte modelo de duopólio de Cournot. Existem duas firmas
produzindo um produto homogêneo, com funções de custo respectivamente c1(q1) = 5 q12 e c2
(q2) = 2 q22. A curva de demanda é dada por P = 200 - 4 Q, onde Q = q1 + q2. Assim:
(0) A função de reação da firma 1 é q1 = (200 - 4 q2) / 14.
(1) No equilíbrio de Nash, a firma 2 produz 14 unidades.
(2) No equilíbrio de Nash, a firma 1 tem lucro superior a $500.
(3) Se o problema fosse elaborado conforme o modelo de Stackelberg, sendo a firma 2 líder e a firma 1
seguidora, os lucros das duas firmas seriam menores.

Questão 11. Considere a Caixa de Edgeworth abaixo, que descreve as preferências de dois
indivíduos A e B com relação a dois bens, e suas dotações iniciais caracterizadas pelo ponto E.
Os níveis de utilidade obtidos com as dotações iniciais são respectivamente UA,0 e UB,0. Observe
que o indivíduo A tem toda a dotação de um dos bens, e que o indivíduo B tem toda a dotação do
outro bem. Nesta situação, é correto afirmar que:
(0) Qualquer ponto na curva de contrato é ótimo sob o critério de Pareto.
(1) Qualquer ponto na curva de contrato é preferível por ambos indivíduos, dadas as preferências e as
dotações iniciais.

Indivíduo B
Q

M E
Indivíduo A UA,0
UB,0
(2) O ponto M não pode ser ótimo de Pareto pois o indivíduo A fica numa situação pior do que
com sua dotação inicial.
(3) No equilíbrio competitivo com troca, a linha de preço é tangente às curvas de indiferença dos dois
indivíduos e passa pelo ponto E.

Questão 12. Considere o mercado de grampos no país A, caracterizado pelas curvas de oferta P
= -4 + Qs e de demanda P = 25 – 2 Qd . O governo deste país analisa sua política de abertura do
mercado ao comércio exterior.
(0) Se o preço internacional do bem for $3, a quantidade importada pelo país A será quatro
unidades, na ausência de barreiras às importações.
(1) Um imposto sobre as importações de $1 por unidade importada terá o mesmo efeito que a
imposição de uma quota de importação de três unidades.
(2) A variação no excedente do produtor (EP) no país A causada pelo imposto sobre as
importações será menor (em valor absoluto) que a variação no excedente do consumidor (EC)
no país A.
(3) A variação no excedente do produtor (EP) no país A causada pelo imposto sobre as
importações de $1 por unidade importada será igual a $7,5.

Questão 13. Considere agora a possibilidade de discriminação de preços:

(0) A discriminação de preços de primeiro grau é a prática de preços diferenciados para cada consumidor,
cobrando o valor máximo que cada indivíduo estaria disposto a pagar para consumir o bem.

(1) Descontos para estudantes nos cinemas é um exemplo típico de discriminação de preços de
segundo grau.
(2) A discriminação de preços de segundo grau é a prática de preços diferenciados de acordo
com a quantidade consumida.
(3) A discriminação de preços de segundo grau permite aumentar o nível de bem-estar dos
consumidores ao mesmo tempo que aumenta o lucro da empresa.
Questão 14. Considere o jogo abaixo entre os agentes A e B, cada um com duas possíveis
estratégias (na matriz de ganhos, os valores à esquerda são referentes ao jogador A e os ganhos à
direita são referentes ao jogador B). Suponha que os dois jogadores tomam sua decisão
simultaneamente.

B1 B2

A1 2,4 0,0

A2 1,2 6,3

Nesta situação:

(0) A estratégia A2 é dominante para o jogador A.


(1) (A2,B2) é o único equilíbrio de Nash em estratégias puras.
(2) Não há equilíbrio com estratégias dominantes.

(3) No equilíbrio com estratégias mistas, o jogador A escolhe a estratégia A1 com probabilidade
1
/5 e a estratégia A2 com probabilidade 4/5.

Questão 15. Quais das afirmações a seguir são verdadeiras ou falsas:


(0) Uma alocação ineficiente de recursos não poderá ser mais eqüitativa do que outra alocação
eficiente.
(1) Tendo em vista que todas as alocações de uma curva de contrato são eficientes, então essas
alocações são igualmente desejáveis do ponto de vista social.
(2) Em uma alocação ineficiente, ninguém pode estar melhor do que em uma alocação eficiente.
(3) Toda alocação eficiente no sentido de Pareto é equilíbrio competitivo.

Gabarito99
PROVA DE MICROECONOMIA
ques./quest 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
00 E E E E E E E E E E C C C E E
01 C C E E E C E E C C E E E E E
02 E C E C C E E C E C E C C C E
03 C X C E E C C C C E C C C C E
04 X C E
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2000

PROVA DE MICROECONOMIA

21/10/99 - QUINTA FEIRA


HORÁRIO: 10:30 às 12:45 (horário de Brasilia)
EXAME ANPEC 2000
PROVA DE MICROECONOMIA

QUESTÃO 01
Com base na abordagem ordinal da teoria do consumidor é correto afirmar que:
(1) A função de utilidade é arbitrária até qualquer transformação monótona crescente de si
mesma.
(2) O princípio da utilidade marginal declinante é imprescindível para garantir a
substituição entre bens.
(3) Utilidades marginais positivas implicam taxa marginal de substituição negativa.
(4) Uma função de utilidade côncava significa que o consumidor prefere diversificação à
especialização no consumo.
(5) Taxa marginal de substituição positiva implica que um dos produtos é um desbem.

QUESTÃO 2
Em relação às funções de utilidade dos consumidores é correto afirmar que:
(1) Para um consumidor com uma função de utilidade do tipo U(X,Y)=X 0,4. Y 0,6,
os bens X e Y são substitutos perfeitos.
(2) Uma transformação monotônica de uma função de utilidade do tipo U(X,Y) = (X + Y)
1/2
não muda a taxa marginal de substituição.
(3) Para um consumidor com uma função de utilidade do tipo U(X 1, X2) =
1/2
X1 + X2, um aumento na renda altera absolutamente as quantidades demandadas de
X1 e de X2 .
(4) Caso a função utilidade do consumidor seja homotética, a taxa marginal de
substituição depende apenas das quantidades relativas dos bens consumidos e não
das quantidades absolutas.
(5) Um consumidor com uma função de utilidade do tipo: U(X 1, X2) =
min{2/3 X1, X2}, tem uma elasticidade de substituição igual a 1 em todo seu domínio
QUESTÃO 3
Admita que a função de utilidade de um investidor seja especificada por U(M) = M 1/2,
em que M = 150 é a renda. Suponha que ele deseje aplicar 100% de sua renda na
compra de ações de duas empresas A e B. Os preços de mercado dessas ações são hoje
iguais PA = PB = 15, mas podem variar, a depender do estado da natureza, de acordo com
a seguinte distribuição de probabilidades:

Estado da Probabilidade PA PB
natureza
0 ½ 40 5
1 ½ 5 40

Determine a utilidade esperada do investidor, admitindo-se que este invista metade


de sua renda em ações da empresa A e a outra metade em B.

QUESTÃO 4
O seguinte mapa de isoquantas descreve a função de produção de uma dada
empresa.
B

Capital
por mês A

Trabalho por mês

É correto dizer que:


(1) As isoquantas apresentadas têm inclinação negativa porque tanto o capital quanto o
trabalho apresentam produtos marginais positivos.
(2) À medida que percorremos uma dada isoquanta, substituindo capital por trabalho no
processo produtivo, o produto marginal do trabalho aumenta e o produto marginal do
capital diminui.
(3) O processo de produção A é mais intensivo em trabalho do que o processo de
produção B .
(4) Nas isoquantas apresentadas, a elasticidade de substituição entre capital e trabalho é
negativa.
(5) A tecnologia de produção da empresa obedece à propriedade de livre descarte.
QUESTÃO 5
Uma firma competitiva produz um bem a partir da utilização de um único insumo. A tecnologia da firma apresenta
retornos decrescentes de escala em todos os níveis de produção. É correto afirmar que:
(1) A curva de custo total da firma é uma linha reta com inclinação ascendente.
(2) Para todos os níveis de produção positivos, o custo marginal é superior ao custo
médio.
(3) Caso a firma fosse dividida em duas outras firmas menores de igual tamanho, os
lucros totais aumentariam.
(4) A função de oferta de longo prazo é uma linha reta que passa pela origem.
(5) Os custos médios de longo prazo crescem à medida que a produção aumenta.

QUESTÃO 6
Com relação à teoria dos custos, é correto afirmar que:
(1) Especificada a função de produção e conhecidos os preços dos insumos (constantes
por hipótese), a função de custo de longo prazo pode ser determinada através de um
processo de otimização, cujo parâmetro é o nível de produção.
(2) Se a função de produção é homogênea linear, a função de custo é homogênea de
grau um.
(3) Uma firma que experimenta grande variabilidade intertemporal no preço de um insumo
básico, sempre prefere uma política de estabilização do governo que controle esse
preço em seu nível médio, a ter que enfrentar a instabilidade desse preço.
(4) Se x é o único insumo variável no curto prazo e o seu preço, w, é constante, então a
curva de custo variável médio é w vezes a recíproca da curva de produtividade média
de x.
(5) O custo marginal de curto prazo é maior que o custo marginal de longo prazo, porque
este último não inclui o custo do insumo fixo.

QUESTÃO 7
Se as funções de demanda e oferta de um bem forem, especificadas,
respectivamente por xd = 142p e xs = 1+8p, em que xd e xs são, respectivamente, as
quantidades demandada e ofertada desse bem e p o seu preço, então é correto afirmar
que:
(1) A receita média de equilíbrio nesse mercado será igual a 1,5.
(2) Um aumento de 20% na demanda, acompanhado de um aumento de 20% na oferta, para qualquer que
seja o preço, não alterará o preço de equilíbrio, mas aumentará a quantidade de equilíbrio em 20%.
(3) Um imposto de 0,5 por unidade produzida e vendida aumentará o preço pago pelos
consumidores em 0,5, mas não alterará o preço recebido pelos produtores.
(4) Um subsídio de 0,5 por unidade produzida e vendida reduzirá o preço pago pelos
consumidores para 1,1 e aumentará o preço recebido pelos produtores para 1,6.
(5) A garantia de um preço mínimo igual a 2 gerará um excedente de demanda nesse
mercado de 5.
QUESTÃO 8
Uma indústria monopolista tem o seu mercado doméstico protegido da concorrência das
importações. A curva de demanda doméstica pelo seu produto é: Pd = 12 - Qd/10. A firma também
exporta para o mercado internacional, em que o preço é Pe = 9 , independentemente da
quantidade exportada Qe . O custo marginal da firma é : CMg = 5 + Q/10, em que Q = Qd
+ Qe. Calcule a quantidade exportada, Qe, pela indústria.

QUESTÃO 9
Com relação às teorias do equilíbrio geral e do bem-estar, é correto afirmar que:
(1) A lei de Walras é válida apenas quando os preços da economia são de equilíbrio geral.
(2) A condição de equilíbrio geral de demanda igual à oferta em todos os mercados
permite determinar preços relativos, tendo em vista que a multiplicação de todos os
preços por um número positivo não afetará o comportamento da oferta e da demanda
de nenhum agente.
(3) Toda alocação eqüitativa, em que cada agente recebe a mesma quantidade de cada
bem é eficiente de Pareto.
(4) O Segundo Teorema da Economia do Bem-Estar Social é verdadeiro
independentemente do conjunto de possibilidades de produção das firmas ser ou não
convexo.
(5) O Segundo Teorema da Economia do Bem-Estar Social implica que os problemas da
distribuição da renda e da eficiência podem ser separados.

QUESTÃO 10
Considere uma economia de trocas na qual dois agentes A e B possuem 5 unidades de cada um de dois bens x e y.
Assim, existem 10 unidades de cada um dos bens x e y na economia. A função de utilidade do agente A é
U(x, y) = x + 2y e a do agente B é V(x, y) = min{2x, y}.
(1) A dotação inicial, segundo a qual cada agente possui 5 unidades de cada bem, é
eficiente de Pareto.
(2) A alocação segundo a qual A recebe 8 unidades de x e 6 unidades de y e B recebe 2
unidades de x e 4 unidades de y é eficiente de Pareto.
(3) Existe um único equilíbrio competitivo nesta economia.
(4) Se os agentes puderem negociar livremente suas alocações iniciais, o agente B jamais
aceitará uma troca que lhe deixe com menos de 4 unidades de x.
(5) Existe um número infinito de alocações eficientes de Pareto.

QUESTÃO 11
Com relação aos conceitos de bem público e externalidades, é correto afirmar que:
(1) As dificuldades práticas para a solução do problema das externalidades, decorrem de
imperfeições na definição dos direitos de propriedade.
(2) Caso as preferências dos consumidores sejam quaselineares, as consequências
distributivas da especificação dos direitos de propriedade são eliminadas.
(3) A instalação de uma fábrica de automóveis numa cidade do interior causou um
aumento geral nos preços dos imóveis, devido ao influxo de operários. Pode-se então
dizer que a instalação da fábrica representou uma externalidade para os moradores
da cidade.
(4) Na presença de externalidades positivas no consumo, o Primeiro Teorema da
Economia do Bem-Estar Social pode ser inválido.
(5) O estudo elementar, garantido pela Constituição Federal, é um bem público.

QUESTÃO 12
Alguns mercados se caracterizam pela existência de informação assimétrica. É correto afirmar que:
(1) O problema da informação assimétrica refere-se apenas ao fato de que informação
representa um custo, não tendo portanto qualquer efeito sobre a alocação eficiente de
recursos em mercados competitivos.
(2) Segundo Akerlof, no mercado de bens usados o resultado esperado é um preço médio
uniforme para todos os bens vendidos, na ausência de garantias ou instrumentos
similares.
(3) Os salários de eficiência fornecem uma explicação para o fenômeno do desemprego
involuntário no mercado de trabalho.
(4) O problema do risco moral no mercado de seguros surge porque a parte segurada
pode influenciar a probabilidade do evento gerador do pagamento.
(5) Na seleção adversa tanto as pessoas envolvidas com riscos mais elevados quanto as
pessoas envolvidas com riscos menores passam a optar pela aquisição do seguro.

QUESTÃO 13
O proprietário de uma editora de livros infantis deseja contratar um agente para vender de casa em casa seus livros.
Se o agente for contratado, ele poderá esforçar-se muito, em cujo caso venderá o equivalente a 2500 reais em livros
durante um mês com probabilidade 3/4 e venderá o equivalente a 100 reais com probabilidade 1/4. Caso o agente
não se esforce, venderá 2500 reais com probabilidade 1/4 e 100 reais com probabilidade 3/4. A utilidade de von
Neumann-Morgenstern do agente é U(x) = x1/2, e existe um custo para o agente se esforçar correspondendo a 20
unidades de utilidade. O proprietário não observa o esforço do agente, mas observa quanto ele conseguiu vender, e
deve escolher um contrato (r,s) em que r é o salário do agente se vender 2500 reais e s se vender 100 reais.
(1) A situação descrita é um exemplo típico de um modelo de sinalização com informação
assimétrica.
(2) Se o proprietário oferecer r = s = 900 o agente aceitará o emprego e se esforçará
muito.
(3) Se o proprietário oferecer r = s = 400 o agente aceitará o emprego e terá utilidade
esperada 20.
(4) Se o proprietário oferecer r = 1600 e s = 0, o agente aceitará o emprego e será
indiferente entre esforçar-se muito e não se esforçar.
(5) Se o proprietário oferecer o salário r = 400 e s = 100 o agente aceitará o emprego e se
esforçará muito.

QUESTÃO 14
Considere o jogo estático entre dois agentes apresentado a seguir.

Agente 2
c d
Agente 1 a 5,5 0,10
b 10,0 1,10

(1) O perfil de estratégias (a,d) é um equilíbrio de Nash desse jogo.


(2) O jogo possui um único equilíbrio de Nash.
(3) b é uma estratégia dominante para o jogador 1.
(4) Se o jogo for repetido um número infinito de vezes e os jogadores não descontarem o
futuro, então existe um equilíbrio de Nash no jogo repetido no qual os jogadores
sempre escolhem (a,c).
(5) Todo equilíbrio de Nash num jogo estático é eficiente de Pareto.
QUESTÃO 15
Considere o jogo na forma extensiva apresentado a seguir.

a b
1 1
2

(2,10)
c d

(0,1) (5,5)

(1) O perfil de estratégias (a,c) é um equilíbrio de Nash.


(2) O perfil de estratégias (b,c) é um equilíbrio de Nash.
(3) Num equilíbrio de Nash perfeito em subjogos o jogador 2 jogará sempre c.
(4) Existem dois equilíbrios de Nash nesse jogo.
(4) Todo equilíbrio de Nash desse jogo é perfeito em subjogos.

Gabarito00
MICROECONOMIA
1 1 1 1 1 1
IT\QUES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5
1 2
0 V F 5 V F V V 5 F F V F F F V
1 F V F V V V V V F V F V F
2 V F F V F F F V F V V V F
3 V V F F V V F F V V V V V
4 V F V V F F V V F F F F F
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2001

PROVA DE MICROECONOMIA

2o Dia: 19/10/2000 - QUINTA FEIRA


HORÁRIO: 10h 30 às 12h 45 (horário de Brasília)
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2001
2o Dia: 19/10 (Quinta-feira) – Manhã: 10h 30 às 12h 45 -
MICROECONOMIA
Instruções

1. Este CADERNO é constituído de quinze questões objetivas.

2. Caso o CADERNO esteja incompleto ou tenha qualquer defeito, o(a) candidato(a) deverá
solicitar ao fiscal de sala mais próximo que o substitua.

3. Nas questões do tipo A, recomenda-se não marcar ao acaso: cada item cuja resposta divirja
1
do gabarito oficial acarretará a perda de n ponto, em que n é o número de itens da
questão a que pertença o item, conforme consta no Manual do Candidato.

4. Durante as provas, o(a) candidato(a) não deverá levantar-se ou comunicar-se com outros(as)
candidatos(as).

5. A duração da prova é de duas horas e quinze minutos, já incluído o tempo destinado à


identificação – que será feita no decorrer das provas – e ao preenchimento da FOLHA DE
RESPOSTAS.

6. Durante a realização das provas não é permitida a utilização de calculadora ou qualquer


material de consulta.

7. A desobediência a qualquer uma das recomendações constantes nas presentes Instruções,


na FOLHA DE RASCUNHO e na FOLHA DE RESPOSTAS poderá implicar a anulação das
provas do(a) candidato(a).

AGENDA

 24/10/2000 – A partir das 20h, divulgação dos gabaritos das provas objetivas, nos endereços:
http://www.unb.br/ih/eco/ e http://www.anpec.org.br
 24 a 26/10/200 – Recursos identificados pelo autor serão aceitos a partir do dia 24 até às 20h
do dia 26/10 do corrente ano. Não serão aceitos recursos anônimos.
 20/11/2000 – Entrega do resultado da parte objetiva do Exame aos Centros.
 21/11/2000 – Divulgação do resultado pela Internet, nos sites acima citados.

OBSERVAÇÕES:

 Em nenhuma hipótese a ANPEC informará resultado por telefone.


 É proibida a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo, sem
autorização expressa da ANPEC.
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2001
2o Dia: 19/10 (Quinta-feira) – Manhã: 10h 30 às 12h 45 -
MICROECONOMIA

 Nas questões de 1 a 14, marque, de acordo como o comando de cada uma delas: itens
VERDADEIROS na coluna V; itens FALSOS na coluna F.
 Na questão 15, marque, de acordo com o comando: o algarismo das DEZENAS na coluna D;
o algarismo das UNIDADES na coluna U. O algarismo das DEZENAS deve ser
obrigatoriamente marcado, mesmo que seja igual a ZERO.
 Use a FOLHA DE RASCUNHO para as devidas marcações e, posteriormente, a FOLHA DE
RESPOSTAS.

QUESTÃO 01
Em relação à teoria das preferências, julgue os itens a seguir:
Ⓞ Se as preferências de um consumidor forem convexas, então para qualquer cesta x = {x1, x2}, em que x1 e x2 são
as quantidades consumidas dos bens 1 e 2, o conjunto formado pelas cestas que o consumidor considera inferiores
a x é um conjunto convexo.
① Representando o bem x na abscissa e o bem y na ordenada, constata-se que, em presença de homoteticidade das
preferências, a taxa marginal de substituição entre x e y é decrescente, para níveis mais elevados de consumo de x.
② A função de utilidade u(x, y) = 10  (x  2)2  (y  1)2 é monotônica.
③ A satisfação de um consumidor, derivada do consumo dos bens x e y, é mensurada pelo negativo da soma do valor
absoluto dos desvios de qualquer cesta em relação a sua cesta preferida, que contém 2 unidades de x e 7 unidades
de y. Então, a curva de indiferença desse consumidor que passa pelo ponto (x, y) = (5, 4), também inclui as cestas
(2, 1), (8, 7) e (5, 10).
④ Sendo as preferências de um consumidor representadas pela função u(x, y) = 25(3x + 2y) – 30, pode-se afirmar que
os bens x e y são substitutos perfeitos e, por conseguinte, o consumidor demandará apenas aquele que for mais
barato.

QUESTÃO 02
Julgue os itens a seguir:

Ⓞ Se a elasticidade cruzada entre dois bens é negativa, estes bens são complementares.
① Quanto menor for o número de substitutos para um produto, maior será a elasticidade-preço da demanda.
② Se o aumento sucessivo da oferta de um bem resulta em reduções sucessivas da receita dos ofertantes, pode-se
dizer que a demanda por este produto é preço-inelástica.
③ A elasticidade-preço da demanda por um produto é – 0,5 e a elasticidade-renda é 2,0. Se houver um aumento de
1% no preço do produto e, ao mesmo tempo, a renda agregada subir 1%, o impacto sobre a quantidade demandada
será de 1,5%.
④ A demanda de um produto é geralmente mais elástica ao preço no longo do que no curto prazo.
QUESTÃO 03
Em relação à teoria da produção, pode-se afirmar que:

Ⓞ Se uma firma utiliza apenas dois fatores, que são substitutos perfeitos, pode-se concluir que a função de produção
dessa firma apresenta retornos constantes de escala.
① A hipótese de livre disponibilidade de fatores implica que, para qualquer fator produtivo, a produtividade marginal
é não negativa.
② Para uma firma, cuja função de produção é F(K,L) = K1/2 + L2, os retornos de escala são diferentes, dependendo da
proporção em que os fatores K e L são utilizados.
③ Na função de produção F(K,L) = [Ka + La] b, em que a e b são constantes positivas, a taxa marginal de substituição
técnica entre K e L é decrescente para qualquer valor de b, se o parâmetro a for inferior à unidade.
④ Para a firma que trabalha com uma tecnologia do tipo F(K,L) = K + min{K,L}, as isoquantas são formadas por
segmentos que formam um ângulo reto.

QUESTÃO 04
A respeito de custos de produção, é correto afirmar que:

Ⓞ A curva de Custo Fixo Médio de Longo Prazo é decrescente para qualquer nível de produto.
① A área abaixo da curva de custo marginal equivale ao custo variável médio.
② A área abaixo da curva de custo variável médio equivale ao custo fixo.
③ A lei dos retornos decrescentes explica o formato da curva de custo médio de longo prazo.
④ Se uma firma decide produzir q = 0 no curto prazo é porque seus custos totais são iguais a zero.

QUESTÃO 05
Uma pequena empresa de artesanato, maximizadora de lucros, requer somente o fator trabalho, L,
para produzir. Sua função de produção é dada por: Q = 80L  L2, em que Q representa a quantidade
produzida. Os trabalhadores podem ser contratados ao salário W, num mercado competitivo.
Ⓞ Se W = R$ 200 e o preço unitário do artesanato é de P = R$ 10, a firma maximizará lucros
contratando L = 30 trabalhadores e seu lucro será de R$ 9.000.
① Para os mesmos valores de W e P do quesito anterior, se a firma quiser maximizar a receita
total, contratará L = 50 trabalhadores.
② Se o preço unitário do artesanato cair para P = R$ 5, a firma demitirá 10 trabalhadores, e seu
lucro será de R$ 2.000.
③ Suponha que, para re-contratar trabalhadores demitidos ou treinar novos, a firma se defronte
com um custo de ajustamento dado por C = (L - L -1)2 . Caso o número de trabalhadores no
período anterior tivesse sido L-1 = 30 e caso W = R$ 200 e P = R$ 5 a firma ajustará o número
de trabalhadores para L = 10, obtendo lucros de R$ 1.400.
④ Conclui-se dos quesitos anteriores que a existência de custos de ajustamento reduz o impacto da
redução do preço do produto sobre o nível de emprego.
QUESTÃO 06
Suponha que uma indústria de brinquedos seja composta de duas firmas, A e B que, além de diferenciarem seus
produtos, concorrem em preços. As duas firmas operam com os mesmos custos fixos, iguais a R$ 10, custos variáveis
nulos e defrontam-se com as seguintes funções de demanda:

QA = 6 – PA + 0,5 PB
QB = 6 – PB + 0,5 PA
em que QA e QB são as quantidades vendidas e PA e PB os preços praticados pelas firmas A e B, respectivamente.

Ⓞ Supondo que cada firma adote a melhor estratégia de preço em função do preço da concorrente, cada uma cobrará
R$ 4 por unidade vendida, obtendo lucro total de R$ 6.
① Caso entrem em conluio para maximizar o lucro conjunto, cada firma cobrará o preço unitário de R$ 6, usufruindo
lucro total de R$ 8.
② A solução de conluio é estável já que cada firma obtém maiores lucros.
③ Se o jogo de determinação simultânea de preços for repetido um número infinito de períodos, e se a taxa de juros
do mercado for inferior a 0,50, a estratégia do gatilho será um equilíbrio perfeito em subjogos e a solução de
conluio será a mais plausível.
④ Se o jogo de determinação simultânea de preços for repetido um número finito de períodos, a solução mais
plausível será a não cooperativa, correspondente ao equilíbrio de Cournot de preços em cada período.

QUESTÃO 07
A empresa XYZ vende seus produtos a preços mais baixos para idosos. Pode-se afirmar que:

Ⓞ A demanda de idosos pelos produtos da empresa XYZ é mais elástica ao preço do que a demanda de pessoas mais
jovens
① A firma XYZ não opera em concorrência perfeita.
② A firma XYZ consegue evitar que seus produtos sejam revendidos pelos compradores.
③ Se a função demanda dos idosos for q = 20 – p e a função custo for dada por c = 10q, a quantidade vendida a idosos
será 10 unidades.
④ A empresa teria lucros maiores caso não discriminasse preços.

QUESTÃO 08
Analise cada uma das assertivas abaixo relacionadas, supondo uma indústria composta por n firmas,
n > 2, cada uma atuando segundo as hipóteses do modelo de Cournot.
Ⓞ Como o número de firmas da indústria é superior a 2, a condição necessária à maximização do
lucro de cada uma deixa de ser a igualdade entre receita marginal e custo marginal.
① Quanto maior for o número de firmas que participarem da indústria, o equilíbrio de Cournot
mais se aproximará do equilíbrio competitivo.
② Quanto maior for a concentração da indústria, mais elástica ao preço será a curva de demanda
com a qual cada firma se defrontará individualmente.
③ Por não corresponder ao equilíbrio de Nash, o equilíbrio de Cournot será instável.
④ Se a demanda pelo produto for preço-elástica, a solução de cartel será a mais estável para a
indústria.
QUESTÃO 09
Em relação à teoria do equilíbrio geral e do bem-estar, é correto afirmar que:

Ⓞ Em um equilíbrio competitivo, independentemente das preferências, nenhuma pessoa com a mesma renda
monetária invejará a cesta de consumo de outra.
① Se uma alocação x é Pareto ótima e a alocação y não o é, então todos os agentes estarão pelo menos tão satisfeitos
com a alocação x do que com a alocação y e alguém preferirá estritamente a alocação x à alocação y.
② Caso a função de bem-estar social seja uma função crescente da utilidade de cada agente, a alocação que maximiza
a função de bem-estar deve ser eficiente no sentido de Pareto.
③ Se dois consumidores têm preferências homotéticas e suas curvas de indiferença apresentam taxa marginal de
substituição decrescente, o locus das alocações eficientes no sentido de Pareto, na Caixa de Edgeworth, é uma
linha reta diagonal.
④ Uma alocação na qual todos agentes recebem a mesma quantidade de cada bem é eqüitativa e eficiente.

QUESTÃO 10
Considere uma economia de trocas com dois agentes, A e B, e dois bens, x e y. O agente A possui 2 unidades do
bem x e 6 do bem y, enquanto o agente B possui 8 unidades do bem x e 4 do bem y. A função de utilidade do
agente A é U(x, y) = 6x1/2 + y e a do agente B é V(x, y) = x + 2y1/2. Considere ainda a função de bem-estar social
dada por W(V, U) = V + U.

Ⓞ No máximo de bem-estar social, o agente 1 recebe 1 unidade do bem x e 9 unidades do bem y.


① Os dois agentes preferem a alocação que corresponde ao máximo de bem-estar social à alocação inicial.
② O máximo de bem-estar social é uma alocação eficiente de Pareto.
③ O máximo de bem-estar social é uma alocação igualitária.
④ O máximo de bem-estar social é uma alocação justa.

QUESTÃO 11
Na economia, há dois tipos de agentes: 50% são do tipo 1, otimista e despreocupado, e 50% são do
tipo 2, pessimista e estressado. Os dois possuem um carro avaliado em R$ 20.000 e poderiam
adquirir um dispositivo anti-furto por R$ 1.000, o que reduziria a probabilidade de furto de 30%
para 15%. Porém, somente os agentes do tipo 2 adquirem este dispositivo. Supondo que a
seguradora não tenha como distinguir entre os dois tipos de agentes, utilize o índice de utilidade de
von Neumann-Morgenstern para avaliar as seguintes assertivas:

Ⓞ Considerando dois estados da natureza, um em que exista furto de veículos e outro em que não
exista, o “preço justo” de um seguro completo – aquele que assegura a manutenção da riqueza
nos dois estados – será de R$ 6.000 para o agente do tipo 1; e
① de R$ 4.000 para o agente do tipo 2.
② Se, devido à informação incompleta, a seguradora decidir aplicar a probabilidade média de furto
de veículos, o “preço justo” do seguro será de R$ 4.500.
③ Se o preço do seguro for de R$ 4.500, o equilíbrio de mercado de seguros será separador já que,
para os agentes do tipo 2, a restrição de racionalidade individual não poderá ser satisfeita.
④ A seguradora realizará um lucro estritamente positivo em cada apólice vendida caso, não
reconhecendo a característica do mercado, venda seguros ao preço de R$ 4.500.
QUESTÃO 12
Um pequeno produtor utiliza implementos agrícolas e trabalho para produzir mudas de plantas
ornamentais. Este produtor deseja maximizar seu lucro, que depende do esforço E de um
trabalhador assim como de condições climáticas aleatórias. O esforço máximo do trabalhador é
dado por E = 1 e o esforço nulo por E = 0. Há um custo para o trabalhador esforçar-se, dado por
C(E) = 0, se E = 0 e C(E) = 5.000, se E =1. A probabilidade do clima ser favorável é de p = 0,5 e
a matriz de lucros possíveis é dada por:

Clima Favorável (p=0,5) Clima desfavorável (p=0,5)


R$ R$
E=0 10.000,00 5.000,00
E=1 20.000,00 10.000,00

Analise as assertivas abaixo, supondo que o objetivo do trabalhador seja maximizar sua
remuneração esperada líquida, e que o objetivo do produtor seja maximizar o lucro.
Ⓞ Se o esforço E não pode ser monitorado, a situação descreve um problema típico de agente-
principal, baseado em informação assimétrica.
① O contrato de remuneração que oferece pagamento fixo, W*, induz o esforço máximo, E = 1.
② O esforço máximo, E = 1, será induzido se o esquema de remuneração for: W = 0, se  
[5.000, 10.000]; e W = 12.000, se  = 20.000, em que W é a remuneração do trabalhador e 
é lucro realizado do produtor.
③ Um contrato de remuneração que estabeleça remuneração fixa W*< 1000, se comparado com o
contrato descrito no quesito (2), induz uma situação melhor tanto para o produtor, quanto para o
trabalhador.
④ A falta de informação a respeito do esforço realizado pelo trabalhador pode levar à ineficiência
já que diminui simultaneamente a remuneração do trabalhador e o lucro do produtor.
QUESTÃO 13
Considere o jogo descrito pela seguinte matriz de possibilidades, em que (x, y) = (ganho do agente
1, ganho do agente 2)

Agente 2
a b
Agente 1 A 3,2 5,5
B 0,0 7,4

Ⓞ As estratégias B e b são dominantes para os agentes 1 e 2, respectivamente.


① O par de estratégias (B, b) é um equilíbrio de Nash.
② O par de estratégias (A, b) é eficiente no sentido de Pareto.
③ Todo equilíbrio de Nash desse jogo é eficiente no sentido de Pareto.
④ Há um equilíbrio de Nash em estratégias mistas no qual o jogador 1 escolhe A com probabilidade 2/3 e B com
probabilidade 1/3.

QUESTÃO 14
Considere o jogo na forma extensiva apresentada a seguir.

A B
1 1

2 2

a b a b

(7,4)
(3,2) (5,5) (0,0)
Ⓞ A estratégia A domina estritamente a estratégia B.
① Existe um equilíbrio de Nash que resulta nos ganhos (5, 5).
② Não existe equilíbrio de Nash que resulte nos ganhos (7, 4).
③ Todo equilíbrio de Nash do jogo é perfeito em subjogos.
④ Todo equilíbrio de Nash em estratégias puras do jogo é eficiente no sentido de Pareto.

QUESTÃO 15
Suponha um produto cuja demanda seja diferente para homens e mulheres. A demanda masculina é
dada por Qdm = 20 – 2p e a demanda feminina por Q df = 18 – 3p. A oferta de mercado é composta
por produtos nacionais e importados, e as curvas de oferta são, respectivamente: Qsn = 10 + 2p e Qsi
= 2p –10. Calcule o excesso de oferta que resultaria da adoção de um preço mínimo igual a 6.

MICROECONOMIA
Gabarito01
  1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
0 F V F F V V V F V F V V F F 16
1 F F V F F V V V F F F F V V  
2 F V V F V F V F V V V V V F  
3 V V V F F V F F F F V F V F  
4 F V F F V V F F F F F F F V  
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2002

PROVA DE MICROECONOMIA

2o Dia: 18/10/2000 - QUINTA FEIRA


HORÁRIO: 14h 30 às 16h 45 (horário de Brasília)
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2002
2o Dia: 18/10 (Quinta-feira) – Tarde: 14h 30 às 16h 45 -
MICROECONOMIA

Instruções

8. Este CADERNO é constituído de quinze questões objetivas.

9. Caso o CADERNO esteja incompleto ou tenha qualquer defeito, o(a) candidato(a) deverá
solicitar ao fiscal de sala mais próximo que o substitua.

10. Nas questões do tipo A, recomenda-se não marcar ao acaso: cada item cuja resposta divirja
1
do gabarito oficial acarretará a perda de n
ponto, em que n é o número de itens da
questão a que pertença o item, conforme consta no Manual do Candidato.

11. Durante as provas, o(a) candidato(a) não deverá levantar-se ou comunicar-se com outros(as)
candidatos(as).

12. A duração da prova é de duas horas e quinze minutos, já incluído o tempo destinado à
identificação – que será feita no decorrer das provas – e ao preenchimento da FOLHA DE
RESPOSTAS.

13. Durante a realização das provas não é permitida a utilização de calculadora ou qualquer
material de consulta.

14. A desobediência a qualquer uma das recomendações constantes nas presentes Instruções,
na FOLHA DE RASCUNHO e na FOLHA DE RESPOSTAS poderá implicar a anulação das
provas do(a) candidato(a).

AGENDA

 24/10/2001 – A partir das 20h, divulgação dos gabaritos das provas objetivas, nos endereços:
http://www.unb.br/ih/eco/ e http://www.anpec.org.br
 24 a 26/10/2001 – Recursos identificados pelo autor serão aceitos a partir do dia 24 até às 20h
do dia 26/10 do corrente ano. Não serão aceitos recursos fora do padrão apresentado no
manual do candidato (página 19).
 23/11/2001 – Entrega do resultado da parte objetiva do Exame aos Centros.
 24/11/2001 – Divulgação do resultado pela Internet, nos sites acima citados.

OBSERVAÇÕES:

 Em nenhuma hipótese a ANPEC informará resultado por telefone.


 É proibida a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo, sem
autorização expressa da ANPEC.
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2002
2o Dia: 18/10 (Quinta-feira) – Tarde: 14h 30 às 16h 45 -
MICROECONOMIA

 Nas questões de 1 a 13, marque, de acordo como o comando de cada uma delas: itens
VERDADEIROS na coluna V; itens FALSOS na coluna F.
 Nas questões 14 e 15, marque, de acordo com o comando: o algarismo das DEZENAS na
coluna D; o algarismo das UNIDADES na coluna U. O algarismo das DEZENAS deve ser
obrigatoriamente marcado, mesmo que seja igual a ZERO.
 Use a FOLHA DE RASCUNHO para as devidas marcações e, posteriormente, a FOLHA DE
RESPOSTAS.

QUESTÃO 01
Em relação à teoria das preferências, julgue os itens a seguir:
Ⓞ Os pressupostos de que as preferências são completas e transitivas garantem que curvas de indiferença distintas não
se cruzam.
① Quando as preferências de um indivíduo são tais que X = {x 1,x2} é estritamente preferível a Y = {y1,y2} se e
somente se (x1 > y1 ) ou (x1 = y1 e x2 > y2 ), as curvas de indiferença são conjuntos unitários.

② Curvas de indiferença circulares indicam que o pressuposto de convexidade das preferências não é válido.

③ A convexidade estrita das curvas de indiferença elimina a possibilidade de que os bens sejam substitutos perfeitos.

④ Considere um alcoólatra que beba pinga ou uísque e que nunca misture as duas bebidas. Sua
função de utilidade é dada por u(x,y) = max (x, 2y), em que x e y são números de litros de
pinga e uísque, respectivamente. Esta função de utilidade respeita o princípio de convexidade
das preferências.
QUESTÃO 02
A função de utilidade do tipo von Neumann-Morgenstern de um agente é dada por u(M), em que M é a renda
monetária do agente:
Ⓞ Se u(M) = log (M), então o agente é avesso ao risco.

① Se u(M) = M1/3, o agente não pagaria mais de $2 por uma loteria cujo valor esperado seja $2.

② Se as preferências do agente 1 são representadas por u(M) e as preferências do agente 2 são representadas por
v(u(M)), em que v é uma função estritamente crescente, então, os dois agentes possuem as mesmas preferências.

③ Se u(M) = M2, a utilidade esperada de um bilhete de loteria que pague $3, $5 ou $6, todos com a mesma
probabilidade, é 70/3.

④ Nenhum agente pagaria por um bilhete de loteria um valor maior que o valor esperado da loteria.
QUESTÃO 03
Considere um modelo de alocação de tempo e oferta de trabalho, em que o gasto com consumo não pode exceder a
renda disponível:
PC  I + w( 24 - la ),

No qual: P = índice de preço para os bens de consumo,


C = bens de consumo adquiridos,
I = renda obtida sem trabalhar,
la = horas de lazer,
w = salário e
L = 24 - la = horas de trabalho.
Considere que o trabalhador deseja maximizar sua utilidade, U=U(la,C), em que o eixo x é representado pela variável
horas de lazer (la) e o eixo y é representado pela variável consumo (C).

Ⓞ As variáveis endógenas do modelo são salário e consumo.

① A inclinação da restrição orçamentária é o salário real ou salário relativo (w/P).

② O efeito-renda e o efeito-substituição, provocados pelo aumento do salário, têm direção oposta quando as horas de
lazer (la) forem um bem normal.

③ As horas de lazer sempre aumentam quando o salário se eleva.

④ Suponha que uma herança aumente o valor da renda obtida sem trabalhar. Então, o consumidor necessariamente
reduzirá sua oferta de trabalho.

QUESTÃO 04
Com respeito à Teoria da Demanda, julgue os seguintes itens:

Ⓞ Se a demanda de mercado de um bem é dada por D(p) = R/p, quanto maior for R, mais elástica será a curva de
demanda para um determinado preço.

① As perdas sociais associadas às políticas de preços mínimos para bens agrícolas são minoradas quando as curvas de
demanda por bens agrícolas são inelásticas em seus segmentos relevantes.

② A variação do excedente do consumidor decorrente de uma variação no preço de um bem pode ser interpretada como
a variação na utilidade do consumidor decorrente dessa mesma variação no preço do bem.

③ Em 1979, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Califórnia entrou em greve contra os produtores de alface, seus
patrões. A produção caiu consideravelmente e como resultado, o lucro dos produtores de alface aumentou. Mesmo
assim, os produtores negociaram com os trabalhadores o fim da greve. A disposição dos produtores em negociar
deve-se ao fato de que a demanda de curto prazo é menos elástica do que a demanda de longo prazo.

④ A curva de renda-consumo está para a curva de Engel assim como a curva de preço-consumo está para a curva de
demanda.
QUESTÃO 05
Com relação à teoria dos custos, é correto afirmar que:

Ⓞ A estrutura de custos de uma empresa não se altera quando o valor dos aluguéis aumenta, caso a firma tenha sua
fábrica em terreno próprio.

① Sendo o trabalho o único fator variável, para níveis de produção em que o produto médio é maior que o produto
marginal do trabalho, o custo médio é crescente.

② Quando o custo variável médio cresce, o custo marginal é maior que o custo médio.

③ A área abaixo da curva de custo marginal de longo prazo até o nível de produção x é igual ao custo total associado à
produção da quantidade x.

④ A curva de custo médio de longo prazo é composta pelos pontos de mínimo das diversas curvas
de custo médio de curto prazo.
QUESTÃO 06
Considere um duopólio em que a demanda inversa de mercado é dada por p = a - bq. O custo fixo das duas empresas é
zero, de modo que o custo médio e o custo marginal são constantes e iguais a c.

(a−c )
Ⓞ No equilíbrio de Cournot cada empresa vende 3b .
c
.
① No equilíbrio de Bertrand o preço de mercado é dado por 2b
(a−c)
② Se a firma 2 for líder em quantidade, venderá 2b unidades.

(a−c )
③ Em caso de conluio, as duas empresas vendem conjuntamente um total de b unidades.

④ Caso as empresas tenham custos diferenciados, sendo o custo médio da empresa 1 dado por c 1 e o custo médio da
empresa 2 dado por c2, e c1 < c2, então, no equilíbrio de Bertrand, as duas empresas dividem o mercado entre si e o
preço será igual a c2.

QUESTÃO 07
Com relação à Teoria do Equilíbrio Geral e do Bem Estar, é correto afirmar que:

Ⓞ O Segundo Teorema do Bem Estar diz que, dadas certas condições, qualquer alocação ótima no sentido de Pareto
pode ser obtida por meio de mecanismos de mercado, desde que se possam alterar as dotações iniciais.

① Em uma economia com 2 bens e 2 insumos, com funções de utilidade e de produção diferenciáveis, em equilíbrio
geral a taxa marginal de substituição no consumo é igual à taxa marginal de substituição na produção.

② Se uma alocação A é Pareto eficiente enquanto uma alocação B não o é, então a alocação A é socialmente preferível à
alocação B.
③ Dotação inicial de fatores simétrica, na qual cada agente recebe a mesma quantidade de cada bem, não garante que o
equilíbrio geral seja uma alocação justa.

④ A Lei de Walras implica que, se um mercado não estiver em equilíbrio, não é possível que todos os demais mercados
estejam em equilíbrio.

QUESTÃO 08
Considere uma economia com dois períodos na qual existem dois tipos de empresas de tecnologia: 50% são empresas
do tipo A e 50% do tipo B, ambas necessitando de financiamento de $50. Empresas que não obtêm financiamento
encerram suas atividades tendo valor zero. As empresas do tipo A no segundo período poderão valer $50 ou $80 (ambos
com a mesma probabilidade), enquanto as empresas do tipo B poderão valer zero ou $120 (ambos com a mesma
probabilidade). Nesta economia existe apenas um banco que capta recursos a uma taxa de 10%. O banco pode
emprestar recursos às empresas, cobrando juros que serão pagos apenas no segundo período, caso o valor realizado da
empresa seja suficientemente elevado. No caso de uma empresa do tipo A, por exemplo, ela somente pagará $50 se esse
for seu valor realizado, independentemente da taxa de juros acordada. Já no caso de uma empresa do tipo B, não haverá
pagamento algum se o valor realizado for zero. Finalmente, assuma que uma empresa não tomará um empréstimo que
não possa pagar nem mesmo quando seu valor realizado for elevado.

Ⓞ Supondo que o banco pode distinguir os dois tipos de empresas, as taxas de juros mínimas que poderia cobrar das
empresas do tipo A e B são respectivamente 20% e 120%.

① A taxa de juros máxima que uma empresa do tipo A pode aceitar pagar é 80%, enquanto que para empresas do tipo
B esse máximo é 120%.

② Suponha que o banco não possa distinguir entre os dois tipos de empresa e que raciocine da seguinte forma: "Como
metade das firmas são do tipo A e metade são do tipo B, vou cobrar, da firma que solicitar empréstimo, uma taxa
de juros correspondendo à média das taxas que cobraria de cada empresa se pudesse distinguí-las". Então cobrará
juros de 100%.

③ Se o banco não pode distinguir entre os tipos de empresas, uma estratégia ótima para o banco seria cobrar 140% de
qualquer empresa de tecnologia que quisesse financiamento.

④ Em equilíbrio, firmas de ambos os tipos A e B tomam empréstimos do banco.

QUESTÃO 09
Julgue os itens a seguir:

Ⓞ Segundo o Teorema de Arrow, não é possível agregar-se preferências individuais em preferências coletivas.

① A distorção causada pelas externalidades de produção ocorre porque as empresas determinam seu nível de produção
igualando o custo marginal privado de produção à receita marginal privada de produção, desconsiderando o custo
social de produção.

② Quando as partes podem negociar sem custo e com possibilidade de obter benefícios mútuos, o resultado das
transações poderá ser eficiente ou ineficiente, dependendo de como os direitos de propriedade estejam
especificados.
③ O imposto sobre o lucro de uma empresa geradora de poluição ajuda a corrigir a ineficiência causada por tal
externalidade.

④ Uma empresa cuja tecnologia de produção gere externalidade deve ter sua produção reduzida para aumentar o bem-
estar social.

QUESTÃO 10
Considerando apenas dois produtos (x, y) e dois fatores (K, L), disponíveis em quantidades fixas, e utilizando-se a
caixa de Edgeworth para analisar a eficiência na produção, pode-se afirmar:

Ⓞ O conjunto de produção tecnicamente eficiente representa a união dos pontos de tangência entre as isoquantas.

① A fronteira de possibilidades de produção não é obtida a partir do conjunto de produção eficiente.

② A fronteira de possibilidades de produção não pode ser linear.

③ Para se atingir a eficiência na produção e o ótimo de Pareto, duas condições precisam ser satisfeitas: a taxa
marginal de substituição deve ser igual à taxa marginal de transformação e a taxa marginal de substituição deve ser
igual entre os consumidores.

④ A dois pontos sobre a fronteira de possibilidades de produção correspondem diferentes razões entre os preços dos
fatores.

QUESTÃO 11
Julgue as afirmativas abaixo.

JOGADOR 2

 

a 5,0 5,1
JOGADOR 1
b -70,0 20,1

Ⓞ Com relação ao jogo descrito pela matriz de possibilidades acima representada pode-se afirmar que as estratégias a
e  são dominantes.

① Com relação ao jogo descrito pela mesma matriz de possibilidades, pode-se afirmar que o par (b, ) constitui um
equilíbrio de Nash.

② Com relação ao jogo descrito pela mesma matriz de possibilidades, pode-se afirmar que o jogo possui um
equilíbrio de Nash em estratégias estritamente mistas.
③ Com relação à teoria dos jogos, pode-se dizer que o dilema dos prisioneiros ocorre quando o equilíbrio de Nash não
é um equilíbrio em estratégias dominantes.

④ Com relação à teoria dos jogos, pode-se dizer que o problema da não cooperação que ocorre no
dilema dos prisioneiros desaparece caso o jogo seja repetido por um número finito de vezes,
porque introduz considerações sobre reputação.
QUESTÃO 12
Nesta questão, assuma que os agentes sejam neutros com relação ao risco (portanto, eles se pautam apenas pelo
valor esperado). O nível de produção depende do esforço empreendido pelo trabalhador. Caso este empenhe muito
esforço, o nível de produção será de 100 ou 20 unidades, ambos ocorrendo com a mesma probabilidade. Caso empenhe
pouco esforço, o nível de produção pode ser de 100 com probabilidade de 20% ou 20 com probabilidade de 80%. O
preço do produto é $1 e não há custos associados a insumos. O trabalhador tem uma desutilidade equivalente a $48 para
despender muito esforço e $38, para pouco esforço, e tem utilidade de reserva igual a zero.

Ⓞ Nestas condições não interessa ao empresário contratar o trabalhador pagando um salário fixo.

① Caso o trabalhador alugue o equipamento para trabalhar por conta própria, o valor máximo que se pode cobrar pelo
aluguel é $10.

② Em caso de parceria (cada parceiro recebe uma proporção fixa do produto), o trabalhador deve receber pelo menos
90% do lucro.

③ Um salário fixo de $18 mais uma bonificação de 50% da produção é aceitável tanto para o trabalhador quanto para o
empresário.

④ Caso o trabalhador seja avesso ao risco, o lucro esperado do empresário será menor que $12,
independentemente de qual seja o arranjo institucional.
QUESTÃO 13
Considere os jogos na forma extensiva apresentados a seguir.

JOGO 1 JOGO 2
Pedro Maria

1 1 1 1
Maria Maria Pedro Pedro

1 B A
B
1

(10,10) (100,1) (100,1) (0,0) (10,10) (1,100) (1,100) (0,0)


Ⓞ Para qualquer um dos jogos acima existem 2 equilíbrios de Nash em estratégias puras.

① No jogo 1, a estratégia  é dominante para Pedro.

② Ambos os jogos possuem a mesma forma reduzida e, portanto, as mesmas soluções.

③ Em cada um destes jogos só existe 1 equilíbrio perfeito em subjogos.

④ Existe um equilíbrio de Nash do jogo 1 no qual Maria joga B nos seus dois nós de decisão.
QUESTÃO 14
Suponha que no mercado de determinado produto, a demanda seja dada por:
D = {(q, p) / p3q = 8000}
e a oferta por:
S = {(q, p) / q = 500p}.
Calcule o excedente do consumidor. (Divida o resultado por 100)

QUESTÃO 15
Em Panamá da Serra existe somente um distribuidor de água. A demanda de água é dada por
D(p) = 93 – 0,5p. A companhia distribuidora precisa comprar água da Companhia Represa,
detentora de todos os reservatórios da região. O custo marginal da água para a Companhia Represa
é zero e os custos fixos da distribuidora são negligíveis. Se o setor não é regulado (monopólio
puro), qual o preço que a Companhia Represa cobrará da distribuidora?

Gabarito02

Prova de Microeconomia (2)


1 1 1
  1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 11 2 3 14 15
0 V V F F F V V V F A F V V 10 93
1 V V V V F F V F V F V F F    
2 F F V V F V F V F F F F F    
3 V V F V V F V V F V F V F    
4 F F F V F F V F F F F V V    
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2003

PROVA DE MICROECONOMIA

2o Dia: 17/10/2002 - QUINTA FEIRA


HORÁRIO: 14h 30 às 16h 45 (horário de Brasília)
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2003
2o Dia: 17/10 (Quinta-feira) – Tarde: 14h 30 às 16h 45 -
MICROECONOMIA

Instruções

15. Este CADERNO é constituído de quinze questões objetivas.

16. Caso o CADERNO esteja incompleto ou tenha qualquer defeito, o(a) candidato(a) deverá
solicitar ao fiscal de sala mais próximo que o substitua.

17. Nas questões do tipo A, recomenda-se não marcar ao acaso: cada item cuja resposta
1
divirja do gabarito oficial acarretará a perda de nponto, em que n é o número de itens
da questão a que pertença o item, conforme consta no Manual do Candidato.

18. Durante as provas, o(a) candidato(a) não deverá levantar-se ou comunicar-se com
outros(as) candidatos(as).

19. A duração da prova é de duas horas e quinze minutos, já incluído o tempo destinado à
identificação – que será feita no decorrer das provas – e ao preenchimento da FOLHA DE
RESPOSTAS.

20. Durante a realização das provas não é permitida a utilização de calculadora ou qualquer
material de consulta.

21. A desobediência a qualquer uma das recomendações constantes nas presentes


Instruções, na FOLHA DE RASCUNHO e na FOLHA DE RESPOSTAS poderá implicar a
anulação das provas do(a) candidato(a).

AGENDA

 24/10/2002 – A partir das 20h, divulgação dos gabaritos das provas objetivas, nos
endereços: http://www.unb.br/ih/eco/ e http://www.anpec.org.br
 24 a 26/10/2002 – Recursos identificados pelo autor serão aceitos a partir do dia 24 até às
20h do dia 26/10 do corrente ano. Não serão aceitos recursos fora do padrão apresentado
no manual do candidato (página 19).
 18/11/2002 – Entrega do resultado da parte objetiva do Exame aos Centros.
 19/11/2002 – Divulgação do resultado pela Internet, nos sites acima citados.

OBSERVAÇÕES:

 Em nenhuma hipótese a ANPEC informará resultado por telefone.


 É proibida a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo,
sem autorização expressa da ANPEC.
EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2003
o
2 Dia: 17/10 (Quinta-feira) – Tarde: 14h 30 às 16h 45 -
MICROECONOMIA

 Nas questões de 1 a 12, marque, de acordo como o comando de cada uma delas: itens
VERDADEIROS na coluna V; itens FALSOS na coluna F.
 Nas questões 13 a 15, marque, de acordo com o comando: o algarismo das DEZENAS na
coluna D; o algarismo das UNIDADES na coluna U. O algarismo das DEZENAS deve ser
obrigatoriamente marcado, mesmo que seja igual a ZERO.
 Use a FOLHA DE RASCUNHO para as devidas marcações e, posteriormente, a FOLHA
DE RESPOSTAS.

QUESTÃO 01
Um consumidor possui a função utilidade cardinal dada por U(x1,x2) = x1x2. Sejam M a renda deste consumidor e p1
e p2, os preços:
Ⓞ ceteris paribus, as quantidades ótimas escolhidas por tal consumidor seriam alteradas se a função utilidade
fosse U(x1,x2) = 4 + 5(x1x2);
① as preferências do consumidor são convexas;
② os dois bens são de “luxo”;
③ os dois bens são substitutos perfeitos;
④ a utilidade marginal da renda é dada por M/(2 p1 p2).

QUESTÃO 02
Segundo a teoria do consumidor:
Ⓞ se um consumidor está inicialmente em equilíbrio e, a partir desta posição, sua renda e todos os preços caem
em 5%, o consumo dos bens inferiores aumentará;
① se o preço do bem X cai e o efeito substituição é maior que o efeito renda, X não é um bem de Giffen;
② se a curva de demanda de mercado do bem Y é uma reta negativamente inclinada, sua elasticidade-preço é
constante;
③ se ao preço corrente a demanda de um bem é elástica, uma redução no preço ao longo da curva de demanda
reduzirá a receita;

④ seja um consumidor cuja função de utilidade é U(x1, x2) = min{2x1 , x2}. Se o preço de x1 for $3 e o preço de x2
for $1, a curva de renda-consumo será uma reta que parte da origem com inclinação igual a 2 (represente x1 no
eixo das abscissas e x2 no eixo das ordenadas).
QUESTÃO 03
Segundo as teorias da produção e da oferta da firma:
Ⓞ A função de produção f(x1, x2)= (x1b + x2b)a, em que b > 0 e a > 0, apresentará retornos crescentes de escala se
ba > 1.
① É possível ter-se produtos marginais decrescentes para todos os fatores de produção e, ainda assim, ter-se
retornos crescentes de escala.
② Na função de produção F(K, L) = 2 K0,7L0,5, a taxa marginal de substituição técnica de trabalho por capital é
constante.
③ A variação no excedente do produtor quando os preços mudam de p1 para p2 é igual à metade da área à esquerda
e acima da curva de custo marginal entre os preços p1 e p2.
④ Se o produto marginal de um fator variável está acima do produto médio, este último estará crescendo.

QUESTÃO 04
Em relação à teoria dos custos, analise as proposições:
Ⓞ Seja 4y2 + 100y + 100 o custo total de uma firma, em que y é o produto. Se y = 25, o custo
variável médio será 204.
① Seja Si(p) = p/2 a curva de oferta da firma i. Se forem produzidas 3 unidades, o custo
variável total será 9.
② Sejam f(x1, x2) = (x1 + x2 )1/2 a função de produção de uma firma e w 1 e w2, os preços de x1 e
x2, respectivamente. Supondo que w1 > w2, a minimização de custos requer que x1 = 0.
③ Seja c(y) = 3y + 10, para y >0, função de custo de curto prazo de uma firma. Para c(0) = 6,
o custo quase-fixo será 4.
④ Uma firma opera duas plantas. Para minimizar custos, esta firma deve aumentar a produção
na planta onde o custo médio for menor e reduzir a produção onde o custo médio for maior.
QUESTÃO 05
Para mercados em concorrência perfeita, são corretas as afirmativas:
Ⓞ A condição de que a receita marginal seja igual ao custo marginal aplica-se tanto ao monopolista quanto à firma
em concorrência perfeita. A diferença é que, no caso da última, a receita marginal independe da quantidade
produzida.
① A curva de demanda percebida para o produto de uma firma específica será perfeitamente elástica mesmo que a
curva de demanda do mercado seja negativamente inclinada.
② Como a rivalidade entre firmas é intensa, cada uma deve levar em conta as quantidades produzidas pelos
concorrentes ao definir seu próprio nível ótimo de produção.
③ No equilíbrio de longo prazo, informação perfeita e livre entrada de agentes no mercado garantem que lucros
anormais sejam insustentáveis.
④ A estática comparativa entre equilíbrios de longo prazo indica que a incidência de um imposto ad valorem
sobre o produtor será tanto maior quanto mais elástica for a demanda do bem.

QUESTÃO 06
Para mercados em concorrência monopolística, são corretas as afirmativas:
Ⓞ O equilíbrio de longo prazo de uma firma em concorrência monopolística se dá em um ponto em que a curva de
custo médio é negativamente inclinada.
① Uma das diferenças entre concorrência perfeita e concorrência monopolística é que, no caso da última, a
demanda de mercado é negativamente inclinada.
② No equilíbrio de longo prazo, o custo marginal deve ser igual à receita marginal obtida a partir da curva de
demanda de mercado.
③ O equilíbrio de curto prazo da firma requer que a receita marginal (em termos da demanda residual) seja igual
ao custo marginal, mesmo que a receita média seja diferente do custo médio. No equilíbrio de longo prazo, a
receita média deve ser igual ao custo médio mesmo que a receita marginal seja diferente do custo marginal.
④ No equilíbrio de longo prazo do mercado, o preço é maior do que o custo médio.

QUESTÃO 07
Um monopolista atende a dois mercados distintos. A função q1 = 32 – 0,4 p1 representa a demanda do primeiro
e a função q2 = 18 – 0,1 p2, a demanda do segundo. A função custo da firma é dada por CT = 50 + 40q. O
monopolista pode discriminar entre os dois mercados. Julgue as seguintes afirmações:
Ⓞ Em equilíbrio, as quantidades destinadas a cada um dos mercados são tais que a soma das receitas marginais
(nos dois mercados) é igual ao custo marginal.
① A quantidade de equilíbrio é mais elevada no primeiro mercado.
② No equilíbrio, o módulo da elasticidade é igual a 3 no primeiro mercado e igual a 0,8, no segundo.
③ O excedente do consumidor no primeiro mercado é 70.
④ Do ponto de vista do bem-estar, a ineficiência de um monopólio é medida pela perda de peso-morto.

QUESTÃO 08
Tendo por fundamento as teorias do equilíbrio geral e do bem-estar, é correto afirmar:
Ⓞ Em uma economia com dois mercados, apenas no curto prazo é possível que um mercado esteja em equilíbrio e
o outro fora do equilíbrio.
① De acordo com o Primeiro Teorema do Bem-estar, sempre existe um equilíbrio competitivo.
② Uma alocação é ótima de Pareto somente se a taxa marginal de substituição entre quaisquer dois fatores de
produção for a mesma para quaisquer duas firmas que utilizem quantidades positivas de cada fator, mesmo que
sejam distintos os bens que produzam.
③ Uma alocação é dita factível se cada consumidor respeitar a própria restrição orçamentária.

④ Suponha uma economia com dois agentes e dois bens. Os dois agentes têm preferências quase-lineares, sendo a
função utilidade linear no bem 2. Se as quantidades do bem 2 são medidas verticalmente na caixa de Edgeworth
e as quantidades do bem 1, horizontalmente, o conjunto de alocações ótimas de Pareto será uma linha vertical.

QUESTÃO 09
Considere um modelo de sinalização do tipo Spence no qual os trabalhadores escolhem um nível de educação. Há
uma grande quantidade de firmas e de trabalhadores. Os trabalhadores hábeis têm a função de utilidade
3 1
U H =w− E2 U PH =w− E 2
8 e os trabalhadores pouco hábeis têm a função de utilidade 2 , em que w
representa o nível salarial e E o nível educacional. Um trabalhador hábil com nível de educação EH vale 1,5EH para a
firma, enquanto um trabalhador pouco hábil com nível de educação EPH vale1EPH. Metade dos trabalhadores são
hábeis. Julgue as seguintes proposições:
^
Ⓞ A solução eficiente (com informação completa) é ( E
^
= 1, E = 2).
PH H

① Caso exista um equilíbrio agregador, este não pode ser eficiente.


② Caso haja um equilíbrio separador, este será eficiente.
③ Em nenhum equilíbrio UH pode ser menor que ½.
3+ √5 3−√ 5
¿ ¿
④ Caso haja um equilíbrio separador, nele, ter-se-á EH > 2 ou E H < 2 .
QUESTÃO 10
Suponha que o consumidor I tenha a função de utilidade U(x,y) = x + 2y e o Consumidor II tenha a função de
utilidade U(x,y) = min{x,2y}. O Consumidor I tem inicialmente 12 unidades de y e zero unidades de x, enquanto o
Consumidor II tem 12 unidades de x e zero unidades de y. É correto afirmar que, no equilíbrio competitivo:

Ⓞ py/px = 2.
① a restrição orçamentária do Consumidor I será: xs  + 2ys = 12, em que xs e ys são as
quantidades consumidas dos dois bens.
② a restrição orçamentária do Consumidor II será: xs + 2ys = 24.
③ a cesta de consumo de I será: (xs = 6, ys = 9).
④ a cesta de consumo de II será: (xs = 6, ys = 3).

QUESTÃO 11
Considere um jogo na forma normal resumido em termos da seguinte matriz de ganhos

JOGADOR 2

L R

U 3,1 ,0
JOGADOR 1
D 0,0 ,

Ⓞ Para  = 1, U é uma estratégia dominante para o jogador 1 desde que  > 1.


① Para  = 2 e  = 1, existe um único equilíbrio de Nash em estratégias puras.

② Para  = 7 e  = 6, o equilíbrio de Nash em estratégias puras é Pareto eficiente.


③ Para  = 2 e  = 1, existe um equilíbrio de Nash em estratégias mistas no qual o jogador 1
joga U com probabilidade 1/2 e o jogador 2 joga L com probabilidade ½.
④ Para  = 7 e  = 6, caso o jogo seja repetido duas vezes, no equilíbrio perfeito em subjogos, as utilidades finais
dos jogadores são (6,2).
QUESTÃO 12
Considere o seguinte jogo com 2 jogadores: jogador 1 e jogador 2.

Jog. 1 A (1,1)

U
Jog. 2 (0,10)
B

R (7,0)
D

Jog. 1 Jog. 1
(8,8)

L
(3,3)

Analise as questões abaixo:


Ⓞ Neste jogo há somente 2 equilíbrios de Nash em estratégias puras.
① Todos os equilíbrios de Nash em estratégias puras deste jogo são também equilíbrios perfeitos em subjogos.
② Em qualquer equilíbrio perfeito em subjogos, a estratégia U não é jogada pelo jogador 2.
③ O par de estratégias {RA, D} é um equilíbrio perfeito em subjogos.
④ O payoff (1,1) resulta de estratégias que constituem um equilíbrio de Nash.

QUESTÃO 13
Considere um duopólio de Cournot no qual as firmas escolhem simultaneamente as quantidades. A função de
demanda inversa é dada por P = 6 - Q. Suponha que as firmas possuam custos marginais constantes respectivamente
iguais a c1 = 1 e c2 = 2 (os custos fixos para ambas firmas são nulos). Em equilíbrio, qual a razão entre os lucros das
firmas 1 e 2 (isto é 1/2 )?

QUESTÃO 14
Suponha uma ilha com 1001 habitantes onde todos têm preferências idênticas. Enquanto todos gostam de
dirigir, todos reclamam dos congestionamentos, barulho e poluição do tráfego. A função utilidade de um
habitante típico é dada por:
U(m, d, h) = m + 16d – d2 – 6h/1000,

em que m é o consumo de sanduíches dos residentes, d é o número de horas que o agente típico dirige e h é o
número total de horas que os demais habitantes passam dirigindo (a unidade em que se mede h é habitantes-horas).
O preço dos sanduíches é $1 e a renda das pessoas é $40. Suponha ainda que o custo de dirigir seja nulo. Caso os
residentes da ilha decidissem criar uma lei que restringisse o número de horas que a cada indivíduo seria permitido
dirigir, qual o limite de horas que deveria ser estabelecido?
QUESTÃO 15
Uma firma utiliza dois fatores de produção (trabalho e capital) para produzir um único produto. Seu produto é
vendido e o capital comprado sob condições de competição perfeita, ao passo que a firma possui poder de
monopsônio no mercado de trabalho. A função de produção é dada por Q = 2000 L0,5 K0,5, em que Q mede o produto
anual da firma em unidades, L o número de empregados e K denota o número de unidades de capital. A oferta de
trabalho defrontada pela firma é dada por L = (36)10-8 w2, em que w representa o salário anual. Sabe-se também que
o preço do produto é dado por p = 18 e que K = 25. Qual o produto médio do trabalho associado à solução ótima
dessa firma? Divida o valor por mil e arredonde para o número inteiro imediatamente superior.
Gabarito03
GABARITO DA PROVA 4 - MICROECONOMIA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
0 F F V F V V F F V V V F 04 05 02
1 V V V V V F V F V F V F
2 F F F V F F F V F F F V
3 F F F V V V F F V V F V
4 V V V F F F V V V V V F

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